ESTUDO DE ADSORÇÃO PARA PURIFICAÇÃO E SEPARAÇÃO DE MISTURAS NA INDÚSTRIA PETROLÍFERA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESTUDO DE ADSORÇÃO PARA PURIFICAÇÃO E SEPARAÇÃO DE MISTURAS NA INDÚSTRIA PETROLÍFERA"

Transcrição

1 ESTUDO DE ADSORÇÃO PARA PURIFICAÇÃO E SEPARAÇÃO DE MISTURAS NA INDÚSTRIA PETROLÍFERA Curitiba Fevereiro, 2007

2 Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera Luciano R. Guelfi 1, Agnes P. Scheer 2 1 Universidade Federal do Paraná, Engenharia Química, PRH-24, Curitiba - PR, CEP Universidade Federal do Paraná, Engenharia Química. lrguelfi@gmail.com, agnesps@ufpr.br Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera ii

3 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS...2 LISTA DE TABELAS INTRODUÇÃO A ADSORÇÃO ADSORÇÃO FÍSICA E ADSORÇÃO QUÍMICA Adsorção Física Adsorção Química ISOTERMAS DE ADSORÇÃO PROCESSOS Processos Cíclicos Processos Contínuos ADSORVENTES Carvão Ativado Zeólita CRAQUEAMENTO CATLÍTICO FLUIDIZADO ZEÓLITAS OBJETIVO DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO RESULTADOS E DISCUSSÕES MISTURA ÁGUA-CORANTE MISTURA DE HIDROCARBONETOS CONCLUSÕES SUGESTÕES ESTÁGIO SUPERVISIONADO INTEGRADO VISITA A SIX EVENTOS SEMINÁRIOS PRH ENCONTRO BRASILEIRO DE ADSORÇÃO EVENTO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPR REUNIÃO ANUAL DE AVALIÇÃO CONEEQ AICHE ANNUAL MEETING...39 REFERÊNCIAS...40

4 LISTA DE FIGURAS FIGURA CLASSIFICAÇÃO DAS ISOTERMAS PELA IUPAC...11 FIGURA 2.2 PROCESSO CÍCLICO...16 FIGURA 2.3 PROCESSO HYPERSORPTION...17 FIGURA PROCESSO EM LEITO MÓVEL SIMULADO...18 FIGURA 3.1 UNIDADE DE FCC...22 FIGURA 4.1 ZEÓLITA FAUJASITE...24 FIGURA 6.1 CATALISADOR...25 FIGURA 6.2 BANHO FINITO...26 FIGURA 6.3 AMPOLA DE VIDRO...26 FIGURA 7.1 SOLUÇÃO DE AZUL DE METILENO...28 FIGURA 7.2 ABSORBÂNCIA DE SOLUÇÕES A 3% E 50%...28 FIGURA 7.3 ABSORBÂNCIA DE SOLUÇÕES A 3%...29 FIGURA 7.4 ISOTERMA DE ADSORÇÃO...31 FIGURA 11.1 ÁREA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL - SIX...36 FIGURA 12.1 APRESENTAÇÃO POSTER RAA SUL...38 FIGURA 12.2 APRESENTAÇÃO POSTER 16 CONEEQ...39

5 LISTA DE TABELAS TABELA 2.1 DIFERENÇAS ENTRE ADSORÇÃO FÍSICA E QUIMISSORÇÃO...10 TABELA 2.2 PROCESSOS CÍCLICOS DE ADSORÇÃO...16 TABELA 7.1 CONCENTRAÇÕES DE N-HEXANO...30 TABELA 7.2 CONCENTRAÇÕES DE N-HEXANO...30

6 Abstract On this work it was studied the adsorption capacity of deactivated zeolites used as catalyst on Fluid Catalytic Cracking process of streams from the petroleum fractioning. The tests were taken with a water organic dye (methylene blue) mixture and a hydrocarbons mixture (n-hexane and cyclohexane). The experiments were made using a mixed finite bath, after the treating for the activation of the zeolite. It was observed the separation of the organic dye from the water and of the preferential adsorption of the n-hexane from the mixture. It was also noted that the deactivated zeolite had a contamination, which was dessorved into the fluid phase. Resumo Neste trabalho foi estudada a capacidade de adsorção de zeólitas desativadas que foram usadas como catalisadores em processos de Craqueamento Catlítico Fluidizado de correntes oriundas do fracionamento de petróleo. Os testes foram feitos para misturas de água com um corante orgânico (azul de metileno) e de hidrocarbonetos (n-hexano e ciclohexano). Os experimentos foram realizados em sistema de banho finito com agitação, após tratamento para ativação da zeólita. Foi observada a separação do corante orgânico da água e a adsorção preferencial do n-hexano da mistura. Verificou-se ainda que a zeólita desativada possuía contaminação, que acabava se dessorvendo na fase fluida. Palavras-chave: adsorção, separação, hidrocarbonetos, zeólitas, fase líquida Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 4

7 1. INTRODUÇÃO O petróleo não é importante somente por gerar a energia necessária para mover máquinas ou outras formas. Os produtos do petróleo também são muito importantes em outras indústrias, como as de polímeros, de lubrificantes, de fertilizantes e até na farmacêutica. Porém, diferentemente de quando usado como combustível, em que o importante não é a pureza do produto, mas sim a qualidade da mistura, nestas indústrias se faz necessária a alta pureza dos derivados do petróleo usados por elas. Essa transformação dos produtos do refino do petróleo para produtos que podem ser usados nessas outras indústrias normalmente é feita por um ramo da indústria do petróleo conhecido como petroquímica. As petroquímicas são dividas em três gerações de produção. As de primeira geração geram os chamados petroquímicos básicos, entre os quais podemos citar as olefinas (como etileno, propileno) e os aromáticos (benzeno, tolueno entre outros). As de segunda geração são aquelas que convertem os petroquímicos básicos em petroquímicos finais, como o polietileno, o polipropileno e outros. Por último, as de terceira geração transformam os petroquímicos finais em bens de consumo. Um dos pontos críticos do processamento do petróleo é o grande consumo de energia requerido nos processos. Em refinarias isso ocorre devido as grandes vazões processadas por dia. Já as petroquímicas de primeira geração muitas vezes processam uma vazão menor que a de uma refinaria, mas por outro lado, os seus processos requerem muita energia pois nos processos é preciso de alta pressão e temperaturas criogênicas para conseguir a pureza necessária. Como exemplo pode-se citar o fracionamento do etileno, o principal produto de petroquímicas de primeira geração, que, quando é feito em colunas de destilação, é necessário mais de 150 estágios de equilíbrio, uma alta razão de refluxo, uma pressão de quase 20 atm e temperaturas entre -30 C e 6 C. Para manter essas condições são necessários compressores movidos a vapor (tanto para os ciclos de Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 5

8 refrigeração quanto para manter a pressão do processo) e grandes quantidades de água de resfriamento para os sistemas de refrigeração. Como um processo alternativo a destilação nesses casos está crescendo a utilização da adsorção. O fenômeno de adsorção é caracterizado pela habilidade de sólidos porosos reterem, através de interações físicas ou químicas, as moléculas de um componente de uma mistura, separando assim os componentes dessa mistura. Para o exemplo da petroquímica acima, já foram feitos estudos tanto da adsorção do etileno puro sobre silicalite com temperaturas entre 30 C e 50 C e pressão de 100 kpa (PENG et al. 2004), como da adsorção da mistura de etileno-etano sobre zeólita 4A e resinas de sílica gel com AgNO 3 com temperaturas 25 C e pressão de 1 atm. A adsorção é frequentemente usada na remoção de contaminantes que estão em baixa concentração na solução de líquidos ou gases, sendo muito empregada em remoção de poluentes, recuperação de solventes ou de produtos de alto valor agregado. Mas também existem aplicações na separação de compostos, como a separação do p-xileno dos demais xilenos (PUPIM, 2005). Na literatura científica são encontrados vários trabalhos sobre a adsorção de hidrocarbonetos. Além dos dois trabalhos já descritos acima, ainda pode-se citar: - Determinação de curvas de ruptura da adsorção de hidrocarbonetos C 5 e C 6 com diferentes graus de ramificação sobre silicalite e a comparação das curvas experimentais com as curvas teóricas obtidas por modelos que utilizam as isotermas de adsorção (JOLIMAITRE et al, 2002). - Cavalcante Jr. et al (2003) estudou a adsorção de parafinas (C 7 a C 10 ) sobre zeólita Y desaluminada utilizando o método Zero Length Column (ZLC). Com os resultados ele pode determinar a difusividade dos hidrocarbonetos sobre a zeólita e as energias de adsorção. - Takahashi e Yang (2002) provaram que zeólita Y utilizando como cátion metálico a prata consegue uma seletividade maior que as Na-Y, Pd-Y e a H-USY. Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 6

