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1 Nº 5 _ Junho 2008 Energia e Ambiente na Arrábida As alterações climáticas estão ligadas ao efeito estufa provocado pelas emissões de CO 2 para a atmosfera, as quais resultam do consumo energético de combustíveis fósseis, não só da indústria, como dos transportes e do consumo privado. Na Semana de Portas Abertas da Fábrica Secil Outão mostramos tudo o que a Secil já faz para melhorar a sua eficiência energética, contribuindo para o cumprimento do Protocolo de Quioto. 75 Anos de Responsabilidade

2 3 3 editorial A Secil, a Energia e o Ambiente As alterações climáticas constituem o maior desafio que a Humanidade enfrenta, pelo risco associado a uma série de mudanças que potenciam, entre outros, os fenómenos climáticos extremos, os refugiados ambientais e a escassez de alimentos. Neste contexto é premente alterar rapidamente o nosso modelo de desenvolvimento sem provocar rupturas dramáticas que coloquem em causa o conforto e segurança das populações. Embora a Terra tenha sofrido repetidas mutações ao longos dos seus milhões de anos de existência, é hoje garantido que as alterações climáticas recentes se devem também à acção humana. A rapidez da mudança determina, sem grande margem para dúvida que o controle dos factores que têm provocado a criação do chamado efeito estufa é absolutamente prioritário. Uma das principais causas do agravamento desse efeito estufa é o acréscimo de emissões de CO 2 para a atmosfera devido à queima de combustíveis fósseis,como o carvão ou o petróleo, hoje essenciais na produção de energia eléctrica, nos transportes e para a produção industrial. Para além do efeito estufa causado pelas emissões decorrentes da utilização desses combustíveis, o esgotamento desses produtos fósseis a médio prazo, obriga a que se aumente a eficiência energética e se optimize o consumo, individual e social, de energia. Toda a humanidade deve estar empenhada nesta importante alteração de hábitos de vida, estando já em curso um conjunto de medidas globais, como seja o Protocolo de Quioto, e o Sistema Europeu de Comércio de Emissões que procuram reduzir quantificadamente, ao longo dos próximos anos, as emissões de CO 2 para a atmosfera. Se a acção inerente à redução das emissões de CO 2 se centrar exclusivamente na Europa, tal compromete a competitividade das empresas, pelo que o processo terá que se desenvolver, obrigatoriamente, à escala global, incluindo, além dos EUA, o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e outros países em curso de desenvolvimento. Portugal, país signatário do Protocolo de Quioto e membro da União Europeia, está profundamente envolvido neste processo, tendo elaborado um Plano Nacional para as Alterações Climáticas e um Plano Nacional de Alocação de Emissões, que define uma estratégia de redução de emissões, de C0 2 e outros gases de efeito estufa, onde todos os sectores supostamente intervirão e participarão. Pelo quinto ano consecutivo, a Fá brica Secil-Outão abre as suas portas à população, entre o dia 28 de Junho e o dia 6 de Julho, tendo como tema principal a Energia e Ambiente na Arrábida. Nesta publicação, damos conta detalhada destes complexos processos e mostramos aquilo que a Secil já faz, em concreto, para melhorar a sua eficiência energética, tanto na redução do consumo térmico dos fornos e na utilização de combustíveis alternativos, como na redução de emissões atmosféricas, quer ainda em áreas relacionadas, como seja o transporte de cimento ou a recuperação paisagística da pedreira. Além destas medidas, partilhamos ainda o nosso entusiasmo e expectativa quanto a uma pioneira experiência que estamos a realizar na Fábrica Secil-Outão, respeitante à criação de micro-algas que podem absorver CO 2 e ser ainda utilizadas como biocombustivel. Pelo quinto ano consecutivo, a Fábrica Secil-Outão abre as suas portas à população, entre o dia 28 de Junho e o dia 6 de Julho, tendo como tema principal precisamente Energia e Ambiente na Arrábida. Convidamos toda a população a visitar-nos e conhecer com mais profundidade o que já fazemos