AVALIAÇÃO DO SISTEMA BRASILEIRO DE ARMAZENAGEM CONVENCIONAL E A GRANEL: UM ESTUDO APOIADO EM ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AVALIAÇÃO DO SISTEMA BRASILEIRO DE ARMAZENAGEM CONVENCIONAL E A GRANEL: UM ESTUDO APOIADO EM ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA)"

Transcrição

1 AVALIAÇÃO DO SISTEMA BRASILEIRO DE ARMAZENAGEM CONVENCIONAL E A GRANEL: UM ESTUDO APOIADO EM ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA) JORGE LUIS MONTE DE MESQUITA () ; MARCELO ALVARO DA SILVA MACEDO (2) ; ANA CAROLINA THOMAZ DE ALMEIDA MONTEIRO BARBOSA (3).,3.NEGEN/UFRURALRJ, SEROPÉDICA, RJ, BRASIL; 2.PPGEN/NEGEN/UFRURALRJ, SEROPÉDICA, RJ, BRASIL. jlmonte@finep.gov.br APRESENTAÇÃO ORAL COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS AGRÍCOLAS Avaliação do Sistema Brasileiro de Armazenagem Convencional e a Granel: um estudo apoiado em Análise Envoltória de Dados (DEA) Grupo de Pesquisa: COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS AGRÍCOLAS Resumo O trabalho visa ao estudo introdutório do sistema de armazenamento brasileiro convencional e a granel, com aplicação da Metodologia de Análise Envoltória de Dados para avaliação da eficiência relativa de armazenamento, conforme os tipos de produção convencional e a granel, entre os Estados da Federação. Neste sentido, busca-se obter o valor adequado para o dimensionamento estático das instalações armazenadoras convencional e a granel, entre os Estados da Federação, considerando ambos os tipos de produção. Esta abordagem visou à busca do melhor atendimento das demandas de armazenamento impostas pelas mencionadas produções, ou seja, do dimensionamento adequado das capacidades de armazenagem para satisfazer as respectivas demandas. Palavras-Chave: Armazenagem de Grãos; Desempenho; Análise Envoltória de Dados, DEA. Abstract This work presents a introductory study of the brazilian conventional and in bulk storage system, applying the Data Envelopment Analysis Methodology to evaluate the relative efficiency of storage of both production types: conventional and in bulk, from all states of Brazil. In this sense, the appropriated value for the static dimensioning of the conventional

2 and in bulk facilities was searched. The model approach sought to satisfy the storage demands imposed by the mentioned productions system, that is, the adequate storage capacity. Key-Words: Grain Storage, Performance, Data Envelopment Analysis, DEA.. INTRODUÇÃO Com o expressivo e contínuo crescimento do agronegócio nacional nos últimos anos do século passado e início deste, o Brasil vem ocupando as primeiras posições no ranking dos maiores produtores mundiais. Como conseqüência direta deste fato, vê-se o maior ingresso de divisas internacionais no país promovido pelas empresas exportadoras, o que auxilia a equilibrar a balança de pagamentos brasileira. Diversos são os fatores que promovem o aumento da produtividade agropecuária brasileira, permitindo a obtenção de maiores ganhos de escala em detrimento da expansão da área ocupada pelas culturas. Entre tais fatores, encontra-se o grande desenvolvimento científico e tecnológico, que conquistou o país neste segmento, e o aumento dos investimentos, tanto governamentais como privados. Todavia, apesar do grande desenvolvimento experimentado pelo agronegócio nacional, os problemas estruturais brasileiros ainda persistem, impactando fortemente a expansão do agronegócio nacional, seja como atividade produtiva, seja como fonte de riqueza geradora de divisas internacionais de nosso país. Entre tais problemas, o mais importante em termos de impacto sobre o agronegócio nacional é a persistente ausência de infra-estrutura adequada para o armazenamento e comercialização da produção agropecuária, que promove perdas consideráveis de produção, dificultando a obtenção de maior eficiência no aproveitamento dos recursos econômicos, humanos e naturais aplicados ao agronegócio nacional. Neste contexto, este trabalho pretende abordar a problemática da deficiente estrutura de armazenamento da produção brasileira de grãos ao longo dos Estados da Federação brasileira, que se constitui em importante fator limitante, impedindo o aumento da capacidade produtiva brasileira de grãos. Para atingir este objetivo foi realizada uma avaliação da eficiência relativa de armazenagem entre os Estados brasileiros, utilizando-se a metodologia de Análise Envoltória de Dados, visando o cômputo de seus respectivos déficits de capacidade estática de armazenagem. 2. ARMAZENAGEM NO BRASIL A Agência Safras (2004) define as unidades armazenadoras de grãos como complexos agro-industriais constituídos de estruturas e recursos para receber, pré-beneficiar, armazenar e expedir a produção agrícola de uma determinada área de abrangência. Estas demandam a condução de um conjunto de operações unitárias, tais como: pesagem, descarregamento, prélimpeza, secagem, limpeza, tratamento químico, armazenagem e expedição. Ou seja, a armazenagem representa uma das mais complexas etapas do processo logístico do agronegócio, mas que enfrenta, no Brasil, um contraponto, tendo em vista a produção brasileira de grãos ser bem maior que a capacidade disponível pelos armazéns. De acordo com Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a), o resultado do déficit na capacidade de armazenagem em determinadas regiões do país traduz-se em congestionamentos nos armazéns, silos e portos em períodos de safras. Conforme citado por 2

3 Miranda (2002), isso representa um grave problema logístico, oponente do cenário otimista com que tem se deparado o Agronegócio brasileiro nos últimos tempos. De acordo com um levantamento realizado pela CONAB e citado por Agroanalysis (2004), verificou-se um déficit da ordem de 25,9 milhões de toneladas na estrutura de depósitos da atual estrutura agrícola, requerendo investimentos da ordem de R$,8 bilhão para compensar esta diferença. Constata-se que o país, por um longo tempo, deixou de investir na construção de silos e armazenagem, pois muito pouco foi feito após a implantação do Programa Nacional de Armazenagem (PRONAZEM), na década de 970, que veio a priorizar a armazenagem a granel. Os efeitos do mencionado Programa resultaram num incremento de 5,3 milhões de toneladas na capacidade estática de armazenamento, com vistas a suprir o déficit da ordem de 2,5 milhões de toneladas na referida capacidade de armazenamento estimada para o biênio , como resultado imediato do vertiginoso crescimento da produção de soja a partir de 975. Outra conseqüência verificada a partir da implantação do referido programa foi a instalação de unidades de armazenamento em regiões carentes do país. Contudo, o Brasil se enfraqueceu em termos do aumento de sua capacidade de armazenamento desde então, tendo em vista não ocorrerem, praticamente, investimentos no setor, criando problemas regionais por conta da deficiente estrutura de armazenagem, bem como do sistema de transporte de grãos e da deficiência de escoamento nos portos. Como conseqüência, verifica-se que enquanto a produção brasileira de grãos cresceu aproximadamente 62,%, a capacidade de armazenamento incrementou-se em apenas 7,4%, desequilibrando a oferta e a demanda de serviços de armazenagem e fatalmente, inviabilizando programas de modernização de equipamentos que se verificaram desde então, de acordo com Agroanalysis (2004). No mesmo sentido, Nogueira Junior (989) corrobora a tese de que o complexo brasileiro de armazenagem tem suas deficiências originárias de sua estrutura arcaica e obsoleta, com características de um setor à margem dos interesses governamentais. Este último autor constatou que, em 989, a capacidade estática de armazenamento, era considerada satisfatória, muito embora sua forma e localização não fossem adequadas. Com base em levantamento do Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (CIBRAZEM), de 987, a referida capacidade era exatamente igual à produção de cereais e oleaginosas da safra , remontando a 66,9 milhões de toneladas, conforme citado por Agroanalysis (2004). Ainda que se considerassem outros itens passíveis de armazenamento no meio ambiente natural, entre eles a produção de café beneficiado, de açúcar e da oferta total de trigo (somatório das parcelas de produção, importação e doação), a capacidade do complexo armazenador brasileiro, àquela época, era considerada satisfatória, na opinião de Nogueira Junior (989). Tal fato decorria diretamente da defasagem verificada entre as entradas, de safra, no complexo armazenador, e as saídas, para consumo e exportação, permitindo transformar a capacidade estática da rede de armazenamento daquela época, em capacidade dinâmica, esta da ordem de 00,3 milhões de toneladas, se considerado o padrão internacional de rotatividade de estoques (da ordem de,5 vezes a capacidade estática de armazenamento). Em 2004, a infra-estrutura de armazenagem brasileira era composta de 3,7 mil depósitos, que apresentavam capacidade estática de armazenamento da ordem de 94,2 milhões de toneladas, suficiente para armazenar aproximadamente 80% da safra , conforme mencionado por Agroanalysis (2004). Este valor contrapõe-se ao de outros países, entre eles o Canadá e os Estados Unidos, que apresentam capacidade de armazenamento, respectivamente, de 200% e 20% do tamanho da produção, representando folga na administração dos estoques. De acordo com Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a), em 3

4 virtude da política nacional norte-americana de prevenção contra potenciais conflitos bélicos, o governo daquele país preocupa-se em manter estoques estratégicos elevados, como também no sentido do fortalecimento de sua posição mundial de grande fornecedor de matériasprimas. Todavia, apesar desta constante preocupação, os elevados custos inerentes à atividade de armazenamento têm provocado uma mudança na escala dos empreendimentos, de tal sorte a privilegiarem aqueles de menor custo e de utilização no curto prazo, de acordo com aqueles mesmos autores. A razão de serem elevados os custos inerentes à atividade de armazenamento no Brasil decorre de muitos fatores, entre os quais o fato, registrado por Lacerda Filho et. al. (2000), de que a maior parte da produção de grãos brasileira é armazenada de forma convencional. Tal modalidade favorece o manuseio e o comércio em pequena escala, proporcionado pela movimentação do saco de grãos, apresentando vantagens e desvantagens. Entre as vantagens do armazenamento convencional destacam-se: oferta de condições para manipular quantidades e tipos de produtos variáveis, simultaneamente; permissão para individualizar os produtos dentro de um mesmo lote; em caso de deterioração localizada, há possibilidade de remoção do material deteriorado sem necessitar remanejar todo o lote; reduzido custo inicial de instalação. Entre as desvantagens encontram-se: elevado custo da sacaria, o qual deve ser continuamente substituída, por não se constituir de material permanente; custo elevado de movimentação, tendo em vista demandar excessiva mão-deobra; necessidade de muito espaço por tonelada estocada. Lacerda Filho et. al. (2000) complementam dizendo que o armazenamento graneleiro se apresenta como concorrente direto da modalidade de armazenamento convencional. Este surgiu com a implantação das lavouras extensivas na década de 960, o projeto destes armazéns adaptou-se às condições locais, como solução econômica para a granelização, a partir dos armazéns convencionais com transporte mecanizado de carga e descarga. Nos estágios iniciais de sua evolução, o armazém graneleiro não apresentava controle de temperatura e de aeração, e somente recebiam para armazenagem grãos limpos e secos, novos ou de outros silos. Modernamente são dotados de sistemas de termometria, que previnem o aumento de temperatura interna e aeração, removendo também focos de aquecimento, o que contribui para manter os grãos em boas condições e por períodos de tempo prolongados. De toda forma, na opinião dos autores, uma unidade armazenadora de grãos deveria ser capaz de armazenar o produto por determinado período e manter sua qualidade a um nível desejado de qualidade para utilização futura, protegendo-o da ação do clima e permitindo o controle da temperatura, da umidade dos grãos e do controle de pragas (insetos, roedores e pássaros), devendo ser também de fácil e econômica operação, bem como apresentando possibilidade de ampliação futura. Do ponto-de-vista crítico e comparativo, o modelo de armazenagem implantado no Brasil contrapõe-se ao adotado em outros países, notadamente os desenvolvidos. Comparando-se o modelo brasileiro ao norte-americano, tal contradição entre os modelos se torna evidente, na medida em que no Brasil apenas 0% da capacidade armazenadora total (incluindo-se as modalidades convencional e graneleira) encontra-se situada no interior das próprias unidades de produção, enquanto que nos Estados Unidos, verifica-se que tal cifra atinge 57%, de acordo com Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a). 4

