A ERGONOMIA NO AMBIENTE DE ESCRITÓRIO

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1 RESUMO A ERGONOMIA NO AMBIENTE DE ESCRITÓRIO Adriano Giacomin Grazziotti Arquiteto e Urbanista derulius@hotmail.com Antônio Cleber Gonçalves Tibiriçá Professor Associado do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFV - tibirica@ufv.br Como ambientes destinados à realização de atividades laborais predominantemente administrativas, os escritórios devem ser espaços preparados para atender os seus usuários em condições de conforto ambiental. Nesse sentido, neste trabalho apresentam-se elementos que devem ser observados para o desenvolvimento de projetos para esses locais de trabalho, de modo que na sua organização sejam previstas e incorporadas as condições que, ambiental e ergonomicamente, atendam as exigências dos trabalhadores. Palavras-chave: Ergonomia; Escritórios; Bem-Estar. ABSTRACT As environment destined to the accomplishment of predominantly administrative labor activities, the offices must be prepared spaces to take care of its users in conditions of ambient comfort. In this direction, in this work elements are presented that must be observed for the development of projects for these workstations, in way that in its organization is foreseen and incorporated the conditions that ambient and ergonomically take care of the requirements of the workers. Key-words: Ergonomics; Offices; Welfare. 1. INTRODUÇÃO Ao se projetar espaços de trabalho nas empresas, devem necessariamente ser levadas questões referentes às condições de trabalho, de modo que os funcionários possam desenvolver com conforto e eficiência suas atividades profissionais. Cresce, então, a importância de incorporar, nos ambientes de trabalho, aspectos ambientais conjugados a fatores organizacionais, com vistas a promover o bem-estar dos funcionários, a adequar produtividade e a elevar os padrões de qualidade na empresa. A ergonomia, segundo Kroemer e Grandjean (2005), vem a ser a adaptação do trabalho ao ser humano, buscando-se garantir ao trabalhador um meio melhor e mais saudável para a realização de suas tarefas, considerando-se, principalmente, as características do ambiente físico. Estas, quando não valorizadas, ou indevidamente compreendidas, combinadas com arranjos físicos e leiautes aplicados de maneira insatisfatória, resultam na sua má concepção projetual, comprometendo a funcionalidade destes espaços, uma realidade freqüentemente encontrada nos escritórios. O ambiente de escritório, para a maioria das pessoas que nele trabalha, é um local em que passa grande parte do dia realizando uma variedade de atividades físicas e mentais, que exigem muita concentração e esforços repetitivos, que podem vir a acarretar sérios danos à saúde, além de comprometer o rendimento dos funcionários no desenvolvimento dos seus trabalhos. Diante disso, a importância de realizar um estudo das variáveis ambientais e organizacionais que possa aumentar a conscientização para se desenvolver e incluir, nos projetos de escritórios, ações de caráter arquitetônico. Estas, com base em análise e estudos ergonômicos dos espaços e das pessoas diretamente ligadas a estes ambientes de trabalho, a fim de melhorálos quanto ao seu conforto, funcionalidade e desempenho do trabalho.

2 2. REVISÃO DE LITERATURA Abordagem Ergonômica Aspectos Organizacionais Organização dos Espaços estações de trabalho Todos os postos de trabalho dentro de uma organização devem apresentar-se como um local apropriado ao bem-estar físico e mental dos funcionários, já que esses passam grande parte do tempo realizando variadas tarefas nestes espaços. Ao se projetar um espaço de trabalho, é preciso conhecer as exigências funcionais de cada atividade a ser realizada neste local e de conceitos e práticas ergonômicas, ou seja, a compreensão dos indivíduos como suas características e limitações físicas, idade, habilidades, além da organização dos mesmos nos espaços em que ocuparão. Além disso, segundo Smith, apud Neves (2002), no planejamento dessas áreas devem-se considerar questões como: o padrão e os objetivos estratégicos da empresa; planos para implementação de novas e diferentes tecnologias; o tempo que o funcionário passa na frente do computador e fora do escritório; como os funcionários se interagem; dimensão e tipos de equipamentos que constituem os postos de trabalho. Segundo Charles et al. (2004), estações pequenas fazem com que os usuários desses espaços fiquem, por exemplo, mais próximos às fontes de ruído como impressoras, fax e a própria emissão do ruído proveniente das comunicações entre os funcionários, além de terem menos superfície de trabalho, o que dificulta diretamente a execução de suas tarefas. Grandes estações acabam por resultar em distâncias longas para recursos compartilhados podendo, ainda, aumentar o isolamento social. Diversos fatores devem ser considerados no dimensionamento e posicionamento do posto de trabalho, como a antropometria dos ocupantes, as necessidades de iluminação e ventilação, interação com outros postos de trabalho e o ambiente externo, dentre outros. Porém, não é possível ter uma área que seja dimensionalmente satisfatória a todas as situações; diante disso, devem-se escolher os critérios mais relevantes para cada caso específico. Leiaute Segundo Machline e Schoeps, apud Rocha (1995: p.242), leiaute é: [...] a posição relativa - dos departamentos, seções ou escritórios dentro de um conjunto de uma fábrica, oficina ou área de trabalho; - das máquinas, dos pontos de armazenamento e do trabalho manual e intelectual dentro de cada departamento ou seção; - dos meios de suprimento e acesso às áreas de armazenamento e de serviço, tudo relacionado dentro do fluxo do trabalho. Para Rocha (1995), é necessário que todos os espaços obedeçam aos princípios do leiaute para uma melhor distribuição das estações de trabalho dentro de uma organização. Destaca

