LITISCONSÓRCIO. Fred. Didier (aula e livro)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "LITISCONSÓRCIO. Fred. Didier (aula e livro)"

Transcrição

1 LITISCONSÓRCIO Fred. Didier (aula e livro) INTRODUÇÃO - Litisconsórcio é a pluralidade de sujeitos em um dos polos do processo (CUMULAÇÃO SUBJETIVA DE AÇÕES). - Se os litisconsortes tiverem ADVOGADOS DISTINTOS, seus prazos serão contados EM DOBRO (art. 191), regra especial que não se aplica ao prazo recursal, quando somente um dos litisconsortes houver sucumbido (súmula 641 do STF). - Litisconsórcio ativo passivo misto. - Litisconsórcio inicial superveniente ou ulterior no inicial, o processo já nasce em litisconsórcio. O ulterior se forma ao longo do processo. - 3 fatos podem gerar litisconsórcio ULTERIOR INTERVENÇÃO DE TERCEIRO, CONEXÃO e SUCESSÃO. LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO E SIMPLES - Trata-se de uma distinção do litisconsórcio a partir da relação jurídica discutida. No unitário, a decisão de mérito tem de ser a mesma para todos os litisconsortes. Os litisconsortes serão tratados de maneira uniforme. No simples, a decisão de mérito pode ser diferente, cada um dos litisconsortes é tratado como parte autônoma. Basta poder ser diferente que já torna o litisconsórcio simples. - Como identificar se é simples ou unitário? Didier tem um método, você tem que se fazer 2 perguntas, na ordem: 1) Os litisconsortes estão discutindo quantas relações jurídicas? Se a sua resposta for qualquer número maior que 1, o litisconsórcio é simples. Se a resposta for 1 relação jurídica, pode ser unitário ou simples (responder a próxima pergunta). 2) Essa única relação jurídica é divisível ou indivisível? Se a resposta for indivisível, o litisconsórcio é unitário. Se for divisível, o litisconsórcio é simples. - 6 situações típicas: 1) Litisconsórcio formado por condôminos que vão à juízo defender o condomínio UNITÁRIO. O bem é de todos, a solução tem que ser a mesma pra todos. Dica 1: no litisconsórcio unitário sempre há COLEGITIMAÇÃO. Se 2 pessoas estão discutindo a mesma relação, é porque são colegitimados. 1

2 2) MP em litisconsórcio com uma criança em ação de alimentos UNITÁRIO. Uma relação jurídica sendo discutida. Só tem um credor, não tem como dividir, é indivisível. - Dica 2: Legitimado ORDINÁRIO + EXTRAORDINÁRIO UNITÁRIO. 3) MPE e MPF em litisconsórcio numa ACP para impedir uma poluição UNITÁRIO. É impossível dividir: empresa, pare de poluir para o MPE, pode continuar poluindo para o MPF. - Dica 3: 2 legitimados EXTRAORDINÁRIOS UNITÁRIO. Outro exemplo: 2 cidadãos propondo uma ACP. 4) 5 pessoas que se afirmam titulares de conta de poupança vão a juízo pedir o reajuste de suas contas por conta dos planos econômicos SIMPLES. Quantas relações jurídicas estão sendo discutidas? No mínimo 5, porque se um sujeito tiver 10 contas de poupança, cada conta é uma relação jurídica (cada vínculo com o banco é um vínculo jurídico diferente). Mas a decisão não tem que ser a mesma pra todas? Não. Um deles pode entrar num acordo com o banco. Outro pode ter o crédito prescrito. Outro pode ter um crédito pra compensar. Há tantas relações jurídicas quantos sejam os litisconsortes. - Dica 4: todo litisconsórcio por AFINIDADE é SIMPLES. Outros exemplos: servidores que querem o mesmo reajuste, contribuintes não querem pagar determinado tributo, consumidores não querem pagar taxa de assinatura de telefonia. São relações parecidas, mas diversas. 5) Um credor propõe uma ação contra 2 devedores solidários DEPENDE. Quantas relações estão sendo discutidas? Uma. Esta única relação jurídica é divisível ou indivisível? Depende! É aí que tá a pegadinha. Ex.: obrigação de entregar dinheiro é uma obrigação divisível, mas de entregar coisa diferente de dinheiro, é indivisível. - Dica 5: o litisconsórcio que se forma em razão da solidariedade pode ser unitário ou simples, depende da divisibilidade da obrigação solidária. 6) Um terceiro entra com uma ação contra duas pessoas contratantes para anular o contrato em razão da simulação UNITÁRIO. O juiz não pode anular o contrato só pra uma pessoa. - Dica 6: se a ação é constitutiva e tem litisconsórcio, chute que é unitário. É uma dica mística. 2 colegitimados Unitário Legitimado ordinário + extraordinário Unitário 2 legitimados extraordinários Unitário Afinidade Simples Solidariedade depende da divisibilidade da obrigação REGIME DE TRATAMENTO DOS LITISCONSORTES - Condutas determinantes uma conduta é determinante quando a parte que a pratica se coloca em uma situação desfavorável. Ex: não recorrer, não contestar, confessar, renunciar, desistir. - Condutas alternativas é a conduta que a parte toma para melhorar a sua situação. Ex: recorrer, contestar, fazer prova, alegar, impugnar. - Regra 1: CONDUTA DETERMINANTE DE UM LITISCONSORTE NÃO PREJUDICA O OUTRO, NEM NO UNITÁRIO, NEM NO SIMPLES. Se o litisconsórcio é simples, a conduta determinante prejudica o litisconsorte que a praticou, mas não prejudica o outro. Se o litisconsórcio for unitário, a conduta não 2

3 prejudica nem o litisconsorte que a praticou. Por que? Se é unitário, ou todos tomam aquela conduta, ou é inócuo que apenas um tome. De nada adianta um só confessar, aquilo não vale pros outros, não vale pra ninguém porque a decisão tem que ser a mesma. - Regra 2: NO LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO, A CONDUTA ALTERNATIVA DE UM BENEFICIA O OUTRO. Se um recorre, recorre pra todo mundo. Se contesta, contesta pra todo mundo. Ex: o art. 509 amplia a eficácia subjetiva do recurso interposto por um litisconsorte para beneficiar os outros. - Regra 3: NO LITISCONSÓRCIO SIMPLES, A CONDUTA ALTERNATIVA DE UM NÃO BENEFICIA O OUTRO. Art. 48: salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros (o art. 48 é perfeito para o litisconsórcio simples, para o unitário nem tanto, porque o ato de um beneficia o outro). - Exceções: PROVA (a prova produzida por um pode ser aproveitada pelo outro) e REVELIA (a contestação de um elide as consequências da revelia do outro litisconsorte). LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO E FACULTATIVO - É necessário quando a sua formação for obrigatória (legitimação ad causam conjunta ou complexa). É facultativo quando a sua formação for opcional. O problema não é saber os conceitos, difícil é saber quando é necessário. - Art. 47: o litisconsórcio é NECESSÁRIO quando for UNITÁRIO ou por PREVISÃO LEGAL. Temos, então, 2 espécies de litisconsórcio necessário: unitário (1) e o por expressa previsão legal (2). - Se o legislador diz que basta ser unitário para ser necessário, e além disso será necessário também quando previr expressamente, o necessário por força de lei é unitário ou simples? Simples, por uma operação lógica. Se ele for unitário, o legislador não vai repetir a regra geral. Se é unitário, já é necessário. Dica importante: o litisconsórcio necessário por força de lei tende a ser um litisconsórcio simples. Todos os exemplos dados são de litisconsórcio simples. É claro que o legislador pode prever um litisconsórcio necessário expressamente sendo unitário. Ele pode cometer esse exagero, essa atecnia, mas é raro (a tal ponto que, neste momento, não convém pensar nessa possibilidade). É preciso aprender que nem todo litisconsórcio necessário é unitário, existe necessário simples (necessário por força de lei). - Pelo CPC, todo unitário é necessário, o problema é que existe litisconsórcio unitário facultativo. O unitário não é uma espécie do necessário, porque existe o unitário facultativo. MP e criança são 3