5 Desde fins da década de 980, verificam-se problemas decorrentes da má distribuição geográfica e qualitativa da infra-estrutura de armazenamento brasileira, entre eles o congestionamento em algumas regiões do país por falta de unidades de armazenamento, ou quando presentes, por sua inadequação à estocagem a granel, conforme citado por Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a). Na opinião de Nogueira Junior (989), esta é a situação típica das fronteiras agrícolas, a qual persiste até os dias atuais, por conta de sua maior sensibilidade às perdas. Somado à falta de espaço suficiente para armazenar a produção agrícola, há o problema da distribuição irregular dos armazéns existentes próximos às áreas de produção, conforme constatou Agência Safras (2004). Uma das possíveis razões para este fato é o crescimento das cidades, o que justifica o fato de que quase 64% dos armazéns localiza-se em áreas urbanas e portuárias, ou seja, o volume de produção depositado nos campos é baixo e não supera 30% da safra, conforme citado por Agroanalysis (2004). Ainda para Agroanalysis (2004), a falta de espaço para armazenagem, somado à distribuição irregular dos armazéns existentes junto às áreas de produção, bem como a necessidade de adequação ou construção de novas unidades, contribuem para necessidade de acréscimo de até 40% na capacidade existente. Tais fatos obrigam o produtor a vender sua colheita ao preço que lhe é oferecido, tendo em vista não poder esperar (guardar sua produção) pelo melhor momento para vender sua produção. Neste mesmo sentido, Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a) mostraram outros números. Os autores constataram que mais da metade das unidades de armazenamento encontra-se em perímetro urbano (54,%), o equivalente a 3% encontra-se localizada no espaço rural e constituído por cooperativas e indústrias de transformação. Somente 9,7% das unidades de armazenamento brasileiras localizam-se nas propriedades rurais, como as fazendas, e restante cabe às zonas portuárias (5,2%). Quando se fala em avaliar a capacidade de armazenagem ao nível das fazendas, os autores também mencionam, citando dados de agosto de 2004, que os silos e armazéns graneleiros respondiam por 72,2% da capacidade total e os armazéns convencionais, os restantes 27,8%, sendo que em se tratando de zona rural, excluindo-se as fazendas, a participação de tais unidades de armazenamento correspondiam a 8,6% e 8,4%, respectivamente. Em seguida, destacam que na zona urbana, a distribuição correspondia a 7% e 29%, respectivamente. Enquanto que nos portos brasileiros, a participação dos tipos foi semelhante à das fazendas. Outros problemas apontados por Costa (995) são: a inadequação da rede local frente ao tipo de produto demandante (granel ou ensacado), a má qualidade das instalações, a falta de equipamentos que garantam a qualidade dos produtos estocados e a facilidade de escoamento, seja na existência de vias quanto de meios de transportes, os quais também promovem instabilidade ao setor agrícola e atingem todos os agentes envolvidos, desde os produtores até os consumidores finais. De uma maneira geral, Agroanalysis (2004) cita o fato de que sobram depósitos convencionais e faltam silos graneleiros sendo que, considerando a safra nacional de grãos, verifica-se que embora mais de 90% da produção exija o armazenamento a granel, 37,7 milhões de toneladas não dispõem de rede adequada de armazenamento. Em se tratando de políticas públicas, o Plano Agrícola e Pecuário 2004/2005 do governo federal previu recursos para aumentar os investimentos em silagem e armazenagem, de acordo com Agência Safras (2004), tendo sido realizados investimentos da ordem de R$ 700 milhões, destinados pelo Programa de Incentivo à Irrigação e Armazenagem (MODERINFRA), conforme citado por Agroanalysis (2004). 5

6 Caminhando na mesma direção, em março de 2004, o Banco do Brasil tornou concreto o Programa BB de Armazenagem, pretendendo disponibilizar recursos da ordem de R$ 600 milhões, que seriam aplicados em um prazo de três anos, para ampliação da capacidade de armazenamento em até 8 milhões de toneladas, conforme citado por Nogueira Junior e Tsunechiro (2005b). Conseqüentemente, este programa veio a somar recursos ao MODERINFRA, bem como a dois outros principais instrumentos financeiros de incentivo à atividade de armazenagem no país, quais sejam, o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para a Agregação de Valor à Produção Agropecuária (PRODECOOP) e o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO Rural). Conforme citado por Agroanalysis (2004), ao longo da safra 2002/2003, o montante financiado pelo MODERINFRA foi de R$ 5,3 milhões, relativo à,4 mil operações de financiamento. À safra 2003/2004, o MODERINFRA financiou 7 mil operações, entre armazenagem e irrigação, totalizando recursos da ordem de R$ 45 milhões, o que representou incremento da ordem de.4% nas operações e 29% no montante dos recursos financiados. Relativamente ao PRODECOOP, Agroanalysis (2004) cita que foram desembolsados R$ 450 milhões, a partir de dados fornecidos pela OCB, visando atingir a meta de 2, milhões de toneladas na capacidade estática das cooperativas. Quanto à armazenagem ao nível das fazendas, e também em relação à safra 2004/2005, o governo federal tinha por meta ampliar a quantidade disponível para 0%, embora longe da margem de segurança de 20% desejada, se considerado o potencial de produção entre 35 e 40 milhões de toneladas para a safra daquele período. De acordo com Agência Safras (2004), foram aprovados, pela Medida Provisória 22/2004, posteriormente transformada na Lei.076/2004, com a finalidade de amenizar a problemática da armazenagem, dois novos instrumentos, de natureza financeira, que poderão ser emitidos pelas unidades de armazenamento, por meio de solicitação do depositante do produto: os Certificados de Depósitos Agropecuários (CDA) e os Warrants Agropecuários (WA). Em relação ao WA, o produtor levantaria financiamentos nos bancos habilitados, os quais responsabilizar-se-iam pelo registro no sistema da Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) da operação com aquele título. No caso do CDA, o produtor comercializaria seu produto diretamente para os investidores, a agroindústria ou empresas exportadoras. Contudo, alguns críticos já apontam que além da efetividade de ambos ainda depender de regulamentação, estes apresentam baixa liquidez e servem apenas para produtores que já possuem armazéns ou que tem algum próximo à sua propriedade. Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a) analisaram a oferta e a demanda de armazenagem de grãos e produtos secos nas Unidades da Federação, relativamente a outubro de Considerando como oferta as capacidades estáticas convencional e graneleira disponíveis nas unidades cadastradas pela CONAB, e como demanda o somatório da produção de grãos (da ordem de 23,2 milhões de toneladas) e de café beneficiado (.996,8 mil toneladas), estimadas por aquela companhia, a produção de açúcar (23,4 milhões de toneladas) estimada pela União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (ÚNICA), e a importação de trigo (6,6 milhões de toneladas) de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), a demanda de armazenagem totalizou 55,2 milhões de toneladas. De acordo com o levantamento dos autores, 40,7 milhões de toneladas (ou 26,2% daquele montante) representam produtos ensacados, demandantes de armazéns convencionais, e 4,5 milhões de toneladas (ou 73,8% daquele montante), produtos a granel, os quais demandam silos e graneleiros. Para este cálculo, os autores consideraram como produtos ensacados o açúcar, o algodão em caroço, o amendoim, o arroz, café beneficiado, feijão, 6

7 girassol e mamona. Como produtos a granel incluíram a aveia, o centeio, a cevada, o milho, a soja, o sorgo, os trigos nacional e importado, e triticale. O quadro 0 é ilustrativo do levantamento realizado pelos autores. Da análise do quadro 0, depreende-se que as Unidades da Federação que lideraram a demanda total de armazenagem, em 2003, foram: Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, compreendendo 78% da soma total. Comparativamente à modalidade de produção (ensacada e a granel), verifica-se que São Paulo, Pernambuco, Alagoas e Espírito Santo são as Unidades da Federação em que predominam a produção ensacada, dos quais os dois primeiros (São Paulo e Pernambuco) respondem pela demanda de armazéns convencionais em função da produção de açúcar e à importação de trigo. Quanto à Alagoas, a demanda decorre quase que exclusivamente da produção de açúcar. Em relação ao Espírito Santo, o café é quem responde por tal demanda. Quando considerada a produção de grãos, os maiores demandadores de armazenagem a granel são os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Bahia. Considerando-se a oferta brasileira de capacidade estática de armazenamento, da análise do quadro 0, constata-se que esta era da ordem de 90,5 milhões de toneladas, das quais 24,2 milhões de toneladas (ou 26,8%) referentes aos armazéns convencionais e 66,3 milhões de toneladas (ou 73,2%), correspondentes a armazéns graneleiros e silos. Conclui-se também que as maiores capacidades estáticas encontram-se localizadas no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Do ponto-de-vista da análise da modalidade de armazenamento, conclui-se que São Paulo é o estado em que o item armazém convencional participa majoritariamente (55,3% do total) da capacidade de armazenamento estático do Estado, donde se conclui da baixa presença da modalidade armazém graneleiro nesta unidade da Federação. Contudo, verifica-se que há predomínio de armazéns convencionais entre as unidades da federação que apresentam menor nível de produção total. Quadro 0 Dados da Produção e da Capacidade Estática por Estado DMU's Produção (.000 ton) Capacidade Estática (.000 ton) Convencional % Granel % Total % Convencional % Granel % Total % Paraná 2.840,5 6,99% , 25,03% 3.50,60 20,3% 4.367,2 8,02% 3.878,0 20,94% 8.245,20 20,6% São Paulo 5.947, 39,22% 8.480,9 7,4% ,00 5,74% 5.37,7 2,94% 4.290,7 6,47% 9.608,40 0,6% Rio Grande do Sul 4.844,4,92% 8.080,2 5,79% ,60 4,77% 2.877,5,87% 6.207,2 24,45% 9.084,70 2,08% Mato Grosso 2.63,4 6,43% 6.496,7 4,40% 9.0,0 2,3% 2.96,0 2,03% 0.853,4 6,37% 3.769,40 5,2% Goiás.392,3 3,42% 0.548,8 9,2%.94,0 7,69%.737,5 7,7% 8.564,3 2,92% 0.30,80,38% Minas Gerais 3.00,9 7,4% 8.9, 7,09%.30,00 7,7%.97,5 7,9% 2.840,0 4,28% 4.757,50 5,26% Mato Grosso do Sul 780,6,92% 7.542,0 6,59% 8.322,60 5,36% 750,0 3,09% 4.30,0 6,23% 4.880,00 5,39% Santa Catarina.228,8 3,02% 5.527,3 4,83% 6.756,0 4,35% 526,8 2,7% 2.484,6 3,75% 3.0,40 3,33% Bahia 960,2 2,36% 3.426, 2,99% 4.386,30 2,83% 672,4 2,77%.94,4,80%.866,80 2,06% Maranhão 758,2,86%.44,,00%.902,30,23% 5,2 0,48% 335,4 0,5% 450,6 0,50% Ceará 327, 0,80%.443,6,26%.770,70,4% 306,5,26% 5,6 0,7% 422, 0,47% Pernambuco.069,4 2,63% 65, 0,54%.684,50,09% 472,9,95% 52,3 0,23% 625,2 0,69% Alagoas.567,5 3,86% 72,8 0,06%.640,30,06% 245,5,0% 35,4 0,05% 280,9 0,3% Pará 640,9,58% 763,2 0,67%.404,0 0,90% 225,7 0,93% 36,0 0,05% 26,7 0,29% Rio de Janeiro 352,8 0,87% 75,0 0,66%.03,80 0,7% 42,2 0,59% 80,3 0,2% 222,5 0,25% Tocantins 447,7,0% 535,7 0,47% 983,4 0,63% 682,3 2,82% 39,2 0,59%.073,50,9% Espírito Santo 564,9,39% 305,9 0,27% 870,8 0,56% 438,3,8% 390,2 0,59% 828,5 0,92% Piauí 269,2 0,66% 595,5 0,52% 864,7 0,56% 70,6 0,29% 06,9 0,6% 77,5 0,20% Rondônia 293,5 0,72% 307,0 0,27% 600,5 0,39% 67,7 0,69% - 0,00% 67,7 0,9% Rio Grande do Norte 205,4 0,5% 28,2 0,9% 423,6 0,27% 72,9 0,30% 4,5 0,0% 77,4 0,09% Distrito Federal 39,7 0,0% 322,0 0,28% 36,7 0,23% 95,5 0,39% 7,6 0,26% 267, 0,30% Sergipe 4,8 0,28% 228, 0,20% 342,9 0,22% 0,7 0,04% 7,7 0,0% 8,4 0,02% Paraíba 87,8 0,46% 37, 0,2% 324,9 0,2% 49,3 0,20%,4 0,02% 60,7 0,07% Roraima 06,9 0,26% 49,9 0,04% 56,8 0,0% 2,5 0,05% 5,6 0,0% 8, 0,02% Amazonas 45, 0,% 94,5 0,08% 39,6 0,09% 8, 0,07% - 0,00% 8, 0,02% Acre 43, 0,% 49,5 0,04% 92,6 0,06% 24,0 0,0% - 0,00% 24 0,03% Amapá 4,0 0,0%,2 0,00% 5,2 0,00% 0,8 0,00% - 0,00% 0,8 0,00% Total ,2 00,00% 4.525,6 00,00% 55.8,80 00,00% ,3 00,00% ,7 00,00% ,00 00,00% Fonte: Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a) 7

