CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS

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1 ARTS. 359-A a 359-H lei /2000. Esse capítulo foi introduzido no Código Penal pela Antes da edição dessa lei, essas condutas tidas como atentatórias das finanças públicas eram punidas com base no art. 315 do CP (emprego irregular de verba pública) ou em legislação extravagante (DL 201/67 crimes praticados por prefeitos e vereadores). Os tipos penais que até o ano de 2000 puniam essas condutas não conseguiam abranger todas as situações que causavam gravames às verbas públicas. Outras situações eram punidas como crimes de peculato ou falsidade ideológica. A lei /01 passou a tutelar as finanças públicas, tipificando algumas condutas que eram as mais freqüentes de forma especializada, criando um capítulo IV ao último título do Código Penal. Portanto, os bens jurídicos protegidos em todas essas figuras são as finanças públicas. NOTA: Deve-se tomar cuidado com as decisões judiciais proferidas antes de 2000 a respeito de destinação irregular de verbas públicas. Esse novo capítulo tipificou condutas novas, bem como especializou certas condutas previstas no DL 201/67, que trata dos crimes praticados por prefeitos e vereadores. O sujeito ativo de todos os crimes tipificados nesse novo capítulo do Código Penal é especial, qualificado, qual seja, o funcionário público que tenha como atribuição a destinação de verbas públicas. É absolutamente indispensável que o sujeito ativo de todas os crimes pratique uma das ações típicas descritas com disponibilidade sobre as finanças, as quais serão o objeto material do crime. Se o sujeito ativo não tiver disponibilidade sobre a verba apesar de delas se apropriar ou desviá-las, a hipótese, a 1

2 princípio, será a de peculato ou de um outro crime qualquer, até mesmo um crime de particular. O sujeito ativo pode até ser um particular, mas desde que, por força de alguma convenção ou lei, passe a ter disponibilidade jurídica sobre o destino de verbas públicas. Não se deve confundir, entretanto, essa menção à característica especial do sujeito ativo, porque além dos próprios detentores de mandato eletivo do Poder Executivo (que em regra são os responsáveis pela destinação das verbas), qualquer outro funcionário que exerça alguma espécie de administração de verba em razão de sua função poderá ser sujeito ativo desses crimes, inclusive o Presidente do Tribunal de Justiça. 359-H. A lei tipifica oito condutas diversas 359-A até ART. 359-A CONTRATAÇÃO DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO O r d e n a r, a u t o r i z a r o u r e a l i z a r o p e r a ç ã o d e c r é d i t o, i n t e r n o o u e x t e r n o, s e m p r é v i a a u t o r i z a ç ã o l e g i s l a t i v a : P e n a r e c l u s ã o, d e 1 ( u m ) a 2 ( d o i s ) a n o s. P a r á g r a f o ú n i c o. I n c i d e n a m e s m a p e n a q u e m o r d e n a, a u t o r i z a o u r e a l i z a o p e r a ç ã o d e c r é d i t o, i n t e r n o o u e x t e r n o : I c o m i n o b s e r v â n c i a d e l i m i t e, c o n d i ç ã o o u m o n t a n t e e s t a b e l e c i d o e m l e i o u e m r e s o l u ç ã o d o S e n a d o F e d e r a l ; II q u a n d o o m o n t a n t e d a d í v i d a c o n s o l i d a d a u l t r a p a s s a o l i m i t e m á x i m o a u t o r i z a d o p o r l e i. O art. 359-A é um tipo que traz como condição sine qua non uma ausência de previsão na lei orçamentária anual. Trata-se de norma penal em branco. Deve haver o confronto entre a conduta e a lei orçamentária para se caracterizar a tipicidade. Ex. Governador, baseado em um parecer dado por um órgão técnico da estrutura burocrática do governo, autoriza a operação de crédito no exercício financeiro seguinte, o que não estava autorizado pela lei orçamentária. A hipótese será de ERRO DE TIPO, pois o governador atuou com uma falsa representação da realidade sobre a existência da prévia autorização 2

