O RESULTADO PRÁTICO DA LEI /2006

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1 Curso de Direito Artigo de Revisão O RESULTADO PRÁTICO DA LEI /2006 PRACTICAL RESULTS OF LAW /2006 Tatiana Viotti Nogueira Brito¹, Kênia Carina Jorge Sobrinho Arruda Nogueira² 1 Aluna do curso de Direito 2 ProfessoraEspecialista do curso de Direito Resumo Antes da Lei /2006 os casos de violência contra a mulher não recebiam tutela eficaz estatal, pois antes da criação da norma essa violência era tratada como um mero atentado contra os costumes. Por isso, foi abordado no presente trabalho o levantamento qualitativo da incidência da lei /06 comparando a situação anterior e a posterior à vigência da referida lei, tendo por objeto o estudo do resultado prático da Lei Maria da Penha sancionada em 07 de agosto de 2006, que prevê uma série de medidas protetivas em face da mulher que o ordenamento pátrio nunca prelecionou anteriormente. Os objetivos da presente análise são verificar os índices numéricos da violência doméstica, estudar sua aplicação em casos concretos e mensurar a contribuição da lei. Os materiais utilizados foram estatísticas nacionais e sites governamentais. Como resultado foi obtido que a legis não atingiu a contribuição plena dos seus recursos previstos, mas é notória a mudança no modo de tratamento da sociedade sobre o tema. Assim, verificou-se que houve evolução sobre a temática em face das mulheres, contudo, espera-se que na prática a lei ainda possa surtir mais efeitos positivos com o decorrer do tempo. Palavras chave: Lei Maria da Penha, repercussão, prática Abstract Before to Law /2006 cases of violence against women not receiving effective state protection since before the creation of the norm that violence was treated as a mere attack on the customs. So it was addressed in this study the quantitative survey of the incidence of the law 11,340 / 06 comparing before and after the term referred to the law having for its object the study of the practical results of Maria da Penha Law enacted on August 7, 2006 situation that provides a series of protective measures in the face of the woman who never predicts previously nation land.the objectives of this analysis is to verify the numerical indices of domestic violence, study their application to concrete cases and measure the effectiveness of the law. The materials used were national statistics and government sites.the result was that the law not reached full efficacy of its remedies provided, but it is noticeable change in address of the society on the subject. Thus, it was concluded that there was an increase in the face on the subject women, however, it is expected that in practice the law can also bear fruit with the most positive effects over time. Keywords: Maria da PenhaLaw, rebound, practice Contato: nip@unicesp.edu.br Introdução O presente trabalho tem como escopo demonstrar que, superar a violência contra as mulheres é um dos maiores desafios impostos ao Estado brasileiro contemporâneo. Diante disso, acredita-se que a problemática pesquisada e os estudos sobre a contribuição da Lei /06 a Lei Maria da Penha sejam relevantes para apontar o impacto social e o alcance da lei. Buscou-se verificar a atuação do Estado e a estrutura atualmente disponibilizada para o atendimento dessa demanda, pois a lei prevê uma série de medidas que anteriormente não existiam. Assim, o trabalho revela um estudo comparativo dos números da violência doméstica no Brasil. A partir dos dados colhidos no estudo o objetivo foi verificar a importância e a contribuição da lei, com o fulcro de anali-

2 sar qual foi a contribuição da Lei Maria da Penha em relação a incidência de casos de violência doméstica contra a mulher. Foi adotado como método de processamento dos elementos colhidos no trabalho foi utilizado o dedutivo, sendo certo que se observou os resultados obtidos de forma geral para ser levado a conclusões específicas e seguras do quadro atual brasileiro. Para tanto, foi realizado uma análise das informações e dados produzidos em relação a aplicação desta norma. Metodologia Metodologia A metodologia escolhida foi a descritiva que observa, analisa e correlaciona Desenvolvimento Quem é Maria da Penha Maia Fernandes 1? Nascida em Fortaleza, no estado do Ceará, ano de 1945, teve três filhas e foi casada. Atualmente, tem a profissão de biofarmacêutica, é coordenadora de estudos da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) e é conhecida mundialmente por sua luta contra seu agressor, que foi seu marido à época. Lidera, atualmente, movimentos de defesa dos direitos das mulheres e de vítimas emblemáticas da violência doméstica. É a promissora da mudança legislativa do tratamento dos agressores contramulherestipificada por meio da Lei /06. Sabe-se que no ano de 1983 seu marido, à época, que possui a profissão de professor, o colombiano de nome Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes, o que fez com que ela, diante das agressões sofridas,ficasse paraplégica. Após ser agredida Penha deu início ao processo penal contra seu marido, por meio de queixa crime. Contudo, além do trâmite processual ter demorado em torno de dezenove anos, sendo seu a- gressor condenado a oito anos de reclusão, o agressor somente ficou preso por dois anos, sendo solto no ano de CUNHA, Rogério Sanches; PINTO Ronaldo Batista. Violência Doméstica: Lei Maria da Penha. 3 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011 os fatos de modo a analisar a lei desde a sua promulgação. Assim, as técnicas de pesquisa aplicadas foram a análise documental de pesquisas com dados estatísticos colhidos de fontes secundárias como documentos do Conselho Nacional de Justiça e dados primários coletados junto à Polícia Civil do Distrito Federal, doutrina que já dispôs sobre o tema, normas relacionadas sobre a matéria, bem como relatos da polícia civil e decisões judiciárias, tudo conforme será demonstrado abaixo, conforme se passa a demonstrar. Não se conformando com a penalização Penha não mediu esforços para que o seu caso chegasse à análise da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) que considerou, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica. Diante desse quadro de repercussão internacional o Brasil foi compelido à criação de uma nova lei que tutelasse casos de violência doméstica, visto que essa temática no país anteriormente a- presentava vários déficits, que corriqueiramente gerava arquivamento em massa dos autos, o que repercutiainsatisfação das vítimas e escassez no combate à violência doméstica. Portanto, esta mulher é responsável pela repercussão nacional e internacional da busca pelos direitos humanos da mulher, da proteção estatal brasileira da integridade física da mulher e da prevenção da violência doméstica. Repercussão internacional do cenário fático vivido por Maria da Penha O caso de Maria da Penha foi o primeiro a ser recebido pela Comissão Interamericana dos Direitos Humanos 2 2 Foi criada em Santiago, no Chile, no ano de 1959, por meio de resolução da Quinta Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores, mas somente foi instalada em 1960 quando da aprovação do seu estatuto 2 pelo Conselho da Organização. A Organização dos Estados Americanos (OEA) é um dos órgãos do Sistema Americano dos responsáveis pela promoção e proteção dos direitos humanos e possui sede em Washington. A Comissão é composta de sete juristas, da mais elevada autoridade moral, e denotável saber jurídico em matéria de direitos humanospara represent9i7arem os países membros da OEA. Possui

