Universidade Paulista UNIP Medicina Veterinária Técnica Cirúrgica São José dos Campos, 05 de março de Síntese. Ana Grabner
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1 Universidade Paulista UNIP Medicina Veterinária Técnica Cirúrgica São José dos Campos, 05 de março de 2013 Síntese
2 Síntese Conjunto de manobras instrumentais, destinadas a reconstruir os tecidos (assim como a sua forma e função) que foram separados acidentalmente ou cirurgicamente. A aproximação dos tecidos é mantida até a total cicatrização.
3 Síntese Condições para boa síntese Boa assepsia Bordas regulares Hemostasia adequada Tensão suficiente Boa vitalidade tecidual Instrumental adequado (agulha e fio) Abolição do espaço morto Acúmulo de sangue e líquidos inflamatórios
4 Síntese Objetivos da sutura Proximidade dos bordos Estabilidade das estruturas Manutenção de planos anatômicos Permitir a reparação tecidual
5 Síntese Falhas na sutura Tensão demasiada Contaminação Não justaposição das camadas Material inadequado
6 Síntese Instrumental utilizado Porta-agulha Mayo-Hegar Olsen-Hegar Mathieu Agulha cirúrgica Traumática Atraumática
7 Síntese Mayo-Hegar Olsen-Hegar Mathieu
8 Síntese
9 Síntese
10 Síntese Fios agulhados
11 Fios de sutura Resistência à tensão Não corrosível Não capilar Não alergênico Nós seguros Baixo custo Fácil manipulação Fácil visualização Mínima reação tecidual Fio ideal!!!
12 Fios de sutura Capilaridade: Capacidade do fio de sutura em reter líquidos e sujidades O fio deve ter baixa capilaridade Fios multifilamentares: maior capilaridade (ex: algodão) Fios monofilamentares: baixa capilaridade (ex: nylon)
13 Capilaridade Fios de sutura Maior capilaridade Maior reação tecidual Maior rejeição pelo organismo Fístula de pontos
14 Fios de sutura Classificação Quanto a absorção Absorvíveis Não absorvíveis Quanto a origem Orgânicos (naturais) Inorgânicos (sintéticos) Numeração maior calibre menor calibre
15 Fios absorvíveis orgânicos Categute Composto do colágeno do intestino de rum. Multifilamentar Não autoclavável Nós pouco seguros Alta capilaridade Inflamação (reação tecidual) Classificação Simples Cromado (menor reação tecidual) Absorção Depende de fagocitose, exposição à pepsina e tecidos inflamados 33% em 7 dias 68% em 28 dias Cromado possui maior tempo de absorção
16 Fios absorvíveis orgânicos Categute
17 Fios absorvíveis inorgânicos Ácido Poliglicólico PGA (Dexon ) Multifilamentar Mais resistente que o Categute Não intumesce quando molhado Nós pouco seguros Secciona facilmente tecidos friáveis Menor reação tecidual Absorção: Por hidrólise 33% em 7 dias 80% em 14 dias Total em 120 dias
18 Fios absorvíveis inorgânicos Poliglactina 910 (Vicryl ) Multifilamentar Maior resistência que o PGA em tecidos contaminados Menor reação tecidual que o PGA Maior segurança nos nós Absorção Por hidrólise 80% em 21 dias (mais resistente que o PGA)
19 Fios absorvíveis inorgânicos Poliglicaprone 25 (Monocryl e Caprofyl ) Monofilamentar Mínima reação tecidual Nós muito seguros Absorção: Por hidrólise 50% em 7 dias 80% em 14 dias Total em 120 dias Indicado para tecidos de rápida cicatrização!
20 Fios absorvíveis inorgânicos Polidioxanona (PDS ) Monofilamentar Elevada resistência Mínima reação tecidual Boa segurança nos nós Absorção: Por hidrólise 42% em 28 dias 86% em 56 dias Total em 6 meses Atualmente considerado o melhor fio de sutura.