9 2. A ADSORÇÃO Adsorção é uma operação de transferência de massa do tipo sólido fluido na qual se explora a habilidade de certos sólidos em concentrar na sua superfície determinadas substâncias existentes em soluções liquidas ou gasosas, o que permite separá-las dos demais componentes dessas soluções (GOMIDE, 1987). Este fenômeno depende muito do sólido que será usado como adsorvente. Um bom adsorvente deve ter uma área específica alta (como, por exemplo, sílica gel que pode ter de 340 m 2 /g a 800 m 2 /g (RUTHVEN, 1984)) e isso só pode ser encontrado em sólidos altamente porosos. O número de moléculas que podem acumular sobre a superfície depende de vários fatores. Uma vez que, em geral, o processo é reversível, uma baixa concentração no fluido cobrirá a superfície do adsorvente apenas até o ponto em que a pressão exercida pela fase adsorvida é igual à que reina no fluido. Assegurada uma concentração suficiente no fluido, as forças de adsorção física podem continuar a ter influência até se terem acumulado sobre a superfície várias camadas de moléculas, talvez cinco ou seis. Se a superfície existir em poros estreitos, nesse caso o número máximo de camadas pode estar restringido pelas dimensões do próprio poro (COULSON et al, 1982). Como vantagens sobre outras operações de separação, a adsorção apresenta um baixo consumo de energia, a possibilidade de separação de misturas com azeotropia, a não necessidade de uso de outros componentes para ajudar a separação, entre outros (SCHEER, 2002). Outro fator que tem ajudado a desenvolver e tornar a adsorção um processo mais, segundo Basta et al (1994), é a demanda por novas tecnologias mais econômicas para controle de impacto ambiental. A adsorção também é uma das principais etapas na catálise heterogênea, pois é através da formação de novas estruturas, resultantes da adsorção das moléculas do meio sobre o catalisador, que ocorrem as modificações nos mecanismos de reação que levam a reações de menores energias de ativação. Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 7

10 2.1 ADSORÇÃO FÍSICA E ADSORÇÃO QUÍMICA Dentro do fenômeno da adsorção podemos distinguir duas diferentes classes de interação entre as moléculas do meio fluido e as do sólido, baseandose na natureza das forças que as unem: Adsorção Física Também conhecida como fisissorção. Neste tipo de adsorção a interação entre as moléculas do meio e do sólido é fraca, com ligações do tipo intermoleculares, baseadas em forças de Van der Wals e/ou de interações eletrostáticas, como as de dipolo. Normalmente, a adsorção física ocorre a baixas temperaturas, rapidamente e é reversível (RUTHVEN, 1984). Ela é invariavelmente exotérmica, e o que pode ser provado pela termodinâmica. A molécula no meio possui movimentos de rotação, translação e vibração, porém, quando ela é adsorvida, ela acaba ficando presa no sólido, fazendo com que o movimento de translação dela seja limitado a somente o movimento da molécula sobre o sólido e também perde liberdade de rotação, diminuindo assim o grau de desorganização de meio. Esta medida é dada pela entropia, e, com isso, podemos dizer que: S < 0 (1) Segundo a termodinâmica, para um processo ser espontâneo, é necessário que a diferença entre a energia livre de Gibbs do estado final e a do estado energia seja negativa, ou seja: G < 0 (2) A energia livre é definida da seguinte forma: G= H T S (3) Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 8

11 Para que a inequação (2) seja verdadeira, é preciso que a variação da entalpia seja negativa: H < 0 (4) Com isso, provamos termodinamicamente que o processo é exotérmico (RUTHVEN, 1984). Também podemos provar no âmbito molecular. Para que uma situação seja estável energeticamente, é necessário que o estado anterior seja mais energético. A partir do momento que a molécula é atraída pela superfície, formando uma ligação intermolecular, ela tem que liberar a energia que ela possuía quando estava no meio, mostrando mais uma vez que o processo é exotérmico. Segundo Gomide (1987) essa energia liberada é baixa, indo de 1 kcal/mol a 10 kcal/mol. As moléculas podem ser adsorvidas sobre moléculas do fluido que já estão sobre o sólido, podendo ter varias camadas de moléculas. Este tipo de adsorção é o que ocorre em operações de transferência de massa Adsorção Química A adsorção química, quimissorção ou adsorção ativa ocorre quando há uma interação química entre a molécula do meio e a do sólido. Neste caso, as forças de ligação são de natureza covalente ou até iônica. Ocorre uma ligação química entre a molécula do meio e a do sólido, o que altera a estrutura eletrônica da molécula quimissorvida, tornando-a extremamente reativa (FOGLER, 1999). Ao contrário da adsorção física, as temperaturas deste processo são altas, porém é necessário que a reação seja conduzida numa faixa de temperatura na qual a quimissorção dos reagentes é apreciável (FOGLER, 1999). Este tipo de adsorção pode ser irreversível. As entalpias são na ordem das entalpias de reação e podem ser até endotérmicas, quando ocorre a dissociação da molécula e completa mobilidade bidimensional, causando aumento do grau de liberdade e valores positivos para entropia e entalpia (SCHEER, 2002). Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 9

12 A quimissorção é importante em processos catalíticos, como o Craqueamento Catalítico Fluidizado (FCC), o qual será explicado mais a frente. quimissorção. A Tabela 2.1 mostra as principais diferenças entre a adsorção física e a TABELA 2.1 DIFERENÇAS ENTRE ADSORÇÃO FÍSICA E QUIMISSORÇÃO ADSORÇÃO FÍSICA QUIMISSORÇÃO Baixo calor de adsorção Não específica Mono ou multicamadas As moléculas adsorvidas não sofrem dissociação Ocorre a baixas temperaturas Não precisa de ativação, é rápida e reversível Não a transferência de elétrons, mas pode ocorrer polarização do adsorvato FONTE: RUTHVEN, 1984 Calor de adsorção na ordem de entalpias de reação Altamente específica Somente monocamada Pode ocorrer dissociação das moléculas Ocorre a altas temperaturas Precisa de ativação e pode ser irreversível Há a transferência de elétrons, levando a formação de ligação química 2.2 ISOTERMAS DE ADSORÇÃO Como a adsorção é uma operação que trabalha com transferência de massa, precisamos saber qual será o limite dessa adsorção, dada por dados de equilíbrio de transferência de massa. Esses dados normalmente são relacionados nas isotermas de adsorção. Isotermas de adsorção relacionam a quantidade de material adsorvido em relação pressão parcial (no caso de um gás) ou a concentração (no caso de um líquido). Segundo a IUPAC, existem seis tipos de isotermas. Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 10

13 FIGURA CLASSIFICAÇÃO DAS ISOTERMAS PELA IUPAC FONTE: SCHEER, 2002 A isoterma do tipo I representa a adsorção em monocamada de materiais microporosos. A do tipo II mostra como seria a adsorção sobre um material não poroso. Quando as moléculas do meio têm uma força coesiva muito forte, isotermas do tipo III e V são esperadas para matérias não porosos e porosos, respectivamente. A isoterma do tipo IV representa uma isoterma com histerese. Já a isoterma do tipo VI mostra uma adsorção com formação de multicamada (SCHEER, 2002). Entre os vários modelos existentes, o mais simples é o modelo da isoterma de Langmuir (que representa isotermas do tipo I e II). O modelo de Langmuir foi desenvolvido para representar a quimissorção. As considerações por ele feitas são: a) As moléculas são adsorvidas em um numero fixo e bem definido de sítios: b) Cada sítio só pode ter uma molécula; c) Todos os sítios são energeticamente equivalentes; d) Não há interação entre uma molécula adsorvida e suas vizinhas (RUTHVEN, 1984). Com isso, podemos considerar a taxa de moléculas adsorvidas como: Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 11

