Palavras-chave: Financiamento da Educação; Atendimento da educação Infantil; Política Pública

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1 1 Avanços e retrocessos na oferta da educação infantil no Brasil: Análise financeiroorçamentária dos recursos destinados a essa etapa da educação ANA PAULA SANTIAGO DO NASCIMENTO Resumo Este artigo tem como objetivo iniciar a discussão sobre os recursos financeiros destinados a Educação Infantil (EI) e o impacto desses montantes na expansão desse atendimento. O período analisado foi de 2001 a 2010 visto que é nessa década que a EI é reconhecida e totalmente incorporada nas políticas de financiamento da Educação Básica. A pesquisa de caráter qualitativo usa como metodologia a coleta de dados quantitativos, tanto de orçamento como de matrícula, para basear as discussões. Observa-se na analise que houve uma expansão no atendimento de crianças de 0 a 5 anos na EI passando de 27,5% em 2001 para um atendimento de 30,6% em 2010, porém a destinação de recursos financeiros referentes a porcentagem no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não atingiu 0,5% no período. O que revela que todo o esforço realizado pelos governos não tem impactos nos montantes de recursos ou sobem na mesma proporção do PIB. Pode-se concluir que faltam recursos financeiros para atender de forma qualificada essa etapa da educação e que será necessário que todos os entes federados colaborem nessa política. Palavras-chave: Financiamento da Educação; Atendimento da educação Infantil; Política Pública 1. Introdução O direito à Educação Infantil (EI) começa a se efetivar no Brasil a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988 (CF/88) na qual essa foi reconhecida como a primeira etapa da Educação Básica. A educação infantil que compreende o atendimento educacional em instituições próprias às crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade, está subdividida em creche atendimento de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos de idade e pré-escola atendimento de crianças de 4 e 5 anos de idade. Como consequência ou parte desse processo de reconhecimento da infância como categoria social, se finda o século XX no Brasil com a obrigatoriedade do oferecimento por parte do poder público de EI à todas as crianças de 0 a 3 anos de idade, nas quais as suas famílias assim o desejem, e a implementação (em curso) da expansão da obrigatoriedade de matrículas para as crianças de 4 e 5 anos até o final do ano de 2016 estabelecida pela

2 2 Emenda Constitucional nº 59/2009. Lembrando ainda que o Plano Nacional de Educação (PNE ) previa, entre outras coisas, a expansão do atendimento em EI, atingindo no final de 2010: 50% das crianças de 0 a 3 anos de idade e 80% das crianças de 4 e 5 anos de idade. Diante desse reconhecimento legal do direito à EI faz-se necessário e urgente uma análise do processo de efetivação desse direito. Entendendo que essa efetivação deve-se traduzir na oferta de vagas e nas condições desse atendimento por parte do Estado. Ambas, relacionadas diretamente com os montantes de recursos destinados a essa etapa da educação pelos entes federados. Para tanto, buscou-se analisar nesse texto, a relação entre o financiamento e a expansão desse atendimento na última década ( ), assim como o montante de recursos necessários para atingir a meta de expansão do novo Plano Nacional de Educação. 2. Fundamentação Teórica Atualmente o texto da Constituição Federal de 1988 (CF/88) apresenta duas fontes distintas para o financiamento da educação: a vinculação de impostos e as contribuições sociais. Sobre a questão do financiamento da educação, encontram-se três artigos (212, 213 e 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT)) na CF/88, que trataram sobre o tema. O artigo 212 prevê a vinculação de recursos, no qual institui a porcentagem mínima da receita de impostos que cada ente federado deve garantir à Manutenção e o Desenvolvimento do Ensino (MDE); o artigo 213 discorre sobre a destinação de recursos públicos a entidades privadas; e o artigo 60 do ADCT sobre o comprometimento das diferentes esferas do governo com a eliminação do analfabetismo e a universalização do ensino fundamental. Art A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. 1 (BRASIL, 1988) Há também os recursos do Salário-educação que consiste em uma Contribuição 1 O artigo 212 sofreu alterações e inclusões em seus incisos pela EC nº 53, mantendo seu caput; e o artigo 60 do ADCT foi posteriormente alterado pela EC nº 14 e pela EC nº 53, ficando com a seguinte redação: Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação [...]. (BRASIL, 2007)

