REVISTACARGILL ANO 26 - DEZ JAN Seara comemora 50 anos Uma história que une qualidade, pioneirismo e dedicação ao consumidor

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1 REVISTACARGILL ANO 26 - DEZ JAN Seara comemora 50 anos Uma história que une qualidade, pioneirismo e dedicação ao consumidor

2 Conquistas e resultados m e n s a g e m 3 S U M Á R I O Alimentos funcionais e n t r e v i s t a 4 Seguro para o cacau v i s ã o g l o b a l 6 O novo perfil do consumidor C o m a P a l a v r a 8 O poder do voluntariado r e s p o n s a b i l i d a d e s o c i a l 10 Seara completa 50 anos e s p e c i a l 12 A N O N º - 3 D E Z / J A N Gestão de suprimentos c o n e x ã o 15 Lançamentos para o fim de ano n a t a l 16 Soluções em textura c o n s u m o 18 Amido para papel e celulose c o n s u m o 20 Notícias Cargill d e s t a q u e s 21 Reconhecimento mundial p e r s o n a g e n s 23 Revista Cargill é uma publicação bimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos funcionários, clientes e fornecedores da Cargill Av. Morumbi, CEP São Paulo Tel.: (11) Direção Editorial: Afonso Champi Coordenação Editorial e Jornalista Responsável: Lúcia Pinheiro (MTb ) Comitê Editorial: Andrea Anjos, César Infante, Débora Basso, Débora Sesti, Erick Ascenção, Felipe Rodrigues, Gonzalo Garcia, Lisandra Faria, Luciane Reis, Marcello Moreira, Neusa Duarte, Patrícia Garcia, Renata Holzer, Sônia Matangrano, Vera Duarte, Valmir Tambelini, Vitor Ideriba e Walter Tommasi Colaboração: Gabriela Guerra Projeto Gráfico: Oz Design - Editoração e Direção de Arte: Arco W Comunicação & Design Elaboração de Conteúdo: Thear Editora Edição de Textos: Anna Costa e Letícia Tavares Reportagem: Renata Rossi e Thaís Corrêa Foto Capa: Arquivo Cargill. A Revista Cargill não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em entrevistas. Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu para assuntos_corporativos@cargill.com ou telefone para (11)

3 Ao olharmos para nossas realizações e conquistas, em 2006, vem à tona a certeza do dever cumprido, sobretudo pelo fato de a Cargill ter dado mais um passo decisivo para o cumprimento de seus objetivos estratégicos, apesar de reconhecermos que foi um período difícil para o agronegócio brasileiro. Encerramos este exercício com as comemorações dos 50 anos da marca Seara, que trouxe para a Cargill, desde sua aquisição em 2005, a forte perspectiva de intensificar a entrega de soluções para o mercado, quadruplicando a nossa força de trabalho hoje somos 23 mil funcionários em todo o país, que, com talento, qualidade e imaginação, tem revelado uma empresa ainda mais pujante. A Cargill tem-se posicionado de forma atuante e dinâmica, com objetivos claros de se tornar a parceira preferida de seus clientes, fornecedores, consumidores de seus produtos finais e de seus colaboradores. Neste ano, iniciamos nossas atividades no mercado de produção de açúcar e álcool, por meio de uma joint venture em uma usina de álcool, no interior de São Paulo. Ainda um novo negócio teve início no Brasil, como resultado da aquisição, em âmbito mundial, da Unidade de Ingredientes Alimentícios da empresa Degussa. Este negócio, no Brasil, se traduz no fornecimento de soluções em aromas e texturantes para o mercado de alimentos e bebidas. Na área de responsabilidade social corporativa, a Cargill, por meio da sua Fundação, deu continuidade aos programas sociais que estão implantados em diferentes localidades do país, com o apoio de nossos voluntários. Pusemos em prática ainda dois grandes projetos sociais voltados para as comunidades onde estamos presentes: um de revitalização da Biblioteca Municipal de Santarém (PA), já em operação, e outro de construção de uma sala cirúrgica no Hospital do Câncer de Rio Verde (GO), que será inaugurada em fevereiro de Outra questão nessa área é a participação da empresa no Fórum Global sobre Soja Responsável, que visa à criação de caminhos que levem a uma produção de soja economicamente viável, socialmente equilibrada e ambientalmente sustentável, em qualquer bioma do planeta. Nessa direção, a Cargill, como membro da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), comprometeu-se, junto com outras indústrias do setor, a implantar um programa de governança por dois anos que objetiva não comercializar a soja da safra plantada a partir de outubro de 2006, em áreas que forem desflorestadas dentro do Bioma Amazônico. Vislumbramos um 2007 muito desafiador e de grandes oportunidades para a Cargill, seus funcionários, seus clientes, e todos os setores ligados ao agronegócio, que hoje mostram o Brasil como um país com potencial de competir de forma direta. Com a reeleição do atual governo, esperamos que as reformas necessárias para tornar o país mais competitivo sejam postas em prática, pois somente a partir delas poderemos alcançar o desenvolvimento e o crescimento desejados por toda a sociedade. Feliz 2007 a todos e muito obrigado! Sergio Barroso Foto: Rogério Pallatta M E N S A G E M D O P R E S I D E N T E 3

