Diagnóstico Situacional das Condições de Saúde de Crianças de 0 a 9 Anos em Florianópolis, 2009.
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1 Prefeitura Municipal de Florianópolis Secretaria Municipal de Saúde Programa Capital Criança Diagnóstico Situacional das Condições de Saúde de Crianças de 0 a 9 Anos em Florianópolis, Elaboração: Leandro Pereira Garcia Coordenação do Programa Capital Criança: Cilene Fernandes Soares Gerente de Programas Estratégicos: Márcia Sueli Del Castanhel Florianópolis, agosto de 2009
2 Conteúdo 1)Introdução ) Diagnóstico das condições de saúde da criança de 0 a 9 em Florianópolis Demografia Longevidade e Fecundidade Renda e Equidade Social Escolaridade Número e Taxa de Matrículas Taxa de Analfabetismo Taxas de Rendimento Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) Média de Proficiência em Língua Portuguesa em, 4ª série, escolas urbanas sem Federais: Média de Proficiência em Matemática em, 4ª série, escolas urbanas sem Federais: Percentual de alunos da 4ª série do ensino fundamental por estágio de construção de competência em Língua Portuguesa na Região Sul, em 2001: Habitação Imunizações Aleitamento Materno Mortalidade Infantil, pré-escolar (ou na infância) e até os Morbidade Hospitalar-Proporção de internações hospitalares (SUS) por grupos de causas Morbidade Ambulatorial Fatores de Risco Gerais Ao Nascimento Assistência à criança Consultas de crianças de 0 a 9, na atenção básica de Florianópolis: Pré-natais e Assistência ao Parto Assistência Hospitalar e UTIs )Conclusão )Referências bibliográficas )Introdução 2
3 1.1 Programa Capital Criança A)Histórico O Capital Criança foi lançado pela Prefeitura Municipal de Florianópolis em 1997 e tinha, em sua origem, o objetivo de fornecer atenção integral à mulher no seu ciclo gravídico e puerperal e à criança 1. Na época de sua implantação, a Rede Básica de Saúde de Florianópolis era constituída por 33 Centros de Saúde I que ofereciam os serviços de: atendimento básico de enfermagem, imunização, clínica médica geral, clínica médica em pediatria, marcação de consultas especializadas e exames especializados, fornecimento de medicamentos básicos; e 15 Centros de Saúde II que ofereciam: atendimento básico de enfermagem, imunização, atendimento de enfermeiro, clínica em nutrição, laboratório ou coleta material exames, clínica médica geral, clínica médica em pediatria, clínica médica em ginecologia e obstetrícia, clínica odontológica geral, exame de preventivo do câncer de colo do útero, planejamento familiar, marcação de consulta e exame especializado, além do fornecimento de medicamentos básicos. 2 A Atenção Básica estava estruturada no modelo médico-sanitarista, com enfoque individual e clientelista, tendo atendimento voltado para a demanda livre. O processo de implantação do Programa Saúde da Família estava iniciando-se e apenas duas das 48 Unidades de Saúde o adotavam. Quando os casos não se resolviam nos Centros de Saúde I (CS I), realizava-se encaminhamento para pediatras e ginecologistas nos Centros de Saúde II (CS II) e as demais necessidades eram encaminhadas para o atendimento especializado na Policlínica de Referência Regional e outros Serviços. 2 O Coeficiente de Mortalidade Infantil era elevando (19,25º/ oo nascidos vivos em 1996), fato que fomentou a necessidade de priorizar a atenção às gestantes, às crianças menores de 05 de idade e às puérperas, com a finalidade de melhorar a qualidade da assistência maternoinfantil e reduzir a mortalidade infantil do município. 2 O Programa Capital Criança foi lançado como uma ação governamental da Prefeitura Municipal de Florianópolis, em 12 de maio de 1997, sendo, inicialmente, implantado em 12 Unidades de Saúde que tinham pediatras e enfermeiras para o atendimento dos recém-nascidos e puérperas e iniciando se as visitas das Agentes Educadoras nas maternidades. Até o final de 1998, já havia 37 Unidades programando sua assistência conforme o protocolo do Capital Criança. 