para melhorar o nosso desempenho energético e preservar o ambiente na Serra da Arrábida, contribuindo assim para a sustentabilidade da nossa actuação empresarial, mantendo o emprego na região e fornecendo cimento de qualidade, produto essencial à segurança e conforto de todos os cidadãos. Porque a defesa do planeta é responsabilidade de todos, queremos mostrar, como indústria responsável, o que na realidade já fazemos nesta matéria. Venha vistar-nos! FICHA TÉCNICA Edição SECIL-Companhia Geral de Cal e Cimento, SA Fábrica Secil-Outão Setúbal Tel Fax comunicacao@secil.pt Site Concepção gráfica DraftFCB Impressão CPP Tiragem exemplares Versão digital disponível em da Comissão de Acompanhamento Ambiental caa.outao@webside.pt NUNO MAIA SILVA Director de Comunicação Institucional SECIL-Companhia Geral de Cal e Cimento SA

3 4 5 O desafio da Eficiência Energética O progresso da nossa sociedade está intimamente ligado ao consumo de energia. Tudo o que é consumido, desde os alimentos até ao uso dos electrodomésticos, utiliza energia para ser fabricado e transportado até ao consumidor. O conforto que possuímos actualmente, como o aquecimento das nossas casas, a utilização de transportes e os serviços disponibilizados por qualquer indústria e comércio, seriam impensáveis sem a energia proveniente dos derivados do petróleo. No entanto, os gases libertados pela utilização destes combustíveis (como o dióxido de carbono - CO 2 ) estão a provocar efeitos indesejados. Visto que actualmente a nossa grande fonte de energia deriva do elevado consumo de combustíveis fósseis, deparamo-nos com dois grandes problemas: O esgotamento dos recursos, na medida em que são finitos. Isto faz com que a nossa sociedade esteja refém do petróleo e sofra com qualquer alteração associada a este, como é o caso da subida do preço dos combustíveis. O facto de estes combustíveis não serem renováveis significa que os nossos níveis de progresso só se manterão se desenvolvermos fontes alternativas de energia, pois esta certamente terminará. A sua utilização está associada à libertação de grandes quantidades de C0 2 para a atmosfera, o que leva a alterações climáticas. Sendo assim, é necessário encontrar novas formas de energia. No entanto, enquanto não existir uma fonte que permita substituir, em larga escala, o petróleo, resta-nos melhorar a nossa Eficiência Energética, ou seja, produzir o mesmo mas com menos energia, Só deste modo será possível atenuar os efeitos já bastante visíveis. O dióxido de carbono (CO 2 ), embora seja um dos responsáveis pelo efeito estufa, é essencial à vida no planeta pois é necessário para que as plantas recebam a energia solar. Neste processo, que se designa por fotossíntese, existe absorção de CO 2 e é uma das fases do Ciclo de Carbono. Após essa absorção, o dióxido de carbono é novamente libertado para a atmosfera. Isto acontece através da respiração das plantas, do consumo destas pelos animais, da sua decomposição (transformando-se, após milhares de anos, em combustíveis fósseis) e da queima directa de biomassa (por exemplo, da madeira proveniente da limpeza das florestas). Pelo que, ao utilizar combustíveis como a biomassa, o CO 2 libertado já faz parte do ciclo de carbono existente. Mas quando se queimam combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, estamos a aumentar drasticamente o dióxido de carbono que entra no ciclo de carbono e a dificultar a sua absorção. Isto traz como consequência o aumento do efeito de estufa, originando alterações climáticas. Causas ºC As alterações climáticas As alterações climáticas constituem um dos maiores problemas com que o homem terá que se preocupar nos próximos anos. A potenciação do efeito de estufa e os consequentes aumentos de temperatura e fenómenos climáticos extremos já são visíveis. VARIAÇÕES DE TEMPERATURA E DE CO 2 NOS ÚLTIMOS SÉCULOS Milhares de anos (antes do presente) CO 2 A História dos últimos anos revela que o clima na terra tem sofrido várias alterações. Aparentemente, a terra passa ciclicamente por períodos glaciares e inter glaciares. Porém, nos últimos anos a