4 obrigados a ir a juízo juntos? Não. O MP pode ir sozinho, a criança pode ir sozinha e os dois podem ir juntos. Os 2 MPs em litisconsórcio, é facultativo também. Cada condômino pode demandar sozinho. - Como, então, descobrir quando o litisconsórcio é unitário e facultativo? Premissa: não existe litisconsórcio necessário ativo. Não há por 2 razões: ninguém pode estar condicionado a ir a juízo com outra pessoa e ninguém pode ser obrigado a ir a juízo. Isso seria uma ofensa ao direito de ação. Se não existe necessário ativo, todo litisconsórcio unitário ativo vai ser facultativo. Se o litisconsórcio unitário for passivo, ele é necessário? Essa é regra. Daí o exemplo 6 visto, é um exemplo de litisconsórcio unitário passivo necessário. Pode ter, excepcionalmente, um passivo unitário facultativo. É tão excepcional que não se deve levar em consideração Didier vai avisar quando aparecer um litisconsórcio unitário passivo necessário. - Trabalhar com as duas regras elementares: unitário ativo é facultativo, sem exceção; unitário passivo é necessário, como regra. Todas as combinações são possíveis, só o necessário ativo que não existe. - Assertiva do CESPE: uma ação de anulação de casamento proposta pelo MP é um litisconsórcio necessário unitário, pois marido e mulher formam um litisconsórcio necessário, e, se a sentença julgar procedente o pedido, o casamento será nulo para ambos. - O litisconsórcio formado por titulares de DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS é SIMPLES. - Assertiva correta de concurso: o MP ajuizou ação rescisória a fim de desconstituir sentença transitada em julgado, ao argumento de que teria havido colusão entre ambas as partes do processo originário no intuito de fraudar a lei. Diante disso, requereu na petição inicial a citação tanto da parte autora quanto da parte ré do processo originário. Há litisconsórcio passivo necessário unitário. - Exemplos de litisconsórcio necessário simples: ação de usucapião, ação de demarcação de terras, ação entre os cônjuges. - Nelson Nery defende a existência de litisconsórcio necessário ativo nos casos de cotitulares de direito indivisível. Ele defende que os titulares devem demandar necessariamente em litisconsórcio. A e B (cotitulares de um direito indivisível) tem de demandar contra C, contudo, se B não quiser ir, A pode ir sozinho. Ambos têm que ser litisconsortes ativos, mas se um não quiser ir, o outro pode ir sozinho. A pode ir sozinho contra C e B (aquele que seria litisconsorte ativo necessário porque não quis ir vira réu). A terá de demandar contra C e B. O sujeito que seria autor, vira réu. Didier discorda: não tem litisconsórcio necessário ativo. Não há como obrigar que 2 pessoas sejam autores do processo. Tanto não há que Nelson Nery chega a essa conclusão (A entra contra B e C, logo, o litisconsórcio é passivo, não ativo). É certo que nós temos um problema: o direito é dos 2 e só um foi a juízo. O que fazer? Dar ciência a B da existência do processo para que B tome a postura que lhe convier. Prestar atenção nisso porque o pensamento de Nelson Nery é disseminado. 4

5 COISA JULGADA E LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO UNITÁRIO - No litisconsórcio unitário (a decisão tem que ser a mesma para todos) facultativo (pode ser que nem todos estejam no processo), a coisa julgada vai atingir o possível litisconsorte unitário que não participou do processo? Há 3 correntes: 1) A coisa julgada atinge o possível litisconsorte facultativo unitário. É por isso que se defende a intimação desse possível litisconsorte, porque a coisa julgada vai atingi-lo (extensão ultra partes dos efeitos da coisa julgada). A lei não impõe essa intimação, a doutrina que defende. Concepção majoritária (adotada por Barbosa Moreira e Didier). 2) A coisa julgada não atinge o possível litisconsorte, porque ele é terceiro. É a corrente de Eduardo Talamini. Corrente minoritária: se você disser que não atinge, cada possível litisconsorte que não participou do processo poderá formular nova demanda e o réu será demandado x vezes em juízo. 3) A coisa julgada só atinge para beneficiar. Concepção de Leonardo Greco (minoritária²). NATUREZA DA SENTENÇA PROFERIDA CONTRA LITISCONSORTE NECESSÁRIO NÃO CITADO Litisconsorte necessário UNITÁRIO não citado Sentença INTEGRALMENTE NULA. Litisconsorte necessário SIMPLES não citado Sentença VÁLIDA, PARA O CITADO, E INVÁLIDA, NA PARTE QUE DIGA RESPEITO AO NÃO CITADO. INTERVENÇÃO IUSSU IUDICIS - É a intervenção de um terceiro por determinação do juiz. CPC/39 O juiz tinha o PODER GERAL de trazer ao processo o terceiro que ele reputasse que deveria fazer parte do processo. CPC/73 O legislador restringiu a intervenção iussu iudicis. O juiz só poderia determinar a vinda ao processo de LITISCONSORTE NECESSÁRIO NÃO CITADO (OU HAVERÁ EXTINÇÃO DO PROCESSO). - Art. 47, parágrafo único: o juiz ordenará ao autor que promova a CITAÇÃO DE TODOS OS LITISCONSORTES NECESSÁRIOS, dentro do prazo que assinar, sob pena de DECLARAR EXTINTO O PROCESSO. - Lembrar que o litisconsorte necessário pode ser unitário ou simples. - Súmula 631 do STF: extingue-se o processo de mandado de segurança se o impetrante não promove, no prazo assinado, a citação do litisconsorte passivo necessário. - Nos últimos 40 anos (tempo de vida do CPC), doutrina e jurisprudência começaram a perceber a necessidade de ampliar a intervenção iussu iudicis, no sentido de permitir que o juiz trouxesse ao processo outras pessoas, como uma forma de bem gerir o processo, evitando questionamentos futuros. Defende-se o ingresso de terceiro não só nos casos de litisconsórcio necessário, mas também nos casos de litisconsórcio unitário facultativo, eis que o terceiro será atingido pela coisa julgada em virtude da unitariedade da relação material. Outra hipótese em que a intervenção iussu 5