4 Foto: Divulgação Alimentos funcionais: E N T R E V I S T A um saudável negócio Com a garantia de fazer bem à saúde, algumas frutas, cereais e vegetais ganharam destaque no cardápio do brasileiro Pioneira no estudo de alimentos funcionais no Brasil, Jocelem Mastrodi Salgado é professora titular de nutrição da ESALQ/USP e, em 2002, fundou a Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais (SBAF), da qual é presidente. Desenvolve também estudos científicos, com a nutrição terapêutica como sua principal linha de pesquisa. Nesta entrevista, ela fala sobre os alimentos funcionais e a projeção desse segmento para os próximos anos. Revista Cargill - Quando surgiu o termo alimento funcional? Jocelem Mastrodi Salgado - A utilização de certos alimentos na redução do risco de doenças acompanha o homem ao longo de sua história. Hipócrates, há anos, já pregava isso em sua célebre frase faça do seu remédio o seu alimento e do seu alimento o seu remédio. Entretanto, o termo alimento funcional passou a ser adotado entre as décadas de 80 e 90, quando começou a haver um interesse renovado por esse assunto. As pesquisas se intensificaram e o conceito de alimento funcional tornou-se mais conhecido do público em geral. Revista Cargill - Quais os benefícios desses alimentos? JMS: Eles possuem componentes ativos capazes de prevenir certas doenças ou reduzir o seu risco. Quando consumidos em sua forma natural não apresentam contra-indicações. Entre os benefícios mais investigados estão a melhora do sistema imunológico e a redução do risco de doenças cardiovasculares, câncer, hipertensão, diabetes, doenças inflamatórias, intestinais, certas afecções reumáticas e mal de Alzheimer. como aveia, centeio e cevada, peixes marinhos como sardinha, atum, salmão, anchova, truta e arenque. Também são funcionais os probióticos (microorganismos que auxiliam na digestão); tomate, em especial o molho; frutas vermelhas e roxas como uva, mirtilo e amora; vegetais como brócolis, repolho e couve-flor. Revista Cargill - Há uma crença de que esses alimentos podem prevenir e até curar algumas doenças. Isso é um mito? JMS: Primeiro é preciso esclarecer que os alimentos funcionais não curam doenças, ao contrário dos medicamentos. Existem, porém, muitos estudos científicos que comprovam sua atuação na manutenção da saúde e como coadjuvante no tratamento de doenças. Por conta disso, para obter o registro de um alimento com alegação de propriedades funcionais no Ministério da Saúde, deve ser formulado relatório técnico-científico detalhado, comprovando os benefícios e a segurança de uso do alimento. Revista Cargill - O consumidor já está ciente desses benefícios? JMS: Os consumidores se mostram cada vez mais conscientes da relação entre saúde e alimentação. Desejam diminuir os gastos médicos, envelhecer com qualidade de vida, além de neutralizar os danos causados pela poluição ambiental. A cada ano, apresentam-se mais evidências científicas quanto à eficácia dos alimentos funcionais, e o consumidor brasileiro está atento a isso e começa a mudar alguns hábitos. Revista Cargill - Quais os principais alimentos com propriedades funcionais? JMS: Há diversos alimentos com propriedades funcionais importantes, mas os que se destacam são a soja, cereais Revista Cargill - Aumentaram as vendas desses produtos nos últimos anos? JMS: O mercado de alimentos funcionais tem crescido muito nos últimos anos em todo o mundo. Em 2000, 4

5 o segmento registrou volume de vendas de cerca de US$ 70 bilhões. Os especialistas mostram-se otimistas e prevêem para 2010 uma movimentação de US$ 167 bilhões/ano. O Japão, país onde o conceito surgiu na década de 80, já tem disponível no mercado cerca de 200 tipos de alimento funcional. Os Estados Unidos e a Europa apresentam freqüentes novidades no segmento. No Brasil o mercado cresce, em média, 20% ao ano. Já são encontrados alimentos funcionais industrializados e as principais universidades desenvolvem pesquisas para comprovar os benefícios dos produtos. Revista Cargill - São considerados funcionais apenas os alimentos in natura? JMS: Não. Os alimentos funcionais podem também ser produzidos pela indústria alimentícia. Uma classificação simples ajuda a entender bem onde estão os funcionais. Nos alimentos processados pela indústria sem a adição de ingredientes funcionais, destacam-se o farelo de aveia, que contém naturalmente betaglucano; carne de soja, que possui proteína de soja e isoflavonas; suco de uva concentrado, que tem antioxidantes, como o resveratrol. Em outro grupo de alimentos processados pela indústria, só que com adição de ingredientes funcionais, também temos bons exemplos: margarinas enriquecidas com fitosteróis, iogurtes com probióticos e pães enriquecidos com fibras. Além disso, entram nessa classificação as substâncias bioativas, representadas por cápsulas, comprimidos ou tabletes com ingredientes funcionais em forma concentrada, como cápsulas de ômega-3, fitosteróis e probióticos. Por fim, temos os alimentos in natura que são funcionais, como sardinha, salmão e atum, que contêm ômega-3; tomate, que possui licopeno; soja, que tem proteínas e isoflavonas; entre muitos outros. Revista Cargill - A que o consumidor deve ficar atento ao procurar pelos alimentos funcionais? JMS: Quando ele procura por aqueles processados pela indústria, deve observar principalmente os rótulos das embalagens e se informar se o alimento que está comprando teve sua eficácia comprovada por pesquisas sérias. Para que os benefícios sejam proporcionados a médio e longo prazo, é importante que o consumidor siga as instruções indicadas no rótulo e utilize o produto da forma recomendada pelo fabricante. Além disso, é fundamental que todos saibam que esses alimentos somente funcionam quando fazem parte de uma dieta equilibrada e balanceada. Isso quer dizer que, caso a pessoa esteja utilizando um alimento para ajudar no controle do colesterol, por exemplo, ela só terá resultados positivos se associá-lo a uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol. Revista Cargill - Esses alimentos podem (ou devem) fazer parte da dieta de todos, qualquer que seja a idade? Por quê? JMS: Sim. As pesquisas mostram que eles trazem muitos benefícios à saúde. Uma exceção deve ser feita para os bioativos, comercializados em formas concentradas. Nesse caso, não é recomendado o consumo por crianças e adolescentes. Os alimentos funcionais devem ser utilizados como parte de uma dieta saudável e não precisam de prescrição médica. No Brasil, o segmento de alimentos funcionais cresce cerca de 20% ao ano Revista Cargill - A soja é o alimento funcional de maior destaque? O que a difere dos demais alimentos? JMS: A soja é a vedete dos estudos científicos nessa área. Dentre os alimentos de origem vegetal, é o que possui melhor teor protéico e a qualidade de sua proteína é comparável à da carne. Os estudos revelam que o seu consumo diário reduz a incidência de doenças cardiovasculares, ao diminuir as taxas de triglicérides e LDL-colesterol, o colesterol ruim, bem como aumentar o colesterol bom, o HDL-colesterol. As pesquisas mostram também que, ao contrário das proteínas animais, que em geral exercem um efeito calciúrico (cada grama consumido corresponde a 1 mg de cálcio na urina), as proteínas da soja favorecem a massa óssea, não comprometendo o cálcio do organismo. Em mulheres, os estudos indicam que o consumo desde a puberdade favorece a redução do risco de câncer de mama na vida adulta. E, para aquelas que já se encontram na menopausa, a pesquisa tem se voltado para os efeitos do alimento sobre o alívio dos sintomas desse período. Há uma melhora da função cognitiva memória, concentração etc. e prevenção do mal de Alzheimer. Para os homens, ensaios experimentais com animais estão demonstrando que o consumo de soja é capaz de reduzir a incidência de displasia prostática, uma lesão considerada pré-cancerígena. 5

6 V I S Ã O G L O B A L Lavoura protegida Foto: Arquivo Cargill Novas ferramentas de gerenciamento de risco no mercado de commodities uma realidade mundial já estão disponíveis no Brasil para o produtor de soja e de cacau 6