2 Neste ano, foram elaborados os primeiros protocolos de atendimento das crianças e da mulher na Rede Básica de Saúde de Florianópolis e realizada sensibilização e capacitação de todos os servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis sobre as diretrizes e normatizações do Programa Capital Criança. A capital catarinense recebeu visita do sr Udo Bolk representante do Fundo das Nações Unidas para Infância UNICEF para Região Sul do Brasil para avaliação do Programa Capital Criança, a fim de reconhecer o Programa como parceiro do UNICEF e ocorreu a implantação da vacina anti-haemophilus influenza tipo B no calendário básico de vacinação para as crianças menores de 01 ano de idade residentes do município de Florianópolis; Em 1999, realizou-se o Primeiro Encontro Municipal de Gestantes do município de Florianópolis e o Programa Capital Criança valeu à cidade o Prêmio Prefeito Criança por ter 3
4 priorizado o direito à vida, reduzindo a mortalidade infantil, estimulando a participação Social, buscando parcerias, com instituições e entidades da Sociedade. 3 Em 2000, o Capital Criança recebeu Prêmio DUBAI, como uma das melhores práticas para melhorar as condições do ambiente de vida das crianças 2, 3 e o Prêmio Amigo da Sociedade Catarinense de Pediatria e Prêmio Abrinq Prefeito Criança. 2 Oficializou-se, à mesma época, convênio entre UNIMED-Florianópolis para a implantação de consultas especializadas pediátricas como: cirurgia, oftalmologia, gastroenterologia, otorrinolaringologia, ortopedia, cardiologia e dermatologia. 2 Implantou-se um programa de informática para alimentar os dados das visitas nas maternidades; a Rede de Atenção Integral às Vítimas da Violência Sexual; e realizou-se avaliação do uso piloto da caderneta de saúde. 2 No ano seguinte, ocorreu a elaboração do Protocolo de Atendimento ao Recém-nascido em situação de risco; a implantação da nova Caderneta de Saúde do município de Florianópolis; e da vacina contra a varicela para as crianças de 01 a 02 de idade residentes do município de Florianópolis. 2 Em 2003, o Programa capital Criança recebeu certificado da sociedade Brasileira de Pediatria, entre os dez melhores temas-livre do XXXII Congresso Brasileiro de Pediatria. 4 Em 2004, o Programa foi reconhecido, novamente, como uma das melhores práticas e recebeu o selo Prefeito Amigo da Criança da Fundação Abrinq. 2 Em 2005, a coordenação administrativa do Programa Capital Criança passou a ter parceria da Secretaria da Criança, Adolescente, Família, Idoso e Desenvolvimento Social do município de Florianópolis; foi reafirmado o convênio com a UNIMED; e formou-se Grupo Técnico para revisão do Protocolo de Atenção à Saúde da Criança. 2 Em 2006, ocorreu a transferência da coordenação administrativa do programa Capital Criança para a Secretaria de Saúde do Município de Florianópolis; implantou-se o Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal de Florianópolis; finalizou-se a revisão e ampliação do Protocolo de Atenção à Saúde da Criança, ampliando a faixa etária de zero a seis para zero a dez de idade incompletos; instituiu-se o Grupo Técnico para elaboração do protocolo de Atenção a Criança em situação de Risco para a Rede Básica de Saúde; capacitou-se as Equipes de Saúde da Família com base no Protocolo de Atenção à Saúde da Criança e no de Saúde da Mulher; instituiu-se o Grupo Técnico para revisão e reestruturação do Programa dos Leites Especiais; e realizou-se o Primeiro Seminário sobre Saúde do Escolar instituindo-se o Grupo Técnico Interinstitucional para elaborar a Política Pública do município de Atenção ao Escolar. Em 2007, ocorreram: o Seminário sobre o Programa dos Leites Especiais e as Novas Curvas de Crescimento para os profissionais das Equipes de Saúde da Família; a adesão da Sociedade Catarinense de medicina de família e Comunidade como parceira do Programa Capital Criança; a implantação da vacinação contra Hepatite B e BCG nas maternidades de Florianópolis, abrangendo todos os recém-nascidos em Florianópolis; implantação da referência para Distúrbios Nutricionais, criando a regulação para o Programa de Fórmulas Infantis, em parceria com as Instituições de alta complexidade no atendimento de nossas crianças; o I Seminário de Avaliação do Comitê de prevenção do Óbito Infantil e Fetal, com a participação de outros municípios do Estado de e da Dra. Sônia Lansky, da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte; a revisão da caderneta de saúde da criança e adolescente 4
