Caro Leitor, Carlos Rivaci Sperotto Presidente

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2 Caro Leitor, É com alegria que lhe entregamos nosso Balanço da Agropecuária em 2013 e Perspectivas para Neste resumo elaborado pela nossa Assessoria Econômica buscamos mostrar-lhe o desempenho da safra de grãos e produção pecuária neste ano bem como nossas projeções para o ano que se aproxima, além de análises dos principais mercados, crédito rural, desempenho da economia. Aproveitamos também para confrontar nossas projeções para esse ano com os resultados auferidos, assim como lhe apresentamos resumidamente os principais estudos elaborados e também alguns resultados de nossas ações, como, por exemplo, o impacto das reequalizações de passivos de produtores de Arroz e de sequeiro na tomada de crédito na última safra. Gestão e planejamento são substantivos muito presentes no vocabulário do nosso empresário rural e queremos colaborar com seus processos através da oferta de informações de qualidade e de análises de tendências que certamente ajudam muito com a tomada de decisão. Temos certeza de estarmos também colaborando com a sociedade e também governos com nossas informações, pois sabemos o quanto estas têm sido úteis ao mercado, o que nos tranquiliza ao saber que estamos cumprindo com nosso papel enquanto entidade empresarial. Carlos Rivaci Sperotto Presidente

3 Sumário 1. BALANÇO DA AGROPECUÁRIA EM Área Plantada Produção Agrícola Produção Pecuária Bovinocultura de Corte Suinocultura Aves PERSPECTIVAS PARA A SAFRA 2014 NO RS Área Plantada Produção Agrícola ANÁLISE DA RENTABILIDADE ARROZ Por que os preços dos herbicidas dispararam? Os fertilizantes ajudaram para que o aumento não ainda fosse maior SOJA MILHO ANÁLISE DO CRÉDITO RURAL Análise do Custeio Análise do Investimento Reforçando a Nota Técnica: investimentos agropecuários: o Gap Entre os Anúncios no Encerramento de Feiras e o Dado Oficial do Banco Central Análise da Comercialização O Impacto das Renegociações do Arroz e da Estiagem na concessão de crédito ANÁLISE E PERSPECTIVAS DE MERCADO PARA A SAFRA 2013/ ARROZ MILHO... 53

4 5.4. SOJA TRIGO LEITE Cenário internacional Cenário Nacional e Rio Grande do Sul PRINCIPAIS INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA E DO RIO GRANDE DO SUL EM 2013 E EXPECTATIVAS PARA PIB RS PIB Brasil Inflação medida pelo IPCA Agropecuária Valor Bruto da Produção de Grãos Valor Bruto da Produção Pecuária de Corte Valor Bruto da Produção Agropecuário Indústria Serviços ESTUDOS DA ASSESSORIA ECONÔMICA EM

5 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Área Plantada de Grãos no RS em 2013 em Comparação com 2012, em hectares Tabela 2 - Produção Agrícola de Grãos no RS em 2013 em Comparação com 2012, em toneladas Tabela 3 - Comparativo do Número de Animais Abatidos em 2012 e 2013, em cabeças, e respectivo Valor Bruto da Produção, em R$ mil Tabela 4 - Suínos Abatidos no RS sob Fiscalização Federal e Faturamento do Setor Tabela 5 - Aves Abatidas no RS sob Fiscalização Federal e Faturamento do Setor Tabela 6 - Expectativa da Área Plantada de Grãos no RS, em hectares Tabela 7- Expectativa da Produção de 2014 do IBGE, em toneladas Tabela 8 - Expectativa da Produção de 2014 da FARSUL, em toneladas Tabela 9 - Comparativo do Custo de Produção de Arroz Irrigado nos Meses de Setembro de 2012 e 2013, base Uruguaiana em R$/ha Tabela 10 - Crédito Rural Tomado pelos Produtores do Estado até Outubro de Tabela 11 - Total de Crédito Rural Tomado no RS de Janeiro a Outubro de 2012 e Tabela 12 - Crédito Rural Tomado para Custeio no RS no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e Tabela 13- Crédito Rural Tomado para Investimento no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e Tabela 14 - Participação das Principais finalidades de Investimento dentro da Carteira do Crédito Rural no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e Tabela 15 - Crédito Rural Tomado para Investimento no período de janeiro a outubro de 2012 e 2013, por finalidade Tabela 16 - Crédito Rural Tomado para Comercialização no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e Tabela 17 - Números de Contratos de Comercialização Tomados para Arroz, Milho e Trigo no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e Tabela 18 - Valores Tomados para Comercialização de Arroz, Milho e Trigo no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e Tabela 19 - Produção Mundial de Arroz Beneficiado, Por Países, em milhões de toneladas

6 Tabela 20 - Consumo Mundial de Arroz Beneficiado, por Países, em milhões de toneladas Tabela 21 - Fundamentos do Mercado Brasileiro de Arroz em Casca, em milhões de toneladas Tabela 22 - Produção Mundial de Milho, por Países, em milhões de toneladas Tabela 23 - Consumo Mundial de Milho, por Países, em milhões de toneladas Tabela 24 Fundamentos do Mercado Brasileiro de Milho, em milhões de toneladas Tabela 25 - Produção Mundial de Soja por Países, em milhões de toneladas Tabela 26 - Consumo Mundial de Soja por Países, em milhões de toneladas Tabela 27 - Mercado Brasileiro de Soja, em milhões de toneladas Tabela 28 - Produção Mundial de Trigo por Países, em milhões de toneladas Tabela 29 - Consumo Mundial de Trigo por Países, em milhões de toneladas Tabela 30 - Mercado Brasileiro de Trigo, em milhões de toneladas Tabela 31- Variação dos Preços na Oceania, em US$/MT Tabela 32 - Variação dos Preços na Europa, em US$/MT

7 ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Evolução da Perda de Área da Bovinocultura de Corte para Produção de Soja no RS, em hectares Gráfico 2 - Perda Acumulada de Área da Bovinocultura de Corte para Produção de Soja, em hectares Gráfico 3 - Comparativo dos Preços do Suíno Vivo no RS, em R$/kg Gráfico 4- Evolução da Área Plantada no Estado e Estimativas para 2014, em milhões de hectares Gráfico 5 - Evolução da Produção de Grãos do Estado e Estimativas para 2014, em milhões de toneladas Gráfico 6- Evolução Mensal do Custo Operacional Total do Arroz no RS, em R$/ha Gráfico 7 - Custo do Fertilizante na Produção de Arroz entre Jan/12 a Set/13, em reais por hectare Gráfico 8 - Comparativo do Gasto com Fertilizantes no Plantio de Arroz no Período de maior Comercialização, em R$/ha Gráfico 9 - Evolução Mensal do Custo Operacional Total da Soja no RS, em R$/ha Gráfico 10 - Variação do custo com Herbicidas, Mão-de-Obra e Diesel, em R$/ha. (tendo Base=100 fixa em Jan/12) Gráfico 11 - Custo do Fertilizante na Produção de Soja entre Jan/12 a Set/13, em R$/ha Gráfico 12 - Comparativo do Gasto com Fertilizantes no Plantio de Soja no Período de maior Comercialização Gráfico 13 - Comparativo do Preço da Soja entre 2012 e 2013, em R$/sc 60 kg Gráfico 14 - Preço da Soja (Cents/Bushel) com vencimento em Maio do ano seguinte (dia/mês) na CBOT Gráfico 15 - Evolução Mensal do Custo Operacional Total do Milho no RS, em R$/ha Gráfico 16 - Variação do Custo com Fertilizantes, Herbicidas, Mão-de-Obra e Diesel, em R$/ha (tendo Base=100 fixa em Jan/12) Gráfico 17 - Custo do Fertilizante na Produção de Milho entre Jan/12 a Set/13, em R$/ha Gráfico 18 - Comparativo do Gasto com Fertilizantes no Plantio de Milho no Período de maior Comercialização, em R$ Gráfico 19 - Comparativo do Preço do Milho entre 2012 e 2013, em R$/sc 60 kg

8 Gráfico 20 - Preço Futuro do Milho (R$/sc 60 kg) com vencimento em Maio do ano seguinte (dia/mês) na BM&FBovespa Gráfico 21 - Comparativo do Crédito Rural Tomado pelos Produtores do RS no Ano de 2012 e no Período de Janeiro a Outubro de Gráfico 22 - Participação do Custeio, Investimento e Comercialização dentro da Carteira de Crédito Rural tomado no RS em 2012 e Gráfico 23 - Participação dos Principais Grãos no Custeio da Carteira de Crédito Rural do Estado no Período de Janeiro a Outubro de Gráfico 24 - Números de Contratos Tomados para Arroz, Feijão, Milho, Soja e Trigo para o Estado no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e Gráfico 25- Total dos Valores Tomados para Arroz, Feijão, Milho, Soja e Trigo para o Estado no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e 2013, em milhões de R$ Gráfico 26 - Comparação da Participação do Arroz, Milho e Trigo na Comercialização da Carteira de Crédito Rural do Estado entre 2012 e Gráfico 27 - Evolução do Número de Contratos de Custeio para Arroz no RS (Jan-Out).. 44 Gráfico 28 - Evolução do Valor Tomado como Custeio para Arroz no RS (Em R$ Milhões) (Jan-Out) Gráfico 29 - Evolução da Área Plantada de Grãos no RS (Em hectares) Gráfico 30 Comparação entre Produção e Consumo Mundiais de Arroz Beneficiado, em milhões de toneladas Gráfico 31 - Estoque Mundial de Arroz, em milhões de toneladas Gráfico 32 - Preço do Arroz na Bolsa de Chicago, em R$/sc 50 kg Gráfico 33 - Comparação dos Estoques Brasileiros e dos Preços do Arroz em Casa, em milhões de toneladas e R$/sc 50kg Gráfico 34 - Comparação entre Produção e Consumo Mundiais de Milho, em milhões de toneladas Gráfico 35 Estoque Mundial de Milho, em milhões de toneladas Gráfico 36 - Preços do Milho na Bolsa de Chicago, em Reais por Saca de 60 kg Gráfico 37 - Comparação dos Estoques Finais Brasileiros, em milhões de toneladas, com os Preços, em R$ Gráfico 38 - Comparação entre Produção e Consumo Mundiais de Soja, em milhões de toneladas Gráfico 39 - Estoque Final Mundial de Soja, em milhões de toneladas Gráfico 40 - Preços da Soja na Bolsa de Chicago, em R$/sc 60 kg

9 Gráfico 41- Estoque Final de Soja no Brasil, em milhões de toneladas Gráfico 42 - Comparação entre Produção e Consumo Mundiais de Trigo, em milhões de toneladas Gráfico 43- Estoque Final Mundial de Trigo, em milhões de toneladas Gráfico 44 - Preços do Trigo na Bolsa de Chicago, em R$/ton Gráfico 45- Estoque Final de Trigo no Brasil, em milhões de toneladas Gráfico 46 - Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul Gráfico 47 - Var.(%) Anual do PIB Brasil. Fonte: IBGE * Projeções Farsul Gráfico 48 - Var.(%) Anual do PIB Brasil Per Capita. Fonte: IBGE * Projeções Farsul Gráfico 49 - Evolução da Var.(%) do IPCA no Ano. Fonte: IBGE * projeções Farsul Gráfico 50 - Valor Bruto da Produção de Grãos no RS, em mil reais Gráfico 51 - Gráfico 2 - Valor Bruto da Produção da Pecuária de Corte (Bovinos, Suínos e Aves), em mil reais Gráfico 52 - Valor Bruto da Produção Agrícola e da Pecuária de Corte (Bovinos, Suínos e Aves), em mil reais Gráfico 53 - Taxa de Crescimento Acumulado no Ano do PIB da Indústria do RS. (%) Gráfico 54 - Pesquisa Mensal da Produção Física da Indústria do RS Gráfico 55 - Taxa de Crescimento Acumulado no Ano do PIB dos Serviços do RS. (%).. 84

10 1. BALANÇO DA AGROPECUÁRIA EM Área Plantada O principal motivo pelo qual o produtor varia o tamanho da área destinada a determinada cultura é o preço pelo qual se esta pagando por esta. Quanto mais o mercado estiver pegando pelo produto, maior será o incentivo para produzi-lo. Dentre os grãos produzidos no território gaúcho, a soja fora a cultura que mais incorporou área ao seu plantio, um total de 10,7% a mais que o ano anterior, equivalente a 458,6 mil hectares. Tabela 1 - Área Plantada de Grãos no RS em 2013 em Comparação com 2012, em hectares. Os produtores do estado aumentaram 5,9% à área plantada em 2013 com relação ao ano anterior, atingindo o recorde de 8,16 milhões de hectares plantados com grãos. O principal fator estimulante foram os preços internacionais, que se mantiveram em alta no decorrer do ano. PERÍODO PRODUTO Var (%) Safra 2012 Safra /12 Amendoim (1ª safra) ,5% Arroz ,1% Aveia ,1% Centeio ,2% Cevada ,2% Feijão (1ª e 2ª safra) ,6% Girassol ,8% Milho (1ª safra) ,5% Soja ,7% Sorgo ,5% Trigo ,2% Triticale ,8% TOTAL ,9% Fonte: IBGE - Out/2013 Sabendo que o estado não possui mais fronteiras agrícolas, o aumento do espaço destinado a uma cultura irá significar uma redução de área destinada à outra produção. O aumento de 10,7% de área plantada com soja contrastou com a queda de 9,5% do milho. O principal motivo pelo qual o produtor preferiu fazer essa mudança foram os preços destas commodities no mercado. Do início de 2012 até o final do primeiro semestre deste mesmo ano, o preço do milho aumentou 30% no mercado internacional, enquanto o preço 10

11 da soja aumentou cerca de 50% em igual período, o que acabou motivando o maior cultivo desta última. O preço do trigo na bolsa de Chicago apresentou aumento de 40% no primeiro semestre em relação ao ano anterior, o que explica a decisão dos produtores gaúchos de destinarem 61 mil hectares a mais para esta commodity Produção Agrícola Os grãos mais produzidos no Rio Grande do Sul são soja, arroz, milho e trigo. Estas culturas representam, em média, 98% do total produzido no estado. O ano de 2013 apresentou uma produção 55% superior à verificada no ano anterior. Tabela 2 - Produção Agrícola de Grãos no RS em 2013 em Comparação com 2012, em toneladas. PRODUTO PERÍODO Safra 2012 Safra 2013 Var (%) 13/12 Amendoim (1ª safra) ,9% Arroz ,3% Aveia ,8% Centeio ,0% Cevada ,1% Feijão (1ª e 2ª safra) ,3% Girassol ,1% Milho (1ª safra) ,6% Soja ,6% Sorgo ,2% Trigo ,6% Triticale ,3% TOTAL ,4% Fonte: IBGE - Out/2013 O ano de 2012 foi marcado pela estiagem, onde a produção gaúcha de grãos apresentou redução de 35% em relação a Os produtores de soja foram os mais afetados, com perdas de quase 50% da quantidade produzida. O milho fora a segunda cultura mais afetada, com perdas de 45% e, por final, o trigo, que teve sua produção reduzida em 32%. O arroz também apresentou quedas no ano de 2012, mas por outros motivos que não a estiagem, visto que esta cultura é irrigada. O ano de 2013 foi marcado pela recuperação das perdas causadas pela seca. O grande destaque fora a produção de soja, que apresentou aumento de 114,6%, equivalente a 6,8 milhões de toneladas, frente a Visto que o aumento da área 11

12 destinada ao plantio de soja (10,7%) não absorve todo este aumento da quantidade produzida, concluímos que a alta variação da produção é proveniente do cenário ruim que fora o ano passado em relação ao bom cenário deste ano. O aumento de 69,6% da produção de milho também reflete a recuperação das perdas da estiagem, visto que a área destinada a esta cultura sofreu redução de 2012 para O trigo também apresentou aumento de quantidade produzida em 850 mil toneladas, o que é explicado pelo aumento da quantidade plantada no estado em igual período. O aumento percentual mais alto foi da produção de aveia. O preço deste grão foi 24% superior em abril deste ano em relação ao mesmo período no ano passado, o que incentivou os produtores a aumentarem seu espaço destinado a tal cultura, resultando numa produção 89 mil toneladas superiores. Porém, a cultura continua tendo uma participação muito pequena frente às demais Produção Pecuária Bovinocultura de Corte Apesar do avanço da Soja sobre os campos e pastagens do Rio Grande do Sul, a bovinocultura de corte se mantém firme nos seus níveis de produção, tendo o aumento de produtividade compensado quase a totalidade da área perdida para o cultivo de grãos. Apenas em 2013 tivemos um avanço da Soja sobre hectares que até 2012 eram dedicados à produção bovina e este segmento deverá perder mais 84 mil hectares em Gráfico 1 - Evolução da Perda de Área da Bovinocultura de Corte para Produção de Soja no RS, em hectares Fonte: Sistema Farsul a partir dos dados brutos do IBGE 12

