CONSELHO DE DISCIPLINA SECÇÃO PROFISSIONAL. Processo n.º /2021

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1 CONSELHO DE DISCIPLINA SECÇÃO PROFISSIONAL Processo n.º /2021 DESCRITORES: Uso ilícito de slogans ou de publicidade Leis do jogo Equipamento Roupa interior Slogans, declarações ou imagens pessoais Atenuação especial da sanção Página 1 de 26

2 ESPÉCIE: Processo disciplinar PARTES: Brian Ezequiel Mansilla (Lic ), jogador da Sporting Clube Farense, Futebol, SAD, e Rúben Barcelos Sousa Lameiras (Lic ), jogador da Futebol Clube de Famalicão, Futebol, SAD; OBJETO: Eventual violação dos deveres regulamentarmente previstos, em especial quanto à exibição de slogans, imagens ou outras formas de publicidade, ou dos deveres gerais de lealdade, correção e retidão no plano desportivo no jogo n.º ( ), entre a Sporting Clube Farense, Futebol, SAD, e o Futebol Clube Famalicão, Futebol, SAD, realizado no dia 18 de outubro de 2020 a contar para a Liga NOS. DECISÃO SINGULAR DATA: 5 de janeiro de 2021 RELATOR: Marta Vicente NORMAS APLICADAS: Artigos 16.º, n.º 1 e 161.º do RDLPFP20; SUMÁRIO: I. De acordo com o artigo 161.º do RDLPFP20, constitui infração disciplinar a conduta do jogador que, em desrespeito pelas Leis do jogo, exiba slogans, imagens ou formas de publicidade fora dos locais regulamentarmente previstos e independentemente do seu suporte. II. O substrato teleonomológico do ponto 5 da Lei do Jogo n.º 04 passa, por um lado, por prevenir e combater a violência no desporto, garantindo a ordem e a segurança públicas no recinto desportivo, e por outro, por evitar a confundibilidade das mensagens do jogador com as mensagens, logótipos ou slogans dos clubes e dos organizadores das competições, com o propósito, portanto, de preservar a neutralidade (onde esta seja pretendida), o bom-nome e o prestígio dessas competições. III. O artigo 161.º do RDLPFP20 contém, por remissão para o ponto 5 da Lei do Jogo n.º 04, uma proibição tout court de comunicação de mensagens alheias ao fenómeno desportivo através do equipamento oficial ou da roupa interior do jogador. A natureza absoluta da proibição justificase por razões de praticabilidade, mas também de isonomia e de imparcialidade, compreendendo-se que, atenta a carga subjetiva ínsita às mensagens e imagens exibidas pelos jogadores, os Autores do Regulamento Disciplinar não tenham chamado a si, nem delegado no órgão decisor, o ónus de avaliar a exata extensão em que cada uma daquelas mensagens se mostra apta a perturbar a ordem desportiva. Página 2 de 26

3 IV. Pratica a infração disciplinar p. e p. no artigo 161.º do RDLPFP20 o jogador que, no decurso do jogo, levante a camisola principal do equipamento e exiba, na sua roupa interior, uma mensagem ou imagem de natureza pessoal, ainda que com o propósito de prestar homenagem a familiares ou amigos falecidos. V. Atenta o estado emocional e a ilicitude reduzida da conduta dos Arguidos, entende-se ser de aplicar a atenuação especial da sanção prevista no artigo 60.º do RDLPFP20. Página 3 de 26

4 Despacho-Decisão Acordam, em Plenário, ao abrigo do artigo 206.º, nº 1, do Regulamento Disciplinar das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional 1 os membros do Conselho de Disciplina, Secção Profissional, da Federação Portuguesa de Futebol, I Relatório 1. Registo inicial 1. Por deliberação datada de , a Secção Profissional do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol instaurou e remeteu à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (doravante, CI), o presente processo, autuado como processo disciplinar, em que são Arguidos os jogadores Brian Ezequiel Mansilla (Lic ), jogador da Sporting Clube Farense, Futebol, SAD, e Rúben Barcelos Sousa Lameiras (Lic ), jogador da Futebol Clube de Famalicão, Futebol, SAD, e cujo o objeto é «[E]ventual violação dos deveres regulamentarmente previstos, em especial quanto à exibição de slogans, imagens ou outras formas de publicidade, ou dos deveres gerais de lealdade, correção e retidão no plano desportivo no jogo n.º ( ), entre Sporting Clube Farense, Futebol, SAD, e o Futebol Clube Famalicão, Futebol, SAD, realizado no dia 18 de outubro de 2020 a contar para a Liga NOS» (cfr. capa do processo). 2. Na sequência do despacho do Exmo. Senhor Presidente da Comissão de Instrutores, datado de e proferido ao abrigo do artigo 210.º, al. c) do RDLPFP20, o processo foi distribuído ao Senhor Dr. Rogério Macedo Oliveira, nomeado instrutor e incumbido de realizar o subsequente procedimento disciplinar contra os jogadores Arguidos, dando início à respetiva instrução. 1 Regulamento Disciplinar das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional aprovado na Assembleia Geral Extraordinária da Liga Portuguesa de Futebol Profissional de 27 de Junho 2011, com as alterações aprovadas nas Assembleias Gerais Extraordinárias de 14 de Dezembro 2011, 21 de Maio de 2012, 6 e 28 de Junho de 2012, 27 de Junho de 2013, 19 e 29 de Junho 2015, 8 e 15 de Junho de 2016, 29 de maio e 13 de junho de 2017, 29 de dezembro de 2017, 13 de junho de 2018, 29 de junho de 2018 e 22 de Maio de 2019, e de 28 de julho de 2020, ratificado na reunião da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol de 26 de agosto de 2020 (Comunicado Oficial n.º 83, de 15 de setembro de 2020, publicado a 16 de setembro de 2020), doravante abreviado, por mera economia de texto, por RDLPFP20. O texto regulamentar encontra-se disponível, na íntegra, na página da FPF. Página 4 de 26