14 k a c ( 1 Θ) (5) e a taxa de moléculas dessorvidas como: k d Θ Θ q q s (6) (7) onde: c= concentração; k e k = constantes de adsorção e dessorção respectivamente; a d Θ = fração de preenchimento; q e q s = concentração de adsorvato no adsorvente e concentração de adsorvato definindo: na monocamada respectivamente. k K k a d (8) como o sistema está em equilíbrio, o numero de moléculas adsorvidas é igual ao número de moléculas dessorvidas, ou seja: k c ( 1 Θ) = k Θ (9) a d Rearranjando (9) e usando a definição (8) temos: Θ 1 Θ = K c (10) usando a definição (7), rearranjando e simplificando temos: q qs K c (11) = 1 + K c escrito normalmente como: 1 q = 1 q s 1 + K q s 1 c (12) Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 12

15 A equação (12) é a equação linearizada da isoterma de Langmuir (RUTHVEN, 1984). Freundlich desenvolveu um modelo empírico em que a adsorção só depende da concentração e de uma constante, que pode representar uma isoterma linear: q= K 1 c n (13) onde: K = constante de Freundlich referente a capacidade da adsorção; n= expoente de Freundlich referente a eficiência do processo de adsorção (STACHIW et al, 2006). Outro modelo de isoterma muito usado é o desenvolvido por Brunauer, Emmett e Teller (BET), usado para modelos de isotermas de multicamadas e para extrair dados de capacidade da monocamada. Como um tratamento da adsorção em multicamadas teria uma solução muito complicada (uma vez que não iremos considerar só as interações entre as moléculas do meio e as da superfície, mas também as interações entre as moléculas do adsorvato), foram feitas algumas simplificações que resultam no modelo BET: a) Cada molécula de uma camada é um possível sítio para outra de uma camada adjacente; b) As moléculas da segunda camada e das subseqüentes têm um comportamento de liquido saturado enquanto as moléculas da primeira camada possuem um comportamento diferente (isso ocorre pelo fato de que, a partir da segunda camada, as moléculas estarem em contato com outras moléculas, e não com a superfície do adsorvente, como ocorre na primeira camada); Com essas simplificações, o modelo BET é: onde: q q s = K ( p ps) ( 1 p p ) ( 1 p p + K p p ) s s s (14) Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 13

16 p= pressão parcial; p = pressão de vapor do líquido saturado. s O modelo BET representa muito bem isotermas do tipo II, porém em uma faixa muito pequena de p ps (RUTHVEN, 1984). 2.3 PROCESSOS A habilidade de sólidos porosos reterem moléculas de vapor, depois as liberando foi observada e estudada no século XVIII por Scheele e Fontana, porém a utilização prática desse fenômeno é mais recente (RUTHVEN, 1984). Pode-se dizer que uma das aplicações mais vitais da adsorção foi durante a Primeira Guerra Mundial, quando foram criadas as máscaras de gás (a princípio utilizando sílica gel e depois carvão ativado). Outro importante papel foi durante a Segunda Guerra Mundial, pois foi a utilização da sílica gel que mantinha a penicilina seca e prevenia que a umidade enferrujasse os equipamentos militares (WIKIPEDIA, acesso em: 08 fevereiro 2007). Já as primeiras aplicações industriais da adsorção aconteceram durantes as Guerras, na década de 1920, servindo para a remoção de álcool e benzeno de correntes gasosas (desenvolvido pela Bayer AG, Alemanha) e para a recuperação de etano e hidrocarbonetos pesados do gás natural (desenvolvido pela Union Carbide Co., EUA) (PUPIM, 2005). Provavelmente, a utilização mais comum seja o uso de colunas com material hidrofílico (como a sílica gel) para retirar traços de umidade de correntes. Além desses, há processos semelhantes, como a retirada de compostos sulfurados (H 2 S e mercaptans) de correntes de gás natural e de poluentes orgânicos da água (RUTHVEN, 1984). Como os materiais adsorvidos nestes casos estão em baixa concentração, não têm valor agregado e normalmente não são recuperados, estes processos são chamados de purificação (SCHEER, 2002). Os processos que utilizam a adsorção para a separação de uma mistura em diferentes correntes são ainda mais recentes e datam da década de 1950, como o processo Arosorb para recuperação de hidrocarbonetos. Esses processos tiveram um grande desenvolvimento durante a década de 1970, por causa da alta Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 14

17 nos preços do petróleo, causando um aumento no preço da energia, fazendo com que algumas aplicações da destilação se tornassem inviáveis (RUTHVEN, 1984). Os processos adsortivos atuais podem ser divididos em duas classes: processos cíclicos e processos contínuos Processos Cíclicos São processos em que o leito é saturado e regenerado de maneira cíclica. Normalmente são processos em leito fixo formado por dois ou mais leitos, pois enquanto um dos leitos está em operação o outro está em regeneração (mais comumente são usados três leitos, sendo que o terceiro está esfriando para entrar em operação), para manter a operação continua. Os processos cíclicos são classificados pelos métodos de regeneração, que podem ser de 4 formas básicas: - Thermal Swing Adsorption (TSA) - passando uma corrente inerte a alta temperatura (pois, como a adsorção é exotérmica, a dessorção é endotérmica); - Pressure Swing Adsoprption (PSA): reduzindo a pressão sobre o leito (para que a pressão parcial sobre o sólido seja maior que a da corrente, fazendo com que as moléculas sejam dessorvidas); - Purga Inerte: passando uma corrente de gás inerte sem conter o material adsorvido (para que a pressão parcial na corrente seja baixa e as moléculas sejam dessorvidas). Recomendado para sistemas onde as moléculas do adsorvato estão ligadas fracamente ao sólido - Purga de Deslocamento: passando uma corrente com um material adsorvente que compita com o material já adsorvido (RUTHVEN, 1984). Além dos quatro métodos, existem os processos combinados, como por exemplo um TSA com purga inerte para facilitar a recuperação (SCHEER, 2002). Na Tabela 2.2 estão alguns exemplos de processos cíclicos de adsorção, com os seus respectivos métodos de regeneração e na Figura 2.1 está esquematizado um processo cíclico. Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 15

18 TABELA 2.2 PROCESSOS CÍCLICOS DE ADSORÇÃO PROCESSO FASE MÉTODO DE REGENERAÇÃO Secagem de correntes de gás Gás TSA ou PSA Secagem de solventes Líquido TSA Recuperação de solvente Gás Purga Inerte Recuperação de H 2 Gás PSA Separação de ar Gás PSA Separação de Hidrocarbonetos Purga de deslocamento ou Gás lineares PSA Tratamento de Água Líquido Purga Inerte FONTE: RUTHVEN, 1984 FIGURA 2.2 PROCESSO CÍCLICO FONTE: SCHEER, Processos Contínuos Os processos contínuos podem ser subdividos ainda em processos em contracorrente verdadeiro e processos de leito móvel simulado. Num processo em contracorrente verdadeiro, o processo de transferência de massa é maximizado pelo contato em contracorrente entre o fluido e o sólido, melhorando, assim, a eficiência do processo. Esse tipo de processo é recomendado quando a separação é difícil, ou por ter uma baixa seletividade ou pela transferência de massa ser lenta (RUTHVEN, 1984, SCHEER, 2002). Um dos primeiros processos em contracorrente foi o Hypersorption, desenvolvido pela Union Oil Co. e implantando pela Dow Chemical Co. em Este processo era Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 16

