INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO BRASIL

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3 RICARDO UBIRACI SENNES ANTONIO BRITTO FILHO (Orgs.) INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO BRASIL DESEMPENHO, POLÍTICAS E POTENCIAL Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd III 05/05/ :41:08

4 2010 Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa Interfarma CULTURA ACADÊMICA EDITORA Praça da Sé, São Paulo SP Tel.: (0xx11) Fax: (0xx11) CIP Brasil. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ Inovações tecnológicas no Brasil. Desempenho, políticas e potencial / Ricardo Ubiraci Sennes e Antonio Britto Filho (orgs.). São Paulo: Cultura Acadêmica, p.: il. Inclui bibliografia ISBN Ciência Brasil. 2. Tecnologia Brasil. 3. Ciência e Estado Brasil. 4. Tecnologia e Estado Brasil. 5. Inovações tecnológicas Brasil. 6. Inovações tecnológicas Política governamental Brasil. 7. Política industrial Brasil. 8. Pesquisa Brasil. I. Sennes, Ricardo. II. Britto Filho, Antonio CDD: CDU: 5/6(81) Editora afiliada: Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd IV 05/05/ :41:08

5 AGRADECIMENTOS Agradecemos aos autores dos artigos bem como aos entrevistados por suas atuações e memórias, agora materializadas neste livro. Agradecemos também o apoio das equipes da Interfarma Ronaldo Luiz Pires, Tatiane Schofield e Sérgio Ribeiro, da Prospectiva Consultoria Anselmo Takaki, Claudia Mancini e Diogo Galvão e da Fundação Editora da Unesp Jézio Hernani Bomfim Gutierre e Henrique Zanardi. Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd V 05/05/ :41:08

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7 SUMÁRIO Apresentação IX Parte 1 Potencial científico do Brasil 1 1 Recursos humanos para ciência e tecnologia no Brasil 7 2 Evolução e perfil da produção científica brasileira 41 3 Avaliação do perfil atual da pesquisa aplicada no Brasil 55 Parte 2 Inovação como estratégia empresarial 79 4 Atração de investimento direto estrangeiro em pesquisa e desenvolvimento 83 5 A inovação na empresa: imperativo para uma mudança estratégica Os movimentos das multinacionais e a internacionalização da pesquisa, desenvolvimento e inovação Inovação à brasileira. Três estilos de internacionalização: Natura, Marcopolo e Embraer 147 Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd VII 05/05/ :41:08

8 Parte 3 Inovação no Brasil: comparações e casos de sucesso Oportunidades, incentivos e dificuldades na atração e estabelecimento de laboratórios de pesquisa no Brasil: o caso da IBM Research-Brasil Avaliação do cotidiano inovador no Brasil: mercado biofarmacêutico, biociências e o papel da Biominas Brasil 217 Parte 4 Inovação no setor da saúde do homem no Brasil Panorama regulatório da pesquisa no Brasil Centros de pesquisa em hospitais de ponta no Brasil Conexões entre inovação e acesso à saúde Inovação nos laboratórios públicos A inovação e o BNDES 341 Referências 353 Sobre os autores 357 Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd VIII 05/05/ :41:08

9 APRESENTAÇÃO O tema da inovação ganhou espaço na agenda nacional nos últimos anos e é objeto de consistente ativismo político desde o final da década de Contudo, apesar da inestimável contribuição dos agentes responsáveis pela pauta de inovação nesse período, o fato é que o esforço ainda não foi suficiente para que o tema se tornasse central na estratégia de desenvolvimento do país. A justificativa para inovar processos e produtos é óbvia, mas a incorporação ao cotidiano das empresas, universidades e instituições públicas, como se sabe, não é tarefa trivial. Alcançar e se manter na fronteira do conhecimento requer uma conjunção de fatores internos e externos que normalmente não se restringem à motivação individual, de uma empresa ou de uma instância governamental, mas da convergência de elementos que impulsionam os agentes promotores da inovação para novos patamares de conhecimento técnico e científico. Diante desse desafio, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) se propôs, com o apoio da Prospectiva Consultoria, a formular um debate que contribua com a avaliação, a proposição e o incremento da inovação no Brasil e, particularmente, na indústria da saúde. Este livro reúne a opinião de especialistas que cooperaram para a disseminação da cultura da inovação em nossas empresas, centros de pesquisa e universidades nas últimas décadas, e cujas experiências certamente servirão de ponto de partida para aperfeiçoar o debate que tanto interessa àqueles que trabalham para o desenvolvimento econômico e, sobretudo, social do Brasil. A pluralidade de perspectivas, autores e experiências refletidas nos artigos e nas entrevistas que compõem este volume permite ao leitor ter uma Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd IX 05/05/ :41:08

