Adicional de periculosidade na profissão de engenheiro eletricista
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1 Adicional de periculosidade na profissão de engenheiro eletricista Acimarney Correia Silva Freitas¹, Maurício Pereira Queiroz², Patrick D Orleans Farias Marinho 3, Paulo José Lima Gomes 4 ¹Orientador deste Artigo e Professor de Direito - IFBA. acimarney@gmail.com ²Graduando em Engenharia Elétrica - IFBA. mauricio.queiroz@hotmail.com 3 Graduando em Engenharia Elétrica - IFBA. patrick.dfm@gmail.com 4 Graduando em Engenharia Elétrica - IFBA. paulopj1@yahoo.com.br Resumo: Este trabalho tem como objeto de estudo a regulamentação e legislação sobre o adicional de periculosidade na profissão de engenheiro eletricista. Trabalhador vital na área de geração e transmissão de energia, o engenheiro eletricista (bem como outros eletricitários) está sujeito a diversos riscos em seu campo de trabalho, portanto, faz-se necessário um diferencial salarial como medida de compensação ao ambiente perigoso. Para a elaboração desse artigo foram utilizados como referência outros artigos e textos sobre o tema. Dessa forma, o trabalho busca promover uma análise e reflexão, comparando as antigas regulamentações com as novas e explicando a atual lei em vigor no Brasil. Palavras-chave: ADICIONAL, PERICULOSIDADE, ENGENHEIRO ELETRICISTA, TRABALHO 1. INTRODUÇÃO A eletricidade é a principal fonte de luz e força, que move as indústrias e permite o conforto do mundo moderno. Para que a energia elétrica possa chegar ao consumidor final, antes são necessárias três etapas: geração, transmissão e distribuição. Os equipamentos utilizados ao longo dos processos dessas três etapas constituem o SEP (Sistema Elétrico de Potência). A profissão de engenheiro eletricista está diretamente envolvida em todas as etapas. Muitas vezes esse profissional está alocado habitualmente em área de risco para exercer a sua função, ficando exposto aos perigos da eletricidade.
2 Se por meio de uma perícia a cargo de um médico do trabalho ou engenheiro do trabalho, devidamente cadastrados no Ministério do Trabalho, o ambiente for considerado perigoso (segundo as normas e resoluções do ministério do trabalho e emprego) o engenheiro eletricista receberá um adicional de periculosidade em seu salário. Ao longo do tempo existiram diversas leis e normas que caracterizavam os aspectos determinantes para o adicional salarial de periculosidade, bem como os valores a serem pagos aos profissionais que exercem atividades consideradas perigosas. Atualmente a lei que regulamenta o adicional por periculosidade é mais abrangente do que a antiga, o que é um avanço. 2. METODOLOGIA Este artigo foi desenvolvido com base em informações e dados obtidos nas leis e decretos federais, artigos e notícias da área, pesquisados através de diversos sites de opinião e especializados. 3. DESENVOLVIMENTO O trabalho profissional que envolve a eletricidade exige treinamento adequando e conhecimento prévio de determinados assuntos e procedimentos devido ao fato de ser uma atividade extremamente perigosa e até fatal. A Constituição Federal determina em seu artigo sétimo que todo trabalhador tem direito ao adicional de remuneração para todos aqueles que realizam atividades perigosas, penosas ou insalubres. A lei de 22 de dezembro de 1977, estabelecia como profissões de risco as que exerciam atividades com continuo contato com explosivos e inflamáveis, porém não abrangia os profissionais da eletricidade. Contudo já existia na época um projeto de lei para implementar a categoria dos eletricitários às profissões de risco, no entanto somente em 20 de setembro de 1985 surgiu a primeira lei, de número 7.369, que estabelecia para a classe,
3 adicional de periculosidade de trinta por cento sobre o salário recebido. Essa lei era específica dos profissionais do setor. Em 8 de dezembro de 2012 foi publicada a lei que revogou a lei 7.369, com o objetivo de incluir no art 193 da CLT os trabalhadores que por ventura tenham contato com: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. Trecho da Lei nº Tal lei trouxe um avanço para a categoria visto que um número maior de profissionais passou a ser contemplado com a remuneração adicional de trinta por cento que não foi alterado. Os incluídos do setor elétrico são aqueles que atuam no chamado SEP (Serviço de Energia e Potência), ou seja, todos os trabalhadores que exercem função desde de a geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. Uma vez classificado como atividade perigosa pelo profissional devidamente registrado no Ministério do Trabalho (MET), por uma perícia realizada pelo Engenheiro do Trabalho ou por um Médico do Trabalho, a profissão de engenheiro eletricista se enquadra nos requisitos e terá seus adicionais e direitos determinados pela Norma Regulamentadora número 16 (NR 16). Conforme escrito no segundo tópico da NR 16, é assegurado ao trabalhador o direito ao adicional de trinta por cento incidente sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações no lucro da empresa. Também o Decreto número publicado em 14 de outubro de 1986, descreve no inciso segundo que São equipamentos ou instalações elétricas em situação de risco aqueles de cujo contato físico ou exposição aos efeitos da eletricidade possam resultar incapacitação, invalidez permanente ou morte.. Percebe-se então, através desse trecho do decreto que a profissão do
4 engenheiro eletricista expõe o profissional a um risco cotidiano, fazendo-se necessário um diferencial salarial em relação às demais. O Decreto também estabelece que além do adicional, o empregador deve promover medidas de proteção ao trabalhador, tais como o fornecimento de equipamentos de proteção individual e coletiva, assim como medidas seguras no ambiente de trabalho. Caso seja eliminado o risco ou sessada a atividade perigosa o benefício do adicional de periculosidade deixa de ser obrigatório. 4. CONCLUSÃO Com a evolução das legislações trabalhistas, e dados os perigos aos quais o engenheiro eletricista encontra-se exposto por diversas vezes no exercício da sua função, os profissionais da área passaram a ser contemplados pelo artigo 193 da CLT, pela lei de 8 de dezembro de 2012 e a Norma Regulamentadora 16. Tal benefício lhes garantiu o direito ao adicional de periculosidade, bem como equipamentos e condições preventivas de segurança no exercício do trabalho, favorecendo tanto empregadores como trabalhadores. As constantes atualizações e revisões dos demais documentos legais, garantiram a modernização, maior abrangência de trabalhadores e consequentemente melhores condições de trabalho. Esses avanços demonstram a importância da constante reivindicação dos direitos por parte dos trabalhadores, sejam eles de qual setor pertencerem. 5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Norma Regulamentadora 16. Disponível em: 16%20(atualizada%202013)%20Vigilantes.pdf Lei Disponível em: Lei Disponível em:
5 Decreto Disponível em: Mattos, R. P. Adicional de periculosidade para atividades com energia elétrica. Disponível em: Adicional de periculosidade. Disponível em:
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