13 Esse movimento não é novo. Em 2004, quando a Soja atravessou um bom momento no mercado internacional, houve uma rápida expansão dessa cultura no Estado, onde foram retirados 354 mil hectares da bovinocultura apenas naquele ano. No entanto, com a estiagem sucedida da crise internacional dos preços das commodities, a bovinocultura recuperou área, inclusive gerando problemas de preço logo em seguida. Queremos dizer com isso que essa disputa da pecuária com a Soja por área é antiga e não um movimento de última hora como às vezes supõe-se, ainda que o movimento em 2013 tenha sido realmente espetacular. Quando olhamos o acumulado da área perdida para Soja desde 2005 no gráfico a seguir percebe-se que daquela data até a projeção para 2014 já temos 470 mil hectares que eram dedicados à pecuária onde agora se cultiva Soja. Gráfico 2 - Perda Acumulada de Área da Bovinocultura de Corte para Produção de Soja, em hectares Fonte: Sistema Farsul a partir dos dados do IBGE Há duas grandes novidades neste cenário de redução de área de pecuária: o primeiro é o forte aumento de produtividade que os pecuaristas estão imprimindo, ainda que haja muito espaço para melhorias, como foi amplamente discutido ao longo de 2013 nas diversas etapas do Fórum Permanente do Agronegócio De Onde Virão os Terneiros?. A segunda novidade é o avanço da Integração Lavoura-Pecuária que, além de colaborar também para o aumento da produtividade, permite que se produzam grãos e carnes no mesmo espaço, ainda que em períodos diferentes do ano. 13

14 Portanto a melhoria no manejo, em boa medida resultante dos cursos de Senar voltados a esta atividade, somado a Integração Lavoura-Pecuária, permitiram que, apesar da perda de 386 mil hectares em 2013, o número de animais abatidos não sofressem redução proporcional. De acordo com o Fundesa foram abatidos no Rio Grande do Sul 1,540 milhão de cabeças em 2013, entre Janeiro e Outubro, resultado 2% menor que no igual período do ano passado. Nossa projeção para o final de 2013 é que sejam abatidos 1,889 milhões de bovinos no Rio Grande do Sul, tendo sido abatidos animais a menos que em Tabela 3 - Comparativo do Número de Animais Abatidos em 2012 e 2013, em cabeças, e respectivo Valor Bruto da Produção, em R$ mil. ABATES DE BOVINOS (Q) VBP BOVINOS (R$) Mês Var.(%) Var.(%) Jan % ,8% Fev % ,3% Mar % ,9% Abr % ,3% Mai % ,2% Jun % ,4% Jul % ,0% Ago % ,0% Set % ,2% Out % ,2% Nov % ,8% Dez % ,1% Jan-Out % ,5% Total % ,5% Fonte: Fundesa Elaboração: Sistema Farsul/Assessoria Econômica Nota: Nos meses de Novembro e Dezembro são projeções da Assessoria Econômica Ainda que seja reduzido o número de animais abatidos em 2013 em relação a 2012, o mesmo não se espera do faturamento, que deve aumentar em 0,5%, atingindo ao final do ano R$ 2,693 bilhões que, para centenas de municípios do Estado, são determinantes para o desempenho da economia local. Para este melhor resultado financeiro contou-se com preços maiores em média 3% do que os praticados em Suinocultura Depois de um ano desastroso como foi o de 2012 para a suinocultura, 2013 foi um ano de recuperação, ainda que esteja longe de ser um dos mais lucrativos para os produtores. Tendo suas dívidas renegociadas na metade do ano passado e frente uma recuperação no mercado internacional, os preços dos suínos estiveram bem acima do praticado no ano passado em todos os meses do ano. 14

15 No preço médio ponderado entre janeiro e outubro, temos em 2013 os preços 20% acima de 2012, conforme pode ser visto no gráfico a seguir: Gráfico 3 - Comparativo dos Preços do Suíno Vivo no RS, em R$/kg. 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 2,90 2,89 2,78 2,30 2,19 2, ,07 2,87 2,66 2,73 2,61 2,55 2,55 2,64 2,47 2,43 2,44 2,46 2,01 1,99 2,04 2,84 0,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Maiores preços foram também acompanhados de maior volume de abates. Entre janeiro e outubro de 2013 foram abatidos 4% a mais do que no mesmo período de 2012, atingindo 6,1 milhões de animais. O abate total de 2013 projetamos em 7,3 milhões de cabeças, um salto de 4% em relação ao ano passado. Tabela 4 - Suínos Abatidos no RS sob Fiscalização Federal e Faturamento do Setor. ABATES (Q) VBP (R$) Mês Var.(%) Var.(%) Jan % % Fev % % Mar % % Abr % % Mai % % Jun % % Jul % % Ago % % Set % % Out % % Nov % % Dez % % Jan-Out % ,0% Total % ,1% Fonte: Fundesa Elaboração: Sistema Farsul/Assessoria Econômica Nota: Nos meses de Novembro e Dezembro são projeções da Assessoria Econômica. Refere-se a abates do SIF Maior abate em bases de preços bem superiores ocasiona um salto no Valor Bruto da Produção, que deverá ser 23% maior do que em Entre os meses de janeiro e 15

16 outubro o setor faturou R$ 1,9 Bilhão, sendo que esse faturamento deve atingir quase 2,4 Bilhões até o final do ano, conforme pode ser observado na tabela acima. Ainda que tenhamos um desempenho bem superior ao de 2012 e isto deva ser comemorado, pois a suinocultura colaborou muito para o melhor desempenho do PIB Agropecuário em 2013, não podemos esquecer-nos da elevação dos custos de produção decorrentes do aumento dos preços do Milho e da Soja, componentes determinantes do custo do setor Aves O setor produtivo de Aves também apresentou recuperação frente à crise vivida pelo setor em Diante de preços em média 11% superiores aos praticados em 2012 e com o preço dos grãos Milho e Soja abaixo do adquirido no ano passado, nota-se uma melhor condição de produção no RS e isto se refletiu em no número de abates que entre Janeiro e Outubro deste ano estavam 5% superior ao do mesmo período do ano passado e deveremos fechar 2013, de acordo com nossas projeções, com 4,4% a mais de animais abatidos. Em termos de Valor Bruto da Produção, devido aos aumentos de preço e produção verificados em 2013, o setor deverá faturar R$ 4,755 Bilhões neste ano, um aumento de 17,9% em relação ao ano fechado de Na passagem de Janeiro a Outubro temos acumulado um crescimento de quase 20% em relação ao mesmo período de Tabela 5 - Aves Abatidas no RS sob Fiscalização Federal e Faturamento do Setor. ABATES DE AVES (Q) VBP AVES (R$) Mês Var.(%) Var.(%) Jan % % Fev % % Mar % % Abr % % Mai % % Jun % % Jul % % Ago % % Set % % Out % % Nov % % Dez % % Jan-Out % ,7% Total % ,9% Fonte: Fundesa Elaboração: Sistema Farsul/Assessoria Econômica Nota: Nos meses de Novembro e Dezembro são projeções da Assessoria Econômica 16

17 2. PERSPECTIVAS PARA A SAFRA 2014 NO RS 2.1. Área Plantada De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE, devemos ter uma área plantada de soja 3,6% superior em 2014 em relação a 2013, o que corresponde a 170,4 mil hectares a mais. Ainda de acordo com o IBGE, o arroz também terá aumento de área destinada a seu plantio de 3,5%. Dentre os principais grãos plantados no Estado, exceto o trigo que ainda não foi projetado pelo LSPA, o milho será a commodity que apresentará queda de 6,9% de área plantada, contrastando com o aumento do cultivo destinado a outros grãos. A Farsul também realizou a sua projeção para a próxima safra e o resultado obtido com esta foi de um aumento de 3% da área plantada com grãos no Estado. Acreditamos numa variação da área plantada com soja de 3%, bem semelhante ao montante projetado pelo IBGE. Porém, projetamos uma área de milho menor ainda do que o verificado nas projeções do IBGE, de -11%. Mas, acreditamos que a cultura que realmente apresentará forte variação positiva será o trigo. Tabela 6 - Expectativa da Área Plantada de Grãos no RS, em hectares. PRODUTO PERÍODO Safra 2013 Safra 2014 Var (%) Amendoim ,9% Arroz ,0% Aveia ,6% Centeio ,4% Cevada ,3% Feijão ,1% Girassol ,7% Milho ,3% Soja ,4% Sorgo ,0% Trigo ,3% Triticale ,2% TOTAL ,6% 2013: IBGE - Out/ : Estimativa FARSUL A maior variação em hectares será da área destinada à soja, sua alteração de 3,4% irá representar 162 mil hectares acrescidos ao seu plantio. Este aumento da área destinada ao plantio da oleaginosa será, em parte, proveniente da queda de 114,9 mil hectares da área do milho. A razão pela qual os produtores irão continuar destinando áreas antes ocupadas com milho para o plantio de soja é o preço que estas commodities 17

18 apresentaram neste ano no mercado internacional. Do início de 2013 a outubro deste ano, a queda do preço internacional do milho foi de 30%, atingindo R$23,90/saca, enquanto o preço da soja se mantinha nos patamares médios de R$65,00/saca. Estimamos outro aumento consecutivo da área plantada de trigo para a próxima safra. A expectativa é de aumento de 150,3 mil hectares, estimulado pelo preço deste produto que, a partir de junho, passou a apresentar preços crescentes, saindo da média de R$30,25/saca para atingir uma média de R$39,92 em outubro. A área destinada ao plantio de grãos no Rio Grande do Sul fora de 8,15 milhões de hectares em Para 2014 a Farsul estima uma área de 8,37 milhões de hectares, 100 mil hectares superior ao projetado pelo IBGE. Abaixo segue um gráfico, que possibilita a observação da diferença no estimado estre os dois estudos frente aos dados consolidados levantados pelo IBGE de 1998 a Gráfico 4- Evolução da Área Plantada no Estado e Estimativas para 2014, em milhões de hectares. 9,00 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 IBGE ESTIMATIVA FARSUL ESTIMATIVA IBGE* 8,15 8,37 8, *: Estimativa do FARSUL para **: Estimativa IBGE para (*) Estimativas do IBGE para: aveia, centeio, cevada e triticale foram coletados da CONAB. Analisando os preços atuais dos grãos no mercado gaúcho, a Farsul estimou uma área superior em 2,6%, equivalente a 214 mil hectares Produção Agrícola Como as projeções levam a esperar uma área plantada maior, espera-se que a quantidade produzida também seja superior, visto que o montante produzido é basicamente a área plantada multiplicada pelo rendimento médio esperado. Primeiramente faremos uma análise com a produção que o IBGE estima para o ano de 18

19 2014 e, em seguida, analisaremos a quantidade que a FARSUL está estimando para a produção gaúcha nesta próxima safra. O IBGE acredita que a produção gaúcha irá aumenta 2% em 2014 frente à produção de 2013, conforme o gráfico a seguir. Tabela 7- Expectativa da Produção de 2014 do IBGE, em toneladas. O aumento da produção de soja estimada pelo IBGE é de 7%, atingindo 13,6 milhões de toneladas da oleaginosa. Esse aumento da soja contrasta com a queda de 10% da produção do milho. A FARSUL acredita que a produção total de grãos atingirá a marca das 30,2 milhões de toneladas, atingindo a maior quantidade já produzida no estado. A variação é de 2,4%, equivalente a 715,5 mil toneladas, sendo principalmente influenciada por uma produção de trigo superior em 559,4 mil toneladas, que será um reflexo da maior área plantada que estimamos para cultura. A soja terá uma produção 4,6% superior, equivalente a 584,6 mil toneladas, devido a sua área de plantio estimada ser maior. Em contrapartida, o milho terá queda de 678,8 mil toneladas de sua produção, pois os produtores irão optar por substituir a área antes destinada a esta cultura para plantar soja. O aumento de 3,7% da produção de arroz refletirá diretamente a área destinada ao seu plantio, que será superior em 3%. PERÍODO PRODUTO Var (%) Safra 2013 Safra /13 Amendoim ,9% Arroz ,0% Aveia* ,7% Centeio* ,2% Cevada* ,3% Feijão ,3% Girassol ,5% Milho ,4% Soja ,9% Sorgo ,3% Trigo* ,1% Triticale* ,3% TOTAL ,0% 2013: IBGE - Ou/ : Estimativa IBGE (*) Para os dados usados são os estimados pela CONAB. 19

20 Tabela 8 - Expectativa da Produção de 2014 da FARSUL, em toneladas. PERÍODO PRODUTO Var (%) Safra 2013 Safra /13 Amendoim ,1% Arroz ,7% Aveia ,0% Centeio ,8% Cevada ,7% Feijão ,1% Girassol ,5% Milho ,7% Soja ,6% Sorgo ,7% Trigo ,6% Triticale ,3% TOTAL ,4% 2013: IBGE - Out/ : Estimativa FARSUL A FARSUL estimou, no relatório do ano passado, uma produção de toneladas para 2013, enquanto o IBGE apresentou a previsão de , uma diferença de 2,07 milhões de toneladas. No mês de outubro de 2013 o IBGE divulgou o dado consolidado da produção de grãos no estado, que registrou um total de As revisões do IBGE ajustaram o dado que verificamos hoje em 2,6 milhões de toneladas, enquanto a estimativa da FARSUL variou apenas 506,7 mil toneladas. A seguir apresentamos gráfico com as estimativas do IBGE e da FARSUL para as safras de 2013 relativo ao relatório anterior - e de Gráfico 5 - Evolução da Produção de Grãos do Estado e Estimativas para 2014, em milhões de toneladas. 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 IBGE ESTIMATIVA IBGE ESTIMATIVA FARSUL 26,9 29,0 29,4 30,1 30,2 2013*: Estimativa do IBGE para **: Estimativa da FARSUL para *: Estimativa do IBGE para **: Estimativa da FARSUL para 2014 (*) Estimativas do IBGE para: aveia, centeio, cevada e triticale foram coletados da CONAB. 20

21 3. ANÁLISE DA RENTABILIDADE 3.1. ARROZ Custo Operacional Total do Arroz, que contempla apenas os desembolsos no processo produtivo mais as depreciações, aumentou 2% entre Setembro de 2013 e Setembro de 2012 e 1% no ano, ou seja, entre Janeiro e Setembro de 2013, atingindo neste último mês investigado R$ 4.881,93 por hectare. Gráfico 6- Evolução Mensal do Custo Operacional Total do Arroz no RS, em R$/ha. R$5.000,00 R$4.900,00 R$4.800,00 R$4.700,00 R$4.600,00 R$4.500,00 R$4.400,00 R$4.300,00 R$4.200,00 R$4.100,00 Fonte: CEPEA/FARSUL R$4.881,93 R$4.790,05 R$4.830,71 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 Esse aumento se deve pela forte alta obtida principalmente nos agroquímicos, mão-de-obra, frete e Diesel, respectivamente. No grupo Agroquímicos, que representam 10% do custo operacional total, destaca-se a alta nos herbicidas, por exemplo, que dispararam 41% comparando-se Setembro de 2013 com o igual período do ano passado. No mesmo período os inseticidas aumentaram 13% e o grupo outros químicos aumentaram 11%, tendo os fungicidas se mantido estáveis. Na sequência o aumento no custo da mão-de-obra que representa 7,5% do COT teve alta de 9% quando tratamos do pessoal empregado direto na produção e 6% na Assistência Técnica. O aumento do custo da mão-de-obra reflete a escassez de pessoal qualificado para trabalhar na moderna agricultura. 21

22 Tabela 9 - Comparativo do Custo de Produção de Arroz Irrigado nos Meses de Setembro de 2012 e 2013, base Uruguaiana em R$/ha. Arroz Irrigado set/12 set/13 Var.(%) 13/12 Fertilizantes R$ 596,72 R$ 559,21-6% Herbicidas R$ 247,71 R$ 348,69 41% Inseticidas R$ 70,11 R$ 79,27 13% Fungicidas R$ 37,95 R$ 37,95 0% Outros químicos e sementes R$ 14,25 R$ 15,83 11% Semente+ Royalties R$ 124,20 R$ 135,00 9% Serviço terceirizado R$ 68,40 R$ 68,40 0% Diesel R$ 471,42 R$ 508,15 8% Manut. Maq e Equip. R$ 434,85 R$ 434,85 0% Irrigação R$ 684,50 R$ 656,58-4% Frete R$ 203,72 R$ 219,59 8% M. de Obra R$ 287,08 R$ 312,92 9% Armaz/Benef R$ 461,58 R$ 416,27-10% Tributos de comercialização R$ 136,11 R$ 122,75-10% Seguro R$ 62,13 R$ 62,13 0% Assit. Técnica R$ 47,05 R$ 50,01 6% Financiamento de capital de giro R$ 286,01 R$ 298,06 4% Custo Operacional Efetivo R$ 4.233,77 R$ 4.325,65 2,2% Depreciação R$ 556,28 R$ 556,28 0,0% Custo operacional total R$ 4.790,05 R$ 4.881,93 1,9% Remuneração do Capital investido R$ 369,72 R$ 369,72 0,0% Terra R$ 569,01 R$ 513,16-9,8% Custo total R$ 5.728,78 R$ 5.764,81 0,6% Fonte: CEPEA/FARSUL O Diesel representa 10,5% do COT de forma direta e ainda influenciam de maneira indireta diversos outros itens do custo, em especial o frete. Neste período analisado o Diesel aumentou 8% e são preocupantes as sinalizações de novas altas, pois aumentos no Diesel costumam ser explosivos, pois geram efeitos em cadeia e seu impacto real termina sendo muito maior do que o anúncio da alíquota. O frete entre a propriedade e a unidade armazenadora, que é desembolsado pelo produtor, também teve alta significativa, o que era de se esperar diante do aumento do Diesel e também da mão-deobra. O frete aumentou 8% em relação ao igual período do ano passado Por que os preços dos herbicidas dispararam? A disparada do preço do herbicida pode ser explicada pela forte apreciação da taxa de câmbio no período-chave da aquisição desse produto. As cotações dos herbicidas preservam forte correlação com a taxa de câmbio, sendo essa correlação de 0, A correlação varia de -1,0 a +1,0 sendo que -1 significa correlação inversa perfeita e +1 correlação positiva perfeita e 0 significa ausência completa de correlação de uma variável com outra. 22