5 3. Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 227.º do RDLPFP20, em despacho datado de (fls. 23 a 26), determinou o Ilustre Instrutor que se procedesse à notificação: Do Arguido Brian Ezequiel Mansilla (Lic ), jogador da Sporting Clube Farense - Futebol, SAD, informando-o: a) Da abertura do presente processo disciplinar pelo Conselho de Disciplina da FPF; b) Que o mesmo tem por objeto a factualidade melhor resultante do jogo oficialmente identificado sob o n.º 10407, realizado no Estádio do Algarve, entre a Sporting Clube Farense Futebol, SAD e a Futebol Clube Famalicão - Futebol, SAD, no dia , pelas 17:30, relativo à 4.ª jornada Liga PRO, concretamente a constante no Relatório do árbitro, elaborado por ocasião do jogo em referência, onde consta que «[N]o 3º golo da equipa A aos 94m, o jogador nº 11, nos festejos levantou a camisola tendo na blusa interior imagens não identificáveis» e, bem assim, a reportada no Relatório de Delegado, onde se lê «[O] jogador n.º 11 do SC Farense, quando comemorou a marcação do golo, levantou a camisola e mostrou por baixo uma imagem que não se conseguiu identificar, pela distância» - factualidade essa suscetível de integrar a infração disciplinar p. e p. no artigo 161.º [Uso ilícito de slogans ou de publicidade] do Regulamento Disciplinar das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (RD LPFP ), ou no artigo 167.º do citado RD [Inobservância de outros deveres], por violação do artigo 19.º n.º 1 [Deveres e obrigações gerais] do mesmo dispositivo regulamentar; c) De que poderia, querendo, pronunciar-se, nomeadamente por escrito e no prazo de 5 (cinco) dias, acerca dos factos em investigação, tendo o direito de requerer diligências instrutórias pertinentes e necessárias para o objeto dos presentes autos. Do Arguido Rúben Barcelos Sousa Lameiras (Lic ), jogador da Futebol Clube Famalicão, Futebol, SAD, dando-lhe conta: a) Da abertura do presente processo disciplinar pelo Conselho de Disciplina da FPF; b) Que o mesmo tem por objeto a factualidade melhor resultante do jogo oficialmente identificado sob o n.º 10407, realizado no Estádio do Algarve, entre a Sporting Clube Farense Futebol, SAD e a Futebol Clube Famalicão - Futebol, SAD, no dia , Página 5 de 26

6 pelas 17:30, relativo à 4.ª jornada Liga PRO, concretamente a constante no Relatório do árbitro, elaborado por ocasião do jogo em referência, onde se lê «[N]o 1º golo da equipa B aos 65m, o jogador nº 10 nos festejos levantou a camisola tendo na blusa interior uma imagem não identificável» - factualidade essa suscetível de integrar a infração disciplinar p. e p. no artigo 161.º [Uso ilícito de slogans ou de publicidade] do Regulamento Disciplinar das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (RD LPFP ), ou no artigo 167.º do citado RD [Inobservância de outros deveres], por violação do artigo 19.º n.º 1 [Deveres e obrigações gerais] do mesmo dispositivo regulamentar; c) De que poderia, querendo, pronunciar-se, nomeadamente por escrito e no prazo de 5 (cinco) dias, acerca dos factos em investigação, tendo o direito de requerer diligências instrutórias pertinentes e necessárias para o objeto dos presentes autos. 4. Por se poder revelar essencial à descoberta da verdade material e à boa decisão da causa, foi ainda ordenado no mesmo Despacho, ao abrigo do disposto no artigo 228.º, n.º 2 do RDLPFP20, a título de diligências instrutórias: Que fosse junto aos autos o extrato disciplinar dos Arguidos junto a fls. 35 e a fls. 37; Que se procedesse à junção da gravação das imagens oficiais do jogo em apreço nos autos junta através do DVD de fls. 38; Que se procedesse à notificação do Departamento competente da Liga Portugal para proceder à junção aos autos da compilação de notícias exclusivamente atinentes ao jogo oficialmente identificado sob o n.º ( ), entre Sporting Clube Farense, Futebol, SAD, e o Futebol Clube Famalicão, Futebol, SAD, realizado no dia 18 de outubro de 2020 a contar para 4.ª jornada da Liga NOS» - junta a fls Na sequência da notificação efetuada para que, querendo, se pronunciasse sobre os factos objeto do procedimento disciplinar, o Arguido Brian Mansilla veio, através do seu mandatário, Exmo. Senhor Dr. Martim Guerreiro Figueira, oferecer resposta constante de fls. 53, que aqui se dá por inteiramente reproduzida, destacando-se o seguinte segmento: «(...) Página 6 de 26

7 4. De facto, após o 3.º golo da equipa do Farense no jogo acima mencionado, o Arguido durante os festejos do mesmo levantou a sua camisola principal; 5. Contudo, na camisola interior que vestia à data, exibiu uma fotografia da sua avó materna ao seu lado (cfr. doc. 1 que se junta). 6. Como forma de dedicação pelo golo marcado; 7. Uma vez que a familiar faleceu na semana que antecedeu o jogo em causa; (...)» 6. Finalmente, por Despacho datado de , a fls , o Ilustre Instrutor determinou, ao abrigo do preceituado no artigo 230.º do RDLPFP20, a notificação do Arguido Rúben Lameiras para que, no prazo máximo de dois dias: «(...) Considerando que aquando do jogo oficialmente identificado sob o n.º 10407, realizado no Estádio do Algarve, entre a Sporting Clube Farense Futebol, SAD e a Futebol Clube de Famalicão Futebol, SAD, no dia , pelas 17:30, relativo à 4.ª jornada da Liga NOS e, concretamente, ao minuto 64:48 da transmissão oficial e em directo da operada SportTv, após a marcação de uma grande penalidade, o Arguido Rúben Barcelos Sousa Lameiras, por ocasião dos festejos do golo, levanta a sua camisola, aí se evidenciando, na sua roupa interior, imagem distinta do logótipo do fabricante, queira por favor esclarecer a que se reportava tal imagem e se a mesma tinha, porventura, algum caráter pessoal ou outro a que se queira referir ou mencionar. «(...) 7. Notificado do Despacho de fls , veio o Arguido Rúben Lameiras esclarecer, por intermédio de comunicação eletrónica de fls. 64, enviada pelo Secretário Técnico da Futebol Clube de Famalicão Futebol, SAD, que «[N]a ocasião da marcação da grande penalidade e do primeiro golo do FC Famalicão, durante os festejos, o jogador levantou a camisola mostrando a camisola interior exibindo uma fotografia de um amigo que havia falecido nessa semana, em forma de homenagem para com o mesmo». Página 7 de 26