5 do município de Florianópolis; a finalização do Protocolo de Atenção a Criança em situação de Vulnerabilidade ; e aprovação do projeto de implantação da Política Municipal de Saúde ao Educando de Florianópolis. 2, 3 Finalmente, em 2008, criou-se um grupo de trabalho para implantar o Protocolo de Atenção a Saúde do Escolar e do Adolescente; realizou-se revisão e reestruturação do Programa Hora de Comer; revisão e reedição da Caderneta de Saúde. 3 B)Reestruturação A Secretaria de Saúde do município de Florianópolis, nos últimos, em consonância com as instruções do Ministério da Saúde, vem implantando e expandindo a Estratégia de Saúde da Família e Comunidade como modelo de atenção básica. Os Centros de Saúde I e II foram transformados, em sua quase totalidade, em Centros de Saúde da Família, além disso, foram assinados o Pacto pela Saúde e a Programação Pactuada Integrada, construídas 3 Policlínicas Municipais e reformada outra, o que fez com que a Secretaria se responsabilizas-se por grande parte da atenção de média complexidade à criança. Criou-se o Capital Idoso e o Capital Adulto/Saúde da Mulher, hoje responsável pela saúde da gestante e da puérpera. O Capital Criança também sofreu modificações. Em seus primórdios era responsável, na prática, pela adequação das ações voltadas, principalmente, à redução da mortalidade maternoinfantil. Trabalhava-se com uma mortalidade infantil de 19º/ oo. Mortalidade esta que, desde 2000, foi reduzida há um digito e, desde 2004, mantém-se na casa do 9 o / oo. Atualmente o Capital Criança, trabalha de forma estratégica com o programa Capital Adulto/Saúde da Mulher, podendo focar a criança até seus 10 incompletos. Assim, busca-se expandir o foco para compreender saúde como o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade 5, como recomenda a Organização Mundial de Saúde, e a saúde da criança como o ponto onde a crianças, ou grupos de crianças, é capaz (a) desenvolver e concretizar o seu potencial, (b) satisfazer as suas necessidades, e (c) desenvolver as capacidades que lhe a permita interagir com sucesso com as suas características e ambientes biológicos, físicos e sociais. 6 Esta é uma demanda da própria Secretaria de Saúde, que, reconhecendo a importância desta evolução, institui o Programa de Saúde na Escola no município de Florianópolis, através da portaria 277/2009, voltado para a promoção de saúde nos estabelecimentos de ensino de Florianópolis, atualmente, grande parceiro do Capital Criança; e implantou a Rede Amamenta Brasil em março de 2009, também focada na promoção da saúde infantil. Evidenciando que não só a quantidade, mas também a qualidade de vida deve ser elevada. Para se maximizar a qualidade e a quantidade de vida é fundamental que se busque a alocação de recursos mais eficiente e eficaz possível, buscando sempre o investimento que gere mais saúde. Neste novo contexto, onde o Capital Adulto/Saúde da Mulher é o responsável direto pela saúde da mulher em seu ciclo gravídico puerperal; a estratégia de saúde da família norteia a atenção básica; o município assume a média e a alta complexidade; e a saúde do munícipe é vista de forma muito mais integral; o Programa Capital Criança, buscando manter o reconhecimento conquistado, se adéqua e tem como nova missão: 5