3 legislativa. Isto porque a prévia autorização legislativa integra o tipo penal sendo elemento deste, daí porque caracterizado o erro sobre uma elementar do tipo penal. Consequentemente, essa situação deságua em uma atipicidade da conduta, pois não prevista a forma culposa. O sujeito que emitiu o parecer, se agiu com dolo, responderá pelo crime, sendo hipótese de autoria mediata, em que o detentor do cargo, no caso o governador, foi o instrumento atuando em erro de tipo. Mas se o parecer derivou de falha, não estará caracterizada qualquer conduta típica. O complemento da norma sempre se dará por lei formal, sendo por isso norma penal em branco homogênea, a exceção do inciso I, em que o complemento pode se dar por resolução do Senado Federal (norma penal em branco heterogênea). Ultrapassada a discussão quanto à constitucionalidade da norma penal em branco heterogênea - que não respeitaria o princípio da legalidade - o erro sobre o complemento da norma sempre caracterizará erro de tipo e excluirá o dolo. OBSERVAÇÃO: O erro sobre o elemento objetivo do tipo penal configura ERRO DE TIPO, excluindo o DOLO. OBSERVAÇÃO: Modalidades de autoria mediata. Autoria mediata com instrumento em erro de tipo. Autoria mediata com instrumento em erro de proibição. Autoria mediata com instrumento inimputável. Autoria mediata com o instrumento atuando em coação irresistível. realizar. As ações típicas são ordenar, autorizar ou Ordena aquele que determina que outrem realize a operação de crédito. Autoriza aquele que é solicitado por outrem a viabilizar a realização da operação de crédito. É, contudo, na terceira modalidade que o próprio sujeito ativo com disponibilidade jurídica realiza ou dá ensejo à realização da operação de crédito desautorizada. Se o sujeito pratica uma dessas ações com a finalidade de incrementar seu patrimônio a hipótese será de absorção, pelo peculato desvio, do crime contra as finanças públicas. Este crime será meio para o atingimento do crime de peculato-desvio. 3

4 Eventualmente, poderá estar caracterizado o crime contra o sistema financeiro nacional previsto no art. 5º da Lei 7492/86, ou outra conduta enquadrada na referida lei, se a operação de crédito tiver sido realizada através de uma instituição financeira pública como a Caixa Econômica Federal, crimes esses que absorverão o crime do art. 359-A. Pode ser, entretanto, que uma lei autorize a ordenação da despesa, notadamente para o exercício seguinte. A lei existe, mas o sujeito ordena em desacordo com a lei, extrapolando seus limites. Haverá, assim, de acordo com o parágrafo único uma equiparação da conduta do caput com as condutas dos incisos I e II. Deve-se observar que em todos os crimes desse capítulo, ao contrário do que ocorreu com o Dec. 201/67, o legislador não estabeleceu a pena acessória além da privativa de liberdade, qual seja, a pena de inabilitação para o exercício do cargo. No Dec. 201/67 essa pena está explicitamente estabelecida. Contudo, tal pena também pode ser aplicada aos crimes previstos nesse capítulo por força do disposto no art. 92, I, alíneas a e b, do Código Penal. A r t S ã o t a m b é m e f e i t o s d a c o n d e n a ç ã o : I a p e r d a d e c a r g o, f u n ç ã o p ú b l i c a o u m a n d a t o e l e t i v o : a) q u a n d o a p l i c a d a p e n a p r i v a t i v a d e l i b e r d a d e p o r t e m p o i g u a l o u s u p e r i o r a 1 ( u m ) a n o, n o s c r i m e s p r a t i c a d o s c o m a b u s o d e p o d e r o u v i o l a ç ã o p a r a c o m a A d m i n i s t r a ç ã o P ú b l i c a ; d e d e v e r b) q u a n d o f o r a p l i c a d a p e n a p r i v a t i v a d e l i b e r d a d e p o r t e m p o s u p e r i o r a 4 ( q u a t r o ) a n o s n o s d e m a i s c a s o s. II Não havia necessidade, portanto, de se explicitar, nas penas previstas para os crimes desse artigo, a pena acessória de perda do cargo, tal qual feito no Dec. 201/67, uma vez que a Parte Geral do Código Penal já prevê esse tipo de penalidade. Deve ser observado, contudo, que os efeitos de que trata o art. 92 do CP, ao contrário dos efeitos previstos no art. 91 que são automáticos - NÃO SÃO AUTOMÁTICOS, daí porque o juiz deve fundamentar o motivo pelo qual está decretando a perda do mandato ou cargo, caso contrário, não poderá ser aplicado esse efeito extrapenal decorrente da condenação. 4