8 Considerando ainda o quadro 0, ao compararmos a capacidade estática total de armazenamento (com dados de outubro de 2003) de 90,5 milhões de toneladas com a produção de grãos da safra de 2002/2003, da ordem de 23,2 milhões de toneladas, verifica-se um deficit de 32,6 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, se compararmos o somatório entre a produção de grãos da safra de 2002/2003 e a oferta brasileira dos principais produtos agrícolas armazenados a meio ambiente natural, entre os quais cereais, oleaginosas, açúcar, café e trigo importado, correspondente a 55,2 milhões de toneladas, este déficit aumenta para 64,6 milhões de toneladas. Um ponto interessante é que proporcionalmente este déficit se encontra igualmente dividido entre as modalidades convencional e a granel, ambas com um déficit de pouco mais de 40 % do total produzido. O quadro 02 mostra o Índice de Ocupação da Capacidade de Armazenamento por Unidade da Federação, que é definido como a relação entre as produções ensacada e a granel e suas respectivas capacidades. Neste sentido, um índice unitário determina 00% de aproveitamento dos armazéns. De outra forma, um índice maior que um determina que demanda, representada pela produção respectiva, supera a oferta de capacidade de armazenamento estática, denotando presença de déficit no sistema de armazenagem daquela unidade da Federação. Da análise do índice de Ocupação da Capacidade de Armazenamento, conclui-se que: Com relação às unidades de armazenamento graneleiras, os estados do Rio Grande do Sul e Goiás apresentam pequenos problemas. Já em referência às unidades de armazenamento convencionais, os estados do Paraná, Mato Grosso e Goiás, entre outros, apresentam-se com relativa folga de capacidade; Os estados do Ceará, Pará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba apresentam elevados índices de ocupação da capacidade em silos e armazéns graneleiros. Já em relação à ocupação da capacidade convencional, os maiores problemas estão concentrados no Maranhão, Alagoas, Sergipe e Roraima; Percebe-se que os problemas estão concentrados nas regiões Norte e Nordeste. Quadro 02 Taxa de Ocupação da Capacidade por Estado 8

9 DMU's Taxa de Ocupação da Capacidade Convencional Granel Total Paraná 0,65 2,07,73 São Paulo 3,00,98 2,54 Rio Grande do Sul,68,2,2 Mato Grosso 0,90,52,39 Goiás 0,80,23,6 Minas Gerais,57 2,86 2,34 Mato Grosso do Sul,04,83,7 Santa Catarina 2,33 2,22 2,24 Bahia,43 2,87 2,35 Maranhão 6,58 3,4 4,22 Ceará,07 2,49 4,9 Pernambuco 2,26 4,04 2,69 Alagoas 6,38 2,06 5,84 Pará 2,84 2,20 5,37 Rio de Janeiro 2,48 9,35 4,96 Tocantins 0,66,37 0,92 Espírito Santo,29 0,78,05 Piauí 3,8 5,57 4,87 Rondônia,75 0,00 3,58 Rio Grande do Norte 2,82 48,49 5,47 Distrito Federal 0,42,88,35 Sergipe 0,73 29,62 8,64 Paraíba 3,8 2,03 5,35 Roraima 8,55 8,9 8,66 Amazonas 2,49 0,00 7,7 Acre,80 0,00 3,86 Amapá 5,00 0,00 6,5 Total,68,73,7 Fonte: Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a) 3. METODOLOGIA Adotando o apresentado por Vergara (2005) a metodologia deste trabalho compreende uma Pesquisa Aplicada, Descritiva e Quantitativa. Isto porque optou-se pela aplicação da metodologia de Análise Envoltória de Dados (DEA) para avaliação da eficiência relativa de armazenamento entre Estados da Federação, utilizando os dados de capacidades estática de armazenagem, da forma como apresentados por Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a). Neste sentido foi considerado o método de Análise Envoltória de Dados orientado a output, aplicando-se o enfoque de Retornos Constantes à Escala (do inglês, Constant Returns to Scale CRS), que será apresentado ainda neste item. O problema é definido a partir do confronto entre as demandas de produção agrícola convencional e a granel (os inputs), para cada Estado da Federação, considerados Unidades de Decisão ou DMUs, e as capacidades estáticas, convencional e a granel (os outputs), partindo dos dados previamente obtidos por Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a). Deste confronto pretendeu-se obter a eficiência relativa de armazenamento em termos dos elementos de comparação (benchmarks), aplicados a cada Estado da Federação, de acordo com a formulação matemática da Análise Envoltória de Dados. A escolha do modelo de Análise Envoltória de Dados orientado a output partiu da premissa essencial de que não é possível ou desejável reduzir a demanda de armazenamento, caracterizada pelas produções convencional e a granel, tendo em vista tais valores resultarem do produto da safra daquele período. Não obstante, desejou-se então obter uma maior capacidade de armazenamento convencional e a granel, ditas virtuais, como outputs em 9

10 termos da metodologia de Análise Envoltória de Dados, na busca do dimensionamento adequado das instalações armazenadoras. Em termos de Análise Envoltória de Dados pretende-se obter, com a abordagem em tela, os denominados Alvos de Eficiência de Escala, ou seja, aqueles tamanhos de escala desejáveis em que as DMU s não-eficientes deveriam operar para se aproximarem das DMU s mais produtivas, que lhe são benchmarks ou padrões de comparação. O que busca-se neste artigo é apresentar uma metodologia multidimensional, na qual seja possível avaliar a eficiência da capacidade de armazenagem de cada Estado brasileiro frente a sua produção, de modo multicriterial, ou seja, considerando de maneira integrada todos os vetores apresentados. Isto é feito através da utilização da Análise Envoltória de Dados (DEA), que mostra o quão um Estado é eficiente, no tratamento de seus inputs e outputs, em relação aos outros. Esta análise fornece um indicador que varia de 0 a ou de 0 % a 00 %, sendo que somente os Estados que obtêm índice de eficiência igual a um é que são efetivamente eficientes, ou seja, fazem parte da fronteira eficiente. Em termos práticos, o modelo procura identificar a eficiência de um Estado comparando-o com os melhores desempenhos observados. De acordo com Talluri (2000), a Analise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis DEA) é uma técnica de Programação Linear que trata da questão da Análise Multicritério de Produtividade a partir da análise comparativa de eficiência entre unidades organizadas denominadas Unidades de Decisão (Decision Making Units DMU s). Esta abordagem visa estimar a Fronteira de Eficiência, capaz de incorporar diversas variáveis de entrada (input) e de saída (output), para o referido cálculo da eficiência de unidades de decisão. Ainda segundo o autor, para tanto são definidos os problemas orientados a input e aqueles orientados a output. Os problemas orientados a input são aqueles em que se procuram minimizar os inputs e deixam-se de variar os outputs, de tal forma que a relação que define a Eficiência seja maximizada. Nos problemas orientados a output, deseja-se maximizar os outputs ao mesmo tempo em que não se variam os inputs, de tal forma que a relação que define a Eficiência seja também maximizada. Considera-se uma DMU eficiente quando a mesma obtém uma razão unitária de 00%, na relação entre outputs e inputs que define a eficiência. Diversamente, considera-se ineficiente quando tal relação é inferior à unidade. Para cada DMU ineficiente, a metodologia da Análise Envoltória de Dados identifica DMU s eficientes, que se tornam padrões para comparação (benchmarks) com aquela DMU ineficiente analisada. Sendo assim Talluri (2000) define a Eficiência como: Eficiência M j = N i outputs inputs Considerando-se que há n DMU s, cada qual com N inputs (insumos) e M outputs (produtos), a Eficiência Relativa de uma DMU sob análise é obtida da resolução do modelo proposto por Charnes et. al (978), como segue: i j 0

11 max M j= N i= v u j i y x jp ip Onde: s.a. M j= N i= v y j u x i jk ik, k v, u 0, j, i j =... M outputs i =... N inputs k =,..., p,..., n DMUs sob análise y jk = output j da k-ésima DMU x ik = input i da k-ésima DMU v j = peso do j-ésimo output u i = peso do i-ésimo input j i O problema anterior pode ser convertido na resolução de um programa linear, conforme proposto por Charnes e Cooper (962): max s. a M M j= N i= v y u x i v y u x 0, i v, u 0, k, j j ip jk N j jk j= i= j i = Para a resolução de um problema em DEA, resolve-se o problema de programação linear n vezes, identificando-se a eficiência relativa de todas as DMU s, selecionando-se pesos tais que maximizem ou minimizem os outputs e os inputs. A escolha da abordagem necessária será baseada na peculiaridade de cada problema a ser resolvido. Os dois modelos anteriores possuem orientação input, porém neste artigo a análise está fundamentada numa orientação output, ou seja, a função objetivo busca minimizar a relação entre inputs e outputs. Sendo assim, a programação matemática a seguir representa, segundo Gomes e Mangabeira (2004), a modelagem que será utilizada: i ip

