BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 2007 ano base 2006

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1 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 27 ano base 26 MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA MME Unidade de Destilação Atmosférica na Refinaria Landulfo Alves - RLAM São Francisco do Conde BA PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S.A. Autor: Marcus Almeida

2 1 Análise Energética e Dados Agregados Destaques de Energia por Fonte em 26 Destaques de Energia e Socioeconomia em 26 Análise Energética Brasileira 197 a 26 Evolução Mundial da Energia 197 a 23 Balanço de Energia Útil BEU Dados Agregados EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

3 14 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 27 ano base Destaques de Energia por Fonte em 26 São apresentados neste item os principais indicadores e análises sobre os destaques de energia em 26 e comparações com o exercício anterior, para as principais fontes energéticas: petróleo, gás natural, energia elétrica, carvão mineral, lenha e produtos da cana Energia Elétrica A geração de energia elétrica no Brasil, em centrais de serviço público e de autoprodutoras, atingiu 419,3 TWh em 26, resultado 4,1% superior ao de 25. Compõem este resultado a geração hidráulica pública de 335,8 TWh, com 3,3% de acréscimo, a geração térmica pública de 41,9 TWh, com acréscimo de 9,7%, e a geração de autoprodutores de 41,7 TWh, representando 4,8% de acréscimo com relação ao verificado em 25. n Tabela 1.a Energia Elétrica Oferta Interna, Geração, Importação Líquida, Consumo e Capacidade Instalada Brasil 25 e 26 Unidade % 6/5 3 Oferta Interna de Energia Elétrica OIEE TWh 442, 46,5 4,2 Geração de Energia Elétrica 1 TWh 42,9 419,3 4,1 Centrais Elétricas de Serviço Público TWh 363,2 377,6 4, Centrais Hidroelétricas TWh 325,1 335,8 3,3 Centrais Termoelétricas 2 TWh 38,2 41,9 9,7 Centrais de Fonte Nuclear TWh 9,9 13,8 39,6 Centrais a Gás Natural TWh 13,9 13, -6,1 Centrais a Carvão Mineral TWh 6,1 6,5 6,8 Centrais Elétricas Autoprodutoras TWh 39,8 41,7 4,8 Importação Líquida TWh 39,2 41,4 5,7 Consumo Final TWh 375,2 39, 3,9 Consumo Residencial TWh 83,2 85,8 3,1 Consumo Comercial TWh 53,5 55,2 3,2 Consumo Industrial TWh 175,4 183,4 4,6 Consumo em Outros Setores TWh 63,1 65,5 3,7 Perdas sobre a OIEE % 15,1 15,3 1,4 Capacidade Instalada das Centrais de Geração de Energia Elétrica 1 GW 93,2 96,4 5,9 1 Centrais Elétricas de Serviço Público e Autoprodutoras. 2 Centrais Termoelétricas inclui centrais termoelétricas a partir da fonte nuclear. 3 Variação dos valores absolutos do parâmetro entre os anos de 25 e de 26. As importações de 41,4TWh, somadas à geração interna, permitiram uma oferta interna de energia elétrica de 46,5 TWh, montante 4,2% superior à de 25. A geração em centrais termoelétricas a partir da fonte nuclear, que em 21 havia tido um grande incremento em decorrência da plena geração de Angra II, passando de 6,1 TWh para 14,3 TWh, em 22 teve ligeiro declínio, passando a 13,8 TWh (-3,1%) e 13,4 TWh (-3,5%) em 23. Em 24, a geração nuclear declinou expressivamente, passando a 11,6 TWh, com taxa negativa de 13,1%, e novamente declinou em 25 para 9,9 TWh, representando redução de 15,1%. Em 26, a operação destas centrais atingiu 13,8 TWh, representando um crescimento de quase 4% em relação a 25. A geração térmica a partir de gás natural nas centrais de serviço público apresentou declínio entre os anos de 25 e 26, chegando a 13, TWh em 26, uma redução de 6,1%. A geração térmica a partir do carvão mineral nas centrais de serviço público apresentou crescimento de 6,8% no período, atingindo 6,5 TWh em 26. A geração em centrais termoelétricas representou aproximadamente 11 % do total da eletricidade produzida em centrais elétricas de serviço público no país em 26. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA MME

4 CAPÍTULO 1 15 n Gráfico 1 Energia Elétrica Estrutura da oferta interna 1 Brasil 26 n Gráfico 2 Energia Elétrica Estrutura da oferta segundo a Fonte de Geração Mundo 26 Pequenas Centrais Hidroelétricas 3 1,7% Centrais de Fonte Nuclear 3,% Centrais a Derivados de Petróleo 6,6% Centrais Hidroelétricas 16,% Centrais Termoelétricas 12,3% Importação Líquida 4 8,9% Centrais a Gás Natural 19,7% Outras 2,2% Centrais Hidroelétricas 2 74,1% Centrais de Fonte Nuclear 15,2% Centrais a Carvão Mineral 4,3% 1 Inclui centrais elétricas autoprodutoras. 2 Centrais hidroelétricas são aquelas com potência superior a 3 MW. 3 Pequenas centrais hidroelétricas são aquelas com potência igual ou inferior a 3 MW. 4 A importação inclui a parcela paraguaia de Itaipu. Parcela importante do incremento de 4,8% na geração em centrais elétricas autoprodutoras se concentrou no setor energético, particularmente nas atividades de petróleo e gás natural e no setor sucroalcooleiro. Dos 41,7 TWh gerados em centrais elétricas autoprodutoras, 13, TWh tiveram origem em centrais hidroelétricas, 14,3 TWh em centrais termoelétricas a partir de biomassa e 14,4 TWh foram gerados a partir de fontes fósseis. A estrutura da oferta interna de energia elétrica de 26 pode ser observada no Gráfico 1. Comparativamente à estrutura mundial nota-se que a hidroeletricidade no Brasil tem peso bem mais significativo. O consumo final de eletricidade atingiu 39 TWh em 26, valor 3,9% superior ao de 25 e o consumo residencial, de 85,8 TWh, apresentou crescimento de 3,1%, ultrapassando pela primeira vez desde o racionamento de energia elétrica o patamar de consumo do ano 2, que chegou a 83,6 TWh. O consumo comercial apresentou um crescimento de 3,2%, e atingiu 55,2 TWh. O consumo industrial, de 183,4 TWh em 26, foi o que apresentou a maior performance, com crescimento de 4,6% sobre 25. Em 25, com acréscimo de aproximadamente 3,5 GW, a capacidade instalada das centrais de geração de energia elétrica do Brasil atingiu o montante de 96,6 GW, incluindo centrais de serviço público e autoprodutoras. As principais usinas que entraram em operação foram UHE Peixe Angical TO (498 MW), UHE Barra Grande - SC/RS (465 MW), UHE Tucuruí - PA (375 MW adicionais), UHE Irapé MG (36 MW), UHE Capim Branco I MG (24), UHE Corumbá IV GO (127 MW) e UHE Fundão PR (12 MW). Cabe ainda destacar a instalação dos Parques Eólicos de Osório, de Sangradouro e dos Índios, cada um com 5 MW, todos no Rio Grande do Sul, e da Usina Eólica Rio do Fogo/RN 15 RN (49,3 MW). Em 26, a energia hidráulica e eletricidade contribuíu com 15, % da Matriz Energética Brasileira, resultado próximo ao do ano anterior. Já a eletricidade contribuiu com 16,5% do consumo final de energia Petróleo e Derivados A produção de petróleo e LGN (líquido de gás natural), em 26, foi de mil bbl/d (barris por dia), montante apenas 2,5% superior ao de 25, ano em que se verificou uma expressiva elevação de 11,5%. A produção de derivados de petróleo, de 1.81 mil bbl/d, que inclui gás de refinaria e coque de forno de craqueamento catalítico, cresceu 1,4% em 26, com destaque para redução na produção de GLP (6%) e querosene de aviação (9%) e crescimento na produção de gasolina (5,9%). O consumo final de derivados de petróleo apresentou um crescimento de 2%, com expressivo crescimento no consumo de gasolina automotiva, igual a 6,3%, e crescimento no consumo final de óleo diesel (1,3%). Apresentaram redução no consumo o querosene de aviação (6,7%) e o óleo combustível (6,8%). Neste ano de 26 as importações líquidas de petróleo tornaram-se negativas, significando que o país exportou mais do que importou. Em média, foram exportados 33,4 mil bbl/d em 26, enquanto em 25 a média de importações foi de 68,7 mil bbl/d. As importações líquidas de derivados, também com sinal negativo na linha correspondente a importações, apresentaram uma redução de quase 6%, e representaram menos de 1% da produção nacional. EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

