AMOSTRAGEM DO SOLO PARA AVALIAÇÃO DE SUA FERTILIDADE
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- Daniel Brunelli Domingos
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1 AMOSTRAGEM DO SOLO PARA AVALIAÇÃO DE SUA FERTILIDADE
2 Amostragem do solo Envio ao laboratório Preparo da amostra Confirmação dos procedimentos Recomendação adubação/calagem Interpretação dos resultados Análise química
3 1. IMPORTÂNCIA DA AMOSTRAGEM - Primeira e principal etapa da avaliação - O laboratório não corrige erros de amostragem - Amostragem inadequada resulta em análise inexata Dificuldades: a) O solo é um corpo heterogêneo, apresentando variações nas propriedades físicas e químicas tanto no sentido horizontal quanto no vertical; b) Há grande discrepância entre a quantidade de terra da amostra e a quantidade que ela representa no campo.
4 Suponha uma área homogênea de 10 ha. Qual o volume de solo nessa área a uma profundidade de 20 cm ou 0,2 m? 1 ha m 2 10 ha m 2 Volume = m 2 x 0,2m = m 3 = dm 3 Qual a massa de solo nessa área a uma profundidade de 20 cm ou 0,2 m? Densidade de um solo de textura média = 1,25 kg dm -3 Massa = Volume x densidade Massa = x 1,25 = kg
5 Portanto, 10 ha contém em média kg de solo Em geral, envia-se ao laboratório cerca de 0,5 kg de solo Portanto, a amostra representa uma quantidade de terra aproximadamente 50 milhões de vezes maior! Se levarmos em conta que o laboratório utiliza apenas 10 cm 3 de solo para proceder cada determinação química, a desproporção torna-se ainda maior: 10 cm 3 /20 x 10 6 dm 3 = 10 cm 3 /20 x 10 9 cm 3 = 1cm 3 /2 x 10 9 cm 3 Portanto, a relação é de 1:2 bilhões!!!!
6 2. SELEÇÃO DA ÁREA - Área homogênea - Subdividir a propriedade em subáreas Vegetação Topografia Histórico da área (adubação, culturas, corretivos) Idade das culturas (se for perene)
7
8 Uso Subárea (ha) Pastagem natural 15 a 20 Terreno plano com culturas anuais 2 a 7 Terreno erodido com culturas anuais 1 a 2 Terreno irrigado com culturas anuais 0,5 a 1 Pomar 0,5 a 1 Hortaliças irrigadas 0,5 a 1 - Não se recomenda subáreas com mais de 20 ha
9 ERRO (%) 3. AMOSTRAS SIMPLES E AMOSTRAS COMPOSTAS a) Amostra simples ou subamostra: é aquela obtida em um determinado ponto do terreno. b) Amostra composta: é aquela obtida pela reunião de várias amostras simples ou subamostras coletadas em diferentes pontos de uma gleba uniforme O erro diminui à medida que aumenta o número de amostras simples: NÚMERO DE PONTOS (n) 30
10 - O número de amostras simples deve ser de 20 a 30 por subárea - Quanto mais heterogênea a área mais próximo de 30.