6 Maximizar a qualidade e a quantidade de vida do cidadão florianopolitano, através da seleção, implementação e acompanhamento de intervenções e geração de parcerias que foquem a promoção, proteção e recuperação da saúde da criança de zero a dez, incompletos, residentes no município de Florianópolis. 2) Diagnóstico das condições de saúde da criança de 0 a 9 em Florianópolis A primeira etapa neste processo é realizar um diagnóstico das condições de saúde da criança de 0 a 9 no município de Florianópolis. Isto permitirá: -Realizar avaliação crítica do impacto das intervenções do Programa Capital Criança sobre a saúde desta população; -Iniciar um Plano Estratégico para se atingir a nova missão descrita acima, estabelecendo prioridades em saúde e intervenções a serem descartadas, fortalecidas e criadas; -Iniciar um Plano Operacional e acompanhar o impacto das intervenções selecionadas; e -Avaliar os resultados obtidos, os esperados e como melhorar o processo para se maximizar o retorno dos investimentos em saúde. Este diagnóstico deverá conter informações sobre demografia, escolarização, indicadores sociais, de promoção de saúde e prevenção de doenças (ex.: imunização e aleitamento materno), de morbi-mortalidade e de serviços de saúde; e uma previsão para sua atualização e deverá ser disseminado para conhecimento dos gestores e servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis. 2.1 Demografia. De acordo com os dados do IBGE/Datasus 7, a estimativa da população de zero a dez (10) de idade, incompletos, para o ano 2009, está em torno de crianças, correspondendo a 12,68% da população geral do município de Florianópolis SC, que é de A esperança de vida ao nascer vem aumentando e a taxa de fecundidade total, diminuindo. 6
7 Tabela 1: Censos (1980, 1991 e 2000), Contagem (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009), segundo faixa etária, sexo e situação de domicílio. Distribuição Etária da População de 0 a 10 (9, 11meses e 29 dias), por sexo, do Município de Florianópolis SC, em 2009: Faixa Etária Masculino Feminino Total Menor 1 ano a a Total Fonte: IBGE/Datasus Longevidade e Fecundidade Tabela 2: Longevidade e Fecundidade em Florianópolis, 1991 e Esperança de vida ao nascer () Taxa de Fecundidade Total (filhos por mulher) 71,3 72,8 2,1 1,7 Fonte: PNUD Renda e Equidade Social A)Produto Interno Bruto O Produto Interno Bruto (PIB) per Capta apresentou aumento nos últimos, mas os indicadores desigualdade social vêm piorando. Em 2000, o Índice de Gini, que atribui a nota 0 a uma sociedade sem desigualdades e 1 quando totalmente desiguais, atingiu 0,57 o que levou Florianópolis à 229º colocação, entre os municípios do estado de, sendo que seu PIB per capta, na mesma época, a colocava como 70º colocada. Isto se reflete no número de Áreas de Interesse Social, habitações subnormais ou simplesmente favelas que passara de 56 em 2000, para 58 áreas em e para 64 em , com mais de habitantes, 12,6% da população total. Tabela 3: Produto interno bruto per capta em Florianópolis, em 2000 e PIB per capta R$ 8048, ,00 Fonte:2000-Secretaria do Estado de Planejamento-SC 2006-IBGE/CIDADES 11 7
8 B)Desigualdade Tabela 4: Índice de Gini em Florianópolis, em 1991 e Ano Índice de Gini 0,55 0,57 Fonte: PNUD 8 C) Vulnerabilidade familiar Tabela 5: Indicadores de Vulnerabilidade Familiar em Florianópolis, em 1991 e % de mulheres de 10 a 14 com filhos ND 0,8 % de mulheres de 15 a 17 com filhos 1,5 5,9 % de crianças em famílias com renda inferior à 1/2 salário mínimo 15,8 13,2 % de mães chefes de família, sem cônjuge, com filhos menores 6,7 4,1 Fonte: PNUD 8 ND = não disponível D) Áreas de Interesse Social no Município de Florianópolis, Tabela 6: Áreas de Interesse Social por Unidades Locais de Saúde e Regionais de Saúde em Setembro 2007 Regional Unidade de Saúde Local Áreas de interesse social Micro-áreas correlatas População COBRAPE / SMHSA/ PMF 2006 Centro Continente Leste Norte Sul TOTAL Fonte: Prefeitura Municipal de Florianópolis 8