5 16 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 27 ano base 26 n Tabela 1.b Petróleo e Derivados Produção, Importação Líquida, Consumo, Reservas e Capacidade Instalada Brasil 25 e 26 Unidade % 6/5 Produção de Petróleo e LGN 1³ bbl/d 1.718, 1.76,6 2,5 Produção de Derivados 1³ bbl/d 1.785,8 1.81,1 1,4 Importações Líquidas de Petróleo 1³ bbl/d 68,7-33,4-148,6 Importações Líquidas de Derivados 1³ bbl/d -4,3-17,1-57,5 Consumo de Derivados 1³ bbl/d 1.71, 1.735,6 2, Consumo de Gasolina Veicular 1³ bbl/d 34,2 323,1 6,2 Consumo de Óleo Diesel Rodoviário 1³ bbl/d 524,3 532,4 1,5 Consumo de Óleo Combustível Industrial 1³ bbl/d 79,3 72,6-8,4 Consumo de GLP Residencial 1³ bbl/d 161,1 161, -,1 Consumo de Coque de Petróleo 1³ bbl/d 75,4 79,8 5,9 Reservas Provadas de Petróleo 1 9 bbl 11,8 12,2 3,5 Capacidade Instalada Nominal de Refino 1³ bbl/d 2.16,7 2.16,7, O balanço de produção e consumo dos principais derivados de petróleo indica ainda a necessidade de importações expressivas de óleo diesel, que apresentou crescimento de 19,3% em 26, e de nafta, que apresentou redução de 4,3%. As importações destes energéticos correspondem, em percentuais, a respectivamente 9,2% e 48% do consumo final. No caso específico do GLP, em 26 foi verificada uma dependência externa de 13,5% proporcionalmente ao consumo final. A situação é inversa para o óleo combustível, onde a quantidade exportada é igual a 1,46 vezes o consumo brasileiro. Já para a gasolina automotiva, também há superávit de 14,5% com relação ao consumido nacionalmente. As principais utilizações do óleo diesel estão no transporte rodoviário (78,7% do consumo total), seguido do uso agropecuário (13,9%) e geração de eletricidade (4,7%). O consumo deste combustível no transporte rodoviário apresentou um crescimento de 1,5%, revertendo a redução verificada em 25. A redução no consumo de óleo combustível, que é verificada desde 1997, é justificada pelo crescimento da utilização de gás natural e coque de petróleo na indústria. Em termos absolutos, o óleo combustível apresentou queda anual média de 8,7%, enquanto o gás natural apresentou crescimento médio de 11,8 % ao ano. Relativamente a todos os energéticos, o óleo combustível teve sua participação reduzida de 16,3% para 5,2% e o gás natural expandiu sua participação de 5% para 1%. O consumo residencial de GLP vem apresentando oscilações nos últimos anos, após um máximo valor registrado em 21 quando o consumo neste setor foi de 1,4 milhões de metros cúbicos. Em 26, o valor registrado foi de 9,3 milhões de metros cúbicos, ou 9,9% inferior ao valor máximo registrado. Em comparação a 25, o consumo residencial permaneceu estável. Parte desta redução é justificada pela maior penetração do gás natural para uso domiciliar. A estrutura do consumo final de derivados em 26 é mostrada no Gráfico 3, ajustado para uma mesma base energética. O óleo diesel apresenta a maior participação, 38,5%, seguido da gasolina automotiva, 17%. n Gráfico 3 Derivados de Petróleo Estrutura do Consumo Brasil 26 Gasolina 17,% Outros 19,% Nafta 8,6% Óleo Combustível 8,5% Óleo Diesel 38,5% GLP 8,4% As reservas provadas de petróleo de 12,2 bilhões de barris, equivalentes a cerca de 18 anos da atual produção, asseguram uma situação confortável para o País. Para os países da OECD as reservas equivalem a cerca de 1 anos da produção, enquanto que a média mundial é de 4 anos. Em 26, o petróleo e seus derivados representaram 37,6% da Matriz Energética Brasileira, com redução de 2,8% com relação à estrutura verificada em 25, mantendo comportamento tendencial verificado desde 1998 quando a participação foi de 46,5%. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA MME

6 CAPÍTULO Gás Natural A produção de gás natural foi de 48,5 milhões m³/dia em 25, montante equivalente ao de 25. As importações somaram 26,8 milhões m³/dia, valor 8,8% superior ao de 25. Neste ano o principal consumidor do gás natural continuou sendo o setor industrial, com 23,5 milhões m³/dia e crescimento de 4,7% com relação ao ano anterior. O consumo na geração de energia elétrica em centrais de serviço público foi reduzido de 9,1 milhões m³/dia para 8, milhões m³/dia, e o consumo térmico no setor energético cresceu 6,1%, alcançando 1,2 milhões m³/dia. Nas centrais elétricas autoprodutoras o consumo foi elevado em 2,5%, passando a 3,4 milhões m³/dia. n Tabela 1.c Gás Natural Produção, Importação, Consumo, Reservas e Capacidade Instalada Brasil 25 e 26 Unidade % 6/5 Produção 1 6 m³/d 48,5 48,5, Importação 1 6 m³/d 24,7 26,8 8,8 Uso Térmico do Setor Energético 1 6 m³/d 9,6 1,2 6,1 Consumo Industrial 1 6 m³/d 22,5 23,5 4,7 Consumo Transporte 1 6 m³/d 5,3 6,3 18,6 Consumo na Geração Elétrica CESP m³/d 9,1 8, -11,4 Consumo na Geração Elétrica CEAP m³/d 3,3 3,4 2,5 Uso Não-Energético 1 6 m³/d 2,3 3,2 36,8 Reservas Provadas 1 9 m³ 36,4 347,9 13,5 Capacidade Instalada de Plantas de Gás 1 6 m³/d 46,7 49,6 6,2 1 CESP Centrais Elétricas de Serviço Público 2 CEAP Centrais Elétricas Autoprodutoras Merecem destaque, ainda, o crescimento de 18,6% do consumo de gás natural no setor de transporte rodoviário. A estrutura do consumo de gás natural em 26 é mostrada no Gráfico 4. Nota-se que a parcela de gás natural reinjetado e não aproveitado ainda é significativa quando comparada à demanda total. n Gráfico 4 Gás Natural Estrutura do Consumo Brasil 26 Reinjetado e Não Aproveitado 18,8% Outros Consumos 22,2% Consumo na Geração Elétrica 2 15,1% Consumo Industrial 1 31,3% Uso Não Energético 4,2% Consumo Veicular 8,4% 1 Setor Industrial: inclui o consumo em refinarias e na exploração e produção de petróleo. 2 Geração de energia elétrica em centrais elétricas de serviço público e em centrais elétricas autoprodutoras. As reservas provadas de gás natural tiveram um crescimento de 13,5% com relação ao valor apurado em 25 e totalizam 347,9 bilhões de m3, equivalendo a 19,7 anos de produção nos níveis verificados em 26. Para os países da OECD as reservas equivalem a cerca 14 anos da produção, enquanto que a média mundial é de 6 anos. O gás natural representou 9,6% da Matriz Energética Brasileira de 26, apresentando um aumento de 4,2 pontos percentuais em relação ao ano 2. Efetivamente, trata-se de uma fonte de energia com vigorosa penetração na estrutura produtiva do País. EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