5 Nesse sentido, é possível imaginar casos em que, malgrado exista a condenação, o juiz não vislumbre a necessidade de decretação da perda do mandato eletivo, notadamente nas hipóteses envolvendo valores pequenos, ou nos casos em que a prática da conduta tenha sido influenciada por falta de informação ou baixo grau de escolaridade do agente. Nesses casos, nem sempre será necessária a imposição da pena prevista no art. 92 do CP. As condutas previstas nesse capítulo não são por si só fraudulentas. Não há a elementar FRAUDE, mas sim um desrespeito à lei, à coisa pública, sem que, entretanto, haja a finalidade de incrementar o patrimônio do agente. Como o tipo do art. 359-A possui uma elementar objetiva de ausência de autorização legislativa, essa situação acaba por compor o tipo objetivo do crime, daí porque o dolo do agente deve englobar o conhecimento de que não há autorização da lei para a realização da operação de crédito. Se o sujeito autoriza uma despesa que supõe ser autorizada mas não o é, a hipótese será de erro de tipo, o que exclui o dolo, não podendo ser processado pelo crime na medida em que não se pune a modalidade culposa. Autorizar ou ordenar constituem condutas que caracterizam o CRIME FORMAL. O crime estará consumado tendo ou não sido efetivada a operação de crédito. Se essa vier a ser efetivamente realizada, a hipótese será de exaurimento de conduta. Já na modalidade ativa realizar, o crime será MATERIAL, consequentemente o momento consumativo ocorrerá quando da efetiva realização da operação de crédito. Se a operação não se concretizar apesar de já iniciado o ato executório, a hipótese será de TENTATIVA. ART. 359-B INSCRIÇÃO DE DESPESAS NÃO EMPENHADAS EM RESTOS A PAGAR O r d e n a r o u a u t o r i z a r a i n s c r i ç ã o e m r e s t o s a p a g a r, d e d e s p e s a q u e n ã o t e n h a s i d o p r e v i a m e n t e e m p e n h a d a o u q u e e x c e d a l i m i t e e s t a b e l e c i d o e m l e i : P e n a d e t e n ç ã o, d e 6 ( s e i s ) m e s e s a 2 ( d o i s ) a n o s. O termo empenhada remonta à nota de empenho, que é o mecanismo de pagamento de despesas utilizado pela Administração 5