9 2.3 Escolaridade A Taxa de Matrículas no Ensino Infantil, dada pelo Número de Matrículas dividido pelo número de crianças com idade até 6, incompletos, subiu de 11,67% em 1999, para 14,82% em Esta elevação se deu principalmente à custa de matrículas em creches. Já a Taxa de Matrículas no Ensino Fundamental, dado pelo Número de Matrículas dividido pelo número de crianças com idade maior ou igual a 7 e menor que 16, caiu de 119,75% para 87,73%. O que poderia ser parcialmente explicado pela queda na Distorção Idade-Série do ensino Fundamental, que caiu de 26 para 17,4 de 1999 para Os Índices de Rendimento e o de Desenvolvimento da Educação Básica também estão melhorando e a taxa de analfabetismo em maiores de 15 vem diminuindo. Um índice que requer atenção e avaliação cuidadosa é percentual de concluintes do sexo feminino, que mede o percentual de mulheres que concluíram uma dada fase escolar. Este índice vem diminuindo de 1999 para 2005, no Ensino Fundamental e quase não se alterou no Ensino Médio. Outro é o Percentual de alunos da 4ª série do ensino fundamental por estágio de construção de competência em Língua Portuguesa, que mede a adequação do aluno às competências esperadas para esta matéria nesta etapa escolar e que, em 2001, na Região Sul, mostrava que 95% das crianças que estavam na 4ª série, não apresentavam competência compatível. Infelizmente, não se encontraram dados mais recentes e de Florianópolis para este indicador Número e Taxa de Matrículas A)Número de Matrículas no Ensino Infantil Tabela 7: Número de Matrículas no Ensino Infantil em Florianópolis, em 1999 e Ensino Público Ensino Privado % Priv/Públ ,20% ,32% Fonte: Inep/MEC 12 B) Número de Matrículas no Ensino Fundamental Tabela 8: Número de Matrículas no Ensino Fundamental em Florianópolis, em 1999 e Ensino Público Ensino Privado % Priv/Públ ,05% ,74% Fonte: Inep/MEC 12 9
10 C)Taxa de Matrículas no Ensino Infantil Tabela 9: Taxa de Matrículas no Ensino Infantil em Florianópolis, em 1999 e TAXA ,67% ,82% Fonte: Inep/MEC 12 e Fonte: IBGE/Datasus 7 Obs.: para se calcular a taxa, utilizou-se as faixas etárias dentais: menor 1ano, 1ano, 2, 2, 4, 5 e 6, que em 1999 possuía crianças e, em 2006, D)Taxa de Matrícula no Ensino Fundamental Tabela 10: Taxa de Matrículas no Ensino Fundamental em Florianópolis, em 1999 e TAXA ,75% ,73 Fonte: Inep/MEC 12 e Fonte: IBGE/Datasus 7 Obs.: para se calcular a taxa, utilizou-se as faixas etárias dentais: 7ano, 8, 9, 10, 11, 12, 13,14,15, que em 1999 possuía crianças e, em 2006, Taxa de Analfabetismo Tabela 11: Taxa de Analfabetismo em indivíduos com 15 ou mais no Ensino em Florianópolis, em 1999 e , ,6 Fonte: Inep/MEC 12 Pop com 15 ou mais 10
11 2.3.3 Taxas de Rendimento A)Taxa de aprovação Tabela 12: Taxa de Aprovação entre Alunos dos Ensinos Fundamental e Médio em Florianópolis, em 1999 e Ensino Fundamental Ensino Médio ,1 76, ,6 77,6 Fonte: Inep/MEC 12 B)Taxa de reprovação Tabela 13: Taxa de Reprovação entre Alunos dos Ensinos Fundamental e Médio em Florianópolis, em 1999 e Ensino Fundamental Ensino Médio ,4 8,4 Fonte: Inep/MEC 12 C)Taxa de abandono Tabela 14: Taxa de Abandono entre Alunos dos Ensinos Fundamental e Médio em Florianópolis, em 1999 e Ensino Fundamental Ensino Médio ,6 16, ,4 Fonte: Inep/MEC 12 D)Percentual de concluintes do sexo feminino Tabela 15: Percentual de Concluintes do Sexo Feminino entre Alunas dos Ensinos Fundamental e Médio em Florianópolis, em 1999 e Ensino Fundamental Ensino Médio ,1 57, ,6 57,5 Fonte: Inep/MEC 12 11
12 2.3.4 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) Tabela 16: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) dos Anos Iniciais e Finais em Florianópolis, em 2005 e Anos iniciais Anos finais ,2 4, ,0 4,2 Fonte: Inep/MEC Média de Proficiência em Língua Portuguesa em, 4ª série, escolas urbanas sem Federais: Tabela 17: Média de Proficiência em Língua Portuguesa em, 4ª série, escolas urbanas que não sejam Federais, de 1995 a Ano ,7 180,9 176,6 182,5 181,2 Fonte: Saeb Média de Proficiência em Matemática em, 4ª série, escolas urbanas sem Federais: Tabela 18: Média de Proficiência em Matemática em, 4ª série, escolas urbanas que não sejam Federais, de 1995 a Ano , ,3 191,9 Fonte: Saeb Percentual de alunos da 4ª série do ensino fundamental por estágio de construção de competência em Língua Portuguesa na Região Sul, em 2001: Tabela 19: Percentual de alunos da 4ª série do ensino fundamental por estágio de construção de competência em Língua Portuguesa na Região Sul, em Estágio Muito crítico 13,5 Crítico 35,7 Intermediário 45,8 Adequado 4,8 Avançado 0,3 Estágios: Região Sul -Muito crítico: Não desenvolveram habilidades de leitura. Não foram alfabetizados adequadamente. Não conseguem responder aos itens da prova. Os alunos neste estágio não alcançaram o Nível 1 da escala do Saeb. -Crítico: Não são leitores competentes, lêem de forma truncada, apenas frases simples. Os alunos neste estágio estão localizados nos Níveis 1 e 2 da escala do Saeb. 12