3 da Organização dos Estados Americanos (OEA), que abordou a temática por meio do Relatório nº 54, de A denúncia feita à organização internacional demonstrou a lentidão do processo judicial brasileiro à organização internacional. Assim, por o Brasil ser signatário de acordos internacionais que tratam da questão dos direitos da mulher e por restar demonstrado que houve efetivademora do Poder Judiciário pátrio,na esfera penal, em julgar, tendo em vista que o processo se estendeu por dezenove a- nos para haver uma condenação definitiva e que essa não foi a contento, uma vez que o agente ficou preso somente dois anos, o Brasil foi compelido a um processo reformatório do sistema legislativo com o fulcro de mitigar o descaso com as situações em que envolviam violência contra a mulher e violência doméstica. Os direitos humanos e o reconhecimento dos direitos das mulheres O primeiro registro que tratou de forma igualitária o direito das mulheres equiparando-o de igual forma ao direito dos homens foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos 4, promulgada pelas Nações Unidas em 10 de dezembro de Entretanto, conforme influencias do contexto histórico as mulheres demoraram a gozar da equivalência de como países membros e signatários Antígua, Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia,Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Nevis, Suriname, Trinidad e Tobago, Estados Unidos, Uruguai e Venezuela. Sua estrutura compreende uma Assembleia Geral,Secretária-geral, Organização Pan- Americana da Saúde, Junta Interamericana de Defesa, Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos (Convenção, Comissão, Corte) e Instituto Interamericano da Criança. 3 Organização Interamericana de Direitos Humanos. Relatório anual Relatório n 54/01: CA- SO MARIA DA PENHA MAIA FERNAN- DES. Brasil, FRANÇA. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Paris, França. direitos, pois não foi algo que ocorreu automaticamente. Desta forma, apenas no ano de 1993, com a realização da Conferência Mundial de Direitos Humanos, em Viena, os direitos humanos das mulheres foram reconhecidos. É o que se depreende do parágrafo 18, do documento da Declaração e Programa de Ação de Viena de1993 5, vejamos: "Os direitos humanos das mulheres e das meninas são parte inalienável, integral e indivisível dos direitos humanos universais. Destarte, temos que a Conferência supracitada reconheceu a violência contra a mulher como um espécie de violação dos direitos humanos repercutindo mundialmente a necessidade de prevenção, punição e erradicação da violência contra o sexo feminino. A Lei / A Lei Maria da Penha possui embasamento jurídico na Carta Magna 7 de 1988 no artigo 226, 8º e visa coibir a violência doméstica contra a mulher. Foi sancionada em 07 de agosto de 2006 e vigora desde 22 de setembrodo mesmo ano como um marco de prevençãopara o sexo feminino no âmbito de manter a integridade física, moral e a dignidade humana. A lei Maria da Penha surgiu como resultado da condenação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (O- EA), por negligência e omissão do nosso país com relação aos casos de violência doméstica e familiar. Desta forma, a lei, ora comentada, prevê políticas públicas diretamente relacionadas aos órgãos responsáveis e visa à prevenção e controle repressivo de condutas delitivas contra as mulheres excluindo as penas de pagamento de cestas básicas, de multas e inserindo, como diferencial, a participação obrigatória do Ministério Público em todos os 5 AUSTRÁLIA. Declaração e Programa de Ação de Viena (1993). Viena, Austrália. 6 BRASIL. Lei Maria da Penha ( 2006 ). Lei /2006. Brasília, DF, Senado, BRASIL. Constituição ( 1988 ). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988.

4 trâmites cíveis ou penais, e ainda penas maiores. Violência contra a mulher e suas espécies A lei Maria da Penha 8, mais especificamente no artigo 7 e seus incisos, prevê cinco espécies de violência contra a mulher, quais sejam: i) A violência física: É a utilização da força, sendo que naturalmente a do homem é maior do que a da mulher com intenção de insultar a saúde corporal da vítima; ii) A violência psicológica: Desrespeito ao campo psíquico e emocional da vítima, como por e- xemplo: ameaças, inferiorizar a mulher, coação. iii) A violência sexual: Constrangimento que induz a mulher a participar, manter ou ainda a ver relação sexual indesejável; iv) A violência patrimonial: Ofensa aos bens materiais da vítima, como por exemplo: Documentos pessoais, bens, valores ou ainda retenção pecuniária; v) A violência moral: É qualquer conduta verbal que configure calúnia, difamação ou injúria. É importante mencionar que a violência contra a mulher pode ocorrer tanto em espaços públicos como privados e que além do previsto na Lei /2006 há prelecionado no Código Penal que a violência sexual pode ser tipificada nas modalidades física, psicológica ou com ameaça, compreendendo o estupro, a tentativa de estupro, o atentado violento ao pudor e o ato obsceno. A Lei Maria da Penha à luz da Constituição Federal Antes da promulgação da Carta Magna de 1988 o nosso país assinou e ratificou tratados internacionais se tornando signatário de traslados internacionais que defendem e apoiam os direitos humanos das mulheres tais como a Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948 e a Convenção Contra Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher em BRASIL. Lei Maria da Penha (2006). Brasília, DF, Senado. Desta forma, a partir da atual Constituição Federal as mulheres alcançaram em nosso país direitos humanos e igualitários aos dos homens e atingiram a cidadania plena no tocante ao exercício de direitos civis e políticos básicos. A Carta Magna vigente, portanto, rompeu com dogmas históricos e que negavam e discriminavam os direitos humanos e sociais das mulheres. Destarte, depreende-se do caput do artigo 5º o princípio da igualdade que interpretado de forma lacto sensu abrange a condição igualitária entre os sexos, vejamos: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) (Grifei) Não somente nesse dispositivo constitucional encontra-se embasamento para os direitos humanos das mulheres, mas como também no artigo 1º, III da CF/88, in verbis: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...) III - a dignidade da pessoa humana(...); (Grifei) O princípio da dignidade da pessoa humana possui o condão de princípio normativo e atrai matérias de todos os direitos e garantias fundamentais a- tingindo-os em todas as dimensões. Assim, sem o reconhecimento dos direitos humanos e sociais do sexo feminino estaria se negando a própria dignidade inerente às pessoas humanas. Por fim, é de todo oportuno mencionar que a Lei Maria da Penha regulamenta o previsto no artigo 226 8º da Constituição Federal que exige do estado assegurar a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integrarem, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. Lei Maria da Penha no STF ADC 19, ADIN 4424 E HC O Supremo Tribunal Federal já recebeu algumas indagações com relação