7 Selecionar a melhor semente, trabalhar a terra, plantar, aplicar o defensivo agrícola ideal, ter sorte com o clima, preparar a colheita e ensacar a produção. Trabalho feito? Ainda não. Há muito tempo a agricultura brasileira vai além do plantio ou da colheita. Passou as porteiras do campo e atua com grande força na economia do país. O agronegócio é responsável por 19,59% do PIB, envolve transações financeiras volumosas a projeção para o ano de 2006 é de R$ 64 bilhões e tem os valores de seus produtos fixados nos mercados de bolsa, espalhados pelo mundo. Hoje o produtor precisa entender de agronomia, economia, meteorologia, comportamento do negócio e mercados de bolsa para ter sustentabilidade nos negócios, afirma César Infante, gerente para a América Latina da área de Gerenciamento de Risco da Cargill. O produtor precisa ter expertise na hora da negociação, pois seu fluxo de caixa depende disso. Acompanhar diariamente a oscilação dos mercados de bolsa para saber quando fazer o melhor negócio. O desafio é aguardar o momento ideal, sem deixar de suprir as necessidades da fazenda. São os produtores que realmente gerenciam os riscos. Haja jogo de cintura. Um dos caminhos para manter a sustentabilidade dos negócios sem entrar em endividamentos na entressafra é buscar segurança financeira que garanta um valor mínimo razoável para sua produção de grãos. Em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Reino Unido essas ferramentas chamadas de mecanismos de fixação de preço ou de gerenciamento de risco já são uma realidade. Há 12 anos a Cargill oferece esse tipo de ferramenta ao mercado de commodities, no qual é estipulado um valor mínimo por lote e no momento da entrega é verificado o comportamento das cotações no período do contrato. Caso o valor seja maior do que o mínimo firmado no contrato, o cliente participa da melhora do mercado com a tranqüilidade de ter um mínimo garantido, explica Infante. A grande oportunidade está no fato de ter duas ferramentas em uma, caso o produto sofra uma queda. O segurado não sofrerá com essa baixa, pois sempre receberá o valor mínimo que consta no contrato, garante o gerente. Os americanos já entenderam as vantagens de ter ferramentas dinâmicas para a fixação de preços que realmente oferecem soluções, tanto que cerca de 60% do produto comprado pela Cargill, naquele país, tem algum tipo de ferramenta de gerenciamento de risco de preço. Em terras brasileiras Esse conceito já aportou no Brasil. Há pouco mais de três anos, a Cargill introduziu o Garantia Plus uma ferramenta disponível ao produtor, destinado no início à pro- dução de soja. A empresa foi pioneira nesse tipo de ferramenta no país. Os produtores já começaram a entender que ela funciona como um seguro de carro, ou seguro-saúde. É um investimento pequeno que garante a proteção do valor do bem e deveria fazer parte da conta, explica César Infante. O maior objetivo da Cargill é oferecer aos produtores uma ferramenta para assegurar a saúde financeira da sua fazenda. Ou seja, evitar que uma oscilação importante nos mercados de bolsa afete a rentabilidade dos negócios no campo. A relação é de parceria e transparência. Uma boa analogia para explicar melhor o valor de ferramentas como o Garantia Plus é compará-lo a um defensivo agrícola. Ambos os produtos têm um custo. Um protege contra as pragas, melhorando a produtividade. O outro, contra a queda de preços e sem limitar a oportunidade de melhorá-los quando o mercado se recupera. Até o início deste ano, apenas os produtores de soja podiam contar com o Garantia Plus no contrato de venda da mercadoria, e os preços tinham como base a cotação da Bolsa de Chicago (EUA). Nesse segmento, a ferramenta já é um sucesso. Recentemente, o seguro tornou-se disponível também para os produtores de cacau. Cacau no seguro Parceria e inovação. Essas são as palavras que definem bem a filosofia do Garantia Plus no mercado de cacau. Temos a maior fábrica de processamento de Cacau da América Latina e essa ferramenta de gerenciamento de risco beneficia o nosso negócio, pois a flutuação do preço do cacau na bolsa prejudica o produtor. Queremos assegurar a sustentabilidade e fidelização da nossa base de fornecedores, observa Miguel José Sieh, gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios de Cacau. Para melhor difundir as informações e apresentar as vantagens sobre o Garantia Plus, a equipe da Unidade de Negócio Cacau, em Ilhéus, recebeu treinamento sobre essa ferramenta de gerenciamento de risco. Apesar de ela ser bem recebida pelo público-alvo, não é simples mudar o comportamento do produtor, acostumado a se expor às oscilações do mercado, mas nem por isso com experiência suficiente para se proteger do risco. Acreditamos que aos poucos eles reconhecerão que podem garantir a saúde financeira de suas fazendas contratando o seguro para se proteger das oscilações da bolsa, explica Sieh. A modalidade, a quantidade a ser segurada e os prazos dos contratos são customizados de acordo com as necessidades de cada produtor, completa. 7

8 Novo jeito C O M A P A L A V R A de comprar Foto: GettyImages / Arquivo Cargill Pesquisas mostram que o brasileiro mudou seus hábitos na hora de escolher um produto, e conhecer bem o perfil do consumidor garante o sucesso das marcas Adona-de-casa mudou. Hoje, as mulheres trabalham mais, estudam, se preocupam com o corpo, e ainda precisam arranjar tempo para cuidar do marido, dos filhos e da casa. Os lares também estão diferentes. Homens e mulheres moram sozinhos e têm necessidades distintas das grandes famílias. Com o ritmo de vida acelerado, o consumidor procura soluções práticas e rápidas para facilitar sua vida na hora das compras. O tempo é curto e o dinheiro precisa ser bem aplicado. Pesquisas recentes mostram as tendências de consumo e o novo comportamento do brasileiro diante das prateleiras nos supermercados. A busca por uma alimentação mais saudável é percebida na hora de decidir por um ou outro produto. Prova disso está na pesquisa realizada entre os meses de março e abril deste ano, pela Research International, com donas-de-casa entre 20 e 60 anos, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Recife, envolvidas com o preparo das refeições e com a decisão de compra dos produtos. Os resultados demonstraram que nos últimos cinco anos 29% das consumidoras tiveram algum tipo de mudança nos hábitos alimentares, movida principalmente pela busca por alimentos saudáveis. Produtos 8