13 -Intermediário: Começando a desenvolver as habilidades de leitura, mas ainda aquém do nível exigido para a 4ª série. Os alunos neste estágio estão localizados nos Níveis 3 e 4 da escala do Saeb. -Adequado: São leitores com nível de compreensão de textos adequados à 4ª série. Os alunos neste estágio estão localizados no Nível 5 da escala do Saeb. -Avançado: São leitores com habilidades consolidadas, algumas com nível do esperado para a 4ª série. Os alunos neste estágio estão localizados no Nível 6 da escala do Saeb. Fonte: Saeb Habitação A Taxa de Urbanização e as condições de água, energia, coleta de lixo são excelentes. Ressalva se faz necessária à cobertura de esgoto, muito aquém do ideal e que vem crescendo a um ritmo extremamente lento. Tabela 20: Características Habitacionais em Florianópolis, em 1991 e Água Encanada 97, Energia Elétrica 99,6 99,9 Coleta de Lixo 94,7 99 Taxa de Urbanização 94,04 97,04 Cobertura de Esgoto 28,1 46,8 51 Fonte: PNUD 8 Somente domicílios urb Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis 15 Fonte: Associação FloripAmanhã Imunizações As vacinas apresentam evoluções diferentes, com ótimas coberturas de BCG e Tetravalente, mas com anti-pólio Oral (VOP) e anti-hepatite B apresentando tendência de redução da cobertura nos últimos 10. Tabela 21: Cobertura Vacinal em Florianópolis, em
14 Cobertura vacinal Pactua do em 2008 BCG (BCG) 116,6 98,7 97,7 96,5 88,2 98,6 96,5 98,2 125,9 154,75 Contra Hepatite B (HB) 99,6 91,8 97,2 89,8 85,5 84,7 85,3 85,5 87,3 87,28 Oral Contra Poliomielite (VOP) 103,3 102, 1 99,0 85,6 86,2 87,3 89,4 84,8 85,3 84,81 Tetravalent e (DTP/Hib) (TETRA) ,8 88,6 91,1 89,9 86,8 88,8 95,7 90 Triplice Viral Rotavirus Fonte: Datasus 7 Fonte: Secretaria Municipal da Saúde de Florianópolis 17 94,94 84, Aleitamento Materno Florianópolis apresenta boas taxas de aleitamento na primeira hora de vida e de aleitamento materno exclusivo em menores de 6 meses, de acordo com a classificação da OMS e em relação a outras capitais brasileiras. Em contra partida, a taxa de aleitamento em menores de 12 meses é muito ruim, assim como o percentual de utilização de mamadeiras. Tabela 22: Características do Aleitamento Materno e Condições Associadas em Florianópolis, em Florianópolis, 2008 Média IC95% Colocação 27 capitais Prevalência e intervalo de confiança de crianças menores de 1 ano que mamaram na primeira hora de vida Classificação de acordo com a OMS 75,5% 72,1-78,7% 8ª Bom (50 a 89%) Prevalência e intervalo de confiança do aleitamento materno exclusivo (AME) em crianças menores de 6 meses Mediana e intervalo de confiança do AME (em dias) em crianças menores de 6 meses Prevalência e intervalo de confiança do AME em crianças de 9-52,4% 47,9-56,9% 2ª Bom (50 a 89%) 86,50 79,37-93,23 2ª 52,23% 46,5-57,96% 22ª 14
15 12meses Mediana e intervalo de confiança do AME (em dias) em crianças menores de 12 meses Distribuição de crianças menores de 12 meses, segundo o uso de mamadeira Prevalência do uso de chupeta em crianças menores de 12 meses Fonte: Ministério da Saúde ,59-361,54% 20ª Muito Ruim (0 a 17 meses) 52,9% 49,3-56,5% 19ª 49% 45,5-52,4% 6ª 2.7 Mortalidade Infantil, pré-escolar (ou na infância) e até os 9 Existem vários formas de se aferir a qualidade de saúde de uma população. O Coeficiente de Mortalidade Infantil é um dos principais indicadores utilizados em saúde pública como indicador geral e como específico. 19 Como indicador de saúde geral, expressa, em associação com outros indicadores, a situação de saúde de uma comunidade e as desigualdades de saúde entre grupos sociais e regiões 3, sendo um dos mais sensíveis indicadores de qualidade de vida de uma população. 