Índice. Palavra aos coordenadores Módulo 1 Apresentação Módulo 2 Estrutura e organização da escola...13
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- Francisco Ribeiro Caetano
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3 Índice Palavra aos coordenadores Módulo 1 Apresentação Módulo 2 Estrutura e organização da escola Módulo 3 Violência escolar: mito e realidade Módulo 4 O papel do policial e as imagens construídas Módulo 5 Adolescência e as relações de autoridade Módulo 6 Policiamento comunitário na escola Módulo 7 Legislação e liberdade assistida Módulo 8 Discricionariedade policial e crime de prevaricação Módulo 9 Depredações, furtos, ameaças, agressões físicas e verbais Módulo 10 Drogas e porte de armas Módulo 11 Violência escolar: ampliando a visão Lista de material Alternativas de aquecimentos
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5 Palavra aos coordenadores Este curso foi desenvolvido para soldados, cabos e sargentos que trabalham com policiamento e s c o l a r. Seu objetivo principal é oferecer um espaço de re f l e x ã o, análise crítica e busca de altern a t ivas de atuação, por isso a metodologia priv i l e gia a retomada de experiências dos policiais. Sendo assim, s u g e rimos que o grupo seja composto por,no máximo, vinte policiais, o que permite a part i c i p a ç ã o de todos. Para trabalhar dessa maneira, voltado para as experi ê n c i a s,para aquilo que os integrantes têm a d i z e r, é importante que a coordenação do grupo seja formada por uma dupla. A s s i m, enquanto um organiza uma ativ i d a d e, o outro fica atento às reações e comentários dos p a rt i c i p a n t e s ; enquanto um fa l a, o outro anota as conclusões. É fundamental que haja uma d ivisão de tare fas entre os coord e n a d o re s,mas que os dois planejem os encontro s. As pessoas que se pro p u s e rem a realizar este trabalho devem estar disponíveis para ouvir e respeitar idéias e posturas diferentes das suas, p e rceber o grupo em movimentos mais amplos, sem esquecer das indiv i d u a l i d a d e s,buscar incluir todas as pessoas nos processos de discussão, s e m forçá-las a isso, aceitar críticas a seu trabalho e rever o que for possíve l, estar atentas a todas as f o rmas de comunicação do gru p o, c o n f i rmando com ele as interp retações que lhes ocorrer e, f i n a l m e n t e, i n t e ressar-se por trabalhar com grupos de maneira mais re f l e x iva e menos i n f o rm a t iva. S o b re a metodologi a C o o rd e n a d o re s,vocês são figuras impre s c i n d í veis nesse processo de trabalho com os policiais. Para que o material proposto seja aproveitado em suas várias possibilidades,é fundamental ouvir o que o policial tem a dizer, i n c e n t ivá-lo a argumentar (defender suas idéias), acolher suas s u g e s t õ e s,ainda que elas não possam ser postas em prática no momento. Suas idéias são part e fundamental do processo de enfrentamento de conflitos; é indispensável sua participação ativa. As atividades propostas para as oficinas têm justamente esse sentido. Por meio de situações l ú d i c a s, p e d a g ó gi c a s, re f l e x ivas e cri a t iva s, e s t a remos facilitando a reflexão de situações p e rtinentes ao trabalho do policial escolar, tocando nas possibilidades de conv ivência consigo, com o outro e com o mu n d o. S e m p re que term i n a rem uma ativ i d a d e, façam uma rodada de comentários para que todos possam expressar seus sentimentos e opiniões. Ao introduzir uma idéia ou conhecimento novo, c o n s i d e rem o que as pessoas já sabem, s u a s opiniões e hipóteses sobre o assunto. Às ve z e s, o novo vai confirmar ou ampliar o que o 03