8 2. Relatório Final 8. Considerando encerrada a atividade instrutória, o Ilustre Instrutor elaborou, em , o Relatório Final, constante de fls. 65 ss., deduzindo acusação, por resultar suficientemente indiciado que o Arguido: a) Brian Ezequiel Mansilla, licença n.º , jogador da Sporting Clube Farense Futebol, SAD, cometeu uma infração disciplinar p. e p. nos termos do disposto no artigo 161.º [Uso ilícito de slogans ou de publicidade] do RDLPFP20; e b) Rúben Barcelos Sousa Lameiras, licença n.º , jogador da Futebol Clube de Famalicão Futebol, SAD, cometeu uma infração disciplinar p. e p. nos termos do disposto no artigo 161.º [Uso ilícito de slogans ou de publicidade] do citado Regulamento. 3. Audiência disciplinar 9. Dispõe o artigo 237.º do RDLPFP20 que, deduzida a acusação, são os autos remetidos à Secção disciplinar e, se nada obstar ao seu recebimento, o Presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol ordena a notificação da acusação ao Arguido e procede ao agendamento de uma audiência disciplinar para um dos 10 dias úteis seguintes. 10. No cumprimento do citado comando regulamentar, foi ordenada a notificação aos Arguidos e designado o dia , pelas 10h00, para a realização da audiência disciplinar, a realizar perante a Relatora, por intermédio da plataforma Microsoft Teams, salvo oposição expressa das partes, manifestada no prazo de cinco dias úteis após a receção da notificação. 11. Os Arguidos não apresentaram memorial de defesa nem requereram a produção de prova ao abrigo do disposto no n.º 5 do artigo 238.º do RDLPFP A audiência disciplinar realizou-se no dia designado e contou com a presença da Relatora, do Ilustre Representante da CI, Senhor Dr.º Rogério Macedo Oliveira, do Arguido Brian Mansilla e respetivo mandatário, Senhor Dr. Martim Guerreiro Figueira, e do Arguido Rúben Lameiras. Destarte, nos termos regulamentares, a Relatora deu a palavra ao Ilustre Página 8 de 26

9 Representante da CI para sustentar a acusação. De seguida, ao abrigo do artigo 245.º, n.º 1 do RDLPFP20, os Arguidos primeiro Brian Mansilla, depois Rúben Lameiras declararam confessar integralmente e sem reservas os factos imputados pela acusação. Em face da comparência de ambos os Arguidos, e da confissão integral e sem reservas dos factos, foi a audiência disciplinar dada como encerrada, sendo os autos de imediato conclusos à Relatora para decisão. II Competência do Conselho de Disciplina 13. Nos termos do artigo 43.º, n.º 1 do RJFD2008 2, compete a este Conselho, de acordo com a lei e com os regulamentos e sem prejuízo de outras competências atribuídas pelos estatutos e das competências da liga profissional, instaurar e arquivar procedimentos disciplinares e, colegialmente, apreciar e punir as infrações disciplinares em matéria desportiva. No mesmo sentido, dispõe o artigo 15.º do Regimento deste Conselho. 3 III Fundamentação de facto 1. A prova no direito disciplinar desportivo 14. Em sede de direito disciplinar desportivo, atenta natureza sancionatória do processo e o disposto no artigo 16.º, n.º 1 do RDLPFP20 segundo o qual «na determinação da responsabilidade disciplinar é subsidiariamente aplicável o disposto no Código Penal e, na tramitação do respetivo procedimento, as regras constantes do (...) Código de Processo Penal» - vale prima facie o princípio da livre apreciação de prova, consagrado no artigo 127.º do Código de Processo Penal («Salvo quando a lei dispuser diferentemente a prova é apreciada segundo as regras da experiência e a livre convicção da entidade competente»). 15. Como se lê no Acórdão n.º 1165/96, do Tribunal Constitucional, «a livre apreciação da prova não pode ser entendida como uma operação puramente subjetiva, emocional e, portanto, imotivável. Há-de traduzir-se em valoração racional e crítica, de acordo com as regras comuns 2 Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 248-B/2008, de 31 de dezembro (Regime Jurídico das federações desportivas e do estatuto de utilidade pública desportiva) e alterado pelo artigo 4.º, alínea c), da Lei n.º 74/2013, de 6 de setembro (Cria o Tribunal Arbitral do Desporto e aprova a respetiva lei) e ainda pelos artigos 2º e 4º Decreto-Lei n.º 93/2014, de 23 de junho, cujo texto consolidado constitui anexo a este último. O artigo 3º da Lei nº 101/2017, de 28 de agosto, veio também a introduzir alterações neste regime, embora sem relevância neste domínio. 3 Disponível, na íntegra, na página da Federação Portuguesa de Futebol. Página 9 de 26

10 da lógica, da razão, das máximas da experiência e dos conhecimentos científicos, que permita ao julgador objectivar a apreciação dos factos, requisitos necessários para uma efetiva motivação da decisão» Ou como explica, na doutrina, Maria João Antunes, «[O] princípio da livre apreciação da prova significa, negativamente, a ausência de critérios legais que predeterminem o valor da prova e, positivamente, que as entidades a quem caiba valorar a prova o façam de acordo com o dever de perseguir a realização da justiça e a descoberta da verdade material, numa apreciação que terá de ser sempre objetivável e motivável e, por conseguinte, suscetível de controlo» A livre apreciação da prova admite, contudo, exceções, como de resto também sucede no paradigma processual penal (de que são exemplo a prova pericial, nos termos do artigo 163.º do Código de Processo Penal, bem como os documentos autênticos, autenticados ou equiparados, como os autos, nos termos dos artigos 169.º e 99.º, n.º 4, do mesmo Código 6 ). 18. É o que sucede igualmente neste âmbito disciplinar, nomeadamente e no que aqui é pertinente, quanto ao valor probatório dos relatórios dos árbitros. Decorre expressamente do disposto no artigo 13.º, alínea f) do RDLPFP20, que gozam da presunção de veracidade dos factos constantes das declarações e relatórios da equipa de arbitragem e do delegado da Liga e dos autos de flagrante delito lavrados pelos membros da Comissão de Instrutores, e por eles percecionados no exercício das suas funções, enquanto a veracidade do seu conteúdo não for fundadamente posta em causa. 2. Factos provados 19. No contexto das diligências instrutórias, foi apurada a seguinte factualidade com relevância para a decisão nos presentes autos: 1.º - No dia , pelas 17h30, realizou-se o jogo oficialmente identificado sob o n.º no Estádio do Algarve, disputado entre a Sporting Clube Farense Futebol, SAD e a Futebol Clube de Famalicão Futebol, SAD, relativo à 4.ª jornada da Liga NOS. 4 Cf. Acórdão n.º 1165/96, do Tribunal Constitucional, prolatado a (Relator: Monteiro Diniz), reiterada, entre outros, no acórdão n.º 395/2018, prolatado a (Relator: Maria José Rangel de Mesquita), ambos disponíveis na íntegra em 5 Maria João Antunes, Direito Processual Penal, 2.ª ed. revista, Almedina, Coimbra, 2020, p Quanto ao relato pelas autoridades policiais, veja-se ainda os artigos 363.º, n.º 2 e 371.º, n.º 1, do Código Civil. Página 10 de 26