5 à constitucionalidade da Lei /06. Dentre elas selecionou-se a Ação Direta de Constitucionalidade 19 9, Ação Declaratória de Inconstitucionalidade e o Habeas Corpus para serem discutidos na presente pesquisa. A Ação Declaratória de Constitucionalidade que teve como objeto pacificar a constitucionalidade dos artigos 1º, 33 e 41 da Lei /2006, visto que no âmbito nacional estava gerando interpretações diversas foi proposta no ano de 2007 na Suprema Corte Federal. A sabero inteiro teor dos dispositivos objeto da Ação Declaratória de Constitucionalidade são: Art. 1º. Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 9 ADC 19, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 09/02/2012, ACÓR- DÃO ELETRÔNICO DJe-080 DIVULG PUBLIC ADI 4424, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 09/02/2012, PROCES- SO ELETRÔNICO DJe-148 DIVULG PUBLIC HC , Relator(a): Min. MARCO AURÉ- LIO, Tribunal Pleno, julgado em 24/03/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-112 DIVULG PUBLIC RTJ VOL PP RT v. 100, n. 910, 2011, p A Ação declaratória de constitucionalidade ou ADC representa uma das formas de exercício do controle de constitucionalidade de modo concentrado. Assim, propõe-se a ADC com o objetivo de adequar as normas com a Constituição Federal de (...) Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente. Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas varas criminais, para o processo e o julgamento das causas referidas no caput. (...) Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de A ADC 19 desencadeou vários debates, o que desencadeou na necessidade da norma ser analisada de forma profunda de modo a gerar grande mobilização pública,o que fez prolongar-se até o ano de 2014 quando ficou decidido, por meio de acórdão, definitivamente que os dispositivos 1º, 33 e 41 são constitucionais. Contudo, em 2010 tem-se o registro de quea Procuradoria Geral da República propôs uma ADIN Ação Direta de Inconstitucionalidade, de número 4424, solicitando novamente a apreciação pela Suprema Corte sobre a inconstitucionalidade de dispositivos da lei Maria da Penha, quais sejam artigos 12, inciso I, 16, e 41,in verbis: Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada; (...) Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designa-

6 da com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. (...) Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de A ADIN foi apreciada pelo Supremo e novamente por meio de acórdão ficou consignado no julgamento que é precedente recebendo os artigos retromencionados interpretação conforme para assentar a natureza incondicionada da ação penal em caso de crime de lesão corporal, pouco importando a extensão desta, praticado contra a mulher no ambiente doméstico (...). Ademais verifica-se o registro da impetração do Habeas Corpus de número em março de 2011 que igualmente a ADC 19 questionava a constitucionalidade do dispositivo 41 da Lei /06 aplicado a um caso concreto. Assim, de forma célere o remédio constitucional foi apreciado pelo STF de forma definitiva antes da decisão final da ADC. Mas, como decidido na ação de controle o STF se posicionou no mesmo sentido de que o artigo 41 da lei é constitucional. Medidas protetivas de urgência contidas na lei Maria da Penha Prevista nos artigos 22, 23 e 24 da Lei Maria da Penha as medidas protetivas de urgência dependem de requisição da ofendida e são compreendidas, conforme a letra da lei, entre suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente; afastamento do agressor do lar; domicílio ou local de convivência; proibição das condutas de aproximação da ofendida, dos familiares e das testemunhas, do contato com a ofendida, de freqüentar determinados lugares; restrição ou suspensão de visita aos dependentes menores, prestação de alimentos provisórios ou provisionais. Existe a possibilidade do Ministério Público pleitear a adoção de algumas as medidas citadas acima, consoante prevê o artigo 19 da Lei Maria da Penha. Não havendo que se falar em conflito dentro da própria lei, visto que num primeiro momento somente a ofendida poderia requisitar algumas das medidas protetivas e mais adiante, em juízo, o parquet pode de ofício pugnar pela adoção de uma medida de proteção à ofendida ou eventuais incapazes, que estejam envolvidos no contexto fático processual. A utilização dos institutos protetivos previstos na Lei Maria da Penha não impossibilita aplicação de outras previstas na legislação em vigor sempre que for necessário, a disposto no previsto no parágrafo primeiro do artigo 22 da Lei /2006, que institui a aplicabilidade da norma geral sempre que a segurança da lesada ou as circunstâncias exigirem. Assim, em caso de descumprimento de medida protetiva de urgência que tenha sido determinada aplica-se o parágrafo único do artigo 10 da lei em análise, visto que esse preleciona que a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as providências legais cabíveis. Inovações trazidas pela lei Conforme já exposto a lei Maria da Penha transformou o ordenamento jurídico brasileiro no tocante ao respeito aos direitos humanos das mulheres. A par dessa informação verifica-se que houve alteração considerável no tocante a investigação, apuração dos casos de violência e no trâmite processual penal e cível. Advindo a lei a temática da violência familiar e doméstica contra as mulheres teve as seguintes inovações processuais: i) Foi retirada a jurisdição do JECRIM 13 previstos na Lei 9.099/95; ii) Houve a criação de juizados especializados que tratam da violência contra a mulher com competência cível e criminal; iii) Proibição de aplicação de penas pecuniárias, tais como o pagamento de cestas básicas; iv) A renúncia da representação somente pode ser feita pelo perante o juiz; v) Há a prisão em flagrante e prisão preventiva do agressor; vi) Redução da pena mínima para 3 meses e aumento da pena máxima para 3 anos; vii) Acréscimo de 1/3 de pena aos agressores de mulheres portadoras de deficiência; 13 JECRIM Juizado Especial Criminal

