NUTRIÇÃO ADUBAÇÃO DE POMARES
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1 8 NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE POMARES Gilmar Ribeiro Nachtigall Clori Basso Cláudio José da Silva Freire 63 INTRODUÇÃO Para a obtenção de boa produtividade e de frutas de qualidade, a macieira requer solos com boa fertilidade. O manejo dos nutrientes é fundamental para o bom desempenho do pomar. O estado nutricional da macieira é influenciado por uma série de fatores, como tipo de cultivar e portaenxerto, tipo e manejo do solo, fatores climáticos, tipo de sistema de condução e de plantio, fatores climáticos, entre outros. O sucesso no cultivo da macieira, além dos aspectos relacionados à implantação do pomar, depende do manejo adequado de todos os fatores de produção. O manejo adequado da fertilidade do solo e o acompanhamento do estado nutricional das plantas representam um destes fatores. De nada adianta utilizar cultivares e portaenxertos adequados, realizar um bom manejo de plantas, pragas e doenças, se o solo não fornecer nutrientes de forma adequada e no momento correto. Mesmo não ocorrendo sintomas visíveis de deficiência nutricional, poderão ocorrer situações em que se tenha produção reduzida e baixa qualidade das frutas, trazendo prejuízo econômico ao produtor. Para que isso não ocorra, é necessário realizar o monitoramento periódico da fertilidade do solo e do estado nutricional das plantas, para que o fruticultor possa tomar medidas corretivas no caso de desequilíbrios. EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS A extração anual de macronutrientes por uma planta adulta de macieira ocorre na seguinte ordem : potássio > nitrogênio > cálcio > magnésio > fósforo. Quanto à marcha de absorção de nutrientes, representada pelos teores nas folhas da brotação à colheita, observase uma tendência decrescente para nitrogênio, fósforo e potássio, e tendência crescente para cálcio e magnésio. Importância dos nutrientes Sob o ponto de vista nutricional, para a obtenção de plantas produtivas e com produção de qualidade, é necessário que haja disponibilidade e absorção dos nutrientes em proporções adequadas, tanto via solo como por suplementação via foliar. Qualquer desequilíbrio nessas proporções pode causar a deficiência ou o excesso de nutrientes. A deficiência de nutrientes caracterizase pelo suprimento insuficiente de um ou mais nutrientes, sendo provocada pela baixa disponibilidade deste(s) no solo, por características do solo (ph, capacidade de retenção do solo etc.), pelo antagonismo entre nutrientes ou por características da planta. Já o excesso de nutrientes, como o próprio nome diz, esta relacionado à presença em níveis elevados do nutriente, podendo causar ou não toxidez na planta. Nitrogênio Como o nitrogênio é um nutriente que desempenha importante papel no crescimento vegetativo, exercendo influência na formação inicial da planta bem como na renovação de brotações que
2 64 Frutas do Brasil, 37 Até recentemente, poucos trabalhos têm mostrado resposta à aplicação de fósforo ou descrito problemas de deficiência na cultura da macieira. É um nutriente importante no metabolismo vegetal, pois participa de inúmeras reações bioquímicas como respiração e transformação de energia, e também de vários compostos orgânicos, além de participar da constituição de enzimas, que no caso da macieira pode se traduzir em estímulo à formação precoce de raízes, rápido e vigoroso crescimento das plantas e boa floração. A deficiência de fósforo compromete o desenvolvimento da parte aérea e do sistema radicular. Essa baixa incidência de problemas nutricionais relacionados ao fósforo na cultura da macieira é atribuída à exigência moderada da cultura e a sua adaptação aos solos com baixa disponidarão suporte à produção futura, este nutriente tem efeito direto na qualidade das frutas e no balanço nutricional da planta. Níveis crescentes de nitrogênio aumentam a produção de maçãs, proporcionando maior teor deste nutriente nas folhas, porém provoca maior incidência de russeting, redução da firmeza da polpa, maior retenção da cor verde na película na colheita, além da redução dos teores de fósforo, potássio e boro. Entre os macronutrientes, o nitrogênio provavelmente seja o que apresenta maior variabilidade quanto à definição de faixa de teores pela análise foliar. Para pomares de macieira do sul dos EUA, adotamse teores entre 18 e 23 g kg 1 de nitrogênio como suficientes e acima de 24 g kg 1 como teores que caracterizam excesso. