Mercado de Capitais. Como abrir o capital da sua empresa no Brasil. Professor: Roberto César
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- Ana Sofia Gomes Cipriano
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1 Mercado de Capitais Como abrir o capital da sua empresa no Brasil Professor: Roberto César
2 IPO Uma oferta pública inicial de ações, chamada de IPO (sigla em inglês para Initial Public Offering) ou OPA (Oferta Pública de Aquisição) Oferta pública é uma operação para a venda de títulos e valores mobiliários, sejam eles ações, debêntures, e outros tipos de ativos, com intermediação de instituição financeira através de divulgação pública da oferta aos investidores, distribuição de prospecto etc. e com regulamentação regida pela CVM através da Instrução nº476.
3 Abertura de Capital O primeiro procedimento para a empresa abrir o capital é entrar com o pedido de registro de Companhia Aberta na CVM. É comum que, junto com esse pedido, as empresas solicitem à CVM a autorização para realizar venda de ações ao público. Paralelamente à entrada dos pedidos na CVM, a empresa pode solicitar a listagem na BM&FBOVESPA. Somente as empresas que obtêm esses registros podem ter suas ações negociadas na Bolsa.
4 Porque emitir ações? Recursos (ilimitados) para financiar projetos. Utilizar ações negociadas como forma de pagamento para aquisição de outras empresas. Criar um referencial de Avaliação do negócio. Incentiva a profissionalização da gestão. Ganhar projeção e reconhecimento.
5 Alguns Fatores Importantes para o sucesso na Abertura de Capital Produto ou serviço atraente, preferencialmente com vantagem competitiva e um mercado promissor. Equipe de administradores experiente e preparada. Histórico de rentabilidade. Perspectivas financeiras e de mercado favoráveis. Plano de negócios bem estruturado. Sólida estrutura de controles internos e de conformidade.
6 Fatores que influenciam na captação de Recursos
7 Vantagens da Abertura de Capital Aumento no caixa no caso de uma emissão primária. Criação de uma moeda de troca na aquisição ou incorporação de outra empresa. Aumento da visibilidade, possibilitando eventuais fusões, aquisições ou incorporações. Diversificação das fontes de financiamento (inclusive otimizando o perfil de dívida/ patrimônio) possibilitando efetuar estratégias de crescimento. Possibilidade de remuneração diferenciada da equipe através de opções de compra de ações da empresa, com o objetivo de retenção.
8 Desvantagens da Abertura de Capital Custos relevantes relacionados à abertura de capital e à manutenção de Companhia Aberta. Aumento nas despesas recorrentes e custos de compliance. Necessidade de estabelecimento de uma estrutura de Relações com Investidores. Necessidade de atendimento a normas específicas relacionadas à divulgação de informações, inclusive fatos relevantes que possam afetar a precificação da ação. Caminho sem volta: fechar o capital de uma empresa pública é difícil e custoso. Menos flexibilidade no processo decisório e pressão por desempenho. Vulnerabilidade a tentativas de oferta hostis.
9 Outras Fontes de Capital
10 Preparando-se para uma oferta O processo de abertura de capital envolve diversos agentes externos à Companhia emissora, entre eles: firmas de auditoria, escritórios de advocacia, consultores e bancos.
11 Os bancos que podem coordenar uma oferta pública inicial (IPO) A regulamentação exige que a distribuição pública seja coordenada por um intermediário financeiro devidamente credenciado- banco múltiplo, banco de investimento, corretora de valores ou distribuidora A instituição coordenadora líder (também chamada de underwriter), conjugando os interesses de todos os envolvidos, exercerá papel de coordenação dos procedimentos de registro na CVM, estruturação e timing da oferta, processo de formação de preço, plano de distribuição e organização da apresentação da operação ao mercado (roadshow).
12 Custos de Uma operação de IPO 1. Custos Legais e Institucionais. 2. Custos de Publicação, Publicidade e Marketing. 3. Custos de Intermediação Financeira. 4. Custos com Advogados e Auditores. 5. Custos Internos da empresa. 6. Custos com consultores
13 Princípios e as práticas de Governança Corporativa A BM&FBOVESPA exigem em seus diversos segmentos de listagem (Nível 1, Nível 2, Novo Mercado e BOVESPA MAIS) os requerimentos impostos pela CVM relativos a governança corporativa das empresas que planejam um IPO.
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15 1 Private equity é um tipo de atividade financeira realizada por instituições que investem essencialmente em empresas que ainda não são listadas em bolsa de valores, com o objetivo de alavancar seu desenvolvimento.
16 Regulamentação A Instrução CVM nº 480 exige que a empresa elabore o Formulário de Referência, documento que tem como propósito fornecer as informações requeridas pelo regulador para as empresas em processo de abertura de capital e registro na CVM. Após o IPO, a empresa listada continuará com a obrigação de enviar o Formulário de Referência anualmente ou período menor.
17 Algumas informações mais relevantes requeridas pela Instrução nº 480 Certificação do Presidente e do Diretor de Relações com Investidores da empresa de que revisaram o Formulário de Referência com relação à exatidão das informações. Informações sobre o auditor independente da empresa. Informações financeiras selecionadas sobre patrimônio líquido, ativos, resultados e estrutura acionária da empresa. Política de destinação de resultados. Informações sobre endividamento da empresa. Informações sobre garantias concedidas. Fatores de risco que possam afetar a decisão de investimento na empresa.
18 Informações sobre processos judiciais, administrativos e arbitrais envolvendo o emissor/a empresa e suas controladas. Informações quantitativas e qualitativas sobre riscos de mercado, incluindo política de administração de riscos. Informações sobre os principais eventos societários. Informações sobre as atividades do emissor/da empresa, incluindo produtos e serviços comercializados e informações por segmento de negócio. Informações sobre concentração de risco de crédito. Informações sobre o grupo econômico. Informações sobre ativos não circulantes relevantes para as atividades.