6 Pública. Essa nota de empenho compromete a verba pública que fica então vinculada ao pagamento da despesa descrita na nota de empenho. Justamente por isso, essa nota de empenho acaba por funcionar como mecanismo de controle dos gastos públicos, daí porque quando o sujeito ordena ou autoriza que determinada dívida restos a pagar seja contraída pelo Estado, malgrado a verba com se faria o pagamento não esteja empenhada, ou seja, anteriormente comprometida, a hipótese será do crime em questão, pois se estará fugindo do controle do gasto público. Assim, tanto o ordenar quanto o autorizar configuram espécie de CRIME FORMAL, pois o simples ato de autorização ou ordenamento da despesa que exceda o limite estabelecido na lei ou que não tenha sido objeto de uma nota de empenho duas, portanto, são as formas de prática do crime a consumação do crime ocorrerá com o ordenamento ou a autorização independentemente da dívida realmente ter sido paga pela Administração Pública. Quando efetivamente acontece o resultado, ou seja, a Administração Pública realiza o pagamento, ficará configurado um dano ao patrimônio público o que, entretanto, para esse tipo penal, representa exaurimento da conduta. Contudo, pode ser que esse pagamento que ocasionou o dano à Administração encontre tipicidade em outra norma penal, por vezes, o crime de peculato, ou o crime de dano, ou crime da Lei O bem jurídico tutelado nesses tipos penais é sempre mesmo, ou seja, o controle dos gastas das verbas públicas. ART. 359-C ASSUNÇÃO DE OBRIGAÇÃO NO ÚLTIMO ANO DE MANDATO OU LEGISLATURA O r d e n a r o u a u t o r i z a r a a s s u n ç ã o d e o b r i g a ç ã o, n o s 2 ( d o i s ) ú l t i m o s q u a d r i m e s t r e s d o ú l t i m o a n o d e m a n d a t o o u l e g i s l a t u r a, c u j a d e s p e s a n ã o p o s s a s e r p a g a n o m e s m o e x e r c í c i o f i n a n c e i r o o u, c a s o r e s t e p a r c e l a a s e r p a g a n o e x e r c í c i o s e g u i n t e, q u e n ã o t e n h a c o n t r a p a r t i d a s u f i c i e n t e d e d i s p o n i b i l i d a d e d e c a i x a : P e n a r e c l u s ã o, d e 1 ( u m ) a 4 ( q u a t r o ) a n o s. 6

7 O legislador foi explícito no que toca ao sujeito ativo: PESSOA QUE DISPONHA DE MANDATO ELETIVO, seja no plano do Poder Legislativo, seja no plano da Administração Pública. O tipo se divide em duas partes: 1) ordenar... até exercício financeiro e; a 2) ou caso... até caixa. Os núcleos verbais são ordenar e autorizar e configuram espécie de CRIME FORMAL, com a consumação no momento do ordenamento ou da autorização. Contudo, essas ações típicas têm que ser realizadas, sob pena de atipicidade da conduta, com a atenção ao elemento temporal do tipo, ou seja, têm que ser realizadas no último ano do mandato e dentro dos dois últimos quadrimestres. Essas expressões constituem elemento temporal, que compõe o tipo penal objetivo. Não se trata de ordenamento de despesa que será paga no último quadrimestre ou no último ano. É o ato de ordenar ou autorizar que deve ser realizado dentro desse período. Se o agente autorizou ou ordenou a despesa antes desse período, a hipótese será de atipicidade. Ou seja, o elemento temporal está vinculado ao momento em que acontecem as ações típicas que são o ordenar ou autorizar a despesa. A pessoa que pagar a despesa não praticará qualquer ato ilícito. Somente é penalmente responsabilizado aquele que ordena ou autoriza a despesa pública. Além do elemento temporal ainda há o elemento normativo do tipo que é o fato de a despesa não puder ser paga no mesmo exercício financeiro. É o caso do detentor de mandato que compromete a verba de seu sucessor. Essa conduta atinge as promessas assumidas pelo sucessor durante sua campanha eleitoral, comprometendo, inclusive, o Estado Democrático. Malgrado exista o elemento normativo a verba não possa ser paga no mesmo exercício financeiro essa impossibilidade de pagamento no mesmo exercício pode derivar de: não autorização legislativa ou a ausência de recurso em caixa, com o comprometimento do orçamento seguinte. As ações típicas prescindem do resultado, portanto, trata-se de crime FORMAL. O sujeito ativo é qualificado CRIME PRÓPRIO. 7

