Prevenção e Terapêutica. Unidade Pedagógica 4 Desordens respiratórias 2013/2014
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- Terezinha Avelar
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1 Unidade Pedagógica 4 Desordens respiratórias 2013/2014
2 Infeção aguda do trato respiratório, por3 tipos de myxovirus (A, B, C ) Agente causal e localização Infeção viral do nariz, nasofaringe e trato respiratório superior causada po Rinovírus (40%) e Corinovírus (10%)
3 Transmissão por inalação de gotículas. Altamente contagiosa Via de transmissão Transmissão via gotas nasofaríngeas, sendo a principal porta de entrada a mucosa nasal e conjuntivas.
4 Cerca de 15 % da população pode contrair Influenza num ano. Pode ocorrer em surtos epidémicos a cada 3 ou 4 anos e pandémicosa cada 10 anos. Ocorre normalmente no Inverno Aspetos epidemiológicos Extremamente comum. Os adultos podem infetar-se 2 a 4 x por ano, enquanto as crianças podem chegar a ter 12 infeções / ano. Pode ocorrer durante todo o ano com maior incidência no Outono e Inverno
5 Destruição das células epiteliais, alveolares, glandulares e macrófagos. Alteração morfológica. Linfócitos T, citocinas (TNFα, Interferon α, IL6) Fisiopatologia Activação do receptor ICAM-1 das células adenóides, internalização do vírus, proliferação e propagação de Histamina, citocinas, ILs, PGs. Vasodilatação E aumento da permeabilidade vascular. Hipersecreção de muco. Ativação dos reflexos da tosse e do espirro e de nociceptores
6 Instalação súbita Tosse Dor de garganta Dor de cabeça Febre Arrepios Mialgias Mau-estar geral Os sintomas mais severos duram 4-5 dias Fadiga pode persistir por semanas Sintomas Início gradual com evolução Rinorreia Espirros Obstrução nasal Rouquidão Tosse Dor de garganta Febre ligeira na criança e rara no adulto Recuperação em 4-10 dias na ausência de complicações
7 Complicações Sinusite bacteriana aguda Otite média aguda Crise asmática Exacerbação da bronquite crónica Complicação de doenças associadas Desidratação Outras infecções bacterianas (ex: pneumonia Prevenção Nariz Mãos Olhos Lenços Brinquedos Pingos, espirros Isolamento
8 Sinais e circunstâncias para referenciação médica: Tosse noturna na criança. Na ausência de outros sintomas de constipação, pode indicar asma Criança com dispneia Asmáticos: infeções do trato respiratório superior podem precipitar uma crise Bronquite: a infeção viral pode complicar-se com infeção bacteriana Tosse persistente por mais de duas semanas, ou que piora
9 Sinais e circunstâncias para referenciação médica: Dispneia: em idosos pode mascarar insuficiência cardíaca Dor severa ao tossir ou inspirar (pleurisia ou embolia pulmonar) Suspeita de reação adversa (ex: IECAS e tosse) Muco acastanhado pode indicar infeção bacteriana Muco sanguinolento Febre elevada por mais de 48 horas
10 Conselhos de evição (tabaco, ambientes com fumo) Elevação de cabeceira Humidificação do ambiente Soluções salinas para inalação Repouso e ingestão de líquidos Pastilhas ou rebuçados demulcentes
11 Controlo sintomático: Anti-histamínicos H1 de 1ª geração (compenente antimuscarínica marcada) Clemastina, Dimetindeno, Prometazina, Difenidramina Paracetamol 500 mg 1000 mg 8/8 a 6/6 h Dose máx. diária: 4000 mg. Crianças: mg/kg de peso( vs AINEs Ibuprofeno e Naproxeno
12 Controlo sintomático: Descongestionantes nasais (oral ou tópico) Fenilefrina, pseudoefedrina, oximetazolina Antitússicos de acção central Codeína, dextrometorfano Anticolinérgicos Ipatropium e tioptropium
13 Distinguir este sintoma da gripe e constipação de outas patologias mais severas febre glandular ou MNI agranulocitose iatrogénica por imunosupressão: Captopril, citotóxicos, neurolépticos (clozapina), sulfassalazina. Candidíase Infeção estreptocócica..