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a interpretação dos teores foliares de nitrogênio é feita segundo os valores e as faixas nutricionais apresentados na Tabela 2. Essas diferenças no estabelecimento de faixas de teores nas folhas indicam que existe grande variação quanto a resposta à adubação nitrogenada. No Rio Grande do Sul, até o ano de 1991, 2% dos pomares comerciais encontravamse com teores de nitrogênio nas folhas entre 17 e 20 g kg 1, enquanto que 56% apresentavam teores entre 20 e 25g kg 1. A deficiência de nitrogênio caracterizase pela coloração verde clara visível em todas as folhas e pela redução do crescimento da planta. A caracterização visual de deficiência é mais evidente na parte final do ciclo vegetativo, pois a perda da cor verde escura das folhas aumenta no decorrer do ciclo. As frutas são pequenas e amadurecem cedo, acelerando a mudança da cor de fundo. A produção total de frutas em relação ao teor de nitrogênio na folha tem resposta curvilínea. A aplicação de nitrogênio aumenta o crescimento e a produção, sem alterar significativamente o teor foliar, quando a planta se encontra em estado de carência. Com teor normal, a aplicação deste nutriente aumenta o crescimento, o teor foliar e a produção. Na faixa de excesso, a adição de nitrogênio aumenta o teor foliar, porém causa pouco efeito no crescimento e na produção. Os resultados obtidos no sul do Brasil, com as cultivares Golden Delicious e Fuji, mostram que a aplicação anual de nitrogênio não afeta o crescimento, a produção, qualidade das frutas e a concentração de nutrientes nas folhas e nas frutas. No entanto, obtevese resposta à aplicação de N em solos rasos das regiões mais frias. Um dos aspectos a considerar no uso de fontes nitrogenadas é seu efeito sobre as características químicas do solo. O sulfato de amônio e a uréia são fontes que acidificam o solo por liberarem hidrogênio para a solução do solo, enquanto o nitrato de cálcio e o nitrato de potássio têm reação neutra a ligeiramente alcalina. As fontes nitrogenadas podem fornecer outros nutrientes além do nitrogênio, como o nitrato de cálcio, que fornece cálcio, e o nitrato de potássio, que supre o potássio. Fósforo
3 65 bilidade de fósforo, em virtude da capacidade de absorção de fósforo do sistema radicular da macieira, provavelmente favorecida pela presença de micorrizas. Alguns trabalhos têm mostrado resposta à aplicação de fósforo em solos com teores baixos deste. Problemas de produção, distúrbios nas frutas ou até mesmo alterações na textura da fruta podem ocorrer em condições de baixos teores de fósforo na planta. Contudo, em trabalho realizado com a cv. Fuji, no Rio Grande do Sul, não houve resposta à níveis e fontes de adubo fosfatado, em cinco safras estudadas. Na África do Sul, teores de fósforo entre 1,3 e 1,9 g kg 1 são considerados normais nas folhas de macieira. No RS e em SC, a interpretação dos teores foliares de fósforo é feita segundo os valores e as faixas nutricionais apresentados na Tabela 2. No Rio Grande do Sul, até o ano de 1991, 28% dos pomares comerciais encontravamse com teores de fósforo nas folhas entre 1,0 e 1,5 g kg 1, enquanto que 71% apresentavam teores entre 1,5 e 3,0 g kg 1. A escolha da fonte de fósforo baseiase na sua eficiência agronômica. Se a reação de uma fonte fosfatada for muito lenta, a velocidade de reposição de fósforo na solução não será adequada ao crescimento das plantas. Por sua vez, se a reação for muito rápida, haverá risco de parte substancial do fósforo ser imobilizada. Potássio Entre os macronutrientes, o potássio provavelmente seja o segundo nutriente em termos de importância para a cultura da macieira, sendo superado em algumas situações pelo nitrogênio e em outras pelo cálcio. Sua função dentro da planta é regular a abertura e o fechamento dos estômatos, e o transporte de carboidratos, além de atuar sobre a transpiração e a qualidade das frutas, entre outras. Mesmo sendo um elemento muito móvel na planta, o seu teor na folha permanece estável durante o verão, decrescendo no começo da formação das frutas e migrando para as folhas no final do ciclo anual. Em trabalho realizado no Rio Grande do Sul, com a cultivar Gala, a produção de frutas da categoria extra aumentou conforme aumentou o teor foliar de potássio. A deficiência aguda de potássio na macieira manifestase nas folhas na forma de queimadasbordas das folhas velhas, a partir das pontas (Fig. 1). Na qualidade das frutas, os efeitos manifestamse na forma de frutas ácidas e de tamanho reduzido. O efeito da adubação potássica é facilmente observado em condições de deficiência de potássio, quando a adubação não somente elimina os sintomas nas folhas, como também melhora a cor e o sabor das frutas. Estudos mostram que o diâmetro das frutas apresenta correlação positiva com os níveis de potássio nas folhas. A B Fig. 1. Folhas de macieira cv. Fuji com sintomas de deficiência de potássio (A). Aspecto geral da planta da cv. Fuji com sintomas de deficiência de potássio (B). Fotos: C. Basso