6 policial já sabia, mas pode ocorrer que provoque mudança nos conceitos e idéias a n t e ri o re s.na re a l i d a d e, antes de incorporar ou rejeitar novas idéias, a pessoa faz um confro n t o e n t re suas concepções e aquelas apresentadas por seus parc e i ro s.o resultado vai depender do p rocesso de reflexão e negociação que for desenvolvido no gru p o. É importante que vo c ê s, c o o rd e n a d o re s, c riem oportunidades que favo reçam o diálog o, a troca de idéias, a re f l e x ã o. O s trabalhos em grupo são uma excelente estratégia para propiciar essas condições. No entanto, é p reciso considerar que essas trocas só podem ocorrer num clima em que as pessoas se sintam acolhidas e não tenham medo de expor suas idéias. A postura de vocês é fundamental para criar e manter o clima de confiança e va l o rização de t o d o s.para que isso ocorr a, estejam atentos ao movimento do grupo e às suas manifestações, à s falas e aos silêncios, ao que fica subentendido. Seu papel é intervir com perguntas que e s t i mulem a reflexão do grupo para que as idéias e sentimentos veiculados fiquem mais claro s. Por isso, ao planejar seu trabalho, pensem não só no conteúdo de inform a ç õ e s, mas em e s t r a t é gias que permitam a integração das pessoas e o fortalecimento do gru p o. O material do c u rso foi organizado para contemplar essas questões. Recomendações para a organização do trab a l h o Estudar o materi a l Este passo é fundamental para o sucesso das outras etapas de trabalho. O conhecimento prévio do conteúdo do curso e das estratégias a serem utilizadas é que vai dar segurança aos c o o rd e n a d o res para aplicar, p ropor adequações e/ou enriquecer o material com suas c o n t ri bu i ç õ e s. Planejar o tra b a l h o Após o entendimento do material em seu conjunto, a próxima etapa é planejar o trabalho a ser re a l i z a d o. A primeira questão a ser analisada é quais alterações precisam ser feitas para t o rná-lo adequado às características do grupo com o qual se vai trabalhar e ao tempo d i s p o n í vel para a realização das tare fa s. Cabe aos coord e n a d o re s,em seu planejamento, avaliar se o tempo sugerido para cada ativ i d a d e é adequado à sua organização e ao grupo e combinar com o grupo como será distri bu í d o. N o i n í c i o, quando os coord e n a d o res ainda não dispõem de muitas informações sobre o gru p o, p o d e ser que as adequações ainda não correspondam às reais necessidades do gru p o ; essa situação tende a melhorar à medida em que os coord e n a d o res forem ampliando seus conhecimentos do gru p o. Para facilitar os pri m e i ros curs o s, s u g e ri m o s, nas ativ i d a d e s, os tempos necessários à sua re a l i z a ç ã o. Trata-se de uma aprox i m a ç ã o, pois cada grupo tem seu ritmo e, considerando as va ri á veis extern a s,t a m b é m, ele deve ser re s p e i t a d o. 04
7 Providenciar o material Faz parte do planejamento providenciar e organizar antecipadamente todo o material que será n e c e s s á rio para a realização das tare fa s. P r e p a rar o ambiente Um ambiente organizado e acolhedor tem reflexos positivos sobre os resultados alcançados. O s c o o rd e n a d o res devem ser os pri m e i ros a chegar ao local escolhido para os encontro s,o que lhes p e rmitirá tomar as primeiras providências de cada dia: organizar os textos e o restante do m a t e rial na seqüência de uso; p rever quais espaços serão utilizados nesse dia; onde serão afixadas as pro d u ç õ e s ;ve rificar as condições de limpeza do ambiente. Organização dos encontro s Cada encontro foi estruturado em uma seqüência de etapas que tem por finalidade criar m e l h o res condições para o processo de re f l e x ã o.as etapas propostas são as seguintes: A q u e c i m e n t o É constituído por atividades que têm por objetivo quebrar o gelo i n i c i a l,mobilizar energi a s, vontades e capacidades das pessoas para os trabalhos do dia e fazer com que se percebam como p a rte de um gru p o. No final do cadern o, há algumas sugestões de aquecimentos, além daqueles colocados na organização de cada ativ i d a d e. Use-os quando avaliar mais adequado, substituindo aqueles o ri ginalmente pro p o s t o