6 iudicis deveria ser cabível diz respeito à intimação do cônjuge/companheiro em demandas reais imobiliárias, no polo ativo. - Incentivar essa intervenção evita decisões contraditórias (princípio da igualdade) e prestigia a segurança jurídica, a economia processual e o direito fundamental ao contraditório. Evita que o réu se submeta a um processo cujo resultado poderá ser impugnado por um terceiro. - No processo da CPI dos Bingos (2005), o Min. Celso de Mello valeu-se expressamente da intervenção iussu iudicis para trazer ao processo os líderes dos partidos governistas. AS TRÊS FIGURAS DO LITISCONSÓRCIO - Essa designação surgiu ao tempo do CPC de As três figuras são: litisconsórcio por COMUNHÃO, por CONEXÃO e por AFINIDADE (intensidade do vínculo). Os litisconsortes se litisconsorciam ou porque há uma comunhão de interesses, ou porque eles têm interesses conexos (ligados entre si), ou interesses afins (não são ligados entre si, mas são parecidos). Ex.: litisconsórcio entre credores solidários é em razão da comunhão; litisconsórcio entre o MP e o incapaz numa ação de alimentos é em razão da conexão (interesses diversos, mas ligados de alguma maneira); litisconsórcio entre poupadores e o banco é em razão da afinidade. O CPC organiza o litisconsórcio no art. 46: duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I Entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; II Os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito; III Entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir; IV Ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito. - O litisconsórcio por AFINIDADE é IMPRÓPRIO, FACULTATIVO, ATIVO e SIMPLES. No CPC de 39, o litisconsórcio por afinidade ativo era recusável (o réu poderia simplesmente se negar a ser processado por pessoas em litisconsórcio por afinidade) e a recusa era imotivada. É impróprio justamente porque basta o réu recusar para que não se forme. O CPC de 73 eliminou essa possibilidade. - Entre 73 e 94 houve uma explosão de acesso à justiça. Passou a existir o problema do litisconsórcio impróprio ativo de multidão (litisconsórcio multitudinário) e, por consequência, a necessidade de resgatar o litisconsórcio recusável e adaptá-lo à nova realidade. - Art. 46, parágrafo único: o juiz poderá LIMITAR O LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO quanto ao número de litigantes quando este COMPROMETER A RÁPIDA SOLUÇÃO DO LITÍGIO ou DIFICULTAR A DEFESA. Primeiro, tem que ter motivação para desmembrar o litisconsórcio, a recusa não é mais imotivada como era em 39. Imagine o sujeito ter 15 dias de prazo para se defender contra 500 autores. Agora, o juiz pode fazer isso ex officio, coisa que não era possível em 39. Notem que esse dispositivo só se aplica ao litisconsórcio por afinidade ativo, não ao litisconsórcio por comunhão ou conexão. - Outra observação: o pedido de limitação INTERROMPE o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão. Cuidado com o concurso: eles colocam suspende o prazo de defesa, mas interrompe. O juiz decide sobre esse pedido e começa a contar o prazo de defesa de novo. 6

7 - Normalmente os juízes desmembram o litisconsórcio em grupo de 10, mas isso é variável, depende do volume de documentos. Essas ações autônomas voltam pro mesmo juízo, porque se não voltassem você estaria burlando o juiz natural. Para que um juiz não dê trabalho pros outros, deve voltar pra ele. Isso é uma técnica de gerenciamento do processo. AFINIDADE IMPRÓPRIO, FACULTATIVO, ATIVO e SIMPLES CPC de 39: era recusável (recusa imotivada). CPC 73: só quando comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa (litisconsórcio multitudinário). O pedido de limitação INTERROMPE o prazo para resposta. INTERVENÇÃO LITISCONSORCIAL VOLUNTÁRIA 1) Sinônimo de ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL. Ver mais a frente. 2) É o LITISCONSÓRCIO ULTERIOR FACULTATIVO ATIVO SIMPLES (LUFAS). Alguém pede para intervir no processo para se tornar litisconsorte simples ativo do autor. Simples porque pede para intervir formulando um PEDIDO PRÓPRIO, semelhante ao pedido do autor. Esse fenômeno é muito difundido na prática: imagine que seu colega obteve uma liminar que lhe permita fazer o concurso para juiz mesmo com 1 ano de formado. Você, que se formou com ele e também quer fazer o concurso, entra no processo dele com uma petição e alega que sua situação é semelhante à dele. Você se torna um litisconsorte ativo ulterior simples. O juiz concede a liminar. Se você pegar esse exemplo e aplicar para outros casos, como contribuintes, beneficiários da previdência, pessoas que estão em situação semelhante (afinidade), você vê que é uma prática corriqueira. A dúvida é: é lícita essa prática? Muitos dizem que é ilícita, que seria uma burla ao juiz natural na medida em que o sujeito está escolhendo o juiz da causa. No geral, entende-se que se trata de um comportamento ilícito. Alguns autores, no entanto, têm visto o LUFAS sob o prisma da igualdade e da duração razoável. Se as causas são semelhantes, convém que o mesmo juiz a julgue até como uma forma de proteger a igualdade. Se a má fé não ficar caracterizada, passam a admitir. - A Lei do MANDADO DE SEGURANÇA (Lei /09) ADMITE A INTERVENÇÃO LITISCONSORCIAL VOLUNTÁRIA ATÉ O DESPACHO DA PETIÇÃO INICIAL. Há a consagração, ainda que em parte, desse movimento que vê com outros olhos a intervenção litisconsorcial voluntária antes tida como ilícita. - Assertiva correta de concurso: ofende o direito fundamental ao juízo natural a formação de litisconsórcio facultativo ulterior ativo depois de concedida antecipação de tutela a favor da parte autora. 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i PLANO DE AULA i INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 6º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i PLANO DE AULA i INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 7º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

DO LITISCONSÓRCIO. Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO

DO LITISCONSÓRCIO. Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO DO LITISCONSÓRCIO Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO CABIMENTO ARTIGO 46 DO CPC COMUNHÃO DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES DIREITOS E OBRIGAÇÕES ORIUNDOS DE UMA MESMA SITUAÇÃO DE FATO OU DE DIREITO CONEXÃO ENTRE

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE DIREITO LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO: AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE DIREITO LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO: AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE DIREITO LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO: AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS Trabalho 1 análise de acórdãos. Constitui elemento de avaliação na disciplina Teoria Geral do

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO PLANO DE AULA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO PLANO DE AULA PLANO DE AULA INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 6º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

DENUNCIAÇÃO DA LIDE (Artigos 125 a 129 do Código de Processo Civil)