3 também os seguintes princípios: Princípio da Economia de Movimento: o leiaute busca diminuir as distâncias entre operador e os recursos materiais que usa, economizando-se assim, tempo e energia; Princípio do Fluxo Progressivo: o leiaute deve permitir movimento contínuo entre uma operação e a subseqüente, sem paradas, voltas ou cruzamentos, tanto para pessoas quanto para equipamentos. Para facilitar o fluxo de ambos, deve ser adotada uma distribuição mais racional do mobiliário, buscando minimizar acidentes, assim como distâncias entre postos de trabalho; Princípio da Flexibilidade: o leiaute deve permitir rearranjos econômicos em face de inúmeras situações que as empresas podem enfrentar, como futuras expansões, permitindo áreas de reserva à colocação de novos postos, máquinas, mobiliário, dentre outros; Princípio da Integração: deve-se utilizar da melhor forma possível os espaços disponíveis, visando conforto e segurança aos funcionários e garantir integração, quando necessária, entre os diversos funcionários e/ou setores. No ambiente de escritório, assim como em qualquer organização, é de suma importância deter-se a um planejamento e controle de sua produção, que consiste em decidir sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, uma execução promissora dos objetivos traçados pela empresa. Assim, como descreve Tibiriçá (2003), os recursos produtivos consistem em: matéria-prima: todo material e componente a serem processados que resultarão em produtos acabados, destinados ao mercado consumidor ou ao próprio trabalho desenvolvido dentro da mesma organização; máquinas e equipamentos: são todas as estruturas que permitem que o processo de produção transforme a matéria-prima em produtos acabados e serviços; mão-de-obra: toda força de trabalho, nos mais variados níveis hierárquicos, em qualificação e quantidade, suficiente para atender as necessidades da organização; informação: recurso que formaliza os procedimentos operacionais e facilita a compreensão de todo processo produtivo e de tomadas de decisão; energia: apresenta como o recurso indispensável ao processamento dos recursos materiais em produtos e serviços. O emprego adequado dos recursos produtivos na concepção do leiaute de escritório, assim como em qualquer organização, promove aos usuários destes espaços maior produtividade, produção racional, eficaz e eficiência na execução de suas atividades. Todavia, quando mal empregadas resultam em problemas como acúmulo desnecessário de materiais, atrasos nas tarefas, processamentos mais longos, falta ou excesso de funcionários, além de elevados prejuízos financeiros. Aspectos Ambientais Considerações térmicas e de qualidade do ar A qualidade do ar que circula no interior do ambiente de trabalho de escritório é fator de grande importância para se obter um ambiente adequado à presença dos funcionários e ao desenvolvimento satisfatório das atividades. Nesse sentido, a ventilação torna-se um aspecto indispensável para promover conforto nos ambientes de trabalho, seja esta natural ou artificial. A primeira favorece não só a renovação

4 do ar dentro destes ambientes, como também reduz gastos de energia; a segunda permite o controle das taxas de remoção e/ou circulação do ar, porém acarreta gastos e necessita manutenção constante dos equipamentos. Ao se projetar ambientes de escritórios, deve-se conscientizar sobre fatores como a disposição dos postos de trabalho e equipamentos, a distância relativa entre eles, a altura e abertura das divisórias e janelas, o número de estações e quantidade de pessoas que as ocupam, além das cargas térmicas próprias a cada ambiente. Esses fatores repercutem diretamente na qualidade do ar e, conseqüentemente, no conforto térmico dos ocupantes dos recintos de trabalho. Como na maioria das vezes, tende-se a minimizar as áreas desses espaços, constata-se que o aumento da densidade de ocupantes numa mesma estação de trabalho, faz com que o espaço físico não comporte todo mobiliário e equipamentos. Com isso, acaba por acarretar o crescimento da carga térmica e de contaminantes (emitido por equipamentos e materiais liberados lentamente por mobiliário, pinturas, produtos de higiene pessoal e de limpeza, impurezas acumuladas no sistema de climatização e, ainda, através de computadores e impressoras a laser que emitem gases tóxicos como ozônio [O3], dióxido de enxofre [SO2] e monóxido de carbono [CO]). Especialista da área, segundo Charles et al. (2004), recomenda-se 10 litros/segundo/pessoa (10L/s/p), a fim de promover um ambiente saudável e satisfatório. Diante disso, uma boa ventilação natural previne sintomas como dor de cabeça, sonolência e irritação nos olhos, nariz e garganta, provenientes da emissão desses gases e de outras impurezas, que repercutem diretamente no rendimento do trabalho, na saúde dos funcionários e na qualidade produtiva. A NR-17 estabelece temperaturas no interior de escritórios na faixa de 20 a 23 C (no verão esta variação muda de 23 a 25 C e no inverno de 20 a 22 C), considerada adequada para proporcionar bem-estar térmico, bom desempenho das atividades, além de interferir no bom humor dos funcionários. A respeito da qualidade do ar dentro desses recintos, a legislação brasileira estabelece 3 a 6 trocas/hora de renovação de ar ambiente em escritórios, velocidade do ar menor que 0,75m/s, além de UR (umidade relativa) menor que 40% (diferente do verão que pode variar de 40 a 60% e no inverno de 35 a 65%). A manutenção dos ambientes de escritórios como nos recursos de ventilação mecânica, auxiliam na busca pela qualidade do ar. Uma das medidas seria manter regularmente o espaço de trabalho limpo, preferencialmente fazendo a limpeza na ausência dos funcionários que ocupam esses espaços, evitando que tenham contato direto com contaminantes. Também é importante assegurar que os sistemas de ventilação mecânica estejam limpos, para que não se torne uma fonte de contaminantes (NBR Instalações de ar condicionado para salas de computadores). Portanto, o desconforto térmico no ambiente de trabalho não afeta somente a produtividade, mas também a saúde dos trabalhadores. Um ambiente superaquecido gera cansaço, sonolência além de reduzir o desempenho físico e aumentar os erros na execução das tarefas. Ao contrário, o resfriamento gera superatividade, o que conseqüentemente, reduz o estado de alerta e a concentração, principalmente, nas atividades mentais. Iluminação Os escritórios constituem espaços que são compartilhados por diversos usuários de idades variadas, exigências diferentes quanto às atividades, além de possuírem espaços físicos distintos quanto ao posicionamento dos postos de trabalho e seu mobiliário. Diante disso, quanto ao projeto luminotécnico, devem-se levar em conta todas essas diferenças para que produza o melhor em termos de bem-estar, informação visual e segurança por meio da iluminação.