23 Podemos afirmar, ainda, que há uma correlação logarítmica entre os preços dos herbicidas e a taxa de câmbio de 1,8%, ou ainda, para cada 1% que varia a taxa de câmbio há uma variação de 1,8% nos preços dos herbicidas. Sendo os herbicidas sensíveis às variações do câmbio e estes itens importantes do custo de produção, deve ser esperado das autoridades monetárias mais estabilidade econômica a fim de evitar que essas variações sejam absorvidas como custo de produção Os fertilizantes ajudaram para que o aumento não ainda fosse maior. A boa notícia para os custos foi à queda do preço dos fertilizantes 2. Este grupo representa pouco mais de 11,5% do custo operacional e teve uma queda de 6% quando comparamos Setembro de 2013 com o igual período do ano anterior. O menor preço deste insumo neste ano foi registrado no mês de Fevereiro, tendo uma alta em Março e voltou a cair em Abril e Maio. Produtores que compraram neste período Fevereiro até Maio - conseguiram fazer as melhores compras. Entretanto, a maior parte da aquisição ocorre entre Maio e Agosto, sendo que no mês de Julho encontramos o maior volume, uma vez que é o período em que são depositados os custeios nas contas dos produtores. Gráfico 7 - Custo do Fertilizante na Produção de Arroz entre Jan/12 a Set/13, em reais por hectare. R$700,00 R$650,00 Entrada do Custeio R$600,00 R$550,00 R$596,72 R$563,31 R$534,92 R$559,21 R$500,00 R$450,00 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 Em Julho, na entrada dos custeios, o custo dos fertilizantes estava em R$ 544,63 contra R$ 615,72 no igual período do ano passado, baixa de 11,5% no período. 2 Os fertilizantes utilizados na lavoura de arroz são aqueles utilizados pela propriedade típica do município de Uruguaiana, levantado pelo CEPEA, em quantidades habituais da propriedade típica com produtividade de 156 sc/ha. 23

24 Gráfico 8 - Comparativo do Gasto com Fertilizantes no Plantio de Arroz no Período de maior Comercialização, em R$/ha R$800,00 R$700,00 R$600,00 R$500,00 R$400,00 R$300,00 R$200,00 R$100,00 Gasto Médio mai-ago 2012: R$ 634,26 Gasto Médio mai-ago 2013: R$ 546,10 R$678,56 R$624,50 R$615,72 R$618,25 R$535,73 R$539,10 R$544,63 R$564,92 R$- mai jun jul ago Conforme pode ser visto no gráfico anterior, quando comparamos o principal período de aquisição de fertilizantes em 2013 em relação ao igual período de 2012, temse, claramente, que em todos os meses desse quadrimestre os preços foram inferiores em Contudo, produtores melhor capitalizados que não dependem do custeio para adquirir fertilizantes puderam aproveitar o maior gap entre os preços que se deu em Maio e Junho em relação ao ano anterior. Quem costuma comprar em Maio pagou o menor custo por fertilizante considerando o período de maior volume de negócios Maio-Agosto e obteve a maior diferença em relação ao ano passado, uma vez que a diferença do mês de 2013 em relação ao mesmo mês de 2012 foi, respectivamente para Maio, Junho, Julho e Agosto: - 21%, -14%, -12% e -9%. No entanto a maior parte dos produtores aguarda a liberação dos custeios para adquirir seus fertilizantes e, nestes casos, ainda que os ganhos não tenham sido tão significativos como quem comprou em Maio ou até mesmo em Fevereiro, foram muito bem vindos, pois, como já mencionado, compraram com 9% de desconto SOJA Custo Operacional Efetivo da Soja, que contempla apenas os desembolsos no processo produtivo, aumentou 3% entre Janeiro e Setembro de 2013 e 1% em relação ao 24

25 igual período do ano passado (Setembro contra Setembro), atingindo neste último mês investigado R$ 1.775,05 por hectare. Gráfico 9 - Evolução Mensal do Custo Operacional Total da Soja no RS, em R$/ha. R$1.800,00 R$1.750,00 R$1.700,00 R$1.757,32 R$1.725,98 R$1.775,05 R$1.650,00 R$1.600,00 R$1.550,00 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 Esse aumento se deve pela forte alta obtida nos herbicidas, mão-de-obra e Diesel, respectivamente. Os herbicidas aumentaram 26% ao longo de 2013 e 41% quando comparado Setembro de 2013 com o igual período do ano passado. Gráfico 10 - Variação do custo com Herbicidas, Mão-de-Obra e Diesel, em R$/ha. (tendo Base=100 fixa em Jan/12) Herbicidas Mão-de-obra Diesel jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 Já a mão-de-obra se elevou 9% em 2013 e o preço do Diesel aumentou 5% ao longo de 2013 e 6% quando comparado a Setembro de

26 A disparada do preço do herbicida pode ser explicada pela forte apreciação da taxa de câmbio no período-chave da aquisição desse produto. As cotações dos herbicidas preservam forte correlação com a taxa de câmbio, sendo essa correlação de 0,7 3. Podemos afirmar, ainda, que há uma correlação logarítmica entre os preços dos herbicidas e a taxa de câmbio de 1,8%, ou ainda, para cada 1% que varia a taxa de câmbio há uma variação de 1,8% nos preços dos herbicidas. Sendo os herbicidas sensíveis às variações do câmbio e estes itens importantes do custo de produção, deve ser esperado das autoridades monetárias mais estabilidade econômica a fim de evitar que essas variações sejam absorvidas como custo de produção. O aumento do custo de mão-de-obra em 9% também é preocupante, sobretudo por esse aumento ser bem superior a média do custo e o preço da Soja estar abaixo das cotações do ano passado. Esse aumento reflete a escassez de mão-de-obra qualificada para trabalhar na moderna agricultura. Por fim o Diesel - que está 6% maior do que o registrado no igual período do ano anterior reflete os maus resultados da Petrobras e já há sinalização de que devemos ter novos aumentos, o que é muito preocupante tendo em vista que este insumo representa 7% do custo operacional de uma lavoura de Soja. A boa notícia para os custos foi à queda do preço dos fertilizantes 4. Este grupo representa pouco mais de 30% do custo operacional e teve uma queda de 5% ao longo de 2013 e queda de 9% quando comparamos Setembro de 2013 com o igual período do ano anterior. O menor preço deste insumo neste ano foi registrado no mês de Fevereiro, tendo uma alta em Março e voltou a cair em Abril e Maio. Produtores que compraram neste período Fevereiro até Maio - conseguiram fazer as melhores compras. Entretanto, a maior parte da aquisição ocorre entre Maio e Agosto, sendo que no mês de Julho encontramos o maior volume, uma vez que é quando são depositados nas contas dos produtores os custeios. 3 A correlação varia de -1,0 a +1,0 sendo que -1 significa correlação inversa perfeita e +1 correlação positiva perfeita e 0 significa ausência completa de correlação de uma variável com outra. 4 Os fertilizantes utilizados na lavoura de soja são aqueles utilizados pela propriedade típica do município de Carazinho levantado pelo CEPEA, em quantidades habituais da propriedade típica que tem produtividade 60 sc/ha. 26

27 Gráfico 11 - Custo do Fertilizante na Produção de Soja entre Jan/12 a Set/13, em R$/ha. R$500,00 R$480,00 R$460,00 Entrada do custeio R$440,00 R$442,90 R$439,40 R$420,00 R$422,84 R$421,83 R$423,01 R$432,35 R$400,00 R$380,00 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 Conforme pode ser visto no gráfico acima, quando comparamos o principal período de aquisição de fertilizantes em 2013 em relação ao igual período de 2012, tem-se, claramente, que em todos os meses desse quadrimestre os preços foram inferiores em Contudo, produtores melhor capitalizados que não dependem do custeio para adquirir fertilizantes puderam aproveitar o maior gap entre os preços que se deu em Maio e Junho em relação ao ano anterior. Gráfico 12 - Comparativo do Gasto com Fertilizantes no Plantio de Soja no Período de maior Comercialização. R$500,00 R$480,00 R$460,00 R$440,00 R$420,00 R$488,63 R$423,01 R$475, Gasto Médio (mai-jul 2012) : R$ 469,07 Gasto Médio (mai-jul 2013) : R$ 433,65 Var.(%) 13/12= -7,55% R$438,54 R$442,90 R$439,40 R$460,15 R$447,16 R$400,00 R$380,00 mai jun jul ago 27

28 A maior parte dos produtores aguarda a liberação dos custeios para adquirir seus fertilizantes e, nestes casos, os ganhos não foram tão significativos, ainda que bem vindos. Quem comprou em Julho de 2013 economizou 0,80% em relação à compra em Julho de 2012 e, quem deixou para comprar em Agosto, economizou 2,8% caso tenha comprado também em Agosto do ano passado, no entanto, pagou 2% a mais do que se tivesse comprado no mês anterior, em Julho. Os produtores que compraram seus fertilizantes em Maio e Junho o fizeram com um desconto em relação ao igual período do ano passado de 13,43% e 7,80%, respectivamente. Além do maior custo de produção como já mencionado a receita está menor do que no mesmo período do ano passado, o que descortina um cenário de menor lucratividade para a Safra 2013/14. Gráfico 13 - Comparativo do Preço da Soja entre 2012 e 2013, em R$/sc 60 kg Jan fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Desde Julho deste ano as cotações para Soja têm sido menores do que as registradas no mesmo período do ano passado. Em Agosto e Setembro o preço da Soja estava menor em R$ 9,00 por saca de 60 kg quando comparado com igual período do ano passado, o que percentualmente representa uma queda de 12% em Setembro. 28

29 Gráfico 14 - Preço da Soja (Cents/Bushel) com vencimento em Maio do ano seguinte (dia/mês) na CBOT , , , , , , , , , ,00 7/11 7/12 7/1 7/2 7/3 7/4 7/5 7/6 7/7 7/8 7/9 7/10 7/11 Quando se olha para frente, mirando em Maio de 2014 quando teremos o forte da colheita da Soja, os negócios em Chicago estão sendo realizados a U$c 1.232/Bushel. No exato mesmo período do ano passado quando se olhava para Maio de 2013 os preços em Chicago estavam em U$c 1.460/Bushel. Logo, tivemos uma queda de 15,6% na perspectiva do preço da Soja, o que reflete uma piora nos fundamentos do mercado global. Tendo em vista as sinalizações dos preços atuais e futuros, deste ano e do ano passado, o cenário posto sugere que poderemos ter uma comercialização ao longo do ano que vem em patamares de preço menores do que os atuais MILHO Apesar do Custo Operacional Total do Milho ter aumentando 2% ao longo de 2013, atingindo em Setembro R$ 2.461,51 por hectare, em relação ao igual período do ano anterior há queda também de 2%. 29

30 Gráfico 15 - Evolução Mensal do Custo Operacional Total do Milho no RS, em R$/ha. R$2.600,00 R$2.550,00 R$2.518,27 R$2.500,00 R$2.450,00 R$2.461,51 R$2.400,00 R$2.395,08 R$2.350,00 R$2.300,00 R$2.250,00 R$2.200,00 R$2.150,00 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 Ainda que os preços dos fertilizantes 5 tenham caído e com isso reduzido o custo de produção em relação ao ano anterior, já que os fertilizantes compõe nada menos do que 33% do Custo Operacional Total, essa queda poderia ter sido bem maior não fossem as altas nos herbicidas, que subiram 11% em relação ao ano anterior e 14% ao longo de 2013, o custo com a mão-de-obra, que cresceu 9% e o preço do diesel, que subiu 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Gráfico 16 - Variação do Custo com Fertilizantes, Herbicidas, Mão-de-Obra e Diesel, em R$/ha (tendo Base=100 fixa em Jan/12) jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Herbicidas Fertilizantes Mão-de-obra Diesel dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/ Os fertilizantes utilizados na lavoura de milho são aqueles utilizados pela propriedade típica do município de Carazinho, levantado pelo CEPEA, em quantidades habituais da propriedade típica e com produtividade de 130 sc/ha. 30

31 As razões para as variações de preços nos fertilizantes, herbicidas, mão-de-obra e diesel já foram apresentadas na análise específica dos produtos. Gráfico 17 - Custo do Fertilizante na Produção de Milho entre Jan/12 a Set/13, em R$/ha. R$1.000,00 R$950,00 Entrada do Custeio R$900,00 R$850,00 R$888,09 R$865,99 R$800,00 R$750,00 R$772,50 R$802,71 R$822,38 R$700,00 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 Note-se que a média do preço dos fertilizantes no período de maior intensidade da compra, que é entre Maio e Agosto, esteve R$ 855,31 por hectare em 2013, valor 6% mais baixo do que no mesmo período do ano passado, pois naquela época esta média estava em R$ 918,48. Gráfico 18 - Comparativo do Gasto com Fertilizantes no Plantio de Milho no Período de maior Comercialização, em R$. R$1.200, R$1.000,00 R$800,00 R$964,35 R$802,71 R$924,62 R$867,14 R$888,09 R$865,99 R$896,86 R$885,40 R$600,00 R$400,00 R$200,00 R$- Mai Jun Jul Ago 31

32 Quem conseguiu comprar fertilizantes com recursos próprios antes da entrada dos custeios adquiriu com preços bem melhores, pois em Maio o custo por hectare estava em R$ 802,71 e em Julho já estava R$ 865,99, ou seja, 7,9% mais caro. Olhando em relação ao ano anterior a maior diferença deu-se justamente no mês de Maio, onde quem comprou em neste mês no ano passado e neste ano teve uma economia de R$ 161,64 por hectare ou quase 17% de economia. Gráfico 19 - Comparativo do Preço do Milho entre 2012 e 2013, em R$/sc 60 kg Jan fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Observando os preços mensais do saco de Milho neste ano e no passado, nota-se, claramente, que desde Julho os preços em 2013 estão abaixo de 2012 e a distância tem aumentado na comparação mensal e no mês de Setembro a diferença chegou a 18%. No atual nível de preço é necessário que os produtores colham 111,58 sacos de Milho por hectare apenas para cobrir os custos operacionais totais que englobam também as depreciações sendo que 102,63 sacos são utilizados apenas para a cobertura do desembolso. No caso de produtores que pagam arrendamento, para empatar com os custos o produtor precisa colher 150,65 sacos de Milho por hectare. Conforme podem ser observados no Gráfico a seguir os preços futuros do Milho também refletem fundamentos de mercado diferentes do que se tinha no mesmo igual período de

33 Gráfico 20 - Preço Futuro do Milho (R$/sc 60 kg) com vencimento em Maio do ano seguinte (dia/mês) na BM&FBovespa. 34, ,00 30,00 28,00 26,00 30,00 26,20 24,00 22,00 20,00 17/5 24/5 31/5 7/6 14/6 21/6 28/6 5/7 12/7 19/7 26/7 2/8 9/8 16/8 23/8 30/8 6/9 13/9 20/9 27/9 4/10 11/10 18/10 25/10 1/11 8/11 Em Novembro de 2012 os produtores poderiam travar preços de Milho na BM&FBovespa ao preço de R$ 30,00 o saco para o vencimento de Maio de Já em Novembro de 2013 os produtores que desejarem travar para Maio de 2014 encontram preço de R$ 26,20 o saco, o que mostra uma queda de 12,67%, indicando que o mercado considera piores os fundamentos do mercado para essa próxima safra do que considerava a safra passada, o que reforça a perspectiva de piora na rentabilidade da próxima safra. 33

34 4. ANÁLISE DO CRÉDITO RURAL O valor disponibilizado a título de Crédito Rural no Plano Safra 2013/2014 é R$ 136 bilhões, um aumento de 18% comparado com o que foi liberado no Plano Safra 2012/2013. Uma das novidades foi o aumento do limite para custeio que passou de R$ 800 mil para R$ 1milhão, aumento de 25% em relação ao Plano Safra anterior. No ano de 2012 foram tomados R$ 17,1 bilhões pelos produtores gaúchos e já foram sacados R$ 17 bilhões em 2013 até outubro, ou seja, em 10 meses já foram tomados quase o mesmo montante que o ano inteiro de Gráfico 21 - Comparativo do Crédito Rural Tomado pelos Produtores do RS no Ano de 2012 e no Período de Janeiro a Outubro de CUSTEIO INVESTIMENTO COMERCIALIZACAO TOTAL , , , , , , , ,71 Fonte: BCB Valor (R$) Valor (R$) Tabela 10 - Crédito Rural Tomado pelos Produtores do Estado até Outubro de MÊS Contrato Valor (R$) Contrato Valor (R$) Contrato Valor (R$) Contrato Valor (R$) Jan , , , ,05 Fev , , , ,62 Mar , , , ,83 Abr , , , ,25 Mai , , , ,95 Jun , , , ,39 Jul , , , ,62 Ago , , , ,64 Set , , , ,83 Out , , , ,30 TOTAL , , , ,47 Fonte: BCB/DIORF/DEROP/DIORE Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (SICOR) Elaboração: Sistema Farsul FINALIDADE CUSTEIO INVESTIMENTO COMERCIALIZAÇÃO TOTAL 34