temperatura tem-se mantido relativamente estável, o que favorece a sociedade humana. No entanto, desde o século XX que a temperatura tem aumentado de um modo bastante diferente de qualquer variação com causas naturais que se tenha observado. Neste gráfico é possível visualizar as variações de temperatura na terra e de CO 2 na atmosfera e, aparentemente, existe uma relação directa entre estes dois acontecimentos. Assim sendo, o aumento dos gases com efeito estufa (como o CO 2 ) deve-se à actividade humana. Efeito de Estufa O Efeito de Estufa é um processo natural e responsável pelo aquecimento do planeta. Isto acontece porque existem certos gases (como o dióxido de carbono - CO 2, metano - CH 4, e óxido nitroso - NO 2, entre outros) que, ao criar uma espécie de telhado sobre a Terra (como o de uma estufa), deixam a luz do Sol entrar e retêm o seu calor. Se não existisse efeito de estufa, a temperatura da superfície terrestre seria, em média, cerca de 34ºC mais baixa do que é actualmente, ou seja, a temperatura média da terra seria cerca de 18º C e não de 15º C. No entanto, o aumento desmedido desses gases (provenientes da actividade humana) está a aumentar o efeito, o que leva a que ocorra um aquecimento global do planeta e consequentes alterações climáticas com sinais bem visíveis. A B C A - A radiação solar atravessa a atmosfera. A maior parte da radiação é absorvida pela superfície terrestre e aquece-a. B - Alguma da radiação solar é reflectida pela Terra e atmosfera, de volta ao espaço. ATMOSFERA C - Parte da radiação infravermelha (calor) é reflectida pela superfície da terra, mas não regressa ao espaço, pois é refectida de novo e absorvida pela camada de gases de estufa que envolve o planeta. O efeito é o aquecimento da superfície terrestre e da atmosfera.

4 46 7 Consequências O nosso modelo de progresso está baseado no uso em larga escala de energia, o que para além de esgotar os nossos recursos, causa inúmeras alterações climáticas. Um relatório divulgado recentemente sobre Mudança Climática 1 indica que este fenómeno é real, tem origem humana e, se nada for feito para que as emissões globais de Gases de Efeito Estufa sejam reduzidas drasticamente, as alterações serão catastróficas para o desenvolvimento económico e social e para os ecossistemas do planeta. Um dos fenómenos climáticos mais visíveis tem sido o aumento da temperatura nos últimos 25 anos. 11 dos 12 anos mais quentes de sempre ocorreram nos últimos 12 anos e 2005 foi o ano mais quente desde que existem medições 2. Em Portugal, a temperatura aumentou a uma taxa de 0,5% por década a partir de 1970, mais do dobro da taxa de aumento da temperatura a nível mundial. As alterações climáticas também contribuem para o derretimento dos glaciares, o que leva à subida do nível do mar, e para o aumento de fenómenos climáticos extremos, como secas duradouras, picos de calor e intensa precipitação, sendo que as projecções apontam para o agravamento da situação. Mesmo que ocorra uma estabilização da concentração dos gases de efeito de estufa, haverá lugar a um aumento da temperatura e uma subida do nível do mar durante vários séculos, devido à escala de tempo dos processos climáticos. Dificuldades A ONU afirma que os países industrializados estão muito acima do previsto e prevê para 2010 um aumento de 10% das emissões dos Gases com Efeito de Estufa em relação a Conheça a situação actual da União Europeia e de Portugal face a estas políticas, as novas metas e qual a contribuição das diferentes indústrias em termos de emissão de CO 2. As emissões da UE (15) foram inferiores em 1,5% ao nível registado em 1990 (quando a meta refere a redução de 8%). Quanto a Portugal, embora estivesse limitado a um crescimento de 27%, em 2005 o aumento foi de 40,4%. A meta em Portugal para 2010 representa o mais baixo nível de emissões per capita da UE (25). O nível médio para a UE é de cerca de 10 toneladas de dióxido de carbono per capita, enquanto que em Portugal é de 7,5. Instrumentos A estratégia de combate às alterações climáticas passa pelo aumento do nível da Eficiência Energética. Assim