11 2.º - O jogo foi objeto de transmissão televisiva no canal SportTV. 3.º Por volta do minuto 94, por ocasião dos festejos de um golo da Sporting Clube Farense Futebol, SAD, o Arguido Brian Ezequiel Mansilla levantou a camisola principal, exibindo, na camisola interior que envergava por baixo daquela, uma fotografia sua com a sua avó materna, que terá falecido na semana que antecedeu o jogo em causa. 4.º - Por volta do minuto 65, por ocasião dos festejos de um golo da Futebol Clube de Famalicão Futebol, SAD, o Arguido Rúben Lameiras levantou a camisola principal, exibindo, na camisola interior que envergava por baixo daquela, uma fotografia de um amigo que terá falecido na mesma semana do jogo em referência. 5.º - Os Arguidos agiram de forma livre, consciente e voluntária, bem sabendo que os seus comportamentos, designadamente ao exibirem, em desrespeito pelas Leis do jogo, imagens fora dos locais regulamentarmente previstos e, em concreto, na camisola interior que vestiam por baixo do seu equipamento principal, consubstanciavam condutas previstas e punidas pelo ordenamento jus-disciplinar desportivo, não se abstendo, porém, de as realizar. 6.º - À data dos factos, o jogador Brian Mansilla apresentava antecedentes disciplinares, pela prática de várias infrações disciplinares p. e p. no artigo 164.º do RDLPFP, mas não pela prática da infração disciplinar p. e p. no artigo 161.º do mesmo Regulamento. 7.º - À data dos factos, o jogador Rúben Lameiras apresentava antecedentes disciplinares, pela prática de uma infração disciplinar p. e p. no artigo 164.º do RDLPFP, mas não pela prática da infração disciplinar p. e p. no artigo 161.º do mesmo Regulamento. 3. Factos não provados 20. Inexistem factos não provados, com relevância para a decisão da causa. 4. Motivação quanto à matéria de facto 21. A convicção formada apoia-se na apreciação conjugada da confissão integral e sem reservas, pelos Arguidos, dos factos constantes da acusação, apoiada na prova documental carreada para os autos e bem assim nas respostas apresentadas pelos Arguidos de fls. 53 e 64. Concretamente: a) O facto descrito em 1.º de 2. Factos provados, para além de ser de conhecimento público e notório, resulta do Relatório de Árbitro de fls. 4 a 11, do Relatório de Delegado de fls e das Fichas Técnicas de Clube de fls. 14 e 17. Página 11 de 26

12 b) O facto descrito em 2.º de 2. Factos provados, sendo de conhecimento público e notório, é comprovado pelas imagens do DVD junto a fls. 38. c) O facto descrito em 3.º de 2. Factos provados encontra suporte probatório no Relatório de árbitro de fls e no Relatório de fls , e bem assim na confissão integral e sem reservas do Arguido Brian Mansilla, acoplada à gravação das imagens oficiais do jogo, constantes de DVD junto a fls. 38 e à imagem trazida pela defesa a fls. 56: (cf. imagem de fls. 56) c) O facto descrito em 4.º de 2. Factos provados encontra suporte probatório no Relatório de árbitro de fls e no Relatório de fls , e bem assim na confissão integral e sem reservas do Arguido Rúben Lameiras. O vídeo contendo as imagens oficiais do jogo, constantes de DVD junto a fls. 38, não permite confirmar o conteúdo da imagem exibida pelo jogador Rúben Lameiras, mas também não o contraria, pelo que, em linha com o princípio da livre apreciação da prova, formámos a convicção de que a imagem exibida continha uma fotografia de um amigo do jogador, falecido recentemente. d) O facto descrito em 6.º de 2. Factos provados encontra arrimo probatório não só nas regras da experiência, como também na confissão integral e sem reservas protagonizada pelos Arguidos. e) O facto descrito em 7.º de 2. Factos provados tem por base o cadastro disciplinar do jogador Brian Mansilla de fls f) O facto descrito em 8.º de 2. Factos provados tem por base o cadastro disciplinar do jogador Rúben Lameiras de fls. 37. Página 12 de 26

13 IV Fundamentação de direito A Fundamentos e âmbito do poder disciplinar 22. O poder disciplinar exercido no âmbito das competições organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol ou, por delegação, pela Liga Portuguesa de Futebol profissional assume natureza pública. Com clareza, concorrem para esta proposição as normas constantes dos artigos 19.º, n.º 1 e 2, da Lei n.º 5/2007 de 16 de janeiro (Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto), e dos artigos 10.º, 13.º, alínea i), do RJFD A existência de um poder regulamentar disciplinar justifica-se pelo dever legal artigo 52.º, n.º 1, do RJFD2008 de sancionar a violação das regras de jogo ou da competição, bem como as demais regras desportivas, nomeadamente as relativas à ética desportiva, entendendo-se por estas últimas as que visam sancionar a violência, a dopagem, a corrupção, o racismo e a xenofobia, bem como quaisquer outras manifestações de perversão do fenómeno desportivo (artigo 52.º, n.º 2, do RJFD2008). O poder disciplinar exerce-se sobre os clubes, dirigentes, praticantes, treinadores, técnicos, árbitros, juízes e, em geral, sobre todos os agentes desportivos que desenvolvam a atividade desportiva compreendida no seu objeto estatutário (artigo 54.º, n.º 1, do RJFD2008). 24. Todo este enquadramento, representa, entre tantas consequências, que estamos perante um poder disciplinar que se impõe, em nome dos valores mencionados, a todos os que se encontram a ele sujeitos, conforme o âmbito já delineado e que, por essa razão, assenta na prossecução de finalidades que estão bem para além dos pontuais e concretos interesses desses agentes e organizações desportivas. B - Da infração disciplinar em causa 25. No caso concreto, situamo-nos no universo das infrações específicas dos jogadores, concretamente, do ilícito disciplinar previsto e punido no artigo 161.º do RDLPFP20 [Uso ilícito 7 Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 248-B/2008, de 31 de dezembro (Regime jurídico das federações desportivas e do estatuto de utilidade pública desportiva) e alterado pelo artigo 4.º, alínea c), da Lei n.º 74/2013, de 6 de setembro (Cria o Tribunal Arbitral do Desporto e aprova a respetiva lei) e ainda pelos artigos 2.º e 4.º do Decreto-Lei n.º 93/2014, de 23 de junho, cujo texto consolidado constitui anexo a este último. O artigo 3.º da Lei nº 101/2017, de 28 de agosto, veio também a introduzir alterações neste regime, embora sem relevância neste domínio. Página 13 de 26