35 Considerando somente o período de janeiro a outubro 2012 o total que foi tomado atinge R$ 13,7 bilhões para o Estado, ou seja, o aumento em 2013 é 24% maior. Já o número de contratos aumentou 17% no mesmo período analisado de 2012 para 2013, o que mostra que houve retorno de produtores ao Crédito Rural. Tabela 11 - Total de Crédito Rural Tomado no RS de Janeiro a Outubro de 2012 e MÊS Contrato 2012 TOTAL A quantidade de crédito tomado para a comercialização diminuiu 5% no Estado, enquanto o custeio aumentou os mesmos 5% mantendo assim o mesmo nível de participação do crédito sacado para investimento, reflexo da melhora dos preços e da maior liquidez do mercado. Contrato 2013 Valor (R$) 2012 Valor (R$) 2013 Contratos Valor Jan % 13% Fev % 26% Mar % 32% Abr % 39% Mai % 28% Jun % 36% Jul % 63% Ago % 15% Set % 16% Out % -6% TOTAL % 24% Fonte: BCB/DIORF/DEROP/DIORE Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (SICOR) Elaboração: Sistema Farsul TOTAL VAR. (12/13) Gráfico 22 - Participação do Custeio, Investimento e Comercialização dentro da Carteira de Crédito Rural tomado no RS em 2012 e CUSTEIO INVESTIMENTO COMERCIALIZACAO 23% 18% 25% 25% 52% 57% Fonte: BCB ANO ANO

36 4.2. Análise do Custeio O valor tomado para custeio no período de janeiro a outubro de 2013 apresentou um aumento de 23% se comparado com igual período de Confrontando com o ano inteiro passado o aumento já é maior em sete. Os números de contratos no período de janeiro a outubro de 2013 aumentaram 4% comparando com o mesmo período de 2012, bem menos que a variação do valor nesse período. Uma das razões para a diferença significativa no avanço nos valores de custeio frente aos números de contratos é o aumento do limite para custeio de R$ 800 mil para R$ 1 milhão no Plano Safra 2013/2014, um aumento bastante significativo de 25%. Tabela 12 - Crédito Rural Tomado para Custeio no RS no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e CUSTEIO CUSTEIO VAR. (12/13) MÊS Contrato Contrato Valor (R$) 2012 Valor (R$) 2013 Contratos Valor Jan % -7% Fev % 7% Mar % 57% Abr % 60% Mai % 22% Jun % 37% Jul % 116% Ago % 16% Set % 1% Out % -16% TOTAL % 23% Fonte: BCB/DIORF/DEROP/DIORE Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (SICOR) Elaboração: Sistema Farsul No gráfico a seguir expõe-se a distribuição da tomada de custeio por grão. Gráfico 23 - Participação dos Principais Grãos no Custeio da Carteira de Crédito Rural do Estado no Período de Janeiro a Outubro de TRIGO 15% ARROZ 22% FEIJÃO 0,4% SOJA 45% MILHO 17% Elaboração: Sistema Farsul 36

37 Em comparação ao ano passado a soja e o feijão tiveram avanço em sua participação dentro da carteira, enquanto o milho recuou e o arroz e o trigo mantiveram sua participação. A soja avançou 1% e o feijão 0,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o milho apresentou um recuo de 2% na participação o arroz e o trigo mantiveram o mesmo nível de participação que tinham na carteira em Gráfico 24 - Números de Contratos Tomados para Arroz, Feijão, Milho, Soja e Trigo para o Estado no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e Fonte: BCB Arroz Feijão Milho Soja Trigo Os números de contratos tomados no período de janeiro a outubro de 2013 aumentaram em relação ao último ano em três tipos de grãos. Aumentaram o número de contratos assumidos; o arroz 6% a soja 3% e o trigo 13%. Em 2013 o feijão e o milho recuaram em relação ao número de contratos tomados no ano passado, o feijão e o milho recuaram 5%. Ressalta-se que o maior avanço dentre os grãos de verão deu-se no arroz e não foi por acaso, pois é consequência da renegociação das dívidas dos orizicultores. 37

38 Gráfico 25- Total dos Valores Tomados para Arroz, Feijão, Milho, Soja e Trigo para o Estado no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e 2013, em milhões de R$ , , , , , , Arroz Feijão Milho Soja Trigo Os valores totais sacados no Estado para custeio no período de janeiro a outubro de 2013 avançaram bastante em relação a igual período de Os valores totais de custeio diferentemente dos contratos avançaram em todos os cinco tipos de grãos analisados, resultado da maior participação do crédito rural na carteira, aumento dos custos de produção e a renegociação das dívidas. Os avanços em relação ao período anterior foram de 28% para o arroz, 61% para o feijão, 19% para o milho, 35% para soja e 34% para o trigo Análise do Investimento O investimento foi à finalidade que mais avançou de 2012 para 2013, refletindo o bom momento do campo, a capitalização dos produtores e o desejo destes em melhorar seus processos. O valor total no período de janeiro a outubro de 2013 aumentou 57% se comparado com igual período de 2012, comparando com o ano inteiro de 2012 já ultrapassou em 1%. Já em termos de número de contratos no período de janeiro a outubro de 2013 foi 93% no mesmo período de

39 Tabela 13- Crédito Rural Tomado para Investimento no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e INVESTIMENTO INVESTIMENTO VARIAÇÃO (%) /2013 MÊS Contratos Contratos Valor (R$) Valor (R$) Contratos Valor Jan % 77% Fev % 96% Mar % 52% Abr % 100% Mai % 78% Jun % 48% Jul % 7% Ago % 34% Set % 138% Out % 12% TOTAL , % 57% Fonte: BCB/DIORF/DEROP/DIORE Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (SICOR) Elaboração: Sistema Farsul Observando-se o investimento por item nota-se que com exceção das regularizações fundiárias todos os itens tiveram aumento Reforçando a Nota Técnica: investimentos agropecuários: o Gap Entre os Anúncios no Encerramento de Feiras e o Dado Oficial do Banco Central O forte aumento nos investimentos em máquinas agrícolas mostra a disposição dos produtores gaúchos em aumentar a produtividade, melhorar os processos e produzir cada vez mais, crescendo 111%. Tabela 14 - Participação das Principais finalidades de Investimento dentro da Carteira do Crédito Rural no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e INVESTIMENTO Var.(%) Máquinas Agrícolas , ,18 111% Pecuária , ,08 37% Armazenagem , ,17 40% Solos , ,12 2% Renegociação , , % Irrigação , ,91 84% Capital de Giro , ,00 58% Residências rurais , ,93 41% Veículos , ,99 43% Frutas , ,99 26% Fundiários , ,38-58% Outros , ,07-18% Total ,76 57% Fonte: Banco Central do Brasil Elaboração: Sistema Farsul/Assessoria Econômica 39

40 Um crescimento dessa magnitude deve ser muito comemorado não apenas pelos produtores, mas também por fabricantes e demais envolvidos. No entanto, informações equivocadas não contribuem com a melhor alocação dos recursos, como a Assessoria Econômica alertou em Nota Técnica denominada: Nota Técnica: Investimentos Agropecuários: o Gap entre os Anúncios no Encerramento de Feiras e o Dado Oficial do Banco Central, publicada após o encerramento da Expointer na sequência do questionamento da Presidência da Farsul que, desde 2009, chama a atenção para essa distorção. Apesar do aumento de 111%, atingindo nada menos que R$ 2,1 Bi até outubro, para atingirmos os resultados anunciados precisaremos investir ainda mais 169% para alcançarmos os R$ 5,8 Bi. Essa realidade que poderia ser apenas de comemoração entre as partes envolvidas produtores que compram, assumem um grande passivo e um alto risco e as indústrias que fabricam torna-se constrangedora para quem teima, por razões que desconhecidas, insistir em confundir o mercado com informações falsas e de má qualidade. Como já dissemos em Nota, nossa preocupação não é em polemizar ou constranger que anuncia. A preocupação é técnica e baseada nas teorias de formação de bolhas desenvolvidas pelos prêmios-nóbeis Stiglitz, Arkelof e Spence, que quando se tenta apresentar a oferta ou demanda maior ou menor do que de fato ela é os agentes econômicos tendem a precificar os produtos de forma equivocada e, quando o mercado percebe, há uma forte variação no preço no momento do estouro da bolha. Como entidade empresarial tem como obrigação preservar os interesses de nossos associados. De outro lado, não se deve pedir licença para falar a verdade. Note-se também o aumento de 84% em equipamentos de irrigação ou armazenagem de água, fruto da maior facilidade de implantação a partir do programa Mais Água Mais Renda. Esse crescimento demonstra a demanda reprimida por anos de restrição burocrática e ambiental. Os produtores também estão aumentando sua capacidade de armazenagem, uma vez que o aumento desse investimento foi de 40%. Apesar do avanço da soja sobre áreas de pecuária, é importante o aumento dos investimentos pecuários. 40

41 Tabela 15 - Crédito Rural Tomado para Investimento no período de janeiro a outubro de 2012 e 2013, por finalidade. FINALIDADES DE INVESTIMENTO Analisando só as finalidades de investimento destacadas no período de janeiro a outubro de 2013 o número total de contratos aumentou 94% e o valor total sacado avançou 98% em comparação com o mesmo período de Os contratos tiveram um avanço em quase todas as finalidades de investimento no período de janeiro a outubro de 2013 em relação ao mesmo período de As finalidades que aumentaram o número de contratos são respectivamente: adubação intensiva do solo (84%), armazém (89%), camionetas (57%), colheitadeiras (108%), depósitos e instalações (64%), irrigação (146%), máquinas e implementos (117%), silos (117%), trator (59%). A única finalidade de investimento que não obteve um aumento no seu número de contratos no período analisado foi caminhões (-3%), mesmo com uma safra recorde em 2013 não houve um aumento no número de contratos para investimento em aquisição de caminhões. Considerando a evolução dos contratos destaca-se a irrigação que foi a finalidade que mais teve aumento (146%) nos números de contratos, ou seja, os produtores estão cada vez mais investindo em irrigação, evidência de uma preocupação maior por parte dos produtores depois da seca de Outra finalidade que teve um acréscimo considerável nos seus números de contratos foi investimento em silos (117%), uma das razões é o incentivo do Plano Safra 2013/2014 para investimentos em armazenagem e silos. Contratos 2012 Contratos 2013 INVESTIMENTO Valor (R$) Valor (R$) Adubação Intensiva do Solo Armazém Caminhões Camionetas Colheitadeira Depósitos e Instalações Irrigação Máquinhas e Implementos Silo Trator TOTAL Fonte: BCB/DIORF/DEROP/DIORE Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (SICOR) Elaboração: Sistema Farsul INVESTIMENTO Os valores contratados também evoluíram em quase todas as finalidades de investimento no período de janeiro a outubro de 2013 em relação ao mesmo período de As finalidades que aumentaram os valores tomados neste período foram: 41

42 caminhões (8%), camionetas (38%), colheitadeiras (125%), depósitos e instalações (22%), irrigação (54%), máquinas e implementos (154%), silos (82%), tratores (85%). Duas finalidades de investimento diminuíram os valores tomados no período; adubação intensiva do solo (-62%) e armazém (-7%) Análise da Comercialização A comercialização recuou do ano de 2012 para 2013, fruto de maior liquidez trazida pelos bons preços do ano. O valor total da comercialização tomada pelos produtores no período de janeiro a outubro de 2013 diminuiu 4% se comparado com igual período de O número de contratos recuou bastante no período de janeiro a outubro de 2013, sendo 35% menor do que o mesmo período de Tabela 16 - Crédito Rural Tomado para Comercialização no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e COMERCIALIZACAO COMERCIALIZACAO VARIAÇÃO (%) /2013 MÊS Contratos - Contratos - Valor (R$) - Valor (R$) Contratos Valor Jan % -16% Fev % -26% Mar % -5% Abr % -15% Mai % 6% Jun % 24% Jul % -8% Ago % -18% Set % -15% Out % 2% TOTAL % -4% Fonte: BCB/DIORF/DEROP/DIORE Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (SICOR) Gráfico 26 - Comparação da Participação do Arroz, Milho e Trigo na Comercialização da Carteira de Crédito Rural do Estado entre 2012 e % 40% 42% 37% % 30% 20% 10% 10% 7% 23% 13% 25% 0% ARROZ MILHO TRIGO OUTROS *Foram usados os valores de janeiro a outubro dos anos observados. 42

43 Dentro da carteira de comercialização do Crédito Rural nos períodos de janeiro a outubro de 2013 e 2012 os principais produtos são arroz milho e trigo, que tem a maior representatividade em termos de contratos e valores tomados, representam 58% do valor da carteira em 2013, um recuo de 17% se comparado com Como vistos nos gráficos anteriores os três principais produtos que compõem a carteira diminuíram a sua participação. O arroz, milho e trigo diminuíram sua participação em 5%, 3% e 10% respectivamente. Tabela 17 - Números de Contratos de Comercialização Tomados para Arroz, Milho e Trigo no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e MÊS Contratos 2012 ARROZ MILHO TRIGO Contratos 2013 Contratos 2012 Contratos 2013 Contratos 2012 Contratos 2013 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out TOTAL Fonte: BCB/DIORF/DEROP/DIORE Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (SICOR) Elaboração: Sistema Farsul Os números de contratos assumidos pelos produtores para comercialização no período de janeiro a outubro de 2013 só o arroz avançou (10%). Diminuíram o número de contratos adquiridos de 2012 para 2013 o milho (-45%) e o trigo (-21%). 43

44 Tabela 18 - Valores Tomados para Comercialização de Arroz, Milho e Trigo no Período de Janeiro a Outubro de 2012 e MÊS ARROZ MILHO TRIGO Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) JANEIRO , , , , , ,86 FEVEREIRO , , , , , ,92 MARÇO , , , , , ,80 ABRIL , , , , , ,48 MAIO , , , , , ,95 JUNHO , , , , , ,62 JULHO , , , , , ,00 AGOSTO , , , , , ,00 SETEMBRO , , , , , ,50 OUTUBRO , , , , , ,20 TOTAL , , , , , ,33 Fonte: BCB/DIORF/DEROP/DIORE Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (SICOR) Elaboração: Sistema Farsul Os valores sacados pelos produtores para comercialização no período de janeiro a outubro de 2013 só o arroz avançou (4%). Diminuíram o número de valores tomados de 2012 para 2013, o milho (-20%) e o trigo (-5%) O Impacto das Renegociações do Arroz e da Estiagem na concessão de crédito. No ano de 2012 quando o setor orizícola atravessava uma forte crise a Farsul liderou um processo de renegociação das dívidas do setor, mostrando que centenas de produtores não estavam mais acessando crédito rural em consequência do volume de dívidas de curto prazo vencidas e vincendas. Gráfico 27 - Evolução do Número de Contratos de Custeio para Arroz no RS (Jan- Out) Fonte: BCB

45 O Governo Federal atendeu ao pleito dos produtores e através da Resolução do Banco Central os bancos foram autorizados a parcelar a dívida de custeio, investimento e comercialização dos produtores em até 10 anos. Gráfico 28 - Evolução do Valor Tomado como Custeio para Arroz no RS (Em R$ Milhões) (Jan-Out) Note-se que a quantidade de produtores que retornaram ao crédito rural foi de 6% e mesmo aqueles que ainda operavam com diversas restrições com o crédito rural houve uma melhora bastante significativa, pois o valor tomado foi 28% maior que em 2012 na passagem Janeiro a Outubro. Além dos aumentos em números de contratos e valores tomados deve ser comemorada a mudança no ponto de inflexão, ou seja, na tendência. Enquanto até a renegociação tanto os contratos quanto os valores estavam em queda ao contrário do que ocorria com o crédito rural em geral e agora a tendência volta a ser de retomada como indicam os gráficos anteriores. Outra análise que apresentamos diz respeito à área plantada de grãos no Rio Grande do Sul após a estiagem de 2005 e da ocorrida em Conforme podemos notar claramente no gráfico a seguir, após 2005 os produtores enfrentaram um período muito difícil de escassez de crédito, pois suas dívidas decorrentes da estiagem programadas para curto prazo não tiveram um adequado reenquadramento, fazendo com que os produtores de algumas regiões ou não tivessem acesso ao crédito, ou não pudessem tomar todo o valor possível em razão da falta de limite. Evidentemente temos que considerar também que o cenário de mercado para o pós-estiagem de 2005 também era ruim, porém, mesmo quando o mercado reagiu ainda assim os produtores somente igualaram a área plantada em 2012, sete anos depois. 45

46 Se após a estiagem de 2005 foram necessários sete anos para retomarmos a área plantada, em 2013, imediatamente após a estiagem de 2012, temos a maior área plantada da história do Rio Grande do Sul. Gráfico 29 - Evolução da Área Plantada de Grãos no RS (Em hectares) Isso se deve, além do bom cenário para os preços, a possibilidade dos produtores de acessarem o crédito rural. A grande diferença que percebemos em 2013 em relação a 2006 é a Resolução do Banco Central que permitiu aos produtores parcelar as dívidas decorrentes da estiagem em até 10 anos. Ao dar essa possibilidade, os produtores que prorrogaram suas dívidas tiveram acesso ao novo crédito rural e puderam plantar uma grande área. Curiosamente, a maioria dos produtores que dispuseram desse expediente ao invés de pagar parceladamente, como contrataram, preferiu liquidar o montante da dívida imediatamente após acessar o novo crédito. Na verdade esta resolução possibilitou que o produtor em boa situação fizesse uma operação de caixa prorrogando, abrindo limite e quitando a dívida e aqueles em situação pior carregasse a dívida por mais tempo, mas com acesso ao novo crédito. Tanto em um caso como no outro os produtores tiveram acesso ao crédito e puderam aumentar a área plantada, diferente do ocorrido pós-estiagem de 2005 e a Resolução teve um peso importante nessa retomada. Outro pleito junto às autoridades monetárias do país foi à solução para o endividamento estrutural dos produtores de grãos de sequeiro que ainda carregavam dívidas mal equacionadas do período de 2005 em diante. Esse pleito passou a ser conduzido pela Farsul em Março de 2013, após três anos de tentativas frustradas de outras entidades e lideranças. 46

