CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA
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- Leonor Brandt Klettenberg
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1 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA A tabela periódica é o guia para a ordem na qual os orbitais são preenchidos. Ela está estruturada de forma que os elementos com o mesmo padrão de configurações eletrônicas de níveis mais externos (valência) estejam distribuídos em colunas. O número total de orbitais em cada nível é dado por n 2 : 1, 4, 9 ou 16. Cada orbital pode comportar 2 e-, cada nível pode acomodar até 2n 2 e-: 2, 8, 18 ou 32. A estrutura da T.P. reflete essa estrutura do orbital. Os elementos podem ser agrupados pelos tipos de orbital dentro dos quais os elétrons são colocados.
2 Mendeleev foi o cientista que constribuiu mais decisamente com a padronização e organização da tabela periódica moderna. À época de Mendeleev, somente 63 elementos eram conhecidos. Mendeleev colocou espaços vazios em sua tabela. Quando Ga, Sc e Ge foram isolados e caracterizados, suas propriedades quase idênticas aos elementos previstos para eka-aluminio, eka-boro e eka-silício, respectivamente.
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4 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA Em 1913, Henry Moseley determinou as frequências de R-X emitidas pelos elementos, quando esses eram bombardeados por feixes de e- de altas energias. Ele descobriu que cada elemento produz R-X de frequência única, aumentando com o aumento da massa atômica de cada elemento. Assim, ele propôs que os elementos químicos na T.P. deveriam ser dispostos em ordem crescente de seus números atômicos.
5 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA
6 In 1927, Friedrich Hund determinou como os orbitais são preenchidos por seus e-. A Regra de Hund estabelece que os arranjos de e- de menores energias são encontrados colocando-se e- em orbitais separados para emparelhá-los posteriormente.
7 Para o N, a forma de preenchimento é: 1s 2s 2p
8 Para Ni, Z = 28 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d
9 Exceções encontradas nas configurações eletrônicas Algumas configurações eletrônicas são anômalas, como a do Cr e a do Cu, devido à proximidade energética dos orbitais 4s e 3d. Há algumas exceções no preenchimento dos orbitais. Cromio (Z=24) e Cobre (Z=29) apresentam as seguintes configurações eletrônicas: Cr: 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 3d 5 4s 1 Cu: 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 3d 10 4s 1 Orbitais semipreenchidos (d 5 ) ou totalmente preenchidos (d 10 )são mais estáveis que as demais formas de preenchimentos dos orbitais.
10 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA O conceito de Carga Nuclear Efetiva (Z ef ) Z ef = Relaciona-se com a força de atração entre o núcleo e os e- mais externos. Essa força depende da magnitude da carga nuclear líquida agindo no e- e da distância média entre o núcleo e o e-. A força de atração aumenta na mesma proporção que a carga nuclear, e diminui à medida que o e- se afasta do núcleo.
11 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA O conceito de Carga Nuclear Efetiva (Zef) Em um átomo polieletrônico, cada e- é simultâneamente atraído pelo núcleo e repelido pelos outros e-, havendo também muitas repulsões entre os e-. Assim, a Z ef diz respeito sobre como um dado e- sente realmente a atração do núcleo. Z ef é definida como: Z ef = Z S Onde Z é a carga atômica do átomo e S é o fator de blindagem, o qual relaciona-se à proteção provocada nos e- de valência pelos e- que estão mais próximos do núcleo. Assim, qualquer densidade eletrônica entre o núcleo e um e- mais externo diminui Z ef. Por outro lado, os e- de mesmo nível dificilmente blindam uns aos outros da carga do núcleo. Assim, a Z ef sofrida pelos e- mais externos é determinada basicamente pela diferença entre a carga do núcleo e a presença dos e- internos.