7 18 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 27 ano base Produtos da Cana A produção de etanol em 26, de 36,1 mil bbl/dia, representou um significativo aumento de 1,8% em relação à produção de 25. O consumo final de etanol inverteu a tendência de crescimento verificada até 24, passando a 231,5 mil bbl/dia, representando uma queda de 4,%. Apesar deste resultado, os expressivos crescimentos do consumo de gasolina e de gás natural no setor de transporte rodoviário permitiram um crescimento de 2,7% no consumo em motores de ciclo Otto. Diante da queda no consumo, e apesar do crescimento nas exportações, que passaram a 59,6 mil bbl/dia em 26, com crescimento de quase 4% em relação a 25, houve formação de estoque de etanol em 1,5 mil bbl/dia, recompondo as saídas verificadas em 25. n Tabela 1.d Produtos da Cana-de-Açúcar Produção, Importação Líquida, Consumo e Rendimento da Produção Brasil 25 e 26 Unidade % 6/5 Produção de Etanol 1³ bbl/d 276,4 36,1 1,8 Importação ou Exportação 1 1³ bbl/d -43, -59,6 38,7 Variação de Estoques, Perdas e Ajustes 1³ bbl/d 11,3-1,5-193,2 Consumo Final de Etanol 1³ bbl/d 241,1 231,5-4, Consumo Álcool Anidro Setor Transporte 1³ bbl/d 131,6 89,6-31,9 Consumo Álcool Hidratado Setor Transporte 1³ bbl/d 97,5 122,2 25,4 Consumo em Outros Usos do Etanol 1³ bbl/d 12, 19,6 63,9 Rendimento de Etanol de Cana l/t cana 86,7 87,7 1,1 Rendimento de Etanol de Melaço l/t melaço 325,4 339,1 4,2 Consumo Térmico de Bagaço t 16,5 121,1 13,8 1 Sinal negativo para exportação e sem sinal para importação. 2 Inclui consumo na geração elétrica nas centrais de autoprodução. O consumo térmico de bagaço de cana cresceu 13,8%, chegando a 121,1 milhões de toneladas, resultante do crescimento de 12,% no processamento de cana-de-açúcar de em 26. Cerca de 75% do etanol produzido é proveniente do caldo de cana (rendimento próximo de 88 l/t de cana). Os restantes 25% têm origem no melaço resultante da produção de açúcar (rendimento próximo de 34 l/t de melaço). Os produtos energéticos resultantes da cana representaram 14,6% da Matriz Energética Brasileira de Carvão Mineral O uso do carvão mineral no Brasil se dá segundo duas classificações, o carvão vapor (energético) que é nacional e seu consumo se dá em centrais elétricas de serviço público e o carvão metalúrgico, importado, que tem a característica de se expandir quando da combustão incompleta, produzindo o coque, este especialmente consumido na indústria siderúrgica. Os números apresentados na Tabela 1.e indicam a baixa participação do carvão nacional na oferta total de carvão mineral, de cerca de 27%. O carvão mineral e seus derivados tiveram, em 26, uma participação de 6,% na Matriz Energética Brasileira, um decréscimo de,3% com relação a 25. A estrutura de consumo do carvão mineral é mostrada no Gráfico 5. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA MME

8 CAPÍTULO 1 19 n Tabela 1.e Carvão Mineral Produção, Importação e Consumo Brasil 25 e 26 Unidade % 6/5 Produção 1³ t , Importação 1 1³ t ,5 Variação de Estoques, Perdas e Ajustes 1³ t ,8 Consumo Industrial 1 1³ t ,9 Consumo na Geração Elétrica CESP 2 1³ t ,1 Consumo em Outros Usos 3 1³ t ,8 1 Carvão Mineral e Coque de Carvão Mineral. 2 Centrais Elétricas de Serviço Público. 3 Diferença, em toneladas, entre o carvão metalúrgico que é processado nas coquerias e o coque produzido. n Gráfico 5 Carvão Mineral Estrutura do Consumo Brasil 26 1 Consumo na Geração Elétrica CESP 2 25,8% Consumo em Outros Usos 3 8,8% Consumo Industrial 65,3% 1 Percentuais calculados em tep. 2 Centrais Elétricas de Serviço Público. 3 Outros usos representa a energia equivalente à produção de gás de coqueria e de alcatrão e perdas nas coquerias Lenha Os números da tabela a seguir mostram que a utilização da lenha no Brasil é ainda significativa e cresceu em 26. Este insumo é utilizado, principalmente, nas carvoarias para produzir carvão vegetal e na cocção de alimentos nas residências. Em 26, o setor residencial consumiu cerca de 26,7 milhões de toneladas de lenha, equivalentes a 29% da produção e,5% superior ao consumo de 25. Na produção de carvão vegetal foram consumidas cerca de 38,3 milhões de toneladas (42% da produção), e os restantes 29% representam consumos diretos de lenha na agropecuária e indústria. Em 26, o consumo de carvão vegetal decresceu -2,6%, sendo seu uso principal na produção de ferro gusa e de silício metálico. A lenha e carvão vegetal representaram 12,6% da Matriz Energética Brasileira de 26, resultado,4 ponto percentual abaixo do verificado em 25. n Tabela 1.f Lenha e Carvão Vegetal Produção, Transformação e Consumo Brasil 25 e 26 Unidade % 6/5 Produção de Lenha 1³ t ,3 Consumo em Carvoarias 1³ t ,4 Consumo Final de Lenha 1³ t ,8 Consumo Residencial de Lenha 1³ t ,5 Consumo de Carvão Vegetal 1³ t ,6 EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