14 de slogans ou de publicidade], qualificado como grave, 8 cujo texto agora se transcreve na íntegra: «(...) Artigo 161 Uso ilícito de slogans ou de publicidade 1. O jogador que, em desrespeito pelas Leis do Jogo, exibir slogans, imagens ou formas de publicidade fora dos locais regulamentarmente previstos, independentemente do seu suporte, é punido com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 20 UC e o máximo de 50 UC. 2. Caso a infração tenha sido cometida em jogo objeto de transmissão televisiva ou por outro meio audiovisual, o jogador será punido com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 50 UC e o máximo de 500 UC. 3. Em caso de reincidência, os limites mínimo e máximo das sanções previstas no número anterior são elevados para o dobro. (...)» 3. O caso concreto: subsunção ao direito aplicável 26. Determina o artigo 17.º (Conceito de infração disciplinar) do RDLPFP20, que se considera infração disciplinar o facto voluntário, por ação ou omissão, e ainda que meramente culposo, que viole os deveres gerais ou especiais previstos nos regulamentos desportivos e demais legislação aplicável. 27. São, assim, elementos essenciais da infração disciplinar, de verificação cumulativa, os seguintes: (i) o facto do agente (que tanto pode traduzir-se numa ação como numa omissão); (ii) a ilicitude desse mesmo facto e (iii) a culpa. Como sabemos, no plano da culpa basta que estejamos face a uma conduta meramente culposa ou negligente do agente, para que essa conduta, desde que ilícita, seja passível de punição disciplinar, a menos que o tipo de ilícito disponha em sentido diverso. 8 Capítulo IV (Infrações disciplinares), Secção III (Infrações específicas dos jogadores), Subsecção III (Infrações disciplinares graves). Página 14 de 26

15 28. A subsunção ao direito aplicável pressupõe que se efetue a exegese da norma sancionatória em liça quanto aos Arguidos, para assim verificar se se encontram ou não preenchidos todos os elementos típicos, objetivos e subjetivos, que a mesma comporta. A aplicação do tipo disciplinar previsto no artigo 161.º do RDLPFP20, depende do apuramento de (i) exibição pelo jogador, (ii) em desrespeito pelas Leis do jogo, (iii) de slogans, imagens ou forma de publicidade (independentemente do seu suporte), (iv) fora dos locais regulamentarmente previstos. 29. Um aspeto prévio que importa clarificar é o de que, não obstante estar em causa a eventual relevância disciplinar do comportamento de um jogador, no terreno de jogo, em violação das Leis do jogo, não há que aquilatar in casu da aplicação da field of play doctrine nem dos respetivos pressupostos. 9 Qualificamos estas considerações como desnecessárias no tratamento jus disciplinar da presente hipótese, uma vez que, por remissão para as leis do jogo, se constata que o comportamento do jogador, sendo disciplinarmente relevante, não é suscetível de sanção pelo árbitro no terreno de jogo. 30. Dito isto, de uma leitura perfunctória do artigo 161.º resulta, portanto, que se em certas situações, a exibição, pelos jogadores, de slogans, imagens ou formas de publicidade está vedada pelas Leis do Jogo, outras há em que essa exibição é admissível à luz daquele mesmo normativo. 10 A disquisição do sentido dos elementos objetivos do tipo de ilícito p. e p. do artigo 161.º do RDLPFP20 reclama, neste sentido, que o intérprete e aplicador do direito determine quais são as situações de exibição conformes e contrárias às Leis do Jogo Cf., sobre este ponto, o que se disse no Processo Disciplinar n.º /2021, Acórdão da Secção Profissional tirado por unanimidade em , Relatora: Marta Vicente, em especial os pontos 25 e Por publicidade entende-se, ao abrigo do artigo 3.º, n.º 1 do Código da Publicidade, aprovado pelo Decreto-lei n.º 330/90, de 23 de outubro, na redação conferida pela Lei n.º 30/2019, de 23 de abril, «qualquer forma de comunicação feita por entidades de natureza pública ou privada, no âmbito de uma atividade comercial, industrial, artesanal ou liberal, com o objetivo direto ou indireto de: a) Promover, com vista à sua comercialização ou alienação, quaisquer bens ou serviços; b) Promover ideias, princípios, iniciativas ou instituições. 2 - Considera-se, também, publicidade qualquer forma de comunicação da Administração Pública, não prevista no número anterior, que tenha por objetivo, direto ou indireto, promover o fornecimento de bens ou serviços. 3 - Para efeitos do presente diploma, não se considera publicidade a propaganda política». O suporte publicitário é, por seu turno, nos termos do artigo 5.º, n.º 1, al. c) do mesmo Código, «o veículo utilizado para transmissão de mensagem publicitária». 11 De acordo com o artigo 4.º, n.º 1, al. p) do RDLPFP20, por Leis do jogo entende-se «as Leis do Jogo aprovadas pelo International Football Association board». Encontram-se em vigor, desde junho de 2020, as Leis do Jogo 2020/2021, que podem ser consultadas no respetivo sítio oficial. Página 15 de 26

16 31. Como dá conta o Ilustre Instrutor, a Lei do Jogo que versa sobre o tema dos presentes autos é a Lei do Jogo n.º 04, 12 que tem por objeto «O equipamento dos jogadores». Lê-se no ponto 5 dessa Lei, sob a epígrafe «Slogans, mensagens, imagens ou publicidade», o seguinte: «(...) O equipamento não pode conter slogans, mensagens ou imagens, políticas, religiosas ou pessoais. Os jogadores não estão autorizados a exibir roupa interior com slogans, declarações ou imagens políticas, religiosas ou pessoais ou publicidade para além do logótipo do fabricante. Se for cometida qualquer infração, o jogador e/ou equipa são sancionados pela organização da competição, pela respetiva federação membro ou pela FIFA. Princípios A Lei 4 aplica-se a todos os equipamentos (incluindo indumentária) usados pelos jogadores, substitutos e jogadores substituídos; estes princípios também se aplicam a todos os elementos oficiais na área técnica. Os seguintes casos são(geralmente)permitidos: número do jogador, nome, emblema / logotipo da equipa, slogans / emblemas de iniciativas que promovam o jogo de futebol, respeito e integridade, bem como qualquer publicidade permitida pelas regras de competição ou Federação nacional, confederação ou regulamentos da FIFA os dados do jogo: equipas, data, competição/evento, local; Os slogans, mensagens ou imagens permitidas devem ser confinados à parte da frente da camisola de jogo, manga e / ou braçadeira; Em alguns casos, o slogan, mensagem ou imagem só pode aparecer na braçadeira do capitão. (...)» 32. Da leitura do ponto 5 da Lei do Jogo n.º 04 conclui-se, com interesse para os presentes autos, que: (i) o equipamento do jogador não pode conter slogans, mensagens ou imagens, políticas, religiosas ou pessoais; (ii) os jogadores não estão autorizados a exibir roupa interior com slogans, declarações ou imagens políticas, religiosas ou publicidade para além do logótipo do fabricante; (iii) há slogans, mensagens e imagens que podem figurar no equipamento do jogador; (iv) a proibição de publicidade nos equipamentos pode ser derrogada pelas regras de competição, da Federação nacional, da confederação ou pelos regulamentos da FIFA. 12 A par deste dispositivo, há que destacar o ponto 12 da Lei do Jogo n.º 01, relativo à publicidade comercial. Página 16 de 26

