Capítulo 5 BALANÇO E CONTA DE RESULTADOS
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- Benedito Palma Coelho
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1 Capítulo 5 BALANÇO E CONTA DE RESULTADOS
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3 Capítulo 5 - Balanço e Conta de Resultados 1. Balanço e Contas A situação económica e financeira do Banco de Cabo Verde, referente a 31 de Dezembro de 2007, encontra-se espelhada nos quadros Balanço e Demonstração de Resultados, preparados em conformidade com o plano de contas em vigor na instituição e critérios definidos na sua Lei Orgânica. As principais políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras relativas ao exercício em análise, são os seguintes: a) Especialização de exercícios O Banco segue o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas de demonstrações financeiras, nomeadamente no que se refere aos juros de operações activas e passivas, que são registados à medida em que são incorridos, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. b) Operações em Moeda Estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram valorizados ao câmbio médio do último dia útil do mês. Os custos e proveitos em moeda estrangeira foram, por sua vez, valorizados à taxa de câmbio em vigor à data da liquidação da operação. De acordo com o n.º 2 do artigo 57.º da Lei Orgânica, os ganhos e prejuízos cambiais não realizados, resultantes de quaisquer alterações na avaliação do activo e do passivo do Banco em ouro, moeda estrangeira ou direitos de saque, em decorrência de alterações verificadas na taxa de câmbio do escudo ou de qualquer mudança de valor, ou de taxa de câmbio de tais activos relativamente ao escudo, serão afectos a uma conta de reavaliação de reservas, no balanço. No final do exercício, o saldo líquido registado na conta de reavaliação, se devedor, é reconhecido em resultados como perdas cambiais. Caso seja apurado um saldo credor, o mesmo fica diferido em balanço na conta de reavaliação. Em 31 de Dezembro de 2007 foram reconhecidas menos valias não realizadas no valor de milhares de escudos. c) Títulos e Participações Financeiras As obrigações e outros títulos de rendimento fixo são registados ao custo Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de
4 de aquisição, sendo os juros corridos apurados com base no valor nominal e na taxa de juro aplicável no período. Ao custo de aquisição são ajustados os valores referentes aos prémios ou descontos, sendo estes reconhecidos no resultado. Por sua vez, as acções e outros títulos de rendimento variável são registados ao custo de aquisição, sendo constituídas provisões para ajustar o valor das participações, ao seu valor esperado de realização. Os títulos nacionais de rendimento fixo e variável são registados ao custo de aquisição que, por sua vez, coincide com o valor nominal. Os juros corridos são apurados com base no valor nominal e na taxa de juro aplicável no período. As participações financeiras em moeda nacional encontram-se registadas pelo critério de custo de aquisição, deduzidas das provisões julgadas adequadas. d) Imobilizações Corpóreas, Incorpóreas e em Curso O imobilizado corpóreo e incorpóreo encontra-se contabilizado pelo custo de aquisição ou de reavaliação, deduzido das respectivas amortizações acumuladas, as quais são calculadas em base anual, segundo o método das quotas constantes. O imobilizado em curso encontra-se registado pelo valor dos custos totais facturados ao Banco e transferido para o imobilizado firme aquando da sua efectiva utilização, iniciando-se, então, a sua amortização. e) Notas e moedas em circulação O valor das notas e moedas em circulação resulta da diferença entre os saldos das notas e moedas emitidas e as existências em caixa no Banco de Cabo Verde e as em trânsito. As notas e moedas retiradas de circulação, enquanto responsabilidade do Banco perante os detentores das mesmas, são contabilizadas numa conta de exigibilidades diversas, até que sejam atingidos os respectivos prazos de prescrição. Os custos inerentes à produção de notas e moedas são amortizados de modo escalonado pelo período de vida útil estimado das mesmas. f) Provisões De acordo com a Lei Orgânica, o Banco pode constituir ou reforçar provisões destinadas à cobertura do crédito mal parado, de riscos de depreciação de valores activos, contribuições para a reforma e fundo de pensões e para quaisquer ocorrências de outras eventualidades. As provisões destinadas a cobrir desvalorizações de activos identificados são apresentadas no balanço a deduzir ao respectivo valor contabilístico desses activos. As restantes provisões, definidas em função dos critérios de prudência de gestão e do grau de volatilidade dos principais activos do Banco, são apresentadas no passivo. 128 Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de 2007