9 2 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 27 ano base 26 n Gráfico 6 Lenha Estrutura de Usos Brasil 26 Agropecuário 7,9% Industrial 2,4% Outros Consumos 1 1,% Carvoarias 41,7% Residencial 29,1% 1 Inclui consumo na geração elétrica e consumo comercial. 1.2 Destaques de Energia e Socioeconomia em 26 São apresentados neste item os principais indicadores e análises sobre os destaques de energia e socioeconomia em 26 e comparações com o exercício anterior Energia e Socioeconomia Neste item os indicadores utilizados para a análise do desempenho energético e socioecnômico do Brasil em relação ao Mundo foram obtidos no Key World Energy Statistics 27 1, mantidos em referência ao ano de 25. Por estes indicadores, que não reproduzem os resultados da apuração do BEN, o Brasil, com uma Oferta Interna de Energia OIE per capita de 1,12 tep em 25, se situa bem abaixo da média mundial (1,78 tep/hab), abaixo da Argentina (1,64) e muito abaixo dos USA (7,89). Já a OIE em relação ao PIB Produto Interno Bruto, de,31 tep/mil US$(2) se mostra mais alta, comparativamente a Argentina (,2), USA (,21) e Japão (,11). Este último indicador mostra que, por unidade de PIB, o Japão necessita dispender, em energia, menos da metade do que o Brasil para uma mesma unidade de produção de valor. Na condição de exportador de aço, alumínio, ferroligas, celulose, açúcar e outros produtos de baixo valor agregado, o Brasil apresenta estrutura produtiva intensiva em energia e capital, o que explica parte desta disparidade. Pelas estatísticas produzidas por instituições nacionais, o PIB brasileiro cresceu 3,7% 2 em 26, desempenho resultante do crescimento de 2,8% da indústria, de 4,1% da agropecuária e de 3,7% dos serviços. A OIE, acompanhando o crescimento médio do PIB, apresentou crescimento de 3,4%, taxa ligeiramente inferior à do PIB. O gás natural continuou, em 26, a aumentar sua participação na OIE, passando de 9,4% em 25 para 9,6%, resultado da sua crescente utilização na indústria e no transporte. A energia hidráulica permaneceu estável com 14,8% e as fontes renováveis mantiveram participação em torno de 45,1%. 1 Publicação anual da Agência Internacional de Energia IEA. 2 Antes da nova série de Contas Nacionais, o IBGE estimara o crescimento do PIB de 26 em 2,9%. A nova série de Contas Nacionais adotou como referência inicial o ano 2, e incorporou dados das pesquisas anuais do IBGE, informações da Receita Federal sobre as pessoas jurídicas, a Pesquisa de Orçamentos Familiares de 23, o Censo Agropecuário 1996 e atualizou conceitos e definições de acordo com as últimas recomendações da ONU e de outros organismos internacionais. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA MME

10 CAPÍTULO 1 21 n Tabela 1.g Panorama Econômico e Energético Variação dos Principais Parâmetros Brasil 25 e 26 Unidade % 6/5 4 População 1 6 hab 184,2 186,8 1,4 Produto Interno Bruto PIB 1 US$ ,5 1.67,6 3,7 Industrial % a.a. 2,1 2,8 - Serviços % a.a. 3,4 3,7 - Agropecuária % a.a. 1, 4,1 - Índice Geral de Preços - FGV IGP/DI 1,2 3,6 - Taxa Média de Câmbio R$/US$ 2,43 2,18-1,3 Oferta Interna de Energia - OIE tep 218,7 226,1 3,4 Estrutura % da OIE % 1 1,, Petróleo e Derivados % 38,7 37,7-2,4 Gás Natural % 9,4 9,6 2,3 Carvão Mineral % 6,3 6, -4,6 Urânio % 1,2 1,6 39,1 Hidráulica e Eletricidade % 14,8 14,8,2 Lenha e Carvão Vegetal % 13, 12,6-2,9 Produtos da Cana % 13,8 14,6 5,9 Outras Fontes Primárias % 2,9 3, 3,4 Dependência Externa de Energia 3 % 1,2 8,3-18,9 1 US$ em valores correntes de kwh = 86 kcal; Petróleo de referência = 1. kcal/kg; Poderes Caloríficos Inferiores PCI; critérios aderentes aos da Agência Internacional de Energia - IEA e outros organismos internacionais. 3 Corresponde à razão entre as Importações Líquidas de Energia e a Oferta Interna de Energia. 4 Variação dos valores absolutos do parâmetro entre os anos de 25 e de 26. O forte crescimento da produção de petróleo, bem como das fontes renováveis energia hidráulica e derivados da cana-de-açúcar, permitiram uma continuada redução da dependência externa de energia que passou de 1,2% em 25 para 8,3% em 26, uma expressiva redução de quase 2 pontos percentuais, apesar do crescimento demanda interna de energia de 3,4%. O Brasil manteve as vantagens comparativas com o resto do mundo em termos de utilização de fontes renováveis de energia. No país, em 26, 45,1% da OIE foi de energia renovável, enquanto que, em 25, a média mundial foi de 12,7% e nos países da OECD foi de apenas 6,2%. n Gráfico 7 Oferta Interna de Energia Estrutura de Participação das Fontes Renováveis e Não-renováveis Brasil, Países da OECD e Mundo 25 e 26 % Brasil (26) 45,1 54,9 OECD (25) 93,8 6,2 Mundo (25) 12,7 87,3 Fontes Renováveis Fontes Não-Renováveis Os países com elevada geração elétrica de origem térmica apresentam perdas de transformação e distribuição entre 25 e 3% da OIE. No Brasil alta participação da energia hidráulica na geração de eletricidade é uma vantagem complementada por grande utilização de biomassa, fazendo com que o Brasil apresente baixa taxa de emissão de CO², de 1,57 tco²/tep, pela utilização de combustíveis, quando comparada com a média mundial, de 2,37 tco²/tep. EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

11 22 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 27 ano base 26 n Gráfico 8 Oferta Interna de Energia Estrutura de Participação das Fontes Brasil 26 n Gráfico 9 Oferta Interna de Energia Estrutura de Participação das Fontes Mundo 25 Hidráulica e Eletricidade 14,8% Urânio 1,6% Gás Natural 9,6% Biomassa 3,2% Petróleo e Derivados 37,7% Biomassa 1,5% Urânio 6,3% Carvão Mineral 6,% Carvão Mineral 25,3% Hidráulica e Eletricidade 2,2% Petróleo e Derivados 35,% Gás Natural 2,7% Consumo Setorial de Energia e Produção Física Com um resultado de 22,9 milhões tep em 26, o consumo final de energia apresentou taxa de crescimento de 3,6% em relação a 25, crescimento próximo ao da OIE (3,4%), o que significa concluir que as perdas de energia na transformação e na distribuição mantiveram-se estáveis em termos relativos. Os dados de consumo de energia da Tabela 1.h mostram que o setor energético apresentou alta taxa de crescimento (6,7%), seguido do industrial (4,4%), transporte (2,7%), agropecuário (2,3%), serviços (1,6%), residencial (1,2%). Dentro da indústria, destacamse os crescimentos verificados para o segmento de alimentos e bebidas (12,3%), cimento (9,%), não ferrosos (4,9%), papel e celulose (4,3%), e queda no consumo total do segmento de ferro gusa e aço (2,7%). Cabe destacar a grande influência do setor sucroalcooleiro, particularmente resultante da produção de açúcar, no consumo energético do setor alimentos e bebidas. n Tabela 1.h Consumo Final de Energia Variação do Consumo de Energia dos Setores Brasil 25 e 26 Unidade % 6/5 1 Consumo Final Total 1 6 tep 195,9 22,9 3,6 Serviços (Comercial + Público + Transportes) 1 6 tep 61,4 62,4 1,6 Transporte Ciclo Otto 1³ bep/d 429,4 44,8 2,7 Residencial 1 6 tep 21,8 22,1 1,2 Agropecuário 1 6 tep 8,4 8,6 2,3 Setor Energético 1 6 tep 17,6 18,8 6,7 Industrial Total 1 6 tep 73,5 76,8 4,4 Cimento 1 6 tep 2,8 3,1 9, Ferro-Gusa e Aço 1 6 tep 17,5 17, -2,7 Ferroligas 1 6 tep 1,6 1,6, Não-Ferrosos 1 6 tep 5,4 5,7 4,9 Química 1 6 tep 7,2 7,4 2,7 Alimentos e Bebidas 1 6 tep 17,9 2,1 12,3 Papel e Celulose 1 6 tep 7,7 8, 4,3 Outras Indústrias Não-Especificadas 1 6 tep 13,4 13,9 3,7 1 Variação dos valores absolutos do parâmetro entre os anos de 25 e de 26. No setor industrial o crescimento no consumo de energia em 26 superou bastante o crescimento do PIB industrial, que apresentou crescimento de 3,%. Destacam-se neste desempenho de consumo energético o crescimento no setor de alimentos e bebidas fortemente influenciado pela elevação na produção de açúcar, do setor de cimento como resultado da expansão das atividades da construção civil, no setor dos não ferrosos puxado pela produção de alumínio, que cresceu 7,% no período. O grande crescimento da produção de etanol explica o significativo crescimento do consumo do setor energético, igual a 6,7% em comparação a 25. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA MME