20 Como indicador específico, revela as condições de saúde do grupo materno-infantil. 19 Os coeficientes de mortalidade infantil são classificados em altos (50 por 1000 ou mais), médios (20 a 49 por 1000) e baixos (menos de 20 por 1000) 19 em função da proximidade ou distância dos valores já alcançados pelas sociedades mais desenvolvidas ao longo do tempo. 20 Tabela 23: Coeficientes de Mortalidade Infantil entre Residentes em Florianópolis entre 1996 e ANO Número de óbitos dias dias dias dias 1 ano Percentuais Mortalidade Neonatal 64,77 65,48 67,57 70,15 61,11 65,00 62,75 66,67 61,54 77,27 63, ,35 Mortalidade Pósneonatal 35,23 34,52 32,43 29,85 38,89 35,00 37,25 33,33 38,46 22,73 34, ,65 15
16 Coeficientes Coeficiente de Mortalidade Infantil 19,25 18,57 13,34 12,55 9,45 10,76 10,07 11,47 7,85 9,09 9,47 8,01 9,98 Coeficiente Mortalidade Neonatal 12,79 12,16 9,01 8,81 5,78 6,99 6,32 7,65 4,83 7,03 6,05 6 7,72 Coeficiente Mort. Neonatal Precoce 10,91 8,84 7,21 7,49 4,73 3,94 4,54 5,55 3,62 5,99 5,24 4,2 5,65 Coeficiente Mort. Neonatal Tardia 1,88 3,32 1,80 1,31 1,05 3,05 1,78 2,10 1,21 1,03 1,01 1,8 2,07 Coeficiente Mortalidade Pósneonatal 6,96 6,41 4,33 3,75 3,68 3,77 3,75 3,82 3,02 2,07 3,23 2 2,26 Fonte: Secretaria Estadual de Saúde de, Tabnet 1996 a 2006 e Comitê de Prevenção do Óbito Fetal e Infantil de Florianópolis, 2007 e 2008 por nascidos vivos. Tabela 24: Coeficientes de Mortalidade Infantil, Neo-natal, Neo-natal Precoce e Tardio, Pósneonatal e em Crianças de Baixo-peso entre Residentes em Florianópolis, em 2007 e Absoluto Coeficiente Mortalidade Infantil Proporcional Mortalidade Neonatal Proporcional Nascidos vivos Óbitos <1ano ,01 9,98 Óbitos<27dias , ,35 Óbitos<7dias ,2 5,65 52,5 56, ,17 Óbitos entre 7 e 27 dias ,8 2,07 22,5 20, ,82 Óbito em maiores de 27dias , ,64 Número de crianças que foram a óbito sem peso 3 7 0,6 1,31 7,5 13,20 Óbitos em baixo peso ,8 6, ,5 60,37 Óbitos em baixo peso-cenário ,8 6,030 72,5 60,37 16
17 otimista 91 Óbitos em baixo peso-cenário pessimista ,41 7, ,58 Fonte: Comitê de Prevenção do Óbito Fetal e Infantil de Florianópolis por nascidos vivos. A taxa de mortalidade infantil é baixa, estando bem próxima à de alguns países desenvolvidos, e encontra-se concentrada no período neonatal, principalmente no período neonatal precoce. Porém, alguns dados destoam da epidemiologia de locais com alto IDH: -um deles é a presença de 3 óbitos por: broncoaspirações (de acordo com dados do CPOIF), somente em 2008, e nenhuma por síndrome da morte súbita (SMS). Estes óbitos ocorreram em crianças entre 2 e 4 meses, faixa etária onde ocorre o pico de SMS, o que nos leva a suspeitar que, como não há medidas de prevenção desta síndrome no município, esta possa ser a causa real destes óbitos e não por aspiração. Apesar de todos os Coeficientes de Mortalidade Infantil terem reduzido de 1996 a 2008, o único que segue caindo é o Coeficiente de Mortalidade Pós-Neonatal. Todos os outros apresentam uma tendência de elevação a partir de Gráfico 1: Evolução temporal dos Coeficientes de Mortalidade Infantil de 1996 a Fonte: Secretaria Estadual de Saúde de, Tabnet 1996 a 2006 e Comitê de Prevenção do Óbito Fetal e Infantil de Florianópolis, 2007 e
18 Gráfico 2: Evolução temporal dos Coeficientes de Mortalidade Infantil de 2004 a Fonte: Secretaria Estadual de Saúde de, Tabnet 1996 a 2006 e Comitê de Prevenção do Óbito Fetal e Infantil de Florianópolis, 2007 e 2008 A porcentagem de óbitos investigados é outro marcador fundamental, que evolui da seguinte forma nos últimos : Tabela 25: Percentual de Óbitos Infantis Investigados pelo Comitê de Prevenção de Óbitos Infantis e Fetais em Florianópolis, de 2006 a Ano Percentual 83% 22 92,5% 22 96,2% 16 Fonte:Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis Outro importante indicador é a mortalidade na infância ou pré-escola (número de mortes entre crianças de 1 a 5 (incompletos)/1000 nascidos vivos), ou seja, a mortalidade de menores de cinco de idade. Este indicador mede a probabilidade das crianças que sobreviveram ao primeiro ano, falecerem na faixa entre um e cinco, incompletos, de idade e, quando alta, indica elevada incidência de causas infectocontagiosas, devidas, principalmente, à ausência de saneamento básico, que atua como um dos fatores impeditivos na redução da mortalidade nessa faixa etária. Na grande maioria dos países desenvolvidos, as diferenças entre a mortalidade infantil e de menores de cinco de idade raramente ultrapassa a cifra de três óbitos por mil habitantes