DENUNCIAÇÃO DA LIDE (Artigos 125 a 129 do Código de Processo Civil) DENUNCIAÇÃO DA LIDE (Artigos 125 a 129 do Código de Processo Civil) A denunciação da lide chama o denunciado que mantém vínculo de direito com o denunciante, a fim de responder a garantia do negócio jurídico,

Leia mais

Ação de Exigir Contas

Ação de Exigir Contas Ação de Exigir Contas Previsão legal e Observações! No NCPC está disciplinado nos arts. 550/553! Possuía previsão no CPC/73 estava disciplinado no art. 914/919.! Obs. No CPC73 o nome de tal ação era de

Leia mais

2. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

2. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 2. AÇÃO DE 2.1 O direito de pagar - É um dever ou um direito? - A mora do credor exclui a do devedor? 2.2 A liberação natural e a liberação forçada do devedor - Liberação natural: pagamento por acordo

Leia mais

DO PROCESSO E PROCEDIMENTO

DO PROCESSO E PROCEDIMENTO DO PROCESSO E PROCEDIMENTO PROCESSO Para solucionar os litígios, o Estado põe à disposição das partes três espécies de tutela jurisdicional: a cognição, a execução e a cautela. O que as distingue são os

Leia mais

A contestação na prova da 2ª fase da OAB (Direito do Trabalho)

A contestação na prova da 2ª fase da OAB (Direito do Trabalho) 1 A contestação na prova da 2ª fase da OAB (Direito do Trabalho) Carlos Augusto Marcondes de Oliveira Monteiro * Mais uma segunda fase se aproxima. Conforme mencionei no artigo anterior, 3 são as principais

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i PLANO DE AULA i INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 4º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO CAPÍTULO I TEORIA GERAL DO PROCESSO

APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO CAPÍTULO I TEORIA GERAL DO PROCESSO Sumário APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... 13 CAPÍTULO I TEORIA GERAL DO PROCESSO... 15 1. Jurisdição... 15 1.1. Generalidades e conceito... 15 1.2. Características... 16 1.3. Divisão... 17 2. Princípios de processo

Leia mais

Juizados Especiais Cíveis

Juizados Especiais Cíveis Juizados Especiais Cíveis Juiz de Direito/RS 1) O que é Juizado Especial Cível? É uma justiça mais célere, informal, totalmente gratuita, destinada a julgar as causas de menor complexidade. São aquelas

Leia mais

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO 1) PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 2) PRINCÍPIO DA IMPACIALIDADE DO JUIZ

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO 1) PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 2) PRINCÍPIO DA IMPACIALIDADE DO JUIZ 1 1. PRINCÍPIOS DO 1) PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL A justa composição da lide só pode ser alcançada quando a tutela jurisdicional for prestada dentro dos moldes delimitados pelas normas processuais.

Leia mais

Demócrito Reinaldo Filho Juiz de Direito (32 a. Vara Cível do Recife) 1. Breves explicações sobre o tema

Demócrito Reinaldo Filho Juiz de Direito (32 a. Vara Cível do Recife) 1. Breves explicações sobre o tema INEXISTÊNCIA DO DIREITO AO PRAZO EM DOBRO AO LITISCONSORTE QUE INGRESSA POSTERIORMENTE NO PROCESSO Interpretação do art. 191 do Código de Processo Civil Demócrito Reinaldo Filho Juiz de Direito (32 a.

Leia mais

DOMICÍLIO = "É o local no qual a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo" RESIDÊNCIA = "Local no qual a pessoa habita.

DOMICÍLIO = É o local no qual a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo RESIDÊNCIA = Local no qual a pessoa habita. UNIDADE 6 - DOMICÍLIO CONCEITOS: DOMICÍLIO = "É o local no qual a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo" RESIDÊNCIA = "Local no qual a pessoa habita." Não se confundem domicílio e residência.

Leia mais

Teoria Geral do Processo

Teoria Geral do Processo Teoria Geral do Ação, Exceção e 2011 O presente roteiro destina-se a apontar sucintamente o conteúdo da ação e exceção previstas no ordenamento jurídico brasileiro. Utilizado como material de apoio e acompanhamento

Leia mais

R E S O L U Ç Ã O. Parágrafo único. O novo currículo é o 0003-LS, cujas ementas e objetivos das disciplinas também constam do anexo.

R E S O L U Ç Ã O. Parágrafo único. O novo currículo é o 0003-LS, cujas ementas e objetivos das disciplinas também constam do anexo. RESOLUÇÃO CONSEPE 12/2015 ALTERA MATRIZ CURRICULAR E APROVA O PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO USF. O Presidente do Conselho

Leia mais

LITISCONSÓRCIO (NCPC)

LITISCONSÓRCIO (NCPC) LITISCONSÓRCIO (NCPC) PROCESSO CIVIL Curso de Direito Processual Civil de Fredie Didier (2016) INTRODUÇÃO - Litisconsórcio é a pluralidade de sujeitos em um dos polos do processo (CUMULAÇÃO SUBJETIVA DE

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS...

SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS... SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS... 13 Processo X procedimento... 13 Ritos no processo de cognição... 13 Procedimento comum... 14 Procedimento especial... 14 Atividade jurisdicional estrutura...

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO...

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... 11 capítulo I função e carreira do procurador do estado... 15 1. Introdução e breve reconstrução histórica das Procuradorias Estaduais no Brasil...15 2. Fundamento constitucional

Leia mais

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:(redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) V -quando o juiz acolher a alegação de

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:(redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) V -quando o juiz acolher a alegação de 1. (OAB 136) De acordo com o Código de Processo Civil (CPC), extingue-se o processo sem resolução de mérito quando A) o juiz reconhece a prescrição ou a decadência. B) as partes transigem. C) o autor renuncia

Leia mais

OS LIMITES DA CLÁUSULA AD JUDICIA NA PROCURAÇÃO

OS LIMITES DA CLÁUSULA AD JUDICIA NA PROCURAÇÃO OS LIMITES DA CLÁUSULA AD JUDICIA NA PROCURAÇÃO coletânea Inacio de Carvalho Neto OS LIMITES DA CLÁUSULA AD JUDICIA NA PROCURAÇÃO Inacio de Carvalho Neto 1 Determina o art. 38 do Código de Processo Civil

Leia mais

Teoria Geral da Execução

Teoria Geral da Execução Direito Processual Civil FREDERICO OLIVEIRA fjsdeoliveira@gmail.com twitter: @fredoliveira197 Skype: frederico.oliveira42 Teoria Geral da Execução 1 REALIDADE PROCESSO Certificação Efetivação REALIDADE

Leia mais

AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 1 O CONCEITO Alcunha-se de ordinário todo e qualquer recurso que se processa nas vias ordinárias, que são, senão, aquelas que excetuam o Supremo Tribunal

Leia mais

OAB 2010.3 GABARITO COMENTADO SEGUNDA FASE EMPRESARIAL. Artigo 9º e 4º do artigo 10 Lei 11.101/2005, procuração, CPC e estatuto da OAB.

