A expectativa de vida do brasileiro, em 1900, era de apenas 33 anos. Essa realidade mudou radicalmente.
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- Anderson Galvão Silva
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1 A expectativa de vida do brasileiro, em 1900, era de apenas 33 anos. Essa realidade mudou radicalmente.
2 Hoje é possível chegar aos 85 ou 90 anos em plena atividade e com total lucidez.
3 No Censo 2000 o número de centenários era de 14 mil, e em 2010 o resultado passou para mil (aumento de 70%). Fonte: IBGE censo 2010
4 Consequências do processo de Envelhecimento Doença Crônica - Enfermidades complexas e onerosas 1. Envelhecer sem nenhuma doença crônica é mais a exceção do que a regra. 2. As doenças dos idosos são crônicas e múltiplas, perduram por longo período. 3. Mais doenças maior uso dos serviços de saúde.
5 Área complexa e repleta de pessoas bem intencionadas, porém sem a qualificação técnica necessária. Ações atuais são muito tímidas e tradicionais.
6 Se já sabemos que a população está mais velha, que as doenças são crônicas e múltiplas, que os custos assistenciais se ampliam, que os modelos de cuidados são do tempo das doenças agudas e que o conhecimento da epidemiologia nos informa dos fatores de risco. Porque da crise do setor saúde, se já possuímos todas as informações para enfrentá-la? Esta é a discussão central!
7 Gerenciamento da Doença Crônica Para o idoso um grande erro! Porquê?
8 O maior problema da maioria dos modelos assistenciais vigentes talvez seja o foco na doença. Programas de gerenciamento de doenças para idosos têm uma relação custo-benefício baixa, pois os idosos possuem mais de uma doença crônica, e tratar adequadamente uma doença faz apenas reduzir os índices de morbidade de tal patologia. Como são pacientes que em geral possuem múltiplas doenças crônicas, focar apenas uma doença não é a medida mais adequada.
9 Avaliação funcional de um idoso Dessa forma, uma política de saúde do idoso deve ter como objetivo maior a manutenção da máxima capacidade funcional do indivíduo que envelhece, pelo maior tempo possível. É por este motivo que a identificação do risco na população idosa é uma prioridade e esta pode ser detectada através da avaliação funcional de um idoso. É a diminuição da capacidade funcional do idoso que o tornará, de alguma forma, dependente de um nível mais complexo de assistência.
10 Importante pensar em: Identificação precoce
11 Importante pensar em: Qualificar os profissionais de saúde no cuidado integral do idoso Monitorar a saúde visando postergar as doenças, a fim de que o idoso possa usufruir a ampliação do seu tempo de vida
12 Hierarquização da atenção ao idoso baseada na complexidade dos cuidados Estruturamos um modelo de linha de cuidado, organizado em sete níveis de complexidade, integrando a promoção e a atenção à saúde do idoso. Linhas de cuidado são estratégias de estabelecimento do percurso assistencial com o objetivo de organizar o fluxo dos indivíduos, de acordo com suas necessidades.
13 Acolhimento, cadastramento, triagem rápida (identificação rápida do perfil de risco - organizador de prioridade), informações dos serviços oferecidos, bonificações, explicações sobre a importância da promoção e prevenção de saúde (adesão ao plano de cuidados). Encaminhamento para o nível 2 do modelo Local de promoção de educação e saúde, atividades de lazer, lúdica, integração, educacionais. Avaliação funcional (suporte social, doenças prévias e atendimento recebido), ou seja, avaliação de risco. Caracteriza-se como um Centro de Convivência e Conveniência (facilidades tb. para familiares). Gerente de acompanhamento (suporte operacional para todas as etapas) cada gerente será responsável por 300 clientes. (3a) Ambulatório de complexidade 1 (ambulatório clínico); (3b) ambulatório de complexidade 2 (ambulatório geriátrico). Local da realização da avaliação geriátrica multidimensional. Equipe estabelece o Plano terapêutico Importante saber: 90% dos clientes são atendidos nos 3 primeiros níveis Assistência, procedimentos e internação domiciliar; centro dia; hospital-dia. Tratamento da fase de agudização das doenças crônicas.
14 Hierarquização da atenção ao idoso baseada na complexidade dos cuidados O projeto Hierarquização da atenção ao idoso O modelo de hierarquização de cuidado visa propiciar a operadora o conhecimento de sua carteira, seu perfil e necessidades, de modo a construir a melhor forma de organizar sua prestação de serviços. Uma coisa é certa: sem a organização do cuidado do idoso e sem a elaboração de um plano de cuidados, o envelhecimento populacional e o aumento da prevalência de doenças podem deixar de ser oportunidades e se tornarem entraves para a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar brasileiro.