7 viii) Há possibilidade de pena de comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação; ix) Há a possibilidade de fixação de limite mínimo de distância que o agressor deve manter da vítima e a proibição de qualquer tipo de contato com a vítima, os familiares e as testemunhas. As inovações supracitadas são a positivação de mecanismos processuais que possibilitam proteção maior a anteriormente oferecida às mulheres que podem ser adotadas em todas as esferas políticas, tais como no âmbito federal, estadual, distrital e municipal, visto que a lei é federal. O instituto cautelar previsto na legis As medidas cautelares na Lei Maria da Penha possuem finalidade diversa das cautelares previstas no artigo 282 do Código de Processo Penal 14 e das cautelares previstas no Código de Processo Civil a partir do artigo 796, pois as cautelares elencadas na LMP não são instrumentos para assegurar somente o trâmite do processo. O instituto cautelar na lei, ora comentada, preserva a instrução criminal, protege o direito de ir e vir e os direitos fundamentais da mulher como um todo, evitando a evasão do acusado. Assim, as medidas cautelares previstas na Lei /06 são inominadas e possuem o condão de coibir a violência no âmbito das relações familiares, como preleciona o dispositivo constitucional 226 em seu parágrafo 8º. O instituto cautelar ordinário, no entanto, necessita da instauração de um processo principal, o que diferencia a cautelar da Lei /06 das demais medidas cautelares processuais. Como por exemplo, podemos citar as cautelares civilistas que podem ser requeridas e concedidas antes do processo principal, sendo concedida à parte requerente trinta dias para a propositura da ação cognitiva e ainda divergem igualmente das cautelares penais, pois em nada se assemelham com busca e apreensão, interceptação telefônica, prisão temporária, etc que são espécies de cautelares criminais. As cautelares tuteladas pela Lei Maria da Penha podem ser concedidas de ofício, o que da mesma forma difere das cautelares criminais tradicionais e se encontram previstas nos artigos 22,23 e 24 da Lei, ora estudada. Prisão preventiva Conforme essa modalidade de prisão surge como garantidora da execução das medidas protetivas e originalmente já era utilizada no processo penal, como asseguradora do curso do processo principal, que pode ser frustrado com a liberdade do agressor. Possui previsão expressa na Lei /2006, no artigo 42, que altera o artigo 313 do Código de Processo Penal, onde é determinado que deve ser instituída a prisão preventiva se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. GuilhermeNucci 15 nos assevera quanto a esse tema: (...) fundamental muita cautela para tomar essa medida. Há delitos incompatíveis com a decretação de prisão preventiva. Ilustrando: A lesão corporal possui pena a ser aplicada, no futuro, seria insuficiente para cobrir o tempo de prisão cautelar (aplicando-se, naturalmente, a decretação, conforme artigo 42 do CP). Leve-se em conta, inclusive, para essa ponderação, que vigora no Brasil a chamada política da pena mínima, vale dizer, os juízes, raramente, aplicam pena acima do piso e, quando o fazem, é uma elevação ínfima, bem distante do máximo. É de todo oportuno, igualmente, mencionar que a Lei /11 introduziu nova redação ao artigo 282, 2º do Código de Processo Penal instituindo que durante o desenrolar do inquérito policial não é mais possível a decretação de ofício do magistrado de alguma medida cautelar, como a prisão preventiva, sen- 14 BRASIL. Código de Processo Penal Decreto Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941 Edição federal. Rio de Janeiro, NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais comentadas. 4.ed. rev. atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.

8 do de postulação a partir daí da autoridade policial, por meio de representação, ou do Ministério Público, mediante requerimento. A inovação descrita acima tem incidência direta na Lei aqui estudada, pois a primeira parte do artigo 20 elencava a possibilidade do juiz decretar a prisão preventiva de ofício, na fase inquisitiva, o que visa prevenir medidas de caráter persecutório. A impossibilidade da transação penal e da suspensão condicional do processo A Lei Maria da Penha, em seu artigo 41, instituiu expressamente que a Lei 9.099/95 16 não se aplica aos crimes praticados com violência familiar, doméstica e contra a mulher, independentemente da pena prelecionada na legis. Dessa forma, não se aplica os institutos que retiram o cumprimento de pena, quais sejam transação penal e suspensão condicional do processo, entre outros. A propósito, o poder jurisdicional entende nessa mesma linha de raciocínio, vejamos julgado do Superior Tribunal de Justiça corroborando com o aqui exposto: CRIMINAL. HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. SUS- PENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. LEI MARIA DA PENHA. INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 9.099/95. CONSTRAN- GIMENTO ILEGAL NÃO EVI- DENCIADO. EXAURIMENTO DE TODOS OS ARGUMENTOS DA DEFESA. NÃO OBRIGATORIE- DADE. ORDEM DENEGADA. I - Oart. 41 da Lei /06 - Lei Maria da Penha - dispõe que, aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099/95, o que acarreta a impossibilidade de aplicação dos institutos despenalizadores nesta previstos, quais sejam, acordo civil, transação penal e suspensão condicional do processo. Precedentes.(...). (Grifo nosso) 17 Assim, verifica-se que a jurisprudência da Corte Superior de Justiça utiliza-se do artigo 41 enxugando tudo o que considera como inequívoco excesso da lei penal, de modo a atender o princípio da proporcionalidade, visto que fugiria da essência da Lei Maria da Penha conceder transação penal e suspensão condicional do processo em detrimento da preocupação principal que é a de tutelar os interesses da mulher agredida. Afastabilidade da Lei 9.099/95 A vedação da Lei 9.099/95 que afasta transação penal e a suspensão condicional do processo tem o fulcro de afastar um tratamento tenro aos crimes elencados na Lei Maria da Penha, uma vez que o JECRIM trabalha com espécies de respostas penais mais brandas. Sobre esse tema o Superior Tribunal de Justiça já debateu adotando o mesmo posicionamento aqui explicitado, in verbis: A família é a base da sociedade e tem a especial proteção do Estado; a assistência á família será feita na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações (Inteligência do artigo 226 da Constituição da República). As famílias que se erigem em meio à violência não possuem condições de ser base de apoio e desenvolvimento para os seus membros, os filhos daí advindos dificilmente terão condições de conviverem sadiamente em sociedade, daí a preocupação do Estado em proteger especialmente essa instituição, criando mecanismos, como a Lei Maria da Penha, para tal desiderato. Não se aplica aos crimes praticados contra a mulher no âmbito doméstico e familiar, a Lei 9.099/1995 (Artigo 41 da Lei /2006) (Grifo nosso) 16 BRASIL. Lei (1995). Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, DF, Senado, HC /MS, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 22/03/2011, DJe 04/04/2011

