Uma Parceria Global para o Desenvolvimento
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- Maria Fernanda Azevedo da Conceição
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2 Uma Parceria Global para o Desenvolvimento A Declaração do Milénio, adoptada em 2000, por todos os 189 Estados Membros da Assembleia Geral das Nações Unidas, veio lançar um processo decisivo da cooperação global no século XXI: Foi dado um enorme impulso às questões do Desenvolvimento, com a identificação dos desafios centrais enfrentados pela Humanidade no limiar do novo milénio, Foram aprovados os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio pela comunidade internacional, a serem atingidos num prazo de 25 anos. 2
3 Uma Parceria Global para o Desenvolvimento 1. Erradicar a pobreza extrema e a fome 2. Alcançar a educação primária universal 3. Promover a igualdade do género e capacitar as mulheres 4. Reduzir a mortalidade infantil 5. Melhorar a saúde materna 6. Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças 7. Assegurar a sustentabilidade ambiental 8. Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento 3
4 Uma Parceria Global para o Desenvolvimento Foram ainda aí estabelecidas 18 Metas para os objectivos, para possibilitar a medição e acompanhamento dos progressos efectuados na sua concretização, ao nível global e nacional. É no Objectivo 8 Parceria Global para o Desenvolvimento que se insere a APD, tendo como Meta Enfrentar as necessidades especiais dos países em desenvolvimento. Contudo, a APD e os países doadores contribuem ainda para os restantes ODM de 1 a 7. 4
5 Uma Parceria Global para o Desenvolvimento A Cooperação Portuguesa tem orientado a sua política de cooperação para a concretização desses objectivos. Este posicionamento está enquadrado pelo : Programa do XVII Governo Constitucional, 2005/2009. Documento de estratégia Uma Visão Estratégica para a Cooperação Portuguesa. 5
6 ODM 8 APD ODM 8 - Indicadores Metas 13, 14 e 15 Ano APD líq uid a (M ) APD/RNB 0,25 0,27 0,22 0,63 0,21 0,21 APD pa ra S erviço s S ociais Básicos em % APD sectorial Ano APD para os PMA em % do RNB % da APD para os pequenos países insulares % da APD para os países interiores Do nativo s em % d a APD b ruta Média de 2 anos ,1 2,8 3, ,16 0,53 0,13 38,3 8,4 30,4 6,2 3,1 12, Alívio d a dívi da em % d a APD l íqu ida Ano 60,7 68,3 0, Alívio d a dívi da n o âm bito iniciativa HIPC em % da APD líq uid a 7,2 3,4 1,8 0,5 0,8 0,0 Cap acitação téc nica na á rea d o com ércio em % da APD bilateral sectorial 0,7 8,8 1,6 1,1 1,2 0,6 Fonte IPAD e CAD/OCDE 6
7 APD para ODM 1 a 8 - Pressupostos O gráfico seguinte representa a contribuição da APD bilateral portuguesa entre 2001 e 2006 para cada uma dos ODM. Este exercício tem 2 princípios-chave: 1. Toda a APD contribui para o ODM 1, Meta 1 (Reduzir para metade, entre 1990 e 2015, a proporção de pessoas com rendimento menor que 1 dólar/dia), com base no pressuposto que a APD está directa ou indirectamente, ligada à redução da pobreza e a que a mesma constitui um input-chave no apoio aos países parceiros na prossecução dos ODM, dado estes serem maioritariamente Países Menos Avançados (PMA). 7
8 APD para ODM 1 a 8 - Pressupostos Princípio-chave 2 2. Sendo a pobreza multidimensional, o contributo da APD não se limita ao ODM 1, Meta1, destinando-se aos mais diversos sectores (educação, saúde, ambiente, agricultura, etc). Resulta daqui o segundo princípio, ie, que a APD é adicionalmente dirigida aos Objectivos e Metas correspondentes às áreas específicas que os projectos/programas visam favorecer. 8