19 Tabela 26: Coeficientes de Mortalidade Infantil, Pré-escolar, de 5 a 9 e abaixo de 10 entre Residentes em Florianópolis, em 2007 e Número de óbitos Coeficiente Mortalidade de Infantil ,01 9,99 Pré-escolar 4 8 0,80 1,51 De 5 a ,00 0,57 Em menores de ,81 12,06 Fonte: Tabnet/SMS. Obs.: há uma diferença de 2 óbitos em menores de 1ano, entre os dados do CPOIF e do Tabnet. Sendo utilizados os dados do primeiro, por serem mais fidedignos. O baixo peso ao nascer esta associado a um percentual entre 60% a 73% dos óbitos infantis. As afecções perinatais foram responsáveis por 44% de Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) entre crianças até os 9 ; as más formações congênitas por cerca de 25%; e as afecções respiratórias por 10%. Juntos, estes três capítulos são responsáveis por, aproximadamente, 80% de todos os APVP em crianças até os 9 de idade. Tabela 27: Média de Mortalidade e APVP, entre os de 2006 e 2008, por Capítulo do CID- 10 em menores de 1ano, crianças de 1 a 4, de 5 a 9 e abaixo de 10 entre Residentes em Florianópolis. Média de mortalidade Menores de 1 ano 1a4 5 a 9 Menores de 9 Capítulo - CID 10 Número de óbitos APVP Número de óbitos APVP Número de óbitos APVP Número de óbitostotais APVP totais % APVP % APVP ACUM 16 Algumas afec originadas no período perinatal 26, ,33 0,00 0,00 0,00 0,00 26, ,333 44,01 44,01 17 Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 13,33 933,33 1,33 91,33 0,33 21,67 15, ,333 24,98 69,00 10 Doenças do aparelho respiratório 4,00 280,00 1,33 89,33 0,67 41,67 6, ,81 78,81 19
20 20 Causas externas de morbidade e mortalidade 1,00 70,00 1,33 89,33 3,00 186,67 5, ,26 87,07 06 Doenças do sistema nervoso 1,00 70,00 0,67 45,33 0,33 21,00 2,00 136,3333 3,26 90,33 02 Neoplasias (tumores) 0,33 23,33 0,33 22,00 0,67 42,00 1,33 87, ,09 92,41 09 Doenças do aparelho circulatório 0,00 0,00 0,67 46,00 0,67 41,00 1, ,08 94,49 11 Doenças do aparelho digestivo 0,33 23,33 0,67 45,33 0,00 0,00 1,00 68, ,64 96,13 18 Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 1,00 70,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1, ,67 97,80 01 Algumas doenças infecciosas e parasitárias 0,00 0,00 0,67 46,00 0,00 0,00 0, ,10 98,90 04 Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 0,33 23,33 0,33 22,67 0,00 0,00 0, ,10 100,00 Total 47, ,667 7, ,3333 5, , ,00 Fonte: Tabnet/SMS. Obs.: há uma diferença de 2 óbitos em menores de 1ano, entre os dados do Comitê de Prevenção do Óbito Fetal e Infantil de Florianópolis (CPOIF) e do Tabnet para o ano de Porém, como os dados do CPOIF não estão tabulados por CID-10 impossibilitando a identificação dos dados divergentes. Foi calculada a média das taxas de mortalidade infantil do triênio , a fim de minimizar a possível influência de variações aleatórias dos dados. 2.8 Morbidade 2.8.1Hospitalar-Proporção de internações hospitalares (SUS) por grupos de causas. Esta proporção mostra a distribuição percentual das internações hospitalares pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por grupos de causas selecionadas, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado, medindo a participação relativa dos grupos de causas de internação hospitalar, no total de internações realizadas no SUS. Ela reflete a demanda hospitalar que, por sua vez, é condicionada pela oferta de serviços no SUS. Não expressa, necessariamente, o quadro nosológico da população residente. 20
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