OAB 2010.3 GABARITO COMENTADO SEGUNDA FASE EMPRESARIAL. Artigo 9º e 4º do artigo 10 Lei 11.101/2005, procuração, CPC e estatuto da OAB. OAB 2010.3 GABARITO COMENTADO SEGUNDA FASE EMPRESARIAL PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL Artigo 9º e 4º do artigo 10 Lei 11.101/2005, procuração, CPC e estatuto da OAB. Trata-se de uma habilitação de crédito retardatária.

Leia mais

Cabe contra decisões dos juízos de primeira instância e também dos de segunda instância.

Cabe contra decisões dos juízos de primeira instância e também dos de segunda instância. 2. AGRAVO 2.1. Conceito É o recurso cabível contra decisões interlocutórias, isto é, aquelas que têm conteúdo decisório, porém não implicam em qualquer situação prevista nos artigos 267 ou 269 do CPC.

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL CAUTELAR. Classificação: Nominadas art.813 ss, do CPC. Inominadas art. 796 até art. 912, do CPC.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL CAUTELAR. Classificação: Nominadas art.813 ss, do CPC. Inominadas art. 796 até art. 912, do CPC. CAUTELAR Cautelar Classificação: Nominadas art.813 ss, do CPC. Inominadas art. 796 até art. 912, do CPC. Preparatórias/Antecedentes - Incidentes ajuizadas no curso na ação principal. Satisfativas. Não

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL V EXAME UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA PROVA DO DIA 4/12/2011 DIREITO EMPRESARIAL

CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL V EXAME UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA PROVA DO DIA 4/12/2011 DIREITO EMPRESARIAL DIREITO EMPRESARIAL PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL O examinando deverá elaborar uma petição simples cuja nomenclatura e/ou conteúdo deve remeter à ideia de refutação à contestação, sendo, contudo, consideradas

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES 6ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA SENTENÇA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES 6ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA SENTENÇA fls. 1 SENTENÇA C O N C L U S Ã 0 Em 24 de novembro de 2010, faço este autos conclusos à Mma. Juíza de Direito, Dra. CYNTHIA THOMÉ. Processo nº: Requerente: Requerido: Juiz(ª) de Direito Dr.(ª): Cynthia

Leia mais

Eficácia da norma processual no tempo Incidência da LICC (vacatio legis 45 dias); Sucessão de lei no tempo: Unidade processual segundo o qual, apesar

Eficácia da norma processual no tempo Incidência da LICC (vacatio legis 45 dias); Sucessão de lei no tempo: Unidade processual segundo o qual, apesar Eficácia da norma processual no tempo Incidência da LICC (vacatio legis 45 dias); Sucessão de lei no tempo: Unidade processual segundo o qual, apesar de se desdobrar em uma série de atos diversos, o processo

Leia mais

PROCEDIMENTOS PARTE I PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

PROCEDIMENTOS PARTE I PROCEDIMENTO ORDINÁRIO PROCEDIMENTOS PARTE I PROCEDIMENTO ORDINÁRIO PROCEDIMENTOS PROCESSO instrumento utilizado para resolução dos conflitos de interesses, formado por um conjunto de atos, exige a conjugação de dois fatores:

Leia mais

Capítulo 1 Processo...1. Capítulo 2 Procedimento Comum Ordinário e Sumário...7. 2.2. Procedimento comum sumário...8

Capítulo 1 Processo...1. Capítulo 2 Procedimento Comum Ordinário e Sumário...7. 2.2. Procedimento comum sumário...8 S u m á r i o Capítulo 1 Processo...1 1.1. Processo: conceito...1 1.2. Espécies de processo...2 1.3. Distinção entre processo e procedimento...3 1.4. Procedimentos existentes...3 1.5. Indisponibilidade

Leia mais

RELATÓRIO. 3. Sem contrarrazões. 4. É o relatório.

RELATÓRIO. 3. Sem contrarrazões. 4. É o relatório. PROCESSO Nº: 0806625-97.2014.4.05.8100 - APELAÇÃO RELATÓRIO 1. Trata-se de apelação interposto pela Caixa Econômica Federal - CEF, contra sentença do Juízo da 8ª Vara Federal Seção Judiciária do Ceará,

Leia mais

PONTO 1: Competência. Novas 20 orientações jurisprudenciais da SDI, nº 353 a 373.

PONTO 1: Competência. Novas 20 orientações jurisprudenciais da SDI, nº 353 a 373. 1 PROCESSO DO TRABALHO PONTO 1: Competência Inovações na seara trabalhista: Novas 20 orientações jurisprudenciais da SDI, nº 353 a 373. Lei 11.648/08. Centrais Sindicais sempre existiram no mundo fático,

Leia mais

Conteúdo: Litisconsórcio: Litisconsórcio Necessário e Facultativo; Litisconsórcio Simples e Unitário. Processamento do Litisconsórcio.

Conteúdo: Litisconsórcio: Litisconsórcio Necessário e Facultativo; Litisconsórcio Simples e Unitário. Processamento do Litisconsórcio. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 11 Professor: Edward Carlyle Conteúdo: Litisconsórcio: Litisconsórcio Necessário e Facultativo; Litisconsórcio Simples e Unitário. Processamento

Leia mais

Direito Processual Civil. Teoria Geral do Processo

Direito Processual Civil. Teoria Geral do Processo Direito Processual Civil Teoria Geral do Processo INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL Noções gerais Regras de conduta Conflito de interesses Direito material e Direito processual Denominação

Leia mais

Sumário. Palavras Prévias 10ª edição... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23. As Obrigações em Leitura Civil-Constitucional... 25

Sumário. Palavras Prévias 10ª edição... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23. As Obrigações em Leitura Civil-Constitucional... 25 Sumário Palavras Prévias 10ª edição... 17 Prefácio... 21 Apresentação... 23 Capítulo Introdutório As Obrigações em Leitura Civil-Constitucional... 25 Capítulo I Introdução ao Direito das Obrigações...

Leia mais

QUESTIONÁRIO SOBRE JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

QUESTIONÁRIO SOBRE JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA QUESTIONÁRIO SOBRE JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 1. O que é jurisdição? 2. Quem representa o Estado quando se trata de jurisdição? 3. Por que o Estado é escolhido? 4. Como e através de que se opera a jurisdição?

Leia mais

São aquelas em que há uma multiplicidade de sujeitos. Posso ter na obrigação vários devedores, vários credores ou vários credores e vários devedores.

São aquelas em que há uma multiplicidade de sujeitos. Posso ter na obrigação vários devedores, vários credores ou vários credores e vários devedores. OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS São aquelas em que há uma multiplicidade de sujeitos. Posso ter na obrigação vários devedores, vários credores ou vários credores e vários devedores. A classificação

Leia mais

OS PLANOS DO MUNDO JURÍDICO

OS PLANOS DO MUNDO JURÍDICO OS PLANOS DO MUNDO JURÍDICO Rosane Becker 1 1 INTRODUÇÃO O negócio jurídico, para que seja válido e tornar-se efetivo, necessita de alguns elementos chamados de essenciais. Esses elementos são a existência,

Leia mais

É admitida, pois não há qualquer impedimento legal para tanto.