s. Apresentação do tema do dia Garantidas as condições para o início do trabalho, o próximo passo é apresentar o tema do dia, de tal forma que as pessoas se sintam desafiadas a lidar com ele. Cada novo encontro deve ser p e rcebido como uma continu i d a d e, por isso é importante relembrar o que foi realizado no a n t e ri o r, comentar os resultados da avaliação e as alterações que foram introduzidas em função desses re s u l t a d o s.esta é uma forma de mostrar às pessoas que as opiniões emitidas são leva d a s em conta e de incentivá-las a continuar colaborando para o aperfeiçoamento do trabalho. Trabalho com o tema A próxima etapa é pro m over a introdução do tema do dia por meio de atividades va riadas que possibilitem às pessoas expressar e compart i l h a r, de diferentes form a s, os sabere s, idéias e hipóteses que já têm sobre o assunto. A atividade culmina com a construção e apresentação de um produto que expresse o saber do gru p o : um cart a z, uma poesia, um texto, um desenho, u m a 05
8 d r a m a t i z a ç ã o. O objetivo é que os participantes tomem conhecimento de seus sabere s, p e rcebam que há várias formas de expressá-los e que a criação coletiva pro p o rciona inúmeras vantagens (as idéias fluem melhor, são potencializadas pelas contri buições de todos e há um clima de entusiasmo e prazer que garante melhores re s u l t a d o s ). A va l i a ç ã o O objetivo da avaliação é fazer o acompanhamento do trabalho para identificar o que está dando c e rto e que modificações precisam ser introduzidas para o aperfeiçoamento do trabalho. Optamos aqui pelo humorômetro, mas vocês podem utilizar outras formas de ava l i a ç ã o. E s t r a t é gias ge r a i s L e i t u ra do texto A principal preocupação em relação ao texto é garantir a compre e n s ã o. Uma das formas de saber se o texto foi ou não compreendido é pedir aos leitores que, após a leitura, falem sobre ele, comentem o que mais gostaram, digam se concordam com as idéias nele contidas ou discord a m delas e por quê. Atividade em grupo D i a riamente ocorrerão trabalhos em gru p o, em que pessoas serão reunidas para dar conta de d e t e rminadas tare fa s. Se bem organizadas, as atividades em grupo são excelentes oport u n i d a d e s para o aperfeiçoamento de idéias, para a aquisição de novos conhecimentos e para o d e s e nvolvimento de importantes habilidades, úteis em toda conv ivência humana; por isso, o s c o o rd e n a d o res devem estar atentos a todas as possibilidades dessa modalidade de trabalho, selecionando estratégias va riadas para a formação dos gru p o s. Essas estratégias devem perm i t i r ao máximo o contato entre todas as pessoas, evitando-se a formação de p a n e l i n h a s com a c ristalização dos grupos e das idéias. Se houver alguma tentativa nesse sentido, e s c l a reçam que é o b j e t ivo do curso que todos se conheçam para ampliar as possibilidades de re f l e x ã o. O grupo deverá escolher uma pessoa para apresentar os resultados do trabalho em grupo ou, e n t ã o, combinar que todo o grupo fará a apre s e n t a ç ã o, cada um se responsabilizando por uma p a rt e. Se os coord e n a d o res notarem que algum participante está com dificuldades de expor suas idéias, d evem tomar cuidado para não constranger ou reforçar ainda mais o sentimento de inadequação ou timidez de quem está enfrentando essa dificuldade, apontando-a para o gru p o. O melhor é c o nvidar a pessoa a fa l a r, com toda a naturalidade, demonstrando interesse na opinião dela, ouvindo-a com atenção e va l o rizando sua contri bu i ç ã o. 06