17 33. Importante na identificação dos slogans, mensagens e imagens suscetíveis de figurar no equipamento do jogador é, para além das leis do jogo, o disposto no Regulamento de equipamentos, constante do Anexo XI ao RCLPFP20. Neste estabelece-se um conjunto de regras sobre o material, emblemas, números, cores, nomes, publicidade e outros elementos facultativos e obrigatórios dos equipamentos dos jogadores das competições organizadas pela Liga Portugal, bem como regras sobre o procedimento de aprovação dos equipamentos. 34. Subjaz ao Regulamento uma preocupação funcional que ambiciona preservar a verdade desportiva e a qualidade do espetáculo desportivo. Procura-se através da padronização do equipamento facilitar a identificação dos jogadores, dos patrocinadores dos clubes, das marcas dos fabricantes, reservando-lhes um local próprio no equipamento oficial e garantindo a sua não confundibilidade com outras mensagens ou logótipos dos organizadores das competições. Paralelamente, denota-se uma evidente preocupação com o conteúdo das imagens, slogans e publicidade incorporadas no equipamento, por forma a que este não seja fator de perturbação da ordem pública, e daí a proibição de elementos que ofendam os bons costumes ou que transmitam mensagens políticas, religiosas ou de cariz racial. Esta disposição deve ser lida em conjugação com o ponto 5 da Lei do Jogo n.º 04, não afastando, portanto, a possibilidade de incorporação nos equipamentos de elementos afetos a campanhas de promoção do espírito desportivo e de combate à discriminação no futebol As normas sobre o equipamento e a roupa interior dos jogadores devem ser enquadradas no espetro mais alargado de regras e princípios sobre a prevenção e combate à violência, ao racismo, à xenofobia e a outras formas de intolerância no desporto. Como este Conselho tem reiteradamente afirmado, 14 a prevenção e combate à violência no desporto é uma imposição constitucional (artigo 79.º), que, quando conjugada com o disposto nos artigos 25.º (integridade 13 A FIFA pretende ser um role model para as federações e confederações associadas, sendo possível destacar um extenso leque de iniciativas, códigos de conduta e regras sobre a discriminação no futebol. Sem pretensões de exaustividade, cf. os artigos 3.º e 4.º dos Estatutos da FIFA, os artigos 11.º a 13.º do Código Disciplinar da FIFA (edição de 2019), o artigo 20.º do Código de Ética da FIFA, bem como as iniciativas elencadas em documentos oficiais, como, por ex., o Guia de Boas práticas da FIFA em matéria de diversidade e combate à discriminação, que pode ser consultado em (acesso em ). 14 Cf., a título exemplar ainda que meramente exemplificativo, o Processo Disciplinar n.º /2020, acórdão da Secção Disciplinar tirado por unanimidade em (Relator: Vasco Cavaleiro); Processo Disciplinar n.º /2020, acórdão da Secção Profissional tirado por unanimidade em (Relator: Maria José Carvalho). Página 17 de 26

18 pessoal) e 26.º, n.º 1 ( proteção legal contra quaisquer formas de discriminação ) da Constituição, alicerça um verdadeiro dever estadual de produção legislativa, já concretizado através do Regime jurídico da segurança e combate ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos, aprovado pela Lei n.º 39/2009, de 30 de junho, com as alterações da Lei n.º 113/2019, de 11.09, e do Regulamento de prevenção da violência, constante do anexo VI ao RCLPFP Estes concretos esforços legislativos e regulamentares de sancionamento de comportamentos de incitamento à violência, racismo, xenofobia, intolerância e ódio 15 seriam coartados se não fossem acompanhados, no que respeita aos protagonistas do espetáculo desportivo os jogadores de idênticos deveres de abstenção de comportamentos suscetíveis de comprometer a ética desportiva e o fair play e de pôr em dúvida a formação integral dos agentes desportivos (cf. artigo 3.º da Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto). 37. Mesmo rejeitando uma visão excessivamente deontológica do papel do jogador profissional de futebol (ou do desportista profissional em geral), não há como ignorar a ressonância da sua conduta no terreno de jogo. 16 Destarte, sem esquecer que o jogador-pessoa é sujeito ativo de direitos fundamentais designadamente do direito à liberdade de expressão e do direito ao livre desenvolvimento da personalidade (artigos 37.º e 26.º da Constituição, respetivamente) é compreensível que tanto as Leis do Jogo como os regulamentos desportivos o perspetivem como destinatário privilegiado de certos deveres. Com efeito, respeitado o princípio da proporcionalidade, é-lhes assacável um dever de abstenção de quaisquer comportamentos que, pelo contexto em que têm lugar, possam comprometer o princípio da ética desportiva Referimo-nos, concretamente, aos artigos 6.º, 7.º, 9.º e 10.º do Regulamento de prevenção da violência; e os artigos 8.º, 14.º, 22.º e 23.º do Regime jurídico da segurança e combate ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos. 16 Sobre este problema, cf. Francisco Javier López Frias, «El derecho a la intimidad de los deportistas», in Deporte y derechos (coord. Pérez Trivino/Cañizares Rivas), Reus Editorial, Madrid, 2017, pp (em especial p. 141 ss.). 17 Basta para tanto atentar na Secção III do RDLPFP20, relativa às Infrações específicas dos jogadores, e os inúmeros ilícitos disciplinares aí previstos associados a agressões (artigos 145.º, 151.º e 152.º), incitamento à indisciplina (artigo 153.º), prática de jogo violento (artigo 153.º), uso de expressões ou gestos ameaçadores (artigo 157.º), injúrias e ofensas à reputação (artigo 158.º), comportamentos discriminatórios (artigo 159.º), protestos e atitudes incorretas (artigo 166.º). Idêntico cuidado é visível no Código Disciplinar da FIFA (edição 2019), em particular nos artigos 11.º (comportamento ofensivo e violação dos princípios do fair play), 12.º (comportamento incorreto de jogadores e elementos oficiais) e 13.º (discriminação). Página 18 de 26