5 O controle preciso da luz natural, insolação, nível de iluminação e ofuscamento ajudam a garantir conforto visual no ambiente de trabalho e aumentar a eficiência operacional, além de reduzir a fadiga ocular e os acidentes. A melhor qualidade de iluminação, num ambiente de trabalho de escritório, pode se prover de duas formas: natural e artificial. A iluminação natural, dependente das condições climáticas, está relacionada, principalmente, com a orientação solar. Para sua melhor eficiência é relevante considerar questões como escolha das esquadrias, altura e tipo de fechamento para a penetração de luz na profundidade dos recintos, cores adotadas na pintura de paredes, tetos e mobiliário, cobertura, além dos materiais utilizados na concepção dos mesmos. A luz do dia, na maioria das vezes, é preferível em relação à luz artificial, pois além de reduzir o consumo desta, estabelece conexão com o mundo exterior. Porém, em soluções projetuais, a preocupação em prover luz natural aos ambientes de trabalho pode acarretar problemas que diretamente afetarão a saúde dos funcionários e, conseqüentemente, a eficiência operacional. Janelas altas e largas certamente ajudam na distribuição de luz natural dentro dos recintos, entretanto, facilita a penetração de grande quantidade de calor, especialmente no verão, de acordo com suas orientações. Além disso, no inverno tornam-se superfícies mais frias que, de certa forma, também trazem desconforto, principalmente, aos usuários de estações de trabalho próximas às janelas. Kroemer e Grandjean (2005: p ) apresentam algumas recomendações referentes à iluminação natural no ambiente interno: janelas altas são mais eficientes do que as largas, já que a luz natural alcança maior profundidade no recinto; o peitoril da janela deve ser da altura da mesa que compõe o espaço de trabalho. Se a janela for mais baixa que a mesa é possível gerar ofuscamento; a distância da janela até o posto de trabalho não deve ser maior do que duas vezes a altura da janela; geralmente para áreas de trabalho como escritórios, a área da janela deve ser 1/5 da área do piso; o vidro da janela deve, em grande parte das situações, permitir a passagem de luz; proteções efetivas contra o excesso de luz incidente nas janelas, são necessárias para assegurar boa visibilidade no caso de reflexos, também de adequá-las quanto ao calor radiante, transferida da janela e para a janela, na garantia de conforto no interior do ambiente de trabalho. O método mais eficiente é o uso de venezianas ajustáveis no lado externo dos recintos ou de películas instaladas nos vidros das janelas. Além do aproveitamento da iluminação natural nos escritórios, a iluminação artificial é um dos recursos indispensáveis para complementar e/ou prover às necessidades lumínicas do ambiente de trabalho, seja para suprir o local com iluminação diurna e/ou noturna, para completar a iluminação natural ou para substituí-la em razão de exigências do processo de trabalho ou da solução arquitetônica utilizada. Quando se recorre à iluminação artificial, possibilita-se o controle do seu uso, pois ao empregá-la no ambiente de trabalho é possível projetar a quantidade, o tipo e o melhor posicionamento das fontes de luz, de acordo com os tipos de tarefas a serem desenvolvidas e a iluminância disponível para a atividade visual de cada funcionário. Para isso, deve-se levar em conta idade e limitações, o posicionamento dos equipamentos e dos postos de trabalho e a orientação dos mesmos e de seus usuários em relação às fontes de luz, às superfícies a serem iluminadas, às cores dos objetos e dos ambientes e os contrastes de luminâncias.

6 Na concepção do melhor arranjo de luminárias e da distribuição geral de luz apropriada a cada ambiente, recomenda-se: posicionar as luminárias de acordo com o leiaute e a disposição de máquinas, equipamentos, móveis, dentre outros; posicionar as luminárias de modo a evitar a incidência de luz direta ou refletida sobre os olhos, para não provocar desconforto visual. Se possível situar-se acima de 30 em relação à linha de visão e colocar ao lado ou atrás do trabalhador; usar luminárias com refletores e aletas parabólicas em alumínio anodizado; utilizar iluminação direta nos postos de trabalho de acordo com suas necessidades operacionais, além de adequá-la de acordo com a idade dos funcionários; evitar o uso de cores e materiais reflexivos em máquinas, aparelhos, tampos de mesas e outras superfícies; adequar cada ambiente com nível de iluminância segundo a NBR 5413/82 (Nível de iluminamento de interiores). Por exemplo: - escritórios e áreas administrativas ( lux); - locais para arquivos ( lux); - salas de reuniões ( lux); - circulação ( lux). Nos ambientes de escritórios, assim como em outros espaços de trabalho, o uso de computadores passou a ser expressivo, sendo uma ferramenta de trabalho que necessita de determinadas precauções, principalmente, no que diz respeito à iluminação, seja natural ou artificial. Se por um lado grande parte das tarefas era antes executada sobre o papel e hoje em computadores, por outro, estes passaram a proporcionar sérios danos à saúde dos usuários devido a reflexos, contrastes de brilhos que causam ofuscamento, fadiga visual e distrações. Diante disso, cresce a importância de se recorrer à tecnologia e usar computadores com recursos modernos de tela plana, camadas de anti-reflexão que não comprometam, em uso, a saúde e a produtividade dos funcionários. Por fim, na concepção de um projeto de escritório, deve-se adequar todo seu processo de forma a suprir, quando possível, as necessidades referentes não só aos aspectos lumínicos, mas também quanto aos demais aspectos ambientais, organizacionais e construtivos, que analisados e empregados separadamente podem promover, ao invés de conforto, efeitos negativos ao ambiente de trabalho. Por exemplo, divisórias baixas facilitam a penetração de luz do dia, proporciona melhor distribuição da iluminação artificial, visão para o ambiente externo e melhor ventilação, porém pode aumentar a propagação de ruído e reduzir a privacidade. Nesse sentido, fornecer boa iluminação pode ser teoricamente fácil, entretanto, sua aplicação exige comprometimento não só com suas próprias exigências, mas também as prescritas por outros aspectos ambientais, organizacionais e construtivos. Cores Segundo Iida (1990: p.268), estudos já comprovados destacam a influência e mostram a repercussão das cores sobre o estado emocional, a produtividade e a qualidade do trabalho, não se restringindo aos ambientes de escritórios. Antes de iniciar o planejamento das cores em um ambiente de trabalho, é necessário identificar quais serão as tarefas a desenvolver naquele espaço de trabalho e quem as realizarão. Com isso, é possível projetar um ambiente cujas cores se relacionem com os fatores psicológicos e fisiológicos dos ocupantes desses espaços.