12 MinEc = S.a.: vi x ik uj y jk vi x uj y ic jc u j, vi 0, x, y, k =, 2,..., c, Κ, n Min S. a.: m i= s j= m i= vi x u j y vi x ic jc ik = u uj, vi 0, x, y n j= j y jk 0, k =, Κ, c, Κ, n De uma maneira geral, de acordo com Ramanathan (2003), para cada DMU ineficiente, ou seja, aquela que não esteja localizada sobre a Fronteira de Eficiência definida pelas DMUs eficientes, é calculada uma distância modular entre as DMUs ineficientes e as DMUs eficientes, localizadas sobre a Fronteira de Eficiência, também conhecida como Envoltória. Zhu (2004) e Ramanathan (2003) denominam tais distâncias de Folga de Input (Input Slack) e de Folga de Output (Output Slack). Ramanathan (2003), assim, caracteriza tais grandezas: Sendo que: InputSlack = Input Re al InputObjetivo OutpuSlack = OutputObjetivo Output Re al Eficiência Relativa InputObjetivo = Input Re al * 00 Output Re al OutputObjetivo = Eficiência Relativa 00 Entre as vantagens do método de Análise Envoltória de Dados, Ramanathan (2003) cita as seguintes: Objetividade, na medida em que a Análise Envoltória de Dados prevê um cálculo de eficiência baseada em dados numéricos, não oferecendo margem para a subjetividade das opiniões dos analistas envolvidos com a solução do problema; Possibilidade de manipulação de múltiplos inputs e múltiplos outputs, comuns a todas as DMU s, bem como operação independente de coerência entre sistemas de unidades de medida; Trata-se de um método não-paramétrico, não requerendo qualquer relação funcional entre as variáveis de entrada (inputs) e as de saída (outputs). Contudo, ressalta o autor, a Análise Envoltória de Dados apresenta desvantagens, entre as quais: Necessita da resolução de um problema de programação linear para cada DMU, ou seja, o problema deve ser resolvido n vezes, o que demanda recursos computacionais intensivos; Uma vez que o compreende a modelagem de dados numéricos, eventuais erros de medida podem provocar problemas significativos na obtenção dos resultados, tornando necessário um pós-processamento para o refinamento da solução para um problema de programação linear resolvido por Análise Envoltória de Dados. 2

13 Moreira e Fonseca (2005) também apontam para a importante influência relativa do ruído promovido pela inconsistência numérica dos dados, como elemento importante a ser considerado na análise do problema. Dado que o método de Análise Envoltória de Dados é não-paramétrico, os testes de hipótese estatísticos são dificultados. Na medida em que os escores de eficiência da Análise Envoltória de Dados são obtidos após a resolução iterativa de um número considerável de problemas de programação linear, geralmente não é fácil explicar intuitivamente o referido método para o caso de mais de duas entradas e saídas para uma platéia nãotécnica. Visando facilitar a resolução da modelagem DEA, foi utilizado um aplicativo de computador programado por ZHU (2004) que, quando aberto sobre uma planilha do aplicativo Microsoft Excel 2000, procede à realização dos cálculos envolvidos com a Análise Envoltória de Dados para a obtenção dos resultados desejados por este artigo, quais sejam as Eficiências de Armazenagem e os denominados Alvos de Eficiência de Escala para cada estado brasileiro. Por fim, o quadro 03 mostra, a partir dos dados de Nogueira e Tsunechiro (2005a), como variáveis de entrada (inputs) a produção convencional (em mil toneladas) e a produção a granel (em mil toneladas); como variáveis de saída (outputs) a capacidade estática convencional (em mil toneladas) e a capacidade estática a granel (em mil toneladas); e como DMU s os Estados brasileiros. Quadro 03 Informações utilizadas na Modelagem DEA DMU's Produção (.000 ton) INPUTS Capacidade Estática (.000 ton) OUTPUTS Convencional Granel Convencional Granel Paraná 2.840, , 4.367, ,0 São Paulo 5.947, 8.480,9 5.37, ,7 Rio Grande do Sul 4.844, , , ,2 Mato Grosso 2.63, ,7 2.96, ,4 Goiás.392, ,8.737, ,3 Minas Gerais 3.00,9 8.9,.97, ,0 Mato Grosso do Sul 780, ,0 750,0 4.30,0 Santa Catarina.228, ,3 526, ,6 Bahia 960, , 672,4.94,4 Maranhão 758,2.44, 5,2 335,4 Ceará 327,.443,6 306,5 5,6 Pernambuco.069,4 65, 472,9 52,3 Alagoas.567,5 72,8 245,5 35,4 Pará 640,9 763,2 225,7 36,0 Rio de Janeiro 352,8 75,0 42,2 80,3 Tocantins 447,7 535,7 682,3 39,2 Espírito Santo 564,9 305,9 438,3 390,2 Piauí 269,2 595,5 70,6 06,9 Rondônia 293,5 307,0 67,7 - Rio Grande do Norte 205,4 28,2 72,9 4,5 Distrito Federal 39,7 322,0 95,5 7,6 Sergipe 4,8 228, 0,7 7,7 Paraíba 87,8 37, 49,3,4 Roraima 06,9 49,9 2,5 5,6 Amazonas 45, 94,5 8, - Acre 43, 49,5 24,0 - Amapá 4,0,2 0,8 - Total , , , ,7 3

14 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Aplicando o enfoque para a resolução do problema, conforme explanado no item anterior, e o aplicativo DEA Excel Solver, obteve-se as planilhas de resultados. A análise dos resultados prendeu-se apenas à discussão da Eficiência e dos Alvos de eficiência. O quadro 04 mostra a Avaliação de Eficiência Estática de Armazenamento de cada estado. Da análise do quadro 04, constata-se que as Unidades da Federação que se valem mais eficientemente de sua estrutura de armazenagem, em nível de capacidade estática de armazenamento, considerando os dados do ano de 2003, são os Estados do Rio Grande do Sul, Goiás, Alagoas, Tocantins, Espírito Santo e Distrito Federal. Constata-se, ainda, que tais Unidades de Decisão, ou DMU s, apresentam seus valores de Eficiência Orientada a Output iguais à unidade, o que os coloca sobre a Fronteira de Eficiência. Sendo assim, as Unidades da Federação consideradas não-eficientes são as demais, ou seja, os Estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Rondônia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraíba, Roraima, Amazonas, Acre e Amapá, tendo em vista apresentarem seus valores de eficiência menores que a unidade. Quadro 04 Resultados de Eficiência de Armazenagem por Estado DMU EFF (%) DMU EFF (%) Paraná 90,05 Rio de Janeiro 24,53 São Paulo 43,66 Tocantins 00,00 Rio Grande do Sul 00,00 Espírito Santo 00,00 Mato Grosso 82,76 Piauí 2,62 Goiás 00,00 Rondônia 42,26 Minas Gerais 44,37 Rio Grande do Norte 25,89 Mato Grosso do Sul 86,0 Distrito Federal 00,00 Santa Catarina 52,36 Sergipe 5,74 Bahia 46,52 Paraíba 26,48 Maranhão 29,58 Roraima 7,3 Ceará 48,45 Amazonas 24,49 Pernambuco 54,30 Acre 37,90 Alagoas 00,00 Amapá 42,2 Pará 23,2 Conforme ressaltado anteriormente, trata-se o trabalho em questão da aplicação da metodologia de Análise Envoltória de Dados com base em problema orientado a output, tendo em vista a peculiaridade do problema. Partiu-se da premissa essencial de que não é possível ou desejável reduzir a demanda de armazenamento, caracterizada pelas produções convencional e a granel, tendo em vista tais valores resultarem do produto da safra daquele período, senão a obtenção de uma maior capacidade de armazenamento convencional e a granel, na busca do dimensionamento adequado das instalações armazenadoras. Apresenta-se no quadro 05, o cômputo dos valores atuais, dos valores ideais e das necessidades de aumento da capacidade (déficit de armazenagem) de armazenamento convencional e a granel. Com esta abordagem, inicia-se esta análise de resultados pelas DMU s mais eficientes e constatam-se os seguintes resultados: 4

15 a) Estado do Rio Grande do Sul Trata-se do estado que apresenta a maior participação na capacidade de armazenamento estático a granel (com 24,45%), ocupando também o quarto lugar (com,87%) do volume de armazenamento estático convencional. Constata-se que a preferência pelo armazenamento a granel naquele estado se deu em função de ter o mesmo se destacado como um grande produtor e armazenador de soja em grão e trigo em grão, em outubro de 2003, conforme IBGE (2003), tendo em vista o seu clima propício para estes cultivos e as facilidades de escoamento proporcionadas por sua infra-estrutura portuária desenvolvida. Neste mesmo sentido, destacou-se este estado em outubro de 2003, à época da avaliação por Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a) e também conforme IBGE (2003), como armazenador de arroz em casca, arroz beneficiado, milho (em grão), entre outros produtos. Conforme também apontado por Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a), tal Estado é o que apresenta o quarto menor Índice de Ocupação da Capacidade de Armazenamento Estática total, com uma produção total 20% superior à capacidade total de armazenamento, ou mais especificamente com uma produção à granel apenas 2% superior à capacidade de armazenamento a granel. b) Estado de Goiás Trata-se do estado que apresenta a quarta maior participação no volume de armazenamento estático a granel (com 2,92%), embora ocupe também o sexto lugar (com 7,7%) do volume de armazenamento estático convencional. Constata-se, portanto, que a preferência pelo armazenamento a granel naquele estado se deu em função deste ser um grande produtor de soja em grão, conforme IBGE (2003), tendo em vista o seu clima favorável e o deslocamento da fronteira agrícola desta cultura para o Centro-Oeste, com destaque para a cidade de Jataí, entre outras cidades da região do Sul Goiano. De acordo com IBGE (2003), este Estado também se destacou na armazenagem de milho em grão, trigo em grão, semente de soja e semente de milho, entre as mais relevantes. Soma-se a estes o fato de que, conforme apontado por Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a), tal estado é o que apresenta o primeiro menor Índice de Ocupação da Capacidade de Armazenamento Estática total, com uma produção total 6% superior à capacidade total de armazenamento, ou melhor dizendo, com uma produção à granel 23% superior à capacidade de armazenamento a granel. Pode-se apontar também como fator desse comportamento à elevada produtividade obtida com a produção da soja e outras culturas, como conseqüência direta de investimentos em pesquisa realizados pela EMBRAPA sobre a produção de grãos e frutas para exportação, com destaque para a cidade de Rio Verde, naquele estado, conforme Gasques et al. (2004). c) Estado de Alagoas Trata-se do Estado que apresenta baixas participações no volume de armazenamento estático a granel (com 0,05%) e convencional (com,0%). Constata-se que, por ser a cultura do feijão predominante naquele estado, deu-se preferência pelo armazenamento convencional, tendo em vista que, conforme IBGE (2003), as culturas de algodão em pluma e milho em grão são as duas culturas mais relevantes em termos de tonelada de produto armazenado, com.84 e 9.49 toneladas, respectivamente. d) Estado de Tocantins Comparativamente falando, trata-se de um dos estados com baixa participação no volume de armazenamento estático a granel (com 0,59%), mas com relevante participação no volume estático convencional (com 2,82%). Constata-se que, com base em dados de 2004, a cultura da soja é predominante naquele estado, como resultado do deslocamento da fronteira agrícola para a região Centro-Oeste. Contudo, tal fato não foi tão marcante em 2003, tendo 5