10 X RICARDO UBIRACI SENNES ANTONIO BRITTO FILHO (ORGS.) visão bastante ampla sobre o quadro nacional da pesquisa e inovação atualmente. Tal efeito somente pôde ser alcançado por meio das balizadas opiniões formuladas por especialistas das principais universidades e centros de pesquisa do país, representantes de instituições de fomento, cientistas e empreendedores no campo da inovação, líderes de projetos de inovação em empresas nacionais e multinacionais, de vários campos do conhecimento e de diversas regiões do Brasil. O livro identifica inúmeros pontos positivos nas políticas científicas e tecnológicas brasileiras, assim como experiências bem-sucedidas de empresas e instituições públicas nessa matéria. Ao mesmo tempo, pontua várias questões ainda não equacionadas na regulação e procedimentos sobre pesquisa e desenvolvimento no país, deficiências importantes no perfil empresarial, assim como alguns dissensos ainda que reduzidos sobre as melhores práticas no relacionamento público-privado. Pretendemos contribuir para um balanço sobre onde estamos em matéria de políticas públicas, base científica e capacidade empresarial para inovar, assim como indicar alguns passos possíveis a serem tomados no futuro próximo. Esse livro consolida a percepção de que o Brasil já andou muito no campo científico e tecnológico e tem, atualmente, excelentes condições para dar um salto no volume e na qualidade da inovação produzida no país. Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd X 05/05/ :41:08

11 PARTE 1 POTENCIAL CIENTÍFICO DO BRASIL Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 1 05/05/ :41:08

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13 A presente coletânea de artigos sobre inovação no Brasil não poderia ser iniciada de maneira diferente. Como parte introdutória ao tema aqui discutido, se faz necessária uma prévia avaliação do que pode ser chamado de Potencial Científico do Brasil, envolvendo aspectos de mão de obra, da pesquisa no ensino superior e da produção científica universitária, já avançando assim nos tópicos a serem discutidos posteriormente, proporcionando uma desmistificação da pesquisa aplicada como geradora da inovação. Nesse sentido, Carlos Henrique de Brito Cruz, no primeiro capítulo, nos apresenta provocações acerca da formação e da utilização de mão de obra em ciência e tecnologia, e de forma bem objetiva, sugere que o ensino superior no Brasil (incluindo pesquisa e pós-graduação) não é orientado para a geração de conhecimento para inovação via pesquisa básica, o que determina a pouca quantidade de pesquisa aplicada, e seu fruto a inovação. Brito Cruz inicia sua argumentação observando que a política brasileira de incentivo à ciência e tecnologia pode ser considerada uma política de Estado, com programas, projetos e medidas tomadas desde a década de Apresenta uma das principais contradições do Sistema Nacional de C&T: a produção científica é rica, crescente, e ganha relevância; enquanto a quantidade de patentes geradas é baixa, e cresce em ritmo inferior em relação à primeira. Ademais ao já conhecido argumento de que ciência e tecnologia no Brasil não são realizadas em empresas (via atividades de pesquisa e desenvolvimento P&D), mas, sim, em universidades e institutos de pesquisa fato que determina o locus de trabalho dos pesquisadores, Brito Cruz exime Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 3 05/05/ :41:08