5 g) Reservas O Banco deverá constituir uma reserva geral, segundo a Lei Orgânica, à qual afectará, no fim de cada exercício financeiro, um quarto do resultado líquido, quando a reserva geral não exceder o capital mínimo realizado, ou um sexto do resultado líquido, quando a reserva geral exceder o capital mínimo e não exceder quatro vezes o capital realizado. Caso o Banco incorra em prejuízo em qualquer exercício financeiro, o mesmo deve ser imputado a reserva geral e, se esta for inadequada para cobrir o montante total do prejuízo, o saldo do prejuízo deverá ser levado para a conta de resultados transitados, a qual deverá ser coberta pelo Governo, num prazo máximo de 60 dias, através da entrega de fundos, títulos negociáveis datados, e nos termos, condições e câmbios determinados pelo mercado, de montante ou montantes necessários para corrigir o défice. Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de
6 Quadro 48 Situação Patrimonial do Banco de Cabo Verde em milhares escudos Activo 2007 Passivo + Situação Líquida 2007 Reservas Cambiais Notas e Moedas em circulação Disponibilidades e outras aplicações Responsabilidades para com o exterior Crédito a não residentes 0 Títulos estrangeiros Responsabilidades para com o exterior ME Fundo Monetário Internacional 0 Direitos de saque especiais Depósitos e outras responsabilidades 0 Participação em organismos internacionais Empréstimos e outros créditos Outros activos sobre o exterior 298 Atrib. direitos de saque especiais 0 Crédito Interno Crédito às instituições financeiras 0 Responsabilidade para com outros organismos internacionais Responsabilidade para com o exterior MN Crédito ao Estado Responsabilidade para com outros Crédito a outros residentes organismos internacionais Títulos Nacionais Medalhística e Numismática Responsabilidades para com residentes Responsabilidades para com residentes ME Responsabilidades para com Inst. Financeiras Imobilizado Responsabilidades para com Estado Devedores e outros activos Contas de regularização Responsabilidades para com outros residentes 0 Responsabilidades para com residentes MN Responsabilidades para com Inst. Financeiras Responsabilidades para com Estado Responsabilidades para com outros residentes 0 Exigibilidades diversas Contas de Regularização Provisões Reservas Capital Resultados transitados 0 Lucros do exercício Total Activo Total Passivo + Situação Líquida A análise seguinte reporta-se ao período de 2007 e os valores dos agregados patrimoniais encontram-se expressos em escudos cabo-verdianos Análise do Balanço A estrutura patrimonial do Banco de Cabo Verde apresenta, em 31 de Dezembro de 2007, um activo líquido de milhares de escudos, evidenciando uma taxa de crescimento de 21,91% em relação ao ano transacto. 130 Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de 2007
7 Quadro 49 Activo em milhares de CVE em milhares de CVE Variação Tx. Cresc em % Disponibilidades e outras aplicações ,5 Crédito a não residentes Outros activos sobre exterior ,2 Títulos estrangeiros ,9 Direitos de saque especiais ,2 Participação em organismos internacionais ,3 Crédito às Instituições Financeiras ,0 Crédito ao Estado ,5 Crédito a outros residentes ,2 Títulos nacionais ,0 Medalhística e Numismática ,8 Imobilizado ,4 Devedores e outros activos ,0 Contas de regularização ,6 Total Activo ,9 O passivo, expurgado o efeito do valor do Cabo Verde Trust Fund, e a situação líquida ascendem a milhares de escudos e milhares de escudos, respectivamente. Passivo Quadro 50 Passivo + Situação Líquida em milhares de CVE em milhares de CVE Variação Notas e Moedas em circulação ,7 Depósitos e outras responsabilidades para com exterior ME Tx. Cresc. em % Empréstimos e outros créditos exterior ME ,2 Responsabilidades para outros organismos internacionais ME ,6 Atrib. direitos de saque esp Responsabilidades para outros organismos internacionais MN ,1 Responsabilidades para com Instituições Financeiras ME ,5 Responsabilidades para com Instituições Financeiras MN ,0 Responsabilidades para com Estado ME ,0 Responsabilidades para com Estado MN ,8 Exigibilidades diversas ,6 Contas de Regularização ,3 Situação Líquida Capital ,0 Reservas ,8 Provisões ,5 Resultados transitados Lucros do exercício ,8 Total Passivo + Situação Líquida ,7 Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de