16 em vista IBGE (2003) ter apontado predomínio de armazenamento de arroz em casca e de milho em grão. Soma-se a estes fatos, um dos mais baixos Índices de Ocupação da Capacidade de Armazenamento estática, o que permite conferir-lhe alguma folga de capacidade de armazenamento, principalmente no que se refere ao estático convencional. Contudo, verificase que este Índice ultrapassa a unidade, em termos de capacidade estática a granel, evidenciando um possível estrangulamento em nível de armazenamento a granel, o que poderia ser compensado pela construção de mais silos graneleiros autorizados ou estimulando o produtor ou as cooperativas a estocarem eles próprios sua produção, por conta dos instrumentos financeiros já mencionados. e) Espírito Santo e Distrito Federal Em se tratando do estado do Espírito Santo o Índice de Ocupação da Capacidade de Armazenamento estática apresenta reduzido estrangulamento. É um dos estados da Federação que apresenta as mais baixas capacidades estáticas convencional e a granel, o que pode ser explicado pelo predomínio de armazenamento de café em grão, conforme IBGE (2003). Quando se fala no Distrito Federal, o que se verifica é grande folga no Índice de Ocupação da Capacidade de Armazenamento estática convencional (aproximadamente 58 %), mas um estrangulamento relativamente crítico no referido índice para a capacidade estática a granel. Conforme IBGE (2003), as culturas que apresentam predomínio de armazenamento são soja em grão, trigo em grão e milho em grão. Quadro 05 Valores Ideais de Armazenamento por Estado DMU's Dados do problema Alvo de Eficiência Déficit de Armazenagem Convencional Granel Convencional Granel Convencional Granel Paraná 4.367, , ,63 5.4,04-482, ,04 São Paulo 5.37, , , , , ,92 Rio Grande do Sul 2.877, , , ,20 EFICIENTE Mato Grosso 2.96, , ,3 3.3,83-607, ,43 Goiás.737, ,30.737, ,30 EFICIENTE Minas Gerais.97, , , , , ,07 Mato Grosso do Sul 750, ,00 974,4 4.80,62-224,4-67,62 Santa Catarina 526, ,60.006, ,59-479, ,99 Bahia 672,40.94,40.445, ,58-773, ,8 Maranhão 5,20 335,40 546,46.34,05-43,26-798,65 Ceará 306,50 5,60 632,65 80,63-326,5-695,03 Pernambuco 472,90 52,30 870,86 748,74-397,96-596,44 Alagoas 245,50 35,40 245,50 35,40 EFICIENTE Pará 225,70 36,00 972,54 558,99-746,84-522,99 Rio de Janeiro 42,20 80,30 579,60 472,30-437,40-392,00 Tocantins 682,30 39,20 682,30 39,20 EFICIENTE Espírito Santo 438,30 390,20 438,30 390,20 EFICIENTE Piauí 70,60 06,90 326,62 494,55-256,02-387,65 Rondônia 67,70-396,83 244, -229,3-244, Rio Grande do Norte 72,90 4,50 28,54 7,77-208,64-67,27 Distrito Federal 95,50 7,60 95,50 7,60 EFICIENTE Sergipe 0,70 7,70 86,52 45,57-75,82-37,87 Paraíba 49,30,40 86,5 39,62-36,85-28,22 Roraima 2,50 5,60 72,95 63,06-60,45-57,46 Amazonas 8,0-73,90 59,63-55,80-59,63 Acre 24,00-63,32 37,08-39,32-37,08 Amapá 0,80 -,90,46 -,0 -,46 TOTAL , , 6

17 Com relação às unidades ineficientes pode-se observar, no quadro 04, seus índices de desempenho em relação a eficiência de armazenagem. Já no quadro 05, tem-se as capacidades ideais e as necessidades de melhoria na capacidade, destacadas como déficits de armazenagem para atingir a eficiência de 00 %. Estas necessidades de melhoria são calculadas pela comparação entre as capacidades ideais e reais. Este ponto é importante, pois a análise não mostra um ótimo idealizado, mas o que se deve fazer dado o que se tem de real e efetivo nas outras unidades. Logo, o déficit apurado não é em relação a produção, mas em relação a comparação da capacidade de armazenamento frente a produção de cada DMU ineficiente com as unidades eficientes. Ou seja, o déficit apurado não é uma simples diferença entre a produção e a capacidade de armazenamento, mas sim esta diferença frente as mesmas diferenças existentes no sistema. Percebe-se que as unidades com menor índice de eficiência são aquelas que necessitam de maiores alterações (ampliação) da capacidade de armazenamento. Numa análise por região, percebe-se que os cinco piores estados estão nas regiões Norte e Nordeste e apenas Alagoas e Tocantins são representantes eficientes destas regiões. Para corroborar esta análise, o quadro 06 mostra a eficiência média de cada região. Quadro 06 Eficiência Média por Região DMU EFF (%) DMU EFF (%) Mato Grosso 82,76 São Paulo 43,66 Goiás 00,00 Minas Gerais 44,37 Distrito Federal 00,00 Espírito Santo 00,00 Mato Grosso do Sul 86,0 Rio de Janeiro 24,53 REGIÃO CENTRO-OESTE 92,9 REGIÃO SUDESTE 53,4 Rondônia 42,26 Piauí 2,62 Tocantins 00,00 Rio Grande do Norte 25,89 Roraima 7,3 Bahia 46,52 Amazonas 24,49 Sergipe 5,74 Acre 37,90 Paraíba 26,48 Amapá 42,2 Pernambuco 54,30 Pará 23,2 Alagoas 00,00 REGIÃO NORTE 4,03 Maranhão 29,58 Paraná 90,05 Ceará 48,45 Santa Catarina 52,36 REGIÃO NORDESTE 39,84 Rio Grande do Sul 00,00 REGIÃO SUL 80,80 Neste quadro, percebe-se que a região mais eficiente é a região Centro-Oeste, seguida pela região SUL. As outras três regiões têm índices de eficiência baixíssimos, sendo as regiões Norte e Nordeste as duas piores. No quadro 07, tem-se as unidades eficientes utilizadas como benchmarks para cada unidade ineficiente. Destaca-se que os estados Tocantins e Espírito Santo são os que mais são utilizados como referência, dentre aqueles com desempenho 00%, para as unidades não eficientes. 7

18 Quadro 07 Unidades de Benchmarking para cada DMU Ineficiente DMU's INEFF Paraná Goiás Benchmarks Distrito Federal São Paulo Alagoas Espírito Santo Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul Mato Grosso Goiás Tocantins Distrito Federal Goiás Goiás Minas Gerais Goiás Tocantins Espírito Santo Mato Grosso do Sul Goiás Santa Catarina Rio Grande do Sul Goiás Espírito Santo Bahia Goiás Tocantins Distrito Federal Maranhão Rio Grande do Sul Espírito Santo Ceará Tocantins Distrito Federal Pernambuco Tocantins Espírito Santo Alagoas Alagoas Pará Tocantins Espírito Santo Rio de Janeiro Tocantins Distrito Federal Tocantins Tocantins Espírito Santo Espírito Santo Piauí Goiás Tocantins Espírito Santo Rondônia Tocantins Espírito Santo Rio Grande do Norte Tocantins Espírito Santo Distrito Federal Distrito Federal Sergipe Tocantins Distrito Federal Paraíba Tocantins Espírito Santo Roraima Alagoas Espírito Santo Amazonas Tocantins Distrito Federal Acre Tocantins Espírito Santo Amapá Alagoas Espírito Santo Com base em todas as informações anteriores, faz-se uma última análise comparativa dos resultados deste estudo com os resultados do estudo de Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a), do qual foram retirados os dados para a presente análise. A figura 0, mostra um gráfico com as taxas de ocupação das capacidades convencional (eixo X) e a Granel (eixo Y), de cada Estado. Destacam-se, no gráfico, as unidades com eficiência 00 % (RS, GO, AL, TO, ES e DF). Nota-se, que estas formam uma envoltória dos dados, mostrando assim convergência entre os resultados, de forma geral. Fazer parte desta envoltória representa ter, ao mesmo tempo, para os mais diferentes níveis, baixa taxa de ocupação de capacidade convencional e a granel. Porém cabe ressaltar, que a melhoria discutida pelos dois estudos é substancialmente diferente. Isto porque no estudo de Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a), tem-se a produção de cada estado individualmente como referência e no presente estudo, tem-se a taxa de ocupação das melhores unidades como benchmark. 8

19 Figura 0 Análise Gráfica das Taxas de Ocupação das Capacidades Convencional e Granel 60,00 50,00 40,00 a Granel 30,00 20,00 0,00 0,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 0,00 2,00 Convencional Todos os Estados Estados com EFF = 00 % 5. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme se verifica nos resultados apresentados, estruturas de armazenagem convencional e a granel deveriam ser construídas nos estados que apresentaram déficits em suas capacidades de armazenamento estático convencional e a granel, à época dos dados, ou seja, outubro de Conclui-se também que, especialmente em relação ao armazenamento a granel, nos estados de Rondônia, Amazonas, Acre e Amapá, tais estruturas de armazenagem deveriam ser ainda criadas, face às ausências das mesmas verificadas nestas Unidades da Federação. Justamente numa região em que tem se verificado o aumento da fronteira agrícola por conta da expansão do cultivo da soja sobre a região de cerrado. Soma-se a este também o fato do aumento da capacidade de armazenamento que deveria se verificar nos demais Estados para que estes se aproximassem, minimamente, de seus elementos de comparação (benchmarks), não se falando de imediato na busca de uma maior eficiência global na infra-estrutura de armazenagem brasileira. Conclui-se, então, pela ineficiência e não efetividade do sistema de armazenagem estático brasileiro face ao aumento da produção do agronegócio nacional. Se à época da avaliação por Nogueira Junior e Tsunechiro (2005a), a situação era preocupante, imagine-se atualmente, com o aumento crescente da produção agrícola em relação a uma menor área cultivada, como decorrência direta do crescimento positivo da produtividade agrícola, principalmente por conta dos avanços promovidos pela EMBRAPA sobre a atividade de pesquisa e desenvolvimento (responsável por até 52% desta atividade no país), voltada para o agronegócio nacional. Sem falar também na participação dos Governos Estaduais, das Universidades (responsáveis por até 20% e 2%, respectivamente), e empresas privadas, nas atividades de pesquisa e desenvolvimento voltadas para o agronegócio nacional, bem como nas políticas governamentais de estímulo à produção, entre elas o MODERFROTA e a Cédula do Produtor Rural e o Plano Safra, conforme anteriormente abordado. 9

20 Por conta muitas vezes do desinteresse do investidor privado na construção da infraestrutura de armazenagem, resta aos Governos fazerem a sua parte. Contudo, tendo em vista a Economia brasileira ser de natureza capitalista, e visando também a otimização na aplicação dos recursos públicos, a despeito de outros investimentos mais importantes que devem ser realizados concomitantemente a esta e inúmeras outras demandas, não devem os Governos assumirem essa tarefa isoladamente, senão propiciar ao empresário privado uma atratividade maior para que este possa investir na infra-estrutura de armazenagem e, conseqüentemente, possibilitar a determinação do preço de venda dos estoques, no âmbito das regras de livre mercado. Espera-se que os novos mecanismos financeiros de comercialização dos estoques agrícolas recentemente introduzidos no ordenamento jurídico e financeiro nacional, bem como os incentivos fiscais a serem concedidos ao setor, promovam um maior interesse do investidor privado, seja ele um grande investidor, como também produtores rurais e cooperativas de trabalhadores rurais. Um estímulo governamental à maior internalização da produção agrícola ao nível do pequeno e médio produtores, em suas propriedades ou fazendas, bem como ao nível de cooperativa, certamente resultará em equilíbrio da oferta e demanda local de produtos agrícolas. Tal fato contribuiria para a promoção de uma maior segurança alimentar dos moradores de determinada região do país e adjacências, bem como para uma melhor distribuição de renda ao nível do produtor rural, estimulando a capacidade produtiva e a geração de emprego e renda. Propôs-se este trabalho a inflamar a discussão acerca do tema. Por conta disso, podese pensar numa continuação desta discussão, fazendo a partir dos resultados uma análise sobre a localização de armazenagem com o objetivo, por exemplo, de minimizar custos de transportes entre unidades ofertantes, armazéns e unidades demandantes. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA SAFRAS. Competitividade e Desafios do Agronegócio Nacional. Matéria Especial da Agência Safras. Porto Alegre: Editora Safras Ltda., 26 de novembro de Disponível em: Acesso em 4 de junho de AGROANALYSIS. Investir em Armazéns. São Paulo: FGV, v. 24, n.9, p. 37, set CHARNES, A.; COOPER, W. W. Programming with Linear Fractional Functionals. Naval Research Logistic Quarterly. v. 9, p. 8-86, 962. CHARNES, A.; COOPER, W. W.; RHODES, E. Measuring efficiency of decision making units. European Journal of Operational Research, v. 2, p , 978. In: ZHU, J. Quantitative Models for Performance Evaluation and Benchmarking: DEA with spreadsheets and Excel Solver. Boston: Kluwer Academic Publishers, COSTA, R.C.; TOSTA, E. J. Armazenagem: diagnóstico e perspectivas. Revista de Política Agrícola. Brasília, ano 4, n. 3, p. 8-27, jul/ago/set, 995. GASQUES, J. G.; REZENDE, G. C.; VILLA VERDE, C. M.; SALERNO, M. S.; CONCEIÇÃO, J. C. P. R.; CARVALHO, J. C. S. Desempenho e Crescimento do Agronegócio no Brasil. Brasília: Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, GOMES, E. G.; MANGABEIRA, J. A. C. Uso de Análise Envoltória de Dados em Agricultura: o caso de Holambra. ENGEVISTA. v. 6, n., p. 9-27, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de Estoques. Rio de Janeiro: Diretoria de Pesquisas, Coordenação Agropecuária, julho/dezembro,