É admitida, pois não há qualquer impedimento legal para tanto. Reconvenção da Reconvenção É admitida, pois não há qualquer impedimento legal para tanto. EX: Ação de cobrança Contestação alegando compensação Reconvenção pleiteando a diferença Na reconvenção, há contestação

Leia mais

PN 401.07-5; Ag: TCMatosinhos, 3º J (39/06.2TBMTS-C) Ag.e: Manuel Alves Pereira 1 Apª: Maria de Lurdes Sousa Pires 2

PN 401.07-5; Ag: TCMatosinhos, 3º J (39/06.2TBMTS-C) Ag.e: Manuel Alves Pereira 1 Apª: Maria de Lurdes Sousa Pires 2 PN 401.07-5; Ag: TCMatosinhos, 3º J (39/06.2TBMTS-C) Ag.e: Manuel Alves Pereira 1 Apª: Maria de Lurdes Sousa Pires 2 Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO: (1) O Agravante discorda

Leia mais

Oficina: Jogar para gostar e aprender matemática. Profa. Dra. Adriana M. Corder Molinari dri.molinari@uol.com.br

Oficina: Jogar para gostar e aprender matemática. Profa. Dra. Adriana M. Corder Molinari dri.molinari@uol.com.br Oficina: Jogar para gostar e aprender matemática Profa. Dra. Adriana M. Corder Molinari dri.molinari@uol.com.br 1 Implicações do Jogo Quatro Cores: Para jogar bem, é preciso economia de cores e consideração

Leia mais

PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL

PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL Programa (60 horas) I CONSULTA JURÍDICA 1.1 Consulta jurídica 1.2 Tentativa de resolução amigável 1.3 Gestão do cliente e seu processo II ACESSO AO DIREITO 2.1 Modalidades de acesso

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0024463-47.2009.8.19.0014 AGRAVANTE: LARYSSA FERREIRA GOMES REP/P/S/MÃE LIDIJANE SOARES FERREIRA AGRAVADO:

Leia mais

alocação de custo têm que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias, etc.

alocação de custo têm que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias, etc. Professor José Alves Aula pocii Aula 3,4 Custeio por Absorção Custeio significa apropriação de custos. Métodos de Custeio é a forma como são apropriados os custos aos produtos. Assim, existe Custeio por

Leia mais

ESTÁGIO SUPERVISIONADO PRÁTICA TRABALHISTA Embargos de Declaração e Recurso Ordinário

ESTÁGIO SUPERVISIONADO PRÁTICA TRABALHISTA Embargos de Declaração e Recurso Ordinário ESTÁGIO SUPERVISIONADO PRÁTICA TRABALHISTA Embargos de Declaração e Recurso Ordinário 1 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: - A prestação jurisdicional deve ser clara e completa; - Os Embargos de Declaração têm por

Leia mais

Mandado de Segurança Lei 12.016/09 Os Recursos

Mandado de Segurança Lei 12.016/09 Os Recursos Mandado de Segurança Lei 12.016/09 Os Recursos Wilson Marques Desembargador (aposentado) do TJ/RJ. Professor de Direito Processual Civil da EMERJ. 1. APELAÇÃO 1.1 Cabimento O artigo 14 da Lei 12.016/09

Leia mais

TÍTULOS DE CRÉDITO AÇÕES

TÍTULOS DE CRÉDITO AÇÕES AÇÕES Armindo de Castro Júnior E-mail: armindocastro@uol.com.br MSN: armindocastro1@hotmail.com Homepage: www.armindo.com.br Cel: 8405-7311 AÇÃO CAMBIÁRIA CONCEITO Ação de execução de títulos de crédito.

Leia mais

MONIQUE ANDRADE DE OLIVEIRA. MERCADO BARRABELLA LTDA. EPP (sucessora de Mini Market Barrabella Ltda.)2. Giselle Bondim Lopes Ribeiro

MONIQUE ANDRADE DE OLIVEIRA. MERCADO BARRABELLA LTDA. EPP (sucessora de Mini Market Barrabella Ltda.)2. Giselle Bondim Lopes Ribeiro ACÓRDÃO 7ª TURMA SUCESSÃO TRABALHISTA. CONFIGURAÇÃO. Comprovado que a empresa indicada como sucessora celebrou contrato de cessão de fundo de comércio com a devedora original, considera se configurada

Leia mais

Peça 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA... REGIÃO

Peça 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA... REGIÃO Observação: os espaços entre os tópicos das peças têm a única função de facilitar a visualização. Ressalte-se que não aconselhamos pular linhas no exame. Peça 1 Certa empresa é condenada, por decisão de

Leia mais

Ação possessória contra réu inominado. Sérgio Sérvulo da Cunha

Ação possessória contra réu inominado. Sérgio Sérvulo da Cunha Ação possessória contra réu inominado Sérgio Sérvulo da Cunha 1. Alguns juízes vêm admitindo, em ações possessórias, que a inicial deixe de individuar (nominar e qualificar) os réus. Essa licença, se desacompanhada

Leia mais

PROFESSOR AO VIVO. Revisão Prof. Darlan Barroso. Estudo Dirigido Execução

PROFESSOR AO VIVO. Revisão Prof. Darlan Barroso. Estudo Dirigido Execução PROFESSOR AO VIVO Revisão Prof. Darlan Barroso Estudo Dirigido Execução Ação de conhecimento ou execução? Documento é título executivo? Qual o tipo de título? Qual a obrigação? Documento é título executivo?

Leia mais

Planejamento Tributário Empresarial

Planejamento Tributário Empresarial Planejamento Tributário Empresarial Aula 07 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina, oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades,

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 10 PROFª KILMA GALINDO

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 10 PROFª KILMA GALINDO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 10 PROFª KILMA GALINDO VÍCIO DE INCONSTITUCIONALIDADE VÍCIO FORMAL Lei ou ato normativo com vício em seu processo de formação (processo legislativo ou competência);

Leia mais

NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL

NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL Gracielle Veloso Advogada. Consultora Notarial, Registral e Imobiliária A eficácia da sentença estrangeira no Brasil depende de prévia

Leia mais

SEGUNDA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

SEGUNDA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ Processo nº 2007.70.50.003369-6 Relatora: Juíza Federal Andréia Castro Dias Recorrente: UNIÃO FEDERAL Recorrido (a): VANISA GOLANOWSKI VOTO Dispensado o relatório, nos termos dos artigos 38 e 46 da Lei

Leia mais

MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL

MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL CEEJA MAX DADÁ GALLIZZI PRAIA GRANDE - SP PARABÉNS!!! VOCÊ JÁ É UM VENCEDOR! Voltar a estudar é uma vitória que poucos podem dizer que conseguiram. É para você, caro aluno, que desenvolvemos esse material.

Leia mais

Sumário. Nota do autor à 18ª edição... 21 Nota do autor à 17ª edição... 23 Prefácio... 27. CAPÍTULO 1 Introdução ao Direito Processual Civil...