9 (Superior Tribunal de Justiça, rel. Min. Jane Silva, RT 893/505) Portanto, depreende-se do exposto que o Juizado Especial Criminal é expressamente impossibilitado de julgar os crimes de violência contra a mulher e violência doméstica, visto que essas espécies de condutas devem ser punidas de forma mais severa, não sendo possível em hipótese alguma a utilização de alguns institutos previstos na Lei 9.099/95. Atuação do Ministério Público Há dispositivo na Lei Maria da Penha, artigo 25 e 26, demonstrando que o Ministério Público intervirá nas causas cíveis e penais quando estas decorrerem de violência contra a mulher e doméstica, desde que não seja parte no processo. Dessa forma, o parquet tem participação integral, podendo ser parte ou ainda fiscal da lei, intervindo quando necessário, podendo requisitar a atuação da policia, e a colaboração de servidores públicos, tudo para que se alcance o objetivo essencial da lei, proteger a mulher. É importante registrar que a atuação ministerial é obrigatória nas causas que tramitarem perante o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, pouco importando se a ação é da esfera cível ou penal. Outro detalhe curioso é o de que o promotor de justiça não fica adstrito às acusações da parte assistida, nos casos de participação nas ações de separação judicial perante a Vara de Família, por exemplo, mesmo sendo a parte assistida hipossuficiente, o parquet possui liberdade de opinião, podendo haver posicionamento contrário ao da parte assistida. Dessa forma, podemos verificar que o Ministério Público estará presente de forma integral nos procedimentos judiciais oriundos da Lei /2006, a- gindo como fiscal da lei, fiscal de entidades de atendimento, efetuando cadastros de violência doméstica e familiar contra a mulher e ainda podendo requisitar força policial e de serviços públicos. Tudo como medida de asseguramento da efetiva tutela do Estado. Assistência judiciária e equipe de a- tendimento multidisciplinar à mulher A assistência judiciária, conforme preleciona os artigos 27 e 28 da Lei aqui estudada, é disponibilizada em todos os atos processuais, tanto cíveis quanto criminais, é garantido a assistência de advogado quanto da Defensoria Pública, pois é sabido que o advogado é obrigado a aceitar a nomeação feita pelo juiz, sob pena de infração disciplinar. Igualmente, o atendimento multidisciplinar é elencado na letra da lei, do artigo 29 ao 32, que garante equipe de atendimento em várias áreas, sendo a assistência composta por psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, advogados e médicos. Todos com o fulcro de buscar a justiça e a compensação da violência já suportada pela vítima. Inteligência da lei em casos concretos Jurisdição quanto a pontos específicos previsto na Lei / Finalidade protetiva da Lei Admite-se o sujeito ativo seja tanto quanto mulher, bastando a existência de relação familiar ou de afetividade, não importando o gênero do agressor, já que a norma visa tão somente á repressão e prevenção da violência doméstica contra a mulher. Quanto ao sujeito passivo abarcado pela lei, exige-se uma qualidade especial; Ser mulher, compreendidas como tal as lésbicas, os transgêneros, as transexuais e as travestis, que tenham identidade com o sexo feminino (...) 18 - Aplicação da Lei Maria da Penha na espécie de violência apenas psicológica "No caso concreto o denunciado tinha vivido apenas maritalmente com a vítima durante dez meses, e já estavam separados há dois. Ele, então, começou a intimidála, dizendo que se não ficasse com ele não ficaria com mais ninguém. (...) A hipótese se enquadra perfeitamente no artigo 7º, II, da Lei /2006 (...) 19 - Competência no julgamento de crime contra a vida 18 TJMG, HC /000, rel. Júlio Cezar Gutierrez j TJSP, Proc P, Protocolado /07, Comarca da Capital, art. 28 do CPP, DOE