19 usado para separar o etileno de metano e hidrogênio. Na Figura 2.2 (a) está um esquema do processo Hypersorption e na (b) está um desenho de uma coluna Hypersorption. FIGURA 2.3 PROCESSO HYPERSORPTION Des H2O Ads CH 4 Hidrogenio CH4 Água Hidrogenio CH4 Ads C 2 e C 3 Alimentação Des CH 4 Ads C 2 e C 3 Etileno (93%) Stripping (a) FONTE: RUTHVEN, 1984 Vapor Gás para elevar o adsorvente A alimentação entra no meio da coluna. A seção a cima dela é conhecida como seção de adsorção, onde o C 2 e o C 3 são adsorvidos. O adsorvente com os adsorvatos desce então para seção de retificação, onde adsorve o C 2 e C 3 recirculante para que ocorra a dessorção do CH 4. Esse catalisador rico em C 2 e C 3 vai para seção de stripping, para que ocorra a dessorção com vapor. Essa corrente vai para um condensador para separar a água dos hidrocarbonetos. Parte dos hidrocarbonetos retornam para a coluna para dessorver o CH 4 na seção de retificação, a outra parte deixa o processo. Depois de regenerado o catalisador é levado para um ciclone no topo da coluna por transporte pneumático e retorna para coluna na seção de resfriamento. Lá ele dessorve a água que adsorveu no (b) Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 17

20 stripping adsorvendo CH 4 e desce para a seção de adsorção recomeçando o ciclo. O hidrogênio e o CH 4 são retirados logo acima da seção de retificação e no topo, junto com a água que foi injetada em forma de vapor no fundo da coluna. (RUTHVEN, 1984). Para que o processo funcione, é necessário um complexo arranjo mecânico para assegurar a vazão do adsorvente na coluna, assim como o aquecimento e resfriamento desse. Outro ponto que dificulta a operação é o transporte pneumático do catalisador, que requer mais um complexo sistema de controle (RUTHVEN, 1984). Os processos contínuos ainda têm outras complicações, atrito entre as partículas sólidas, escoamento não uniforme da fase fluida e sólida, arraste de materiais,contaminação entre as seções do equipamento devido a estrutura porosa do adsorvente e limitação do tamanho das partículas para evitar excessiva perda de carga (SCHEER, 2002). A teoria do leito móvel simulado foi desenvolvida para contornar os problemas existentes no processo em contracorrente. Esse processo consiste em alternar o ponto onde a corrente é alimentada e o ponto onde é retirada (em uma série de leitos ou em uma coluna), simulando o movimento em contracorrente (SCHEER, 2002). A Figura 2.3 mostra um esquema de um leito fixo simulado. FIGURA PROCESSO EM LEITO MÓVEL SIMULADO FONTE: SCHEER, 2002 Entre os sistemas de leito móvel simulado podem ser citados os processos Sorbex, desenvolvidos pela UOP, em que o leito móvel é simulado em uma única coluna utilizando uma válvula rotativa, que alterna os pontos de alimentação, de entrada do dessorvente e de retirada dos produtos, e os processos desenvolvidos pela Toray, que consistem em séries de colunas recheadas em que as entradas e saídas são controladas por válvulas on/off (SCHEER, 2002). Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 18

21 2.4 ADSORVENTES A adsorção é um fenômeno comum de todas as superfícies (como a adsorção de moléculas de um gás pelas paredes do tubo em que este está escoando formando o característico perfil de velocidades). Mas no caso da operação unitária, precisa-se melhorar essa superfície, para que uma pequena massa de material possa realizar uma adsorção significativa. Esse tipo de material é o adsorvente. A principal característica dos adsorventes é a chamada superfície específica, que mostra a superfície total da partícula por unidade de massa dessa. Quanto maior essa superfície, melhor será a capacidade da partícula adsorver moléculas. Os três principais adsorventes são: carvão ativado, sílica-gel e zeólitas, mas também temos outros menos usuais, como alumina ativada e resinas poliméricas (SCHEER, 2002). Em artigos mais recentes são apresentados materiais reaproveitados que até então eram descartados como opções de adsorventes, como o xisto retortado (STACHIW et al, 2006), bagaço de cana-de-açúcar (BRANDÃO et al, 2006) ou couro residual proveniente do curtimento (SMANIOTTO et al, 2006) Carvão Ativado O carvão ativado foi um dos primeiros adsorventes utilizados (COULSON, 1982). Normalmente é feito a partir da decomposição térmica de materiais carbonáceos seguido da ativação utilizando vapor ou de dióxido de carbono a altas temperatura (entre 700 C e 1100 C). A ativação é muito importante pois é ela que vai determinar o tamanho dos poros e a área específica, podendo ultrapassar valores de 1000 m 2 /g para esta última. Esse adsorvente é basicamente hidrofóbico e altamente organofílico (isso por causa de sua superfície não polar). Muito utilizado para purificação de água, recuperação de vapores de gasolina em automóveis e descoloração de açúcar (RUTHVEN, 1984). Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 19

22 2.4.2 Zeólita Zeólitas são alumino-silicatos, naturais ou sintéticos. Por sua utilização não estar limitada somente a adsorção, mas também é elemento fundamental na catalise de diversos processos, ela será tratada em um tópico a parte. 3. CRAQUEAMENTO CATLÍTICO FLUIDIZADO O objetivo do processo de Craqueamento Catlítico Fluidizado (FCC) é de transformar o gasóleo proveniente do fundo da fracionadora atmosférica e do topo e da seção intermediária da fracionadora a vácuo das refinarias em produtos mais nobres (principalmente gasolina e GLP) através de reações de craqueamento. Porém, a alimentação sempre varia, podendo, às vezes, ser alimentado os resíduos de vácuo ou de atmosférico direto no FCC. Sadeghbeigi (2000) inclusive ironiza este fato, alegando que normalmente a única condição constante no FCC é a continua troca da qualidade da alimentação. A qualidade da alimentação nas unidades de FCC é uma das principais variáveis determinante da qualidade dos produtos e da formação de coque sobre o catalisador, pois, dependendo dessa qualidade, é necessário mudar a severidade da reação, acarretando numa maior ou menor formação de coque e a necessidade de um aumento ou diminuição da queima deste no regenaredor. O processo FCC é principal unidade de conversão de uma refinaria. Atualmente, existem aproximadamente 350 unidades espalhadas pelo mundo, processando mais de 13 milhões de barris por dia. Elas são responsáveis por aproximadamente 45% da gasolina produzida no mundo (SADEGHBEIGI, 2000). A maioria dessas unidades foram desenvolvidas ou modificadas pelas 6 maiores detentoras dessa tecnologia, que são: - ABB Lummus Global; - Exxon Research and Engineering; - KBR (Kellogg Brown & Root) Estudo de Adsorção Para Purificação e Separação de Misturas na Indústria Petrolífera 20

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA 14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA O calor gerado pela reação de combustão é muito usado industrialmente. Entre inúmeros empregos podemos citar três aplicações mais importantes e frequentes: = Geração

Leia mais

Curso de Farmácia. Operações Unitárias em Indústria Prof.a: Msd Érica Muniz 6 /7 Período DESTILAÇÃO

Curso de Farmácia. Operações Unitárias em Indústria Prof.a: Msd Érica Muniz 6 /7 Período DESTILAÇÃO Curso de Farmácia Operações Unitárias em Indústria Prof.a: Msd Érica Muniz 6 /7 Período DESTILAÇÃO 1 Introdução A destilação como opção de um processo unitário de separação, vem sendo utilizado pela humanidade

Leia mais

Fração. Página 2 de 6

Fração. Página 2 de 6 1. (Fgv 2014) De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE), aproximadamente 87% de todo o combustível consumido no mundo são de origem fóssil. Essas substâncias são encontradas em diversas

Leia mais

JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS

JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS 1. Objetivo: Considerando os limites estabelecidos pela CONAMA 382 como referências para as fontes existentes, este documento

Leia mais

4ª aula Compressores (complemento) e Sistemas de Tratamento do Ar Comprimido

4ª aula Compressores (complemento) e Sistemas de Tratamento do Ar Comprimido 4ª aula Compressores (complemento) e Sistemas de Tratamento do Ar Comprimido 3ª Aula - complemento - Como especificar um compressor corretamente Ao se estabelecer o tamanho e nº de compressores, deve se

Leia mais

Escola de Engenharia de Lorena USP - Cinética Química Capítulo 05 Reações Irreversiveis a Volume Varíavel

Escola de Engenharia de Lorena USP - Cinética Química Capítulo 05 Reações Irreversiveis a Volume Varíavel 1 - Calcule a fração de conversão volumétrica (ε A) para as condições apresentadas: Item Reação Condição da Alimentação R: (ε A ) A A 3R 5% molar de inertes 1,5 B (CH 3 ) O CH 4 + H + CO 30% em peso de

Leia mais

PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA.

PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA. PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA. 1)Considere os seguintes dados obtidos sobre propriedades de amostras de alguns materiais. Com respeito a estes materiais,

Leia mais

nome de Química do C1. De uma maneira geral é possível dividir estes produtos em três categorias:

nome de Química do C1. De uma maneira geral é possível dividir estes produtos em três categorias: ,1752'8d 2 O gás natural é composto, principalmente, de metano (até 98%) e por alguns hidrocarbonetos de maior peso molecular (de C 2 a C 6 ) além dos diluentes N 2 e CO 2. Com o uso crescente de petróleo

Leia mais

QUÍMICA QUESTÃO 41 QUESTÃO 42

QUÍMICA QUESTÃO 41 QUESTÃO 42 Processo Seletivo/UNIFAL- janeiro 2008-1ª Prova Comum TIPO 1 QUÍMICA QUESTÃO 41 Diferentes modelos foram propostos ao longo da história para explicar o mundo invisível da matéria. A respeito desses modelos

Leia mais

Obtenção de benzeno a partir do gás natural utilizando catalisadores Fe-Mo/ZSM-5

Obtenção de benzeno a partir do gás natural utilizando catalisadores Fe-Mo/ZSM-5 Obtenção de benzeno a partir do gás natural utilizando catalisadores Fe-Mo/ZSM-5 L. P. MALLMANN 1 e O. W. P. LOPEZ 1 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Engenharia Química E-mail

Leia mais

PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa

PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa PROVA DE QUÍMICA - 1998 Segunda Etapa QUESTÃO 01 Num laboratório químico, havia três frascos que continham, respectivamente, um alcano, um álcool e um alqueno. Foram realizados experimentos que envolviam

Leia mais

Água e Solução Tampão

Água e Solução Tampão União de Ensino Superior de Campina Grande Faculdade de Campina Grande FAC-CG Curso de Fisioterapia Água e Solução Tampão Prof. Dra. Narlize Silva Lira Cavalcante Fevereiro /2015 Água A água é a substância

Leia mais

Analisar e aplicar os princípios da extração sólido-líquido e líquido-líquido na separação e purificação de produtos.

Analisar e aplicar os princípios da extração sólido-líquido e líquido-líquido na separação e purificação de produtos. 12.1 Objetivo Específico Analisar e aplicar os princípios da extração sólido-líquido e líquido-líquido na separação e purificação de produtos. 12.2 Introdução A extração é uma técnica para purificação

Leia mais

Exemplo 1: As Indústrias Químicas SA tem como um de seus produtos principais o 3- vinil- 1,5- hexadieno que é processado em um tanque com agitação

Exemplo 1: As Indústrias Químicas SA tem como um de seus produtos principais o 3- vinil- 1,5- hexadieno que é processado em um tanque com agitação Exemplo 1: As Indústrias Químicas SA tem como um de seus produtos principais o 3- vinil- 1,5- hexadieno que é processado em um tanque com agitação que funciona com cargas intermitentes. Você é convidado

Leia mais

Matéria: Química Assunto: Materiais Prof. Gilberto Ramos

Matéria: Química Assunto: Materiais Prof. Gilberto Ramos Matéria: Química Assunto: Materiais Prof. Gilberto Ramos Química Materiais, suas propriedades e usos Estados Físicos Estado vem do latim status (posição,situação, condição,modo de estar). O estado físico

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO: Uma das formas mais empregadas para produção

Leia mais

USP EEL - Escola de Engenharia de Lorena Reatores Aula 1 Introdução a Engenharia de Reatores

USP EEL - Escola de Engenharia de Lorena Reatores Aula 1 Introdução a Engenharia de Reatores 1 - Introdução A cinética química e o projeto de reatores estão no coração de quase todos os produtos químicos industriais. É, principalmente, o conhecimento da cinética química e o projeto do reator que

Leia mais

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL CROMATOGRAFIA 2 1 6 Ed. Cap. 10 268-294 6 Ed. Cap. 6 Pg.209-219 6 Ed. Cap. 28 Pg.756-829 6 Ed. Cap. 21 Pg.483-501 3 Separação Química Princípios de uma separação. Uma mistura

Leia mais

QUÍMICA Exercícios de revisão resolvidos

QUÍMICA Exercícios de revisão resolvidos 13. (ENEM 2014) O principal processo industrial utilizado na produção de fenol é a oxidação do cumeno (isopropilbenzeno). A equação mostra que esse processo envolve a formação do hidroperóxido de cumila,

Leia mais

Equipamentos de Controle de

Equipamentos de Controle de Módulo VI Equipamentos de Controle de Poluição do Ar Equipamentos de Controle de Poluição do Ar Controle da emissão de material particulado Filtros de Manga Coletores Inerciais ou Gravitacionais Coletores

Leia mais

Separação de Misturas

Separação de Misturas 1. Introdução Separação de Misturas As misturas são comuns em nosso dia a dia. Como exemplo temos: as bebidas, os combustíveis, e a própria terra em que pisamos. Poucos materiais são encontrados puros.

Leia mais

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC FACULDADE DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: BROMATOLOGIA 2º/ 4 O PROFA. IVETE ARAKAKI FUJII. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO

Leia mais

14 ASPECTOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

14 ASPECTOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSO 14 ASPECTOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSO Há certos parâmetros que são desejados em todos os tipos de equipamentos de processo, como: FUNCIONALIDADE EFICÁCIA CONFIABILIDADE

Leia mais

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais.

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Engenharia Agrícola Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Robson

Leia mais

5. Resultados e Análises

5. Resultados e Análises 66 5. Resultados e Análises Neste capítulo é importante ressaltar que as medições foram feitas com uma velocidade constante de 1800 RPM, para uma freqüência de 60 Hz e uma voltagem de 220 V, entre as linhas

Leia mais

SÉRIE: 2º ano EM Exercícios de recuperação final DATA / / DISCIPLINA: QUÍMICA PROFESSOR: FLÁVIO QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA

SÉRIE: 2º ano EM Exercícios de recuperação final DATA / / DISCIPLINA: QUÍMICA PROFESSOR: FLÁVIO QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA SÉRIE: 2º ano EM Exercícios de recuperação final DATA / / DISCIPLINA: QUÍMICA PROFESSOR: FLÁVIO QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA QUESTÃO 01 Em uma determinada transformação foi constatado que poderia ser representada

Leia mais

Apostila de Química Geral

Apostila de Química Geral Cursinho Vitoriano UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Câmpus de São José do Rio Preto Apostila de Química Geral Período noturno Ligações químicas interatômicas Vanessa R.

Leia mais

PROFESSOR LOURIVAL NETO

PROFESSOR LOURIVAL NETO QUÍMICA EM 1 DIA PROFESSOR LOURIVAL NETO UBERLÂNDIA LIGAÇÕES QUÍMICAS Iônica: Ocorre devido a transferência de elétrons! Ìons mantêmse em um cristal Retículo cristalino. A força eletrostática mantém os

Leia mais

AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL Estudando a água parte 32

AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL Estudando a água parte 32 AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL Estudando a água parte 32 9º NO DO ENSINO FUNDAMENTAL - 1º ANO DO ENSINO MÉDIO OBJETIVO Diversos experimentos, usando principalmente água e materiais de fácil obtenção, são

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 INTRODUÇÃO: A água nunca está em estado puro, livre de

Leia mais

Se um sistema troca energia com a vizinhança por trabalho e por calor, então a variação da sua energia interna é dada por:

Se um sistema troca energia com a vizinhança por trabalho e por calor, então a variação da sua energia interna é dada por: Primeira Lei da Termodinâmica A energia interna U de um sistema é a soma das energias cinéticas e das energias potenciais de todas as partículas que formam esse sistema e, como tal, é uma propriedade do

Leia mais

O interesse da Química é analisar as...