4 66 Frutas do Brasil, 37 Existe variabilidade quanto à definição do nível crítico de potássio em folhas. Para as condições da Itália, um teor médio de potássio nas folhas de 10 g kg 1 é considerado ótimo. Para pomares de macieira do sul dos Estados Unidos, teores de 15 a 18 g kg 1 são considerados suficientes, enquanto que plantas com teor de 10 g kg 1 não apresentam sintomas visíveis nas folhas. No entanto, as frutas não têm tamanho, nem cor normal. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a interpretação dos teores foliares de potássio é feita segundo os valores e as faixas nutricionais apresentados na Tabela 2. No Rio Grande do Sul, até o ano de 1991, 20% dos pomares comerciais encontravamse com teores de potássio nas folhas entre 8,0 a 12 g kg 1, enquanto que 28% apresentavam teores entre 12 e 15 g kg 1. O potássio está intimamente relacionado com outros elementos, como cálcio e magnésio, onde existe competição na absorção destes pelas raízes, de modo que é importante para a planta que exista um equilíbrio adequado entre estes nutrientes no solo. Vários trabalhos indicam que o desequilíbrio entre o potássio e o cálcio na planta provoca distúrbios fisiológicos nas frutas. Outra interação constatada para a cultura da macieira é entre o potássio e o nitrogênio, onde parece existir uma relação N/K na folha ideal para a obtenção de frutas com cor, textura e durabilidade de armazenamento adequadas. Cálcio O cálcio desempenha importante papel na planta, já que é um nutriente constituinte da lamela média das paredes celulares e sua presença é indispensável ao desenvolvimento do sistema radicular. Na cultura da macieira, a disponibilidade e a absorção de cálcio são de grande interesse, pois baixas concentrações de cálcio na planta, principalmente nas frutas, são conhecidas por estarem relacionadas a distúrbios fisiológicos como o bitter pit (Fig. 2). Por seu turno, altos teores de potássio e de magnésio, oriundos de adubações com desequilíbrio desses nutrientes, também podem causar bitter pit, tanto direta como indiretamente, já que podem induzir a baixos teores de cálcio na planta. Em condições extremas, este distúrbio pode ocorrer até mesmo no pomar, quando se aproxima a colheita. Entretanto, a maioria dos sintomas é observada durante ou após o armazenamento das frutas. Baixas concentrações de cálcio nas frutas são, principalmente, resultantes da ação de fatores ambientais e culturais, embora os teores de cálcio no solo possam influenciar. A deficiência de cálcio não é caracterizada por sintomas visíveis nas folhas. Fig. 2. Sintomas externos (A) e internos (B) de bitter pit em frutas de macieira. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a interpretação dos teores foliares de cálcio é feita segundo os valores e as faixas nutricionais apresentados na Tabela 2. No Rio Grande do Sul, até o ano de 1991, 34% dos pomares comerciais encontravamse com teores de cálcio na folha inferiores a 11 g kg 1, enquanto que A B Fotos: G. R. Nachtigall e C. Basso
5 67 62% apresentavam teores entre 11 e 17 g kg 1. Já para a região produtora de maçã do Estado de Santa Catarina, os teores de cálcio nas folhas e nas frutas são, na maioria dos casos, baixos ou deficientes. Na fruta, considerase que teores inferiores a 2,5 3,0 mg 100g 1 de polpa fresca podem ser indicativos de incidência de bitter pit. Pulverizações com cálcio via foliar têm sido utilizadas para evitar e/ou reduzir distúrbios fisiológicos nas frutas de macieira. Quanto a fontes de cálcio, as mais utilizadas são o cloreto de cálcio, o nitrato de cálcio e o cálcio quelatizado, todos com a mesma eficiência técnica quando aplicada a mesma dose do elemento cálcio. Magnésio freqüência, os teores de magnésio nas folhas são deficientes. Fotos: G. R. Nachtigall Como o magnésio é um dos constituintes da clorofila, sua presença é essencial para a fotossíntese. Os sintomas de deficiência são bem nítidos e ocorrem inicialmente nas folhas mais velhas da base dos ramos, caracterizandose por amarelecimento das regiões internervais das folhas, cujas manchas, na forma de V, evoluem das margens da folha em direção à nervura central (Fig. 3). Este sintoma evolui para necrosamento dos tecidos atacados, culminando com a desfolha precoce da base do ramo. Os sintomas de deficiência ocorrem normalmente na segunda metade do ciclo vegetativo (meados de janeiro e fevereiro), e pulverizações com magnésio via foliar têm sido utilizadas como meio de evitar e/ou reduzir situações de deficiência. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a interpretação dos teores foliares de magnésio é feita segundo os valores e as faixas nutricionais apresentados na Tabela 2. No Rio Grande do Sul até o ano de 1991, 13% dos pomares comerciais encontravamse com teores de magnésio nas folhas inferiores a 2,0 g kg 1, enquanto que 74% apresentavam teores entre 2,5 e 4,5 g kg 1. No Estado de Santa Catarina, com bastante Fig. 3. Folhas de macieira, apresentando sintomas de deficiência de magnésio. Observar o desfolhamento da base dos ramos. Boro O boro é um nutriente importante para o metabolismo vegetal da macieira, pois pode estimular a formação de raízes, o rápido e vigoroso crescimento das plantas e uma boa floração, porque atua nos ápices vegetativos, na germinação do pólen e na absorção de água. Por ser pouco móvel na planta, os sintomas de deficiência de boro ocorrem inicialmente nos pontos de crescimento, onde se observa redução no crescimento das brotações, com encurtamento dos internódios. Os sintomas de deficiência nas frutas apresentamse na forma de encortiçamento da polpa, evoluindo para rachaduras nas frutas, além de provocar queda de frutas. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a interpretação dos teores foliares de boro é feita segundo os valores e as faixas