sendo, torna-se necessário agir e utilizar todos os meios disponíveis, nomeadamente o Protocolo de Quioto, as diversas medidas da União Europeia referentes a este fenómeno e o Plano Nacional para as Alterações Climáticas. Protocolo de Quioto O Protocolo de Quioto (1998) é um tratado internacional que tem como objectivo principal estabilizar a concentração dos Gases de Efeito de Estufa na atmosfera, de modo a evitar a progressão das alterações climáticas. Pretende-se que, entre 2008 e 2012, exista uma redução de 5% das emissões de Gases com Efeito de O combate às alterações climáticas tem de ser transversal a toda a actividade humana. Estufa (GEE), face aos níveis verificados em Para cumprir os seus objectivos, o protocolo propõe, entre várias medidas, a melhoria da Eficiência Energética, a promoção de energias renováveis e o encorajamento de outras técnicas ambientalmente amigáveis. Medidas Europeias 1 - Quarto Relatório de Avaliação (AR4) do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC) warest.html A União Europeia (a 15) assumiu o compromisso de reduzir as suas emissões em 8%, no período , face aos valores de 1990, adoptando várias medidas que estão em sintonia com o Protocolo de Quioto, como o consumo mais eficiente de energias menos poluentes, uma política de transportes mais limpos e responsabilização das empresas, sem prejuízo da sua competitividade. Plano Nacional para as Alterações Climáticas A nível interno, tem-se igualmente dado resposta a este problema global. Neste sentido, Portugal elaborou o Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC). Este tem como objectivo controlar e reduzir as emissões de GEE, respeitando os compromissos de Portugal no âmbito do Protocolo de Quioto, e desenvolver medidas de mitigação dos aspectos negativos dos impactes das alterações climáticas. De modo a não por em causa a meta comunitária de 8% de redução global das emissões dos GEE, Portugal comprometeu-se a limitar, nesse período, o aumento das suas emissões em 27% (tendo em conta os valores de 1990). O PNAC aposta fortemente no sector da energia, nomeadamente nas energias renováveis, como a hídrica e a eólica, a biomassa e a fotovoltaica. As medidas afectas a este sector contribuem em mais de 40% para o esforço total proposto de redução de emissões de GEE. Agricultura Na imagem são visíveis quais as contribuições para a emissão de CO 2 dos vários sectores em diferentes décadas e qual a sua situação relativamente à meta do protocolo de Quioto entre As novas metas europeias pretendem que até 2020 se consiga: Eficiência Energética: - 20% no consumo energético Energias renováveis: 20% Biocombustíveis: 10% (volume global de gasolina e gasóleo). Gases com Efeito de Estufa: - 20% a 30% EMISSÕES DE CO 2 EM DIFERENTES SECTORES - PORTUGAL Transporte Residuos (5) Outros Metais Energia Cimento A emissão de CO 2 é uma consequência transversal a toda a sociedade e economia e diz respeito aos mais diversos sectores, como os transportes, a energia e a indústria. Logo, também as estratégias de redução dizem respeito a toda a sociedade e requerem o empenho de países, indústrias e indivíduos. QUIOTO EMISSÕES 2001 EMISSÕES 1990 Como se pode ver no gráfico anterior, o sector dos transportes e dos edifícios são os que estão mais distantes das suas metas. A indústria cimenteira, como qualquer indústria que utilize um processo de queima durante a laboração, também contribui para a emissão de CO 2. Apesar disso, os seus valores encontram-se bastante próximos da meta estabelecida para

