Monitorização ambulatória da pressão arterial na idade pediátrica
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- João Victor Pacheco Oliveira
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1 DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA CLÍNICA UNIVERSITÁRIA DE PEDIATRIA Monitorização ambulatória da pressão Patrícia Mendes Unidade de Nefrologia Pediátrica Coordenadora: Margarida Almeida Serviço de Pediatria Médica Directora: Celeste Barreto Departamento de Pediatria Directora: Maria do Céu Machado Curso de Inverno para Internos Logótipo do evento
2 A hipertensão arterial inadequadamente controlada constitui actualmente o maior risco atribuível para morte em todo o planeta. No mundo, 1 em cada 4 adultos são hipertensos. Na criança e adolescente verifica-se um aumento da prevalência da HTA, relacionada com a epidemia da obesidade.
3 A monitorização ambulatória da PA caracteriza as alterações da PA ao longo do dia. Superior em relação à monitorização em consultório na predição de risco de morbilidade e mortalidade cardiovascular. No adulto é cada vez mais utilizada na avaliação da HTA e risco de lesão de orgão alvo. Na criança é também cada vez mais utilizada.
4 A MAPA utiliza um aparelho de medição portátil que mede e grava a PA durante um período habitualmente de 24 horas. A maioria dos aparelhos usam a técnica oscilométrica e são usados num cinto ou bolsa. Os aparelhos deverão ser leves e não darem erros excessivos com o movimento. As braçadeiras deverão ter tamanho adequado (a largura da porção insuflável deverá ser pelo menos 40% da circunferência do braço, cobrindo cerca de % dessa circunferência.
5 Deverão estar programados para medir e registar pelo menos cada de dia e cada de noite. Consenso pelo menos 1 registo válido/hora Pelo menos 40 a 50 registos nas 24h 65 a 75% das leituras válidas Deverá ter em conta: Diário efectuado pela criança/pais o período de vigília e sono actividades (físicas, stress) hora de eventual medicação Consensual a utilização em crianças > 4 anos. Tabelas de percentis com altura >120cm.
6 Interpretação: Número de medições bem sucedidas. PA média (sist e diast) das 24h PA média diurna e nocturna (sist e diast) Carga tensional Dipper nocturno Gráficos (variabilidade da PA)
7 Software faz interpretação dos dados. Retirados medições extremas. Carga tensional é a % de medições válidas acima do percentil 95 da PA para a idade, género e altura. Tabelas de percentis de PA ambulatória utilizadas realizadas por Soergel (1997) e modificadas por Wuhl et al (2002). Carga tensional >25-30% é elevada. Cargas tensionais >50% demonstraram ser preditivas de HVE. Maioria dos autores utiliza a pressão arterial média conjuntamente com carga tensional para classificar os resultados.
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11 Dipping nocturno Dipping é o fenómeno fisiológico de diminuição da PA sist e diast que ocorre durante a noite. (PAM diurna PAM nocturna)/pam diáriax100 Normal 10% Não dipper é factor de risco independente para mortalidade cardiovascular.
12 Variabilidade da PA Actividade dos sistemas reguladores da PA para adaptação às alterações físicas e psicológicas ao longo do dia. Calculada através do desvio padrão durante um período definido de tempo. Aumento da variabilidade demonstrado em crianças hipertensas e obesas, provável maior activação do sistema nervoso simpático. Aumento do risco cardiovascular no adulto.
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14 Indicações Confirmar a presença de HTA Diferenciar a HTA estabelecida da HTA da bata branca. HTA BB prevalência 22-32%; maior IMV do que controlos: seguimento a longo prazo.
15 Diagnosticar a presença de HTA mascarada PA consultório normal, MAPA > P95, carga tensional >25% Referência a HTA por outros prestadores de cuidados de saúde mas com medições de TA no consultório normais ou na presença de HVE e medições de TA normais. Estudos em adultos e crianças revelam que HTA mascarada: tem risco para evolução para HTA estabelecida e Crianças com maior IMV. Seguimento a longo prazo.
16 Avaliação dos pre-hipertensos (PA P90-95) MAPA pode estratificar o risco de lesão de orgão alvo pois mesmo na presença de valores de PA ambulatória normais, o aumento da variabilidade de PA está associada a pior prognóstico. Interesse especial na presença de história familiar de HTA já que o aumento da variabilidade da PA é herdado.
17 Avaliação na HTA secundária MAPA pode ser instrumento útil na distinção entre HTA primária e secundária. Crianças e adolescentes com HTA 2ª tem cargas tensionais sistólicas nocturnas superiores, diurnas sistólicas e diastólicas superiores, ausência de dipper nocturno do que na HTA 1ª.
18 Caracterizar a HTA Status não dipper aumenta o risco de lesão orgão alvo Obesidade, resistência à insulina, apneia do sono, associados a status não dipper seguimento mesmo na ausência de HTA Verificar a gravidade e persistência da HTA Avaliar a eficácia da terapêutica anti-hipertensora Avaliar a HTA aparentemente resistente à terapêutica. Confirmar sintomas sugestivos de hipotensão.
19 Caracterizar o perfil tensional em crianças com doença crónica que pode cursar com HTA Doença renal crónica
20 Esquema sugerido para estadiamento da PA ambulatória em crianças
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