Sumário. Nota do autor à 18ª edição... 21 Nota do autor à 17ª edição... 23 Prefácio... 27. CAPÍTULO 1 Introdução ao Direito Processual Civil... Sumário Nota do autor à 18ª edição... 21 Nota do autor à 17ª edição... 23 Prefácio... 27 CAPÍTULO 1 Introdução ao Direito Processual Civil... 31 1. Introdução... 31 2. Conceito de processo... 32 3. Teoria

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i PLANO DE AULA i INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 6º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

AULA 04. OBRIGAÇÕES DE FAZER e OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER.

AULA 04. OBRIGAÇÕES DE FAZER e OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER. AULA 04 OBRIGAÇÕES DE FAZER e OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER. 1. DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER 1.1. DEFINIÇÃO A obrigação de fazer (obligatio faciendi) abrange o serviço humano em geral, seja material ou imaterial,

Leia mais

PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO

PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO PROCESSO CIVIL Fred. Didier (aulas e livro) FASE DE SANEAMENTO - Após o FIM DO PRAZO DE RESPOSTA do réu (apresentada ou não), tem início

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA Nº 526/2012 - PGGB RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO Nº 697156/PI RECORRENTE: COMPANHIA ENERGÉTICA DO PIAUÍ - CEPISA RECORRIDO: GLAUCIO MOURA

Leia mais

Capítulo 1 Notas Introdutórias... 1. Capítulo 2 Direito Processual Penal e Garantias Fundamentais... 3

Capítulo 1 Notas Introdutórias... 1. Capítulo 2 Direito Processual Penal e Garantias Fundamentais... 3 Sumário Capítulo 1 Notas Introdutórias... 1 Capítulo 2 Direito Processual Penal e Garantias Fundamentais... 3 Capítulo 3 Aplicação da Lei processual penal... 9 Capítulo 4 Princípios do Processo Penal...

Leia mais

Luiz Flávio Gomes Valerio de Oliveira Mazzuoli. O método dialógico e a magistratura na pós-modernidade

Luiz Flávio Gomes Valerio de Oliveira Mazzuoli. O método dialógico e a magistratura na pós-modernidade Luiz Flávio Gomes Valerio de Oliveira Mazzuoli O JUIZ e o DIREITO O método dialógico e a magistratura na pós-modernidade 01_Mazzuoli - O Juiz e o Direito.indd 3 19/04/2016 16:14:11 Capítulo 7 Controle

Leia mais

AULA 06: FATOS JURÍDICOS

AULA 06: FATOS JURÍDICOS AULA 06: FATOS JURÍDICOS Prof. Thiago Gomes FATOS JURÍDICOS QUESTINAMENTOS INICIAIS 1 CONCEITO Todo acontecimento, previsto em norma jurídica, que faz nascer, modificar, subsistir ou extinguir direitos.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i PLANO DE AULA i INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 5º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO Registro: 2013.0000222885 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0021361-58.2009.8.26.0196, da Comarca de Franca,

Leia mais

CONCURSO PGE-SP: ANÁLISE COMPLETA DOS

CONCURSO PGE-SP: ANÁLISE COMPLETA DOS CONCURSO PGE-SP: ANÁLISE COMPLETA DOS CONCURSOS ANTERIORES Considerações Inicias Em sequência a análise do concurso PGE SP analisaremos os três últimos certames realizados: 2002, 2009 e 2010. Com essa

Leia mais

ESQUEMA DIREITO CIVIL PARTE GERAL Prof. Letícia Hesseling

ESQUEMA DIREITO CIVIL PARTE GERAL Prof. Letícia Hesseling ESQUEMA DIREITO CIVIL PARTE GERAL Prof. Letícia Hesseling Prescrição e Decadência Prescrição: São características da prescrição: o interesse é particular (do devedor); o objeto é a perda da pretensão;

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br O prazo em dobro insculpido no artigo 191 do CPC e a súmula 641 do STF: impropriedades e interpretação sistemática Pablo Berger * O presente estudo visa analisar o disposto no artigo

Leia mais

Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual

Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual Parecer n o 14/00-CRTS Ementa: 1.Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado

Leia mais

Unidade 10 Análise combinatória. Introdução Princípio Fundamental da contagem Fatorial

Unidade 10 Análise combinatória. Introdução Princípio Fundamental da contagem Fatorial Unidade 10 Análise combinatória Introdução Princípio Fundamental da contagem Fatorial Introdução A escolha do presente que você deseja ganhar em seu aniversário, a decisão de uma grande empresa quando

Leia mais

Juíza Gisele Guida de Faria Membro do GEDICON. 1. Considerações iniciais

Juíza Gisele Guida de Faria Membro do GEDICON. 1. Considerações iniciais ADMISSIBILIDADE DA CITAÇÃO (RECTIUS: INTIMAÇÃO) NA PESSOA DO ADVOGADO, POR MEIO DA IMPRENSA OFICIAL OU MEIO ELETRÔNICO NO PROCESSO JUDICIAL DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA PARÁGRAFOS 7º E 9º DO ARTIGO 17

Leia mais

SANEAMENTO E INSTRUÇÃO NO CPC/15

SANEAMENTO E INSTRUÇÃO NO CPC/15 SANEAMENTO E INSTRUÇÃO NO CPC/15 Professora: ARLETE INES AURELLI mestre e doutora em Direito Processual Civil pela PUC/SP professora de direito processual civil nos cursos de graduação e pósgraduação scricto

Leia mais

Direito de empresa Títulos de Crédito

Direito de empresa Títulos de Crédito Direito de empresa Títulos de Crédito Prof. Cristiano Erse www.erse.com.br Conceito Cesare Vivante: documentos necessários para o exercício de direito literal e autônomo, nele mencionado. Art.887 CC: documento

Leia mais

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE TERRA NOVA DO NORTE EDITAL 001/2016-DF

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE TERRA NOVA DO NORTE EDITAL 001/2016-DF EDITAL 001/2016-DF O EXMO. SR. DR. JEAN PAULO LEÃO RUFINO MM. Juiz Substituto e Diretor do Foro da Comarca De Terra Nova do Norte, Estado de Mato Grosso, no uso de suas atribuições legais, considerando

Leia mais

RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMBARGOS - AÇÃO (Embargos à Execução ou Embargos de Terceiros)

RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMBARGOS - AÇÃO (Embargos à Execução ou Embargos de Terceiros) RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EMBARGOS - AÇÃO (Embargos à Execução ou Embargos de Terceiros) - RECURSO (Embargos Infringentes, Embargos de Declaração ou Embargos de Divergência). No atual sistema recursal

Leia mais

Munição Referente ao Injusto Penal e Ilicitude

Munição Referente ao Injusto Penal e Ilicitude 1 UNIPOL MUNIÇÃO REFERENTE A ILICITUDE E INJUSTO PENAL Munição Referente ao Injusto Penal e Ilicitude Vamos lá! para falarmos de ILICITUDE não podemos esquecer nosso quadro do Crime nunca! PRIMEIRO DEVEMOS