9 Apresentação dos tra b a l h o s A apresentação dos trabalhos produzidos em grupo geralmente tem um significado mu i t o i m p o rtante para quem os pro d u z i u.a f i n a l, todos trabalharam juntos, reuniram seus melhore s esforços e capacidades para re a l i z á - l o s. Po rt a n t o, é preciso ter o cuidado de va l o rizar essas p ro d u ç õ e s.s e m p re haverá um aspecto, uma idéia, uma iniciativa, um diferencial a ser destacado e esse é o papel dos coord e n a d o re s :deixar claro a contri buição que aquele grupo pro p o rc i o n o u para as discussões do tema.após cada apre s e n t a ç ã o, os coord e n a d o res podem solicitar a opinião dos outros grupos sobre o que foi apre s e n t a d o. A s s i m,as discussões vão-se tornando mais ri c a s, as idéias são complementadas e o grupo cresce em solidariedade e espírito de cooperação. É interessante também que o grupo não só apresente os resultados das discussões, mas fale do p rocesso de discussão: se foi fácil, d i f í c i l, se todos concordaram de imediato ou se houve d ive r g ê n c i a s, como o grupo enfrentou as questões que surgi r a m, quais foram os avanços na relação do grupo etc. Esse debate permite compreender aspectos interessantes do funcionamento dos grupos e contri bui para seu aperfeiçoamento. Uma rotina de aplausos ao final de cada apresentação pode ser estimulada pelos coord e n a d o re s. Exposição dos produtos do trabalho Recomendamos que os cartazes e as produções dos participantes fiquem afixados nas paredes da sala durante todo o curs o. Sua visualização permite criar uma atmosfera de produção de c o n h e c i m e n t o, além de facilitar o acompanhamento das etapas do curs o. Registro das discussões É importante que as idéias-síntese das discussões sejam re gistradas em folhas de flip-chart ou papel pardo colado na pare d e, de maneira que fiquem visíveis a todos. Esse é mais um re c u rs o que permite ao grupo acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos, o caminho que vem sendo c o n s t ruído na produção do conhecimento, ao mesmo tempo em que deixa claro a atenção e o i n t e resse dos coord e n a d o res por aquilo que está sendo oferecido pelos participantes do curs o. A g o r a, é com vo c ê s. Bom trabalho! Lúcia Helena Nilson Maria Cristina Rocha 07
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11 Primeiro encontro (tempo estimado: 3h15, sem intervalo) Apresentação Módulo 1 Abertura solene 40 minutos Representante da PM. Parceiros que viabilizaram a realização do curso (ONG s,órgãos governamentais etc.). Coordenadores do curso (retomar o processo de construção do curso e descrevê-lo em linhas gerais, dizendo o título dos módulos). Apresentação dos participantes 30 minutos Comece pedindo para cada um se apresentar como quiser. (Por exemplo, nome/batalhão/cia.) Terminada essa apresentação, peça para cada pessoa do grupo escrever em um papel (1/4 folha de papel sulfite): o prato de comida que mais gosta;o tipo de música que mais gosta; a atividade de lazer preferida;a fruta preferida. Peça que prendam o papel na roupa e andem pela sala observando as preferências de todos e percebendo as que são comuns,as diferentes etc. Se quiser, a pessoa pode parar e conversar um pouco com a outra sobre as preferências. Comentários Pergunte ao grupo que descobertas acharam mais interessantes. Peça para falar sobre semelhanças e diferenças percebidas, se deu para conhecer os outros de maneira diferente,o que chamou a atenção, o que surpreendeu etc. Expectativas 30 minutos Esse é o momento em que o policial pensa sobre o que está fazendo ali e qual a importância do curso para o seu trabalho. É importante que pare para pensar nisso. Peça que pensem no trabalho deles como policiais escolares e, considerando o que foi dito do curso, escrevam numa filipeta uma palavra que expresse suas expectativas para esses dias. 09