11 - Para culturas perenes amostrar na projeção da copa
12 Amostragem em culturas perenes Amostragem na projeção da copa Região adubada (faixa lateral contínua) Amostragem em profundidade única: 0-20 cm Amostragem em duas profundidades: 0-20 cm e cm
13 4. PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM * Regra geral: considerar a profundidade de exploração das raízes da cultura * Culturas anuais: 0-20 cm (0-20 cm e cm na 1ª. vez) * Culturas perenes (exceto pastagens): 0-20 cm e cm * Espécies florestais: 0-30 cm e cm -Amostragem em profundidade visa obter informações sobre: Barreira química (Al 3+ ) Acúmulo de nutrientes móveis (NO 3-, SO 4-2, K + ) Descobrir possíveis camadas compactadas
14 Profundidade (m) Distribuição do sistema radicular da cana-de-açúcar no solo 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 Raízes superficiais Raízes de sustentação 2,5 3,0 Raizes-cordão 3,5 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 Distância do centro da touceira (m)
15 - Amostragem em sistema de plantio direto Amostrar na camada de 0-5 cm e na camada de 5 a 20 cm
16 5. MATERIAL DE COLETA
17 6. ÉPOCA DE AMOSTRAGEM Culturas anuais: 2 a 3 meses antes do plantio Culturas perenes: logo após a colheita Pastagens estabelecidas: 2 a 3 meses antes do início das chuvas (adubação) Não amostrar logo após uma chuva ou quando o terreno está muito seco
18 7. PROCESSAMENTO E ENCAMINHAMENTO DAS AMOSTRA 1- Reunir as amostras simples em recipientes limpos 2- Destorroar e homogeneizar bem as amostras 3- Retirar a amostra composta (cerca de 0,5 kg) 4- Colocar as amostras em sacos plásticos (dois sacos) 5- Identificar as amostras 6- Encaminhar para o laboratório
19 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA DE SOLO Nome do proprietário... Propriedade Endereço CEP... Município... Estado... Nº da amostra... Adubação anterior?... kg/ha de... Cultura anterior... Cultura atual... Cultura a ser implantada...
20 8. FREQUÊNCIA DE AMOSTRAGEM - Culturas anuais: em geral a cada 3 anos - Áreas com rotação de culturas: amostragem anual - Culturas perenes com altas doses de nutriente: anual
21 Análise completa para fins de fertilidade ph Ca Mg Na N P K H + Al Al Matéria orgânica Mn Zn Fe Cu Análise textural (teores de areia, silte e argila)
22 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Laboratório de Solos e Nutrição de Plantas -LSNP Campus de Pombal - Sítio Bulandeira - CEP: Pombal (PB) Tel: (83) ANÁLISE DO SOLO PARA FINS DE FERTILIDADE Cliente: Am ison de Santana Silva Nº do Protocolo: 066 Local de Coleta: Horta didática da UFERSA Cultura a ser implantada: Rúcula Data de Entrada: 30/08/2010 Município/UF: Mossoró-RN Data de Saída: 03/09/2010 Análise Química Ref. Lab. ph P K + Ca +2 Mg +2 Na + Al 3+ H + + Al 3+ CaCl 2 mg dm cmol c dm ,14 3,60 0,42 4,85 2,60 0,81 0,00 0,00 Ref Lab. SB T V m PST M.O Zn Fe Mn Cu B S ---cmol c dm % g kg mg dm ,68 8, ,00 9,33 20, P, K, Na: extrator Mehlich 1; Al, Ca, Mg: extrator KCl 1,0 mol L -1 ; SB=Ca +2 +Mg +2 +K + +Na + ; H + Al: Extrator Acetato de Cálcio 0,5 mol L -1, ph 7,0; CTC=SB+H + +Al +3 ; M.O.: Digestão Úmida Walkley-Black; PST= Percentagem de Sódio Trocável
23 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Laboratório de Solos e Nutrição de Plantas -LSNP Campus de Pombal - Sítio Bulandeira - CEP: Pombal (PB) Tel: (83) ANÁLISE DO SOLO PARA FINS DE FERTILIDADE Cliente: Amison de Santana Silva Nº do Protocolo: 066 Local de Coleta: Horta didática da UFERSA Cultura a ser implantada: Rúcula Data de Entrada: 30/08/2010 Município/UF: Mossoró-RN Data de Saída: 03/09/2010 Análise Física Ref. Lab. Areia Silte Argila Densidade aparente Densidade real Porosidade total Classe Textural g kg g cm -3 g cm -3 m 3 m ,42 2,42 42,15 Franco Arenoso Granulométrica: pelo decímetro de Boyoucos, Densidade aparente: método da proveta de 100 ml; Densidade real: método do balão.
24 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS - Consultar um Agrônomo - Consultar de tabelas
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