6 68 Frutas do Brasil, 37 nutricionais apresentados na Tabela 2. No Rio Grande do Sul, até o ano de 1991, 15% dos pomares comerciais encontravamse com teores de boro na folha inferiores a 30 mg kg 1, enquanto que 83% apresentavam teores entre 30 e 50 mg kg 1. Aplicações foliares de ácido bórico, bórax ou solubor são recomendadas para controlar a deficiência de boro em macieira, cujos resultados têm sido satisfatórios. Ademais, estudos sobre aplicações de boro visando controlar a incidência de bitter pit têm sido desenvolvidos. Contudo, devese evitar aplicações em excesso, já que a faixa de tolerância desta cultura entre deficiência e toxidez é muito estreita. O boro, embora seja necessário para a obtenção de boa produção e qualidade da maçã, pode reduzir a qualidade das frutas quando presente em excesso. Existe correlação entre altos teores de boro na fruta e aumento da incidência de distúrbios internos. Outros trabalhos relatam que altos teores de boro nas frutas também podem proporcionar desenvolvimento precoce de cor, aumento na incidência de degenerescência e mudança na firmeza. Resultados obtidos no Brasil, com a cultivar Gala, mostram que a aplicação de boro antecipa a colheita e aumenta a coloração das frutas, sem afetar negativamente a firmeza da polpa e os teores de sólidos solúveis (Fig. 4). Zinco O zinco tem efeito sobre o metabolismo das plantas, pois é um ativador enzimático. Os sintomas de deficiência desse nutriente caracterizamse pela formação de internódios curtos, que resultam em brotações pequenas em forma de roseta, decorrentes da ação do zinco sobre as auxinas. Os sintomas podem aparecer somente em alguns ramos da planta. As folhas são menores, estreitas e mais rijas que as normais, apresentado clorose internerval (Fig. 5). No RS e em SC, a interpretação dos teores foliares de B é feita segundo os valores e as faixas nutricionais apresentados na Tabela 2. No Rio Grande do Sul, até o ano de 1991, 12% dos pomares comerciais encontravamse com teores de zinco na folha inferiores a 20 mg kg 1, enquanto 77% apresentavam teores entre 20 e 100 mg kg 1. Foto: C. Basso Fig. 5. Deficiência de zinco em brotações e folhas de macieira. Fig. 4. Influência de doses de boro, via foliar (0% 0,1% 0,2% 0,4% 0,8%) sobre a coloração e o estádio de maturação de maçãs cv. Gala. Vacaria, RS. Nachtigall & Freire (1998). Para corrigir ou evitar deficiências de zinco são sugeridas duas diferentes épocas de aplicação do nutriente via pulverização. Alguns pesquisadores sugerem que este nutriente seja aplicado no período de dormência da macieira. Outros recomendam, tanto para a correção como para a prevenção de deficiência, a aplicação de zinco no período vegetativo da macieira, embora não descartem a aplicação na fase de dormência da planta. Quanto a fontes
7 69 de zinco, as mais utilizadas são o sulfato de zinco, o óxido de zinco e o zinco quelatizado. Todas têm se mostrado eficientes no controle da deficiência de zinco nas condições de pomares em Santa Catarina. O sulfato de zinco é tido como fonte padrão de zinco, e apresenta maior solubilidade que o óxido de zinco. Ferro O ferro tem efeito sobre diversas reações de oxiredução na planta, atuando como catalizador. Além disso, a presença de ferro está relacionada à formação da estrutura da clorofila. Os sintomas de deficiência deste nutriente se caracterizam pela clorose internerval nas folhas novas (Fig. 6). Este sintoma tende a desaparecer à medida que as folhas envelhecem. No RS e em SC, a interpretação dos teores foliares de B é feita segundo os valores e as faixas nutricionais apresentados na Tabela 2. No Rio Grande do Sul, até o ano de 1991, 1% dos pomares comerciais encontravamse com teores de ferro na folha inferiores a 50 mg kg 1, enquanto 87% apresentavam teores entre 50 e 250 mg kg 1. lismo de ácidos orgânicos. Os sintomas de deficiência deste nutriente caracterizamse por uma clorose sem áreas definidas. Nas condições de solos ácidos, podem surgir sintomas de toxidez de manganês na casca do tronco e nos ramos de mais de 1 ano. Nestes casos, a casca apresenta superfície irregular, com rachaduras. Em um corte superficial da casca podemse observar pontuações escuras (Fig. 7). A planta apresenta envelhecimento precoce. A correção da toxidez é obtida por meio da calagem do solo (elevação do ph). Foto:C. Basso Foto: C. Basso Fig. 7. Sintomas de toxidez de manganês no tronco de macieira. Fig. 6. Deficiência de ferro em folhas de macieira. Manganês O manganês tem efeito sobre diversos processos enzimáticos, atuando como importante ativador. Atua também na respiração, na fotossíntese e no metabo Os teores suficientes se situam entre 30 e 130 mg kg 1. No RS e em SC, a interpretação dos teores foliares de B é feita segundo os valores e as faixas nutricionais apresentados na Tabela 2. No Rio Grande do Sul, até o ano de 1991, 38% dos pomares comerciais encontravamse com teores normais de manganês na folha, enquanto que 62% apresentavam teores superiores a 130 mg kg 1.