47 Nossa proposta, aceita pelos representantes diretos dos produtores dos municípios de Santo Ângelo e Santiago, foi encaminhada à Fazenda e, mais uma vez, obtivemos êxito. Através da Resolução do Banco Central produtores que ainda carregam dívidas do período de 2003 a 2011 que estão em carteira bancária ou até mesmo em perdas bancárias poderão trocar suas dívidas por outra com vencimento em até 10 anos e juros de 5,5%, bem menos do que os 15% que em média estão sendo pagos. Nossa expectativa é que em 2014 essas regiões produtoras estejam líquidas como a média dos produtores gaúchos. 47

48 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS DE MERCADO PARA A SAFRA 2013/ ARROZ O crescimento do consumo mundial de arroz têm sido linear, com variação média de 2% a.a., e expectativa para 2014 é de aumento de 1,3%, atingindo o maior consumo já registrado por esta commodity. A produção vem apresentando crescimento de 1,9% a.a. e estima-se um aumento de 1% no próximo ano. Gráfico 30 Comparação entre Produção e Consumo Mundiais de Arroz Beneficiado, em milhões de toneladas ,0 PRODUÇÃO 448,7 440,9 437,2 438,5 449,2 445,5 CONSUMO 465,8 459,9 469,0 467,0 473,2 473, , * 2014** Fonte:(*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA No ano de 2012 a produção mundial de arroz ficou acima do consumo mundial gerando um estoque final alto, de 104,5 milhões de toneladas. Em 2013 o aumento do consumo fora de 1,6%, enquanto o da produção de apenas 0,6%, o resultado fora uma excedente de produção em relação ao consumo de apenas 1,9 milhões de toneladas. Para 2014 estima-se um cenário nunca visto antes, onde consumo e a produção de arroz apresentarão quase o mesmo montante, se não fora pelo excedente de produção de 80 mil toneladas somente. Este cenário irá ocorrer em razão da variação do consumo ser, novamente, superior à variação da produção, ao ponto em que os valores quase se igualaram. 48

49 Tabela 19 - Produção Mundial de Arroz Beneficiado, Por Países, em milhões de toneladas. País/Região * 2014** Observando a variação da produção de arroz por países podemos perceber que o principal motivo pelo qual se estima uma produção apenas 1% maior na safra de 2014 em relação a 2013 é porque a China, o maior produtor de arroz do mundo irá apresentar queda de 1%. O impacto da queda da produção chinesa de arroz é forte no resultado mundial pelo fato de a China representar 30% da produção do mundo. Var. (14**/13*) Part. 2014** China 130,22 134,33 136,57 137,00 140,70 143,00 141,50-1,0% 29,9% Índia 96,69 99,18 89,09 95,98 105,31 104,40 105,00 0,6% 22,2% Indonésia 37,00 38,31 36,37 35,50 36,50 36,55 37,70 3,1% 8,0% Bangladesh 28,80 31,20 31,00 31,70 33,70 33,82 34,40 1,7% 7,3% Vietnã 24,38 24,39 24,99 26,37 27,15 27,70 27,70 0,0% 5,9% Tailândia 19,80 19,85 20,26 20,26 20,46 20,20 21,10 4,5% 4,5% Filipinas 10,48 10,76 9,77 10,54 10,70 11,43 11,70 2,4% 2,5% Burma 11,84 11,20 11,64 10,53 10,82 10,66 11,00 3,2% 2,3% Brasil 8,20 8,57 7,93 9,30 7,89 7,99 8,20 2,6% 1,7% Japão 7,93 8,03 7,71 7,72 7,65 7,76 7,72-0,5% 1,6% Estados Unidos 6,29 6,55 7,13 7,59 5,87 6,33 6,01 11,1% 1,3% Paquistão 5,70 6,90 6,80 5,00 6,20 5,40 6,00-5,1% 1,3% Camboja 3,31 3,99 4,06 4,23 4,27 4,60 4,90 6,5% 1,0% Egito 4,66 4,67 4,56 3,10 4,25 4,68 4,85 3,7% 1,0% Coreia do Sul 4,41 4,84 4,92 4,30 4,22 4,01 4,24 5,8% 0,9% Sri Lanka nd nd 2,65 2,49 3,14 2,68 3,05 14,0% 0,6% Outros 31,07 33,08 35,47 37,62 36,98 37,76 38,10 0,9% 8,1% Total 432,96 448,70 440,93 449,23 465,80 468,96 473,18 0,9% 100,0% Fonte: USDA - Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica (*) Estimativa USDA - Nov/13 (**) Projeção USDA - Nov/14 nd = Não Disponível Tabela 20 - Consumo Mundial de Arroz Beneficiado, por Países, em milhões de toneladas. País/Região * 2014** Var. (14**/13*) Part. 2014** China 127,45 133,00 134,32 135,00 139,60 144,00 146,00 1,4% 30,9% Índia 90,47 91,09 85,51 90,21 93,33 93,50 96,00 2,7% 20,3% Indonésia 36,35 37,10 38,00 39,00 39,55 39,55 39,80 0,6% 8,4% Bangladesh 30,75 31,20 31,60 32,40 34,30 34,47 34,60 0,4% 7,3% Vietnã 19,40 19,00 19,15 19,40 19,65 20,10 20,50 2,0% 4,3% Filipinas 13,50 13,10 13,13 12,90 12,86 12,85 12,80-0,4% 2,7% Tailândia 9,60 9,50 10,20 10,30 10,40 10,60 10,70 0,9% 2,3% Burma 10,75 10,80 10,89 10,10 10,20 10,20 10,25 0,5% 2,2% Japão 8,16 8,40 8,20 8,20 8,05 8,25 8,15-1,2% 1,7% Brasil 8,35 8,33 8,48 8,20 7,93 7,85 7,85 0,0% 1,7% Nigéria 4,00 4,22 4,35 4,80 5,60 5,40 6,00 11,1% 1,3% Coreia do Sul 4,67 4,79 4,70 5,18 4,91 4,61 4,50-2,5% 1,0% Egito 3,61 4,27 3,94 3,30 3,62 3,90 4,00 2,6% 0,8% Camboja 3,00 3,22 3,27 3,37 3,45 3,62 3,80 5,1% 0,8% Estados Unidos 4,04 4,08 4,01 4,33 3,49 3,75 3,69-1,7% 0,8% Nepal nd 2,88 3,06 2,71 3,22 3,32 3,35 0,9% 0,7% Outros 48,46 50,34 52,74 54,12 56,20 58,59 59,51 1,6% 12,6% Total 427,48 437,15 438,46 445,46 459,89 467,03 473,10 1,3% 100,0% Fonte: USDA - Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica (*) Estimativa USDA - Nov/13 (**) Projeção USDA - Nov/14 nd = Não Disponível 49

50 O consumo mundial cresceu 1,6% de 2012 para 2013, estimulado principalmente pelos países asiáticos, Brasil, Nigéria e Estados Unidos. Para o ano de 2014 estima-se um crescimento de 1,3%, alcançando 473 milhões de toneladas, o maior montante já registrado. Os grandes consumidores são os países asiáticos, responsáveis por 91% do consumo mundial de arroz. A China não só é o maior produtor como também o maior consumidor; porém, sua produção não irá atender seu consumo na próxima safra, podendo ser necessário um aumento da quantidade de arroz importado. A confirmar-se isso como tendência, é possível que venhamos a ter uma nova geografia do comércio internacional do arroz. O segundo maior consumidor do mundo é a Índia, que, juntamente com a China, irão aumentar seu consumo em 4% no próximo ano, passando a representar 51,2% do consumo mundial. O mercado de arroz é bastante marcado pelos asiáticos, que se destacam como grandes produtores e consumidores do produto. Entretanto, vale ressaltar que China, Indonésia e Bangladesh juntos consomem 46% do arroz produzido no mundo e suas produções não irão acompanhar o consumo, podendo gerar a necessidade de diminuir seus estoques ou aumentar suas importações. Gráfico 31 - Estoque Mundial de Arroz, em milhões de toneladas. 120,00 100,00 80,00 80,84 92,40 94,83 98,60 104,51 106,44 106,52 60,00 40,00 20,00 0, * 2014** Fonte:(*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA Elaboração: Sistema Farsul Os estoques mundiais nada mais são que a produção subtraída do consumo mais os estoques do ano anterior. Como ressaltado anteriormente, a relação entre produção e consumo em 2012 gerou um excedente de produção de 6,7 milhões de toneladas, que, somado ao estoque inicial, gerou um estoque final de 105 milhões de toneladas. No ano de 50

51 2013, a produção e o consumo apresentaram valores muito semelhantes, gerando um excedente de produção de apenas 1,93 milhões de toneladas, por isso que o estoque foi parecido com o do ano anterior, apresentando uma variação de apenas 1,3%. A expectativa para 2014 é de uma variação ainda menor (0,1%), devido ao fato de a produção continuar desacelerando enquanto o consumo seguiu seu ritmo ascendente, de maneira a gerar um excedente de produção de apenas 80 mil toneladas. O país que mais irá influenciar esta redução dos estoques mundiais será a China, que terá produção inferior ao consumo, necessitando do apoio dos estoques para suprir sua demanda interna. A quantidade de estoque de terminado produto é fator importante na determinação do preço deste. Geralmente, quando temos um estoque crescente, como é no caso do mercado de arroz, teremos um preço decrescente. Devido ao crescimento dos estoques estarem sendo estimados em uma variação bem inferior à média que o mercado vinha apresentando, os preços tendem a mudar pouco em relação ao apresentado no ano de Entretanto, não é apenas dos estoques que os preços de uma mercadoria dependem, existem diversos fatores que influenciam nesta variação. Gráfico 32 - Preço do Arroz na Bolsa de Chicago, em R$/sc 50 kg. Mesmo com os estoques aumentando abaixo da média, podemos perceber que os preços estão aumentando no decorrer dos anos. O preço de R$ 35,10/saca é um valor alto quando relacionado com o comportamento do mercado no ano anterior, que apresentou uma média de preços de R$ 28,62/saca. A tendência é de que os preços continuam semelhantes aos deste ano, visto que os estoques pouco irão variar. 51

52 Tabela 21 - Fundamentos do Mercado Brasileiro de Arroz em Casca, em milhões de toneladas. ANO COMERCIAL * 2014** VAR.(%) VAR. (%) (13*/12) (14**/13*) ESTOQUE INICIAL 1,71 1,43 1,65 0,81 1,18 0,79 1,04-32,5% 31,5% PRODUÇÃO 12,05 12,60 11,66 13,67 11,60 11,75 12,05 1,3% 2,6% IMPORTAÇÃO 0,61 0,96 1,14 0,87 1,08 1,10 1,03 2,5% -6,7% OFERTA TOTAL 14,37 14,98 14,45 15,35 13,85 13,64 14,13-1,5% 3,6% CONSUMO 12,27 12,24 12,05 12,05 11,65 11,54 11,54-1,0% 0,0% EXPORTAÇÃO 0,75 0,87 0,63 1,91 1,62 1,10 1,25-32,1% 13,3% DEMANDA TOTAL 13,03 13,11 12,69 13,96 13,28 12,64 12,79-4,8% 1,2% ESTOQUE FINAL 1,43 1,65 0,81 1,18 0,79 1,04 1,22 31,5% 16,9% RELAÇÃO ESTOQUE X CONSUMO (%) 11,62 13,45 6,71 9,76 6,81 9,04 10,57 32,8% 16,9% Fonte: USDA (*) Estimativa USDA - Nov/13 (**) Projeção USDA - Nov/14 O USDA considera somente arroz beneficiado, portanto, esta estimativa foi transformada para Base Casca O mercado brasileiro sofre uma redução de 32% de sua exportação de arroz em casca no ano de 2013, ocasionando a queda de 5% de sua demanda pelo seu produto. A oferta também fora menor em igual período, entretanto, em menor proporção (-1,5%). A queda da demanda pelo arroz brasileira ter sido acima da oferta acabou gerando um estoque final 31,5% superior. O estoque final de 2013 torna-se o estoque inicial do ano de 2014, logo, estima-se que o alto estoque gerado em 2013 irá contribuir para um aumento da oferta em Acredita-se numa oferta 3,6% superior e uma demanda, estimulada por uma retomada das exportações, superior em 1,2%. Desta maneira, a oferta brasileira irá exceder a demanda gerando um estoque ainda maior em 17%. Gráfico 33 - Comparação dos Estoques Brasileiros e dos Preços do Arroz em Casa, em milhões de toneladas e R$/sc 50kg. 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 1,43 31,72 1,65 29,79 23,82 ESTOQUE FINAL 0,81 1,18 25,73 35,26 34,89 0,79 PREÇO 1,04 1, * 2014** Fontes: Estotques - (*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA/Preços - Cepea Elaboração: Sistema Farsul

53 Podemos notar uma relação inversa entre os estoques e os preços do arroz. Em 2012, quando os estoques tiveram queda de 33%, o preço elevou-se 37%, registrando uma média de R$ 38,94/saca no mês de outubro. O estoque sofreu uma elevação em 2013, estimulando a queda do preço, a média dos preços de outubro deste ano variou - 13,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 33,73/saca. Como a expectativa para o ano de 2014 é de um estoque 17,3% superior é provável que possa incidir nos preços de maneira a pressioná-los para baixo, entretanto, o percentual de aumento não é tão alto, podendo causar pouca variação no preço da saca de arroz. 5.3 MILHO No ano de 2013 a produção mundial dos três grãos aqui analisados somou aproximadamente 1,89 bilhões de toneladas. Uma parcela de 45% desta produção total foi representada pela produção do milho. Dentre estes três, o milho também é o mais consumido, absorvendo 54% do consumo frente à soja e o arroz. A produção e o consumo de milho no mercado mundial foram muito semelhantes em 2012 e em 2013, gerando estoques menores. Entretanto, para 2014 se espera um excedente da produção um pouco maior do que o verificado nos dois anos anteriores. Gráfico 34 - Comparação entre Produção e Consumo Mundiais de Milho, em milhões de toneladas ,00 PRODUÇÃO CONSUMO 1.000,00 800,00 600,00 794,7 800,0 825,4 834,2 773,3 784,1 826,5 851,4 886,0 862,7 882,6 860,3 962,8 933,4 400,00 200,00 0, * 2014** Fonte:(*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA Elaboração: Sistema Farsul 53

54 O excedente de produção em relação ao consumo fora de 3,36 milhões de toneladas no ano de Em 2013 observamos uma queda tanto da produção quando do consumo de 2,25%, o que não causou muita alteração no excedente de produção. Para 2014 se espera que a produção seja superior em 11,6% e o consumo em 8,5%, de maneira que o excedente da produção passe a ser de 29,5 milhões de toneladas, refletindo em estoques maiores deste produto. Tabela 22 - Produção Mundial de Milho, por Países, em milhões de toneladas. País/Região * 2014** O aumento de 11,6% da produção mundial será fortemente influenciado pelo maior produtor de milho do mundo, os Estados Unidos, que irá aumentar sua produção em quase 30% e atingir o recorde de produção. O país não só é o principal produtor como também é o principal consumidor do mundo. Var. (14**/13*) Part. 2014** Estados Unidos 331,18 307,14 332,55 316,17 313,95 273,83 355,33 29,8% 36,9% China 152,30 165,91 163,97 177,25 192,78 205,60 211,00 2,6% 21,9% Brasil 58,60 51,00 56,10 57,40 73,00 81,00 70,00-13,6% 7,3% União Europeia 47,56 62,32 59,15 58,27 68,12 58,86 65,29 10,9% 6,8% Ucrânia 7,42 11,45 10,49 11,92 22,84 20,92 29,00 38,6% 3,0% Argentina 22,02 15,50 25,00 25,20 21,00 26,50 26,00-1,9% 2,7% Índia 18,96 19,73 16,72 21,73 21,76 22,23 23,00 3,5% 2,4% México 23,60 24,23 20,37 21,06 18,73 21,59 21,70 0,5% 2,3% Canadá 11,65 10,59 9,80 12,04 11,36 13,06 13,10 0,3% 1,4% África do Sul 13,16 12,57 13,42 10,92 12,76 12,20 13,00 6,6% 1,4% Rússia 3,80 6,68 3,96 3,08 6,96 8,21 11,50 40,0% 1,2% Indonésia 8,50 8,70 6,90 6,80 8,85 8,00 9,20 15,0% 1,0% Nigéria 6,50 7,97 8,95 8,80 9,25 7,63 7,70 0,9% 0,8% Filipinas 7,28 6,85 6,23 7,27 7,13 7,26 7,35 1,2% 0,8% Sérvia nd 6,13 6,40 6,80 6,40 3,50 6,00 71,4% 0,6% Egito 6,17 6,65 6,28 6,50 5,50 5,80 5,60-3,4% 0,6% Outros 71,95 78,35 79,16 83,02 85,61 86,51 88,06 1,8% 9,1% Total 794,70 800,04 825,45 834,21 885,99 862,71 962,83 11,6% 100,0% Fonte: USDA - Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica (*) Estimativa USDA - Set/13 (**) Projeção USDA - Set/14 nd = Não Disponível 54