3 3 Social prevista no artigo 212, parágrafo 5º da CF/88, autorizado pela Lei 9.766/98. A legislação referente ao salário-educação passou por diversas alterações desde sua criação 2. A última regulamentação foi dada pelo Decreto nº 6.003, de 28 de dezembro de 2006, que determinou que o percentual corresponderia a 2,5% da folha de pagamento das empresas vinculadas à Seguridade Social. No que se refere à divisão de responsabilidades entre os entes federados instituída pela CF/88 sobre o financiamento da educação, pode-se observar o art. 211, no qual se determinou que os entes federados União, Estados, Distrito Federal e Municípios trabalhariam em regime de colaboração entre seus sistemas de ensino. Esse artigo determinou também em seus incisos as prioridades de cada ente federado, destinando aos municípios, em seu inciso 2º, a atuação prioritária no ensino fundamental e na pré-escola. Esse inciso é posteriormente alterado pela Emenda Constitucional (EC) nº 14/1996, substituindo o termo pré-escola por educação infantil. Sendo assim, os municípios são responsáveis em garantir o atendimento às crianças de 0 a 5 anos de idade na educação infantil e as crianças em idade de frequentar o ensino fundamental 3, destinando a essas duas etapas os recursos provenientes da vinculação que trata o artigo 212. A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional de 1996 (LDB/96) também tratou do financiamento da educação: destinou um de seus títulos, com dez artigos, a esse tema, que reforça e detalha o que já estava previsto na CF/88. A LDB/96 também especificou as possibilidades de despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) em seus artigos 70 e 71, discriminando o que seria compreendido como despesas em MDE e o que não se constituiria como essas despesas. Ainda zelou, apesar de não especificá-lo, por um padrão mínimo de qualidade desse ensino e regulamentou a transferência de recursos públicos para entidades privadas, seguindo o padrão já estipulado pela CF/88. A partir de 1996 o Brasil inicia uma política de subvinculação de recursos financeiros, cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização do profissional da Educação (Fundeb). Continuando assim, com o mesmo modelo de destinação de receita, mas com uma subvinculação para uma etapa específica da educação básica. A lógica inicial do Fundo era estabelecer um valor médio para o Brasil e em cada um dos Estados e caso esse valor fosse, em algum estado, inferior à média 2 Para saber mais sobre o histórico do Salário-Educação no Brasil, ver: CORTES, Bianca Antunes. Financiamento na Educação: Salário-Educação e suas dimensões privatizantes. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 5 (4): , out/dez, Disponível em: < 3 Segundo a CF/88, o ensino fundamental é corresponsabilidade do estado e dos municípios.