8 Considerando os movimentos verificados nas principais rubricas do balanço no período, realçam-se os seguintes desenvolvimentos: Do lado do Activo O activo líquido apresenta no exercício de 2007 um acréscimo de 21,9% relativamente ao período anterior, traduzindo basicamente o comportamento das reservas cambiais, que representam cerca de 72,4% da estrutura do referido agregado. As reservas cambiais acusam no período um aumento de 33,25%, reflectindo, sobretudo, o aumento de 40,5% de disponibilidades e outras aplicações, representativas dos valores disponíveis em moeda estrangeira no exterior. Esta evolução traduz a alteração da posição cambial decorrente, por um lado, de influxos externos provenientes de desembolsos de parceiros estratégicos de desenvolvimento e de organismos financeiros internacionais, no quadro da consolidação e implementação de projectos de investimento e da ajuda orçamental e, por outro, da compra de divisas às instituições de crédito, no âmbito da execução da política monetária. Repercutem ainda os pagamentos correntes ao exterior, bem como o efeito da depreciação nominal do dólar americano no mercado internacional (em 31 de Dezembro de 2007, o câmbio médio de fim de período do USD situa-se em 75,051 escudos face aos 83,705 escudos de 2006). Representando acordos de pagamentos bilaterais assinados com o Governo de Cuba em USD, os Créditos a não Residentes encontram-se provisionados a 100%. A rubrica de Outros Activos s/exterior representa depósitos à ordem no exterior em nome do Banco de Cabo Verde, pertencentes ao International Support for Cabo Verde Stabilization Trust Fund, no valor de 298 milhares de escudos, equivalentes a 3.971,9 USD. A variação assinalada no período deve-se exclusivamente à actualização cambial. Os títulos estrangeiros reflectem investimentos em carteira de títulos de negociação, no valor de milhares de escudos, geridos pelo Banco Central do Luxemburgo, no âmbito do contrato de gestão assinado com aquela instituição. Esta medida, a par do regime cambial de peg fixo unilateral com o PTE e, por essa via, com o euro, visa sobretudo atenuar o impacto negativo da depreciação nominal do USD face ao CVE, traduzido numa gestão assente na diversificação e recomposição da carteira de investimento em euro, protegendo-se assim dos riscos de taxas de câmbio. Apresentam um acréscimo de 23,87%, o qual se deve ao reforço da carteira. As disponibilidades do Banco junto do Fundo Monetário Internacional registam o saldo de milhares de escudos, equivalente a DTS. No período, geraram juros activos no valor de DTS, correspondentes a 127 milhares de escudos, enquanto que as comissões suportadas sobre a atribuição cumulativa atingem DTS , correspondente a milhares de escudos. 132 Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de 2007
9 No período, verificou-se a amortização da primeira prestação do empréstimo obtido junto do FMI em 2002, no âmbito do programa de Poverty Reduction and Growth Facility PRGF, no valor de DTS ( milhares de escudos) e foram suportados juros no montante de DTS , equivalentes a milhares de escudos. As Participações em Organismos Internacionais, avaliadas ao custo de aquisição, referem-se a participações financeiras efectuadas pelo Banco, em representação do Estado, junto de organismos internacionais. O saldo desta rubrica, de milhares de escudos, refere-se a uma participação financeira subscrita pelo Banco de Cabo Verde junto do Afreximbank, no valor nominal de USD Face ao ano de 2006, verifica-se nesta rubrica uma variação negativa de 10,3%, que deriva da depreciação nominal do dólar. A rubrica Empréstimos às Instituições Financeiras reflecte, basicamente, o repasse da linha de crédito à indústria, transferida no âmbito do protocolo de separação do Banco Comercial do Atlântico, a qual, no período, espelha uma variação negativa de 100,00%, em resultado da liquidação total do empréstimo concedido. O financiamento ao Estado acusa um saldo de milhares de escudos, o que representa, essencialmente, créditos concedidos ao Estado de Cabo Verde para participação em organismos internacionais. No exercício, esta subrubrica assinala um decréscimo de 6,49%, em resultado do reajustamento da dívida do Estado junto do Fundo Monetário Internacional (FMI). Os Créditos a Outros Residentes integram, para além dos créditos a funcionários, os créditos de natureza comercial que, por força do protocolo de separação do Banco transformação