Acessibilidade do Cadeirante às Calçadas na Avenida Djalma Batista Manaus-AM
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- Lídia Branco Campelo
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1 Faculdade de Faipe Pós Graduação em Ergonomia Maxminiano Pontes de Miranda Acessibilidade do Cadeirante às Calçadas na Avenida Djalma Batista Manaus-AM Trabalho de Conclusão de Curso Manaus 2015
2 Maxminiano Pontes de Miranda Acessibilidade do Cadeirante às Calçadas na Avenida Djalma Batista Manaus-AM Trabalho de Curso submetido a Faculdade Faipe como parte dos requisitos necessários para a obtenção da pós-graduação em Ergonomia; Produto e Processo Orientadora: Dayana Priscila Maia Mejia Manaus
3 2015 Maxminiano Pontes de Miranda Acessibilidade do Cadeirante às Calçadas na Avenida Djalma Batista Manaus-AM Manaus, DATA DA APROVAÇÃO: Dayana Priscila Maia Mejia Orientador Professor Convidado 1 Professor Convidado Manaus 2015
4 Acessibilidade do cadeirante às calçadas na avenida djalma batista manaus am Maxminiano Pontes de Miranda 1 Max_minia@hotmail.com Dayana Priscila Mai Mejia 2 Pós-graduação em Ergonomia Produtos e Processos Faculdade Faipe Resumo Usando como Parâmetro as leis e normas que regulam, fiscalizam e determinam os padrões que devem ser usados na construção das vias de acesso para o cadeirante, da pista de rolagem para calçada ou no sentido contrário. Através da capitação de imagens vamos observar as condições de acesso para o cadeirante em alguns trechos da avenida (Djalma Batista Manaus-AM). Afim de comprovar a existência de situações regulares e de situações irregulares visando identificar erros e constatar a passibilidade de livre acesso do cadeirante ao se deslocar por essa que é uma das principais avenidas da cidade e que diariamente pela sua localização recebe um grande fluxo de pessoas circulando por sua vias que ao longo de sua extensão dispõe de centros comerciais, universidades, bancos entre outros estabelecimentos públicos e privados que são atrativos para o cidadão que busca encontrar livre acesso a esses locais o que é de direito de todos e deve ser garantido pelas autoridades competentes. Acessibilidade garante a liberdade e salvaguarda o direito de ir e vir e essa possibilidade de livre acesso a todas as áreas promove a igualdade entre as pessoas e permite que os cadeirantes ou as pessoas com dificuldade para se locomover se sintam mais inseridas na sociedade e se tornem mais independentes para poderem exercer seu papel na sociedade como um todo. Palavras-chave: Acessibilidade; Mobilidade; Cadeirante. 1. Introdução: Acessibilidade significa garantir espaços que apresentam condições de acesso a todas as pessoas direito de qualquer cidadão. Todos têm direito de viver livremente como consta no artigo 5º da Constituição Federal (1988). A Lei Nº /15 - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) - no inciso I do art.3 define acessibilidade como sendo a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus 1 Pós Graduando em Ergonomia, Produtos e Processos 2 Orientadora: Fisioterapeuta, especialista em Metodologia do Ensino Superior mestranda em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde.