9 naturais, orgânicos, diet e light e alimentos à base de soja começaram a fazer parte da dieta de muitos brasileiros. Como conseqüência, houve diminuição do consumo de gorduras e frituras, açúcares e doces e até de carnes. Ainda segundo a Research International, o azeite é um dos alimentos que apresentaram aumento de vendas, chegando a 32 mil toneladas comercializadas por ano, no Brasil. Tudo pela fama de fazer bem à saúde. E não é à toa. O alimento é rico em ácidos graxos monoinsaturados, como o ácido oléico, e tem baixo índice de ácidos saturados, o que auxilia na redução do colesterol ruim (LDL) e ajuda a manter o nível do colesterol bom (HDL). Contém também vitamina E, um poderoso antioxidante. Na hora de decidir Para entender melhor todas essas mudanças no comportamento do consumidor, a Unidade de Negócio Cargill Foods criou o Sistema de Inteligência de Mercado. Pesquisas são encomendadas e clippings são avaliados periodicamente para conhecer em detalhes os hábitos e atitudes do brasileiro. As informações colhidas por esses estudos são utilizadas pela Cargill na definição de sua estratégia de marketing, lançamento de produtos, realização de promoções, entre outras ações. Preocupação com a alimentação saudável, preço dos produtos e até mesmo o compromisso com a responsabilidade social por parte dos fabricantes são atributos levados em consideração na hora da escolha. Outro fato apontado nos estudos é a busca por produtos em promoção. Ações como redução no preço, leve 3, pague 2 ou oferta de brinde atraem e muito os consumidores. A maioria tem duas ou três marcas preferidas e elege aquela que tem melhor preço ou alguma vantagem. Menor fidelidade aos supermercados é outra característica marcante. A queda do poder aquisitivo, o aumento das opções de pontos-de-venda e a falta de tempo são alguns dos motivos que levam os consumidores a procurar diferentes lugares para comprar. Segundo Rosi Pacheco, diretora de Atendimento e Planejamento da Research International, a estabilidade econômica também influenciou os hábitos de compra dos brasileiros. Há alguns anos as pessoas recebiam o pagamento e faziam compra para o mês inteiro para garantir melhores preços. Com a inflação controlada, o Saúde no prato e dinheiro no bolso Vinte e nove por cento dos consumidores brasileiros declararam algum tipo de mudança nos hábitos alimentares nos últimos cinco anos. O consumo de gorduras e frituras diminuiu 75%; açúcares e doces, 35%. Produtos light e diet obtiveram crescimento de 16% em seu consumo. Também tiveram aumento nas vendas os produtos orgânicos, 8%; legumes, 5%; e verduras, 4%. Em 23% dos lares pesquisados, o preparo de alimentos em casa aumentou. O preço ainda é fator determinante na hora da compra: 51% dos consumidores possuem um rol de marcas preferidas e escolhem duas ou três conforme preço ou promoção. Fonte: Research International consumidor vai mais vezes ao supermercado, diluindo o seu volume de compra. Por outro lado, o número de compras por impulso aumentou. Beleza e responsabilidade social Atrair e fidelizar o cliente é a melhor estratégia. O varejista se preocupa com isso. Algumas redes investem em ambientação para que os consumidores se sintam bem e fiquem à vontade. Com isso, ele é estimulado a comprar cada vez mais, explica Rosi, que trabalha na área de pesquisa há mais de 20 anos. Além de exigente, o consumidor brasileiro está ficando cada vez mais consciente. Segundo a pesquisa Responsabilidade Social das Empresas Percepção do Consumidor Brasileiro, realizada em 2005, 78% dos entrevistados revelaram estar muito interessados em saber se as empresas são socialmente responsáveis. O brasileiro aparece como um dos mais atentos do mundo, em níveis próximos de países como Canadá (83%), Itália (80%) e Estados Unidos (78%). Um em cada três brasileiros puniu ou pensou em punir empresas que consideram socialmente irresponsáveis. Desses 30%, metade efetivamente deixou de comprar produtos ou criticou a empresa para outras pessoas. Os outros 15% pensaram em fazer isso, mas desistiram. 9

10 Um caminho responsável R E S P O N S A B I L I D A D E S O C I A L Cresce o número de voluntários e de empresas engajadas. Quem ganha com isso é toda a comunidade Otema responsabilidade social já ocupa espaço de destaque no mundo corporativo. Nos últimos anos, é crescente o número de empresas com iniciativas estruturadas voltadas para a questão social. Nesse mesmo caminho está o voluntariado corporativo, que ganhou força e passa por importantes transformações. O número de voluntários está crescendo, e de forma mais organizada e comprometida, o que tem gerado melhores resultados tanto para quem faz quanto para quem recebe esse trabalho transformador, afirma Milú Villela, presidente do Instituto Faça Parte e da Associação Comunitária Despertar e embaixadora da Boa Vontade da Unesco. Hoje, além de incentivar seus profissionais a exercer algum tipo de ação social, as organizações buscam formação e conhecimento sobre o tema. Para se ter uma idéia, mais de 500 empresas já foram orientadas pelo Centro de Voluntariado de São Paulo, também presidido por Milú Villela. Nossos cursos de gestão de programas de voluntariado atendem às necessidades das empresas e colaboram para um voluntariado ainda mais organizado, explica. De acordo com Milú, a única regra no trabalho voluntário, inclusive empresarial, é fazer o que gosta e saber fazer bem. Ela lembra que algumas orientações são fundamentais para alinhar as expectativas da empresa, dos funcionários e do público atendido pelo trabalho. Cargill e o voluntariado realizada a I Convenção da Fundação Cargill Encontro Nacional dos Coordenadores de Voluntários, em Atibaia (SP), com o objetivo de alinhar o trabalho dos voluntários brasileiros com as diretrizes da Fundação Cargill, criada, no Brasil, em Participaram do evento 30 coordenadores de voluntários de 14 cidades e a equipe da Fundação. O encontro foi importante para integrar e formar os coordenadores e uma grande oportunidade para a troca de experiências, afirma Denise Cantarelli, coordenadora da Fundação Cargill. O evento foi um marco para o voluntariado da empresa, já que reuniu pela primeira vez todos os coordenadores de voluntários. Segundo avaliação do evento, 97% dos participantes consideraram a aplicabilidade do conteúdo no seu trabalho e os objetivos propostos muito bons. É nessa linha que a Cargill trabalha com o seu grupo de voluntários. Entre os dias 15 e 18 de novembro, foi 10