7 Existem algumas técnicas de aplicação de cores que apresentam resultados interessantes. Por exemplo, para um ambiente de trabalho considerado monótono, aconselha-se incluir algumas áreas de cores excitantes, mas não compondo todo o recinto, apenas alguns elementos como pilares, vigas, divisórias, entre outros. Para um trabalho que exige muita concentração, aconselha-se usar cores claras, que podem ser aplicadas nas paredes, tetos e pisos, de forma a não chamar muita atenção, evitando assim distrações e acidentes. No ser humano, as cores despertam várias sensações capazes de transmitir informações, irritá-los, acalmá-los e diversos outros estímulos. Seguem algumas sensações visuais que faixas cromáticas do espectro podem despertar no ser humano: vermelho: agressividade, estresse, irritação; amarelo: estimulante, vibrante, alegre; verde: alivia tensões e equilibra o sistema nervoso; azul: calmante, repousante, sonífero; laranja: estimulante, vibrante, amigável; branco: leveza, calma, alegria; preto: agressividade, fatigante, depressivo. Enfim, assim como a iluminação, o adequado uso das cores é uma recomendação ergonômica fundamental para tornar ambientes de trabalho mais prazerosos e produtivos. Acústica A acústica no ambiente de escritório inclui todas as manifestações sonoras percebidas pelo ser humano durante o período de trabalho. Alguns destes sons podem ser agradáveis, outros não, sendo estes considerados como ruídos. Os escritórios são espaços que durante a jornada de trabalho promovem uma diversidade de situações favoráveis à existência de fontes de barulhos, sendo componentes do próprio ruído interno as áreas de discussões, os corredores principais de tráfego, os computadores, as impressoras, além da comunicação verbal entre os funcionários. Ademais, às fontes internas, também existem os ruídos perturbadores provenientes de fora da edificação como tráfego de veículos e pessoas e existência de indústrias, caracterizados como ruídos provenientes da vizinhança. desenvolvimento de tarefas em ambientes de escritórios exige simultaneamente condições de concentração, e de comunicação verbal. Diante disso, é ainda na fase projetual que se deve conscientizar sobre a importância de um ambiente de trabalho acusticamente favorável ao bem-estar dos funcionários e à execução de suas atividades. Nesse sentido, deve-se considerar não só a fonte do ruído, mas também, seu tempo de duração e o tempo em que os usuários desses espaços ficarão expostos a ele. Segundo Matos e Santos (1994: p ), as medidas de controle de ruído podem ser resumidas, de maneira sucinta, em três grupos, segundo a necessidade de busca da solução seja: Intervenção na fonte emissora - eliminação ou substituição de máquinas e equipamentos ruidosos (ar condicionado, ventiladores, computadores, impressoras, copiadoras, entre outros) por modelos mais silenciosos; - modificação no ritmo de funcionamento da máquina; - aumento da distância e redução da concentração de máquinas;

8 Intervenção sobre a propagação - uso de suportes antivibrantes; - enclausuramento integral; - enclausuramento parcial; - barreiras; - silenciadores; - tratamento fonoabsorvente. Intervenção sobre o trabalhador - redução do tempo de exposição, reduzindo a jornada de trabalho, reorganizando o trabalho e/ou aumentando as pausas durante suas atividades; - isolamento de áreas silenciosas quando obrigatórias. O ruído nos ambientes confinados, como em escritórios, influencia diretamente o comportamento das pessoas que ocupam. Além de causar estresse, irritabilidade, tensão, ou seja, danos à saúde, interfere também no desempenho das tarefas que exigem concentração, atenção, velocidade, precisão e nas que requerem interpretação de informação, alterando assim o estado de alerta, a produtividade e a continuidade nas operações, por se tratar de fontes de interrupção. Diante de situações de convivência com sons indesejáveis que se propagam no espaço de trabalho, é importante tomar determinadas medidas na concepção projetual desses espaços, procurando-se preventivamente dar tratamento acústico aos ruídos que propagam por estruturas, pisos, paredes, tetos, portas dos ambientes e divisórias. O tratamento acústico nos pisos, por exemplo, ajuda a minimizar a propagação de sons provenientes de movimentação de cadeiras e outros móveis, de ruídos de máquinas ou emitidos simplesmente pela locomoção dos funcionários, aliviando os pavimentos inferiores dos ruídos oriundos dos níveis superiores. O piso elevado é uma boa solução técnica para amenizar os ruídos, além de permitirem a passagem de cabos de instalações elétricas, telefônicas e de internet. Os equipamentos ruidosos devem ser isolados dos pisos, mediante o uso de materiais com elevados coeficientes de absorção, evitando-se assim, a reverberação e a transmissão de ruído nos e dos recintos vizinhos, caso a edificação possua mais de um pavimento. Os tetos, paredes e esquadrias devem ser projetados com material que possa oferecer absorção adequada para o tipo de ruído que se deseja tratar (Tabelas 1 e 2). As divisórias devem apresentar altura de 1,5m a 1,8m, para que bloqueiem, total ou parcialmente, a propagação do ruído dentro das estações de trabalho, ou no recinto como um todo; se necessário devem receber um revestimento ou serem preenchidas com propriedades acústicas compatíveis com a ocupação do local; também, sua altura deve suprir as necessidades lumínicas e permitir o fluxo de ar dentro dos recintos.