10 Ressalvada a competência do Júri para o julgamento do crime doloso contra a vida, seu processamento, até a fase de pronúncia, poderá ser pelo Juizado (...) 20 Frequência da agressão (Fonte: Conselho Nacional de Justiça - Site www. compromissoeatitude.org.br - Data dos dados: De JaneiroaJunhode2014) - Competência recursal Compete ao Tribunal de Justiça, e não à Turma Recursal, julgar recurso de apelação aviado contra decisão do Juizado de Violência Doméstica 21 Ação Penal na Lei Maria da Penha Anteriormente à criação da Lei Maria da Penha o impulsionamento da ação penal em desfavor do agressor carecia de manifestação de vontade da vítima, por esse motivo vários processos ficavam sobrestados, uma vez que a natureza da ação era pública condicionada à representação da ofendida. Contudo, após o advindo da Lei em comento a ação penal passou a ser pública incondicionada à representação. Assim, qualquer pessoa e não mais apenas a mulher, vítima da violência doméstica, pode comunicar a agressão à polícia, podendo, inclusive, o Parquet oferecontra o agressor mesmo contra a vontade da mulher. Outra mudança legislativa após a criação da Lei /06 foi a afastabili- cer denúncia dade da incidência da lei 9.099/95, expressamente por meio do artigo 41, nos crimes praticados com violência domésmulher. Consequentemente, à inviabilidade da incidência da lei que rege os juizados especiais na medida em que a Lei, objeto do presente trabalho, afastou a incidência daquela lei de forma automática tica e familiar contra a retornou-se à situação anterior, qual seja a desnecessidade de representação para os delitos de lesão corporal leve nos casos que se amoldam ao de violência doméstica e contra a mulher. 5,68 9,57 33, ,85 Ocorre todos os dias Ocorre algumas vezes na semana Ocorre algumas vezes no decorrer do mês Ocorreu uma vez Demais Análise de dados estatísticos 20 STJ, HC /SC, rel. Min. Convocada Jane Silva, j , p STJ, CC /RJ, rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j , DJe

11 Iniciativa das denúncias Relação entre vítima e agressor- (Fonte: Conselho Nacional de Justiça - Site www. compromissoeatitude.org.br - Data dos dados: De Janeiro a dezembro de 2013, divulgadosdia20dejunhodede 2014) (Fonte: Conselho Nacional de Justiça - Site www. compromissoeatitude.org.br- Data dos dados: Balanço de 2013, publicado em março de 2014) Relações afetivas 2,63 12,27 3,51 Vítima Vizinho 12,95 6,54 0,26 Relações familiares 78,39 Mãe Demais variáveis 80,26 Relações externas Relações homoafetiva s

12 Divulgação do Disque Denúncia nº 180 Faixa etária das vítimas Lei Maria da Penha (Fonte: Conselho Nacional de Justiça - Site www. compromissoeatitude.org.br - Data dos dados: Balanço de 2013, publicado em fevereiro de 2014) (Fonte: Polícia Civil do Distrito Federal -Data dos dados: De 2009 a 05 de março de 2014) Menor de a 24 Mídia 25 a 30 2% 3% 31 a Campanha de divulgação Serviços públicos Conhecidos 5% 3% 18% 6% 15% 0% 12% 18% 18% 36 a a a a 55 Outros 56 a 60 Maior de 60 Não informado

13 Lei Maria da Penha -Série histórica das ocorrências registradas no Lei /2006 Ocorrências registradas no DF à Lei /2006 -Série histórica -5 anos 16 (Fonte: Polícia Civil do Distrito Federal -Data dos dados: De 2009 a 05 de março de 2014) 14,646 (Fonte: Polícia Civil do Distrito Federal -Data dos dados: De 2009 a 05 de março de 2014) , , , , Lei Maria da Penha -Série histórica Ocorrências registradas no DF à Lei /2006 -Série histórica -5 anos

14 Naturezas relacionadas à Lei /2006-Lei Maria da Penha -Comparativo mensal de Janeiro e Fevereiro de 2013/2014 (Fonte: Polícia Civil do Distrito Federal - Data dos dados: Janeiro e Fevereiro de 2013/2014) jan/13 fev/ jan/ fev/

15 Ocorrências registradas em 2013 no DF 1600 (Fonte: Polícia Civil do Distrito Federal -Data dos dados: De 2009 a 05 de março de 2014) Ocorrências registradas em 2013 no DF

16 Comparando os dados estatísticos com dados anteriores Para se comparar a diferença entre os dados colhidos apresentados no tópico passado com o ano anterior analisou-se os dados trazidos pelo Conselho Nacional de Justiça no site Compromisso e Atitude. Pois bem, no que se refere a frequência das agressões, no ano de 2013, anterior ao apresentado, tem-se que o questionário de vitimização aponta que no Brasil 0,26% da população feminina sofre violência sexual, o que indica que há anualmente 527 mil tentativas ou casos de estupros consumados no país, dos quais 10% somente são reportados à polícia. Sobre os dados estatísticos das denúncias encontra-se na fonte a informação de que no primeiro semestre de 2012, foram registrados 388,9 mil atendimentos, dos quais 56,6% (47,5 mil) foram relatos de violência física. A violência psicológica aparece em 27,2% (12,9 mil) dos registros no período. Foram 5,7 mil chamadas relacionadas à violência moral (12%), 915 sexual (2%) e 750 patrimonial (1%). Os dados revelam ainda que em 66% dos casos os filhos presenciam as agressões contra as mães. No tocante a relação entre vítima e agressor, terceiro gráfico estatístico a- presentado, foi constatada uma queda no total de ligações em 2013, por falta de uma campanha massiva e esgotamento do sistema frente à demanda. Do total de encaminhamentos para a rede de atendimento, 62% foram direcionados ao sistema de segurança e justiça. Quanto a divulgação do disque denuncia nº 180 a pesquisa em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, revela que 98% da população brasileira já ouviu falar na Lei Maria da Penha e que 70% consideram que a mulher sofre mais violência dentro de casa do que em espaços públicos no Brasil. O gráfico que elenca a faixa etária das vítimas demonstra que a idade em que mais ocorre a violência doméstica contra as mulheres é entre 25 a 30 anos, que é quando há maiores índices de gravidez precoce, dependência econômica do provedor. A contrário senso, conforme a faixa etária das vítimas aumenta os fatores sociais das mulheres melhoram, devido a estrutura familiar de suporte à mulher, o que acarreta um índice consideravelmente menor de violência. 22 Perfil dos agressores O agressor é na maioria absoluta das vezes o homem, que manteve ou mantém relação afetiva íntima com a vítima podendo ser dos mais variados temperamentos, desde os homens mais sérios e cultos aos menos favorecidos e desprovidos de intitulações acadêmicas. Conforme CPI-RQN 4 22, realizada pelo Congresso Nacional apurou-se queos agressores são filhos de pais excessivamente autoritários e que eles próprios foram vítimas de violência física na infância. Todavia, não se pode precisar um perfil específico de agressores, visto que os dados variam muito a depender do estado federado ou ainda o ano pesquisado. Possibilidade de ressocialização dos agressores Pouco é divulgado e trabalhado sobre a ressocialização no Brasil. No tocante a ressocialização dos agentes que cometeram crime de violência doméstica e contra a mulher há poucos registros para serem trazidos e comentados no presente artigo. Contudo, é possível o acesso ao estudo realizado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná, que possui em suas dependênciasum Núcleo de assistência a Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que se pode afirmar que as cominações de pena, ainda que suportadas pelo agente, não evitam a ocorrência da reincidência no crime de violência doméstica. O trabalho divulgado pela Universidade citada acima aponta que além dos mecanismos coercitivos restritivos de liberdade se faz necessário acompanhamento psíquico e social que vise a igualdade de gênero após ser concedida a liberdade, com a intenção de haver efetiva mudança na conduta dos agentes. Sugestões de melhora Como sugestão, preventiva, pode ser indicado que na educação das BRASIL. RQN (2011). COMISSÃO PARLA- MENTAR DE INQUÉRITO. Violência contra a mulher, Brasília, DF, Senado.