5 48 9 A SECIL e o caminho da Eficiência Energética Eficiência Energética Os resultados dos esforços da Secil para melhorar a sua eficiência energética encontram-se patenteados no gráfico seguinte: CONSUMO ESPECÍFICO DE ENERGIA TÉRMICA Como em qualquer actividade industrial, o processo de fabrico de cimento também produz impactes ambientais, especificamente consumo de energia, emissões atmosféricas e impacte visual. No entanto, a Secil Outão tem, desde há longo tempo, práticas ambientais que diminuem esse impacto, possuindo medidas de mitigação relativamente às emissões atmosféricas e ao consumo de energia que se adequam com as recomendações referidas no Protocolo de Quioto. O Grupo Secil assumiu medidas para diminuir as suas emissões, tendo como objectivo reduzir em 10% as emissões específicas de CO 2 por tonelada de produto cimentício, relativamente ao ano de 1990, isto através da melhoria da sua eficiência energética. É conveniente compreender como se efectua o processo de fabrico de cimento e quais são os seus principais impactes para entender onde podem actuar os planos de redução de CO 2. Kcal/kg cimento 1º FORNO DE VIA SECA E 3 FORNOS DE VIA HÚMIDA ARRANQUE DO 2º FORNO DE VIA SECA E FECHO DA VIA HÚMIDA INÍCIO DOS CIMENTOS COMPOSTOS Processo de fabrico de cimento O processo de fabrico de cimento é feito através da extracção dos materiais provenientes da pedreira. Em seguida, a pedra passa por um britador que a parte, de modo a ficar mais pequena e fácil de ser transportada. Após estas etapas é necessário moer a pedra para que fique em pó e, se for necessário, corrigir quimicamente o material. Este processo chama-se moagem de cru. Posto isto, o cru (a pedra moída) passa pela etapa da cozedura, em fornos em que a chama atinge os 2 000ºC. O material permanece cerca de 10 minutos a altas temperaturas e atinge cerca de 1 450ºC. Daqui surge uma rocha artificial, chamada clínquer, que, depois de misturada com aditivos como o gesso e outros materiais, é moída (moagem de cimento), dando assim origem aos diferentes tipos de cimento. Por fim vem a embalagem e a expedição do cimento. Uma das formas de reduzir o consumo de energia térmica é a utilização de cimentos compostos, ou seja, ao diminuir a percentagem de clínquer no cimento, reduz-se a energia Agricultura Emissões de CO 2 As preocupações e o cuidado com as emissões atmosféricas são antigos na SECIL. A ampliação dos electrofiltros; a preparação para a certificação da empresa, com a obtenção da certificação dos sistemas de gestão da qualidade e ambiente; e a instalação de novos filtros de mangas nos fornos permitiram uma eliminação drástica das emissões da fábrica do Outão. Transporte necessária para produzi-lo. A SECIL tem procurado fomentar a utilização destes tipos de cimento mas estará Energia sempre dependente das tendências dos mercados. (5) Residuos Outros Metais Cimento No processo de fabrico de cimento, a etapa da cozedura é a grande responsável pela emissão de CO 2. No entanto, esta não provém apenas da queima de combustíveis, já que a matéria-prima ao ser aquecida também liberta CO 2. Deste modo, a utilização de matérias-primas secundárias, de preferência com menor teor de carbono, também reduz a emissão de CO 2. Para filtrar os gases provenientes da cozedura são utilizados filtros de mangas e electrofiltros. Os filtros de manga são equipamentos em que o ar passa por uma espécie de tecidos, onde as partículas são retidas. >

6 Kg CO 2 / ton clínquer > Existem cerca de 130 e estão distribuídos pelos fornos e por todos os locais onde poderá existir libertação de poeiras. Os electrofiltros retêm as partículas através de um campo electromag- EMISSÕES CO 2 nético e existem dois, um para cada forno. Os filtros funcionam em série, ou seja, o ar passa pelos dois sistemas. Este método permite-nos obter resultados excelentes como é visível nos próximos gráficos. OUTÃO MÉDIA DAS CIMENTEIRAS EUROPEIAS (2005) Combustíveis Alternativos A etapa que mais energia consome na produção de cimento é a cozedura. Tradicionalmente são utilizados combustíveis fósseis não renováveis, derivados do petróleo ou carvão. Com o intuito de reduzir a utilização deste produtos, a SECIL tem seguido de perto o que de melhor se faz na Europa, nomeadamente na utilização da valorização energética. A valorização energética é um processo de utilização de resíduos industriais, em que estes substituem combustíveis fósseis no processo de fabrico de cimento. Este processo é também designado por co-incineração. Os resíduos podem ser co-incinerados nos fornos de cimento, funcionando como combustíveis alternativos, ou seja, a queima de resíduos substitui