9 Tabela 1 - Emissões de ruídos aproximadas de máquinas de escritórios. Medição feita no nível da cabeça dos operadores MÁQUINA EMISSÃO de RUÍDO em db (A) Impressoras matriciais e de esfera - Ruído básico Ruído de pico Impressora matricial com cobertura - Níveis de pico Impressora jato de tinta - Ruído básico Ruído de pico Ventilador de resfriamento de monitores Antiga máquina de escrever 70 Máquinas de escrever eletrônicas modernas 60 Máquinas copiadoras Fonte: KROEMER; GRANDJEAN (2005). Tabela 2 - Valores médios de coeficientes de absorção acústica MATERIAIS FREQUÊNCIAS (Hertz) Reboco áspero, cal. 0,03 0,03 0,03 0,03 0,04 0,07 Reboco liso 0,02 0,02 0,02 0,02 0,03 0,06 Superfície de concreto 0,02 0,03 0,03 0,03 0,04 0,07 Tapetes de borracha 0,04 0,04 0,08 0,12 0,03 0,10 Taco colado 0,04 0,04 0,06 0,12 0,10 0,17 Tapete de veludo 0,05 0,05 0,10 0,24 0,42 0,60 Chapa leve de lã de madeira, de 25cm, em parede rígida. 0,04 0,13 0,52 0,75 0,61 0,72 Feltro de fibra natural de 5mm, diretamente na parede. 0,09 0,12 0,18 0,30 0,55 0,59 Madeira compensada de 3mm, 50mm da parede, espaço vazio. 0,25 0,34 0,18 0,10 0,10 0,06 Lã mineral de50mm, coberta de papelão denso. 0,74 0,54 0,36 0,32 0,30 0,17 Vidro plano de 3-4mm com 50mm de espaço e amortecimento nas bordas 0,23 0,11 0,09 0,01 0,01 0,03 Caixões de chapa perfurada com chapas de feltro de lã de vidro de 30mm suspensos a 180mm 0,30 0,43 0,61 0,62 0,85 0,86 Chapa perfurada, forrada de lã na frente 40-50mm de espaço vazio. 0,01 0,03 0,10 0,16 0,17 0,20 Fonte: MATOS; SANTOS (1994). De acordo com a normalização da ABNT, NB-101 (Tratamento de Ambientes Acústicos), os níveis de ruído dentro dos escritórios devem variar de db, de acordo com a finalidade dos espaços. A Tabela 3 apresenta alguns postos de trabalho existentes nos ambientes de escritórios, acompanhados com a faixa de decibéis desejáveis ao conforto acústico. O valor

10 inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto que o valor superior significa o nível sonoro aceitável para a finalidade daquele espaço de trabalho. Tabela 3 - Níveis de ruído para conforto acústico ESCRITÓRIOS EMISSÃO de RUÍDO [db (A)] Recepção, Circulação Sala de reuniões Salas de gerência, projetos, administração Sala de computadores Salas de mecanografia Fonte: AZEVEDO (1994). Considerando-se então, que os funcionários nos ambientes de escritórios estão expostos a diversas fontes de ruídos, sejam internas ou externas, é possível suavizar os barulhos que os incomodam, instalando aparelhos que produzem um som de fundo regular e constante, que mascare os barulhos estressantes, sendo isto chamado por Kroemer e Grandjean (2005: p.266), de condicionador de som ou ruído branco. Mascarando o som, é possível deixar o ambiente de trabalho satisfatório acusticamente, além de reduzir distrações e evitar conseqüências mais graves quanto à saúde dos funcionários. A Tabela 4 apresenta os níveis usuais em escritório. Tabela 4 - Níveis de ruídos usuais em escritórios TIPOS DE ESCRITÓRIOS NÍVEIS de RUÍDO Leq em db (A) Escritórios pequenos muito silenciosos Escritórios grandes silenciosos Escritórios grandes barulhentos Fonte: KROEMER; GRANDJEAN (2005). As reduções de ruídos também podem ser alcançadas introduzindo-se uma política de etiqueta no escritório. Trata-se de conscientizar os trabalhadores a falarem mais baixo, usarem fones para músicas e rádios e estarem atentos a barulhos que eles possam gerar, e que venham a incomodar os demais usuários desses espaços e comprometer o desenvolvimento de suas atividades. Os sons que se propagam podem ser uma fonte de informação e até de prazer para algumas pessoas, porém, para outras pode representar algo desconfortável aos seus ouvidos, atrapalhando no seu rendimento de trabalho, além de ser uma ameaça à saúde. Com isso, a importância durante a concepção de projetos de escritórios, em projetar um ambiente que seja satisfatório às condições acústicas, para que não comprometa a produtividade dos funcionários e não acarrete distúrbios psicofisiológicos nos mesmos como estresse, distrações, aumento da tensão muscular, aumento do metabolismo, aceleração da freqüência cardíaca, aumento da pressão sanguínea, dentre outros Ergonomia no ambiente de escritório Trabalho sentado Uma definição concisa de ergonomia é: Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento (Ergonomics Research Society, Inglaterra, apud Iida, 1990: p.1). Nos ambientes de escritórios é preciso que o sistema homem-máquina esteja em perfeita harmonia, onde a aplicação dos conceitos ergonômicos possa proporcionar um espaço de

11 trabalho, cujas conseqüências garantem aos ocupantes de cada posto, conforto, saúde, bem-estar, e também, conferir produtividade à empresa. Análise do trabalho Aplicar conceitos de ergonomia no projeto de um posto de trabalho, antes de tudo, é preciso compreender as tarefas, atividades e ações que envolvem todo processo de trabalho, decorrentes nestes espaços, e suas relações com os demais compartimentos que os compõem. Além destas exigências específicas do trabalho, as medidas antropométricas devem ser levadas em consideração para o melhor dimensionamento dos locais de trabalho. Primeiramente, é preciso analisar as tarefas a serem executadas no posto de trabalho em questão, e procurar selecionar e adequar os elementos que ali serão dispostos com acessórios, mesas, cadeiras, entre outros mais apropriados a serem inseridos nesse espaço, procurando a melhor adaptação às necessidades das tarefas e dos operadores, conferindo um sistema homemmáquina mais integrado e eficiente. Segundo Iida (1990: p.151), antes de analisar qualquer tarefa é necessário descrevê-la, assim como as ações, envolvendo as seguintes questões: Quanto às tarefas, analisar: objetivo: para quê servirá as tarefas, o que será executado; em que quantidade e com que qualidade; operador: que tipo de pessoa trabalhará no posto, qual é o predomínio, se é de homens ou de mulheres; grau de instrução, experiência, habilidades, faixa etária e dados antropométricos; características técnicas e aplicações: quais serão os elementos integrados ao posto de trabalho e como serão utilizados; condições ambientais: como será o ambiente físico em torno do posto de trabalho; condições organizacionais: horários, turnos, grupos, dentre outros. Quanto às ações, analisar: informações: qual meio de comunicação será envolvido, sinais, tipos de dispositivos; controle: tipo de movimento corporal mais exigido, alcances manuais, características dos elementos (acessório, material, equipamentos, mobília, dentre outros). A introdução da ergonomia nos escritórios O ambiente de escritório exige do funcionário uma variedade de tarefas físicas e mentais, além de cumprir diversas funções simultâneas como falar ao telefone, redigir notas, verificar arquivos, atendimento a pessoas, conversas com colegas de trabalho, tarefas mais diversas possíveis que acarretam, principalmente, em variadas mudanças de posturas. Hoje nos escritórios, as estações de trabalho têm como ferramenta principal o computador. Diante disso, a forma de execução do trabalho sofreu alterações significativas, já que as pessoas passam horas, ou até o dia inteiro, diante de um computador, sem interrupções, permanecendo com o corpo quase estático, realizando operações altamente repetitivas, com a atenção fixa ao monitor e mãos sobre o teclado e mouse. Tudo isso, permite que o funcionário fique mais vulnerável a problemas físicos e psíquicos, que interferem no processo de trabalho, devido à má concepção ergonômica dos elementos significativos empregados nos postos de trabalho. Estes, segundo Kroemer e Grandjean (2005: p.69): [...] foram as razões pela qual o escritório recorreu à ergonomia; conseqüentemente, a estação de trabalho de computador tornouse o veículo introdutor da ergonomia no mundo do escritório.