14 4 RICARDO UBIRACI SENNES ANTONIO BRITTO FILHO (ORGS.) parcialmente a responsabilidade do setor privado ao revelar que 66% dos graduandos em 2008 eram das áreas de Ciências Humanas e Sociais; Engenharia e Ciências Exatas respondiam por 14%; e Saúde, 16%. Dados similares e com o mesmo simbolismo refletem a pós-graduação. Ora, o Brasil não forma mão de obra nas especialidades técnicas e científicas necessárias para atividades de pesquisa aplicada. Dessa forma, Brito Cruz propõe uma reavaliação do sistema brasileiro de ensino superior, no sentido de incorporar, pela formação de mão de obra, a necessidade de gerar mais inovação via pesquisa aplicada. Por esse viés, é destacado que a o Brasil possui uma rede de universidades de altíssima competência e qualidade que teria condições de liderar esse processo. Marco Antonio Zago, no segundo capítulo, aborda justamente essa rede de universidades e institutos de pesquisa responsável pela boa e crescente produção científica no país, e que seria incumbida de elevar o Brasil a um alto patamar em termos de ciência, tecnologia e inovação. Zago analisou o perfil da produção científica brasileira, e ponderou que para atingir o nível desejado em termos de C&T&I, há de se atentar para a melhora da qualidade da ciência produzida no país. Essa percepção é apontada pelo fato de, apesar de crescente, a produção científica brasileira ainda gerar pouca repercussão e influência na comunidade científica internacional. Zago apontou que em uma determinada base de dados científica, apenas 0,16% das publicações brasileiras de possuía 200 citações ou mais. E mais: desses poucos exemplos, grande parte era trabalho resultante de cooperação e intercâmbio com pesquisadores e grupos de pesquisa de fora do país, ou seja, não era 100% nacional. Não obstante, Zago apontou as áreas de ciências da vida (incluindo agricultura, ciências biológicas e medicina) como destaque do Brasil em termos da produção científica quantidade e qualidade e observou que esses campos são promissores para investimentos em ciência aplicada e inovação, pois já há qualificação suficiente para uma mudança de patamar. Dentro dessa mesma linha, Fernando Galembeck, no terceiro capítulo, apresenta casos e exemplos de pesquisas aplicadas e inovações de sucesso justamente do campo de ciências da vida, em especial o ramo da agricultura e das ciências biológicas. Galembeck nos presta um bom serviço ao desmitificar a pesquisa aplicada: quantidade de patentes e papers nem sempre significam uma boa, ruim, pouca ou elevada atividade de pesquisa aplicada Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 4 05/05/ :41:08

15 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO BRASIL 5 e de inovação. Muitas vezes, avanços em C&T e inovações são absorvidos pela sociedade de maneira natural, sem a devida percepção desse avanço. Ao analisar a pesquisa aplicada no país, em um primeiro momento pelas patentes, Fernando Galembeck constatou o conhecido fato de poucos pedidos de proteção patentária advindos do Brasil, e ainda verificou que essa quantidade reduzida, em sua maioria, é realizada por empresas estrangeiras que performam P&D em suas filiais brasileiras. Não obstante, o Brasil possui qualificadas atividades de pesquisa aplicada e inovação que não são captadas pelos indicadores de patentes e produção científica principalmente nas áreas agrícola e biológica, desempenhados tanto por pequenas e médias empresas, quanto por universidades e institutos de pesquisa. De fato, essas três contribuições comprovam o alto potencial científico brasileiro. No entanto, também mencionam necessidades de sintonia fina no sistema nacional de ciência e tecnologia no sentido de que, tal potencial seja de fato transformado em realidade e o país deixe de ter possibilidade para que se torne potência. Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 5 05/05/ :41:08

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17 1 RECURSOS HUMANOS PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO BRASIL Carlos Henrique de Brito Cruz Introdução Políticas duradouras, também caracterizadas como políticas de Estado, têm tido alguma efetividade no desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Brasil, especialmente em aspectos mais acadêmicos, relacionados à formação de recursos humanos e à pesquisa científica. Alguns eventos marcantes foram a criação da Universidade de São Paulo (USP) em 1934; a instauração da Constituição Paulista de 1947 com seu artigo 123 que determina a vinculação de 0,5% da receita ordinária do Estado à pesquisa e à criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp); a criação do Centro Técnico Aeroespacial e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica entre 1946 e 1950; a instauração do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em 1951; do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais de 1961 a 1971; do Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa na USP em 1962; a criação da Financiadora de Estudos e Projetos, da Universidade de Campinas e da Empresa Brasileira de Aeronáutica em 1967; do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em 1969, do Programa Nacional do Álcool (Pró-Álcool) em 1975 e da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) em 1976; a instituição do Ministério da Ciência e Tecnologia em 1986, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) de 1988 a 1996, dos Fundos Setoriais de 1999 a 2002; a extinção do contingenciamento sobre os Fundos a partir de 2008; o estabelecimento do Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 7 05/05/ :41:08