parcialmente a queima de combustíveis fósseis durante a cozedura. Biomassa - estilha de madeira proveniente da limpeza das florestas Vantagens ambientais / económicas A co-incineração permite a redução do consumo de combustíveis fósseis (ex. carvão), o que leva a que estes recursos fiquem disponíveis para outras aplicações. Não produz efluentes líquidos nem resíduos sólidos, isto é, não produz resíduos de resíduos. Para além disto, os resíduos ao serem valorizados não vão ocupar um espaço em aterro. Este processo é vantajoso para a empresa pois diminui a importação de combustíveis fósseis e reduz as emissões de CO 2. Através deste processo já evitámos a emissão de mais de toneladas de CO 2. Além de resolver um problema nacional, que é o tratamento de resíduos, poupa-se dinheiro ao evitar a exportação destes ou a colocação em aterros, o que ajuda a aumentar a competitividade das empresas portuguesas, incluindo a SECIL. A SECIL Outão conseguiu uma redução de 7,8%, entre 1990 e 2007, nas suas emissões de CO 2 (por tonelada de clínquer produzido). Transporte do produto EMISSÕES CO 2 CIMENTO TRANSPORTADO EM PORTUGAL- SECIL OUTÃO Kg CO 2 / ton Prod. Cim. Transporte OUTÃO MÉDIA DAS CIMENTEIRAS EUROPEIAS (2005) ton cimento Em relação aos produtos cimentíceos foi conseguida uma redução de 10,9%, entre 1990 e Agricultura 2007, de emissão de C0 2. A Secil Outão conseguiu assim ultrapassar os objectivos do Grupo Secil (situados nos 10%). (5) Energia RODOVIA MARÍTIMO Transporte por via marítima. A promoção do transporte do produto acabado por via marítima em vez do transporte por camião diminui a emissão de Gases com Efeito Estufa. Cimento Metais Residuos Outros

7 Recuperação Paisagística Microalgas Projecto pioneiro de captura de C0 2 A SECIL tem uma política ambiental com preocupações e acções que transcendem o Protocolo de Quioto, nomeadamente com o programa de reflorestação da pedreira e da valorização da fauna na sua propriedade. Para mitigar os impactes visuais a SECIL possui um plano de recuperação das pedreiras que está em prática há mais de 20 anos e cujos efeitos já são bem visíveis. Neste momento cerca de 30 % da área da pedreira já se encontra reflorestada com vegetação típica da serra da Arrábida. Conjuntamente existe também um plano de valorização da biodiversidade da fauna. Estes projectos são bastante importantes pois só com uma diversidade de flora (plantas) e fauna (animais) é possível um ecossistema equilibrado. Resultados visíveis da Recuperação Paisagística Para além do esforço da redução de poluentes atrás evidenciado, a SECIL está, neste momento, a colaborar num projecto pioneiro de captação do CO 2 emitido e sua posterior utilização para a produção de microalgas. As microalgas são plantas unicelulares que produzem o seu próprio alimento. Isto é possível através da fotossíntese. Neste processo, as algas aproveitam a energia do sol para transformar o dióxido de carbono e a água em oxigénio e material orgânico. Por cada tonelada de algas são absorvidas duas toneladas de CO 2. A verificar-se esta possibilidade, não só se reduz a emissão de CO 2, um gás com efeito estufa, como se obtêm uma fonte de energia renovável, a biomassa (material orgânico), o que reduzirá ainda mais a dependência dos combustíveis fósseis. Sequestro de CO 2 através de microalgas Este projecto está ainda numa fase inicial. É necessário aumentar a sua escala de modo a absorver uma quantidade interessante de CO 2 e consequentemente também produzir uma quantidade industrial de biomassa. No entanto, o programa é bastante promissor. Estas algas multiplicam-se muito rápido, pelo que a produção de biocombustível através delas é mais elevada do que através de outras plantas, como o girassol (200 a 300 vezes superior). Para além disso, ocupa muito menos espaço (100 vezes inferior) e a sua produção não compete com a produção alimentar, tal como acontece nos restantes biocombustíveis. Para garantir a reflorestação das pedreiras do Outão, a Secil criou um viveiro próprio, com multiplicação ao ar livre e em estufas, no interior das suas instalações.