de activos e passivos para o BCA, ficaram no Banco de Cabo Verde. Apresentam um saldo de milhares de escudos, reflectindo um decréscimo de 4,2% face ao ano transacto. Os Títulos Nacionais, que contemplam as participações financeiras do Banco de Cabo Verde em entidades nacionais (SOCAPESCA e SISP), líquidas de provisões, as subscrições de Títulos da Dívida Pública (OT s) e os Títulos Consolidados de Mobilização Financeira (TCMF s) mantiveram-se no período em análise com um saldo de milhares de escudos. A rubrica Medalhística e Numismática agrega espécies de moedas correntes e comemorativas em metal nobre ouro e prata e notas devidamente tratadas, para comércio no mercado de coleccionadores. No período em análise, apresenta um saldo de milhares de escudos, o que traduz um acréscimo de cerca de 6,8%, quando comparado com o ano de O Imobilizado contempla bens e valores que, por estarem afectos à actividade do Banco, são de carácter permanente. No valor de milhares de escudos, o imobilizado líquido apresenta um acréscimo de 2,4% face a 2006, reflectindo aquisições de bens do imobilizado. Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de
10 O Imobilizado apresenta a seguinte desagregação: Quadro 51 Imobilizado 2007 em milhares de escudos Activo Amortizações Activo Líquido Imobilizado incorpóreo Imobilizado corpóreo Imovéis Imóveis ao serviço próprio Grandes reparações Outros imóveis Equipamento Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outros equipamentos Património artístico Outros imobilizados córporeos 0 0 Imobilizado em curso Total A rubrica Devedores e Outros Activos, que reflecte os empréstimos resultantes de operações não vinculadas à actividade normal do Banco e compreende o protocolo de financiamento com o IFH, assinado antes da separação do Banco, bem como o suprimento concedido à SISP, acusa um decréscimo de cerca de 25%, em resultado, sobretudo, de amortização das prestações pelas referidas entidades. As Contas de Regularização integram diversas operações internas (especializações) e outras transitórias que, por motivos vários, não podem ser enquadradas de imediato nas respectivas contas. Apresentam um acréscimo de 9,6%. Esta rubrica decompõe-se nos seguintes itens: Em milhares de escudos Proveitos a receber Despesas com custo diferido Outras contas de regularização activa A sub-rubrica Proveitos a receber compreende, basicamente, os acréscimos, no exercício, dos juros de remuneração dos títulos nacionais de rendimento variável e dos estrangeiros, das aplicações em depósito no exterior, bem como do crédito concedido às instituições financeiras e às outras entidades 134 Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de 2007
11 residentes. Integra ainda o montante equivalente a 5% do rendimento líquido anual dos recursos do Trust Fund, a que o Banco de Cabo Verde tem direito nos termos da Lei n.º 69/V/98. As despesas com custos diferidos reflectem as despesas realizadas a serem imputadas ao custo de períodos seguintes, em conformidade com o princípio contabilístico dos acréscimos e diferimentos Do lado do Passivo No período, o passivo do BCV evidencia um acréscimo de 22,03% face ao ano anterior, traduzindo, particularmente, a evolução das responsabilidades com residentes. Por componente, o passivo apresenta a seguinte decomposição: - A rubrica Notas e Moedas em Circulação, que representa os valores emitidos, deduzidos das notas e moedas existentes na tesouraria do Banco, acusa um acréscimo de 8,7%; - Representando passivos com Organismos Financeiros Internacionais em moeda estrangeira e moeda nacional, as Responsabilidades para com o Exterior acusam um decréscimo de 7,2%, relativamente a Englobam, em moeda estrangeira: Os Empréstimos e Outros Créditos, que representam o crédito concedido pelo Fundo Monetário Internacional no âmbito do Programa de Redução da Pobreza e Crescimento (PRGF), correspondente a milhares de DTS. Registaram um decréscimo de 7,2% face a 2006, reflectindo o efeito da amortização da primeira prestação do empréstimo obtido. A Atribuição cumulativa FMI ME, que traduz as responsabilidades para com o FMI, decorrentes da atribuição de Direitos de Saque Especiais, no valor de 620 milhares de DTS. A variação negativa de 5,8%, em relação a 2006, deve-se exclusivamente à actualização cambial, tendo o USD como moeda de referência. As Outras responsabilidades p/ com Organismos Internacionais, respeitantes a três quintos da participação do Banco de Cabo Verde no Afreximbank, por realizar, no montante de USD 600 milhares. Registaram uma variação de 10,3%, explicada pela actualização cambial. - As Responsabilidades para com o Exterior, moeda nacional, que, por sua vez, agregam as Responsabilidades para com Organismos Internacionais MN e retratam os depósitos à ordem em MN de Organismos Internacionais junto do Banco. O decréscimo de 7,1% registado é explicado pelo reajustamento de haveres nas contas do FMI, no valor de milhares de escudos; - Representando as Responsabilidades em moeda estrangeira para com Instituições Financeiras no país e para com o Sector Público, a rubrica Res- Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de