12 Divida os participantes em subgrupos de 6 pessoas e diga que cada um deve apresentar, discutir e justificar suas expectativas para o g rupo. Peça que, a partir das expectativas individuais,elaborem a expectativa do subg rupo. Diga que devem apresentar suas expectativas de maneira criativa na forma de uma música, poesia, mímica, dramatização etc. Informe-os que, após a apresentação de cada grupo, os outros podem dizer o que entenderam e o grupo esclarece ou confirma o que pretendia. Anote em quadro ou flip chart as expectativas apresentadas. Terminadas as apresentações,um dos coordenadores lê tudo o que anotou,confere com o grupo e pede que dêem um título para tudo o que foi anotado. Esse título deve representar as expectativas do grupo como um todo. Comentários Retome a proposta do curso, colocando seus objetivos e diga o que vai ser possível ou não cumprir, considerando as expectativas do grupo. Lembrete Quando os coordenadores detalham o conteúdo do curso e explicitam o que é possível fazer ou não de acordo com as expectativas levantadas,inicia-se a construção de um acordo coletivo que continua quando se faz os combinados. Combinados Lembrete Esse é o momento de estabelecer, com o grupo, algumas regras de convivência necessárias para o desenvolvimento do curso. É importante que sejam discutidas e combinadas coletivamente. Diga ao grupo que vão combinar algumas regras de convivência como: - Horário de início e término das atividades - Se haverá intervalo para café e, se houver, a que horas - Se será permitido fumar dentro da sala - Como será o uso de celular. Essas são algumas sugestões. Vocês podem substituí-las ou incluir regras que considerem necessárias. Pergunte se têm mais alguma sugestão. Em caso positivo, discuta-a com todos. Anote os combinados numa folha de flip chart, leia-os em voz alta e cole a folha na parede para que fique visível a todos. Explique que esses são combinados iniciais que podem ser modificados no decorrer do curso, de acordo com a necessidade, desde que discutidos coletivamente. Leia em voz alta para que todos possam acompanhar. 10
13 Reconhecendo os problemas da comunidade 40 minutos Explique aos policiais que no último dia do curso haverá um debate entre várias pessoas da comunidade e o tema escolhido para discussão sairá do quadro que construirão a seguir. Divida os participantes em subgrupos de 6, aproximadamente. Se houver policiais que atuam em comunidades diferentes,divida-os de acordo com a área de atuação. Peça que cada subgrupo discuta entre si e relate os três principais problemas de sua comunidade relacionados à violência nas escolas. Deve haver consenso entre eles. Uma vez escolhidos os problemas,devem levantar hipóteses sobre sua origem e as possibilidades de solução. Cada subgrupo apresenta seu trabalho e um dos coordenadores deve ir anotando numa folha de papel craft da seguinte maneira: Problemas Origens Soluções Quando o mesmo problema aparecer novamente, não anote, mas se houver origens ou soluções diferentes,coloque-as no quadro. Peça que comentem o trabalho realizado nos subgrupos (por exemplo: se houver dificuldade em decidir quais os principais problemas) e o quadro construído por todos (semelhanças e diferenças entre problemas, origens e soluções etc.) Esse quadro deve ficar exposto durante todo o curso em lugar visível, podendo ser complementado a qualquer momento, durante a primeira semana. Apresentação do material Distribua o Caderno Polícia e Escola,comente e ressalte aspectos importantes. Leitura de texto 5 minutos Diga que no final de cada dia haverá uma recomendação para que leiam os textos correspondentes aos temas trabalhados.explique que poderão ler a apresentação que está na página 3. Fechamento do dia Pergunte ao grupo o que acharam do curso no dia de hoje, se têm sugestões e críticas. 11
14 Avaliação do dia (Humorômetro) 5 minutos Confeccione um cartaz, numa folha de papel sulfite, como o desenho abaixo: Fixe-o na porta, do lado de fora e peça que, ao saírem,coloquem um adesivo no espaço correspondente à expressão que traduza o que acharam do curso no dia de hoje. A legenda pode ser assim: carinha com riso = muito bom; carinha sem riso = mais ou menos; carinha emburrada = ruim. Coordenadores,não fiquem perto do humorômetro. É importante que todos sintam-se à vontade para avaliarem o mais sinceramente possível. O anonimato é fundamental nesse caso. 12