4 4 nacional, a União complementaria até chegar ao valor-aluno-ano decretado pelo Presidente da República. É com essa perspectiva de recursos que os entes federados em regime de colaboração financiam a Educação Básica (EB). No caso da EI os municípios destinam a maior parte desses recursos. A relação desses recursos com a expansão dessa etapa a EB deve ser analisada para uma melhor compreensão das necessidades financeiras que essa etapa sofre frente o desafio de expansão e melhora da qualidade do atendimento oferecido. 3. Metodologia O presente trabalho, realizado por meio de pesquisa bibliográfica e documental sobre o financiamento da EI, pretendeu apresentar alguns elementos que subsidiassem uma reflexão mais detalhada sobre o tema. Utiliza como referenciais teóricos estudos sobre financiamento da educação de José Carlos de Araújo Melchior e Custo Aluno Qualidade de José Marcelino Rezende Pinto e Denise Carreira. A pesquisa de caráter qualitativo consiste em levantamento e análise de estudos, que abrangem os caminhos percorridos pelo debate acerca da garantia do direito à EI no Brasil na última década. O estudo exigiu também a coleta de dados quantitativos. Foram coletados os dados do Censo Escolar realizado e fornecido pelo Instituto Nacional de Educação e Pesquisa Anísio Teixeira (INEP), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Sobre a coleta de dados orçamentários e financeiros foram analisados os Demonstrativos Orçamentários Anuais publicados através de Portarias do Ministério da Fazenda e os dados orçamentários disponíveis no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). No caso dos dados demográficos, optou-se em utilizar os dados do documento intitulado Projeção da População do Brasil por sexo e idade para o período de Revisão 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para todos os anos estudados e projeções. 4. Resultados e Discussões Analisando os dados de matrícula da década 2001 a 2010, nota-se uma expansão de mais de 15% na oferta dessa etapa de ensino. Inicia-se a série histórica com em 2001 e termina com em Em relação à taxa de atendimento, calculada a partir da matrícula e da população na faixa etária, têm-se os dados de 2001 e de 2010 para análise na tabela a seguir. Para esses anos, pode-se observar um aumento na taxa bruta de atendimento que passou de 27,5% em 2001 para 30,6% em 2010 da

5 5 população na faixa a ser atendida. Ao analisar a taxa líquida 4 de matrícula, passa-se de um atendimento de 20,7% em 2001 para 24,3% em 2010 (considerando as crianças de 0 a 6 anos de idade que estão matriculadas na educação infantil). Tabela 01 Evolução na taxa de atendimento (matrícula/população na faixa etária) 2001 e 2010 Brasil 2001 População Matrículas na etapa Taxa bruta de atendimento (%) Matrícula na faixa Taxa líquida de atendimento (%) 0 a 3 anos - creche ,9% 665 4,8% 4 a 6 anos - pré-escola ,1% ,8% Classe de Alfabetização (0 a 5 anos) ,2% 93 0,5% Ens. Fundamental (0 a 6 anos) Educação Infantil (0 a 6 anos) ,5% ,7% 2010 População Matrículas na etapa Taxa bruta de atendimento (%) Matrícula na faixa Taxa líquida de atendimento (%) 0 a 3 anos - creche ,0% ,6% 4 a 6 anos - pré-escola ,2% ,7% Ens. Fundamental (0 a 6 anos) ,9% Educação Infantil (0 a 6 anos) ,6% ,3% Fonte: Elaborada pela autora a partir de dados do IBGE e Sinopse Estatística do Censo Escolar de 2001 e Microdados do Censo Escolar de 2010 INEP/MEC. Projeção da população 2000 e Analisando as etapas separadamente, percebe-se que a taxa líquida de atendimento das crianças de 0 a 3 anos de idade cresceu quase 10% durante a década, passando de um atendimento de 4,8% da população na faixa para 12,6%. No mesmo período, o atendimento às crianças de 4 a 6 anos de idade em pré-escolas diminuiu, passando de 41,8% em 2001 para 38,7% em Essa diminuição na taxa de atendimento das crianças de 4 a 6 anos de idade na préescola, em partes, é decorrente da transferência das matrículas das crianças de 6 anos para o ensino fundamental, pois, ao analisar as matrículas das crianças de menos de seis anos 4 As taxas líquidas de matrículas referem-se à relação do número de matrículas existentes em cada série da educação infantil pelo número de crianças que existem na faixa etária. Essas porcentagens deveriam corresponder à realidade caso todas as crianças matriculadas estivessem na série correspondente, de acordo com a legislação, o que não é a realidade brasileira, pois a distribuição das crianças em idade de atendimento e instituições educacionais pelo Brasil não se faz de forma linear. Com o agravante de coexistir dois tipos de instituições que atendem as mesmas faixas etárias, as creches e as pré escolas e que em cada localidade possuem uma divisão de atendimento específica, podendo até coexistir na mesma rede as duas instituições com atendimento à mesma faixa etária, se diferenciando, apenas, no que se refere à duração diária desse atendimento.