O interesse da Química é analisar as... O interesse da Química é analisar as... PROPRIEDADES CONSTITUINTES SUBSTÂNCIAS E MATERIAIS TRANSFORMAÇÕES ESTADOS FÍSICOS DOS MATERIAIS Os materiais podem se apresentar na natureza em 3 estados físicos

Leia mais

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Aula 7: Tratamentos em Metais Térmicos Termoquímicos CEPEP - Escola Técnica Prof.: Transformações - Curva C Curva TTT Tempo Temperatura Transformação Bainita Quando um aço carbono

Leia mais

LIGAÇÕES INTERATÔMICAS

LIGAÇÕES INTERATÔMICAS UNIDADE 2 - LIGAÇÕES INTERATÔMICAS 2.1. FORÇAS DE LIGAÇÃO FORTES Importante conhecer-se as atrações que mantêm os átomos unidos formando os materiais sólidos. Por exemplo, uma peça de cobre contém 8,4x10

Leia mais

Ar de Alta Qualidade, da Geração à Utilização

Ar de Alta Qualidade, da Geração à Utilização Ar de Alta Qualidade, da Geração à Utilização A qualidade do ar em um sistema de ar comprimido tem variações e todas elas estão contempladas no leque de opções de produtos que a hb ar comprimido oferece.

Leia mais

PROPRIEDADES DA MATÉRIA

PROPRIEDADES DA MATÉRIA Profª Msc.Anna Carolina A. Ribeiro PROPRIEDADES DA MATÉRIA RELEMBRANDO Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Não existe vida nem manutenção da vida sem matéria. Corpo- Trata-se de uma porção

Leia mais

Introdução. adsorção física, a adsorção química, a absorção e a catálise.

Introdução. adsorção física, a adsorção química, a absorção e a catálise. QUAL O CRITÉRIO QUE VOCÊ USA PARA TROCAR OS CARTUCHOS? Introdução Parte integrante do respirador que tem como função a retenção de gases e vapores. A retenção é feita através das reações com os contaminantes.

Leia mais

Condensação. Ciclo de refrigeração

Condensação. Ciclo de refrigeração Condensação Ciclo de refrigeração Condensação Três fases: Fase 1 Dessuperaquecimento Redução da temperatura até a temp. de condensação Fase 2 Condensação Mudança de fase Fase 3 - Subresfriamento Redução

Leia mais

As forças atrativas entre duas moléculas são significativas até uma distância de separação d, que chamamos de alcance molecular.

As forças atrativas entre duas moléculas são significativas até uma distância de separação d, que chamamos de alcance molecular. Tensão Superficial Nos líquidos, as forças intermoleculares atrativas são responsáveis pelos fenômenos de capilaridade. Por exemplo, a subida de água em tubos capilares e a completa umidificação de uma

Leia mais

Introdução à Química Inorgânica

Introdução à Química Inorgânica Introdução à Química Inorgânica Orientadora: Drª Karla Vieira Professor Monitor: Gabriel Silveira Química A Química é uma ciência que está diretamente ligada à nossa vida cotidiana. A produção do pão,

Leia mais

Reciclagem polímeros

Reciclagem polímeros Reciclagem polímeros Reciclagem Química A reciclagem química reprocessa plásticos transformando-os em petroquímicos básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como matéria-prima, em refinarias

Leia mais

Recuperação de Metais Contidos em Catalisadores Exauridos.

Recuperação de Metais Contidos em Catalisadores Exauridos. Recuperação de Metais Contidos em Catalisadores Exauridos. Flávio de Almeida Lemos Bolsista Capacitação Institucional, D.Sc. Ivan Ondino de Carvalho Masson Orientador, Engenheiro Químico, D. Sc. Resumo

Leia mais

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos SECAGEM DE GRÃOS Disciplina: Armazenamento de Grãos 1. Introdução - grãos colhidos com teores elevados de umidade, para diminuir perdas:. permanecem menos tempo na lavoura;. ficam menos sujeitos ao ataque

Leia mais

Prova de Recuperação Bimestral de Ciências Nome Completo: Data: / /2010

Prova de Recuperação Bimestral de Ciências Nome Completo: Data: / /2010 COLÉGIO MARIA IMACULADA QI 05 ch. 72 LAGO SUL BRASÍLIA DF E-MAIL: cmidf@cmidf.com.br FONE: 248 4768 SITE: www.cmidf.com.br VALOR:10 pontos. NOTA: 9ºano 2º PERÍODO Prova de Recuperação Bimestral de Ciências

Leia mais

2. Assinale a alternativa que apresenta, na seqüência, os termos corretos que preenchem as lacunas da seguinte afirmativa:

2. Assinale a alternativa que apresenta, na seqüência, os termos corretos que preenchem as lacunas da seguinte afirmativa: COLÉGIO JOÃO PAULO I QUÍMICA 8ª Série Nome: Turma: Data: Professor (a): Nota Máxima: 6,0 Nota: 1. Assinale a ÚNICA proposição CORRETA que contém o melhor método para separar os três componentes de uma

Leia mais

COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33) 3341-1244 www.colegiosantateresinha.com.br

COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33) 3341-1244 www.colegiosantateresinha.com.br PLANEJAMENTO DE AÇÕES DA 2 ª ETAPA 2015 PERÍODO DA ETAPA: 01/09/2015 á 04/12/2015 TURMA: 9º Ano EF II DISCIPLINA: CIÊNCIAS / QUÍMICA 1- S QUE SERÃO TRABALHADOS DURANTE A ETAPA : Interações elétricas e

Leia mais

Termos Técnicos Ácidos Classe de substâncias que têm ph igual ou maior que 1 e menor que 7. Exemplo: sumo do limão. Átomos Todos os materiais são formados por pequenas partículas. Estas partículas chamam-se

Leia mais

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica A U L A 3 Metas da aula Descrever a experiência de interferência por uma fenda dupla com elétrons, na qual a trajetória destes

Leia mais

Osmose Reversa Conheça este processo de purificação de água

Osmose Reversa Conheça este processo de purificação de água Osmose Reversa Conheça este processo de purificação de água Antes de falarmos sobre Osmose Reversa, precisamos entender o que é Osmose. Osmose é o nome dado ao movimento da água entre meios com concentrações

Leia mais

ESTADOS DA MATÉRIA. O átomo é composto por outras partículas ainda menores.

ESTADOS DA MATÉRIA. O átomo é composto por outras partículas ainda menores. ESTADOS DA MATÉRIA A matéria que temos a nossa volta é formada de moléculas que são constituídas por átomos. Uma combinação destes átomos forma as substâncias que conhecemos, porém, devemos salientar que

Leia mais

Introdução. Muitas reações ocorrem completamente e de forma irreversível como por exemplo a reação da queima de um papel ou palito de fósforo.

Introdução. Muitas reações ocorrem completamente e de forma irreversível como por exemplo a reação da queima de um papel ou palito de fósforo. Introdução Muitas reações ocorrem completamente e de forma irreversível como por exemplo a reação da queima de um papel ou palito de fósforo. Existem também sistemas, em que as reações direta e inversa

Leia mais

RESOLUÇÃO COMENTADA DA PROVA DA UNESP DE 2014

RESOLUÇÃO COMENTADA DA PROVA DA UNESP DE 2014 RESOLUÇÃO COMENTADA DA PROVA DA UNESP DE 2014 1-Alguns historiadores da Ciência atribuem ao filósofo pré-socrático Empédocles a Teoria dos Quatro Elementos. Segundo essa teoria, a constituição de tudo

Leia mais

Estudo da emissão veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) em veículos movidos à DIESEL. Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior

Estudo da emissão veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) em veículos movidos à DIESEL. Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior Estudo da emissão veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) em veículos movidos à DIESEL Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior INTRODUÇÃO Durante milhões de anos a Terra passou por ciclos naturais de aquecimento

Leia mais

Química SUBSTÂNCIAS, MISTURAS E PROCESSO DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS

Química SUBSTÂNCIAS, MISTURAS E PROCESSO DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS SUBSTÂNCIAS, MISTURAS E PROCESSO DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS Átomos ligados entre si são chamados de moléculas, e representam substâncias químicas. Cada molécula é identificada por uma

Leia mais

SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS. (Processos mecânicos de separação) Sistema sólido - sólido

SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS. (Processos mecânicos de separação) Sistema sólido - sólido SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS (Processos mecânicos de separação) Sistema sólido - sólido Separação magnética: Separa misturas do tipo sólido-sólido nas quais um dos componentes tem propriedades magnéticas

Leia mais

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa.