O IBGE divulgou a pouco o primeiro prognóstico para a safra de 2011: www.ibge.gov.br Em 2011, IBGE prevê safra de grãos 2,8% menor que a de 2010

O IBGE divulgou a pouco o primeiro prognóstico para a safra de 2011: www.ibge.gov.br Em 2011, IBGE prevê safra de grãos 2,8% menor que a de 2010 O IBGE divulgou a pouco o primeiro prognóstico para a safra de 2011: www.ibge.gov.br Em 2011, IBGE prevê safra de grãos 2,8% menor que a de 2010 O IBGE realizou, em outubro, o primeiro prognóstico para

Leia mais

Capacidade dos Portos Brasileiros Soja e Milho

Capacidade dos Portos Brasileiros Soja e Milho CAPACIDADE DOS PORTOS BRASILEIROS Capacidade dos Portos Brasileiros Soja e Milho 1 Novembro 2012 Esse estudo pretende chegar a um volume máximo de soja, milho e derivados, que pode ser exportado, por meio

Leia mais

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS no Estado do Rio de Janeiro JULHO DE 2014 BRASIL O mês de julho de 2014 fechou com um saldo líquido positivo de 11.796 novos empregos em todo país, segundo dados do Cadastro

Leia mais

Desempenho Recente e Perspectivas para a Agricultura

Desempenho Recente e Perspectivas para a Agricultura Desempenho Recente e Perspectivas para a Agricultura A safra de grãos do país totalizou 133,8 milhões de toneladas em 2009, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro,

Leia mais

Situação da Armazenagem no Brasil 2006

Situação da Armazenagem no Brasil 2006 Situação da Armazenagem no Brasil 2006 1. Estática de Armazenagem A capacidade estática das estruturas armazenadoras existentes no Brasil, registrada em dezembro de 2006 é de até o mês de novembro de 2006

Leia mais

ARMAZENAMENTO NA FAZENDA

ARMAZENAMENTO NA FAZENDA Adriano Mallet adrianomallet@agrocult.com.br ARMAZENAMENTO NA FAZENDA O Brasil reconhece que a armazenagem na cadeia do Agronegócio é um dos principais itens da logística de escoamento da safra e fator

Leia mais

11.1. INFORMAÇÕES GERAIS

11.1. INFORMAÇÕES GERAIS ASPECTOS 11 SOCIOECONÔMICOS 11.1. INFORMAÇÕES GERAIS O suprimento de energia elétrica tem-se tornado fator indispensável ao bem-estar social e ao crescimento econômico do Brasil. Contudo, é ainda muito

Leia mais

Avaliação das Contas Regionais do Piauí 2008

Avaliação das Contas Regionais do Piauí 2008 Avaliação das Contas Regionais do Piauí 2008 A economia piauiense, em 2008, apresentou expansão em volume do Produto Interno Bruto (PIB) de 8,8% em relação ao ano anterior. Foi a maior taxa de crescimento

Leia mais

SUMÁRIO. 1 - Lavouras... 5. 1 - Área, produção e rendimento médio - confronto das estimativas mensais março / fevereiro safra 2012 Brasil...

SUMÁRIO. 1 - Lavouras... 5. 1 - Área, produção e rendimento médio - confronto das estimativas mensais março / fevereiro safra 2012 Brasil... ...... PRODUÇÃO DAS LAVOURAS EM MARÇO DE 2012 SUMÁRIO 1 - Lavouras... 5 TABELAS DE RESULTADOS Safra 2012 1 - Área, produção e rendimento médio - confronto das estimativas mensais março / fevereiro safra

Leia mais

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE SECAGEM E ARMAZENAGEM DE GRÃOS

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE SECAGEM E ARMAZENAGEM DE GRÃOS ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE SECAGEM E ARMAZENAGEM DE GRÃOS Vinicius Calefi Dias 1 ; Jefferson

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES Barbara Christine Nentwig Silva Professora do Programa de Pós Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social /

Leia mais

FLUXO ATIVIDADES DOS SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

FLUXO ATIVIDADES DOS SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 FLUXO ATIVIDADES DOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 Entradas e Saídas de Mercadorias Base 2009 FLUXO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA - 2009

Leia mais

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 1. INTRODUÇÃO O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realiza sistematicamente

Leia mais

Analfabetismo no Brasil

Analfabetismo no Brasil Analfabetismo no Brasil Ricardo Paes de Barros (IPEA) Mirela de Carvalho (IETS) Samuel Franco (IETS) Parte 1: Magnitude e evolução do analfabetismo no Brasil Magnitude Segundo estimativas obtidas com base

Leia mais

MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA

MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA Alexandre Nunes de Almeida 1 ; Augusto Hauber Gameiro 2. (1) Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, CEPEA/ESALQ/USP,

Leia mais

do estado do Rio Grande do Sul lidera o ranking estadual com 221%, seguido por Minas Gerais na vice-liderança, com 179%.

do estado do Rio Grande do Sul lidera o ranking estadual com 221%, seguido por Minas Gerais na vice-liderança, com 179%. IBEF apoia reequilíbrio das dívidas dos estados e municípios com a União Pernambuco está em situação confortável se comparado a outros estados. Confira os números O Instituto Brasileiro de Executivos de

Leia mais

FLUXO DO ARMAZENAMENTO E ATIVIDADES AUXILIARES DOS TRANSPORTES POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

FLUXO DO ARMAZENAMENTO E ATIVIDADES AUXILIARES DOS TRANSPORTES POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 FLUXO DO ARMAZENAMENTO E ATIVIDADES AUXILIARES DOS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 Entradas e Saídas de Mercadorias Base 2009 FLUXO DO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA

Leia mais

Organização da Aula. Política de Desenvolvimento Econômico. Aula 2. Contextualização

Organização da Aula. Política de Desenvolvimento Econômico. Aula 2. Contextualização Política de Desenvolvimento Econômico Aula 2 Prof. Nivaldo Vieira Lourenço Organização da Aula Aspectos conceituais do desenvolvimento regional Mudanças no conceito de região Regionalização brasileira

Leia mais

PESQUISA DE ESTOQUES MANUAL DE INSTRUÇÕES (PRELIMINAR) DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENAÇÃO DE AGROPECUÁRIA GERÊNCIA DE AGRICULTURA

PESQUISA DE ESTOQUES MANUAL DE INSTRUÇÕES (PRELIMINAR) DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENAÇÃO DE AGROPECUÁRIA GERÊNCIA DE AGRICULTURA DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENAÇÃO DE AGROPECUÁRIA GERÊNCIA DE AGRICULTURA PESQUISA DE ESTOQUES PRIMEIRO SEMESTRE - 2011 MANUAL DE INSTRUÇÕES (PRELIMINAR) 1. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA PESQUISA 1.1 - OBJETIVO

Leia mais

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Outubro de 2015

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Outubro de 2015 ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN Outubro de 2015 ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN Outubro de 2015 Sumário Executivo Indicadores de confiança são indicadores

Leia mais

AGRONEGÓCIO NO MUNDO PRINCIPAIS PLAYERS

AGRONEGÓCIO NO MUNDO PRINCIPAIS PLAYERS AGRONEGÓCIOS AGRONEGÓCIO NO MUNDO PRINCIPAIS PLAYERS Argentina Estados Unidos Indonésia Brasil Canadá Russia Índia Japão Austrália China México Área Agricultável > 30 milhões de ha População urbana > 80

Leia mais

FLUXO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA - 2009

FLUXO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA - 2009 FLUXO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA - 2009 Entradas e Saídas de Mercadorias Base 2009 FLUXO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA - 2009 Estados Norte 0 0,00 0 0 0 0,00 Rondônia

Leia mais

Tabela 1 - Conta de produção por operações e saldos, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação - 2004-2008

Tabela 1 - Conta de produção por operações e saldos, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação - 2004-2008 (continua) Produção 5 308 622 4 624 012 4 122 416 3 786 683 3 432 735 1 766 477 1 944 430 2 087 995 2 336 154 2 728 512 Consumo intermediário produtos 451 754 373 487 335 063 304 986 275 240 1 941 498

Leia mais

Desafios e oportunidades associadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) 7ª CONSEGURO setembro 2015

Desafios e oportunidades associadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) 7ª CONSEGURO setembro 2015 Desafios e oportunidades associadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) 7ª CONSEGURO setembro 2015 Meta brasileira de redução das emissões até 2020 36,1% a 38,9% das 3.236 MM de tonco2eq de emissões projetadas

Leia mais

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia.