8 70 Frutas do Brasil, 37 ADUBAÇÃO DE CRESCIMENTO A adubação de crescimento tem por objetivo propiciar as condições nutricionais ideais para uma boa formação das plantas durante os três primeiros anos, a qual dará suporte às produções futuras. Nesta fase recomendase aplicar somente adubo nitrogenado, em doses variáveis conforme a idade das plantas (Tabela 1). Essas quantidades podem ser ajustadas para mais ou para menos conforme o acompanhamento da evolução das plantas, por meio da análise visual do crescimento dos ramos, da coloração das folhas e da formação de órgãos de frutificação. Devese aplicar o fertilizante na área correspondente à projeção da copa. Nessa fase, a análise foliar é um indicativo do estado nutricional das plantas. ADUBAÇÃO DE MANUTENÇÃO (PRODUÇÃO) Os nutrientes e as quantidades a aplicar no pomar visam a atender as necessidades da macieira. Devemse evitar aplicações desnecessárias, para evitar prejuízos à planta, especificamente à qualidade das frutas e ao meio ambiente. Tomando como base a exportação de nutrientes do pomar contidos nas frutas e considerando uma produtividade média de 60 t/ha, temse, em média, uma remoção anual, por hectare, de 24 kg de nitrogênio, 6 kg de fósforo, 57 kg de potássio, 2 kg de cálcio e 2 kg de magnésio. Deste modo, principalmente para o potássio, devemse repor pelo menos essas quantidades exportadas, para não empobrecer os solos, que praticamente não têm potencial de reposição deste nutriente. Para o nitrogênio, a reposição depende principalmente dos teores de matéria orgânica do solo, que se forem bons a altos, podem suprir, por períodos longos, a exportação do nutriente. A recomendação de adubação de manutenção deve considerar a análise foliar e de frutas, a análise periódica do solo, a idade das plantas, o crescimento vegetativo, adubações anteriores, a produção, tratos culturais e a presença de sintomas de deficiências nutricionais. Nas Fig. 8, 9 e 10 são apresentados esquemas para auxiliar na tomada de decisão quanto à aplicação de nitrogênio, fósforo e potássio como adubos de manutenção da macieira. Observar que na adubação nitrogenada da cv. Fuji, devese adotar, como crescimento do ramo do ano crítico, o comprimento de 35 cm. Além disso, para a indicação de adubação nitrogenada, devese levar em conta, também, a produção e o tipo de poda. A análise dos teores no solo referemse à camada de 0 a 20 cm. Tabela 1. Recomendações de adubação nitrogenada de crescimento para a cultura da macieira, para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ano 1º 2º 3º Adubação nitrogenada kg N/ha Época 30 dias após a brotação 60 dias após a 1ª aplicação 45 dias após a 2ª aplicação Inchamento das gemas 60 dias após a 1ª aplicação 45 dias após a 2ª aplicação Inchamento das gemas Quedas das pétalas Após a colheita Fonte: Adaptada e atualizada de Comissão (1995).
9 71 Fig. 8. Esquema de indicação de adubação de manutenção com nitrogênio para a cultura da macieira (plantas adultas). Fonte: G. R. Nachtigall. Fig.9. Esquema de indicação de adubação de manutenção com fósforo para a cultura da macieira (plantas adultas). Fonte: G. R. Nachtigall. Fig. 10. Esquema de indicação de adubação de manutenção com potássio para a cultura da macieira (plantas adultas). Fonte: G. R. Nachtigall.