12 Espaços de trabalho Uma abordagem antropométrica Segundo Kroemer e Grandjean (2005: p.134) Espaço de trabalho é um espaço imaginário, necessário para o organismo realizar os movimentos requeridos por um trabalho. Este espaço varia em distâncias horizontais e verticais sem dar importância maior a uma delas. No dimensionamento do espaço de trabalho, utilizam-se dados antropométricos. São levantadas as medidas corporais de determinada população (amostra com homens e mulheres), estas que estão diretamente integradas ao sistema homem-máquina, permite com que tenhamos as medidas mais apropriadas, a fim de garantir o dimensionamento mais apropriado ao espaço de trabalho, do ponto de vista ergonômico. Para se obter os dados antropométricos de uma determinada amostra, antes é preciso determinar qual será o método de medida a ser aplicado. Existe o método das medidas indiretas, que, geralmente, envolvem fotos do corpo ou partes dele contra uma malha quadriculada, e o outro seria o método direto. Este último é o mais comum, e envolve leituras de instrumentos que entram em contato físico com o ser humano. Utiliza-se de réguas, trenas, fitas métricas, esquadros, paquímetros, balanças e outros instrumentos (Figuras 1 e 2). Obtendo-se todas as medidas desejadas, monta-se um quadro com as medidas mínimas e máximas dessa amostra, na pretensão de alcançar ao máximo, as medidas ideais para os locais de trabalho. As medidas máximas são representadas pelo percentil 95% dos homens, e as mínimas pelo percentil 5% das mulheres. Das superfícies de trabalho dentro do escritório, as superfícies horizontais constituem a maiorias. As mesas e bancadas são as principais delas, onde grande parte das tarefas é realizada, junto à acomodação e à disposição dos objetos de trabalho. Um posto de trabalho limpo e organizado depende, principalmente, do seu ocupante. Entretanto, uma mesa organizada não significa necessariamente uma superfície totalmente funcional e recomendável, de acordo com os princípios ergonômicos. Figura 1 - Método de medida direta. Paquímetro de MARTIN. Fonte: MINETTE; SOUZA (2005). Figura 2 - Método de medida indireta. Método de MORAND. Fonte: MINETTE; SOUZA (2005). A mesa possui áreas de alcances máximos e ótimos, que atendem as necessidades do funcionário no desenvolvimento de suas tarefas, sendo estas áreas de menor ou de maior uso durante o processo de trabalho. As tarefas são variadas, atender um telefonema, alcançar um objeto, ou simplesmente escrever ou digitar um documento, além disso, podem exigir, ou não, certa precisão. Entretanto, podem ser posicionadas em locais com alcances diferentes que

13 exigem movimentos variados do corpo humano. A área de alcance máximo é obtida ao girar os braços estendidos em torno do ombro, essencial para ser ocupada por objetos cuja freqüência de uso é pequena. Já as áreas de alcances ótimos podem ser definidas girando-se os antebraços em torno dos cotovelos com os braços caídos. Estas áreas são as mais apropriadas na disposição de materiais e equipamentos com uso freqüente e que exige certa precisão (Figura 3). A preocupação com o dimensionamento e organização da superfície de trabalho não é a única consideração a se deter quanto às questões ergonômicas, que podem facilitar o trabalho, proporcionar mais conforto e bem-estar ao usuário do posto. É preciso estar atento à altura da mesa nas atividades desenvolvidas sentadas. São basicamente duas questões fundamentais para definir a altura de uma mesa de trabalho: a altura do cotovelo do usuário, ou do percentil mais coerente da amostra, quando se trata de posto de trabalho com alta rotatividade de funcionários ocupantes deste mesmo posto, e quais atividades serão desenvolvidas neste espaço. Figura 3 - Arcos para o posto de trabalho em mesa ou bancada. Amostra levantada por Iida. Arco a (35-45): medidas para o trabalho rotineiro. Arco b (55-65): quando se tem que buscar algum objeto. Fonte: IIDA (1990). Quando o trabalho é sentado, como na maioria das estações em escritórios, é preciso, em princípio, definir a altura do assento (utilizando a altura poplítea), para que somado a altura do cotovelo, obtenha-se a altura do tampo da mesa. Diante de tudo isso, o que acaba por ser a melhor solução para determinar a altura da mesa é partir do princípio que: é mais fácil ajustar a altura da cadeira, e deixar a altura da mesa fixa, propícia a pessoas mais altas, em detrimento das mais baixas, já que estas podem usar de um apoio para os pés e ajustar o assento; já o primeiro caso, colocar o assento mais baixo, pode acarretar certo desconforto para as pernas. É fundamental que sob a mesa para escritório haja espaço suficiente para a movimentação das pernas, podendo cruzá-las sem dificuldades. Por esse motivo, evita-se pôr gavetas ou prateleiras no espaço onde se movimentarão as pernas. Concepção dos assentos em escritórios A concepção de assentos para escritórios exige estudos profundos, que se enquadram nos princípios ergonômicos. Ou seja, estabelece-se a compreensão das principais exigências