12 CAPÍTULO 1 23 n Tabela 1.i Produção Física dos Setores Industriais Brasil 25 e 26 Unidade % 6/5 1 Aço Bruto 1³ t ,2 Alumínio 1³ t , Ferroligas 1³ t , Celulose 1³ t , Cimento 1³ t ,9 Açúcar 1³ t , Produtos Químicos 1³ t ,7 Veículos 1³ unid ,2 1 Variação dos valores absolutos do parâmetro entre os anos de 25 e de Análise Energética Brasileira a 26 Apresentam-se aqui os dados e análises da evolução da oferta interna de energia e suas relações com o crescimento econômico, para o período de 197 a 26, destacando-se indicadores de intensidade energética para períodos selecionados e as razões dos diferentes comportamentos destes indicadores. Apresentam-se aqui também os dados e análises da evolução do consumo final de energia, para o período de 197 a 26, destacando-se a participação dos principais energéticos e dos principais setores econômicos, e também as políticas públicas que influenciaram nas alterações estruturais do consumo Considerações Gerais A energia que atende às necessidades da sociedade em geral, movimentando a indústria, o transporte, o comércio e demais setores econômicos do País recebe a denominação de Consumo Final no Balanço Energético Nacional. Esta energia, para chegar ao local de consumo, é transportada por gasodutos, linhas de transmissão, rodovias, ferrovias etc., e distribuída através de diversos outros sistemas, cujos processos acarretam perdas de energia. De outro lado, a energia extraída da natureza não se encontra na forma mais adequada para os usos finais, necessitando, na maioria dos casos, de passar por processos em centros de transformação, tais como refinarias que transformam o petróleo em óleo diesel, gasolina, etc; usinas hidrelétricas que aproveitam a energia mecânica da água para produção de energia elétrica; carvoarias que transformam a lenha em carvão vegetal, etc. Esses processos também acarretam perdas de energia. No Balanço Energético Nacional, a menos de eventuais ajustes estatísticos, a soma do Consumo Final de energia, das perdas no transporte, na distribuição e na armazenagem e das perdas nos processos de transformação, recebe a denominação de Oferta Interna de Energia OIE, também, costumeiramente denominada de matriz energética ou de demanda total de energia. O Gráfico 1 apresenta a evolução da Oferta Interna de Energia, as Perdas e o Consumo Final, no período 197 a 26, consideradas as mais representativas de um balanço energético. Nota-se um crescente distanciamento entre as curvas de Oferta Interna de Energia e do Consumo Final, resultado do crescimento das perdas acima do crescimento do Consumo Final. As performances negativas das curvas em 1981 resultam da recessão econômica mundial, provocada pelo aumento dos preços internacionais do petróleo em Em 199, os resultados negativos foram reflexo do plano econômico da época, que bloqueou as aplicações financeiras da sociedade. n Gráfico 1 Oferta Interna de Energia Consumo Final e Perdas Brasil 197 a tep Oferta Interna Perdas 15 1 Consumo Final 5 EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

13 24 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 27 ano base Oferta Interna de Energia OIE A Oferta Interna de Energia, em 26, foi de 226,1 milhões de toneladas equivalentes de petróleo tep, montante 238,% superior ao de 197 e próximo a 2% da demanda mundial. Importante setor da infra-estrutura econômica, a indústria de energia no Brasil responde pelo abastecimento de 91,7% do consumo nacional. Os 8,3% restantes são importados, na forma de petróleo e derivados, carvão mineral e derivados, gás natural e energia elétrica. No Brasil, em 26, cerca de 45,1% da OIE tem origem em fontes renováveis, enquanto que no mundo essa taxa é de 12,7% e nos países membros da OECD é de apenas 6,2%. Dessa participação da energia renovável, 14,8% correspondem à geração hidráulica e 3,3% a outras fontes renováveis. Os 54,9% restantes da OIE vieram de fontes fósseis e outras não renováveis. Essa característica, bastante particular do Brasil, resulta do grande desenvolvimento do parque gerador de energia hidrelétrica desde a década de 5 e de políticas públicas adotadas após a segunda crise do petróleo, ocorrida em 1979, visando a redução do consumo de combustíveis oriundos dessa fonte e dos custos correspondentes à sua importação, à época, responsáveis por quase 5% das importações totais do País. Nessa linha, implantou-se também o programa de produção de álcool combustível, o Proálcool. Criado em 1975, pelo decreto , o Proálcool tinha como objetivo substituir parte da gasolina utilizada na frota nacional de veículos de passageiros (álcool hidratado em veículos com motores movidos a álcool) e, ainda, o álcool seria utilizado como aditivo à gasolina (álcool anidro), tornando menos poluente a sua combustão. A produção de álcool, que de 197 a 1975 não passou de 7 mil m³, passou a 2,85 milhões de m³ em 1979 e, em 1997, registrou um nível de 15,5 milhões de m³, nível máximo atingido. A partir deste ano a produção passou a declinar, chegando a 12,6 milhões de m³ em 22, mas se recuperando até atingir em 26 uma produção total de 17,8 milhões de m³. De outro lado, a produção nacional de petróleo viveu, também, grande desenvolvimento, graças a vultosos investimentos em prospecção e exploração, que permitiram à Petrobrás a aplicação de tecnologia pioneira no mundo de extração de petróleo em águas profundas, com lâminas d água de mais de 1. metros. O resultado foi o considerável aumento do volume medido, ou seja, pronto para ser tecnicamente explorado, das reservas nacionais totais de petróleo, de 283 milhões de m³ em 1979 para 2,89 bilhões de m³ em 26. Neste mesmo período, a produção de petróleo passou de 17 mil barris por dia para mais de 1,76 milhões de barris por dia, incluindo líquido de gás natural LGN. A indústria de energia elétrica também desenvolveu tecnologias no campo da construção e operação de grandes centrais hidrelétricas, bem como na operação de sistemas de transmissão a grandes distâncias e em corrente contínua. Seu parque gerador de eletricidade foi aumentado de 11 GW em 197, para 3,2 GW em 1979 e alcançando 96,6 GW em 26, sendo a capacidade instalada hidráulica de 73,4 GW em 26. O reflexo dessas medidas pode ser observado claramente, seja pela redução do grau de dependência externa de energia, seja pela evolução da matriz energética brasileira desde o início da década de 8, conforme pode ser verificado no Gráfico 11. n Gráfico 11 Dependência Externa de Energia Brasil 197 a 26 % Carvão Mineral Dependência Total Eletricidade Petróleo Na década de 7, a dependência externa de energia foi crescente, passando de 28% para cerca de 46% das necessidades globais. Os dados de 26 mostram uma redução desse nível para pouco mais de 8%. Especificamente em relação ao petróleo, a diminuição foi ainda mais significativa: de dependente em cerca de 85% em 1979, o país passou a auto-suficiência em 25, e em 26 apresentou um superávit de 1,1% (calculada como a diferença entre a demanda interna de energia, inclusive perdas de transformação, distribuição e armazenagem e a produção interna). Na estrutura da OIE, nota-se as significativas transformações, resultantes das políticas adotadas, notadamente, no período de 1979 a O processo de desenvolvimento das nações induz à redução natural do uso da lenha como fonte de energia. No setor MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA MME