8 Na parte final do tipo, há a hipótese de ordenação de despesa cujo o pagamento é iniciado no mesmo exercício financeiro (conduta atípica), mas com o comprometimento do exercício seguinte, pois restarão parcelas a serem pagas por seu sucessor. Tal conduta é típica e será punida nos termos do art. 359-C. Mesmos nessa hipótese o crime continuará a ser FORMAL, porque as parcelas seguintes não serão pagas pois não haverá autorização para tanto. A contratação de dívida para o futuro baseada numa projeção de suprimento de caixa - por exemplo, recolhimento de tributos configura atipicidade da conduta mesmo que seja frustado o recebimento das verbas, porque o dolo do sujeito deve abranger o conhecimento de que não haverá possibilidade de disponibilidade de caixa. A grande maioria dos atos de ordenação de despesas é originária de procedimentos que são ultimados por assessores (ministros, secretários). Nessa hipótese, é claro que o detentor de mandato que, baseado em uma informação fidedigna, autoriza a despesa, não poderá ser considerado sujeito ativo desse crime por absoluta ausência de dolo. A hipótese será de, eventualmente, se imputar a conduta a esse assessor se este agiu com dolo, sendo caso de autoria mediata, com o instrumento (detentor do mandato) autuando em erro de tipo. ART. 359-D ORDENAÇÃO DE DESPESA NÃO AUTORIZADA O r d e n a r d e s p e s a n ã o a u t o r i z a d a p o r l e i : P e n a r e c l u s ã o, d e 1 ( u m ) a 4 ( q u a t r o ) a n o s. O simples ato de ordenar a despesa não autorizada em lei é TÍPICO. O crime é formal, portanto o momento consumativo ocorrerá com o simples ato de ordenação da despesa, sem necessidade de produção de qualquer outro resultado ou mesmo sem que haja necessidade de sequer ser efetivada a despesa. Trata-se, também, de norma penal em branco, homogênea, porque o complemento é dado por lei em sentido estrito. 8

9 O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa desde que tenha atribuição para ordenar despesas. Se o particular falsificar a assinatura de quem tem poder para o ordenamento da despesa a hipótese será de estelionato. ART. 359-E PROTEÇÃO DE GARANTIA GRACIOSA P r e s t a r g a r a n t i a e m o p e r a ç ã o d e c r é d i t o s e m q u e t e n h a s i d o c o n s t i t u í d a c o n t r a g a r a n t i a e m v a l o r i g u a l o u s u p e r i o r a o v a l o r d a g a r a n t i a p r e s t a d a, n a f o r m a d a l e i : P e n a d e t e n ç ã o, d e 3 ( t r ê s ) m e s e s a 1 ( u m ) a n o. Esse artigo destoa do lugar comum desses crimes, pois nos demais tipos penais os núcleos verbais sempre são ordenar, realizar ou autorizar. Como o bem jurídico tratado são as finanças públicas, essas garantias, apesar de não especificadas pelo legislador, podem ser enquadradas diretamente nos termos do conceito direto de finanças públicas ou também qualquer outro bem que venha a afetar, ainda que indiretamente, a finança pública. O que é necessário é que, mesmo que prestada de forma direta ou indireta, a garantia deve comprometer a finança pública. Assim, se o administrador dá em garantia bem particular seu não haverá crime algum. Quando o Estado garante alguma operação de crédito, necessariamente por força de lei, ele deve exigir uma contragarantia. A interveniência do Estado em operação de crédito serve para dar um caráter de credibilidade à operação. Essa credibilidade se faz com uma garantia, ou seja, o Estado pagará a dívida caso o devedor principal assim não faça. Mas é óbvio que, para isso, deve o Estado adotar medidas de contra-cautela, garantindo as finanças públicas para, no caso de ser instado a adimplir a obrigação de outrem, ele receba algo em troca. Quando o agente garante uma operação de crédito de terceiro, geralmente particular, com base em verba pública, não o faz por liberalidade, mas sim porque o Estado tem interesse na operação. Contudo, é necessário que, para tanto, o Estado se resguarde através de uma contragarantia. 9