12 ponsabilidades para com Residentes-ME, que acusa uma variação negativa de 12,7%, em resultado dos decréscimos registados pelas respectivas sub-rubricas; - Representando passivos para com Instituições Financeiras e para com o Estado, em moeda nacional, as Responsabilidades para com Residentes, que acusam um acréscimo de 34,9%, relativamente a 2006; - As Responsabilidades para com Residentes, em moeda nacional, que englobam: As Responsabilidades para com Instituições Financeiras, que apresentam uma taxa de crescimento de 23% face a 2006, traduzindo, basicamente, os depósitos das Instituições de Crédito, decorrentes da constituição das Disponibilidades Mínimas de Caixa e depósitos overnight enquadrados no âmbito da Política Monetária em vigor, bem como os depósitos de Instituições Financeiras n/bancárias, designadamente, SISP, Agências de Câmbio e Bolsa de Valores de Cabo Verde. A rubrica Responsabilidades para com o Estado, que integra contas de liquidação do Tesouro respeitante a projectos de investimento financiados por parceiros de desenvolvimento de Cabo Verde, que atingiu os milhares de escudos. - A rubrica Exigibilidades Diversas, que integra, essencialmente, o saldo de notas retiradas da circulação, cuja responsabilidade do Banco perante os detentores permanece até à prescrição do prazo estipulado na sua Lei Orgânica, e o saldo referente ao Fundo de Garantia Automóvel, destinado a suportar as despesas com sinistrados, não cobertas pelo Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil, e que é comparticipado pelas seguradoras em 2% dos prémios arrecadados pelo sector. Apresenta a seguinte composição: Em milhares de escudos Notas retiradas da circulação Fundo Garantia Automóvel Abono para falhas 60 - As Contas de Regularização, que compreendem diversas operações de regularização internas (especialização) e outras transitórias que, por motivos vários, não são enquadradas, de imediato, nas respectivas contas. Esta rubrica apresenta um decréscimo de 27,8% e integra entre outros, os seguintes itens: Em milhares de escudos Custos a pagar Outras contas de regularização Receitas com proveito diferido Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de 2007
13 Da Situação Líquida A situação líquida do Banco de Cabo Verde, em 31 de Dezembro de 2007, ascende a milhares de escudos, evidenciando um acréscimo de 15,51% face a A situação líquida do BCV apresenta a seguinte desagregação: - O Capital Social do Banco de Cabo Verde, de acordo com o artigo 4.º da sua Lei Orgânica, é de milhares de escudos; - Constituídas por incorporação de resultados de exercícios positivos, apurados e não distribuídos nos termos da Lei Orgânica do BCV, em finais de 2007, as Reservas do Banco ascendiam a milhares de escudos, traduzindo um acréscimo de 32,8% face a 2006; - As Provisões criadas para fazer face a riscos de natureza diversa e encargos, nomeadamente, riscos gerais de crédito, pensões de reforma e sobrevivência e tratamento do pessoal no exterior, entre outros, registam um acréscimo de 6,5%; - O Resultado do Exercício do Banco de Cabo Verde, em 2007, ascende a milhares de escudos positivos, representando um aumento de 7,8% em relação ao atingido em Análise da Demonstração de Resultados do Exercício O resultado apurado no final do exercício de 2007 alcançou os milhares de escudos, milhões de escudos acima dos atingidos em 2006, repercutindo a evolução dos proveitos e ganhos, superiores aos custos e perdas. Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de