14 atribuídas aos assentos, do ponto de vista anatômico, fisiológico e clínico dos movimentos de postura sentados. Em princípio é preciso determinar qual será a função do assento, pois não existe um assento padrão para todas as situações, mas sim aquele mais adequado para cada tipo de tarefa. As cadeiras de escritórios devem ser adaptadas para o trabalho com equipamentos modernos de tecnologia de informações. As dimensões dos assentos devem ser adequadas às medidas antropométricas do usuário, especialmente, para os trabalhos com computadores, ou ter a medida requerida pela amostra feita para a ocupação de determinado posto de trabalho. A cadeira deve permitir variações de postura, inclinada para frente e reclinada para trás, faixa de 104 a 120 (KROEMER; GRANDJEAN, 2005), com o propósito de aliviar as pressões sobre os discos vertebrais e as tensões dos músculos dorsais de sustentação, reduzindo-se a fadiga. O encosto da cadeira deve ter uma inclinação ajustável, para qualquer ângulo desejado, a fim de permitir o relaxamento da coluna. É preciso ser almofadado na parte lombar, a uma altura de 10 a 20 cm acima do ponto mais baixo da superfície do assento, e funcionar como suporte à coluna entre a terceira vértebra e o sacro, de forma a permitir maior liberdade de movimento do tronco. Deve ter uma altura de no mínimo 50 cm acima do plano do assento. O revestimento, tanto do assento como do encosto, não deve ser duro nem muito macio, pois provoca dores e fadiga. O ideal é uma situação intermediária que não prejudique a postura. Seria um estofado antiderrapante, com capacidade de dissipar calor e umidade gerados pelo corpo, pouco espesso, colocado sobre uma base rígida, que não se afunde com o peso do corpo, ajude a distribuir a pressão e proporcionar maior estabilidade ao corpo, reduzindo assim, a fadiga e o desconforto. Enfim, a cadeira de escritório deve preencher todos os requisitos de um assento moderno e ergonômico: altura ajustável, assento giratório, bordas arredondadas, rodízios em uma base de cinco pés reguláveis, apoio para os braços, cotovelos, pés, dentre outros. Estações com computadores Estudos realizados por Grandjean (1987), apresentaram as principais reclamações de funcionários, proveniente das variadas posturas decorrentes de atividades em computadores, nos ambiente de escritórios. As principais queixas foram dores no pescoço, ombros, braços e fadiga muscular. As dores musculares são mesmo as principais conseqüências na má concepção ergonômica de um posto de trabalho de escritórios com computadores, Estas são derivadas principalmente: baixa altura do teclado em relação ao piso, mas alta em relação à mesa, além do seu posicionamento inadequado; ausência de apoio para os antebraços, punhos, cotovelos, pés, dentre outros; inadequada inclinação de monitores, permitindo excessivas inclinações da cabeça, dos olhos, ou de ambos; deficiências nas cadeiras; falta ou insuficiência de espaço lateral e debaixo da mesa para a movimentação das pernas e da cadeira; má concepção do espaço de trabalho devido à inadequada compreensão dos aspectos organizacionais e ambientais (iluminação, climatização, ruído). Quanto à postura, são muito comuns em escritórios os funcionários trabalharem na

15 posição inclinada, ou seja, mais relaxada sobre a cadeira, e não em uma postura ereta; por isso a importância de um encosto regulável, que permita variação e movimentação do tronco. É bom lembrar que a posição relaxada sobre a cadeira também não é adequada quanto adotada constantemente. Pelos estudos de Grandjean (1987), reavaliados por Luerder e Noro (1995), foram identificadas algumas questões fundamentais no projeto de estações computadorizadas: o mobiliário deve ser o mais flexível possível (ajustável e adaptável a diferentes posições), de material com excelente qualidade, durabilidade e não toxidade; os controles das dimensões, principalmente, para ajustes de mesas e cadeiras, devem ser fáceis de operar; em estações com computadores, mesas e cadeiras devem ser reguláveis para evitar situações como, por exemplo, um posto com uma mesa de tampo baixo em conflito com a altura mínima para os joelhos sob a mesa, principalmente, quando se trata de um usuário alto. Evidente, que tais ajustes de medidas são determinados pela variação das medidas antropométricas de cada pessoa, ou de cada amostra, além das características do próprio computador, já que este vem evoluindo tecnologicamente de maneira muito rápida. Cada medida antropométrica levantada na amostra, ajudará na etapa de definições de ferramentas de trabalho, dimensões de mobiliários, alcances de objetos e o dimensionamento da estação de trabalho como um todo. Com o método direto, é possível conseguir com mais precisão as medidas necessárias e o comprimento conciso das principais articulações. Com o indivíduo em pé, por exemplo, a medida do ombro em relação ao piso, somada ao comprimento do antebraço, braço e mão, é possível dimensionar a altura de mobiliários como armários, prateleiras, comandos como botão para ligar ar condicionado, acionar alavancas de basculantes, dentre outros. Com o comprimento dos três últimos, independentemente da posição do indivíduo, se em pé ou sentado, é possível determinar os alcances máximos em diferentes superfícies (mesas, prateleiras, gavetas, dentre outros), e para diferentes tarefas como pegar um objeto sobre a sua mesa, porém distante, ou guardar algo nos fundos de uma prateleira. Com o indivíduo sentado, através da altura poplítea determina-se a altura do assento. Ainda nesta posição, a largura do quadril ajuda a definir a largura do assento de uma cadeira. Com a altura do cotovelo, tem-se a altura do tampo da mesa de trabalho em estações para computadores na posição sentada. Já na posição em pé a altura do cotovelo determina também a altura do tampo da mesa, porém para usuários que executam tarefas na posição de pé. Na posição sentada, a partir da dimensão da fossa poplítea nádega, é possível determinar o comprimento do assento de uma cadeira. Em trabalhos desenvolvidos em pé, com a altura dos olhos nessa posição, pode-se dispor adequadamente o monitor para pessoas que executam atividades em computadores. Enfim, de acordo com a posição do indivíduo, em pé ou sentado, cada medida do seu corpo terá uma relação direta com o espaço em que ele está inserido. Todos estes dados antropométricos são fundamentais no dimensionamento dos postos de trabalho e dos objetos e equipamentos que configuram seu ambiente. Enfim, as estações de trabalho com computadores devem facilitar a movimentação do corpo, evitando que este fique praticamente estático, entretanto, movimentos excessivos também devem ser evitados. Os problemas de saúde em usuários de computadores Os computadores invadiram os ambientes de escritórios de forma muito repentina, sem que houvesse antes um estudo preparatório para o seu uso e adequação. O computador é, hoje, a ferramenta de trabalho do homem mais importante dentro do escritório, de forma a não só