10 Se, entretanto, o agente determinar a prestação da garantia pelo Estado, comprometendo verba pública, sem exigir a contragarantia, estará aperfeiçoado o crime. O crime é FORMAL, porque vai se aperfeiçoar com a simples prestação da garantia sem a contragarantia, independentemente de Estado vir ou não a ser chamado para adimplir a obrigação do devedor principal. Se o Estado vir a ser chamado a adimplir a obrigação nesses termos e não obtiver o devido ressarcimento, a hipótese será de crime de dano contra a Administração Pública. Verifica-se, assim, que as hipóteses tratadas nesse novo capítulo são hipóteses de crimes de PERIGO contra as finanças públicas. Não se reclama o efetivo comprometimento da finança pública, ou seja, a ocorrência de dano. De qualquer forma, exige-se que o dolo do sujeito englobe o conhecimento da lei referida no tipo. A falsa percepção quanto à situação tratada no complemento da norma penal em branco configurará erro de tipo. O erro quanto ao conteúdo da lei que complementa o tipo constitui ERRO DE TIPO. O erro quanto ao desconhecimento da existência da lei mencionada no tipo pode constituir ERRO DE PROIBIÇÃO. ART. 359-F NÃO CANCELAMENTO DE RESTOS A PAGAR D e i x a r d e o r d e n a r, d e a u t o r i z a r o u d e p r o m o v e r o c a n c e l a m e n t o d o m o n t a n t e d e r e s t o s a p a g a r i n s c r i t o e m v a l o r s u p e r i o r a o p e r m i t i d o e m l e i : P e n a d e t e n ç ão, d e 6 ( s e i s ) m e s e s a 2 ( d o i s ) a n o s. Cria-se, nesse caso, um dever de garantia para com o sujeito ativo. Sempre que acontecer a hipótese desse tipo penal, estará previamente caracterizada a ação típica prevista no art B. Ou seja, para que fique caracterizado esse crime, é necessário que alguém tenha previamente praticado o crime do art. 359-B inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar 10

11 desde que a situação tenha sido dentro de um contexto de ilicitude. Contudo, se a despesa for legítima é obrigação do Administrador promover o seu pagamento, sob pena de configuração de enriquecimento ilícito da Administração, daí porque não estará caracterizado o crime previsto neste artigo. Assim, quando se cogita no art. 359-F é porque alguém, além de praticar o crime do art. 359-B, o fez dentro de uma situação de ilicitude, surgindo daí uma obrigação para aquele que sucedeu o agente do crime do art. 359-B de promover o cancelamento do pagamento desautorizado para o exercício seguinte. Se não o fizer, estará cometendo a conduta prevista no art. 359-F. Deve-se atentar, ainda, que mesmo que a ação típica descrita no art. 359-B tenha sido praticada por CULPA (o que não é punido pela norma penal) haverá a obrigatoriedade de o sujeito promover o cancelamento da despesa, sob pena de configurar o crime do art. 359-F. Trata-se de CRIME OMISSIVO. Quando o agente podendo agir, determinando o cancelamento, não o faz, há o crime de MERA CONDUTA, por ser omissivo próprio, não havendo possibilidade de tentativa. Como todo crime omissivo próprio doloso, o tipo do crime compreende a real possibilidade de atuar. Por isso é óbvio que se o sujeito não cancelar o pagamento porque não o podia fazer, não estará caracterizado o crime em virtude da ausência de dolo. ART. 359-G AUMENTO DE DESPESA TOTAL COM PESSOAL NO ÚLTIMO ANO DO MANDATO OU LEGISTRATURA O r d e n a r, a u t o r i z a r o u e x e c u t a r a t o q u e a c a r r e t e a u m e n t o d e d e s p e s a t o t a l c o m p e s s o a l, n o s ( c e n t o e o i t e n t a ) d i a s a n t e r i o r e s a o f i n a l d o m a n d a t o o u d a l e g i s l a t u r a : P e n a r e c l u s ão, d e 1 ( um) a 4 ( q u a t r o ) a n o s. De forma idêntica à prevista no art. 359-C, o sujeito ativo será a pessoa que ostente mandato. Há três condutas típicas: ordenar, autorizar ou executar, estando o crime consumado no momento de realização dessas 11