18 8 RICARDO UBIRACI SENNES ANTONIO BRITTO FILHO (ORGS.) programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia em uma bem- -sucedida parceria entre a União e Estados brasileiros. Mesmo incompleta, essa sequência de eventos ilustra uma política para C&T&I (Ciência, Tecnologia e Inovação) que se desenvolve ao longo de muitos governos e por meio de muitas iniciativas, mesmo em se tratando de governos com diferentes orientações políticas. Como resultados, temos hoje no país um sistema de pós-graduação mundialmente competitivo e uma contínua ascensão no ranking mundial de publicações científicas. Por outro lado, apesar de várias iniciativas governamentais e do interesse do setor privado, especialmente a partir de 1995, o Brasil não conseguiu superar os enormes obstáculos macroeconômicos que compõem um ambiente hostil no país em relação à P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) em empresas. Neste trabalho, pretende-se analisar alguns aspectos da situação atual no que diz respeito à capacitação científica brasileira, especialmente no que tange à formação de recursos humanos para a pesquisa. Dois indicadores relevantes de resultado: artigos e patentes Dois importantes indicadores de resultados em C&T, por ajudarem a formação de um quadro geral da situação nacional, são o número de artigos científicos publicados em revistas científicas de circulação internacional e o número de patentes registradas internacionalmente. O primeiro, o número de artigos, relaciona-se à capacidade acadêmica para a criação de conhecimento. O segundo, o número de patentes, diz respeito à capacidade da indústria em criar tecnologia de impacto mundial. A evolução no número de artigos científicos é mostrada na Figura 1.1, juntamente com um indicador relativo ao seu impacto, que é o número de citações por artigo dois anos após a publicação. O número de artigos apresenta uma evolução bem positiva: de 1994 a 2000, a produção científica cresceu 15% ao ano. No segundo período, de 2000 a 2006, também houve um grande crescimento, embora menor do que no primeiro, com taxa de 10% ao ano. O impacto médio de cada artigo cresceu 13% no primeiro período, elevando-se para 34% no segundo período. Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 8 05/05/ :41:08

19 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO BRASIL 9 Quantidade de artigos ISI ,50 Número de artigos Citações por artigo dois anos após publicação 2, , , ,50 0 0, Citações por artigo dois anos após a publicação Figura 1.1. Quantidade de artigos científicos publicados nos anos 1994, 2000 e 2006 por autores com residência no Brasil e quantidade de citações por artigo, dois anos após a publicação. * Dados pesquisados no Web of Science < Quanto ao número de patentes concedidas pelo Uspto (United States Patent and Trademark Office) 1 a depositários no Brasil, a evolução é mostrada na Figura 1.2 em intervalos de cinco anos. No primeiro intervalo, de 1994 a 1999, a taxa anual média de variação mostrou crescimento de 8,7% ao ano; no período de 1999 a 2004, essa taxa caiu para 3,1% ao ano; e no quinquênio de 2004 a 2009 a taxa tornou-se negativa, com 0,6% ao ano. A taxa negativa para o último quinquênio é consistente com o resultado da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) 2010 que mostrou uma redução de 10% no número de pesquisadores empregados por empresas entre 2005 e O Escritório norte-americano de Patentes e Marcas é um órgão vinculado ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos, cujo mandato analisa e concede patentes bem como garante o registro de marcas; equivalente ao Brasileiro Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 9 05/05/ :41:08