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O que é o Aquecimento Global? O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e consiste na retenção de calor irradiado pela

Leia mais

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Estudo de caso Reúnam-se em grupos de máximo 5 alunos e proponha uma solução para o seguinte caso: A morte dos peixes ornamentais. Para isso

Leia mais

Química. Resolução das atividades complementares. Q50 Forças intermoleculares

Química. Resolução das atividades complementares. Q50 Forças intermoleculares Resolução das atividades complementares 4 Química Q50 Forças intermoleculares p. 15 1 (Unifor-CE) Considerando a natureza das ligações químicas intermoleculares existentes nas substâncias: Etanol C 2 H

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS ANÁLISES TÉRMICAS DE ALIMENTOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS ANÁLISES TÉRMICAS DE ALIMENTOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS ANÁLISES TÉRMICAS DE ALIMENTOS Regina Cristina A. De Lima TRANSIÇÕES DE FASE 1. Introdução Uma fase é um estado específico

Leia mais

POLÍMEROS POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE

POLÍMEROS POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE POLÍMEROS Os polímeros são macromoléculas formada pela união de pequenas unidades que se repetem, os monômeros. Existem basicamente dois tipos de polimerização: adição e condensação. Na polimeirzação por

Leia mais

Aluno (a): Professor:

Aluno (a): Professor: 3º BIM P1 LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS 6º ANO Aluno (a): Professor: Turma: Turno: Data: / / Unidade: ( ) Asa Norte ( ) Águas Lindas ( )Ceilândia ( ) Gama ( )Guará ( ) Pistão Norte ( ) Recanto das Emas

Leia mais

A Matéria e Diagrama de Fases. Profº André Montillo www.montillo.com.br

A Matéria e Diagrama de Fases. Profº André Montillo www.montillo.com.br A Matéria e Diagrama de Fases Profº André Montillo www.montillo.com.br Substância: É a combinação de átomos de elementos diferentes em uma proporção de um número inteiro. O átomo não é criado e não é destruído,

Leia mais

ATIVIDADE II COLÉGIO TIA IVONE - CTI. PROFESSOR: NEW CRISTIAN SÉRIE: 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Aluno(a): 1. Conceitue:

ATIVIDADE II COLÉGIO TIA IVONE - CTI. PROFESSOR: NEW CRISTIAN SÉRIE: 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Aluno(a): 1. Conceitue: COLÉGIO TIA IVONE - CTI DISCIPLINA: QUÍMICA Data: / /2012 PROFESSOR: NEW CRISTIAN SÉRIE: 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Aluno(a): ATIVIDADE II 1. Conceitue: a) Matéria b) Energia 2. Qual a relação entre matéria

Leia mais

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Disciplina: Físico-Química II Professora: Claudia

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Disciplina: Físico-Química II Professora: Claudia Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Disciplina: Físico-Química II Professora: Claudia Aluno: Julys Pablo Atayde Fernandes Células a Combustível:

Leia mais

CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO 612EE T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA?

CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO 612EE T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA? 1 T E O R I A 1 O QUE É TEMPERATURA? A temperatura é a grandeza física que mede o estado de agitação das partículas de um corpo. Ela caracteriza, portanto, o estado térmico de um corpo.. Podemos medi la

Leia mais

CALORIMETRIA, MUDANÇA DE FASE E TROCA DE CALOR Lista de Exercícios com Gabarito e Soluções Comentadas

CALORIMETRIA, MUDANÇA DE FASE E TROCA DE CALOR Lista de Exercícios com Gabarito e Soluções Comentadas COLÉGIO PEDRO II PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA PROGRAMA DE RESIDÊNCIA DOCENTE RESIDENTE DOCENTE: Marcia Cristina de Souza Meneguite Lopes MATRÍCULA: P4112515 INSCRIÇÃO: PRD.FIS.0006/15

Leia mais

TERMODINÂMICA EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E TABELAS DE VAPOR

TERMODINÂMICA EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E TABELAS DE VAPOR TERMODINÂMICA EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E TABELAS DE VAPOR Prof. Humberto A. Machado Departamento de Mecânica e Energia DME Faculdade de Tecnologia de Resende - FAT Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Leia mais

MATÉRIA E SEUS FENÔMENOS

MATÉRIA E SEUS FENÔMENOS MATÉRIA E SEUS FENÔMENOS 01- Leia o texto: Quando se acende uma vela, pode-se observar que: I- A parafina derrete e logo depois se consolida. II- Aparece fuligem quando colocamos um prato logo acima da

Leia mais

Prof. Rogério Eletrônica Geral 1

Prof. Rogério Eletrônica Geral 1 Prof. Rogério Eletrônica Geral 1 Apostila 2 Diodos 2 COMPONENTES SEMICONDUTORES 1-Diodos Um diodo semicondutor é uma estrutura P-N que, dentro de seus limites de tensão e de corrente, permite a passagem

Leia mais

Sólidos, líquidos e gases

Sólidos, líquidos e gases Mudanças de fase Sólidos, líquidos e gases Estado sólido Neste estado, os átomos da substâncias se encontram muito próximos uns dos outros e ligados por forças eletromagnéticas relativamente grandes. Eles

Leia mais

QUÍMICA. Questão 31. Questão 32

QUÍMICA. Questão 31. Questão 32 QUÍMICA Questão 3 Em 9,9 g de um sal de cálcio encontra-se 0,5 mol desse elemento. Qual a massa molar do ânion trivalente que forma esse sal? Dado: Ca 40 g/mol. (A) 39 g/mol. (B) 278 g/mol. (C) 63,3 g/mol.

Leia mais

Sobre as substâncias representadas pelas estruturas I e II, é INCORRETO afirmar:

Sobre as substâncias representadas pelas estruturas I e II, é INCORRETO afirmar: 8 GABARITO 1 1 O DIA 2 o PROCESSO SELETIVO/2005 QUÍMICA QUESTÕES DE 16 A 30 16. Devido à sua importância como catalisadores, haletos de boro (especialmente B 3 ) são produzidos na escala de toneladas por

Leia mais

M A T E R I A I S D E L A B O R A T Ó R I O. Prof. Agamenon Roberto

M A T E R I A I S D E L A B O R A T Ó R I O. Prof. Agamenon Roberto M A T E R I A I S D E L A B O R A T Ó R I O Prof. Agamenon Roberto Prof. Agamenon Roberto MATERIAS DE LABORATÓRIO 2 TUBO DE ENSAIO: Tubo de vidro fechado em uma das extremidades, empregado para fazer reações

Leia mais

PLANO DE TRABALHO DOCENTE DOCENTE RESPONSÁVEL : MARIA LUIZA TONUSSI DE OLIVEIRA

PLANO DE TRABALHO DOCENTE DOCENTE RESPONSÁVEL : MARIA LUIZA TONUSSI DE OLIVEIRA COLÉGIO ESTADUAL BARBOSA FERRAZ Ensino Médio, Normal e Profissional Rua Rio Grande do Sul, 1200 Centro - Telefone: (43) 3472-5009 www.colegiobarbosa.com.br e.mail: colbarbosa@ig.com.br CEP: 86870-000 -

Leia mais

Química. Resolução das atividades complementares. Q49 Polaridade das moléculas

Química. Resolução das atividades complementares. Q49 Polaridade das moléculas Resolução das atividades complementares 4 Química Q49 Polaridade das moléculas p 7 1 Em relação à polaridade das moléculas, responda: a) Quais as condições para que uma molécula seja polar? b) Uma molécula