11 Coordenadores de voluntários da Cargill trocam experiências em Encontro Nacional Hoje, o programa de voluntariado corporativo conta com mais de 300 pessoas. Elas são o elo entre a Fundação Cargill, os municípios onde a empresa atua e os órgãos públicos. Em geral são funcionários que já têm alguma experiência em voluntariado fora da companhia, discernimento e autonomia, conta Denise. A Fundação está voltada para a educação através de dois programas. O Fura-Bolo, criado em 1999, incentiva o resgate da cultura popular e estimula o prazer pela leitura por meio da literatura infantil. Beneficia 57 mil alunos da 1ª à 4ª série da rede municipal de ensino de 142 escolas em 7 estados. O de grão em grão foi implantado em 2004 e já apresenta resultados expressivos. É realizado em 136 escolas e atinge 54 mil alunos da 1 a à 4 a série de escolas municipais. O foco do programa é disseminar conceitos sobre agricultura familiar e segurança alimentar, abordando de maneira pedagógica conceitos que vão desde o plantio até o preparo dos alimentos, através da formação de hortas escolares. Os produtos colhidos nas hortas são usados na merenda, tornando-a mais saudável. Além disso, a Fundação promove encontro com as famílias dos alunos para ensinar como montar uma horta em casa. A Fundação Cargill também desenvolve projetos pontuais, realizados de acordo com o diagnóstico socioeconômico das localidades. Em junho foi reinaugurada a Biblioteca Pública de Santarém, no Pará, totalmente revitalizada. Atualmente, a construção de uma sala cirúrgica e a aquisição de equipamento e mobiliário hospitalar estão em andamento no Hospital do Câncer de Rio Verde, em Goiás. Funcionários da Cargill no Programa de grão em grão 5 de dezembro é comemorado o Dia Internacional do Voluntariado. Segundo a ONU, 42 milhões de brasileiros praticam alguma ação solidária ou trabalho voluntário Perfil do voluntariado no Brasil - 9% dos brasileiros são voluntários - 47% são homens - 53% são mulheres - 23% são pós-graduados - 20% têm ensino superior completo - 9% têm ensino fundamental completo - 3% são analfabetos * Fonte: Pesquisa Ipsos-Marplan realizada com pessoas acima de 13 anos, em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza, durante Mais empresas responsáveis Fotos: Arquivo Cargill A segunda edição da Pesquisa Ação Social das Empresas, realizada em todo o Brasil, em 2006, pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), revelou que, entre os anos 2000 e 2004, houve crescimento significativo de empresas privadas brasileiras que realizaram ações sociais. Nesse período, a participação empresarial na área passou de 59% para 69%. São cerca de 600 mil empresas que atuam voluntariamente. 11

12 E S P E C I A L S E A R A Seara 50 anos Crescimento, desenvolvimento tecnológico, qualidade e inovação ao longo de cinco décadas. Essas palavras fazem parte da trajetória da Seara, que em 2004, foi adquirida pela Cargill. Os 50 anos de história, protagonizada por profissionais apaixonados pelo que fazem, tornaram a marca conhecida e respeitada no mercado mundial. Hoje são mais de 100 produtos, divididos em 16 linhas, consumidos em todo o Brasil e exportados para mais de 60 países. Tudo começou em 1956, quando a empresa iniciou seu projeto com um abatedouro de suínos, produzindo carcaças de suínos, conta Clever Pirola Ávila, diretor de Negócios de Aves da Seara, que está na empresa há 20 anos. Era uma commoditie comercializada apenas no Brasil para açougues e mercados municipais, explica. De lá para cá, os negócios cresceram e muito. O nosso foco é tratar cada mercado, cada região de acordo com suas particularidades, oferecendo Uma marca que alia qualidade e compromisso com o consumidor produtos que agradem aos mais variados e exigentes paladares. Precisamos levar ao cliente o que ele quer, resume o líder da plataforma de Ingredientes Alimentícios da Cargill para a América Latina e presidente da Seara, Sergio Rial. Com foco no mercado de proteína animal, a Seara tem ampliado sua linha de produtos, apostado na força de sua marca e incrementado a participação no cenário internacional. É uma das pioneiras na exportação para o Oriente Médio movimento iniciado na década de 70 e, atualmente, uma das líderes na exportação de frangos para Europa, Japão, Oriente Médio, Cingapura, Hong Kong, América do Sul e Canadá. A exportação corresponde a 70% do volume de vendas da Seara. Temos fortalecido cada vez mais a nossa atuação no mercado internacional com inovações para os nossos clientes, diz Robert Zee, diretor comercial para Mercado Externo. Prova disso está em uma das recentes conquistas da empresa: foi uma das primeiras Fotos: Arquivo Cargill 12

13 empresas aprovadas para exportar produtos processados de suínos para o Japão. Para a Inglaterra, a Seara produz empanados com a marca de seus clientes. A versatilidade e capacidade de adaptar-se às necessidades específicas dos mercados em que atuamos é um dos nossos diferenciais, ressalta Zee. Escritórios em Dubai, Amsterdã, Moscou, Cingapura, Tóquio e Buenos Aires dão suporte às exportações da Seara e oferecem assistência aos clientes fora do país. A Seara também é reconhecida no mercado nacional. Embutidos, empanados, cortes de aves, de suínos e congelados são comercializados no país. Seus principais mercados são as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Possui quatro escritórios regionais e seis centros de distribuição para atender com eficiência todas as localidades e os clientes. Em sinergia com a Unidade de Negócios Cargill Foods, a Seara criou, recentemente, a área de Food Service com o objetivo de ampliar sua atuação e desenvolver soluções inteligentes para o segmento de cozinhas industriais e restaurantes. Somos uma empresa vencedora, pois estamos sempre à frente do tempo. Possuímos um relacionamento próximo ao cliente, oferecemos produtos adequados e inovadores, finaliza Clever. A marca Seara A logomarca da Seara passou por quatro importantes mudanças ao longo de sua história. Hoje, a frase O sabor que a vida tem está presente em todas as peças de comunicação dos produtos Seara. Conheça alguns dos principais momentos dessa história Anos 50, 60 e Fundação da empresa na cidade de Seara, oeste de Santa Catarina Desenvolvimento genético de suínos e, posteriormente, a inauguração das primeiras granjas de material genético suíno Primeira unidade de abate de frango da Seara. Anos Lançamento da lingüiça de pernil, consagrada no mercado por sua qualidade, e ampliação do número de unidades industriais Aquisição de Unidade em Itapiranga (SC), voltada ao abate de aves e suínos Pioneirismo na exportação de aves para o mercado europeu, inovação com cortes especiais e desossados. Anos Produção do salame Seara e da salsicha Longuete Lançamento da primeira e única linha de vitaminados do país, sem similares na América Latina Primeira do ramo a receber ISO 9002 para toda a cadeia de frango A Seara inaugura o primeiro terminal portuário refrigerado privado do país. Novo milênio Líder na exportação brasileira de cortes congelados de frango Implantação da fábrica de termoprocessados de frango, em Santa Catarina A Seara conquista 27 novos países para a exportação É adquirida pela Cargill. Criação exclusiva de cortes de suíno já assados para o Natal, uma economia de duas horas no tempo de preparo Criação do nugget de frango O Nugget Seara é eleito o melhor do Reino Unido. Lançamento do Preme Assado Recheado e do Tender com Molho. 13