55 Tabela 23 - Consumo Mundial de Milho, por Países, em milhões de toneladas. País/Região * 2014** Var. (14**/13*) O Consumo mundial de milho apresentou um crescimento médio de 3,4% a.a. Em 2013 a produção apresentou uma variação fora da média, com uma redução de 2,5%. Para 2014 já se estima uma retomada do crescimento do consumo em 8,5%. O consumo dos Estados Unidos irá aumentar 11,3% em 2014, dando influencia para o aumento do consumo mundial previsto para este ano. Outro país que tem forte influencia neste mercado é a China, que é o segundo maior consumidor de milho do mundo. A China irá apresentar uma demanda 7% superior, passando a obter um consumo maior que sua produção interna, possivelmente este país talvez tenha que optar por redução de estoques ou aumento da quantidade de milho importada. Como a produção apresentou queda de 2,6% neste ano de 2013 enquanto o consumo caiu 2,5% o cenário deste ano fora de uma produção mundial muito semelhante com o que estava sendo demandado, de maneira a gerar estoques menores que os apresentados no ano de 2012, como pode-se verificar no gráfico a seguir. Part. (2014**) Estados Unidos 261,63 259,27 281,62 285,12 279,04 263,58 293,38 11,3% 31,4% China 150,00 153,00 165,00 180,00 188,00 202,00 216,00 6,9% 23,1% União Europeia 64,00 61,60 61,30 64,90 69,50 69,30 70,00 1,0% 7,5% Brasil 42,50 45,50 47,00 49,50 50,50 53,00 55,00 3,8% 5,9% México 32,00 32,40 30,20 29,50 29,00 27,00 30,50 13,0% 3,3% Índia 14,20 17,00 15,10 18,10 17,20 17,40 18,90 8,6% 2,0% Japão 16,60 16,70 16,30 15,70 14,90 14,50 15,50 6,9% 1,7% Canadá 13,77 11,69 11,87 11,76 11,64 11,61 11,90 2,5% 1,3% Egito 10,40 11,10 12,00 12,50 11,70 11,70 11,70 0,0% 1,3% Indonésia 8,50 8,90 8,80 9,80 10,50 10,90 11,10 1,8% 1,2% África do Sul 9,60 9,90 10,30 10,65 10,70 10,80 11,00 1,9% 1,2% Ucrânia 5,75 5,85 5,70 6,50 7,80 8,10 9,60 18,5% 1,0% Coreia do Sul 8,64 7,89 8,38 8,21 7,82 8,38 9,10 8,5% 1,0% Rússia nd nd 3,70 3,20 4,70 6,40 8,40 31,3% 0,9% Argentina 6,80 6,40 6,90 7,30 7,00 7,60 8,00 5,3% 0,9% Nigéria 6,55 7,90 8,80 8,80 9,25 7,80 7,70-1,3% 0,8% Outros 114,82 119,66 126,57 130,91 136,33 136,73 141,62 3,6% 15,2% Total 773,29 784,08 826,53 851,40 882,62 860,30 933,36 8,5% 100,0% Fonte: USDA - Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica (*) Estimativa USDA - Set/13 (**) Projeção USDA - Set/14 nd = Não Disponível 55

56 Gráfico 35 Estoque Mundial de Milho, em milhões de toneladas ,3 148,1 146,3 131,6 129,1 132,5 134, * 2014** Fonte:(*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA A produção e o consumo do ano de 2013 foram muito semelhantes, de maneira que a produção excedeu o consumo em apenas 2,4 milhões de toneladas. Como a previsão da USDA prevê para 2014 um aumento da produção de 11,6% enquanto o consumo crescerá 8,5% o excedente de produção em relação ao consumo de milho será superior que o registrado em Devido a este aumento da produção acima de demanda os estoques da próxima safra serão 21,8% superiores, atingindo 164,3 milhões de toneladas. Se esta previsão se confirmar será registrado o maior estoque final de milho do mundo. Gráfico 36 - Preços do Milho na Bolsa de Chicago, em Reais por Saca de 60 kg ,897 56

57 A queda de 1,8% dos estoques no ano de 2012 frente ao registrado em 2013 pode ter influenciado no aumento dos preços. A partir do segundo semestre os preços do milho começaram a apresentar queda e, se os altos estoques estimados para 2014 se confirmarem, provavelmente os preços continuem com esta tendência de queda. O mercado brasileiro de milho está com uma tendência distinta do mercado mundial, porque seus preços estão firmes em patamares superiores. Dentre os principais grãos que se destacam no mercado brasileiro arroz, milho e soja- a maior demanda é destinada para o milho. Tabela 24 Fundamentos do Mercado Brasileiro de Milho, em milhões de toneladas. ANO COMERCIAL * 2014** VAR. (%) VAR. (%) (13*/12) (14**/13*) ESTOQUE INICIAL 3,60 12,60 12,08 9,99 10,28 9,21 13,51-10,4% 46,7% PRODUÇÃO 58,60 51,00 56,10 57,40 73,00 81,00 70,00 11,0% -13,6% IMPORTAÇÃO 0,96 1,09 0,70 0,29 0,94 0,87 0,80-7,2% -8,0% OFERTA TOTAL 63,16 64,69 68,88 67,68 84,21 91,08 84,31 8,2% -7,4% CONSUMO 42,50 45,50 47,00 49,50 50,50 53,00 55,00 5,0% 3,8% - Animal 36,00 38,50 40,00 42,50 43,00 45,00 46,00 4,7% 2,2% - Outros Usos 6,50 7,00 7,00 7,00 7,50 8,00 9,00 6,7% 12,5% EXPORTAÇÃO 7,80 7,18 8,62 11,58 12,67 26,04 20,50 105,5% -21,3% DEMANDA TOTAL 50,30 52,68 55,62 61,08 63,17 79,04 75,50 25,1% -4,5% ESTOQUE FINAL 12,60 12,08 9,99 10,28 9,21 13,51 14,31 46,7% 5,9% RELAÇÃO ESTOQUE X CONSUMO 29,6% 26,6% 21,3% 20,8% 18,2% 25,5% 26,0% 39,8% 2,1% Fonte: USDA (*) Estimativa USDA - Nov/13 (**) Projeção USDA - Nov/14 O Brasil é o terceiro maio produtor de milho do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. O recorde de produção brasileira de milho fora atingido em 2013, somando 81 milhões de toneladas, gerando uma oferta de 91,1 milhões de toneladas de milho. A demanda neste ano também fora a maior já registrada, estimulada pelo grande aumento das exportações, que mais que dobraram em Ainda com esse grande salto das exportações, a oferta cresceu proporcionalmente mais que a demanda, gerando um estoque de 13,5 milhões de toneladas, quase 50% maior que o estoque do ano anterior. Para a próxima safra é estimada uma queda na produção milho em 14%, reduzindo a oferta brasileira. A demanda também apresentará queda, estimulada pela queda das exportações que irão cair 21%; mas, ainda se manterão em patamares altos de 20 milhões de toneladas sendo vendidas pra fora do país. O estoque final irá variar pouco, aumentando apenas 6%. O crescimento de 47% dos estoques finais em 2013 foi 57

58 muito marcante porque desde 2008 apresentavam um ritmo de queda de, em média, -7% a.a. Gráfico 37 - Comparação dos Estoques Finais Brasileiros, em milhões de toneladas, com os Preços, em R$. 16,00 14,00 12,00 10,00 ESTOQUE PREÇO 34,3 12,58 12,08 29,87 9,99 10,28 21,29 20,14 28,28 26,53 9,21 13, , ,00 4,00 3, ,00 5 0, * 2014** Fonte: Estoques - (*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA/Preço: Cepea SOJA O ano de 2012 foi marcado pela perda de grande parte da área plantada em razão da estiagem que atingiu os Estados Unidos, o principal produtor de soja do mundo. Gráfico 38 - Comparação entre Produção e Consumo Mundiais de Soja, em milhões de toneladas. PRODUÇÃO CONSUMO ,55 221,01 219,58 211,64 260,42 263,9 237,83 251,63 256,94 239,15 267,88 258,44 283, * 2014** 58

59 O mercado da soja se recuperou após um ano de resultados negativos, apresentando uma produção de 267,9 milhões de toneladas em 2013, 12% superior ao produzido em O consumo pela commodity vinha crescendo em 3,3% a.a., mas em 2013 manteve-se no mesmo patamar que o observado em 2012, variando apenas 0,6%. Espera-se da produção um aumento de 6% em 2014, atingindo o maior montante já produzido de soja: 283,5 milhões de toneladas. O consumo também irá apresentar crescimento, crescendo 4%, mais que a média de 2% a.a. que vinha sendo registrada desde Tabela 25 - Produção Mundial de Soja por Países, em milhões de toneladas. Região * 2014** Var. (%) Part. (%) (14**/13*) 2014** Estados Unidos 72,86 80,75 91,42 90,61 84,19 82,56 88,66 7,4% 31,3% Brasil 61,00 57,80 69,00 75,30 66,50 82,00 88,00 7,3% 31,0% Argentina 46,20 32,00 54,50 49,00 40,10 49,30 53,50 8,5% 18,9% China 13,40 15,54 14,98 12,60 14,48 12,80 12,20-4,7% 4,3% Índia 9,47 9,10 9,70 9,80 11,00 11,50 11,80 2,6% 4,2% Paraguai 5,97 3,65 6,46 7,13 4,04 9,37 9,00-3,9% 3,2% Canadá 2,70 3,34 3,58 4,45 4,30 4,93 4,80-2,6% 1,7% Outros 7,96 9,46 10,61 12,21 14,54 15,43 15,58 1,0% 5,5% Total 219,55 211,64 260,25 263,59 239,15 267,88 283,54 5,8% 100,0% Fonte: USDA - Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica (*) Estimativa USDA - Nov/13 (**) Projeção USDA - Nov/14 nd = Não Disponível Estados Unidos e Brasil continuam sendo os dois grandes produtores de soja do mundo. Os EUA apresentou queda de 2% na sua produção em 2013, enquanto o Brasil cresceu em 23%. Mesmo com a grande variação positiva, o Brasil não conseguiu atingir a posição de maior produtor mundial por uma diferença de 560 mil toneladas. A Argentina também apresentou um grande aumento de sua produção em 2013 e, juntamente com o Brasil, foram os países que proporcionaram o aumento de 12% da produção mundial. Para o próximo ano, o USDA projeta uma variação de 7% para os Estados Unidos, voltando aos seus patamares altos de antes da estiagem de O Brasil irá continuar aumentando a produção, porém, em ritmo menos acelerado, alcançando 88 milhões de toneladas, sua maior produção de soja já registrada. A diferença entre os dois maiores produtores será novamente muito baixa, de apenas 660 mil toneladas. O aumento da produção mundial para 2014 será principalmente estimulado pelos Estados Unidos, Brasil e Argentina, apresentando aumento de 6% e atingindo a marca de 253,5 milhões de toneladas. 59

60 Tabela 26 - Consumo Mundial de Soja por Países, em milhões de toneladas. País/Região * Var. (%) Part. (%) (14*/13) (2014*) China 49,82 51,44 59,43 65,95 72,07 76,13 79,50 4,4% 29,4% Estados Unidos 51,63 48,11 50,67 48,40 48,72 48,41 48,41 0,0% 17,9% Argentina 36,16 32,82 35,72 39,21 37,50 35,20 40,18 14,1% 14,9% Brasil 35,07 34,72 36,80 39,33 41,03 37,65 40,10 6,5% 14,9% México 3,71 3,55 3,64 3,66 3,71 3,69 3,84 4,1% 1,4% Paraguai nd nd nd nd 1,08 3,23 3,53 9,3% 1,3% UE-27 16,11 14,09 13,38 13,46 13,23 13,69 3,15-77,0% 1,2% Japão 5,22 3,72 3,58 3,21 3,01 3,00 3,02 0,7% 1,1% Outros 32,03 32,68 34,79 38,74 39,60 37,44 48,27 28,9% 17,9% Total 229,75 221,34 238,01 251,96 256,94 258,44 270,00 4,5% 100,0% Fonte: USDA - Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica (*) Estimativa USDA - Nov/13 (**) Projeção USDA - Nov/14 nd = Não Disponível O maior consumidor de soja do mundo, a China, vem apresentando demandas cada vez maiores pela commodity. Em 2013, apresentou um aumento de 6% do consumo frente ao observado em Em contrapartida, grandes consumidores como Brasil e Argentina reduziram seus consumos. A China puxa o consumo para cima enquanto Brasil e Argentina pressionam para baixa, de maneira que no total do consumo mundial a variação foi de apenas 1% frente a Em 2014 espera-se o maior consumo de soja no mundo, 4,5% superior ao registrado em 2013, atingindo 271 milhões de toneladas. O aumento do consumo mundial em 2014 será principalmente influenciado pela China, que atingirá seu recorde de consumo de soja, registrando demanda para 79,5 milhões de toneladas, e pela Argentina, que consumirá 14% mais. Gráfico 39 - Estoque Final Mundial de Soja, em milhões de toneladas ,21 43,36 60,76 70,11 54,89 60,11 70, * 2014** Fonte:(*) Estimativa USDA (**) Projeção 60

61 Os baixos estoques mundiais registrados em 2012 foram estimulados pela queda da produção dos Estados Unidos, em função da estiagem, contrastando com o consumo mundial em alta, se mantendo aos mesmos patamares que Como a demanda excedia oferta houve uma redução nos estoques finais para atender todos os consumidores. Em 2013 a produção brasileira e argentina puxaram a oferta mundial de soja para patamares maiores, de maneira que a produção mundial excedeu o consumo em 9,4 milhões de toneladas. Para 2014 estimam-se estoques de soja ainda maiores, alavancados pela recuperação da produção norte-americana e pelo Brasil e Argentina, que seguirão expandindo sua produção; enquanto o consumo mundial crescerá em proporções menores. Esse aumento de 17% em 2014 é bem superior à média de 4% a.a. que os estoques vinham crescendo. O resultado deste maior estoque pode ser uma queda do preço da commodity no mercado mundial. Gráfico 40 - Preços da Soja na Bolsa de Chicago, em R$/sc 60 kg. 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 66,92 Fonte: Thomson Reuters Elaboração: Sistema Farsul Em 2012 os preços subiram de R$ 45,7 por saca de 60kg, valor registrado em janeiro de 2012, para R$ 75,7 por saca, registrado em dezembro do mesmo ano. A variação percentual ao longo deste ano foi de aumento de 65,6%, provavelmente em razão da queda verificada nos estoques mundiais neste mesmo ano, que foi 21,7%. 61

62 Diferente do observado no mundo, onde a commodity mais cultivada é o milho, no Brasil quem assume a posição de maior produção é a soja, responsável por 47% da produção total dos principais grãos (milho, soja e arroz). Tabela 27 - Mercado Brasileiro de Soja, em milhões de toneladas. ANO COMERCIAL * 2014** VAR. (%) VAR. (%) (13*/12) (14**/13*) ESTOQUE INICIAL 18,19 18,19 18,90 12,64 16,64 22,69 12,92 36,4% -43,1% PRODUÇÃO 61,00 57,80 69,00 75,30 66,50 82,00 88,00 23,3% 7,3% IMPORTAÇÃO 0,83 0,12 0,15 0,04 0,13 0,37 0,10 184,6% -73,0% OFERTA TOTAL 80,02 76,11 88,05 87,98 83,27 105,06 101,02 26,2% -3,8% CONSUMO 35,07 34,72 36,80 39,33 41,03 37,65 40,10-8,2% 6,5% - Animal 32,12 31,87 33,70 36,33 38,08 34,65 37,00-9,0% 6,8% - Outros Usos 2,95 2,85 3,10 3,00 2,95 3,00 3,10 1,8% 3,3% EXPORTAÇÃO 23,49 25,36 29,99 28,58 29,95 36,32 41,90 21,3% 15,4% DEMANDA TOTAL 58,56 60,08 66,79 67,91 70,98 73,97 82,00 4,2% 10,9% ESTOQUE FINAL 18,19 18,90 12,64 16,64 22,69 12,92 15,76-43,1% 22,0% RELAÇÃO ESTOQUE X CONSUMO 51,9% 54,4% 34,3% 42,3% 55,3% 34,3% 39,3% -38,0% 14,5% Fonte: (*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA Elaboração: Sistema Farsul A produção brasileira de soja em 2013 foi um fator influente no crescimento de 5,8% da produção mundial desta commodity. Juntamente com este aumento de 23% da produção brasileira da oleaginosa, houve também uma forte importação de 400 mil toneladas da commodity, 185% superior ao importado no ano de 2012, que resultaram em uma forte oferta brasileira de 105 milhões de toneladas. As exportações apresentaram aumento de 21% e, mesmo com queda de demanda interna pelo produto, a demanda brasileira fora superior em 4%. O resultado destas variações na oferta e na demanda foi a geração de estoques 43% inferiores, como apresentado no gráfico abaixo. A projeção para a safra de 2014 é de queda da oferta total, que reduzirá 4% mesmo com o aumento da produção em razão da redução de 73% da quantidade exportada. Enquanto a oferta apresentará queda, a demanda irá aumentar influenciada pela grande exportação, que será superior em 15% e, caso se confirme, será a maior quantia de soja brasileira a ser exportada; logo, os estoques serão superiores em 22%. 62

63 Gráfico 41- Estoque Final de Soja no Brasil, em milhões de toneladas. 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 18,19 18,90 21,1 24,1 ESTOQUE 29,97 12,64 16,64 26,48 22,69 PREÇOS 37,03 33,31 12,92 15, * 2014** Fonte: Estoques - (*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA/Preço: Cepea Elaboração: Sistema Farsul Mesmo com a queda dos estoques em 2013, o preço que foi registrado no dia 25 de novembro foi inferior ao registrado no final de Porém, analisando o primeiro semestre de 2012 verifica-se que a média registrada fora de R$ 57,65 por saca de 60 kg, enquanto o mesmo período deste ano registrou uma média de R$64,67 pela saca, ou seja, houve um aumento de 12%. O preço de outubro de 2013 apresentado no gráfico é baixo porque se trata de uma época de plantio de soja no país TRIGO O trigo recebe um destaque especial neste ano de Com uma área plantada de mais de um milhão de hectares deveremos, de acordo com o relatório de outubro de IBGE, colher mais de 2,7 milhões de toneladas, ainda que muitas fontes do mercado indiquem que este número poderá chegar a três milhões de toneladas devido à alta produtividade e qualidade do produto. Entretanto, lamentavelmente, neste ano em que os produtores entregam uma grande safra e de alta qualidade o governo brasileiro, com o discurso de coibir a inflação, abra espaço para a entrada de trigo de forma do Mercosul com condições tributárias as quais os produtores brasileiros não dispõem. Aqui cabem dois esclarecimentos: o primeiro diz respeito à inflação e o segundo a tributação. Conforme alertamos em Nota Técnica: variações no preço do Trigo têm baixa influência no preço do pão ao consumidor, o preço do trigo ao produtor tem influência muito baixa no preço dos derivados de trigo, uma vez que mão-de-obra, energia, aluguel, 63