12 condutas. O ato que autoriza, ordena ou executa deve ter a potencialidade de acarretar aumento da despesas total, mas essa despesa não precisa ser custeada formalmente. Trata-se, portanto, de CRIME FORMAL. Essa despesa é despesa especializada no tipo penal, ou seja, deve ser relativa a pagamento de pessoal de acordo com a lei (salários, subsídios, vencimentos, gratificações). Não há necessidade que a verba seja destinada unicamente a funcionário público, pois pode ser que pessoas regidas pela CLT trabalhem para a Administração Pública e recebam verbas públicas. Nesse caso, a despesa não deixará de ser de pessoal, estando caracterizado o crime. Note-se que o crime existirá mesmo que por meio de uma ação popular seja inviabilizado o pagamento. O que se exige é uma potencialidade desse ato executado, ordenado ou autorizado vir a acarretar aumento da despesa com pessoal. As três ações típicas, para que sejam assim consideradas, devem ser realizadas dentro do elemento temporal descrito no tipo, ou seja, dentro dos 180 dias anteriores ao termo final do mandato. A determinação de pagamento deve ocorrer dentro desse período. O mandato mencionado no tipo não é só o mandato derivado de eleição. Pode ser o mandato de um Presidente de Tribunal, de um Procurador Geral de Justiça. Se houver uma autorização legal já prevendo que o pagamento de despesa de pessoal deva ocorrer em época que coincida com os 180 dias descritos no tipo, a hipótese será atípica, porque haverá um cumprimento da lei pelo agente. ART. 359-H OFERTA PÚBLICA OU COLOCAÇÃO DE TÍTULOS NO MERCADO O r d e n a r, a u t o r i z a r o u p r o m o v e r a o f e r t a p ú b l i c a o u a c o l o c a ç ã o n o m e r c a d o f i n a n c e i r o d e t í t u l o s d a d í v i d a p ú b l i c a s e m q u e t e n h a m s i d o c r i a d o s p o r l e i o u s e m q u e e s t e j a m r e g i s t r a d o s e m s i s t e m a c e n t r a l i z a d o d e l i q u i d a ç ã o e d e c u s t ó d i a : P e n a r e c l u s ão, d e 1 ( um) a 4 ( q u a t r o ) a n o s. 12

13 São três os núcleos verbas: autorizar, ordenar ou promover, sendo objeto material do crime os títulos da dívida pública. Esses títulos da dívida pública constituem os principais ativos de circulação no mercado financeiro e devem ter registro em um órgão de registro do Banco Central SETIP. Devem, ainda, ser criados em lei porque serão posteriormente resgatados quando findo seu prazo de resgate. Enquanto não houver o término do prazo, o título circulará no mercado financeiro. Se esse título não tiver sido criado por lei ou não tenha sido registrado no órgão competente, estará caracterizado o crime, que tem por momento consumativo a colocação ou oferecimento desses títulos no mercado. Se o sujeito autorizar a colocação dos títulos no mercado, mas isso não vem a ocorrer por circunstância alheia à sua vontade, a hipótese será de tentativa. O crime é MATERIAL. Os dois resultados naturalísticos devem ocorrer sob pena de tentativa, se a ação típica já tiver sido iniciada. A conduta típica pode gerar uma instabilidade no mercado financeiro e, ainda, compromete a própria credibilidade do título de dívida pública. Eventualmente, pode ser constatado o concurso formal desse tipo penal com algum dos previstos na Lei 7492/86 crimes de colarinho branco. Esse crime destoa dos demais previstos nesse capítulo por ser crime material enquanto os outros são formais. 13

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