16 aumentar a qualidade de trabalho, mas também por fazer crescer a produtividade dentro da empresa. Todos os benefícios dele são bem-vindos em qualquer organização, entretanto, o computador vem sendo a causa de várias queixas de dores músculo-esqueléticas, estresse e tédio. A coluna vertebral e os músculos das costas são os locais do corpo mais vulneráveis a problemas durante o trabalho sentado com computadores. Problemas nos assentos e a má postura são os principais causadores de sobrecarga na coluna e pressões nos discos intervertebrais. Além do desgaste pela idade e pelo uso, os discos intervertebrais podem perder sua força. O processo degenerativo interfere na mecânica da coluna vertebral, fazendo com que tecidos e nervos sejam comprimidos, levando a vários problemas como lombalgia (dores musculares) e problemas ciáticos (no quadril), ou até a paralisia das pernas. Quanto à má postura dos funcionários nos postos de trabalho, estas podem causar fadiga, dores lombares e câimbras que, se não forem corrigidas, podem provocar anormalidades permanentes na coluna. A inadequação dos mobiliários também facilita a ocorrência de dores no corpo. Por exemplo: dores na nuca e nos ombros são comuns em funcionários que ocupam estações onde a mesa de trabalho é muito alta; dores nos joelhos e pés são comuns em funcionários de estatura pequena que trabalham em mobiliários sem apoio para as pés; dores nas pernas são identificadas em funcionários de estatura alta e que trabalham sobre uma cadeira baixa e/ou não regulável; dores nas costas são caracterizadas, na maioria das vezes, na má concepção dos encostos das cadeiras, além da inadequada postura do operador; dores nos braços e cotovelos devem-se a ausência ou à má concepção de apoio, seja no revestimento quanto no dimensionamento. Outro problema comum no trabalho com computadores é o estresse. Em estudos realizados em 1977, os suíços Johanson e Aronson apud Kroemer e Grandjean (2005: p.168), com 95 empregados ocupantes de estações de trabalho com computadores, observaram: (...) quando ocorria uma parada temporária do sistema de computação, a adrenalina, a pressão sanguínea e a freqüência cardíaca aumentaram, enquanto ao mesmo tempo, os sujeitos se sentiam mais irritados, cansados, apressados e entediados. A conclusão foi que as paradas de computadores (panes), causavam certa ansiedade nos funcionários, que foi percebida pelo fato de que parados, sem poder executar suas atividades, tinham a sensação que o trabalho estava acumulando, e conseqüentemente, teriam mais obrigações a cumprir no dia seguinte. Com isso, os pesquisadores concluíram que o estresse pode ser controlado à medida que a pausa seja contrabalançada, pela redução da duração e freqüência de paradas, pela duração do tempo de exposição do funcionário ao computador. Uma sugestão seria descansar 10 minutos a cada hora de trabalho, de forma a reduzir, total ou parcialmente, o estresse diante das atividades operadas com computadores em ambientes de escritórios. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste trabalho procurou-se destacar questões essenciais para o desenvolvimento de projetos e o arranjo de ambientes de escritórios, dando-se destaque ao conforto ambiental: aspectos térmicos, lumínicos, acústicos e ergonômicos.

17 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, A. Teatros e auditórios acústica e arquitetura. Rio de Janeiro: H. Sheldon, CHARLES, K.E. et al. National Research Council of Canada and Public Works & Government Services. Canadá, Disponível em: < Acesso em: 10 out IIDA, L. Ergonomia: Projeto e Produção. São Paulo: Edgard Blücher, KROEMER, K.H.E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto Alegre: Bookman; LUEDER, R.; NORO, K. (Eds). Hard facts about soft machines: the ergonomics of seating. London: Taylor $ Francis, MATOS, M.P.; SANTOS, U.P. Ruído: riscos e prevenção. São Paulo: Hucitec, p. MINETTE, L.J.; SOUZA, A.P. Laboratório de Ergonomia da UFV. Viçosa: UFV, ROCHA, L.O.L. Organização e métodos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, TIBIRIÇÁ, A.C.G. Prédios industriais e arranjo físico. Notas de aulas da disciplina ARQ-320. Viçosa: UFV, BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ABRANTES, A.F. Ergonomia no ambiente de escritórios. Disponível em: < Acesso em: 28 ago BROOKES, M. J.; KAPLAN, A. The office environment: space planning and affective behavior. Human Factors, COHEN, D. Espaço: a fronteira final. Revista Exame, Fascículo: A empresa do novo milênio, 1999, 25 (703), p FERREIRA, A.B.H. Mini Aurélio. Curitiba: Positivo, 2004.

18 GOMES, F.S.; RESENDE, F.Q. Ambientes flexíveis e instalações. Viçosa: UFV, 2002, 3p. ISHIKAWA, K. Controle de qualidade total: à maneira japonesa. Rio de Janeiro. Campus, JOHANSSON, G.; ARONSSON, G. Stress reactions in computerized administrative work. Report from the Department of Psychology, University of Stockholm, Suppl. 50, November, JÚDICE, M.O. Contribuição da ergonomia para projetos de concepção de espaços de trabalho em escritórios. Brasília: UnB, Dissertação (Mestrado). Universidade de Brasília, L.E.R Lesões por esforços repetitivos. normas técnicas para avaliação da incapacidade. Brasília: MPS/INSS, MACHLINE, S.M.; SHOEPS, W. Manual de administração da produção. Rio de Janeiro: FGV, NEPOMUCENO, L.A. Elementos de acústica física e psicoacústica. São Paulo: Edgard Blücher, SMITH, L.A. O espaço de trabalho e a sua relação com a organização aprendente. Disponível em: < Acesso em: 28 ago

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