Leia mais

Direito Processual Civil II

Direito Processual Civil II Direito Processual Civil II»Aula 2 Procedimento Sumário: parte 1 Procedimento Sumário: Hipóteses legais II Procedimento Sumário 1 Rito sumário e Juizados Especiais - O procedimento comum é aplicável as

Leia mais

A PROBLEMÁTICA DO REENVIO PREJUDICIAL ART. 267º DO TFUE

A PROBLEMÁTICA DO REENVIO PREJUDICIAL ART. 267º DO TFUE A PROBLEMÁTICA DO REENVIO PREJUDICIAL ART. 267º DO TFUE DIREITO COMUNITÁRIO E COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Direito Comunitário primário e Direito Comunitário derivado O princípio do primado (ou primazia)

Leia mais

A INDEVIDA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS EM AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS NA JUSTIÇA ESTADUAL

A INDEVIDA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS EM AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS NA JUSTIÇA ESTADUAL A INDEVIDA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS EM AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS NA JUSTIÇA ESTADUAL Ricardo Caldas Procurador Federal na PFE/INSS em Joaçaba/SC, Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia. RESUMO:

Leia mais

DA AÇÃO. Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO

DA AÇÃO. Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO DA AÇÃO Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE AÇÃO Ação : direito subjetivo público, autônomo e abstrato de invocar a tutela jurisdicional. Teorias imanentistas ( ou civilistas)

Leia mais

FAN - Faculdade Nobre. Modalidades de Obrigações

FAN - Faculdade Nobre. Modalidades de Obrigações FAN - Faculdade Nobre Modalidades de Obrigações b) Obrigação de Fazer (arts.247 a 249,CC.) -Conceito: Ex: Obrigação de fazer é aquela em que o devedor compromete-se a prestar um fato em favor do credor,

Leia mais

ÉTICA E MORAL. profa. Karine Pereira Goss

ÉTICA E MORAL. profa. Karine Pereira Goss profa. Karine Pereira Goss Muitas vezes utiliza-se esses termos como sinônimos. Mas há diferenças entre eles, embora se relacionem estreitamente. MORAL é um conjunto de normas que regulam o comportamento

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Partes, Procuradores, Representação, Substituição Processual e Litisconsórcio

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Partes, Procuradores, Representação, Substituição Processual e Litisconsórcio DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Partes, Procuradores, Representação, Substituição Processual e Litisconsórcio Prof ª. Eliane Conde Conceito A intervenção de terceiros ocorre quando uma pessoa natural ou

Leia mais

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de I. RELATÓRIO

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de I. RELATÓRIO EMENTA RECURSO ORDINÁRIO, provenientes da MM. DECLARAÇÃO DE POBREZA E ASSISTÊNCIA SINDICAL. HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS. SÚMULA 219 DO TST. 1. Para fazer jus aos benefícios da assitência judiciária gratuita,

Leia mais

Sumário. Prefácio, xv

Sumário. Prefácio, xv Prefácio, xv 1 2 Recursos, 1 1 Conceito, 1 2 Natureza jurídica do recurso, 2 3 Atos sujeitos a recurso, 2 4 Princípios gerais dos recursos, 3 5 Recursos previstos no CPC, 3 5.1 Apelação, 4 5.2 Embargos

Leia mais

Audiência de Instrução e Julgamento. Prof. Rafael Menezes

Audiência de Instrução e Julgamento. Prof. Rafael Menezes Audiência de Instrução e Julgamento Prof. Rafael Menezes Contexto (ato complexo e misto) Ao final da fase ordinatória (art. 331,?2) o juiz, se for o caso designará dia para realização da Audiência de Instrução

Leia mais

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS e PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NA LIDE :

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS e PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NA LIDE : EDIÇÃO DE 10 A 15 DE FEVEREIRO DE 2014 NESTA EDIÇÃO: Abordamos os seguintes temas: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS e PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NA LIDE : -HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. COMPENSAÇÃO

Leia mais

Mestre Anderson Nogueira Oliveira Prática Jurídica I PETIÇÃO INICIAL

Mestre Anderson Nogueira Oliveira Prática Jurídica I PETIÇÃO INICIAL PETIÇÃO INICIAL 1. ENDEREÇAMENTO a) Fundamentação I Art. 42 a 53 do Novo CPC II Art. 108 e 109 da Constituição Federal de 1988 2. EXEMPLOS DE ENDEREÇAMENTOS VARA CÍVEL ESTADUAL Excelentíssimo Senhor Doutor

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO Av. Presidente Antonio Carlos,251 6o andar - Gab. NÃO PAGAMENTO CORRETO DE VERBAS RESCISÓRIAS. INSCRIÇÃO NO SERASA E SPC. DANO MORAL PRESENTE. Os documentos juntados a fl. 1 comprovam que o não pagamento

Leia mais

Direito Processual V Procedimentos Especiais

Direito Processual V Procedimentos Especiais 3. AÇÃO DE DEPÓSITO 3.1 Conceito e espécies de depósito - Quando ocorre o depósito? - Espécies > Contratual ou voluntária >> civil >> comercial >> regular >> irregular >>> passível de depósito? > Necessário

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i PLANO DE AULA i INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 4º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL 2ª Vara Federal da 15ª Subseção Judiciária São Carlos

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL 2ª Vara Federal da 15ª Subseção Judiciária São Carlos PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL 2ª Vara Federal da 15ª Subseção Judiciária São Carlos Popular, quer por meio de empresa/firma individual, quer por intermédio de sociedade constituída sob qualquer das

Leia mais

CAPÍTULO 8 NOTA PROMISSÓRIA

CAPÍTULO 8 NOTA PROMISSÓRIA CAPÍTULO 8 NOTA PROMISSÓRIA 1. CONCEITO A nota promissória é uma promessa de pagamento por meio da qual o emitente assume o compromisso puro e simples de pagar certa quantia ao beneficiário ou à sua ordem.

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO ACÓRDÃO 6a Turma PODER JUDICIÁRIO FEDERAL RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇOS CONSTRUTORA INAPLICABILIDADE DA OJ 191 DO E. TST A Segunda Ré, por se tratar de construtora, não pode almejar

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO PARA PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL - 2004/2005. Prova Discursiva II

CONCURSO PÚBLICO PARA PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL - 2004/2005. Prova Discursiva II Escola de Administração Fazendária Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN CONCURSO PÚBLICO PARA PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL - 2004/2005 Nota Total Identifique-se apenas nos campos próprios, abaixo

Leia mais

SINDICATOS: REPRESENTAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO

SINDICATOS: REPRESENTAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO SINDICATOS: REPRESENTAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO DALDICE SANTANA Desembargadora Federal do TRF3 São Paulo, 23 de maio de 2015 2 FUNDAMENTO DAS TUTELAS COLETIVAS Evolução do pensamento humano: - passagem do liberalismo

Leia mais