10 72 Frutas do Brasil, 37 Considerando a forma de distribuição do sistema radicular e a distribuição das plantas em filas, a aplicação dos adubos de manutenção poderá ser realizada na faixa que vai da linha de plantas até 0,5 m além da projeção da copa, pois, assim, os nutrientes atingirão a maior parte do sistema radicular. A melhor época de aplicação dos adubos potássicos, fosfatados e orgânicos é durante o período hibernal, pois, no início da brotação, esses nutrientes estarão disponíveis para as plantas. Para o adubo nitrogenado, a aplicação de pelo menos 50% da dose anual deverá ser feita nos meses de março e abril, época em que não haverá riscos de indução de novos crescimentos e as plantas ainda estarão ativas para absorvêlo e armazenalo nos tecidos lenhosos para utilização no ciclo seguinte. ANÁLISE FOLIAR Para a realização da análise foliar da macieira, devem ser colhidas folhas completas (limbo com pecíolo) da porção média dos ramos do ano, posicionados em altura facilmente acessível, sem o uso de escada, em todos os lados das plantas, no período de 15 de janeiro a 15 de fevereiro. Cada amostra deve ser composta de, aproximadamente, 100 folhas, podendo representar um grupo de plantas ou um pomar, dependendo da homogeneidade. Em pomares com mais de 100 plantas, se elas forem homogêneas, devemse coletar quatro folhas por planta em 25 plantas distribuídas aleatoriamente e representativas da área. Cada amostra relacionase a uma condição nutricional. Assim, folhas com sintomas de deficiência nutricional não devem ser misturadas com folhas sadias. Cada amostra deve ser constituída de folhas de plantas da mesma idade e da mesma cultivar. Não devem ser coletadas amostras de ramos ladrões, que não refletem o crescimento médio dos ramos do ano. As folhas que compõem a amostra devem estar livres de doenças e de danos causados por insetos e não devem entrar em contato com embalagens usadas de defensivos, fertilizantes etc. A amostra deve ser acondicionada em saco de papel comum, perfurado e enviada ao laboratório o mais rapidamente possível, acompanhada das respectivas informações. Se o tempo previsto para a chegada da amostra ao laboratório for superior a 2 dias, sugerese fazer uma prévia secagem ao sol, sem retirar as folhas da embalagem, até que elas se tornem quebradiças. Normalmente, não se recomenda a lavagem das folhas, visto que as impurezas superficiais pouco afetam sua constituição mineral e, também, porque os resíduos da aplicação foliar de nutrientes e/ou de defensivos agrícolas são difíceis de ser completamente removidos pela lavagem. Além disso, o contato prolongado com água é capaz de retirar quantidades apreciáveis de certos nutrientes das folhas, como é o caso do potássio, especialmente no caso de folhas secas. Na Tabela 2 constam os valores utilizados para a interpretação dos resultados da análise foliar, em amostras coletadas dentro do período normal de 15 de janeiro a 15 de fevereiro. Um sistema informatizado apresenta os resultados de análise em termos de concentração de nutrientes, interpretados em cinco faixas nutricionais em forma de gráfico. Isso permitirá aos produtores, que não tiverem conhecimento dos teores dos nutrientes que correspondem a cada faixa visualizar o estado nutricional das plantas relativo à amostra. Um exemplo de certificado e de interpretação dos resultados de análise feito em microcomputador é apresentado na Fig. 11. No rodapé do certificado de análise são incluídas algumas sugestões, que não constituem recomendações definitivas. Essas, sim, serão da responsabilidade do técnico encarregado de orientar o pomar, o qual, de posse dos dados de análise foliar, de análise do solo e com o conhecimento das condições do
11 73 Tabela 2. Interpretação dos resultados de análise foliar da macieira para amostras colhidas no período de 15 de janeiro a 15 de fevereiro. Faixas nutricionais N P Nutrientes K Ca Mg g kg 1 Insuficiente < 17,0 < 1,0 < 8,0 < 8,0 < 2,0 Abaixo do normal 17,0 19,9 1,0 1,4 8,0 11,9 8,0 10,9 2,0 2,4 Normal 20,0 25,0 1,5 3,0 12,0 15,0 11,0 17,0 2,5 4,5 Acima do normal 25,1 30,0 > 3,0 15,1 20,0 > 17,0 > 4,5 Excessivo > 30,0 > 20,0 Nutrientes Fe Mn Zn Cu B Insuficiente Abaixo do normal Normal Acima do normal Excessivo mg kg 1 < > 250 < > 200 < > 100 < > 50 < > 140 Fonte: Comissão (1995). pomar, terá, por certo, melhores condições para elaborar uma recomendação de adubação mais ajustada à realidade local. ANÁLISE DA FRUTA A análise das frutas pode diagnosticar o equilíbrio nutricional durante a fase de crescimento das frutas e, próximo à colheita, permitir a tomada de decisão quanto ao destino a ser dado às frutas em póscolheita. Este tipo de análise pode ser utilizado para avaliar a possibilidade de incidência de distúrbios fisiológicos nas frutas, como bitter pit, permitindo ao fruticultor decidir qual o destino que dará à fruta: comercialização imediata (sem correr o risco de ter perdas pela incidência de distúrbios fisiológicos no armazenamento), ou armazenamento em atmosfera convencional ou controlada. Para a realização da análise de frutas de macieira, devem ser colhidas amostras de 30 frutas da porção média da planta, posicionadas em altura facilmente acessível, sem o uso de escada, em todos os lados das plantas. Para que o resultado retorne do laboratório em tempo hábil para a tomada de decisão quanto ao destino da produção, a amostragem deve ser realizada 15 a 20 dias antes da colheita. A amostra deve ser acondicionada em saco de papel comum, perfurado, e enviada ao laboratório o mais rapidamente possível, acompanhada das respectivas informações. A análise química das frutas é realizada em amostras de polpa fresca, e os nutrientes normalmente analisados são nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio. Os teores de nutrientes considerados adequados são apresentados na Tabela 3. Nessa tabela são apresentados os teores conforme três tipos de amostragem: a) fatia longitudinal com a casca da fruta; b) amostra na forma de cilindro de 0,5 cm de diâmetro e 1 cm de comprimento colhido na região equatorial da fruta sem casca; c) casca total da fruta.