5 sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida; Neste caso vamos nos concentrar em uma parcela especifica da população manauara que necessita de cadeira de rodas para se locomover e mais especificamente os que por, um motivo ou outro, precisam acessar as calçadas para transitar livremente ou ter acesso a algum estabelecimento seja ele público ou privado. Quando o cadeirante tenta atingir ao máximo sua independência e capacidade de levar uma vida o mais próximo possível do normal é por muitas vezes impedido, não por suas limitações físicas, mas por barreiras urbanísticas ou estruturais impostas por falta de planejamento nas construções. O objetivo deste artigo é mostrar quais as condições de acesso do cadeirante às calçadas de Manaus, especificamente, na Avenida Djalma Batista. 2. Fundamentação Teórica Acessibilidade é direito de todos e é de fundamental importância no que diz respeito a mobilidade de todo cidadão, goze ele de suas faculdades físicas e mentais em perfeito estado ou não, sendo esse um indivíduo portador de necessidades especiais. Garantidos pela lei N , 19 de Dezembro de 2000 e lei N de julho de 2015 que Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Segundo o Decreto nº 5.296/2004, os usuários de cadeira de rodas são pessoas que possuem limitações ou incapacidades para o desempenho de atividades e alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física. Calçada é parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins. (Código de Trânsito Brasileiro Lei nº 9.503/97). As calçadas que são caminhos de uso público que têm, por objetivo fundamental, propiciar às pessoas de diferentes idades e condições físicas um translada seguro pelas ruas da Cidade. Em Manaus o Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb) é o responsável por gerir e fiscalizar juntamente com o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans). Juntos devem promover e garantir o bom funcionamento das vias de circulação. Levando em consideração o foco do artigo que é acessibilidade do cadeirante à calçada, o nosso objeto de estudo e pesquisa será a Rampa de Acesso, sendo essa, o meio de acesso e de transição do segmento da via destinado a circulação de veículos para o segmento da via destinado a circulação de pedestres. As calçadas que são caminhos de uso público que têm, por objetivo fundamental, propiciar às pessoas de diferentes idades e condições físicas um transladam seguro pelas ruas da Cidade. 3. Metodologia De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o último censo Realizado em 2010 determinou que a População manauara naquele ano era de 1.802,014 e agora em 2015 estaria estimada em 2.057,711. E desse total pelo menos pessoas aproximadamente, sendo homens e mulheres de 6 à 64 anos com ao menos uma das deficiências investigadas no
6 grau severo ou deficiência mental/intelectual, que frequentam ou não a escola e que são ou não pessoas economicamente ativas. Foi analisado trecho entre a universidade estadual do amazonas até a altura do banco do Brasil aproximadamente 1km de via sendo assim ao longo de 8h foi percorrido esse trecho e comprovada a existência de 5 faixas de pedestre e cerca de apenas 8 possíveis acessos a calçada sendo que desses apenas 4 permitem o acesso em bora apenas 1 tenha se aproximado do correto de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Embora não existam onde deveriam existir principalmente no acesso as faixas de pedestre e das faixas de pedestre para a calçada. Para entender melhor como deve ser construída uma rampa de acesso vamos usar como referência a Associação brasileira de normas técnicas (ABNT). De acordo com as normas da ABNT NBR 9050:2004 A inclinação das rampas devem ser calculada a Partir da seguinte equação. i= h x 100 c Onde: i é a inclinação, em porcentagem; h é a altura do desnível; c é o comprimento da projeção horizontal. Com base nesses parâmetros devem ser realizados os cálculos que serão usados como referência na construção da rampa impedindo que sua inclinação se torne uma barreira e permita o acesso com o menor grau de esforço e dificuldade. Dimensionamento de rampas; Exemplo As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na tabela 1. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso. Inclinação admissível em cada seguimento da rampa Desníveis máximos de cada segmento de rampa Numero máximo de seguimento de rampa
7 i % h m 5,00 (1,20) 1,50 Sem limite 5,00 (1,20) < i 6,25 1,20 Sem limite (1:16) 6,25 (1,16) < i 8,33 (1:12) 0,80 15 Tabela 1 dimensionamento de rampas Em reformas, quando esgotadas as possibilidades de soluções que atendam integralmente a tabela 1, podem ser utilizadas inclinações superiores a 8,33% (1:12) até 12,5% (1:8), conforme tabela 2. Inclinação admissível em cada segmento de rampa i % Desníveis máximos de cada segmento de rampa h m Número máximo de segmentos de rampa 8,33 (1:12) i < 10,00 0,20 4 (1:10) 10,00 (1:10) i 12,5 0,075 1 (1:8) Tabela 2 Dimensionamento de rampas para situações excepcionais A inclinação transversal não pode exceder 2% em rampas internas e 3% em rampas externas. A projeção dos corrimãos pode incidir dentro da largura mínima admissível da rampa em até 10 cm de cada lado, exceto nos casos previstos em 0. A largura das rampas (L) deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. A largura livre mínima recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m. conforme figuras 2. Quando não houver paredes laterais as rampas devem incorporar guias de balizamento com altura mínima de 0,05 m, instaladas ou construídas nos limites da largura da rampa e na projeção dos guarda-corpo.