Leia mais

Caldeiras Manoel O. A. Méndez

Caldeiras Manoel O. A. Méndez Caldeiras Manoel O. A. Méndez FEAU - Faculdade de Engenharia Arquitetura e Urbanismo 12 de agosto de 2015 Manoel Méndez Caldeiras 1/24 Sumário Introdução 1 Introdução 2 Descoberta do vapor Uso do vapor

Leia mais

Exercícios Sobre MudanÇas de estados físicos e diagramas

Exercícios Sobre MudanÇas de estados físicos e diagramas Exercícios Sobre MudanÇas de estados físicos e diagramas 01. (Uepg) Quanto às características das substâncias puras e das misturas, assinale o que for correto. 01) Misturas sólidas homogêneas não podem

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F

CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F Ensino Médio Ciências da Natureza Questão 1. 2. Conteúdo Extração do ferro a partir do minério, representações químicas das substâncias e reações químicas Habilidade da Matriz

Leia mais

PRINCIPAIS PARTES COMPONENTES DOS GERADORES DE VAPOR

PRINCIPAIS PARTES COMPONENTES DOS GERADORES DE VAPOR Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-056 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 INTRODUÇÃO: Apesar de existir um grande número de tipos

Leia mais

Como os seres vivos modificam o ambiente?

Como os seres vivos modificam o ambiente? Como os seres vivos modificam o ambiente? O ar e a água possibilitam a integração dos seres vivos na dinâmica planetária. Por que a parede do copo com água fria fica molhada? Será? Toda matéria é constituída

Leia mais

Fase Identifica um estado uniforme de

Fase Identifica um estado uniforme de DIAGRAMAS DE FASES Definições Fase Identifica um estado uniforme de matéria, não só no que se refere à composição química, mas também no que se refere ao estado físico. Número de fases numa mistura P 1

Leia mais

Aula 23 Trocadores de Calor

Aula 23 Trocadores de Calor Aula 23 Trocadores de Calor UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez Definição: Trocadores de Calor Os equipamentos usados para implementar

Leia mais

Transições de Fase de Substâncias Simples

Transições de Fase de Substâncias Simples Transições de Fase de Substâncias Simples Como exemplo de transição de fase, vamos discutir a liquefação de uma amostra de gás por um processo de redução de volume a temperatura constante. Consideremos,

Leia mais

3.2 Equilíbrio de Fases Vapor - Líquida - Sólida numa Substância Pura Consideremos como sistema a água contida no conjunto êmbolo - cilindro abaixo:

3.2 Equilíbrio de Fases Vapor - Líquida - Sólida numa Substância Pura Consideremos como sistema a água contida no conjunto êmbolo - cilindro abaixo: - Resumo do Capítulo 0 de Termodinâmica: Capítulo - PROPRIEDADES DE UMA SUBSTÂNCIA PURA Nós consideramos, no capítulo anterior, três propriedades familiares de uma substância: volume específico, pressão

Leia mais

GT CONAMA Fontes Fixas limites emissões fontes existentes

GT CONAMA Fontes Fixas limites emissões fontes existentes GT CONAMA Fontes Fixas limites emissões fontes existentes Proposta REFINARIAS Subgrupo : CETESB, PETROBRAS Visão do Setor 12 Refinarias PETROBRAS: REMAN AM RPCC - RN RLAM BA LUBNOR CE REGAP MG REDUC RJ

Leia mais

Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer

Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer A DIFERENÇA ENTRE GASOLINA E DIESEL HISTÓRICO Gasolina e diesel são produtos do refino de petróleo cru, achado no seu estado natural no subsolo em várias partes do mundo. Já o petróleo cru é um fluído

Leia mais

P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 20/05/06

P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 20/05/06 - ROVA DE QUÍMICA GERAL - 0/05/06 Nome: Nº de Matrícula: GABARITO Turma: Assinatura: Questão Valor Grau Revisão a,5 a,5 3 a,5 4 a,5 Total 0,0 Constantes: R 8,34 J mol - K - 0,08 atm L mol - K - atm L 0,35

Leia mais

10-10-2000. Francisco José Simões Roque, nº9 11ºA

10-10-2000. Francisco José Simões Roque, nº9 11ºA Estudo da composição dos solos A turfa 10-10-2000 Francisco José Simões Roque, nº9 11ºA INTRODUÇÃO Os solos são sistemas trifásicos pois são constituídos por componentes sólidos, líquidos e gasosos. Cerca

Leia mais

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 TUTORIAL Fonte Estabilizada de 5 Volts Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006 PdP Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos http://www.maxwellbohr.com.br

Leia mais

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014 Energia Solar Térmica Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014 Componentes de Sistemas Solares Térmicos Energia Solar Térmica - 2014

Leia mais

Aluno (a): Nº. Disciplina: Química Goiânia, / / 2014

Aluno (a): Nº. Disciplina: Química Goiânia, / / 2014 Lista de Exercícios Aluno (a): Nº. Professora: Núbia de Andrade Série: 1º ano (Ensino médio) Turma: Disciplina: Química Goiânia, / / 2014 01) A mudança de fase denominada sublimação ocorre quando a) o

Leia mais

Universidade Paulista Unip

Universidade Paulista Unip Elementos de Produção de Ar Comprimido Compressores Definição Universidade Paulista Unip Compressores são máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar, admitido nas condições atmosféricas,

Leia mais

Tecnologia na captura e armazenamento de carbono em subsolo

Tecnologia na captura e armazenamento de carbono em subsolo Tecnologia na captura e armazenamento de carbono em subsolo Discentes: Juliane C. Prado Vinícius F. Bernardo Docente: Profº Dr. César A. Moreira Disciplina: Recursos Energéticos Índice 1) Introdução 2)

Leia mais

UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR UFMG - 2005 3º DIA QUÍMICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR Química Questão 01 Carbono é um elemento cujos átomos podem se organizar sob a forma de diferentes alótropos. Alótropos H de combustão a 25

Leia mais

Utilização do óleo vegetal em motores diesel

Utilização do óleo vegetal em motores diesel 30 3 Utilização do óleo vegetal em motores diesel O óleo vegetal é uma alternativa de combustível para a substituição do óleo diesel na utilização de motores veiculares e também estacionários. Como é um

Leia mais

Operações Unitárias II

Operações Unitárias II UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Operações Unitárias II Evaporação Professor Paul Fernand Milcent Monitora Patrícia Carrano Moreira Pereira 2013 Sumário 1. Introdução... 2 1.1. Fontes de energia... 2 1.2.

Leia mais

- CROMATOGRAFIA EM CAMADA FINA (CCF)

- CROMATOGRAFIA EM CAMADA FINA (CCF) - CROMATOGRAFIA EM CAMADA FINA (CCF) Técnica de identificação e separação de compostos orgânicos Aplicações: - Identificação de componentes de uma mistura - Acompanhamento da evolução de uma reação - Análise

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

11.1 EQUAÇÃO GERAL DOS BALANÇOS DE ENERGIA. Acúmulo = Entrada Saída + Geração Consumo. Acúmulo = acúmulo de energia dentro do sistema

11.1 EQUAÇÃO GERAL DOS BALANÇOS DE ENERGIA. Acúmulo = Entrada Saída + Geração Consumo. Acúmulo = acúmulo de energia dentro do sistema 11 BALANÇOS DE ENERGIA EM PROCESSOS FÍSICOS E QUÍMICOS Para utilizar adequadamente a energia nos processos é preciso que sejam entendidos os princípios básicos envolvidos na geração, utilização e transformação

Leia mais

LIGAÇÕES QUÍMICAS TEORIA CORPUSCULAR

LIGAÇÕES QUÍMICAS TEORIA CORPUSCULAR LIGAÇÕES QUÍMICAS 5 TEORIA CORPUSCULAR 1 INTRODUÇÃO O fato de os gases nobres existirem na natureza como átomos isolados, levou os cientistas KOSSEL e LEWIS a elaborar um modelo para as ligações químicas.

Leia mais