12 74 Frutas do Brasil, 37 Fig. 11. Exemplo de certificado de análise foliar da macieira, de interpretação dos resultados e de recomendação de adubação feito em microcomputador. Fonte: C. J. de S. Freire.
13 75 Tabela 3. Teores considerados normais de nitrogênio, potássio, cálcio e magnésio na fruta fresca de macieira em três diferentes tipos de amostragem. Nutrientes Fatia longitudinal Tipos de amostragem Amostra equatorial Película mg 100 g 1 Nitrogênio Potássio Cálcio Magnésio ,0 5,0 4,0 6, ,5 3,0 3,0 5, ,0 15,0 10,0 12,0 Fonte: Adaptado de Argenta & Suzuki (1994) e Nachtigall & Freire (2000b). ANÁLISE VISUAL DO POMAR A análise visual de um pomar é um valioso instrumento para o diagnóstico de deficiências ou de toxidez nutricionais. A deficiência indica uma condição aguda de falta de nutriente, já que os sintomas somente se evidenciam quando essa se encontra em estágio avançado, ocasionando, nesse caso, um retardamento do crescimento e prejuízos à produção e à qualidade das frutas, entre outros. Quando a observação das folhas revela determinadas características, pode se suspeitar de uma deficiência nutricional. Tais padrões são mais ou menos específicos de cada nutriente. No entanto, os sintomas de carência variam de acordo com a espécie, a cultivar e os fatores ambientais. Lamentavelmente, não são ainda conhecidos os sintomas de carência de todos os nutrientes e culturas. Por vezes, acontece também de os sintomas visuais de dois nutrientes serem idênticos. ADUBAÇÃO FOLIAR A adubação foliar tem por objetivo suprir nutrientes às folhas e às frutas de forma direta naqueles momentos em que são necessárias respostas rápidas por parte da planta, caracterizandose principalmente como uma prática para: a) corrigir eficiente e rapidamente deficiências; b) complementar a aplicação de nutrientes via solo; c) suplementar a adubação de solo, que visa utilizar um possível efeito da adubação foliar na absorção radicular. Com exceção da aplicação visando a correção de deficiências, existem, porém, poucos trabalhos que testam a eficiência da adubação foliar, e os resultados ainda são pouco consistentes. Com relação à macieira, exceto para o cálcio, a adubação foliar deve ser realizada quando a análise foliar identificar deficiências nutricionais e este tipo de adubação for o mais indicado para corrigir tais situações de desequilíbrio. Nas condições brasileiras, a adubação foliar envolve principalmente cálcio, magnésio, boro e zinco. Recomendase realizar de 5 a 10 pulverizações com cálcio, conforme a cultivar, a intervalos de 15 dias, iniciandose no estádio J (frutas com tamanho de uma azeitona). Utilizar cloreto de cálcio a 0,6%, ou nitrato de cálcio a 0,75%. Para magnésio e boro, quando necessários, realizar 2 a 4 aplicações a intervalos quinzenais, iniciandose também no estádio J. Aplicar sulfato de magnésio a 2% a 3% como fonte de magnésio, e bórax a 0,4% ou solubor a 0,2% como fonte de boro. Para deficiência de zinco, utilizamse duas a cinco pulverizações com sulfato de zinco a 0,2% ou zinco quelatizado conforme recomendação do fabricante, obedecendo ao mesmo intervalo e ao período utilizados para cálcio e magnésio. Para aplicações de zinco durante o período de dormência da macieira, aplicar sulfato de zinco a 0,6% a 1% no inchamento das gemas, após a