15 Estrutura e organização da escola Segundo encontro (tempo estimado: 3h) Módulo 2 Síntese do dia anterior Pergunte aos participantes o que lembram das atividades do dia anterior. Complemente, se necessário. Pergunte o que acharam do texto que deveriam ler em casa. Aquecimento Sentados em círculo, peça que cada um diga seu nome e uma qualidade que comece com a primeira letra do próprio nome. Se parecerem constrangidos,comecem vocês a atividade. (Ex.Maria/maravilhosa;Edgar/educado;Benedito/benevolente) Como vejo a escola 50 minutos Forme três subgrupos e peça que cada um deles construa um painel representando como vêem a estrutura e organização da escola. Para isso devem usar colagem,pintura, desenho. Feito o painel,diga que cada subgrupo deve apresentá-lo aos demais. Os expectadores,assim como os coordenadores,podem fazer perguntas sobre os cartazes apresentados. Comentários Comentem os painéis apresentados:semelhanças,diferenças, o que mais chama a atenção, a visão que se tem da escola e de seu funcionamento. Observem, com o grupo, se a figura do policial aparece nos cartazes e como. Diga que um pessoa que entende da estrutura e organização da escola irá conversar com eles sobre esse assunto. 13
16 Estrutura e organização da escola 30 minutos Convide uma diretora ou alguém que tenha vivência na escola, contato com policiamento escolar e abertura para discutir esse tema com os PMs. É importante que o conteúdo dessa fala traga informações sobre a estrutura e organização da escola,definição de cargos,funções e a presença do policial na mesma. Comentários 30 minutos Terminada a exposição, incentive o grupo a fazer perguntas,comentários, sugestões. Pergunte se percebem ligação entre os painéis e o conteúdo exposto. Peça que abram o caderno na página 9 e observem a figura 1 estrutura da escola estadual. Pergunte se o quadro se assemelha aos cartazes produzidos,à fala da diretora e à vivência que têm na escola. Comente que nesse quadro não aparece a figura do policial. Considerando o trabalho deles nas escolas, pergunte em que lugar do quadro eles se colocariam. Leitura de texto 5 minutos Peça que leiam,em casa, o texto: Estrutura e organização da escola que está na página 7 do Caderno Polícia e Escola Levantamento de temas para debate Retome o cartaz com os problemas da comunidade relacionados à violência nas escolas, suas origens e soluções. Pergunte se querem acrescentar algum item. Podem acrescentar origens e soluções para os problemas já arrolados,mas se levantarem um novo problema,devem oferecer as possibilidades de origem e soluções,também. 14
17 Fechamento do dia Pergunte ao grupo o que acharam do curso no dia de hoje, se têm sugestões e críticas. Avaliação do dia (Humorômetro) 5 minutos Ao saírem,peça que coloquem um adesivo no espaço cor respondente à expressão que traduza o que acharam do curso no dia de hoje. Legenda:carinha com riso = muito bom; carinha sem riso = mais ou menos;carinha emburrada = ruim. 15
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19 Violência escolar: mito ou realidade Terceiro encontr o (tempo estimado: 1h 40) Lembrete: Coordenadores, neste encontro serão trabalhados os módulos 3 e 4. Módulo 3 Síntese do dia anterior Pergunte aos participantes o que lembram das atividades do dia anterior. Complemente, se necessário. Pergunte o que acharam do texto que deveriam ler em casa. Aquecimento: como o outro me vê; como o grupo se vê. 20 minutos Como o outro me vê Forme subgrupos com 4 pessoas e diga que se sentem em círculos. Peça que preencham o quadro abaixo com dados do colega sentado à sua direita: Se seu colega fosse uma comida,qual seria? E se fosse um animal? Se fosse um objeto? E se fosse um país? Comida Animal Objeto País Em seguida, peça para cada um apresentar seu quadro no seu subgrupo, justificando as escolhas. Cada subgrupo escolhe uma descrição