14 CAPÍTULO 1 25 agropecuário, os usos rudimentares da lenha em casas de farinha, em secagem de grãos e folhas, em olarias, em caieiras, na produção de doces caseiros, etc., perdem gradativamente importância em razão da urbanização e da industrialização. No setor residencial, a lenha é substituída por gás liquefeito de petróleo e por gás natural na cocção de alimentos. Na indústria, especialmente nos ramos de alimentos e cerâmica, a modernização dos processos leva ao uso de energéticos mais eficientes e menos poluentes. No Brasil, a década de 7 foi especialmente marcada por grande substituição da lenha por derivados de petróleo, o que reduz significativamente a sua participação na Oferta Interna de Energia. No início da década de 8 o processo de substituição na indústria é atenuado, com a elevação dos preços internos do óleo combustível e do gás natural, favorecendo um maior uso da lenha e do carvão vegetal. n Gráfico 12 Oferta Interna de Energia Evolução da Participação das Fontes Brasil 197 a 26 % Outras Produtos da Cana Lenha e Carvão Vegetal Hidráulica e Eletricidade Carvão Mineral Gás Natural 2 Petróleo e Derivados Os produtos da cana, que incluem o álcool e o bagaço de cana, este utilizado para produção de calor na indústria sucroalcooleira, crescem de participação no período de 1975 a 1985, estabilizando a partir daí. A energia hidráulica mantém taxa crescente de participação ao longo de todo o período. O carvão mineral é impulsionado pela indústria metalúrgica no início da década de 8, mantendo participação constante a partir de O gás natural é a fonte de energia que vem apresentando o mais significativo desenvolvimento nos últimos anos. A descoberta de novas reservas nacionais, elevando o seu volume para 588,6 bilhões de m³ em 26 e a perspectiva de ampliação da importação de gás natural da Bolívia e do Peru permitem ampliar ainda mais sua utilização, o que vai representar melhorias em termos de eficiência energética e de qualidade do meio ambiente, uma vez que o gás natural é o mais limpo dos combustíveis fósseis. Resumidamente, assim foi delineado o perfil da oferta de energia no Brasil, cuja evolução mostra uma forte alteração de estrutura, em função da redução da dependência externa de energia e da permanência ainda significativa das fontes renováveis de energia Consumo Final de Energia O Consumo Final de Energia em 26 foi de 22,9 milhões de tep, montante correspondente a 89,7% da Oferta Interna de Energia e 3,3 vezes superior ao de 197. O setor industrial com 38%, o setor transporte com 26% e o setor residencial com 11%, responderam por 75% do consumo final de energia em 26. A evolução do consumo setorial de energia é mostrada, em valores absolutos, no Gráfico 13. Nas décadas de 7 e 8, o grupo de indústrias energointensivas, composto pelos setores de aço, ferroligas, alumínio, metais não ferrosos, pelotização e papel e celulose, foi o que apresentou as maiores taxas de crescimento do consumo de energia, de 11,4% a.a. e 3,7% a.a., respectivamente, em comparação com o crescimento médio de 5,3% a.a. e 2% a.a. do consumo final, nos mesmos períodos. O conjunto das demais indústrias apresentou crescimento médio do consumo de energia de 6,4% a.a. no primeiro período e de,25% a.a. no segundo. De 199 em diante, o consumo das indústrias energointensivas passa a ter desempenho mais próximo do consumo final, de 3,5% a.a. contra 2,93% a.a., respectivamente. Neste mesmo período, o desempenho das outras indústrias, com crescimento de 3,84% a.a., suplanta o desempenho do consumo final de energia. EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

15 26 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 27 ano base 26 n Gráfico 13 Consumo Final de Energia Evolução dos Consumos Setoriais Brasil 197 a tep Usos Não-Energéticos Comercial e Público Agropecuário Energético Residencial Transporte Industrial Nota-se que a década de 8 foi marcada por grande estagnação das indústrias voltadas para o consumo interno, geradoras de empregos, pouco intensivas em capital e pouco intensivas em energia, tais como têxtil, alimentos, calçados, eletroeletrônica, mecânica, construção civil, móveis, etc., incluídas na curva indústrias(-)energo. No setor residencial, o consumo de energia se mantém estável, com um leve decréscimo em alguns momentos no período em análise, embora o consumo de eletricidade tenha apresentado altas taxas de crescimento. Neste setor, a eficiência média de uso da energia é crescente em razão da substituição de lenha por GLP, com cada tep de GLP substituindo entre 7 e 1 tep de lenha, conseqüência da maior eficiência dos fogões a GLP. A baixa elasticidade do consumo de energia na cocção em relação à renda familiar contribui, também, para o pouco crescimento do consumo de energia do setor. n Gráfico 14 Consumo Final de Energia Evolução Relativa dos Consumos Setoriais Brasil 197 a Comercial e Público Energointensivos Transporte Industrial (-) Energo Consumo final Agropecuário Residencial 1 Índice 1 equivale ao ano base 197. No setor agropecuário, embora não haja significativa substituição, o uso da lenha como fonte de energia, em geral com pouca eficiência, diminui em razão do êxodo rural e da transferência de atividades ao setor industrial. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA MME

16 CAPÍTULO Consumo Final de Energia Elétrica A estrutura do consumo de energia elétrica entre os segmentos de consumidores mostra uma forte concentração do seu uso na indústria, com 47,% do consumo total, seguido do uso residencial, com 22,%, como visto no Gráfico 15. Poucas variações ocorreram na estrutura no período em estudo, tendo o setor industrial iniciado processo de ligeira queda de participação a partir da segunda metade da década de 8, mas mostrando recuperação nos últimos anos. A queda verificada nos anos de 21 e 22 é decorrente das restrições impostas pelo racionamento de energia elétrica, que atingiu todas as classes de consumidores. n Gráfico 15 Consumo Final de Energia Elétrica Evolução dos Consumos Setoriais Brasil 197 a 26 GWh Outros Comercial e Público Residencial Industrial Consumo Final de Derivados de Petróleo Entre os consumidores de derivados de petróleo, o segmento mais importante é o setor de transportes, que representa 5,7% do consumo, seguido da indústria, que incluindo o setor energético responde por 18,5%. A estrutura de usos dos derivados passou por significativas variações desde 197. Naquela década, os usos em transporte passaram de 53% a 45% e os usos na indústria passaram de 23% a 27%. A partir de 198, com as políticas públicas de contenção da demanda de óleo combustível, com a imposição de cotas de consumo industrial e elevação dos seus preços, e a promoção de preços competitivos para as fontes nacionais de energia através de subsídios ao uso em transporte, os usos de derivados de petróleo na indústria caíram acentuadamente. Em 1985 os usos industriais já haviam alcançado 14% do consumo final de derivados. Neste contexto, o consumo de derivados de petróleo apresenta altas taxas de crescimento na década de 7, no plano cruzado em 1986 (congelamento de preços) e nos cinco primeiros anos do Plano Real (1994 a 1998). O baixo crescimento econômico e as substituições por fontes alternativas, inclusive a substituição de gasolina por álcool, são as causas do pouco ou nenhum aumento nos demais períodos. A partir de 1999, o uso do gás natural em veículos passa a contribuir, também, para a redução do consumo de derivados. Em 26, seguindo o comportamento verificado em 25, o consumo final de derivados de petróleo, excluindo-se o uso nos centros de transformação, apresentou crescimento de 2%. n Gráfico 16 Consumo Final de Derivados de Petróleo Evolução dos Consumos Setoriais Brasil 197 a bep/dia Outros Residencial Usos Não-Energéticos Industrial Transporte EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