12 Determinação da (Z ef ) São muitas as maneiras de calculas Z ef. Nesse curso, usaremos as Regras de Slater para calcular o fator de blindagem (S) de um dado elétron, segundo as regras: 1. Colocar a configuração eletrônica da seguinte maneira: (1s)(2s,2p)(3s,3p)(3d)(4s,4p)(4d)(4f)(5s,5p) etc. 2. Os e- colocados à direita do e- onde a blindagem está sendo calculada não são contabilizados. 3. Se o e- de interesse for do tipo ns or np: a) Cada e- do mesmo grupo contribui com um fator de 0,35. Se for do orbital 1s, esse fator será 0,30. b) Cada e- em um grupo n-1 contribui com um fator de 0,85. c) Cada e- de um grupo n-2 ou menor (n-3, n-4) contribui com um fator de 1, Se o e- de interesse for um nd ou nf: a) Cada e- do mesmo grupo contribui com 0,35. b) Cada e- de um grupo menor (à esquerda do e- considerado) contribui com um fator de 1,00.
13 Exemplo de uso das Regras de Slater Examplo de cálculo: Calcular a Zef do e- de valência do O (Z = 8). Configuração eletrônica: 1s 2 2s 2 2p 4 a) (1s 2 ) (2s 2 2p 4 ), n=2 b) S = (2 * 0,85) + (5 * 0,35) = 3.45 Z* = Z - S 1s 2s,2p Z* = Z - Z* = = 4.55 O e- de valência do O sente, efetivamente, aproxidamente 57% da força de atração do núcleo.
14 Periodicidade de Z ef H 1.00 He 1.65 Li 1.30 Na 2.20 K 2.20 Rb 2.20 Cs 2.20 Ba 2.85 Sr 2.85 Ca 2.85 Mg 2.85 Be 1.95 B 2.60 Al 3.50 Ga 5.00 In 5.00 Tl 5.00 Pb 5.65 Sn 5.65 Ge 5.65 Si 4.15 C 3.25 N 3.90 P 4.80 As 6.30 Sb 6.30 Bi 6.30 Po 6.95 Te 6.95 Se 6.95 S 5.45 O 4.55 F 5.20 Cl 6.10 Br 7.60 I 7.60 At 7.60 Rn 8.25 Xe 8.25 Kr 8.25 Ar 6.75 Ne 5.85 Z ef de orbitais de valência
15 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA Tamanhos de átomos e íons De acordo com a mecânica quântica, os átomos e íons não têm limites pontuais definidos. Os limites dos átomos/íons são relativamente vagos.
16 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA Tendências periódicas nos raios atômicos nos átomos: 1- Em cada período o raio atômico tende a diminuir da esquerda para a direita. O principal fator que influencia nesse comportamento é o aumento da Z ao longo do período, a qual atrai continuamente os e-, inclusive os mais externos para mais perto do núcleo, diminuindo o raio. 2- Em cada grupo o Z tende a crescer à medida que descemos. Isso resulta do aumento de n dos e- mais externos. Os e- mais externos passam mais tempo afastados do núcleo, fazendo com que o átomo aumente de tamanho.
17 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA Tendências periódicas nos íons: 1- O tamanho de um íon também depende de sua carga nuclear, do número de e- que ele possui e dos orbitais dos e- mais externos. A formação de um cátion diminui as repulsões elétron-elétron e desocupa os orbitais mais energéticos. Assim, os cátions são menores que os átomos que lhes dão origem. 2- Quando e- são adicionados a um átomo neutro para formar um ânion, o aumento das repulsões Elétron-elétron faz com os e- se espalhem mais no espaço. Assim, os ânions são maiores que os átomos que lhes dão origem. Para íons de mesma carga, o tamanho aumenta à medida que descemos um grupo na T.P. e n do orbital mais externo ocupado de um íon aumenta, o tamanho dele próprio aumenta.
18 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA Tendências periódicas nos íons:
19 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA Tendência de tamanhos em séries isoeletrônicas: O O termo isoeletrônico significa que os íons possuem o mesmo t número de e-. A série isoeletrônica do O, F, Na, Mg e Al apresenta e 10 e-. Uma vez que o número de e- permanece constante, r o raio do íon diminui com o aumento da carga nuclear, à medida m que os e- estão mais fortemente presos ao núcleo. o
20 Arranjar os seguintes elementos em order crescente de tamanho: Br, Se, Te. 34 Se 52 Te 35 Br Te é maior do que Se. Se é maior do que Br. Br < Se < Te
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