14 AINES por via sistémica Ibuprofeno 200 a 400 mg 8/8 h a 6/ 6 h. Dose máxima diária: 3200 mg. Crianças: 5-10 mg/kg peso Naproxeno: mg 12/12 a 24 em 24 h,com dose máxima /24 h de 1500 mg. Diclofenac: 50 mg 8/8 h. Max 200 mg / 24 h
15 Antibacterianos Em pastilhas para a garganta. Eficácia duvidosa contra rinovírus. Tonsilite por infeção bacteriana necessita de antibioterapia sistémica. Antissépticos Podem possuir algum valor na desinfeção tópica Anestésicos locais: Podem ser úteis se a deglutição se processa com dificuldade. A benzocaína é o único anestésico local usado em pastilhas. Sprays anestésicos podem conter lidocaína ou benzocaína
16 Descanso, preferencialmente na cama Tentar dormir o máximo possível Beber grandes quantidades de líquidos Evitar fumar e bebidas alcoólicas Tratamento sintomático e da febre com OTCs Considerar consulta médico se os sintomas se arrastam no tempo Na ausência de complicações, não há necessidade de consulta médica Sintomas resolúveis com OTCs e bebidas quentes Não há necessidade de redução da atividade diária, embora sejam expectáveis maiores níveis de cansaço Dormir com cabeceira elevada Evições Gripe Constipação
17 Antivíricos disponíveis: Inibidores da neuraminidase (Tipos A e B): Oseltamivir: fomulação oral Zanamivir: formulação injectável Inibidor da proteina M2 (canal iónico transmembranar transportador de iões), específica do virus A Amantadina Quando utilizar? Orientação nº 015/2013 de 04/12/2013: Terapêutica e quimioprofilaxia da gripe sazonal, época gripal 2013/2014 Aspetos gerais e recomendações sobre quem tratar com oseltamivir e zanamivir Quimioprofilaxia Efeitos adversos esperados
18 Profilaxia: Vacinação: tipo de vacinas e recomendações sobre quem vacinar ; (orientação nº 12/2013 de 25/09/2013 da DGS) Vacinação contra a gripe com a vacina trivalente para a época 2013/2014
19 Fastrack, Managing Syntoms in the Pharmacy, 1th Edition. Allan Nathan. Pharmaceutical press. Cap 21 Handbook of nonprescription drugs, an interactive approach to self-care. 16th Edition. American Pharmacists Association. Cap. 11- pags
20 Expiração explosiva que constitui um mecanismo fisiológico de defesa e que tem por objetivo limpar a árvore traqueobrônquica de secreções e material estranho Pharmacists must be able to distinguish between a cough from a trivial condition and one from a potentially more serious cause andmake appropriate referrals.(1) (1) Fast track Pharmacy
21 Identificar a tosse como um sintoma e não como doença Causas possíveis: (associadas a ITRS) Produção de grandes quantidades de muco como mecanismo de defesa contra micro-organismos invasores: tosse produtiva Irritação e inflamação da faringe causada por microorganismos infectantes: tosse seca Descarga das fossas nasais e corrimento nasal para a garganta
22 Outras causas não infecciosas: Asma - Neoplasia - DPOC - Bronquite crónica - GERD - Insuficiência cardíaca - Fármacos (iecas)
23 Breve revisão do mecanismo fisiopatológico:
24 Aspetos epidemiológicos Ocorre em cerca de 40 a 50 % das ITRS São vendidos cerca de de frascos de medicamentos OTC para a tosse, por ano Caracterização: Aguda (< 3 semanas) Crónica ( > 3 semanas) Seca Produtiva
25 Circunstâncias de referenciação médica: Tosse noturna na criança (constipação? Asma?) Asmáticos (infeções virais do TRS podem precipitar crise) Doentes com bronquite crónica (pode evoluir para infeção bacteriana) Tosse por mais de 2 semanas ou que piora Muco escuro sugerindo colonização bacteriana
26 Circunstâncias de referenciação médica: Muco contendo raias de sangue (TP? Carcinoma?) Tosse produtiva em idosos com dispneia pode sugerir insuficiência cardíaca Dor severa ao inspirar (pleurisia? Embolia pulmonar?) Suspeita de RAM Tosse associada a perda de peso e fadiga
27 Tratamento: Consoante o tipo de tosse, várias opções disponíveis. 4 tipos: seca irritante e não produtiva produtiva-muco asmática não produtiva asmática produtiva
28 Os fármacos disponíveis para tratar a tosse pertencem às categorias: Supressores, ou antitússicos, adequados para tosse secas e irritantes Expetorantes para tosse produtivas Descongestionantes para tosses asmáticas Demulcentes para alívio de todas as espécies de tosse Combinações de produtos (avaliar a racionalidade de alguns)
29 A tosse seca e não produtiva não tem propósito fisiológico e pode ser suprimida com 2 grupos de fármacos: Opióides: Codeína e dextrometorfano Atuam no centro da tosse (SNC) deprimindo o seu reflexo. Possuem os efeitos secundários clássicos dos opióides (especialmente a codeína) obstipação, comportamento aditivo, depressão respiratória. (não em doses habitualmente usadas). Sem interações significativas nestas doses Codeína: 10-20mg de 4/4 a 6/6 h. Dose máx 120 mg/24 h
30 Anti-histamínicos: Prometazina: mg/ dia (possui ação sedativa na dose de mg / dia) Difenidramina Possuem ação central e periférica sobre as vias neuronais que envolvem o reflexo da tosse. Efeitos secundários: Sedação, ação anticolinérgica Contra-indicações: Glaucoma e retenção urinária Interações: outros antidepressores do SNC
31 A tosse não deve ser suprimida, porque promove a drenagem das via aéreas do muco e secreções Recomenda-se o uso de expetorantes, que podem ser: Ação reflexa: Iodetos Ipeca Ação direta: Óleos voláteis Cânfora Mentol
32 Mucolíticos: Atuam rompendo as ligações dissulfureto características do muco, fludificando-o e facilitando a tosse: Acetilcisteína: 600 mg / via oral 1 x dia, ou 300 mg por via EV ou nebulizações a cada 12 h Bromexina Ambroxol
33 Usam-se agentes simpaticomiméticos como descongestionantes e brocodilatadores: Efedrina e pseudoefedrina (a primeira com maior ação sobre o SNC e cardiovascular) Efeitos secundários mais relacionados com a ação cardíaca (aumento da frequência cardíaca, vasoconstrição ), metabolismo da glicémia. Rever Interagem com os IMAO e com os bloqueadores beta adrenérgicos
34 Podem ter algum resultado os demulcentes, pela sua ação de revestimento da mucosa da faringe com consequente diminuição da irritação que provoca o reflexo da tosse Formas farmacêuticas diversas contendo glicerol, mel, limão, etc, Podem administrar-se com segurança, sendo o único contra, o teor de açucar (precaução em diabéticos e crianças)
35 Fastrack, Managing Syntoms in the Pharmacy, 1th Edition. Allan Nathan. Pharmaceutical press. Cap 21
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