19 Comentários dos diretores sobre: estrutura de capital e condições financeiras e patrimoniais, capacidade de pagamento, níveis de endividamento e fontes de Financiamento e resultados (receitas e custos/despesas). Informação sobre a destinação dos recursos oriundos de oferta de títulos e valores mobiliários. Informações sobre o plano de negócios. Informações sobre a estrutura administrativa. Informações pessoais acerca dos administradores e membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal. Informações sobre remuneração dos administradores; recursos humanos; os controladores, transações com partes relacionadas. Informações sobre o capital social e valores.
20 Além dessas informações, a empresa em processo de abertura de capital deve apresentar: 1. Demonstrações financeiras auditadas dos três últimos exercícios sociais ou demonstrações financeiras auditadas da empresa desde sua constituição, caso não tenha mais de três anos de existência, conforme o Formulário DFP (Demonstrações Financeiras Padronizadas). 2. Demonstrações financeiras auditadas elaboradas especialmente para fins de registro, caso aplicável, nos casos de alterações relevantes na estrutura patrimonial e financeira do emissor.
21 Além dessas informações, a empresa em processo de abertura de capital deve apresentar: 3. Demonstrações financeiras em data posterior ao encerramento do último exercício social, preferencialmente coincidente com o encerramento do último trimestre do exercício corrente, de data-base não superior a 120 dias contados da data do pedido de registro, através do Formulário ITR (Informações Trimestrais)
22 A BM&FBOVESPA Desde 2000 foram estabelecidos quatro segmentos diferenciados de listagem de ações, com aumento gradual das exigências de Governança Corporativa, sem prejuízo das demais obrigações e direitos estabelecidos na legislação vigente. Atualmente, o Regulamento de Registro de Emissores e de Valores Mobiliários da BM&FBOVESPA determina que empresas que fazem distribuição pública de ações pela primeira vez (IPO) e se listam em bolsa devem aderir pelo menos ao Nível 1 de Governança Corporativa.
23 1 Tag along É um mecanismo de proteção a acionistas minoritários de uma companhia
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25 Processo de registro de Companhia de Capital Aberto na CVM
26 Processo de oferta pública das ações Na elaboração dos documentos exigidos no registro de Companhia Aberta e no registro de oferta pública, tanto os intermediários financeiros (underwriters) quanto os advogados têm responsabilidades junto à CVM e ao mercado de capitais pelas informações fornecidas para o mercado. Para se certificarem da consistência das informações constantes na documentação, antes do protocolo dos documentos é realizada uma Due Dilligence*. *Due diligence é uma investigação de uma empresa ou pessoa antes de assinar um contrato.
27 Processo de listagem junto à BM&FBOVESPA A empresa deve solicitar a listagem de suas ações para serem negociadas na BM&FBOVESPA. Somente as empresas com registro podem ter suas ações negociadas em bolsa. Todos os documentos protocolados junto ao regulador (CVM) devem ser protocolados na BM&FBOVESPA. Aliado a esse procedimento, na listagem de empresas para negociação de ações na BM&FBOVESPA, tendo em vista seu perfil, a empresa deve definir em qual dos segmentos especiais de Governança Corporativa irá aderir: Nível 1, Nível 2, Novo Mercado ou BOVESPA Mais. A escolha do segmento de listagem está associada ao tipo de ativo que será ofertado.
28 Cronograma de execução
29 Entrega dos documentos e análise da CVM Quando o Formulário de Referência e demais documentos da oferta forem concluídos, incluindo anexos, são entregues à CVM por meio de transmissão eletrônica de dados e impressos. Esta tem 20 dias uteis para fazer a analise
30 O período de silêncio e o período de bloqueio Visando à boa formação de mercado para os ativos da empresa, a CVM, por meio da Instrução CVM nº 400, estabeleceu o chamado período de silêncio, que se estende desde a data da realização das primeiras reuniões para o projeto da oferta até a entrega do anúncio de encerramento à CVM. Nesse período, a empresa, seus administradores, bem como os acionistas controladores e demais participantes da oferta, ficam impedidos ou limitados de divulgar informações e projeções sobre si mesmos e ainda sobre a oferta, excetuadas as informações necessárias e requeridas por lei.
31 Anúncio da oferta As empresas podem colocar anúncios da oferta em vários periódicos, incluindo a oferta e seu valor, identificando determinados membros do consórcio de subscrição e indicando onde e com quem podem ser obtidas cópias do prospecto da empresa. Esses anúncios não se destinam à venda de ações; seu principal objetivo é assessorar na identificação de compradores potenciais que estejam suficientemente interessados nos títulos ofertados.
32 Negociação e assinatura do contrato de subscrição Geralmente já existe um acordo sobre os títulos a serem vendidos, tanto com respeito ao número de ações quanto com relação ao valor. Porém, o preço final pelo qual os títulos serão oferecidos ao público, o valor exato do desconto do subscritor e o produto líquido para a empresa sob registro ainda não foram estabelecidos. A negociação e a definição desses números dependem de uma série de fatores, inclusive desempenho histórico e atual da empresa, condições atuais dos mercados de ações e indicações de interesse recebidas durante os roadshows.
33 Reunião de encerramento A data de encerramento (Closing date) - de forma geral especificada no contrato de subscrição - normalmente ocorre no período de três dias úteis após a determinação do preço da oferta. Por ocasião do encerramento, a empresa entrega os títulos registrados ao subscritor e recebe o pagamento pela emissão.
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