14 E S P E C I A L S E A R A Casamento de sucesso Com a aquisição da Seara, em 2005, a Cargill tornou-se a única empresa do mundo a ter operações de carne em todos os continentes. A integração com as diversas áreas da Cargill tem intensificado ainda mais os conceitos de qualidade, desenvolvimento de produtos com maior valor agregado, como carnes de frango pré-cozidas e empanadas, principalmente para os mercados europeu e asiático. A comemoração No ar, o clima de descontração e de vibração constante dos funcionários de cada uma das unidades Seara deu o tom à quarta edição da Convenção Nacional, realizada nos dias 17 e 18 de novembro, em Balneário Camboriú (SC). O evento ganhou contornos especiais em razão da comemoração dos 50 anos da marca. Com o tema Alta Performance Construindo o Futuro, cada uma das delegações presentes pôde apresentar, de forma abrangente e didática, projetos diferenciados que contemplam desde iniciativas na área ambiental e de logística até produção, sanidade animal e rastreabilidade. A dinâmica do evento permitiu o intercâmbio dessas iniciativas, incluindo a premiação do melhor projeto apresentado dentro do tema Alta Performance. A Unidade de Nuporanga, no interior de São Paulo, Além disso, com a aquisição, a marca Seara ampliou sua atuação no mercado interno, com uma forte estratégia de marketing para produtos industrializados, como as linhas de presuntos, lingüiças e mortadelas. Recentemente, tem apostado em pratos prontos, que vão ao encontro de tendências de conveniência e serviço aos consumidores, conta Paulo Tramontini, diretor comercial com mais de 20 anos de Seara. destacou-se por meio de um projeto de reutilização da água, já implantado pela fábrica e com resultados significativos. Na ocasião também foi apresentada, em estande, a linha de produtos Cargill e Seara, além do novo vídeo institucional Seara. Como parte da programação, foi possível ainda conhecer a Iniciativa Estratégica da Cargill para 2015, por meio de palestra ministrada pelo presidente da empresa, Sergio Rial. O concurso infantil Nossa Seara no Futuro, para filhos de funcionários, também marcou o início das comemorações dos 50 anos da empresa. Os 12 melhores desenhos irão ilustrar o calendário anual de Já em 21 de novembro, os mais de 15 mil funcionários da Seara tiveram um dia repleto de atividades. O gerente-geral de cada unidade reuniu todos os funcionários em uma celebração especial, que contou com a apresentação de um vídeo comemorativo, seguido de almoço. No final do evento, todos receberam como lembrança uma caneca ilustrada com desenhos escolhidos no concurso infantil. Fotos: Arquivo Cargill Funcionários da Seara na Convenção: orgulho de fazer parte de uma história de sucesso 14

15 Eficiência nos negócios Ilustração: GettyImagens Gestão estratégica de suprimentos melhora o relacionamento e aproxima clientes e fornecedores Vai longe o tempo em que qualidade e preço dos produtos eram características suficientes para manter uma empresa na liderança do mercado. Hoje, conquista espaço quem possui, além desses atributos, uma gestão de suprimentos eficiente. A aquisição de produtos e serviços com equilíbrio entre preço e qualidade, somada a um programa de relacionamento e desenvolvimento de fornecedores, é fator de grande sucesso para as corporações. A Cargill sabe muito bem disso e, em 1999, criou o Procurement, área específica para cuidar da gestão estratégica de compras. Uma das nossas responsabilidades é fortalecer o relacionamento com os fornecedores, encontrar parceiros que possam atender a Cargill em todo o mundo e criar sinergias entre as áreas de Procurement da empresa na Europa, Ásia e América do Norte, explica Paulo Roberto Silvério, diretor da área de Procurement para a América Latina. Além disso, a área tem a missão de negociar global, regional e localmente os acordos com fornecedores; gerenciar sua performance; entender as necessidades dos negócios da Cargill e de seus clientes, e desenvolver o relacionamento com fornecedores. Duas importantes iniciativas marcam sua atuação nos últimos anos. O Consórcio de Compras, lançado em 2001, é uma delas. Esse projeto consiste na compra conjunta de itens de consumo comuns à Cargill e aos seus clientes, diz Paulo. Atualmente, sete importantes empresas que são clientes da Cargill participam dos Consórcios na Argentina, na Venezuela e no México. Com essa iniciativa temos maior poder de negociação, desenvolvemos parcerias de longo prazo com o fornecedor e conseguimos otimizar tempo e custos, afirma. A Cargill é pioneira em projetos desse porte na Argentina, na Venezuela e no México. No Brasil, um novo Consórcio está em fase de estudos e deve ser implantado em breve. Outro programa bastante significativo na área de Procurement é a consultoria prestada pela Cargill a seus clientes, desde 2002, chamado Strategic Sourcing (Abastecimento Estratégico). Colocamos à disposição do cliente o nosso conhecimento e experiência em gestão de suprimentos, negociação e desenvolvimento de fornecedores, para que consigam ter maior eficiência na hora da compra de materiais, afirma Paulo. Mais de 25 clientes contam com o serviço oferecido pela Cargill e já obtiveram expressiva redução de custos em negociações com fornecedores, estreitando ainda mais o seu relacionamento com a empresa. Time de especialistas Mais de 30 profissionais formam a equipe do LA Procurement da Cargill. A partir do Brasil, Argentina e Venezuela, eles atendem toda a América Latina e são profundos conhecedores de todos os negócios da empresa. Buscam promover a sinergia das Unidades e ao mesmo tempo atender às peculiaridades de cada segmento. Um diferencial da área é a divisão das equipes em centros de expertise por categoria de compra. Temos profissionais específicos para trabalhar com cada tipo de material. Eles conhecem as particularidades e necessidades de cada mercado. Buscam sinergias com equipes da mesma categoria nas áreas de Procurement de outros continentes e conseguem importantes resultados nas negociações, avalia Paulo. No mercado Dividir a área de compras ou suprimentos em operacional e estratégica tem sido uma tendência cada vez mais comum nas grandes empresas. Ter o melhor produto, com a quantidade e tempo certos e com o melhor custo-benefício é apenas um dos objetivos das novas áreas. Relacionamento com o fornecedor e parceria de longo prazo são palavras de ordem para companhias que querem conquistar espaço no mercado. Hoje as grandes organizações possuem ferramentas de avaliação, padronização, reconhecimento e melhorias nos processos de seus fornecedores. Buscam maior colaboração entre suas áreas e o resultado é uma relação onde todos ganham. C O N E X Ã O 15