8 Figura 2- Modelo ideal de rampa de acesso. 4. Resultados e Discussão Agora cientes das normas que regulam as construções vamos aos exemplos de construções ao longo da Av. Djalma batista Manaus AM. Figura 3 faixa de pedestre localizada em frente a universidade Estadual do Amazonas UEA Figura 4 faixa de pedestre localizada em frente a universidade Estadual do Amazonas UEA
9 As figuras 3, e 4 mostram bem uma irregularidade visível e inconfundível que é a linha usada para delimitar a via de circulação de veículos da via de circulação de pedestres, conhecida como sarjeta ou meio-fio. Essa é uma barreira física que dificulta a livre circulação do cadeirante, impossibilitando-o que tenha acesso tanto da calçada para faixa de pedestre, quanto para fazer a transição das vias uma vez que o canteiro central não é rebaixado ou possui rampa de acesso. Figura 5 faixa de pedestre localizada em frente a universidade Estadual do Amazonas UEA Na figura 5 é possível observar que em uma das faixas de pedestre situadas na Av. Djalma batista, o nivelamento do canteiro central foi feito para que o cadeirante possa transitar entre as faixas, porém isso acaba se tornando inútil pois existe uma outra barreira que impossibilita o cadeirante de chegar até esse ponto livremente que são as rampas, inexistentes em ambos ao lados de transição da calçada para faixa e da faixa para calçada. Figura 6 faixa de pedestre localizada na Av. Djalma batista
10 Veja que não existe rampa de acesso para que o cadeirante possa acessar a faixa de pedestre. Nos cruzamento da Av. Djalma batista com a rua Pará a situação não é muito diferente. Figura 7 faixa de pedestre localizada na av. Djalma batista. Figura 8 Rampa na Av. Djalma batista.
11 Figura 9 faixa de pedestre localizada no cruzamento da Av. Djalma Batista e a Rua Pará. As figuras 7, 8 e 9 mostram bem as condições estruturais que se encontram as vias de acesso nesta que é uma das principais artérias da cidade local de grande circulação de veículos e pedestres portadores ou não de necessidades especiais observe o nivelamento inexistente no canteiro central ( figura 10), sem rampa de acesso em um dos lados da calçada (figura 8) e quando existe a via de acesso ao cadeirante em um dos lados ela está completamente obstruída pelos sedimentos oriundos da movimentação dos veículos e a ação das chuvas que fazem os sedimentos se deslocarem e obstruir a via de acesso mostrando assim o descaso do município que deveria zelar pela manutenção das rampas e seu bom funcionamento e ainda não existe qualquer sinalização que indique há um certa distância ou até mesmo próximo, que naquele local existe uma via de acesso para o cadeirante (Figura 9). Em dois pontos foram encontrados vias de acesso aceitáveis que embora não atendam todas as exigências impostas Pela Associação Brasileira de normas técnicas ABNT. NBR Uma é essa rampa de acesso que leva o cadeirante da via destinada a circulação de veículos (pista de rolagem) para a calçada ou no sentido oposto neste ponta da via existe um recuo que foi criado para parada de veículos neste ponto foi construída essa rampa.
12 Figura 10 Rampa de acesso Av. Djalma Batista-AM Essa ainda falta uma boa sinalização pra ficar dentro dos padrões mas já possibilita o acesso. Figura 11 Rampa de acesso localizada em frente ao Amazonas Shopping.
13 Figura 12 Rampa da Acesso a calçada do Amazonas Shopping. O local onde foi encontrada a melhor situação de acessibilidade para o cadeirante a calçada foi na transição das vias de acesso ao amazonas shopping no sentido centro bairro como mostra as figuras 11 e 12 está quase tudo dentro das normas a inclinação a sinalização e o dimensionamento da rampas porem, na figura 11 ainda falta a aba lateral esquecida pelo construtor porem lembrada na figura Conclusão: Ficou claro através dessas imagens que o cadeirante na Av. Djalma batista não terá seu direito de acessibilidade a calçada garantido pela constituição e assegurado pelo município em qualquer trecho de sua extensão pelo contrário em grande parte do seu seguimento o cadeirante ficará impossibilitado de ter acesso a calçada por impossibilidade imposta por obstáculos urbanísticos a falta de rampas de acesso e sobretudo nos principais pontos próximos a universidades e grandes centros comerciais. Mostrando que a muito a ser feito por partes das autoridades e órgãos responsáveis pela construção e Fiscalização de nossas vias públicas resguardando nosso direito de ir e vir. REFERÊNCIAS: ABNT. NBR 9050: 2004 Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbanos. Rio de Janeiro. Disponível em: < _imagens-filefield-description%5d_164.pdf>. BEZERRA, Luíza Cavalcanti. Calçadas urbanas: responsabilidade primária dos Municípios. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3320, 3 ago Disponível em: < Acesso em: 3 nov BIGIO, Luiz Renato Junqueira. A pessoa com deficiência, o princípio da igualdade e as políticas públicas no setor de transporte coletivo urbano no município do Rio de
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