19 38. Em síntese, o substrato teleonomológico do ponto 5 da Lei do Jogo n.º 04 passa, por um lado, por prevenir e combater a violência no desporto, garantindo a ordem e a segurança públicas no recinto desportivo, e por outro, por evitar a confundibilidade das mensagens do jogador com as mensagens, logótipos ou slogans dos clubes e dos organizadores das competições, com o propósito, portanto, de preservar a neutralidade (onde esta seja pretendida), bom-nome e o prestígio dessas competições e daqueles organizadores. 39. Sendo este o enquadramento histórico, teleológico e sistemático do ponto 5 da Lei do Jogo n.º 04, afigura-se razoavelmente evidente que tal dispositivo contém uma proibição tout court de comunicação de mensagens alheias ao fenómeno desportivo através do equipamento oficial ou da roupa interior do jogador, não ignorando o Autor das Leis do Jogo (IFAB) que este tipo de exibição, por ter geralmente lugar nos momentos decisivos do jogo (e.g., a marcação de um golo), constitui fator redobrado de perturbação da ordem desportiva. 18 A natureza absoluta da proibição justifica-se por razões de praticabilidade, mas também de isonomia e de imparcialidade, compreendendo-se que, atenta a carga subjetiva ínsita às mensagens e imagens exibidas pelos jogadores, os Autores do Regulamento Disciplinar não tenham chamado a si, nem delegado no órgão decisor, o ónus de avaliar a exata extensão em que cada uma daquelas mensagens se mostra apta a perturbar a ordem desportiva. 40. Como decorre dos autos, a instauração do presente processo disciplinar teve por base factos constantes do Relatório de árbitro e do Relatório de Delegado, relativos ao jogo realizado no dia , entre a SC Farense Futebol, SAD e a Futebol Clube de Famalicão Futebol, SAD. Da matéria de facto dada como provada nos autos, deflui, sem necessidade de outras considerações, que: (i) o jogador Arguido Brian Mansilla, aquando da celebração de um golo por si marcado, levantou a camisola do equipamento oficial e exibiu, na sua roupa interior, uma fotografia impressa do próprio e da sua avó materna, falecida na semana que antecedeu o jogo em causa; 18 Não contestando esta interpretação (embora a questão não se tenha aí colocado nos mesmos termos já que o jogador levantou, aquando da celebração de um golo, a camisola oficial e mostrou uma mensagem através da sua roupa interior), cf. Processo Disciplinar n.º /2020, acórdão da Secção Não Profissional tirado por unanimidade em (Relator: Leonel Gonçalves), em especial o ponto 24 da decisão. Página 19 de 26

20 (ii) o jogador Arguido Rúben Lameiras, aquando da celebração de um golo por si marcado, levantou a camisola do equipamento oficial e exibiu, na sua roupa interior, uma fotografia impressa de um amigo falecido recentemente, a quem pretendeu prestar homenagem. Tratou-se, em ambos os casos, portanto, da exibição pelos jogadores, através da roupa interior, de imagens e mensagens pessoais, em violação das Leis do Jogo, havendo de dar-se por preenchido, neste conspecto, o elemento objetivo da infração p. e p. no artigo 161.º do RDLPFP Idêntica asserção deve ser produzida relativamente ao elemento subjetivo. Está fora de cogitação que dois jogadores profissionais de futebol, que atuam inclusivamente na I Liga (Liga NOS), a mais relevante das competições profissionais organizadas pela Liga Portugal (cf. artigo 7.º, n.º 1, al. a) do RCLPFP20), ignorem ou possam licitamente ignorar os deveres que sobre eles impendem no sentido da não exibição, através de roupa interior, por baixo do equipamento oficial, de mensagens alheias ao fenómeno desportivo, inclusivamente de mensagens de caráter pessoal. Destarte, a ligação psicológica entre os agentes e o facto é indesmentível, havendo de concluir-se que estes representaram o facto ilícito e dirigiram a sua vontade à respetiva realização, atuando, por isso, com dolo direto. 42. As considerações precedentes, na medida em que evidenciam o preenchimento dos elementos típicos, demonstram que os Arguidos praticaram a infração disciplinar p. e p. no artigo 161.º, n.ºs 1 e 2 do RDLPFP Não convocamos, para dar como assente esta qualificação, a interpretação autêntica a que o próprio IFAB procede na secção Interpretação da lei, integrada no ponto 5 da Lei do Jogo n.º 04. Diz-se aí, a dado momento, que: «(...) Embora seja relativamente simples definir os termos religioso e pessoal, o "político" e menos claro, mas não são permitidos slogans, mensagens ou imagens relacionadas com o seguinte: Qualquer pessoa(s), viva ou morta (a menos que seja o nome da competição oficial); Qualquer partido/organização/grupo local, regional, nacional ou internacional, etc. Qualquer entidade governamental, local, regional ou nacional ou respetivos departamentos, escritórios ou funções. Qualquer organização discriminatória Qualquer organização cujos objetivos/ações possam ofender um número considerável de pessoas Qualquer ato/evento político específico. (...)» Afigura-se-nos, na verdade, que a enumeração transcrita onde se inclui especial referência a pessoa viva ou morta pretende elencar as situações que, no entender do Autor das Leis do Jogo, consubstanciam mensagens de natureza política, por ser este o leque de situações supostamente mais difícil de identificar. Esta nota não compromete, contudo, a conclusão de que a t-shirt exibida pelo Arguido contém uma mensagem pessoal. Visa apenas deixar claro que tal conclusão não se estriba na enumeração proposta pelo IFAB na secção Interpretação da lei (o itálico e nosso). Página 20 de 26