16 Festa cheia de novidades N A T A L Assados saborosos e azeites especiais levam a Cargill para a mesa dos brasileiros no Natal e no Ano-novo ACargill estará presente na ceia de muitos brasileiros no Natal e no Ano-novo com lançamentos pra lá de especiais. A Seara presenteia os consumidores com dois produtos exclusivos e inovadores na Linha Festa 2006, o Preme Assado Recheado e o Tender com Molho. E a marca Gallo lança um novo azeite para o consumidor brasileiro. As três novidades oferecem ainda maior praticidade e mais sabor, sem deixar de lado a tradição. O Preme Assado Recheado é feito de sobrepaleta suína recheada com legumes, bacon e azeitonas, que garantem um sabor especial. Além do delicioso recheio, o diferencial do Preme é que ele já vem assado. Basta retirá-lo da embalagem e aquecê-lo por cerca de 45 minutos, conta Juliana Albuquerque, gerente de Produto da Seara. Já o Tender com Molho, feito a partir do pernil íntegro, cozido e defumado com fumaça natural, vem acompanhado de sachê com molho de abacaxi o único molho do mercado com pedaços de fruta e produzido exclusivamente pela Cargill. A outra surpresa está na embalagem-presente. O Tender vem em uma caixa com alça, prática, bonita e moderna, ideal para presentear amigos e familiares. Lombo Seara Recheado com Maçã Ingredientes: 1 Lombo Temperado Seara 5 colheres (sopa) de azeite Gallo 1 cebola grande picada 3 xícaras (chá) de migalhas de pão fresco 2 xícaras (chá) de maçãs sem sementes e com casca, picadas 2 colheres (sopa) de molho inglês 2 colheres (chá) de suco de limão 1 2 xícara (chá) de água fervente 2 colheres (sopa) de salsinha picada 1 colher (sopa) de farinha de trigo 1 xícara (chá) de água fria Sal e pimenta-do-reino a gosto Modo de Preparo: Aqueça o forno em temperatura moderada (180ºC). Com o auxílio de uma faca grande, abra o lombo formando um bife. Leve uma frigideira média ao fogo com o azeite e a cebola e refogue até que esteja dourada. Acrescente sal, pimenta e as migalhas de pão e refogue por cerca de 5 minutos, mexendo sempre. Junte a maçã, o molho inglês e o suco de limão e cozinhe por mais 5 minutos. Misture a água e salsinha e espalhe sobre o lombo. Enrole como se fosse rocambole, amarre com um barbante. Coloque numa forma, cubra com papel-alumínio e leve ao forno por 1 hora, acrescentando água sempre que necessário, para que fique um pouco de molho na forma. Retire o papel e asse por mais 1 hora, até que o lombo esteja dourado. Coloque-o numa travessa e o líquido da forma numa panela (deve dar aproximadamente 3 4 de xícara de molho). Misture a farinha dissolvida na água fria e leve ao fogo baixo, mexendo sempre, até engrossar. Sirva o molho com o lombo

17 Fotos: Arquivo Cargill Azeite à brasileira A Gallo reservou um Natal especial para os consumidores de azeite. No início de dezembro chegou ao mercado o mais novo lançamento da marca, o azeite Gallo Novo, colheita 2006/07. O produto, com acidez inferior a 0,3%, tem exclusiva embalagem de vidro escuro, especialmente desenvolvida para o mercado brasileiro, e com edição limitada. Para o lançamento da campanha do Gallo Novo, foi produzido um filme no Brasil, veiculado entre 29 de outubro e dezembro nos canais abertos e na GNT. Além disso, a marca está presente por meio de anúncios nas principais revistas femininas, gastronômicas e de atualidades, como Veja e Época. O nosso objetivo é aumentar em 30% o volume de vendas de Gallo no último trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2005, explica Eliza Estrada, gerente de Grupo de Produtos da Unidade de Negócio Cargill Foods. Gallo é o azeite mais lembrado pelo consumidor, segundo pesquisa Datafolha Ações promocionais de Gallo já fazem parte da vida do consumidor, em datas de festas. Páscoa e Natal representam juntos quase 40% do volume de vendas anual de azeite no Brasil, conta Eliza. Na última Páscoa, por exemplo, na compra de uma lata de azeite Gallo Puro 500 ml e ou de azeite Extra Virgem 200 ml, o consumidor ganhava um livro de receitas exclusivo desenvolvido pelo chef Sergio Arno. Segundo a pesquisa Top of Mind As Marcas Campeãs 2006, para o jornal Folha de S.Paulo, com o objetivo de avaliar as marcas mais lembradas pelos consumidores, o azeite Gallo é o vencedor com 17% Risoto de Bacalhau Ingredientes: 40 ml de azeite extra virgem Gallo 50 g de arroz arbóreo 10 g de arroz selvagem, cozido 30 g de bacalhau desfiado, dessalgado 20 g de tomate-cereja, ao meio 20 g de cebola picada 20 g de manteiga 150 ml de caldo de frango 25 ml de vinho branco 20 g de parmesão 5 g de salsinha picada 1 pitada de sal 1 pitada de pimenta Modo de Preparo: 1. Esquente o azeite em panela média (de preferência de aço inox) e frite a cebola até que ela fique transparente. 2. Acrescente o arroz e refogue por alguns minutos. Coloque o vinho branco e deixe evaporar. 3. Acrescente o caldo (fervendo em panela separada) aos poucos, sempre mexendo. 4. Quando o arroz já estiver meio cozido (depois de mais ou menos 15 minutos), acrescente o bacalhau, o arroz selvagem, o tomate-cereja, o queijo ralado e a manteiga. A consistência do arroz deve ser al dente e molhado. 5. Retifique o tempero e coloque a salsinha. 6. Decore com um fio de azeite extra virgem e a salsinha. Sirva. das citações. Em segundo lugar ficou o óleo composto Maria, com 7%. Este é o primeiro ano em que a categoria óleo de oliva é avaliada pelo Datafolha. O azeite Gallo é produzido em Portugal e está disponível no mercado brasileiro há mais de 80 anos. Desde 2003 é comercializado e distribuído exclusivamente pela Cargill. 17

18 Presente ao paladar C O N S U M O A Cargill oferece ampla gama de soluções em textura para a indústria alimentícia. E o resultado aparece no sabor e na consistência dos produtos Amidos modificados. Goma xantana. Pectinas. Locus Bean Gum (LBG). Carragenas ou alginatos. Se você nunca ouviu falar dessas substâncias, esteja certo de que já consumiu muitas delas. Nas carnes, nos pães, nas sopas e molhos, nos chocolates e balas e até mesmo nas bebidas. Todas servem para dar corpo e consistência aos alimentos e estão presentes em muitos outros produtos usados no seu dia-a-dia, como creme dental, por exemplo. Desde a aquisição da área de Ingredientes Alimentícios da empresa alemã Degussa, no final de 2005, a Unidade de Negócios de Amidos e Adoçantes, por meio de sua divisão de texturizantes, passou a ter uma linha ainda mais completa dessas substâncias. A Cargill possui soluções sob medida para o mercado quando o assunto é textura, diz Felipe Rodrigues, gerente de Marketing da Unidade de Negócios de Amidos e Adoçantes. Conseguimos oferecer uma combinação específica para cada cliente, de acordo com as suas necessidades. Os cinco sentidos Sabor e textura são duas características importantes na hora da decisão por determinado produto. O gosto pode ser excelente, mas, se a textura não agradar aos sentidos, o alimento certamente não será aprovado pelo consumidor. A consistência dos alimentos aguça as células do sistema nervoso periférico, responsáveis pelo paladar, tato, olfato, audição e visão, conta Felipe. Por isso, a indústria alimentícia tem buscado alternativas e soluções na criação de texturas cada vez mais agradáveis ao consumidor. A Cargill, atenta às necessidades do mercado, possui um portfólio com estabilizantes, emulsificantes, espessantes e gelificantes, todos essenciais para a textura final do produto. Foto: Arquivo Cargill 18