de que gostou e apresenta para todos. Pode ser um aspecto de cada pessoa do subgrupo. Como o grupo se vê Todos juntos procuram agora descrever o grupo de acordo com o quadro acima. Comentários Pergunte como se sentiram realizando a atividade e como veêm o grupo de acordo com o que descreveram. Fechamento Todos temos um jeito de ser, pontos comuns e divergentes em relação aos outro s.os o u t ros também compõem uma imagem a nosso re s p e i t o, baseada na observação que fazem de nossas ações e também das referências e re p resentações construídas no decorre r de sua vida. Nós fazemos o mesmo. Nem sempre essas imagens c o m b i n a m,mas é i m p o rtante poder conhecê-las. 17
20 Violência escolar: mito e realidade Peça que escrevam numa filipeta a primeira palavra que lembram quando pensam na violência escolar. Monte um painel com as filipetas.nele teremos o imaginário/concepção do grupo sobre o tema. Comentários Pergunte que diferenças e semelhanças percebem no painel e com que freqüência tais ocorrências acontecem. É comum algum fato ser pouco freqüente, porém muito marcante. Pergunte se isso acontece no trabalho deles. A realidade da violência escolar 25 minutos Apresentação de dados da pesquisa realizada pelo Ilanud e Instituto Sou da Paz (páginas 15 e 16 do caderno) e relato de experiência de algum profissional que estude e/ou trabalhe com o tema violência nas escolas. Comentários 25 minutos Facilite a discussão, incentive que façam perguntas e comentários considerando a concepção do grupo sobre o tema, as notícias de jornal e o conteúdo apresentado pelo palestrante. Peça que abram o caderno na página 21 e leiam as notícias em voz alta. Verifique se esses artigos confirmam o que eles falaram sobre violência na escola. Fechamento Os acontecimentos relatados pela mídia não são necessariamente os mais freqüentes, e sim os mais graves.dessa forma,corremos o risco de ver a realidade escolar de maneira muito mais violenta do que realmente é,o que dificulta a percepção de possibilidades de resolução desse problema. E para resolver os problemas é necessário avaliá-los com clareza,discutí-los com os envolvidos (funcionários da escola, familiares,alunos etc) e definir a atuação de cada um. Atenção: Neste encontro será também trabalhado o módulo 4. 18
21 O papel do policial e as imagens construídas Terceiro encontr o (tempo estimado: 1h35) Módulo 4 Apelidos Diga-lhes que, agora,vão refletir a imagem que a população tem do policial. Podemos perceber essa imagem de várias maneiras,uma delas é por meio dos apelidos dados aos policiais. Peça que escrevam numa filipeta um apelido que a população costuma dar aos policiais. Devem escrever o primeiro apelido que lhes vier à cabeça. Assim que todos tiverem escrito, solicite que se levantem e colem a filipeta numa folha de papel pardo que deverá estar colada na parede. Comentários Leia todos os apelidos escritos, verifique as semelhanças e diferenças. Peça que expliquem a origem ou significado de cada apelido. Que imagem de policial aparece nesse quadro? Percebem alguma correspondência entre como são vistos e como gostariam que os vissem? Fechamento Contextualize as perc e p ç õ e s.m o s t re a correspondência entre o que acontece e a imagem que se tem do policial (ou do aluno,da escola) e como a gente participa na constru ç ã o dessa imagem. M o s t re-lhes que apresentamos determinado comportamento em função de uma imagem que temos do adolescente,por exe m p l o, q u e, por sua ve z,reage reforçando a imagem que já temos, e assim cria-se um círculo vicioso. 19