8 Como aumentar a nossa eficiência energética? As alterações climáticas são um problema global pelo que a redução dos Gases com Efeito Estufa deve ser uma preocupação transversal a toda a actividade humana. Isto significa que a indústria, assim como cada um de nós, através do uso racional de energia (melhor eficiência energética), pode fazer a diferença. Água: Como vimos, a estratégia da SECIL passa por acções que melhoram a eficiência energética, nomeadamente através de: Fabrico de cimentos compostos Utilização de matérias-primas secundárias que libertam menos CO 2 Utilização de combustíveis alternativos (co-incineração), permitindo a redução da emissão de CO 2 Promoção do transporte marítimo Projecto das microalgas O nosso contributo individual A nível individual, mesmo as mais pequenas alterações na nossa rotina podem ajudar a diminuir o aquecimento global, sem afectar a qualidade de vida. Eis alguns exemplos: Nos transportes: Ao comprar um novo automóvel tenha em conta o seu consumo de combustível. Adopte também uma condução defensiva (com travagens e acelerações suaves). Poupa no combustível, previne acidentes e ajuda o ambiente! Utilize mais vezes os transportes públicos e em distâncias curtas, se puder, caminhe ou utilize a bicicleta em vez do carro. Privilegie o banho de chuveiro em vez de encher a banheira. Um banho de imersão gasta cerca de 180 litros de água enquanto que um duche de 5 minutos gasta apenas 60. Se fechar a torneira enquanto escova os dentes ou se barbeia, poupará 10, 20 ou mesmo 30 litros de água. Evite lavar a loiça com água corrente. Se tiver máquina de lavar loiça e roupa, não as ponha a trabalhar sem a carga completa. Electricidade: Ao comprar electrodomésticos tenha em conta o consumo de electricidade, olhando para a etiqueta energética, que vai da classe A (mais eficiente) à G (menos eficiente). Se possível, troque as lâmpadas incandescentes por economizadoras. Embora sejam mais caras, gastam menos (permitem poupar cerca de 80% de energia) e duram mais tempo, o que acaba por compensar para si e para o planeta. Tente desligar os equipamentos no botão em vez de desligar no comando. Os aparelhos em modo stand-by, continuam a gastar energia. Pequenos gestos que fazem toda a diferença. Quando não estiver a utilizar o carregador do telemóvel desligue-o da corrente, irá poupar cerca de 95% do seu consumo. Desligue as luzes e aparelhos quando não estão a ser utilizados. Outros: Considerando que o plástico é derivado do petróleo, reutilize os sacos de plástico para guardar as compras e volte a encher uma única garrafa de água, termo ou cantil. Procure usar canetas, lápis e marcadores recarregáveis. As canetas de plástico descartáveis não são recicláveis nem biodegradáveis. Se deitar uma fora, daqui a 50 mil anos ainda estará num aterro.

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