6 6 no ensino fundamental, percebe-se um aumento de 424 mil matrículas de 2001 a Esse crescimento se intensifica no final desse período, como consequência da alteração da idade de ingresso no ensino fundamental (de 7 anos para 6 anos) ocorrida em Utilizando como parâmetro de atendimento as metas estabelecidas pelo PNE que pretendia expandir a rede de atendimento e atingir no prazo de dez anos 50% das crianças de 0 a 3 anos de idade e 80% das crianças de 4 a 6 anos de idade, pode-se dizer que essas taxas estão muito longe de serem atingidas. No que diz respeito à alocação de recursos financeiros, constatou-se poucos avanços no período, não sendo possível identificar uma priorização dessa faixa etária, mesmo com o fim do Fundef e a implementação do Fundeb, que previa a destinação de recursos financeiros a toda a educação básica com complementação da União quando necessário. Os dados mais emblemáticos que comprovaram a não destinação de recursos novos a essa etapa da educação estão publicados no próprio site do INEP, na tabela 02 que apresenta as despesas destinadas à educação infantil e aos outros níveis da educação básica em relação ao PIB brasileiro. Nessa tabela pode-se constatar que por nove anos 2000 a 2009 a educação infantil recebeu o equivalente a 0,4% do PIB, enquanto em contrapartida o ensino fundamental termina a série histórica recebendo o equivalente a 1,8% do PIB. Essa tabela revela o aumento de destinação de recursos à educação no decorrer do período em relação ao PIB, porém mostra que, em dez anos, esses valores subiram apenas 1 %. Observa-se também que esse crescimento se intensificou nos anos finais da análise, tendo se mantido abaixo de 5% até 2005, e atinge em 2009 o percentual de 5,7. A maior variação se deu em 2005 para 2006, um aumento de 0,5%. Ao analisar a tabela por esfera administrativa, observa-se que os Estados e o Distrito Federal, com exceção do ano de 2005, foram os entes que, proporcionalmente ao PIB, mais destinaram recursos para a educação. A esfera federal foi a que menos destinou recursos, chegando a 1% apenas em 2007 e terminando a série histórica com 1,2%, a metade do que destinou, proporcionalmente, a esfera estadual. Tabela 02 Estimativa do Percentual do Investimento Direto em Educação por Esfera de Governo e por nível de ensino em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) Brasil Lei Federal nº de 6 de fevereiro de Estão computados nos cálculos os seguintes elementos de despesa: Bolsas de Estudo, Financiamento Estudantil e a modalidade Transferências Correntes e de Capital ao Setor Privado.