17 crianças, tanto pública quanto privada, seja introduzida na disciplina de Ciências Sociais a importância do respeito aos familiares e da fragilidade da mulher comparada a força corporal do homem, sendo didaticamente apresentado vertentes da lei Maria da Penha com ilustrações para o público infantil, e que seja introduzida desde os 8 (oito) anos de idade, pois o ser humano nessa faixa etária está aberto a receber informações novas e suscetível de aprendizagem. Como forma de auxílio estatal, após a ocorrência da violência, que seja aumentado o número de coordenadorias, varas e juizados especializados, visto que a quantidade existente atualmente se revela insuficiente. Do mesmo modo, seria importante acompanhamento com visitas à família que suportou esse tipo de conduta agressiva, com o auxílio de psicólogos e assistentes sociais, para verificar se efetivamente houve a ressocialização do agressor e garantir o em estar da vítima. Discussão Verificou-se no presente Trabalho de Conclusão de Curso que após a promulgação da Lei Maria da Penha as mulheres brasileiras estão mais conscientes dos seus direitos inerentes ao bem estar na relação doméstica. Nesse diapasão se infere que o resultado prático da Lei Maria da Penha tem gerado grande impacto social, uma vez que as mulheres estão mais esclarecidas quanto ao que é violência doméstica, nas suas várias espécies, quais sejam física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Por isso, têm mais determinação para buscar a delegacia de atendimento à mulher e representar o abuso suportado dentro da relação afetiva. Assim é que se verifica o deslinde da problemática aqui estudada no sentido de que houve grande impacto social a introdução da Lei /06 no Brasil de modo a proteger as mulheres de violência, antes desconhecida pelas próprias vítimas. No estudo apurou-se que os números de ocorrências registradas nas delegacias têm aumentado o que representa um ganho considerável, tendo em vista que as mulheres estão denunciando por se sentirem encorajadas, cada dia mais. Assim, importa observar que a pesquisa aqui realizada não se tratou de uma verificação quantitativa de demanda, mas uma pesquisa qualitativa no que concerne ao aumento do número de denúncia. Contrastando os dados obtidos de casos concretos com o previsto na doutrina jurídica tem-se que esses não destoam daqueles, havendo uma sintonia com o exposto na literatura pesquisada e no resultado prático. Os dados colhidos de melhora do quadro de violência à mulher com o advindo da lei são satisfatório, visto que o Estado promove uma estrutura diferenciada para o atendimento à mulher a partir de então, o que antes não havia, e tudo para o atendimento eficiente e humanizado ao combate à violência doméstica. Sabe-se que ainda com toda a base de dados colhidas o presente estudo é limitado somente aos elementos documentados e publicados, não havendo que se falar, portanto, em perfeição do aqui demonstrado, somente uma a- proximação do que acontece corriqueiramente com a análise das estatísticas registradas. A real intenção da pesquisa é contribuir para a área social de forma a expor os avanços que já estão sendo conquistados com a introdução da Lei Maria da Penha no ordenamento jurídico brasileiro, o que pode impulsionar mais estudos sobre o tema aqui explanado de forma a aprimorar cada vez mais a pesquisa na área. Conclusão Após o desenvolvimento do trabalho desde o conhecimento do processo de Maria da Penha Maia Fernandes com a sua repercussão internacional, que gerou considerável alteração do tratamento de casos análogos no Brasil, restou claro que o quadro a nível nacional teve avanços e avanços consideráveis, pode se dizer que a lei foi um marco na historia da violência domestica no Brasil. A crença na contribuição da lei, tanto por parte dos homens quanto por parte das mulheres, faz com o que esta positivado na lei seja aplicado à prática, haja vista que, conforme demonstrado estatisticamente, os números de representação ante a polícia especializada só aumentam, o que demonstra que a lei tem uma aplicabilidade prática positiva. Foi apurado que a Lei Maria da Penha introduziu no Brasil suporte no combate à violência contra a mulher antes jamais visto no país. Por isso, a mulher tem mais respaldo estatal e possui