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Luiz Felipe de Oliveira Pinheiro * RESUMO O presente mini-ensaio, apresenta os desvios que envolvem o conceito de micro e pequena empresa

Leia mais

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO 1. OS CRITÉRIOS DE DECISÃO Dentre os métodos para avaliar investimentos, que variam desde o bom senso até os mais sofisticados modelos matemáticos, três

Leia mais

FLUXO ATIVIDADES DE SEDES DE EMPRESAS E DE CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA 2009

FLUXO ATIVIDADES DE SEDES DE EMPRESAS E DE CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA 2009 FLUXO ATIVIDADES DE SEDES DE EMPRESAS E DE CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA 2009 Entradas e Saídas de Mercadorias Base 2009 FLUXO ATIVIDADES DE SEDES DE EMPRESAS

Leia mais

FLUXO ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

FLUXO ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 FLUXO ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E RELACIONADOS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 Entradas e Saídas de Mercadorias Base 2009 FLUXO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA

Leia mais

FLUXO DE ATIVIDADES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

FLUXO DE ATIVIDADES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 FLUXO DE ATIVIDADES DE PRESTAÇÃO DE DE INFORMAÇÃO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 Entradas e Saídas de Mercadorias Base 2009 FLUXO DE, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA -

Leia mais

RANKING NACIONAL DO TRABALHO INFANTIL (5 a 17 ANOS) QUADRO COMPARATIVO DOS DADOS DA PNAD (2008 e 2009)

RANKING NACIONAL DO TRABALHO INFANTIL (5 a 17 ANOS) QUADRO COMPARATIVO DOS DADOS DA PNAD (2008 e 2009) NACIONAL DO TRABALHO INFANTIL (5 a 17 ANOS) QUADRO COMPARATIVO DOS DADOS DA PNAD (2008 e 2009) População Ocupada 5 a 17 anos 2008 Taxa de Ocupação 2008 Posição no Ranking 2008 População Ocupada 5 a 17

Leia mais

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil Número 24 Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no 29 de julho de 2009 COMUNICADO DA PRESIDÊNCIA Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no 2 1. Apresentação Este

Leia mais

projetos com alto grau de geração de emprego e renda projetos voltados para a preservação e a recuperação do meio ambiente

projetos com alto grau de geração de emprego e renda projetos voltados para a preservação e a recuperação do meio ambiente O QUE É O FCO? O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) foi criado pela Lei n.º 7.827, de 27.09.1989, que regulamentou o art. 159, inciso I, alínea c, da Constituição Federal, com

Leia mais

F.19 - Cobertura de coleta de lixo

F.19 - Cobertura de coleta de lixo Comentários sobre os Indicadores de Cobertura até 6 F.19 - Cobertura de coleta de lixo Limitações: Requer informações adicionais sobre as condições de funcionamento (freqüência, assiduidade, volume transportado

Leia mais

DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENAÇÃO DE AGROPECUÁRIA PESQUISA DE ESTOQUES PRIMEIRO SEMESTRE - 2010 MANUAL DE INSTRUÇÕES

DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENAÇÃO DE AGROPECUÁRIA PESQUISA DE ESTOQUES PRIMEIRO SEMESTRE - 2010 MANUAL DE INSTRUÇÕES DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENAÇÃO DE AGROPECUÁRIA PESQUISA DE ESTOQUES PRIMEIRO SEMESTRE - 2010 MANUAL DE INSTRUÇÕES 1. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA PESQUISA 1.1 - OBJETIVO Fornecer informações estatísticas

Leia mais

Carga Horária :144h (07/04 a 05/09/2014) 1. JUSTIFICATIVA: 2. OBJETIVO(S):

Carga Horária :144h (07/04 a 05/09/2014) 1. JUSTIFICATIVA: 2. OBJETIVO(S): Carga Horária :144h (07/04 a 05/09/2014) 1. JUSTIFICATIVA: Nos últimos anos, o cenário econômico mundial vem mudando significativamente em decorrência dos avanços tecnológicos, da globalização, das mega

Leia mais

Milho Período: 11 a 15/05/2015

Milho Período: 11 a 15/05/2015 Milho Período: 11 a 15/05/2015 Câmbio: Média da semana: U$ 1,00 = R$ 3,0203 Nota: A paridade de exportação refere-se ao valor/sc desestivado sobre rodas, o que é abaixo do valor FOB Paranaguá. *Os preços

Leia mais

chave para a sustentabilidade do escoamento da produção agrícola

chave para a sustentabilidade do escoamento da produção agrícola Infra-estrutura como fator chave para a sustentabilidade do escoamento da produção agrícola Ieda Kanashiro Makiya Rogério Carlos Traballi UNIP BRASIL: 10º PIB mundial (FMI, 2005) x PIB per capita abaixo

Leia mais

O Financiamento das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) no Brasil. Julho de 2009

O Financiamento das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) no Brasil. Julho de 2009 O Financiamento das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) no Brasil Julho de 2009 Introdução Objetivos: - Avaliar as principais características do universo das micro e pequenas empresas (MPEs) brasileiras quanto

Leia mais

Gestão de Pequenas e Medias Empresas

Gestão de Pequenas e Medias Empresas Gestão de Pequenas e Medias Empresas Os pequenos negócios são definidos por critérios variados ao redor do mundo. Para o Sebrae, eles podem ser divididos em quatro segmentos por faixa de faturamento, com

Leia mais

Atividade decorrente da nova Lei de Armazenagem

Atividade decorrente da nova Lei de Armazenagem Atividade decorrente da nova Lei de Armazenagem Levantamento de Estoques Privados de Café Relatório da Primeira Estimativa Mar/2005 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO MAPA ROBERTO RODRIGUES

Leia mais

ED 2180/14. 15 maio 2014 Original: espanhol. Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café

ED 2180/14. 15 maio 2014 Original: espanhol. Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café ED 2180/14 15 maio 2014 Original: espanhol P Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café 1. O Diretor Executivo apresenta seus cumprimentos e, em nome da Colômbia, encaminha aos Membros

Leia mais

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1)

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1) 6 Sistemas de irrigação (parte 1) 6.1 Considerações iniciais Aplicação artificial de água ao solo, em quantidades adequadas, visando proporcionar a umidade necessária ao desenvolvimento das plantas nele

Leia mais

O AGRONEGÓCIO DO PALMITO NO BRASIL:

O AGRONEGÓCIO DO PALMITO NO BRASIL: O AGRONEGÓCIO DO PALMITO NO BRASIL: UMA ATUALIZAÇÃO Aníbal Rodrigues - anibal@iapar.br Pesquisador - Área de Sócioeconomia Instituto Agronômico do Paraná IAPAR, Curitiba - PR 1 Introdução 2 Metodologia

Leia mais

Grandes Regiões e Unidades da Federação: Esperança de vida ao nascer segundo projeção populacional: 1980, 1991-2030 - Ambos os sexos

Grandes Regiões e Unidades da Federação: Esperança de vida ao nascer segundo projeção populacional: 1980, 1991-2030 - Ambos os sexos e Unidades da Federação: Esperança de vida ao nascer segundo projeção populacional: 1980, 1991-2030 - Ambos os sexos Unidades da Federação 1980 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

Leia mais

Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012

Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012 Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012 Aloizio Mercadante Ministro de Estado da Educação Quadro Resumo- Estatísticas Gerais da Educação Superior por Categoria Administrativa - - 2012 Categoria

Leia mais

Boletim Informativo* Agosto de 2015

Boletim Informativo* Agosto de 2015 Boletim Informativo* Agosto de 2015 *Documento atualizado em 15/09/2015 (Erratas páginas 2, 3, 4 e 9) EXTRATO GERAL BRASIL 1 EXTRATO BRASIL 396.399.248 ha 233.712.312 ha 58,96% Número de Imóveis Cadastrados²:

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

Contas Regionais do Brasil 2010

Contas Regionais do Brasil 2010 Diretoria de Pesquisas Contas Regionais do Brasil 2010 Coordenação de Contas Nacionais frederico.cunha@ibge.gov.br alessandra.poca@ibge.gov.br Rio, 23/11/2012 Contas Regionais do Brasil Projeto de Contas

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Sublimites estaduais de enquadramento para. Nacional 2012/2013. Vamos acabar com essa ideia

Sublimites estaduais de enquadramento para. Nacional 2012/2013. Vamos acabar com essa ideia Sublimites estaduais de enquadramento para o ICMS no Simples Nacional 2012/2013 Vamos acabar com essa ideia 4 CNI APRESENTAÇÃO Os benefícios do Simples Nacional precisam alcançar todas as micro e pequenas

Leia mais

Número de beneficiários por modalidade e ano

Número de beneficiários por modalidade e ano GT Novo Modelo de Reajuste ANÁLISE DA EFICIÊNCIA TÉCNICA DAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE COM A UTILIZAÇÃO DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS Paula de Almeida Hashimoto Novo Modelo de Reajuste Proposta da

Leia mais

Avaliação de desempenho de instituições federais de ensino superior através da análise por envoltória de dados (DEA)

Avaliação de desempenho de instituições federais de ensino superior através da análise por envoltória de dados (DEA) Avaliação de desempenho de instituições federais de ensino superior através da análise por envoltória de dados (DEA) Carlos Eduardo Martins de Oliveira (UNIFEI) caedunifei@gmail.com João Batista Turrioni,

Leia mais

MIGRAÇÃO MIGRAÇÃO INTERNA

MIGRAÇÃO MIGRAÇÃO INTERNA MIGRAÇÃO Os resultados da migração interna e internacional apresentados foram analisados tomando por base a informação do lugar de residência (Unidade da Federação ou país estrangeiro) há exatamente cinco

Leia mais

FACULDADE BOA VIAGEM (FBV) Gestão de Marketing

FACULDADE BOA VIAGEM (FBV) Gestão de Marketing FACULDADE BOA VIAGEM (FBV) Gestão de Marketing Edson José de Lemos Júnior Ermeson Gomes da Silva Jardson Prado Coriolano da Silva Marcos Antonio Santos Marinho Rosinaldo Ferreira da Cunha RELATÓRIO GERENCIAL

Leia mais

Tabela 1. Raiz de mandioca Área colhida e quantidade produzida - Brasil e principais estados Safras 2005/06 a 2007/08

Tabela 1. Raiz de mandioca Área colhida e quantidade produzida - Brasil e principais estados Safras 2005/06 a 2007/08 Mandioca outubro de 2008 Safra nacional 2006/07 Na safra brasileira 2006/07 foram plantados 2,425 milhões de hectares e colhidos 26,920 milhões de toneladas - representando um crescimento de 0,87% e de

Leia mais

Evolução da Produção Regional dos Principais Grãos (2010-2015)

Evolução da Produção Regional dos Principais Grãos (2010-2015) Evolução da Produção Regional dos Principais Grãos (2010-2015) Gráfico 1 Evolução da produção de grãos (Em milhões de toneladas) A produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas cresceu, em

Leia mais

PA02 IBGE Área plantada nas regiões do Brasil com lavouras anuais.

PA02 IBGE Área plantada nas regiões do Brasil com lavouras anuais. PA2 IBGE Área plantada nas regiões do Brasil com lavouras anuais. Abacaxi 8 7 6 5 4 3 2 1 199 1995 2 25 21 A produção nacional de abacaxi que vinha crescendo até 22 sofreu uma inflexão, voltou a subir

Leia mais

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade C.9 Taxa de mortalidade por causas externas O indicador mede o número de óbitos por causas externas (conjunto de acidentes e violências) por 1. habitantes, estimando o risco de morrer por essas causas.

Leia mais

Simpósio Estadual Saneamento Básico e Resíduos Sólidos: Avanços Necessários MPRS 20.08.2015

Simpósio Estadual Saneamento Básico e Resíduos Sólidos: Avanços Necessários MPRS 20.08.2015 Simpósio Estadual Saneamento Básico e Resíduos Sólidos: Avanços Necessários MPRS 20.08.2015 O saneamento básico no Brasil não condiz com o país que é a 7ª. economia do mundo da população não possui coleta

Leia mais

Tabela 4 - Participação das atividades econômicas no valor adicionado bruto a preços básicos, por Unidades da Federação - 2012

Tabela 4 - Participação das atividades econômicas no valor adicionado bruto a preços básicos, por Unidades da Federação - 2012 Contas Regionais do Brasil 2012 (continua) Brasil Agropecuária 5,3 Indústria 26,0 Indústria extrativa 4,3 Indústria de transformação 13,0 Construção civil 5,7 Produção e distribuição de eletricidade e

Leia mais

Produção de grãos na Bahia cresce 14,64%, apesar dos severos efeitos da seca no Estado

Produção de grãos na Bahia cresce 14,64%, apesar dos severos efeitos da seca no Estado AGROSSÍNTESE Produção de grãos na Bahia cresce 14,64%, apesar dos severos efeitos da seca no Estado Edilson de Oliveira Santos 1 1 Mestre em Economia, Gestor Governamental da SEAGRI; e-mail: edilsonsantos@seagri.ba.gov.br

Leia mais

Dimensão social. Educação

Dimensão social. Educação Dimensão social Educação 218 Indicadores de desenvolvimento sustentável - Brasil 2004 36 Taxa de escolarização Representa a proporção da população infanto-juvenil que freqüenta a escola. Descrição As variáveis

Leia mais

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14 Soja Análise da Conjuntura Agropecuária Novembro de 2013 MUNDO A economia mundial cada vez mais globalizada tem sido o principal propulsor responsável pelo aumento da produção de soja. Com o aumento do

Leia mais

5.4 Transplantes. 1 Rim. Os dados dos transplantes serão analisados por grupos de órgãos.

5.4 Transplantes. 1 Rim. Os dados dos transplantes serão analisados por grupos de órgãos. 5.4 Transplantes Os dados dos transplantes serão analisados por grupos de órgãos. 1 Rim Entre 1995 e 2001, o número de transplantes renais realizados anualmente cresceu cerca de 66,7% no país (TABELA 150).