19 Baixo teor de gordura A Cargill traz uma boa notícia para o mercado de alimentos diet e light. Em novembro, a empresa lançou uma Maltodextrina Especial, substância derivada do milho que oferece textura e corpo aos produtos diet e light, que apresentaram significativo crescimento de vendas nos últimos anos. Pesquisas da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para Fins Especiais (Abiad) mostram que 35% dos domicílios brasileiros consomem algum tipo de produto de baixo teor de gordura. Os óleos e as gorduras apresentam características sensoriais fundamentais aos alimentos, como cremosidade e maciez, além de absorver e incorporar o sabor e o aroma. O desafio foi desenvolver um produto que tivesse baixo teor calórico e, ao mesmo tempo, apresentasse funções sensoriais equivalentes às da gordura, lembra Felipe. A Maltodextrina Especial, desenvolvida para sorvetes, sobremesas, produtos cárneos e panificados, não só mantém as características originais do alimento como não interfere em seu sabor. A sinergia entre ingredientes pode ter resultados surpreendentes e inesperados quando comparada ao uso dos mesmos ingredientes separadamente. A utilização dos chamados Sistemas de Textura é uma das potencialidades da Cargill, pois, além de agregar maior valor ao produto, permite um trabalho mais próximo e o desenvolvimento de parcerias duradouras com nossos clientes. Fornecemos soluções, em vez de simples produtos, finaliza Felipe. Um mundo de texturas Elas estão em diversos alimentos e produtos utilizados por você diariamente. Mas você sabe de onde as texturas vieram e qual seu papel? O quadro abaixo traz informações completas sobre isso. Textura De onde vem O que faz Principais aplicações Amido modificado Fontes amiláceas, como o milho, a batata e a mandioca. Estabilizante, espessante e gelificante. Panificados, biscoitos, balas, chocolates, doces, iogurtes, sopas, molhos, sobremesas, bebidas etc. Alginato Algas marrons extraídas no Atlântico Norte e no Pacífico. Estabilizante, espessante e gelificante. Produtos lácteos, sorvetes e cremes para panificação. Bebidas e molhos de saladas. Carragena Algas vermelhas, encontradas no sul da Ásia, na América do Sul e na costa do Atlântico Norte. Estabilizante, espessante e gelificante. Bebidas achocolatadas, mousses, flans e alimentos enlatados. Também é utilizada pela indústria farmacêutica e em cosméticos. Pectina Componente natural das plantas, mas abundante em frutas como a maçã e na casca de frutas cítricas. Estabilizante e espessante. É utilizada na fabricação de iogurtes, geléias, frutas em pasta e balas gelificadas. Goma xantana Substância produzida pela fermentação aeróbica de açúcares pela bactéria Xanthomonas campestris. Estabilizante, espessante e gelificante. Presente na composição de preparados de fruta, produtos em pó em geral, molhos para saladas, vinagretes, cremes dentais, cosméticos, produtos de limpeza e tintas. Locus Bean Gum (LBG) Extraída de sementes da Ceratonia siliqua, leguminosa européia presente no Mediterrâneo. Estabilizante, espessante e gelificante. Lácteos, cremes, panificados, sobremesas e geléias. 19

20 É cola no papel C O N S U M O Líder global no fornecimento de amidos industriais, a Cargill oferece novos produtos e soluções para esse segmento Do papiro à folha sulfite, muita coisa mudou na fabricação do papel. Ele ganhou texturas, cores e formatos diferentes nos últimos cem anos. Para essa evolução contínua que está longe de terminar foram necessárias novas tecnologias nos equipamentos e nos insumos, como celulose e amidos, químicos etc. A Cargill, por estar presente em vários países, tem sua expertise ampliada. Compartilhamos experiências com os profissionais da Europa e dos Estados Unidos. Isso é um grande diferencial, pois a empresa consegue oferecer soluções sob medida com base em estudos avançados provenientes de outros lugares do mundo, garante Maurício. A Cargill atua nesse segmento como fornecedora de amidos (à base de milho, mandioca, trigo e batata). Há três anos, com a aquisição da empresa Cerestar, na Europa, passou a oferecer tecnologia de especialidades para a fabricação de papel, que alia o fornecimento de amido industrial ao desenvolvimento exclusivo de soluções para a indústria. Novo produto A Cargill amplia sua linha de amidos no Brasil com o fornecimento do amido catiônico (destinado à massa do papel). Esse produto, utilizado nos Estados Unidos e na Europa, proporciona maior rentabilidade na linha de produção. Além de trazer essa novidade para o país, a Cargill se destaca nos serviços específicos prestados aos clientes. Nossos técnicos vão até as empresas e detectam a necessidade e a formulação (modificação) ideal para cada linha de produção. Há ainda assistência técnica com treinamentos, palestras e workshops para os clientes, explica o gerente de contas Maurício Capelossi, da Unidade de Negócio de Amidos e Adoçantes. Ele enfatiza que a Cargill tem condições de atender até mesmo pequenas quantidades, oferecendo a solução completa: produto, tecnologia e assistência técnica. O amido e o papel O papel é feito por meio da matéria-prima chamada celulose. Pode ser também fabricado a partir da reciclagem de outros papéis. Por isso, a indústria trabalha com dois tipos de fibra, virgem e reciclada. Para ambos os casos, há uma série de componentes químicos que ajudam na formação da folha. O amido é um deles. Ele é utilizado para dar resistência física ao papel e funciona como uma espécie de adesivo, fazendo com que as fibras de celulose se unam, afirma Maurício Capelossi. É o amido que dá forma ao papel e é o responsável pela sua consistência. Quanto mais amido, mais resistente ele é. Além disso, é aplicado na superfície da folha, o que proporciona maior lisura, permitindo uma melhor qualidade de impressão. Existem vários tipos de amido. A indústria utiliza o natural ou os modificados, como os hidrolizados, oxidados, catiônicos e anfóteros, dependendo do tipo de papel que será produzido. Foto: Arquivo Arco W 20