15 Referencia bibliográfica Cadernos de Saúde Pública Veras, Renato Peixoto. Prevenção de doenças em idosos: os equívocos dos atuais modelos. Cad. Saúde Pública, Out 2012, vol.28, no.10, p ISSN X Revista de Saúde Pública Veras RP, Caldas CP, Lima KC, Motta LB, Siqueira RC, Rodrigues RTSV, Santos LMAM, Guerra ACLC. A Efetividade dos modelos de redes assistenciais integradas para idosos: uma revisão crítica (submetido à Revista de Saúde Pública USP). Ciência e Saúde Coletiva Caldas CP, Veras RP, Motta LB, Lima KC, Kisse CBS, Trocado, CVM, Guerra, ACLC. Rastreamento do risco de perda funcional: uma estratégia fundamental para a organização da Rede de Atenção ao Idoso. Revista Ciência e Saúde Coletiva (no prelo) Disponível em PHYSIS Veras RP, Caldas CP, Cordeiro HA. Modelos de Atenção à Saúde do Idoso: repensando o sentido da prevenção (submetido à PHYSIS).
16 Referencia bibliográfica Revista do Idec VERAS, R. P.. Uma saída para a crise no setor saúde. Revista do Idec: Em defesa do consumidor cidadão, (Impresso), p , 01 ago Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia VERAS, R. P.. Estratégias para o enfrentamento das doenças crônicas: um modelo em que todos ganham. Rev. Bras. Geront., (Impresso), v. 14(4), p , Revista Unimed VERAS, R. P.. Qualidade para os anos adicionais de vida. 40 anos de Aniversário - Publicação Comemorativa Unimed, Brasil, (Impresso), p , 01 dez Jornal Brasileiro de Economia da Saúde VERAS, R. P.. A necessária gestão qualificada na área da saúde: decorrência da ampliação do segmento etário dos idosos, J Bras Econ Saúde(Impresso), v.3(3), p.31-39, Ciência Saúde Coletiva VERAS, Renato Peixoto and Caldas, Célia Pereira Produção de cuidados à pessoa idosa. Ciênc. saúde coletiva, Ago 2008, vol.13, no.4, p ISSN
17 Referencia bibliográfica Cadernos de Saúde Pública VERAS, Renato, Caldas CP, Lima KC, Cordeiro HA, Motta LB, Correa RF, Fernandes EF. Suporte informal ao cuidado do idoso: aspectos relevantes no processo de avaliação, mobilização e efetividade (aceito para os Cadernos de Saúde Pública - ENSP). Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia VERAS, Renato, Caldas CP, Lima KC, Cordeiro HA, Motta LB, Desenvolvimento de uma linha de cuidados para o idoso. Artigo aprovado e com data de publicação prevista para Agosto de 2013, Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Revista de Saúde Pública VERAS, Renato. Gerenciamento de doença crônica: equívoco para o grupo etário dos idosos. Rev. Saúde Pública, Dez 2012, vol.46, no.6, p ISSN Revista de Saúde Pública VERAS, Renato. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev. Saúde Pública, Jun 2009, vol.43, no.3, p ISSN
18 Referencia bibliográfica Revista de Saúde Pública VERAS, Renato et al. Características demográficas dos idosos vinculados ao sistema suplementar de saúde no Brasil. Rev. Saúde Pública, Jun 2008, vol.42, no.3, p ISSN Revista de Saúde Pública VERAS, Renato P. Brazil is getting older: demographic changes and epidemiological challenges. Rev. Saúde Pública, Dec 1991, vol.25, no.6, p ISSN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia VERAS, Renato. Inovação: uma saída para o setor saúde. Rev. bras. geriatr. gerontol., 2011, vol.14, no.3, p ISSN Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia VERAS, Renato. Estratégias para o enfrentamento das doenças crônicas: um modelo em que todos ganham. Rev. bras. geriatr. gerontol., 2011, vol.14, no.4, p ISSN Ciência e Saúde Coletiva VERAS, Renato. Experiências e tendências internacionais de modelos de cuidado para com o idoso. Ciênc. saúde coletiva, Jan 2012, vol.17, no.1, p ISSN
19 Obrigado! Renato Veras
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