17 28 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 27 ano base Consumo Final de Biomassa No que respeita à biomassa, que inclui o consumo de bagaço de cana, lenha e carvão vegetal, álcool e outras fontes primárias renováveis, os principais setores consumidores são o industrial (cerca de 54% do consumo final), o residencial (cerca de 15%) e de transportes, com 11%. O alto incremento do uso industrial de biomassa, na primeira metade da década de 8, se deve ao carvão vegetal, em substituição ao óleo combustível; ao bagaço de cana utilizado na produção de álcool e à expansão da siderurgia a carvão vegetal. Conforme já comentado, o consumo de biomassa nos setores residencial e agropecuário cai em razão da menor utilização da lenha para cocção. n Gráfico 17 Consumo Final de Biomassa Evolução dos Consumos Setoriais Brasil 197 a tep Comercial e Público Transporte Agropecuário Residencial Industrial Considerações sobre a Evolução da Energia e da Economia No período de 197 a 198, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a uma taxa média de 8,6% a.a., com o consumo de algumas formas de energia se elevando, também, a taxas anuais expressivas, como a eletricidade, a 12% a.a. e os derivados de petróleo, a 8,2% a.a.. Os fatores determinantes para esse resultado foram: as dimensões continentais do País, a predominância de transporte rodoviário e, ainda, o desenvolvimento da indústria de base e da infra-estrutura para o atendimento às necessidades de muitas regiões do País. Apesar dos elevados índices de consumo de eletricidade e de derivados de petróleo, a Oferta Interna de Energia cresceu 5,5% a.a.. A elasticidade da OIE em relação ao PIB, relação entre as taxas de crescimento da OIE e do PIB, de apenas,64, se deve, principalmente, ao pequeno crescimento da biomassa, de apenas,5% a.a., constantemente substituída por derivados de petróleo, como gás liquefeito de petróleo no setor residencial e óleo combustível na indústria, além da redução do seu uso no setor agropecuário. A partir de 198, sob o peso do ambiente recessivo da economia do País, decorrente da segunda elevação dos preços internacionais do petróleo em 1979, essas taxas declinaram e variaram consideravelmente. O período de 198 a 1985 foi marcado por duas representativas diretrizes econômicas: (i) grande expansão da indústria energointensiva, voltada para a exportação (aço, alumínio e ferroligas), como forma de aproveitar o excesso de capacidade instalada de geração elétrica e de amenizar o déficit comercial e, (ii) implementação de medidas de contenção do consumo de derivados de petróleo. Neste contexto, a economia do País cresceu a uma taxa média de apenas 1,3% a.a., com índices variando entre -4,3% em 1981 e 7,9% em 1985 e a OIE cresceu a 2,7% a.a., apresentando elasticidade de 2,12 em relação ao PIB. O consumo de eletricidade cresceu 7,2% a.a., o carvão da siderurgia a 9,1% a.a. e a biomassa a 4,3% a.a.. O consumo de derivados de petróleo foi reduzido em 1,9% a.a.. A partir de 1985, com a queda nos preços internacionais do petróleo, passando de mais de 4 dólares o barril, para cerca de 15 dólares, as vantagens comparativas das fontes nacionais de energia foram perdendo força, havendo o retorno parcial dos derivados de petróleo. De 1985 a 1993, foi atenuado o ritmo de crescimento das exportações de produtos intensivos em energia e houve boa recuperação dos combustíveis do ciclo Otto. Apesar de sucessivos planos, a economia não deslanchou, apresentando taxa média de crescimento de 2,% a.a.. A OIE cresceu a taxa de 1,7% a.a., com os combustíveis do Ciclo Otto crescendo a 4,6% a.a., a eletricidade a 4,2% a.a. e a biomassa, com performance negativa de 1% a.a.. De 1993 a 1997, com a estabilização da economia, estabeleceu-se um novo ciclo de desenvolvimento que elevou os índices de expansão da economia e do consumo de energia. Nesse período o PIB cresceu a 4,8% a.a. e a OIE cresceu a 4,8% a.a., com os derivados de petróleo apresentando taxa média de crescimento de 7,% a.a., a eletricidade de 5,1% a.a. e a biomassa de 2,% a.a., correspondendo, respectivamente, a elasticidades de 1,46, 1,6 e,42 em relação ao PIB. As taxas de crescimento do consumo da eletricidade residencial e comercial, respectivamente, 8,4% a.a. e 8,6% a.a., da gasolina automotiva, de 13,8% a.a., e do querosene de aviação, de 9,4% a.a., foram os grandes indutores das altas taxas de consumo de energia, por conta da melhor distribuição de renda, proporcionada pelo Plano Real. Neste período, as exportações de produtos intensivos em energia estagnaram ou regrediram. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA MME

18 CAPÍTULO 1 29 Em 1998 e 1999, em razão de sucessivas crises externas, principalmente a crise cambial nos países asiáticos, que acabaram contaminando a economia nacional, o Governo brasileiro foi obrigado a tomar medidas que levaram a uma forte retração no crescimento econômico, tendo o PIB apresentado um crescimento de apenas,9% no ano de 1998 e de 1,6% em O baixo desempenho da economia teve reflexos no consumo de energia de 1999, notadamente quanto às energias associadas ao uso individual, como o álcool hidratado com queda de 8,6% no consumo, a gasolina automotiva com queda de 6,3%, o querosene de aviação com queda de 6,3% e energia elétrica residencial, com apenas 2,4% de crescimento. Neste mesmo ano, a OIE cresceu 2%. Em 2, após a desvalorização da moeda, ocorrida no ano anterior, a economia demonstrou sinais de recuperação, com o crescimento do PIB de 4,3%, alavancado por desempenhos expressivos dos setores de Comércio e Outros (6,%), Extrativa Mineral (42%). A Indústria nesse ano cresceu apenas 1,6%. Em termos de consumo de energia, esse ano mostrou-se atípico, tendo a OIE crescido apenas,7%, em razão do fraco desempenho de setores industriais intensivos em energia e, também, da continuidade do baixo consumo da energia associada ao uso individual da população. 3 n Gráfico 18 PIB e OIE Taxas Médias de Crescimento Brasil 197 a 26 % 1 8_7 85_8 93_85 97_93 26_97 26_7 8, ,5 1,3 2,7 1,8 1,7 3,8 4,8 2,4 2,5 4, 3,4 Produto Interno Bruto Oferta Interna de Energia Em 21, mais uma vez a economia brasileira se retrai, resultado do desaquecimento da economia americana, agravada pelos atentados terroristas que contaminaram as principais economias mundiais e, também, pela crise de abastecimento de eletricidade que se estabeleceu no País. O PIB cresceu 1,3% e a OIE apresentou desempenho um pouco melhor do que no anterior, de 1,7%. O consumo de energia elétrica do País decresceu 6,6%, em decorrência do contingenciamento de carga, com os setores intensivos em energia, como aço, alumínio e ferroligas, sendo bastante afetados. O setor residencial também apresentou significativa retração no consumo, de -11,8%. O ano de 21 encerrou com um consumo de derivados de petróleo igual ao do ano anterior e com consumo de álcool retraído em -7,9%. Em 22, a economia brasileira cresceu 2,7%, um resultado superior ao de 21, tendo no Setor Agropecuário a melhor performance (13,%). Em conseqüência da alta do câmbio e do término do contingenciamento da eletricidade, os setores exportadores voltaram a crescer, tendo reflexos na OIE, que apresentou crescimento de 2,5%, mesmo estando influenciada por desempenhos negativos dos derivados de petróleo, que retraiu -2,7%, e da eletricidade residencial, que regrediu -1,4%. O consumo de energia no ano de 23 seguiu o comportamento do exercício anterior, com aumento no consumo dos setores exportadores e redução ainda mais contundente do consumo interno decorrente da baixa demanda das famílias. No ano, enquanto o PIB cresceu 1,1% a OIE apresentou crescimento de 1,6%. Em 24, a OIE, influenciada pela manutenção do crescimento da produção de produtos de exportação e influenciada por algum crescimento da demanda interna, apresentou forte crescimento, de 5,7%, acompanhando o crescimento do PIB, de 5,7%. Em 25, apesar da redução do crescimento do PIB para 2,9%, a oferta interna de energia seguiu crescendo encerrando o ano com um crescimento de 2,5%. A economia brasileira cresceu 3,7% em 26, quando o Setor Agropecuário apresentou o melhor desempenho (4,1%), seguido pelo Setor de Serviços (3,7%). A oferta interna de energia apresentou um crescimento de 3,4%, inferior, portanto à evolução do PIB (3,7%). O período de 1998 a 26 apresenta um crescimento médio do PIB de 2,7% a.a. e a OIE a 2,5% a.a., tendo como principais características, a retomada das exportações de setores intensivos em energia e a redução significativa da demanda de energia voltada para o bem estar da população. Neste período, a demanda de energia do Ciclo Otto cresceu apenas,67% a.a. e o consumo de eletricidade residencial cresceu apenas 1,6% a.a., este último muito baixo, mesmo considerando-se o racionamento em A nova série de Contas Nacionais adotou como referência inicial o ano 2, e incorporou dados das pesquisas anuais do IBGE, informações da Receita Federal sobre as pessoas jurídicas, a Pesquisa de Orçamentos Familiares de 23, o Censo Agropecuário 1996 e atualizou conceitos e definições de acordo com as últimas recomendações da ONU e de outros organismos internacionais. A nova série de Contas Nacionais adotou como referência inicial o ano 2, e incorporou dados das pesquisas anuais do IBGE, informações da Receita Federal sobre as pessoas jurídicas, a Pesquisa de Orçamentos Familiares de 23, o Censo Agropecuário 1996 e atualizou conceitos e definições de acordo com as últimas recomendações da ONU e de outros organismos internacionais. EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