Leia mais

Educação e trabalho em saúde

Educação e trabalho em saúde Educação e trabalho em saúde Dra. Celia Regina Pierantoni, MD, DSc Professora Associada do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do IMS/UERJ. Coordenadora Geral do ObservaRH. Diretora do Centro Colaborador

Leia mais

Políticas públicas e o financiamento da produção de café no Brasil

Políticas públicas e o financiamento da produção de café no Brasil Políticas públicas e o financiamento da produção de café no Brasil Organização Internacional do Café - OIC Londres, 21 de setembro de 2010. O Sistema Agroindustrial do Café no Brasil - Overview 1 Cafés

Leia mais

Custo de Produção do Milho Safrinha 2012

Custo de Produção do Milho Safrinha 2012 09 Custo de Produção do Milho Safrinha 2012 1 Carlos DirceuPitol Luiz2 Broch1 Dirceu Luiz Broch Roney Simões Pedroso2 9.1. Introdução Os sistemas de produção da atividade agropecuária cada vez requerem

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL - MI AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA - ADA

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL - MI AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA - ADA MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL - MI AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA - ADA BIOCOMBUSTÍVEIS: ATRAÇÃO DE INVESIMENTOS PARA O ESTADO DO PARÁ CONTEXTO: A Agência de Desenvolvimento da Amazônia, deseja

Leia mais

Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras

Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras MARINGÁ-PR 13/10/2014 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Objetivo da Certificação de Unidade Armazenadoras Fortalecimento da

Leia mais

Prova bimestral 5 o ano 2 o Bimestre

Prova bimestral 5 o ano 2 o Bimestre Prova bimestral 5 o ano 2 o Bimestre geografia Escola: Nome: Data: / / Turma: Leia o trecho da letra da música abaixo e, em seguida, responda às questões. [...] Eu já cantei no Pará Toquei sanfona em Belém

Leia mais

PARANÁ CONTINUA SENDO O MAIOR PRODUTOR DE GRÃOS

PARANÁ CONTINUA SENDO O MAIOR PRODUTOR DE GRÃOS SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL D E R A L PARANÁ CONTINUA SENDO O MAIOR PRODUTOR DE GRÃOS 20/03/06 O levantamento de campo realizado pelo DERAL, no

Leia mais

PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20

PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20 PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20 AGE - ASSESSORIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA Chefe da AGE: Derli Dossa. E-mail: derli.dossa@agricultura.gov.br Equipe Técnica: José Garcia Gasques. E-mail: jose.gasques@agricultura.gov.br

Leia mais

EPE-21/02/2008. Bioeletricidade

EPE-21/02/2008. Bioeletricidade EPE-21/02/2008 Bioeletricidade Sistema de Transmissão Mato Grosso do Sul Ciclo de Produção da Bioeletricidade Plantio da Cana-de-Açucar Colheita Palha Prensagem Xarope Biomassa Acúcar e Ácool Bioeletricidade

Leia mais

FLUXO FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES E CARROCERIAS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

FLUXO FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES E CARROCERIAS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 FLUXO FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES E CARROCERIAS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 Entradas e Saídas de Mercadorias Base 2009 FLUXO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO

Leia mais

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sistema de pesquisas domiciliares existe no Brasil desde 1967, com a criação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD; Trata-se de um sistema de pesquisas

Leia mais

Boletim Informativo. Junho de 2015

Boletim Informativo. Junho de 2015 Boletim Informativo Junho de 2015 Extrato Geral Brasil 1 EXTRATO BRASIL ÁREA ** 397.562.970 ha 227.679.854 ha 57,27% Número de Imóveis cadastrados: 1.727.660 Observações: Dados obtidos do Sistema de Cadastro

Leia mais

O QUE É. Uma política de governo para redução da pobreza e da fome utilizando a energia como vetor de desenvolvimento. Eletrobrás

O QUE É. Uma política de governo para redução da pobreza e da fome utilizando a energia como vetor de desenvolvimento. Eletrobrás O QUE É Uma política de governo para redução da pobreza e da fome utilizando a energia como vetor de desenvolvimento 1 QUEM SÃO Total de Pessoas: 12.023.703 84% Rural 16% Urbano Total: 10.091.409 Total:

Leia mais

FLUXO ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

FLUXO ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 FLUXO ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E COMPLEMENTARES POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009 Entradas e Saídas de Mercadorias Base 2009 FLUXO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA - 2009

Leia mais

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade Luis Afonso Lima Pedro Augusto Godeguez da Silva Revista Brasileira do Comércio Exterior Outubro/Dezembro 2011 MOTIVAÇÕES PARA A

Leia mais

ANÁLISE DOS SISTEMAS LOGÍSTICO E DE TRANSPORTE DO CORREDOR CENTRO-OESTE

ANÁLISE DOS SISTEMAS LOGÍSTICO E DE TRANSPORTE DO CORREDOR CENTRO-OESTE ANÁLISE DOS SISTEMAS LOGÍSTICO E DE TRANSPORTE DO CORREDOR CENTRO-OESTE Aluno: Stephan Beyruth Schwartz Orientador: Nélio Domingues Pizzolato 1. INTRODUÇÃO A estabilização da economia e a eliminação do

Leia mais

NÚMERO DE ACIDENTES POR DIA DA SEMANA

NÚMERO DE ACIDENTES POR DIA DA SEMANA RODOVIÁRIAS Quadro 13 - UF: ACRE Ano de 211 82 5 6 8 9 5 3 14 4 11 9 4 4 63 2 4 7 6 6 9 4 8 4 4 3 6 68 4 2 8 3 1 8 4 9 2 6 7 5 63 3 6 3 2 13 9 8 7 5 1 5 1 67 4 2 9 6 8 5 5 7 6 6 4 5 85 3 7 1 1 4 7 9 6

Leia mais

Ministério da Cultura

Ministério da Cultura SISTEMA NACIONAL DE CULTURA Processo de articulação, gestão, comunicação e de promoção conjunta de políticas públicas de cultura, mediante a pactuação federativa. Objetivo Geral do SNC Implementar políticas

Leia mais

Entenda o IC AGRO. Sobre o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro)

Entenda o IC AGRO. Sobre o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) Metodologia Entenda o IC AGRO O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) apresenta informações sobre a percepção econômica do Brasil e do agronegócio por produtores agropecuários, cooperativas e indústrias

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

O BOXPLOT. Ana Maria Lima de Farias Departamento de Estatística (GET/UFF)

O BOXPLOT. Ana Maria Lima de Farias Departamento de Estatística (GET/UFF) O BOXPLOT Ana Maria Lima de Farias Departamento de Estatística (GET/UFF) Introdução O boxplot é um gráfico construído com base no resumo dos cinco números, constituído por: Valor mínimo Primeiro quartil

Leia mais

PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE SOJA NO NORDESTE

PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE SOJA NO NORDESTE Ano V Agosto de 2011 Nº 13 INFORME RURAL ETENE Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação - AEPA PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE SOJA NO NORDESTE

Leia mais

Comentários gerais. consultoria em sistemas e processos em TI, que, com uma receita de R$ 5,6 bilhões, participou com 14,1% do total; e

Comentários gerais. consultoria em sistemas e processos em TI, que, com uma receita de R$ 5,6 bilhões, participou com 14,1% do total; e Comentários gerais Pesquisa de Serviços de Tecnologia da Informação - PSTI A investigou, em 2009, 1 799 empresas de TI com 20 ou mais Pessoas Ocupadas constantes do cadastro de empresas do IBGE e os produtos

Leia mais

INTRODUÇÃO. Capes Relatório Anual: Avaliação Continuada 2005 - Ano Base 2004 Área de Avaliação: GEOGR AFIA

INTRODUÇÃO. Capes Relatório Anual: Avaliação Continuada 2005 - Ano Base 2004 Área de Avaliação: GEOGR AFIA Relatório Anual: Avaliação Continuada 5 - Ano Base INTRODUÇÃO. Optou-se neste relatório por manter na introdução, os dados históricos da área de Pós-graduação em Geografia, constante no relatório do triênio

Leia mais

Data: ABN. Cafés especiais do Brasil consolidam novos mercados

Data: ABN. Cafés especiais do Brasil consolidam novos mercados Veículo: Assunto: Data: ABN 28/09/2012 Cafés especiais do Brasil consolidam novos mercados http://www.abn.com.br/editorias1.php?id=71860 Que o Brasil há muitos anos produz cafés de qualidade excepcional

Leia mais

1. DISTRIBUIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO TERRITÓRIO NACIONAL POR REGIÕES

1. DISTRIBUIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO TERRITÓRIO NACIONAL POR REGIÕES Nº 72 Fevereiro 2014 Análise da Distribuição Espacial das Instituições de Ensino Superior Brasileiras a partir dos Dados do Censo da Educação Superior de 2011 GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Cid Ferreira Gomes

Leia mais

INDICAÇÃO N o, DE 2015

INDICAÇÃO N o, DE 2015 55ª Legislatura 1ª Sessão Legislativa Ordinária INDICAÇÃO N o, DE 2015 Sugere a criação de um programa de irrigação nas regiões afetadas por estiagens, em estados brasileiros. Agricultura, Pecuária e Abastecimento:

Leia mais

Guilherme Leite da Silva Dias, FEA/USP

Guilherme Leite da Silva Dias, FEA/USP Seminário Risco e Gestão do Seguro Rural no Brasil Mesa Redonda III Aquecimento global e impactos sobre o seguro agrícola Palestra: Aquecimento global e possíveis impactos econômicos sobre a agricultura

Leia mais

FLUXO TELECOMINICAÇÕES SEM FIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA - 2009

FLUXO TELECOMINICAÇÕES SEM FIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA - 2009 FLUXO TELECOMINICAÇÕES SEM FIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA - 2009 Entradas e Saídas de Mercadorias Base 2009 FLUXO TELECOMINICAÇÕES SEM FIO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA: PROBLEMAS E PRIORIDADES DO BRASIL PARA 2014 FEVEREIRO/2014

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA: PROBLEMAS E PRIORIDADES DO BRASIL PARA 2014 FEVEREIRO/2014 16 RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA: PROBLEMAS E PRIORIDADES DO BRASIL PARA 2014 FEVEREIRO/2014 16 Retratos da Sociedade Brasileira: Problemas e Prioridades do Brasil para 2014 CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA

Leia mais

A Segurança Alimentar num país de 200 milhões de habitantes. Moisés Pinto Gomes Presidente do ICNA

A Segurança Alimentar num país de 200 milhões de habitantes. Moisés Pinto Gomes Presidente do ICNA A Segurança Alimentar num país de 200 milhões de habitantes Moisés Pinto Gomes Presidente do ICNA O uso da terra no Brasil Evolução das Áreas de Produção Milhões de hectares 1960 1975 1985 1995 2006 Var.

Leia mais