14 Quadro 52 Demonstração de Resultados do Exercício em escudos Custos e Perdas 2007 Proveitos e Ganhos 2007 Juros e Custos Equiparados Juros e Proveitos Equiparados Juros de responsabilidade para com exterior De operações com exterior Juros de responsabilidade para com residentes De financiamento às Inst. Financeiras do País De financiamento ao Estado 0 Comissões e Outros Custos Bancários De títulos nacionais Prejuízos em Operações Financeiras De outros juros Prejuízos em operações cambiais Rendimentos de títulos Prejuízos em outras operações financeiras Prejuízos em operações de futuros financeiros Comissão e outros proveitos e lucros Gastos Gerais Administrativos Custos com pessoal Lucros em operações financeiras Remunerações Lucros em operações cambiais 134 Encargos sociais Lucros em outros operações financeiras Outros custos com pessoal Lucros em operações de futuros financeiros Fornecimento e serviços de terceiros Fornecimento de terceiros Serviços de terceiros Custos com Emissão e Amortização de Notas Outros Custos e Prejuízos Amortizações do Exercício Reposição de provisões 0 Provisões do Exercício 0 Total de Custos Total de Proveitos Perdas Extraordinárias Ganhos extraordinários Total Custos Perdas Total Proveitos e Ganhos Resultado do Exercício Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de 2007
15 O quadro Síntese Comparativa de Resultados permite avaliar a evolução das principais componentes da Demonstração de Resultados do Exercício, nos anos de 2007 e Proveitos e ganhos Quadro 53 Síntese Comparativa de Resultados Designação Dezembro 06 Dezembro 07 em escudos em escudos Variação Tx de Cresc em % Proveitos de exploração Juros e proveitos equiparados Lucros em operações financeiras Comissões e outras proveitos e lucros Reposição de provisões Rendimentos de títulos Ganhos extraordinários Total de proveitos e ganhos Custos e Perdas Custos de exploração Juros e custos equiparados Comissões e outros custos bancários Prejuízos em operações financeiras Gastos gerais e administrativos Custos com pessoal Remunerações Encargos sociais Outros custos com pessoal Fornecimento e serviços de terceiros Fornecimento de terceiros Serviços de terceiros Custos com emissão e amortização notas Outros custos e prejuízos Amortizações do exercício Provisões do exercício Perdas extraordinárias Total de custos e perdas Resultado de exploração Resultado do exercício Os Proveitos e Ganhos atingiram o montante de milhares de escudos, traduzindo-se num acréscimo de 31%, que se explica pelos seguintes desenvolvimentos: - Os Juros e Proveitos Equiparados totalizam milhares de escudos, acusando um acréscimo de 49,5% relativamente a igual período de 2006, repercutindo, particularmente, os juros de operações com o exterior dependentes da evolução favorável das taxas de juro no mercado financeiro internacional e do aumento do nível de reservas cambiais, não obstante o decréscimo de 18,11% registado pelos juros de operações com residentes; - Os Rendimentos de Títulos referem-se aos rendimentos de Títulos Con- Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de
16 solidados de Mobilização Financeira, derivados da conversão de Obrigações do Tesouro (Nova Série) em carteira e de aquisição junto de instituições financeiras, cuja taxa de remuneração encontra-se indexada ao resultado líquido apurado do Trust Fund, na afectação de 90% daquele resultado, e totalizam milhares de escudos no período em análise, o que representa um acréscimo de 5% relativamente a igual período de 2006; - Os Lucros em Operações Financeiras ascendem a milhares de escudos, em resultado dos lucros obtidos em outras operações financeiras e em operações de futuros financeiros, no valor de e milhares de escudos, respectivamente. Reflectem, ainda, os lucros em operações cambiais que, no período, apresentam uma redução significativa face a 2006, resultado do efeito da depreciação nominal do dólar americano no mercado internacional; - As Comissões e Outros Proveitos e Lucros atingem os milhares de escudos, o que traduz os 5% do rendimento líquido do Trust Fund de 2007, no quadro do International Support for Cabo Verde Stabilization Trust Fund, a que o Banco tem direito, no valor estimado de milhares de escudos, as receitas provenientes da actividade de supervisão de instituições financeiras, no montante de milhares de escudos, bem como o valor de milhares de escudos relativo aos subsídios do Governo no âmbito do Projecto Crescimento e Competitividade. Os custos e perdas, no montante de milhares de escudos, apresentam um acréscimo de 34% em relação a 2006, reflectindo a evolução dos gastos gerais administrativos (que representam 46,83% dos custos totais), do prejuízo em operações financeiras, dos juros e custos equiparados, bem como dos custos com a emissão e destruição de notas. Os gastos gerais administrativos ascendem a milhares de escudos, 13% acima do montante alcançado em 2006, retratando, basicamente, a evolução