22 Como o policial se vê e é visto 40 minutos Explique que, nesse momento, ouvirão o Rap da PM - Amigo Policial,composto por policiais. Peça que abram o caderno na página 26 para que possam acompanhar a música. Lembrete Rap é um tipo de música, de origem norte americana, que junto com o grafite, o break e a discotecagem (DJ) compõe o movimento hip hop. Rap são as iniciais de rythm and poetry que quer dizer ritmo e poesia. Após ouvir a música, pergunte se gostaram,se concordam com a imagem do policial descrita e se querem comentar mais alguma coisa. Peça que voluntários leiam a letra em voz alta e que o grupo comente estrofe por estrofe. Divida-os em 3 subg rupos e peça que, considerando os apelidos e o rap, reflitam a imagem do policial no policiamento escolar.terão como tarefa responder as seguintes perguntas: 1) Como essas imagens refletem no dia a dia do trabalho deles? 2) Qual a imagem que gostariam de ter? 3) O que é preciso fazer para mudar? Devem escrever as perguntas e suas respostas em folhas de cartolina,com letra grande, para que todos possam ver. Solicite que apresentem a síntese da reflexão por meio de um desenho ou colagem. Comentários Após a apresentação dos cartazes,discuta as respostas apresentadas,sem desconsiderar os pontos levantados por eles,como a importância da mídia,da educação da população etc. Enfatize a importância da participação do próprio policial no processo de mudança de sua imagem. Fechamento Fale que a gente se vê e é visto em relação com os outros.essa percepção interfere nas nossas posturas e ações. É muito difícil mudar uma imagem,mas é possível e cada um de nós tem uma parcela importante de responsabilidade nesse processo. 20
23 Leitura de texto 5 minutos Peça que leiam,em casa,os textos referentes aos temas trabalhados no dia de hoje: Violência escolar: mito e realidade (página 13 - mód.3) e O papel do policial e as imagens construídas (página 23 - mód.4). Levantamento de temas para debate Retome o cartaz com os problemas, origens e soluções. Pergunte se querem acrescentar algum item. Podem acrescentar origens e soluções para os problemas já arrolados,mas se levantarem um novo problema,devem oferecer as possibilidades de origem e soluções,também. Fechamento do dia Pergunte ao grupo o que acharam do curso no dia de hoje, se têm sugestões e críticas. Avaliação do dia (Humorômetro) 5 minutos Peça que coloquem um adesivo na carinha que representa a sua avaliação do dia de hoje. (risonha,séria e mal humorada) 21
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25 Adolescência e as relações de autoridade Quarto encontro (tempo estimado: 3h10) Módulo 5 Síntese do dia anterior Pergunte aos participantes o que lembram das atividades do dia anterior. Complemente, se necessário. Pergunte o que acharam dos textos que deveriam ler em casa. Aquecimento Imagine Peça para as pessoas ficarem em círculo e mostre a elas um pedaço de madeira de mais ou menos 60 cm de comprimento e 10 cm de largura.esse pedaço de madeira será passado de mão em mão e cada pessoa deve dizer em que pode se transformar esse pedaço de pau,sem repetir as opções. Por exemplo:é um remo, é uma colher de pau,uma bengala, uma vara de pescar etc. Anote as respostas no quadro. Realize duas rodadas,forçando as pessoas a explorar ao máximo todas as possibilidades. Se você não encontrar um pedaço de madeira desse tamanho, improvise com outro tamanho/material. Comentários Um pedaço de madeira pode se transformar em muitas coisas,dependendo do nosso olhar. As pessoas também podem ser vistas de muitos ângulos,que às vezes nos escapam,pois nos acostumamos a olhá-las sempre de determinada maneira. Precisamos treinar nosso olhar para buscar novas perspectivas nos rotineiros fatos da vida e, sobretudo, nas pessoas. Relação policial-adolescente 30 minutos Pergunte ao grupo quais as dificuldades que encontram na relação com os adolescentes e como se sentem frente a elas. Aponte os pontos comuns e pergunte como estão lidando com essas situações. Deixe que a conversa aconteça naturalmente sem a preocupação de dar respostas corretas. Encerre a atividade após,no máximo, 30 minutos de discussão. Sintetize os relatos, destacando a maior dificuldade e o sentimento relacionado a ela. 23
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