18 profissionais que podem auxiliá-la no momento em que se encontra mais fragilizada. Anteriormente, a conduta dos agressores quedava impune, visto que, conforme demonstrado, o processo judicial demorava anos para que fosse decidido definitivamente e o cumprimento de pena era ínfimo. Houve também o aumento das denúncias por parte das próprias vítimas, o que ocorreu por meio do disque denúncia 180, que é um número de atendimento exclusivo à mulher, demonstrando a efetiva funcionabilidade da Lei na prática, pois uma simples ligação pode inibir o comportamento do companheiro e deixar a vítima mais segura. Observou-se, igualmente, que com a introdução da Lei no ordenamento jurídico pátrio houve a redução do feminicídio, em casos de violência doméstica, conforme se depreende do gráfico apresentado pelo IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Da mesma forma, verifica-se que as representações das ofendidas ante a delegacia com dados registrados do ano de 2009 a 2013 por meio de gráfico aqui colacionado têm crescido ano após ano, o que é uma característica positiva. Pesquisas recentes retiradas do site Compromisso e Atitude demonstram que a representação das vítimas com reclamação de agressão física entre os meses de janeiro a junho de 2014 o- correm todos os dias, na maior parte dos apontamentos e são causadas por pessoas em que a ofendida possui relação afetiva íntima com o agente. Diante disso, conclui-se que o objetivo central do trabalho foi realizado de forma que foram levantados os dados relativos à frequência de agressões, iniciativa das denúncias e de ocorrências registradas. Ademais, apurou-se que a Lei Maria da Penha vem sendo referencia no cenário jurídico e na sociedade como um todo, visto que, quanto mais a lei é conhecida pela população, como consectário lógico, mais aumentam as denúncias. Conforme já mencionado anteriormente e frisado agora o crescimento das denúncias é de grande valia, pois demonstra a contribuição da lei com a busca da mulher aos órgãos da Administração Pública, tendo em vista que somente a denuncia, a protege de continuar sofrendo violência, bastando para que seja sanada a violência suportada anteriormente. Portanto, infere-se do presente estudo que a lei tem sido cada vez mais eficaz para a finalidade que foi criada, tendo em vista que a segurança da mulher cresceu consideravelmente, pois as vítimas de violência doméstica, ao contrário do cenário anterior à criação da lei, têm sido cada vez mais beneficiadas pelo tratamento diferenciado que lhe é concedido após o ano de 2006, com a entrada em vigor da lei :06, popularmente conhecida como lei Maria da Penha Agradecimentos Agradeço a Deus por me dar forca e sabedoria para concluir com êxito este curso de Direito. Agradeço a professora Kênia, pela atenção, paciência, carinho e dedicação com que me orientou com muita destreza, competência, e profissionalismo, fundamental para a conclusão deste trabalho. Referências 1- ADC 19, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 09/02/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-080 DIVULG PUBLIC ADI 4424, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 09/02/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-148 DIVULG PUBLIC AUSTRÁLIA. Declaração e Programa de Ação de Viena (1993). Viena, Austrália. 4- AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CELMER, Elisa Girotti. Violência de Gênero, produção legislativa e discurso punitivo uma análise da Lei nº /2006. Boletim IBCCRIM, São Paulo, n. 170, jan. 2007

19 5- BERVIAN. PA, Cervo AL. Metodologia Científica. 5ª Edição. São Paulo: Pretice Hall, BOLÍVIA. Estatuto da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (1979). La Paz, Bolívia, BRASIL. Código de Processo Penal Decreto Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941 Edição federal. Rio de Janeiro, BRASIL. Constituição ( 1988 ). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, BRASIL. Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. RELATÓRIO FINAL. Senado Federal. Brasília Disponível em: < Acesso em 31 mar BRASIL. Lei (1995). Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, DF, Senado, BRASIL. Lei Maria da Penha (2006). Brasília, DF, Senado. 12- BRITO, Fernando Célio. Notas e reflexões sobre a Lei nº /2006, que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA CUNHA. Rogério Sanches; PINTO Ronaldo Batista. Violência Doméstica: Lei Maria Da Penha (Lei /06) Comentada Artigo Por Artigo. Revista dos Tribunais. 3ª Edição: revisada, atualizada e ampliada. São Paulo, DAMASIO, Jesus. Código de Processo Penal Anotado. 24 ª Edição. Editora: Saraiva. São Paulo, DIAS, Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na Justiça. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.GOMES, Luiz Flávio; BIANCHINI, Alice. Aspectos Criminais da Lei de Violência contra a Mulher. Jus Navegandi, Teresina, ano 10, n. 1169, 13 set Disponível em: < doutrina/texto.asp?id=8916>. Acesso em: 25 de maio de FRANÇA. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Paris, França. 18- HERMANN, Leda Maria. Maria da Penha com nome mulher: considerações à Lei nº /2006: contra violência doméstica e familiar, incluindo comentários artigo por artigo. Campinas:Servanda, HC , Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 24/03/2011, PRO- CESSO ELETRÔNICO DJe-112 DIVULG PUBLIC RTJ VOL PP RT v. 100, n. 910, 2011, p HC /MS, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 22/03/2011, DJe 04/04/ INSTITUTO DE PESQUISA ECONOMICA APLICADA DO BRASIL em 19/10/2014> 22- KARAM. Maria Lúcia. Violência de Gênero: O Paradoxal entusiasmo pelo rigor penal. Boletim IBCCRIM, São Paulo, v. 14, n. 168, nov MELLO, Adriana Ramos de (Org.). Comentários à Lei de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.

20 24- NOGUEIRA, Fernando Célio de Brito. Notas e reflexões sobre a Lei nº /2006, que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais comentadas. 4.ed. rev. atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Processuais Penais Comentada. Revista dos Tribunais. 5ª Edição: revisada, atualizada e ampliada. São Paulo, ORGANIZAÇÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Relatório anual Relatório n 54/01: CASO MARIA DA PENHA MAIA FERNANDES. Brasil, PORTO, Pedro Rui da Fontoura. Violência doméstica e familiar contra a mulher: Lei /06: análise crítica e sistêmica. Porto Alegre: Livraria do Advogado, SITE DE ESTATÍSTICAS NACINONAIS Conselho Nacional de Justiça em 21/04/2014> 30- SITE DE PESQUISAS ACADÊMICAS em 21/04/2014> 31- STJ, CC /RJ, rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j , DJe STJ, HC /SC, rel. Min. Convocada Jane Silva, j , p TJMG, HC /000, rel. Júlio Cezar Gutierrez j TJSP, Proc P, Protocolado /07, Comarca da Capital, art. 28 do CPP, DOE

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