dos custos com pessoal e dos fornecimentos e serviços de terceiros. Os custos com pessoal, no valor de milhares de escudos, representando 75,4% dos gastos gerais e 35,29% dos custos totais, conhecem um incremento de 5% relativamente ao período homólogo. Esta evolução traduz, em larga medida, as remunerações pagas aos órgãos de gestão e fiscalização e aos empregados, no valor de milhares de escudos, os encargos sociais, no montante de milhares de escudos, bem como outros custos com pessoal, no valor de milhares de escudos. Os encargos sociais representam 51,33% dos custos com pessoal e englobam os encargos sociais ordinários e facultativos/extraordinários, nos montantes de e milhares de escudos, respectivamente, afectos, nos termos das normas vigentes na instituição, à comparticipação para fundos de pensões de reforma e de sobrevivência, bem como encargos com assistência médica e medicamentosa, no valor de milhares de escudos. Os encargos facultativos/extraordinários correspondem a 1,5 do valor das pensões pagas no exercício, enquanto que os relativos à assistência médica e 140 Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de 2007
17 medicamentosa retratam a comparticipação da instituição para com os serviços clínicos contratados no País, para aquisição de medicamentos e para o reforço do fundo para tratamento de pessoal no exterior, cujo montante atinge milhares de escudos. Integram, ainda, outros encargos sociais, no valor de milhares de escudos, e abarcam abonos de família aos empregados do quadro de pessoal do Banco, no valor de milhares de escudos, os subsídios de funeral, no montante de 387 milhares de escudos, e os custos com seguro de acidentes de trabalho, de 286 milhares de escudos. Cabe ainda salientar que outros custos com pessoal abarcam os custos com formação e valorização do pessoal, no montante de milhares de escudos, com a gestão do Fundo Social, no valor de milhares de escudos, e outros custos relativos ao pessoal, no valor de milhares de escudos, relacionados com a melhoria das condições de salubridade dos locais de trabalho. Por sua vez, os fornecimentos e serviços de terceiros crescem na ordem de 50,56% e retratam os custos suportados com as despesas correntes e com a consultoria e assistência técnica enquadradas no âmbito dos projectos de convergência do Banco e do Sistema Bancário para as Normas Internacionais de Relato Financeiro, do Sector Segurador, do Desenvolvimento do Sistema Financeiro, da Gestão Electrónica de Documentos, bem como da Elaboração do Plano Previsional de Gestão de Recursos Humanos, entre outros. É de notar, ainda, que a rubrica prejuízo em operações financeiras atinge os milhares de escudos, reflexo dos prejuízos em operações cambiais decorrentes da depreciação nominal do USD, no valor de milhares de escudos, sendo milhares de escudos relativos à efectivação de operações cambiais e milhares de escudos afectos às menos valias cambiais, não realizadas, em conformidade com o art.º 57.º b) da Lei Orgânica do BCV. Reflecte, ainda, os prejuízos em aplicações em títulos estrangeiros, no montante de milhares de escudos, relacionados com os prémios pagos, entretanto compensados pelos juros auferidos, bem como o montante de milhares de escudos, afecto às operações em futuros financeiros. Os juros e custos equiparados, no montante de milhares de escudos, evidenciam um aumento significativo face a 2006, reflectindo os juros suportados com as operações passivas de política monetária, de milhares de escudos, e com as facilidades permanentes de absorção de liquidez, de milhares de escudos, no combate à liquidez excedentária no sistema, bem como os juros pagos ao Millennium Challenge Corporation sobre os fundos do Millenium Challenge Account, no montante de milhares de escudos. Entretanto, os custos com emissão e destruição de notas e moedas ascendem a milhares de escudos, traduzindo o custo com a amortização das notas de 5.000$ e 2.000$, o reforço das notas de 1.000$ e 500$ (emissão de 1989/92), o reforço da cunhagem de moedas (emissão de 1994), o reforço das notas de 200$ (emissão de 2004) e a emissão de uma nova família de moeda de 200$. Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de
18 Em 31 de Dezembro de 2007, o resultado extraordinário atinge os milhares de escudos positivos, repercutindo os ganhos provenientes da recuperação de créditos em situação irregular (capital e juros), no valor de milhares de escudos. 142 Banco de Cabo Verde / Relatório Anual de 2007
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