14 76 Frutas do Brasil, 37 quebra da dormência. Evitar aplicação de sulfato de zinco no período crítico de ocorrência de russeting em cultivares suscetíveis a este problema. A aplicação de boro via foliar, visando à melhoria da cor e à antecipação de colheita, especificamente para a cultivar Gala e suas mutações, deve ser feita utilizandose 3 aplicações de bórax a 0,8%, em intervalos de 30 dias, iniciandose 1 mês após a plena floração. Para evitar excesso de boro na planta, essa técnica não deverá ser utilizada por tempo superior a 3 anos consecutivos na mesma área. Para isso, devemse intercalar períodos de 3 anos de aplicação com 2 sem aplicação, além de acompanhar os teores na planta através da análise foliar e da análise visual de sintomas de excesso. FONTES DE NUTRIENTES Para a adubação de pomares de macieira, em cada uma das três etapas (adubação de préplantio, de crescimento e de manutenção), não existem estudos que mostrem a superioridade de uma fonte de nutrientes. Recomendase, portanto, a aplicação da fonte mais econômica, seja ela mineral ou orgânica. A relação dos fertilizantes mais comuns no mercado e respectivas características é apresentada na Tabela 4. Sempre que o produtor tiver disponibilidade de matéria orgânica, seu uso será desejável em substituição à adubação mineral, desde que economicamente viável. As quantidades a aplicar devem ser compensadas considerando o teor em macronutrientes e os respectivos índices de conversão. São vários os produtos que podem ser utilizados, sendo os principais representados por estercos e por resíduos de culturas. Para a aplicação de uma mesma quantidade de nutrientes, utilizase maior volume de esterco em relação ao adubo mineral, em virtude da menor concentração no adubo orgânico. Além disso, grande parte dos nutrientes do esterco encontrase na forma orgânica e necessita ser mineralizada para se tornar disponível às plantas. Os índices de conversão apresentados na Tabela 5 representam o percentual médio de transformação do total de nutrientes contidos nos adubos orgânicos Tabela 4. Relação dos fertilizantes usuais para a cultura da macieira e respectivos teores de nutrientes. Fertilizante Característica Fonte de Nitrogênio Uréia Sulfato de amônio Nitrato de cálcio Nitrato de amônio Nitrato de potássio Superfosfato simples Superfosfato triplo Fosfato monoamônio (MAP) Termofosfato magnesiano Cloreto de potássio Fonte: Comissão (1995). 44% de N 20% de N 15% de N 32% de N 13% de N 18% de P 2 41% de P 2 48% de P 2 17% de P 2 58% de K 2 O 22% de S 19% de Ca 44% de K 2 O Fonte de Fósforo 19% de Ca 13% de Ca 9% de N 19% de Ca e 7% de Mg Fonte de Potássio
15 77 para a forma mineral, nos sucessivos cultivos. Verificase que todo o potássio aplicado na forma orgânica comportase como mineral desde a aplicação, uma vez que não faz parte de nenhum composto orgânico estável. Com relação ao fósforo, observase que 60% estão disponíveis para o primeiro cultivo e 20%, para o segundo. Quanto ao nitrogênio, os índices são de 50% e 20% para o primeiro e o segundo cultivos, respectivamente. A partir do terceiro cultivo, a totalidade de N, P 2 e K 2 O aplicados já se encontra mineralizada. Na Tabela 6, encontramse a composição média, em base seca, e o teor de matéria seca de alguns materiais orgânicos. Para obter maior eficiência do fósforo e para evitar perdas de nitrogênio por volatilização, os materiais orgânicos deveriam ser incorporados ao solo. Como isso só é facilmente exeqüível antes do plantio, quando aplicada como adubo de manutenção, a adubação orgânica em pomares é feita em cobertura. Tabela 5. Índices de conversão dos nutrientes aplicados na forma orgânica para a mineral em cultivos sucessivos. Nutrientes Primeiro cultivo Índices de conversão Segundo cultivo Terceiro cultivo N P 2 K 2 O 0,5 0,6 1,0 0,2 0,2 Fonte: Comissão (1995). Tabela 6. Concentração média de N, de P 2 e de K 2 O em base seca e teor de matéria seca de alguns materiais orgânicos. Material orgânico Cama de aves (1 lote)* Cama de aves (3 lotes) Cama de aves (6 lotes) Esterco sólido de suínos Esterco fresco de bovinos Esterco líquido de suínos N P 2 K 2 O Matéria Seca % 3,0 3,2 3,5 2,1 1,5 2,0 2,5 3,0 2,9 1,5 Kg m 3 de chorume 4,5 3,0 3,5 4,0 2,8 1,4 4,0 1, *As indicações entre parênteses correspondem ao número de lotes que permanecem sobre a cama. Fonte: Comissão (1995).
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