64 etc. influenciam muito mais do que o próprio trigo, sendo assim, reduzir o preço do trigo através de incentivos à importação não resultará em redução do preço dos derivados de trigo. Por outro lado, diferentemente dos países de origem do trigo que o governo federal incentiva à importação o produtor brasileiro paga 26% de tributos sobre os custos de produção do trigo, o que tira competitividade do produto tanto no mercado interno quanto externo. A Farsul é contrária ao incentivo à importação porque antes de incentivar os produtores de outros países deveria ser entregue ao produtor brasileiro uma tributação adequada, coerente com a competitividade internacional, permitindo que o produtor possa produzir com baixo custo e, com isso, produzir mais, o que traria os preços também para baixo, mas ainda assim tornaria a atividade lucrativa. Os ganhos para a sociedade são múltiplos, a começar pela menor dependência da produção estrangeira, em especial a argentina, que é instável e dependente de ações governamentais daquele país. Se queremos ser autossuficientes em trigo e se queremos ter sempre produto de alta qualidade, precisamos tratar o assunto trigo com maior seriedade. 64

65 O mercado Mundial O mercado mundial de trigo em 2012 apresentou uma quantia produzida e demandada muito semelhante, com um excedente de produção de 390 mil toneladas. De 2012 para 2013 a queda da produção se deu uma proporção maior (-6,02%) que o consumo (-2,5%), de maneira que a produção não fora o suficiente para atender as 679,3 milhões de toneladas que foram demandadas em Gráfico 42 - Comparação entre Produção e Consumo Mundiais de Trigo, em milhões de toneladas. PRODUÇÃO CONSUMO 720,00 700,00 680,00 660,00 682,80 687,01 652,37 697,50 697,11 655,49 706,38 679,28 703,49 640,00 620,00 600,00 617,83 611,85 643,28 654,17 655,16 580,00 560, * 2014** Fonte: (*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA Elaboração: Sistema Farsul Segundo a estimativa de novembro da USDA, o mercado irá se recuperar em 2013 com um aumento de 7,76% da quantidade produzida, atingindo o recorde de 706,4 milhões de toneladas. O consumo também irá aumentar e apresentará uma variação de 3,56% em 2014 frente 2013, também atingindo o recorde de consumo deste mercado. Este novo cenário esperado para 2014 prevê a volta de um excedente de produção em relação ao consumo. Analisando a tabela a seguir, pode-se perceber que quem deve ter incentivado mais para a queda da produção mundial de 2013 fora a União Europeia. O bloco é responsável por 20% da produção mundial e apresentou uma produção 3,5% inferior frente ao observado em A Rússia também pode ter causado influência maior por ter registrado uma variação de -32,9% da sua produção em 2013 em relação ao ano anterior. 65

66 Tabela 28 - Produção Mundial de Trigo por Países, em milhões de toneladas. País/Região * 2014** Var. (14**/13*) Part. 2014** UE ,13 151,12 139,72 136,67 138,41 133,58 143,34 7,3% 20,3% China 109,30 112,46 115,12 115,18 117,40 121,00 121,00 0,0% 17,1% Índia 75,81 78,57 80,68 80,80 86,87 94,88 92,46-2,6% 13,1% Estados Unidos 55,82 68,02 60,37 60,06 54,41 61,62 57,96-5,9% 8,2% Rússia 49,37 63,77 61,77 41,51 56,24 37,72 51,50 36,5% 7,3% Canadá 20,05 28,61 26,95 23,30 25,29 27,21 33,20 22,0% 4,7% Austrália 13,57 21,42 21,83 27,41 29,91 22,08 25,50 15,5% 3,6% Paquistão 23,30 20,96 24,00 23,90 25,00 23,30 24,00 3,0% 3,4% Ucrânia 13,94 25,89 20,87 16,84 22,32 15,76 22,00 39,6% 3,1% Turquia 15,50 16,80 18,45 17,00 18,80 15,50 18,00 16,1% 2,5% Cazaquistão 16,47 12,54 17,05 9,64 22,73 9,84 15,50 57,5% 2,2% Irã 15,89 7,96 13,49 15,03 13,50 14,00 14,50 3,6% 2,1% Argentina 18,60 11,00 12,00 17,20 15,50 9,50 11,00 15,8% 1,6% Egito 8,28 7,98 8,52 7,20 8,40 8,50 8,80 3,5% 1,2% Marrocos nd nd 6,40 4,89 5,80 3,87 7,00 80,9% 1,0% Uzbequistão 6,20 6,00 6,20 6,50 6,30 6,70 6,80 1,5% 1,0% Outros 45,81 43,84 53,59 49,24 50,62 50,39 53,81 6,8% 7,6% Total 611,85 682,80 687,01 652,37 697,50 655,49 706,38 7,8% 100,0% Fonte: USDA - Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica (*) Estimativa USDA - Nov/13 (**) Projeção USDA - Nov/14 nd = Não Disponível A recuperação da produção mundial esperada para 2014, registrando o recorde de 706,4 milhões de toneladas também será influenciada pela União Europeia, espera-se que o bloco apresente aumento de 7,3% da produção. A Rússia, que apresentou grande queda de produção de 2012 para 2013, em 2014 se espera uma recuperação, com variação de 39,6% da quantidade produzida. O consumo mundial de trigo, assim como a produção, apresentou queda em 2013 e novamente destaca-se a União Europeia como principal incentivo desta queda. O bloco apresentou decréscimo de 3,5% de seu consumo neste ano em relação ao anterior. Em 2014 está prevista a recuperação do consumo com uma variação positiva de quase 8% em relação ao observado em Além da União Europeia, que apresentará aumento do consumo de 1,5% em 2014, a Índia também será uma influência para o aumento do consumo mundial porque está estimado que seu consumo aumente em 7,3%, atingindo o recorde de consumo por esta commodity. 66

67 Tabela 29 - Consumo Mundial de Trigo por Países, em milhões de toneladas. País/Região * 2014** Var. (14**/13*) Part. 2014** China 106,00 105,50 107,00 110,50 122,50 125,00 125,50 0,4% 17,8% UE ,54 127,00 125,62 122,84 127,23 120,00 121,75 1,5% 17,3% Índia 76,42 70,92 78,15 81,76 81,40 83,82 89,97 7,3% 12,8% Estados Unidos 28,61 34,29 30,98 30,64 32,11 38,27 36,28-5,2% 5,2% Rússia 37,85 38,90 39,60 38,60 38,00 33,55 35,00 4,3% 5,0% Paquistão 22,40 22,80 23,00 23,00 23,10 23,90 24,00 0,4% 3,4% Egito 15,80 17,20 18,10 17,70 18,60 18,70 18,70 0,0% 2,7% Turquia 16,80 16,90 17,10 17,30 18,10 17,50 17,75 1,4% 2,5% Irã 15,50 15,80 16,80 16,20 15,50 16,40 17,00 3,7% 2,4% Ucrânia 12,30 11,90 12,30 11,60 14,95 11,80 11,50-2,5% 1,6% Brasil 10,30 10,70 11,00 10,80 11,20 10,90 11,40 4,6% 1,6% Canadá 6,79 7,98 7,21 7,55 9,85 9,59 10,00 4,3% 1,4% Argélia 8,05 8,30 8,55 8,75 8,95 9,45 9,85 4,2% 1,4% Marrocos 7,23 7,45 7,80 7,85 8,80 8,30 8,70 4,8% 1,2% Uzbequistão 7,00 7,10 7,50 7,70 7,80 8,00 8,20 2,5% 1,2% Cazaquistão 7,80 7,50 7,60 6,20 7,40 6,50 7,40 13,8% 1,1% Outros 118,66 126,47 132,57 134,59 143,15 144,15 146,30 1,5% 20,8% Total 617,83 643,28 654,17 655,16 697,11 679,28 703,49 3,6% 100,0% Fonte: USDA - Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica (*) Estimativa USDA - Nov/13 (**) Projeção USDA - Nov/14 O fato de o consumo ter excedido a produção em 2013 acabou resultando em estoques finais menores em quase 12% neste ano. A recuperação tanto da produção quanto do consumo em 2014 irá gerar um excedente de produção de 2,9 milhões de toneladas, contribuindo para um estoque maior em 1,64% frente o observado em Gráfico 43- Estoque Final Mundial de Trigo, em milhões de toneladas. 250,00 200,00 167,57 201,78 198,98 199,37 175,59 178,48 150,00 125,62 100,00 50,00 0, * 2014** Fonte: (*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA Elaboração: Sistema Farsul 67

68 No ano de 2013 os preços se mantiveram numa média de R$54,08/ton, um patamar mais baixo do que vinha sendo registrado em Gráfico 44 - Preços do Trigo na Bolsa de Chicago, em R$/ton , Fonte: Thomson Reuters Elaboração: Sistema Farsul Os preços refletem acontecimentos futuros do mercado, sendo assim, a razão pela qual os preços estejam neste patamar inferior que o observado em 2012 pode ser porque podem estão prevendo o aumento dos estoques estimado para 2014, na medida em que se espera uma relação estoque/consumo menor. O mercado brasileiro de commodities agrícolas em 2013 foi marcado pela expansão da soja, de maneira que outras culturas acabaram perdendo seu espaço. A oferta de trigo brasileira sofreu queda de 7% em 2013 e o consumo de quase 6%, o que mostra a perda de espaço do trigo no mercado. A queda de 24,5% da produção de trigo brasileiro em 2013 com relação ao observado em 2012 foi o grande motivo da baixa oferta deste produto. Em contrapartida, as exportações brasileiras foram menores em 22,5%, ocasionando uma baixa demanda pelo produto neste ano. Para o ano de 2014 ainda se estima uma participação menor do produto no mercado brasileiro. A oferta irá continuar em queda, de quase 2% em relação a 2013, estimulado pela queda de estoque inicial. E a demanda também será menor em quase 68

69 5%, estimulada pela queda de quase 70% das exportações de trigo esperadas para o próximo ano. Estas variações estão visíveis na tabela a seguir. Tabela 30 - Mercado Brasileiro de Trigo, em milhões de toneladas. ANO COMERCIAL * 2014** VAR. (%) VAR. (%) (13*/12) (14**/13*) ESTOQUE INICIAL 0,46 0,30 1,88 2,60 1,91 1,75 1,00-8,2% -42,9% PRODUÇÃO 3,83 5,88 5,03 5,90 5,80 4,38 4,75-24,5% 8,4% IMPORTAÇÃO 7,08 6,77 6,69 6,75 7,05 7,55 7,70 7,0% 2,0% OFERTA TOTAL 11,37 12,95 13,60 15,25 14,76 13,68 13,45-7,3% -1,7% CONSUMO 10,30 10,70 11,00 10,80 11,20 10,90 11,40-2,7% 4,6% - Animal 0,20 0,20 0,40 0,20 0,50 0,20 0,60-60,0% 200,0% - Outros Usos 10,10 10,50 10,60 10,60 10,70 10,70 10,80 0,0% 0,9% EXPORTAÇÃO 0,77 0,37 1,20 2,54 2,04 1,58 0,50-22,5% -68,4% DEMANDA TOTAL 11,07 11,07 12,20 13,34 13,24 12,48 11,90-5,7% -4,6% ESTOQUE FINAL 0,30 1,88 2,60 1,91 1,75 1,00 1,55-42,9% 55,0% RELAÇÃO ESTOQUE X CONSUMO 2,9 17,6 23,6 17,7 15,6 9,2 13,6-41,3% 48,2% Fonte: (*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA Elaboração: Sistema Farsul O estoque final de trigo no Brasil foi 43% inferior em 2013 em relação ao registrado em Neste mesmo período o consumo também apresentou queda, de 3%, de maneira que o estoque/consumo de 2013 foi menor que o de 2012 em 41%. Por esta razão que os preços da tonelada do produto no Brasil apresentaram aumento de 4,5%, como pode ser observado no gráfico a seguir. Gráfico 45- Estoque Final de Trigo no Brasil, em milhões de toneladas. ESTOQUE FINAL PREÇO (tonelada) 3,00 2,50 774,58 742,67 2, ,00 1,50 1,00 1,88 1,91 1,75 442,32 453,86 442,94 463,04 1,00 1, ,50 0, , * 2014** Fonte: Estoques - (*) Estimativa USDA (**) Projeção USDA/Preço: Cepea Elaboração: Sistema Farsul 0 69

70 5.6. LEITE Cenário internacional A oferta e demanda de Leite na União Europeia apresentava um quadro de grande ajuste até o inicio do segundo semestre de 2013, fator este que se aplica ao cenário dos Estados Unidos, resultando em inexistência de excedentes significativos. Para 2014 espera-se crescimento na demanda do setor lácteo, tendo em vista que o mercado consumidor está em expansão devido a novas políticas demográficas e consolidação do mercado na China, ao crescimento da população mundial que atingirá 7,14 Bilhões de habitantes (crescimento de 1,05%, segundo dados da ONU) e a forte demanda por inovações nos produtos lácteos, além disso, espera-se que a Nova Zelândia tenha maior participação nas exportações seguindo o fluxo da demanda, e maior crescimento no volume de vendas do setor lácteo dos Estados Unidos no mercado internacional. Nota-se o crescimento da Argentina no cenário internacional, presente entre os maiores exportadores de Leite Fluído no Mundo. Segundo dados do USDA, o crescimento argentino baseia-se em: boas condições meteorológicas sob o padrão El Niño, possibilitando abastecimento de água normal (especialmente de junho a dezembro de 2013); tendência positiva na produtividade por vaca e por hectare; preços internacionais no suporte de US$ 4.600,00 (base Europa) por tonelada de Leite em Pó Integral (LPI). Seguindo nesta tendência o setor lácteo argentino deverá crescer entre 3 a 4% no longo prazo. Para melhor entendimento do mercado lácteo internacional em 2014 destacamse alguns pontos: - Incremento da demanda de lácteos na China, perspectiva de crescimento de 7% do PIB chinês principalmente, por Leite em Pó Integral, cuja importação deverá atingir 700 Mil TM em 2013; - Consolidação do mercado industrial de lácteos através das fusões/aquisições que estão acontecendo no setor em 2013 e ainda seguirão em 2014 são 75 projetos em 22 países envolvidos, com participação de 65 companhias (CNIEL); - Aumento das exportações na Europa com o fim das cotas únicas e projeção de países como Irlanda, Alemanha e Holanda no mercado internacional. Segundo projeções para o setor, apenas a Oceania terá excedente para distribuição até 2020, mas esperam-se modificações no cenário norte-americano devido 70

71 aos custos de alimentação que podem aumentar a participação no mercado internacional, em face dos concorrentes, principalmente, Nova Zelândia. Os principais mercados no mundo terão um quadro de estabilização entre oferta e demanda. Entretanto, mercados como China e a Índia, devido ao crescimento econômico e populacional, terão um gap entre oferta e consumo interno forçando os níveis de importação daqueles países. Apesar de a Índia possuir o maior rebanho leiteiro no mundo, o seu crescimento populacional trará profundas mudanças até 2030, quando terá a maior número de habitantes no mundo, ultrapassando a China. Além disso, com a necessidade de suprir a demanda por produtos lácteos a Índia também amplia o segmento de Pecuária de Corte a Índia é o maior exportador mundial. Além do mercado asiático, a África terá papel importante devido ao aumento populacional, destacando-se Nigéria e Etiópia; e ao crescimento do PIB, que entre 2010 e 2020 deverá atingir 58,6% de aumento Preços Internacionais Os preços no cenário internacional têm como principais áreas de referência a Europa (UE-28) e a Oceania (Nova Zelândia). Os preços em 2013 tiveram expressivo aumento em relação a 2012, mesmo diante de um cenário de absorção dos volumes gerado pela Oceania (Austrália e Nova Zelândia). Além disso, corroboraram para este expressivo aumento o equilíbrio dos estoques e movimentos de ajuste na União Europeia e Estados Unidos, aliados a grande demanda chinesa. Tabela 31- Variação dos Preços na Oceania, em US$/MT. ANO MANTEIGA LPD* LPI** CHEDDAR , , , , , , , ,08 VAR.(%) 20,3% 38,2% 44,0% 13,6% (*)Leite em Pó Desnatado (**) Leite em Pó Integral Fonte: USDA Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica - Nov/13 Na Oceania os preços médios da Manteiga ficaram em 3.992,00 (US$/TM FOB), aumento de 20,3%; ao passo que o Leite em Pó Desnatado e Integral atingiu cotação média, respectivamente, de 4.370,00 e 4.656,00 (US$/TM FOB), aumento de 38,2% e 44%, respectivamente; sendo que o Queijo Cheddar ficou em 4.342,00 (US$/TM FOB), aumento de 13,6% no período. 71