9 Contribuição da APD para ODM 1 a 8 AJUDA HUMANITÁRIA APOIO ONG 4% ODM 1 APD BILATERAL / ODM ( ) % OUTROS 10% ODM 1, 7, 8 EDUCAÇÃO 17% ODM 1, 2, 3, 8 SAÚDE, POPULAÇÃO/ SAÚDE REPRODUTIVA 3% ODM 1, 4, 5, 6, 8 ÁGUA E SANEAMENTO BÁSICO 0% ODM 1, 7, 8 DÍVIDA 37% ODM 1, 8 GOVERNO E SOCIEDADE CIVIL 16% ODM 1 INDÚSTRIA, CONSTRUÇÃO, COMÉRCIO E TURISMO 1% ODM 1, 8 AGRICULTURA, SILVICULTURA E PESCAS 1% ODM 1, 3, 7, 8 TRANSPORTE, COMUNIC. E ENERGIA 4% ODM 1, 8 OUTRAS INFRA. E SERVIÇOS SOCIAIS 7% ODM 1, 6, 7, 8 9
10 Contribuição da APD para ODM 1 a 8 Esta concentração permite uma contribuição directa para os: ODM 1, Meta 1 (Erradicar a pobreza extrema) ODM 2, Meta 3 (Alcançar o Ensino Primário Universal) ODM 3, Meta 4 (Alcançar a igualdade do género no ensino primário e secundário) ODM 4, Meta 5 (Reduzir a mortalidade infantil) ODM 5, Meta 6 (Melhorar a saúde materna) ODM 6, Metas 7 e 8 (Combater o HIV/SIDA, malária e outras doenças) ODM 7, Meta 10 (Assegurar sustentabilidade ambiental e o acesso a água potável) ODM 8, Meta 16 (Desenvolver estratégias para a formação e trabalho digno). 10
11 Contribuição da APD para ODM 1 a 8 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO 0,5% ODM 1, 8 APD MULTILATERAL / ODM ( ) % BANCOS REGIONAIS OUTRAS DESENVOLVIMENTO INSTITUIÇÕES MULTILATERAIS 15% 3% ODM 1, 8 ODM 1,4,5,6,7 NAÇÕES UNIDAS 7% ODM 1 a 8 GRUPO BANCO MUNDIAL 6% ODM 1, 8 BEI - BANCO EUROPEU DE INVESTIMENTO 1% ODM 1, 8 FED - FUNDO EUROPEU PARA O DESENVOLVIMENTO 15% ODM 1, 8 ORÇAMENTO CE P/ PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO 53% ODM 1 11
12 Compromissos APD/RNB ,33% ,51% ,70% 12
13 ODM e a CPLP Foi aprovada na VI Conferência de Chefes de Estado e Governo da CPLP, em Bissau, Julho 2006, a Declaração específica sobre o tema da Conferência Objectivos de Desenvolvimento do Milénio: Desafios e Contribuição da CPLP. Foi assumido um compromisso de, no âmbito da cooperação entre Estados Membros da CPLP, ser dada prioridade à concretização dos objectivos estabelecidos na Declaração do Milénio e, para esse fim, decidiram concentrar recursos, humanos e materiais, para erradicação da fome e redução drástica da pobreza absoluta nos seus países. Foi decidido direccionar as acções de cooperação para a concretização dos ODM, através do Programa Indicativo de Cooperação plurianual (PIC). 13
14 ODM e a CPLP Foi aprovado o PIC para o médio prazo e respectivo plano de acção da CPLP , que tem como pano de fundo a Estratégia Geral da Cooperação e os ODM, pelos Pontos Focais de Cooperação que coordenam e sistematizam as políticas de cooperação e sua operacionalidade. Para a implementação do PIC, a CPLP dispõe de um Fundo Especial, cuja utilização está dependente da aprovação, por parte dos Pontos Focais, dos projectos submetidos para financiamento. O IPAD é o ponto focal de Portugal para as questões da cooperação. 14
15 ODM e a CPLP A intervenção de Portugal no seio da CPLP, visa a prossecução dos ODM e constitui uma complementaridade à sua actuação vertente bilateral. As áreas de cooperação são identificadas a partir das necessidades partilhadas pelos Estados membros, nas Estratégias Nacionais de Redução da Pobreza e programas sectoriais relevantes. E são ainda identificadas complementaridades potenciais relativamente aos outros doadores (Bilaterais, Sul-Sul ou no quadro PIR-PALOP) 15
16 ODM e a CPLP / Desafios (i) Reforçar a capacidade de programação, gestão e implementação e monitorização do SE CPLP; (ii) Evitar uma excessiva fragmentação da cooperação que poderá decorrer de tomadas de decisão das reuniões ministeriais sectoriais; (iii) Aumentar a articulação e complementaridade entre as Cooperações Bilaterais e Multilateral ; (iv) Dinamizar o papel de PT na promoção das parcerias entre a CPLP e organizações internacionais, com o intuito de promover a prossecução dos ODM nos EM da CPLP; 16
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