7 7 Ano Total Esfera de Governo União Estados e Distrito Federal Municí pios Níveis de Ensino Educação Básica Educação Infantil Ensino Fundamental De 1ª a 4ª Séries ou Anos Iniciais De 5ª a 8ª Séries ou Anos Finais Ensino Médio ,8 0,9 2,0 1,8 3,8 0,4 1,4 1,3 0,7 0, ,8 0,9 2,1 1,8 3,8 0,4 1,7 1,3 0,5 1, ,6 0,9 1,9 1,8 3,7 0,4 1,5 1,2 0,6 0, ,5 0,8 1,9 1,9 3,6 0,4 1,5 1,3 0,5 0, ,5 0,8 1,8 1,9 3,7 0,4 1,5 1,3 0,5 0, ,0 0,9 2,1 2,0 4,1 0,4 1,6 1,5 0,6 0, ,1 1,0 2,1 2,0 4,3 0,4 1,6 1,5 0,7 0, ,5 1,0 2,3 2,1 4,6 0,4 1,7 1,7 0,8 0, ,7 1,2 2,4 2,1 4,8 0,4 1,8 1,8 0,8 0,9 Fonte: Inep/MEC consultado em jul Educação Superior Quando se analisam esses percentuais por etapa da educação básica e ensino superior, percebe-se que a educação infantil foi o nível de ensino que possuiu os menores valores em todo o período analisado e não se alteraram no decorrer de nove anos, mantémse em 0,4%. Dessa estagnação pode-se concluir que todos os esforços realizados para a expansão e melhora do atendimento nessa etapa da educação básica não significou aumento percentual de recursos em relação ao PIB brasileiro ou, ainda, que esses recursos aumentaram na mesma proporção do PIB brasileiro. Analisando o balanço referente ao ano de 2010, percebe-se que os gastos de todos os entes federados com educação não ultrapassaram os R$ 193 bilhões, sendo que foram destinados à educação infantil R$ 12,4 bilhões. Nesse mesmo balanço podem-se notar as despesas com a dívida pública do país, ultrapassando os R$ 677,9 bilhões (R$ 143,1 bilhões para o pagamento de Juros e encargos da dívida e R$ 534,8 bilhões para Amortização/Refinanciamento da dívida). Destes valores, mais de 93% refere-se às despesas liquidadas pela União. Ao analisar as despesas com educação infantil no ano de 2010, nota-se que as despesas correntes foram da ordem de R$ 12,5 bilhões. Para se atingir a meta do PNE , caso fossem mantidas as mesmas condições de atendimento realizadas no ano de 2010, seriam necessários, para o atendimento desses 5 milhões de matrículas, excetuando gastos de construção dessa rede, pelo menos mais R$ 9,4 bilhões. Fazendo uma divisão simples entre os valores destinados para a educação infantil nesse mesmo ano de 2010 pelo número de alunos atendidos, na lógica vigente no Brasil 7 (Carreira e Pinto, 2007), tem-se um gasto por aluno ano na ordem de R$ 1.820,24. Utilizando os valores do Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi) para estimar quanto seria 7 A lógica vigente no Brasil estabelece que o valor médio gasto por aluno seja, quando muito, o resultado da divisão dos escassos recursos da vinculação que muitas vezes não é cumprida pelo número de estudantes matriculados, variando conforme as oscilações da arrecadação. (CARREIRA e PINTO, 2007, p. 13)

8 8 necessário para atingir as metas do PNE , esse valor passaria dos R$ 9,4 bilhões para R$ 35,7 bilhões. Com essa análise é possível afirmar que as prioridades de nossos governantes, e em especial dos da União, não estão relacionadas com a garantia de educação, muito menos com uma educação infantil de qualidade para a população desse país. Nesse contexto orçamentário, inicia-se o ano de 2011 com a perspectiva de aprovação em nossas Casas Legislativas do novo Plano Nacional de Educação (PNE ) com metas de atendimento na educação infantil para a próxima década, porém com sérios riscos de possuir o mesmo problema que seu antecessor: não vincular os recursos financeiros necessários para a execução do plano. 5. Conclusões No decorrer de sua história, o atendimento a essas crianças de 0 a 5 anos de idade em instituições educacionais tanto em pré-escolas como em creches foi alterando o seu caráter, passando a ter como objetivo o desenvolvimento pleno das crianças por elas atendidas, apesar de ainda persistirem no imaginário de alguns pais e na prática de alguns educadores resquícios de suas origens. Mesmo com a inclusão legal dessa faixa etária na educação em 1988, é somente após a publicação da LDB em 1996 que ela se insere definitivamente na educação básica. A LDB/96 reforça a CF/88, organiza as responsabilidades sobre a educação básica entre os entes federados, estipula datas limites para a inclusão das instituições existentes vinculadas a outras áreas à educação e determina a formação mínima para os trabalhadores que atuam nessas instituições com essas crianças. Após a garantia legal do direito e a construção de uma identidade própria, que passa por um processo em mudança, a educação infantil tem como principal meta conseguir atender de fato as crianças, de existir como possibilidade aos que desejem frequentá-la. Para tanto se faz necessária a destinação de recursos financeiros de todos os entes federados para a efetiva construção das redes públicas de ensino, fato que se apresenta como um dos maiores desafios dessa etapa da educação básica na última década. Melchior (1981), concordando com a posição de Raymond Poignant, avalia a expansão do financiamento como uma das condições fundamentais para a realização dos objetivos educativos aos que os Estados se dispõem, concluindo que [...] os países em vias de desenvolvimento têm todo o interesse em diversificar suas fontes de financiamento, a fim de, por um lado, ampliar, como é necessário, o montante dos recursos e, por outro, usufruir as vantagens apresentadas em cada uma das formas de financiamento, evitando, em qualquer caso, os inconvenientes respectivos. (MELCHIOR, 1981, p. 108)