72 Na Europa em 2013, as cotações dos preços da Manteiga atingiram 5.901,30 (US$/TM FOB) na média, representando 30,3% de aumento em relação a 2012, já as cotações médias do Leite em Pó Desnatado e Integral fecharam, respectivamente, em 4.008,15 e 4.616,85 (US$/TM FOB) respectivos aumento de 31,8% e 30,2%; além destes, o preço médio Soro em Pó, obteve cotação média no ano de, 1.370,65 (US$/TM FOB), representando 8% de aumento em relação a Tabela 32 - Variação dos Preços na Europa, em US$/MT. ANO MANTEIGA LPD LPI SORO , , , , , , , ,75 VAR.(%) 30,3% 31,8% 30,2% 8,0% (*)Leite em Pó Desnatado (**) Leite em Pó Integral Fonte: USDA Elaboração: Sistema FARSUL/ Assessoria Econômica - Nov/13 Para 2014 projeta-se forte demanda no segmento lácteo, entretanto, haverá manutenção do suporte de preços, não se projetando outro descolamento entre os preços internacionais de um ano e para o outro, como ocorrido entre 2013 e Destaca-se a forte presença do mercado lácteo chinês tanto consumidor, como a sua consolidação interna através das grandes empresas do setor; a ascensão dos Estados Unidos devido à vantagem nos custos frente ao mercado da Oceania; projeção no mercado internacional da Irlanda, Alemanha e Holanda, após a queda das cotas únicas na Europa, o redimensionamento do mercado na Oceania (fusões e aquisições) devido ao novo posicionamento dos players frente à demanda chinesa Cenário Nacional e Rio Grande do Sul O mercado lácteo brasileiro em 2014 deverá ser influenciado pelo mercado internacional, cuja atividade de ajuste deixa um suporte com preços atrativos (a demanda muda mais rapidamente que a produção), influenciará a atividade interna brasileira que terá ainda forte demanda, volatilidade persistente e manutenção do preço. Ainda pelo consumo no mercado interno (projeção de aumento de 2,9% pelo USDA) crescimento do PIB projetado pra 2014 em 2,11% (Relatório FOCUS), devendo impulsionar a demanda pelos produtos de maior valor agregado (queijos, iogurtes e etc.) que possuem maior elasticidade-renda da demanda. Ao passo que, espera-se por condições climáticas 72

73 favoráveis espera-se um quadro diferente de 2013 (que teve baixo regime de chuvas no Sudeste e forte estiagem no Sul); Os custos estão andando de lado, no acumulado de 2013 (até agosto com dados do CEPEA), mesmo o dólar valorizado frente ao real, os preços estão sustentando a rentabilidade do produtor neste momento, o que se espera ser a tendência para 2014, com um dólar altamente valorizado e o suporte dos preços garantindo a renda ao produtor de leite; Para 2014 a preocupação do setor estará concentrada na indústria, pois com o câmbio apreciado espera-se o aumento das importações de lácteos (leite em pó). O Rio Grande do Sul inserido no contexto de forte demanda por produtos lácteos acompanhados nos cenários internacional e nacional deverá manter o suporte de preços ao produtor em 2014, com preços acima da média dos últimos anos, mas não se espera equivalente aumento observado no período 2013/2012, devido aos movimentos de correção entre demanda oferta e demanda no curto prazo, aos efeitos climáticos e equilíbrio dos estoques. Além disso, espera-se um cenário complicado nos custos ao produtor devido à volatilidade do dólar e apreciação cambial, entretanto, também se espera que os preços do leite garantam a rentabilidade do produtor, seguindo a tendência do segundo semestres de

74 6. PRINCIPAIS INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA E DO RIO GRANDE DO SUL EM 2013 E EXPECTATIVAS PARA 2014 A Assessoria Econômica do SISTEMA FARSUL deverá, mais uma vez, encerrar o ano com a sensação de dever cumprido junto à sociedade, imprensa e governos no que tange as projeções realizadas no final do ano passado prospectando Sabemos da importância dada às projeções das federações empresariais gaúchas e agradecemos a confiança que o mercado deposita na Farsul na hora de elaborar seu planejamento para os períodos vindouros PIB RS Em março de 2013 a FEE divulgou o PIB RS final do ano de Desde o início de 2012 apontávamos para um PIB negativo no ano passado que, de acordo com nossas projeções, seria de 2,02%. Essas projeções foram amplamente divulgadas pela imprensa e mostradas ao Governador do Estado do Rio Grande do Sul e cinco de seus principais secretários, em meados de Julho daquele ano junto com um arranjo de iniciativas que poderiam minimizar este impacto. O resultado final foi de 1,8%, ou seja, 0,2% a mais do que prevíamos com um ano de antecedência. Gráfico 46 - Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul. 7,00 6,00 6,37 5,00 4,00 3,00 2,00 1,95 1,00 - (1,00) (2,00) (3,00) -1,00-1,80-2,02 Proj 2012 FEE 2012 Proj 2012 Farsul Proj 2013 Farsul Proj 2014 Farsul 74

75 Para 2013 nossa projeção para o PIB do Rio Grande do Sul publicada no Balanço de 2012 e Perspectivas para 2013 e divulgado em coletiva de imprensa no final do ano passado foi de crescimento de 6,37%, projeção essa que mantemos até esse momento sem atualizações cujo resultado oficial conheceremos em Março de É importante ressaltar que esse desempenho é resultante quase que na sua totalidade à recuperação da economia após a estiagem do ano passado. Não houve nenhum fator novo na economia do Estado nem da parte privada e tampouco da pública que justifique tal desempenho afora a recuperação, tanto que esta projeção de crescimento em 6,37% completa um ano no momento da publicação dessa edição do Relatório, ou seja, tudo o que aconteceu neste ano deu-se sob a mesma estrutura econômica que tínhamos antes. Para 2014 esperamos um crescimento do PIB muito mais modesto que o deste ano, mais alinhado com o que ocorre com nossa economia de maneira geral e, sobretudo, fortemente influenciada pelo desempenho da economia brasileira. Tanto em 2012 como em 2013 descolamos nosso desempenho do PIB Brasil, no primeiro ano negativamente pela estiagem e no segundo positivamente pela recuperação daquela. Para o próximo ano projetamos um crescimento de 1,95% caso o PIB Brasil situe-se dentro da projeção do mercado que hoje é de 2,1% PIB Brasil O PIB Brasil tem ficado para trás seja em relação aos vizinhos da América Latina, seja na comparação com os demais países em desenvolvimento ou em relação à média mundial. A economia brasileira é uma economia que não cresce por suas forças internas, não empolga investidores estrangeiros apesar das altas taxas de juros e corre sério risco de ter sua nota de risco rebaixada. Vemos pelos olhos da agricultura setor que poderia crescer ao ritmo chinês o empresário aumentar sua produção em busca de aproveitar o bom e passageiro ciclo de preços internacionais altos e, na hora de escoar, ver seu lucro escorrer por estradas esburacadas, malha ferroviária cara, ineficiente e acomodada, enquanto seus principais concorrentes transportam através de hidrovias recurso largamente presente no Brasil e muito pouco utilizado a um custo muito menor. Em 2013 a Assessoria Econômica do Sistema Farsul apresentou estudo que mostra que, caso tivéssemos a infraestrutura logística americana, poderíamos economizar R$ 6,80 por saco de soja exportado, o que equivale a mais de 10% do preço recebido pelo produtor. 75

76 Há também o forte problema de distribuição da carga tributária que retira da agricultura e, principalmente, da indústria, competitividade nos mercados interno e externo. O Brasil tem um dos mais complexos, caros e ineficientes sistemas tributários do mundo. Além do mais, a incidência dos tributos ocorre principalmente sobre o consumo e ainda de forma regressiva, tratando na maioria das vezes bens de consumo e bens de capital da mesma forma. Nos países desenvolvidos e na maioria dos em desenvolvimento, a tributação incide sobre o lucro, a renda e o patrimônio e não sobre os produtos, pois ao fazê-lo levamos ao mercado produtos nos quais produzi-los foi mais caro que quando produzido nos países concorrentes. Também apresentamos estudo do IBPT Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário contratado pelo Sistema Farsul, que mostra a carga tributária contida no custo de produção do Arroz, do Milho, a Soja, do Leite e do Boi. Enquanto nossos concorrentes esforçam-se para reduzir carga tributária contida no custo, nas máquinas, implementos, fertilizantes, agroquímicos, e demais bens industriais, no Brasil embutimos em média 28%. A carga tributária brasileira, assim como a infraestrutura, diminui a capacidade de aumento da atividade produtiva, logo, reduzem a possibilidade de aumentar-se o PIB. Enquanto isso o Governo Federal inicia após anos de tropeço e de apostas heterodoxas que fracassaram aqui e no mundo tantas vezes esboça abrir a economia brasileira para investimentos em infraestrutura, ainda que nem governo e muito menos o Congresso se entusiasmam com a possibilidade de mudança no regime tributário. Outro fator determinante do baixo crescimento médio do Brasil é a baixa produtividade da mão-de-obra no Brasil. Com baixo nível de escolaridade o trabalhador brasileiro tem dificuldade para dominar tecnologias e métodos mesmo que simples. Com escolaridade, mas de baixa qualidade, mesmo com ensino médio os trabalhadores têm dificuldade de entender manuais e dominar tecnologias, operar máquinas e computadores que tenham um nível de exigência médio. Isso sem falar no domínio da matemática e de língua estrangeira, capazes de elevar significativamente a produtividade do trabalho. A educação, no Brasil, não tem sido prioridade! De acordo com pesquisa do The Conference Board 2013, são necessários mais de 7 brasileiros para executar o trabalho de um trabalhador do Catar, quase 5 para o trabalho de um americano, 4,74 para um trabalhador de Cingapura, 3 para um sul-coreano e, até mesmo, quase 2 para o trabalho de um vizinho argentino. 76

77 A baixa produtividade do trabalho, reflexo da baixa qualidade do ensino no Brasil, é também fator limitante do crescimento econômico. Gráfico 47 - Var.(%) Anual do PIB Brasil. Fonte: IBGE * Projeções Farsul.. 8,0% 7,0% 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% -1,0% 7,5% 6,1% 5,2% 4,0% 2,7% 2,2% 2,0% 0,9% -0,3% * 2014* Nossa expectativa é que o PIB Brasil, após crescimento pífio em 2012, quando cresceu apenas 0,9%, em 2013 volte a ter um crescimento medíocre, agora de 2,2%. Gráfico 48 - Var.(%) Anual do PIB Brasil Per Capita. Fonte: IBGE * Projeções Farsul. 7,00% 6,54% 6,00% 5,00% 4,96% 4,00% 4,03% 3,00% 3,23% 2,00% 2,74% 1,91% 1,74% 1,00% 0,00% -1,00% -2,00% -1,29% 0,04% * 2014* Para 2014, além dos antecedentes estruturais mencionados, o consumo das famílias parece ter encontrado teto e deverá crescer a taxas decrescentes, devido ao endividamento das famílias e o encolhimento da base monetária trazida pela elevação da taxa de juros. Há também a entrada cada vez menor de novos trabalhadores no mercado em razão da já baixa taxa de desemprego. Logo, não há indicações que o crescimento 77

78 venha pelo consumo. Pela infraestrutura, caminho trilhado por países que realmente estão comprometidos com o crescimento econômico, os resultados vem nos médio e longo prazos, mas com robustez. Não havendo nem fator estrutural nem tampouco conjuntural que colabore para o crescimento então acreditamos, neste momento e com as informações que dispomos hoje, que o crescimento do PIB Brasileiro em 2014 deverá ser de 2%. É ainda mais decepcionante foi à taxa de crescimento do PIB Per Capita no Brasil que em 2012 não cresceu, tendo variação de 0,04% e nossa expectativa para 2013 é de apenas 1,91%. Para 2014 o crescimento desse importante indicador deverá ser de 1,74%. Crescimento da renda per capita é importante para a melhoria da qualidade de vida, da saúde, educação, segurança, nível de acesso tecnológico, entre tantos outros benefícios de médio e longo prazo. No curto prazo crescimento da renda per capita expande o mercado interno e permite que o mercado absorva mais e melhor os produtos agropecuários. Geralmente os produtores subestimam a importância do crescimento econômico e da inflação para o desempenho de seus produtos no mercado, ainda que esses indicadores sejam fundamentais para explicar o sucesso ou o fracasso de uma produção Inflação medida pelo IPCA Em 2013 voltamos a enfrentar aceleração da inflação. Com expansão do consumo sobre uma baixa capacidade de aumentar a oferta, de um lado e, de outro, o baixo nível de abertura econômica no Brasil, a inflação encontrou terreno fértil para evoluir, sobretudo após a Política Monetária passar a ser definida por critérios duvidosos, possivelmente políticos. Quando a taxa básica de juros estava em 7,25% e a inflação acelerou, naquele preciso momento, as Autoridades Monetárias deveriam ter elevado a taxa significativamente, em um ponto percentual no mínimo, de forma que o aumento total da taxa fosse menor e o ciclo de alta mais curto. Por alguma razão as Autoridades entenderam que a alta deveria ser gradual e pequena e o resultado e este que conhecemos. Nossa expectativa é que o IPCA feche em 2013 em 5,96%. 78

79 Gráfico 49 - Evolução da Var.(%) do IPCA no Ano. Fonte: IBGE * projeções Farsul. 7,00% 6,50% 6,50% 6,20% 6,00% 5,90% 5,90% 5,96% 5,50% 5,83% 5,00% 4,50% 4,00% 4,45% 4,31% 3,50% 3,00% 3,14% 2,50% 2,00% * 2014* Para 2014 esperamos uma inflação de 6,20%, apesar da elevação da taxa de juros. Nossa expectativa baseia-se, principalmente, nos aumentos dos combustíveis no final deste ano e a expectativa de novos aumentos no próximo ano, além de outros efeitos como o aumento da energia elétrica e demais serviços concedidos. É possível que o clima eleitoral contamine as decisões do COPOM no sentido de reduzir a taxa de juros abaixo daquilo que tecnicamente seria recomendável. Os jogos da Copa do Mundo e a alta da taxa de câmbio podem também colaborar para alta da inflação Agropecuária Valor Bruto da Produção de Grãos Em 2013, como era de se esperar, o Valor Bruto da Produção de Grãos 6 no Rio Grande do Sul obteve uma gigantesca variação em decorrência da recuperação da agricultura frente à estiagem de O VBP desse grupo cresceu 83% neste ano, atingindo R$ 22,1 Bilhões, pouco mais de R$ 10 Bilhões a mais do que no ano passado. 6 Grãos correspondem a cereais, oleaginosas e leguminosas. Os demais produtos não estão sendo considerado neste cálculo, ainda que sejam para os cálculos de PIB. 79

80 Gráfico 50 - Valor Bruto da Produção de Grãos no RS, em mil reais % % Fonte: FARSUL e 2014 são projeções Diante de uma produção de grãos muito superior a do ano passado era de se esperar, portanto, um choque também nos setores da indústria e serviços, pois tanto pelas ligações para frente da agricultura quanto ao efeito-renda choques na agricultura dessa magnitude tanto para baixo como para cima - influenciam o conjunto da economia e acabam determinando o desempenho do PIB do Estado. Os principais destaques do VBP são a Soja, com crescimento nada menor que 137%, puxado pela recuperação da estiagem e também do aumento da área plantada do grão, seguido do Trigo que obteve um fraco desempenho no ano passado por problemas também climáticos - relacionados a granizo e variações de temperaturas inadequadas para o desenvolvimento das plantas e neste ano recupera-se e ainda encontra preços de mercado bem acima daqueles observados no mesmo período do ano passado. Esta soma de fatores aumenta o VBP do Trigo em 2013 em 60%. O Milho cresce 58% neste ano em decorrência da recuperação da estiagem. Esse valor poderia ser maior caso os preços não tivessem decepcionado nesse ano e a área não tivesse sido reduzida para o plantio da Soja. O Arroz também obteve crescimento importante, sobretudo pelo fato de ser irrigado e seu crescimento não se relaciona a estiagem do ano passado. Neste ano o Arroz aumentou um pouco sua área, mas foi o aumento dos preços que determinaram um VBP 29% maior daquele registrado no ano anterior. Para 2014 esperamos um crescimento no VBP de 5%, atingindo R$ 23,2 Bilhões. 80

81 Valor Bruto da Produção Pecuária de Corte A pecuária de corte gaúcha também obteve resultado bastante positivo em termos de Valor Bruto da Produção neste ano em relação ao ano passado. Considerando Aves, Bovinos e Suínos, o setor faturou este ano R$ 9,8 Bilhões, um crescimento de 13,7% em relação ao ano passado. Neste ano o principal destaque foram os Suínos. Participando em 2013 com 24% do VBP da Pecuária de Corte, o segmento aumentou seu faturamento em 23% em relação ao ano passado, atingindo neste ano quase R$ 2,4 Bilhões. Com um volume de abates 4% superior ao do ano passado e preços médios bem melhores, em torno de 20% acima dos praticados no ano passado, o segmento liderou o crescimento neste ano. Demos ressaltar que em 2012 o segmento enfrentou uma forte crise de preços, o que deprime a base de comparação, além de considerarmos também o passivo resultante do mau momento de mercado do ano passado que os produtores ainda vão carregar por um bom período. A abertura do mercado russo indica que teremos o ano de 2014 ainda melhor para o setor. O segundo destaque positivo é segmento de Aves que, da mesma forma que os suínos, se recuperam de um desastroso Neste ano o segmento de aves deverá aumentar seu faturamento em 18%. O desempenho deste segmento é muito importante para o VBP agregado porque este participa com 48% do faturamento total da pecuária de corte e neste ano deverá faturar R$ 4,7 Bilhões. Gráfico 51 - Gráfico 2 - Valor Bruto da Produção da Pecuária de Corte (Bovinos, Suínos e Aves), em mil reais ,3% ,7% Fonte: FARSUL e 2014 são projeções

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