19 3 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 27 ano base 26 n Tabela 1.j Elasticidades-Renda do Consumo de Energia Taxas Médias por Períodos Selecionados Brasil 197 a / / / / / / 197 OIE / PIB,64 2,11,84 1,,94,82 Eletricidade Total / PIB 1,39 5,64 2,1 1,7 1,18 1,57 Eletricidade Industrial / PIB 1,54 5,59 1,53,54 1,28 1,54 Derivados de Petróleo / PIB,95-1,49 1,55 1,47,26,86 Biomassa / PIB,6 3,34 -,5,43 1,22,37 Carvão Mineral de Aço / PIB 1,23 7,15 1,76,66,43 1,33 Energia Industrial / PIB 1 1,1 3,6,85,93 1,23 1,11 Consumo Combustíveis Ciclo Otto / PIB 2,37,11 2,29 1,98,33,76 1 Inclui setor energético. 2 Inclui gasolina, álcool e gás natural. 1.4 Evolução Mundial da Energia 197 a 23 Neste item são apresentados dados e análises sobre a evolução mundial de energia, para o período de 197 a 23, destacando-se a estrutura de oferta de energia por fonte, petróleo, gás natural, energia elétrica, carvão mineral e biomassa, e indicadores de intensidade energética e indicadores de emissões. A análise aqui apresentada tem por base documentos disponibilizados pelo Departamento de Energia do Governo dos Estados Unidos (U.S. Department of Energy - DOE), através de sua unidade de estatísticas (Energy Information Administration - EIA), em especial as publicações International Energy Outlook (IEO) 27 e Annual Energy Review 27. A menos de referências específicas, serão considerados os valores apresentados no IEO, exclusivamente. No IEO, são apresentados três cenários com projeções dos diversos indicadores, para o período 21 23, denominados de referência, alto e baixo. No documento, os dados são agrupados segundo a participação ou não dos países na OECD - Organisation for Economic Co-operation and Development, que substitui nesta última edição os agrupamentos segundo países industrializados, não industrializados e antiga união soviética / leste europeu. O Brasil, por sua importância, é tratado em destaque e incluído no grupo de países não membros da OECD. Na edição mencionada do documento, o último ano com séries disponíveis é 24; sendo os valores a partir daí incluídos como projeções. Outra alteração metodológica importante é que os valores dos PIB (Produto Interno Bruto) são apresentados segundo a paridade do poder de compra, reduzindo distorções em função de taxas de câmbio nominais verificadas entre as diferentes moedas. No cenário de referência, o PIB mundial cresceria a 4,1% ao ano (a.a.) no período 24-23, superior ao crescimento histórico de 3,4% a.a. do período Os países membros da OECD cresceriam a 2,5%a.a., os países não-oecd a 5,3% a.a. e o Brasil a 3,4% a.a. abaixo da média mundial e também abaixo da média dos demais países não-membros da OECD. O cenário alto apresenta um crescimento médio do PIB mundial igual a 4,5% a.a., e no cenário baixo tal crescimento seria de 3,6% a.a., o que resulta numa diferença entre os cenários alto e baixo de,9% a.a. A população mundial teria um crescimento médio de 1,% a.a. de 24 a 23, atingindo 8,2 bilhões de habitantes em 23. Os países membros da OECD teriam crescimento populacional médio de,4% no período, enquanto os não-oecd cresceriam a 1,1% a.a.. Para o Brasil, é previsto um crescimento de 1,% a.a., igual, portanto à média mundial. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA MME

20 CAPÍTULO 1 31 n Gráfico 19 Produto Interno Bruto Evolução e Cenários do PIB Mundial 199 a 23 Dados Históricos Projeção US$ (2) 2. Alto 15. Referência Baixo Em dólares americanos de 2, com base na paridade do poder de compra. Os países que não são membros da OECD, mesmo com maiores taxas de crescimento econômico anual, representariam em 23 o total de 64,7% do PIB mundial, partindo de 47,7% em 24 ou seja, sua participação na produção mundial de riqueza seria elevada em 36% aproximadamente. O Brasil partiria de 2,6% do PIB mundial (e 5,5% dos países não-oecd) atingindo 2,2% em 23, perdendo portanto participação relativa. n Gráfico 2 Produto Interno Bruto Evolução do PIB Cenário de Referência Mundo, Países OECD, Não-OECD e Brasil 199 a 24 e 24 a 23 % / ano 6, OECD Não-OECD Brasil Mundo 5,3 5, 4, 4,5 3,4 3,4 3,8 3, 2,5 2,5 2,5 2, 1,, Com relação à renda per capita, os países membros da OECD apresentaram em 24 um valor médio de US$ 24,6 mil e chegariam em 23 com US$ 41,9 mil. Para os países não-oecd, estes valores partiriam de US$ 5, mil em 24 e alcançariam US$ 14,5 mil em 23; no caso brasileiro, estes valores seriam US$ 7,86 mil e US$ 14,53 mil, respectivamente. Para a média mundial, a renda per capital evoluiria de US$ 8,6 mil em 24 para US$ 18,8 mil em 23. A demanda mundial de energia (Oferta Interna de Energia), no cenário de referência do IEO27, chega a 71, BTU, ou milhões tep (tonelada equivalente de petróleo) em 23, apresentando taxa média de crescimento de 1,8% a.a., igual á taxa do período histórico A previsão para os países membros da OECD é de 1,2% a.a., contra um valor histórico de 1,4% a.a., enquanto para os países não-oecd a previsão é de 2,8% a.a. até 23, contra um valor histórico de 2,3% a.a. entre 199 e 24. O Brasil atingiria um consumo de energia de 43,9 milhões de tep em 23, com taxa de crescimento de 3,2% a.a.. EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE

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