21 Fios não absorvíveis orgânicos Seda Multifilamentar (alta capilaridade) Imerso em óleo, cera ou silicone Fácil manipulação Nós pouco seguros Não indicado em vísceras ocas Em desuso Algodão Multifilamentar Alta capilaridade Rejeição tecidual Potencializa infecção Baixo custo Pode ser autoclavado Perde 50% da resistência em 6 meses Em desuso
22 Fios não absorvíveis inorgânicos Nylon Monofilamentar Alta resistência à tensão Perde 100% da resistência em 6 meses Mínima reação tecidual Baixo custo Desvantagens: Memória Dificulta a manipulação Pouca segurança nos nós (exige 4 seminós) Grande volume dos nós
23 Fios não absorvíveis inorgânicos Polipropileno Monofilamento Resistência inferior ao nylon Fácil manipulação Mínima reação tecidual Menor capacidade trombogênica Indicação: cirurgia cardíaca Poliéster (Ethibond ) Elevada reação tecidual (capilar) Baixa segurança nos nós Elevada resistência Indicação: ortopedia
24 Fios não absorvíveis inorgânicos Aço Inoxidável Mono ou multifilamentar Inerte biologicamente Não capilar Autoclavável Útil em feridas contaminadas Ortopedia Desvantagens Corta tecidos Quebra-se facilmente
25 Suturas
26 Normas para a execução de suturas Observar a distância regular e segura de entrada e saída da agulha em relação às bordas da ferida Distribuir os pontos com espaçamento uniforme Evitar a confecção de nós sobre a linha de cicatrização Cortar o fio a uma distância segura dos nós Escolher adequadamente o fio de sutura (considerar o órgão, material e calibre do fio) Tração apenas o suficiente para uma adequada aproximação das bordas da ferida, evitando isquemia e deiscência.
27 Classificação das suturas Quanto à extensão Separadas Mais seguras em relação as suturas contínuas (caso um ponto seja rompido, os remanescentes manterão a aproximação das bordas da ferida) Desvantagem: execução mais lenta, maior número de nós e maior processo inflamatório Contínuas Suturas que apresentam apenas dois nós (início e final), apresentam maior rapidez de execução, menor processo inflamatório Desvantagem: a ruptura do fio acarreta deiscência de toda a sutura
28 Classificação das suturas Quanto à posição das bordas Aposição: permite que as bordas do tecido fiquem em justaposição. Processo cicatricial rápido. Invaginante: as bordas ficam direcionadas para dentro da luz do órgão (vísceras ocas). Evaginante: as bordas do tecido ficam direcionadas para fora. Processo cicatricial mais lento.
29 Classificação das suturas Quanto à permanência no organismo Temporárias: após a cicatrização, os pontos são retirados da pele (mínimo 7 dias) Permanentes: após a cicatrização, os pontos ficam no organismo, seja no tecido subcutâneo, na musculatura ou em vísceras. OBS: posteriormente, estas suturas podem ou não ser absorvidas!
30 Suturas separadas
31 Sutura simples separada Indicação: pele, músculo, paredes de órgãos, etc
32 Sutura separada em U (ou Wolf) Fio não passa sobre as bordas da ferida(pouca interferência na cicatrização) Rápida execução (a cada dois pontos um nó) Utilização na pele
33 Sutura de Wolf captonada Normal Captonada
34 Sutura em X (ou Sultan) Sutura de tensão Pele e musculatura Laparorrafia em equinos
35 Colchoeiro vertical (ou Donati) Indicado quando há muita pressão interna da cavidade abdominal (timpanismo em ruminantes)
36 Colchoeiro de Mayo (jaquetão) Promove imbricação ou sobreposição das bordas da ferida Larga faixa de aderência e melhor cicatrização Fechamento do anel herniário umbilical em grandes animais
37 Grampos cirúrgicos Empregados para grandes animais
38 Suturas contínuas
39 Sutura simples contínua Indicação para subcutâneo, eventualmente
40 Sutura festonada (ou Ford) Mais resistente que a sutura simples contínua Indicação para fascia muscular
41 Colchoeiro Aproximação da pele sem que o fio passe sobre as bordas da sutura
42 Sutura de Schimieden Sutura inicial de órgão oco Boa coaptação das bordas da ferida Execução rápida Sempre seguida de sutura invaginante
43 Bolsa de fumo ou tabaco Sutura circular Fechamento de pequenos ferimentos circulares Diminuição temporária da regão anal
44 Suturas invaginantes Padrão de sutura desenvolvido para utilização em órgãos ocos. Padrão de sutura sero-muscular, onde a agulha e o fio de sutura não adentram a luz do órgão Padrão de sutura não contaminante
45 Sutura de Cushing Excelente padrão de sutura para vísceras ocas Rápida progressão Agulha paralela ao eixo maior da ferida Padrão normalmente ida e volta
46 Sutura de Lambert contínua Sutura segura Amplo contato entre as serosas Progressão lenta e trabalhosa
47 Sutura de Lambert separada Pontos aplicados perpendicularmente em relação ao eixo maior da ferida Lenta progressão
48 Chega de teoria por hoje?
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