9 9 Para o autor, a política de financiamento da educação deve se orientar no sentido de somar fontes e integrá-las em um esforço comum de manter e desenvolver a educação. Após cinco anos de publicação da LDB/96 e com o fim do prazo estipulado por essa para a inclusão das instituições que atendiam as crianças de 0 a 5 anos de idade à educação, publicou-se o PNE que continham metas de atendimento e melhoria de qualidade para toda a educação, porém sem metas de expansão de recursos financeiros para as etapas e modalidades. Esse dado revela que todos os esforços feitos até o momento no intuito de expandir o atendimento na educação infantil não influenciaram no volume de recursos destinados a esse fim, não significaram um aumento real do montante de recursos a essa etapa da educação. E nesse aspecto, não esquecendo que só com mais recursos financeiros se alcançarão a quantidade e a qualidade tão desejada na educação infantil, fica evidente a importância da reivindicação feita por inúmeros educadores, militantes e especialistas da área educacional referente à necessidade de alterar de 7% para 10% do PIB a destinação financeira para a educação. Deve-se destacar que manter qualquer percentual inferior a 10% PIB [...] colaborará de maneira precária com a expansão da oferta educacional. Além disso, será insuficiente para a consagração de um padrão mínimo de qualidade na educação. Em outras palavras, caso o Projeto de Lei (PL) 8.035/2010 não sofra mudanças no Congresso Nacional, o Brasil insistirá por mais uma década na incorreta dissociação entre acesso e qualidade, ambos os elementos fundamentais para a garantia plena do direito à educação. (Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2011, p. 1 e 2) 6. Referências BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de Brasília, BRASIL. Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, dispõe sobre Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), 1996a. BRASIL. Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setembro de Modifica os Arts. 34, 208, 211 e 2 12 da Constituição Federal, e dá nova redação ao Art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Brasília, 1996b.

10 10 BRASIL. Lei , de 9 de janeiro de Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Brasília: MEC/Inep, BRASIL. Emenda Constitucional nº 53, de 19 de dezembro de Dá nova redação aos arts. 7º, 23, 30, 206, 208, 211 e 212 da Constituição Federal e ao art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Brasília, 2006a. BRASIL. Decreto nº 6.003, de 28 de dezembro de Regulamenta a arrecadação, a fiscalização e a cobrança da contribuição social do salário-educação, a que se referem o art. 212, 5 o, da Constituição, e as Leis n os 9.424, de 24 de dezembro de 1996, e 9.766, de 18 de dezembro de 1998, e dá outras providências, Brasília, 2006b. BRASIL. Portaria nº 443. Balanço do Setor Público Nacional. Brasília: Ministério da fazenda, CAMPANHA NACIONAL PELO DIREITO À EDUCAÇÃO. Nota Técnica: Por que 7% do PIB para a educação é pouco?: Cálculo dos investimentos adicionais necessários para o novo pne garantir um padrão mínimo de qualidade. São Paulo: Campanha Nacional pelo Direito à Educação, CARREIRA, Denise e PINTO, José Marcelino Rezende. Custo Aluno-Qualidade Inicial: rumo à educação pública de qualidade no Brasil. São Paulo: Global/Campanha Nacional pelo Direito à Educação, MELCHIOR, José Carlos de Araújo. A política de vinculação de recursos públicos e o financiamento da educação no Brasil. Estudos e Documentos, São Paulo, v. 17, Publicação da Faculdade de Educação. Sites consultados

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