21 V - Medida e graduação da sanção 43. É no Capítulo III (medida e graduação das sanções), artigos 52.º a 61.º, do RDLPFP20 que nos deparamos com as normas que possibilitam alcançar a medida concreta da sanção, tendo sempre presente o princípio da proporcionalidade, patente no artigo 10.º, 20 e o funcionamento das circunstâncias que, não fazendo parte do tipo da infração, militem a favor do agente ou contra ele, e que encontram consagração nos artigos 53.º (Circunstâncias agravantes) e 55.º (Circunstâncias atenuantes) do Regulamento. A isto acresce ainda a possibilidade de atenuação especial da sanção, prevista no artigo 60.º, incidente sobre a sanção concretamente aplicada. 44. Como princípio estruturante da tarefa de concretização da medida da sanção, devemos ter ainda como revelante o disposto no artigo 52.º (Determinação da medida da sanção): «A determinação da medida da sanção, dentro dos limites definidos no presente Regulamento, farse-á em função da culpa do agente, tendo ainda em conta as exigências de prevenção de futuras infrações disciplinares.» 45. Portanto, prevenção e culpa são os critérios gerais a atender na fixação da medida concreta da sanção, espelhando o primeiro a necessidade comunitária do sancionamento do caso concreto, ou, nas distintas palavras de Figueiredo Dias, «a necessidade de tutela da confiança e das expectativas da comunidade na manutenção da vigência da norma violada», 21 e constituindo o segundo dos enunciados critérios, especificamente dirigido ao agente da infração, o limite às exigências de prevenção e, portanto, o limite máximo da sanção. 46. Mister é, neste particular, notar que é a ideia de prevenção geral (positiva) enquanto finalidade primordial visada pela sanção, que dá sustento ao cumprimento do princípio da necessidade da pena consagrado, em termos gerais, no artigo 18.º, n.º 2 da CRP. São, nomeadamente, as exigências de prevenção geral que definem a chamada moldura da prevenção, em que o quantum máximo de sanção corresponderá à medida ótima de tutela dos bens jurídicos e das expectativas comunitárias que a sanção deve alcançar e o limite inferior é aquele que define o limiar mínimo da defesa do ordenamento jurídico, abaixo do qual já não é 20 Segundo o artigo 10.º do RDLPFP20, «as sanções disciplinares aplicadas como consequência da prática das infrações disciplinares previstas no presente regulamento devem ser proporcionais e adequadas ao grau da ilicitude do facto e à intensidade da culpa do agente». 21 Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Teoria Geral, Tomo I, 2.ª ed. (reimpressão), Coimbra Editora, Coimbra, 2012, p. 79. Página 21 de 26

22 comunitariamente suportável a fixação de sanção sem irremediável prejuízo da respetiva função tutelar. Nesse contexto, no que concerne às exigências de prevenção especial ou individual, a sanção não pode deixar de alcançar o objetivo de fazer o arguido interiorizar o desvalor da sua conduta de molde a prevenir a prática de futuros ilícitos disciplinares. Em todo o caso, a medida da sanção não pode ultrapassar a medida da culpa, que constitui «um limite inultrapassável de todas e quaisquer considerações preventivas». 22 São este, pois, os critérios que orientam o aplicador do direito na determinação do substrato da medida da pena. 47. Ora, apurados os factos valorados como atentatórios da ordem jurídica desportiva e enquadrados nos respetivos tipos de infração, resta apreciar e decidir as sanções a aplicar. 48. A prática da infração disciplinar p. e p. no artigo 161.º, n.º 1 do RDLPF120 é punida, em abstrato, com sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 20 e o máximo de 50 UC. Contudo, caso a infração tenha sido cometida em jogo objeto de transmissão televisiva ou por outro meio audiovisual, o jogador será punido com sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 50 e o máximo de 500 UC. Foi o que sucedeu in casu, como se deu conta em 2.º de 2. Factos provados. 49. Contudo, uma vez que, em audiência disciplinar, os arguidos confessaram integralmente e sem reservas os factos que lhe eram imputados na acusação, há que fazer funcionar o preceituado no n.º 6 do artigo 245.º do RCLPFP20, segundo o qual os limites mínimo e máximo das sanções de natureza pecuniária devem, em caso de confissão que se revista daquelas características, ser reduzidos para metade. Tal circunstância permite-nos, portanto, fixar o arco da sanção de multa a aplicar pela prática, in casu, da infração disciplinar p. e p. no artigo 161.º, n.ºs 1 e 2 do RDLPFP20, entre o mínimo de 25 e o máximo de 250 UC. 50. Posto isto, em termos de prevenção geral, há que considerar a natureza e a relevância dos bens jurídicos protegidos pelo tipo de ilícito em questão. Parte-se do pressuposto que aos jogadores profissionais de futebol, pela centralidade e protagonismo de que se reveste a sua conduta no retângulo de jogo e pela ressonância mediática que tal conduta pode assumir fora de campo, devem ser assacados especiais deveres de abstenção de comportamentos que 22 Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Teoria Geral, Tomo I, 2.ª ed. (reimpressão), Coimbra Editora, Coimbra, 2012, p Página 22 de 26

23 possam comprometer a ética desportiva, na sua dimensão de prevenção e combate à violência no desporto e de garantia do prestígio e bom nome das competições desportivas (cf. artigo 3.º, n.ºs 1 e 2 da Lei de Bases da Atividade Física e do desporto, aliado ao artigo 52.º do RJFD). 51. O ponto 5 da Lei do Jogo n.º 04, para o qual o artigo 161.º do RDLPFO20 remete, contém uma proibição tout court de mensagens, imagens e slogans de cariz pessoal inscritas no equipamento ou roupa interior do jogador, desonerando-se os Autores do Regulamento Disciplinar de avaliar a exata extensão em que cada uma daquelas mensagens se mostra apta a perturbar a ordem desportiva. 52. Não obstante, é preciso moderar as exigências de prevenção geral que se levantam no caso sub judice, atendendo ao modo e à intensidade com que os bens jurídicos que o artigo 161.º do RDLPFP20 ambiciona proteger foram postos em causa pela conduta dos jogadores Arguidos. Em particular, cumpre destacar que a exibição de roupa interior contendo mensagens pessoalíssimas como as que defluem dos autos se assume como benigna quando comparada com outro tipo de mensagens de cariz pessoal, político e religioso. Tudo para dizer que, apesar de estar em causa uma infração grave, sancionável com multa de montante não despiciendo, a «necessidade da tutela da confiança e das expectativas da comunidade na manutenção da vigência da norma violada» 23 não se afigura, in casu, particularmente elevada. 53. No que concerne às exigências de prevenção especial ou individual, avulta que nem o jogador Brian Mansilla nem o jogador Rúben Lameiras foram admoestados, na época desportiva de 2019/2020 ou na época desportiva de 2020/2021, com sanções de gravidade idêntica ou superior gravidade. Na verdade, as sanções disciplinares averbadas nos respetivos cadastros resultam da admoestação em campo com cartões amarelos (cf. artigo 164.º do RDLPFP20 [Cartões amarelos e vermelhos], infração qualificada como leve), o que demonstra que as exigências de prevenção especial não serão particularmente elevadas. 54. Muito embora os jogadores Arguidos, pelas razões veiculadas supra, tenham representado o facto ilícito e aderido à sua realização, atuando, portanto, com dolo direto, é preciso ter 23 Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Parte Geral, Tomo I, 2ª Edição (Reimpressão), Coimbra Editora, Coimbra, 2012, p. 79. Página 23 de 26

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