20 10 RICARDO UBIRACI SENNES ANTONIO BRITTO FILHO (ORGS.) Quantidade de patentes concedidas pelo USPTO para depositários no Brasil Figura 1.2. Quantidade de patentes concedidas pelo USPTO a depositários no Brasil em 1994, 1999, 2004 e Lugares e modalidades de pesquisa Antes de analisar a questão dos recursos humanos para C&T (Ciência & Tecnologia) cabe resumir algumas características importantes das organizações que compõem um sistema nacional de C&T. Do ponto de vista da execução da pesquisa, tal sistema em geral é composto por três tipos de organização de P&D: universidades, institutos de pesquisa (públicos e privados) e empresas. A natureza da pesquisa realizada em cada uma dessas organizações tem características específicas, de acordo com suas missões institucionais. Quando se consideram as outras funções do Sistema Nacional de C&T, como planejamento e financiamento, torna-se necessário agregar o governo, seja em nível federal, estadual ou mesmo municipal. 2 As universidades dedicam-se à educação de jovens estudantes e à pesquisa de natureza fundamental, embora em certas áreas, como as Engenharias e a Medicina, haja alguma intensidade de pesquisa aplicada. 2 Uma análise mais detalhada dos papéis institucionais em um sistema de C&T encontra-se em Cruz, Revista Intresse Nacional. Sobre o papel da universidade, ver Brito Cruz. Pesquisa e a Universidade. In: Steiner; Mahlnic (orgs.). Ensino superior: conceito e dinâmica. p Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 10 05/05/ :41:08

21 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO BRASIL 11 De outro lado, as empresas tendem a dedicar-se muito mais às atividades de desenvolvimento experimental ou tecnológico, ligadas diretamente à colocação no mercado de novos produtos ou serviços. Em uma zona intermediária, institutos de pesquisa e laboratórios nacionais tendem a ter as três atividades com alguma ênfase na pesquisa aplicada. Dois valores são essenciais para a vitalidade da universidade: a liberdade acadêmica e a autonomia. Ambos se relacionam intimamente: sem autonomia, não existe liberdade acadêmica; e a liberdade acadêmica é parte fundamental do exercício da autonomia universitária. A liberdade acadêmica, em especial, é hoje um valor mal compreendido. Essa incompreensão deriva do utilitarismo que tem pautado a discussão sobre ciência e tecnologia no Brasil; da cobrança de certos resultados e contribuições que a universidade pode oferecer, mas que não lhe são essenciais, nem fazem parte de sua razão de existir. Com o risco de perder em precisão, mas ganhando em concisão, podem-se observar duas faces desse utilitarismo: a primeira, a do utilitarismo de direita, define como principal função das universidades o apoio às empresas, para que elas se tornem mais competitivas, mantenham o ritmo das exportações, o crescimento da economia do país etc.; a segunda, o utilitarismo de esquerda, define como função principal ajudar a sociedade brasileira, por ações imediatas, a ser menos pobre, mais saudável, menos desigual. Ambos os objetivos são de grande relevância, pois o Brasil precisa efetivamente de indústrias competitivas usuárias e geradoras do conhecimento e de políticas e meios para diminuir a pobreza e a desigualdade. Esses objetivos são legítimos, adequados e necessários para o desenvolvimento nacional; o erro está em atribuir à universidade a responsabilidade por atingi-los. Embora tenha papel importante de produzir uma parte do conhecimento necessário para a indústria ser competitiva, ela desempenha uma função especial, raramente percebida e que, por isso mesmo, precisa ser mais discutida: a universidade forma os profissionais que geram conhecimento na indústria. Aí está a singular e específica função da universidade: educar pessoas para trabalhar com o conhecimento. Se o lugar da ciência e da educação é a universidade, o lugar do desenvolvimento de tecnologia é, por excelência, a empresa. O elemento criador de inovação é o cientista ou engenheiro que trabalha em P&D nas empresas, sejam elas voltadas para produtos ou serviços. Assim é que, nos Estados Unidos, 80% dos cientistas trabalham para empresas. Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 11 05/05/ :41:08

22 12 RICARDO UBIRACI SENNES ANTONIO BRITTO FILHO (ORGS.) Já em 1776, Adam Smith (1996) observava que as principais fontes de inovação e aprimoramento tecnológico eram os homens que trabalhavam com as máquinas e que descobriam maneiras engenhosas de melhorá-las, bem como os fabricantes de máquinas, que desenvolviam melhoramentos em seus produtos. Os termos usados nos parágrafos anteriores são propositalmente vagos, considerando que as caracterizações não são absolutas nem devem ser entendidas de forma restritiva. Além disso, podem depender muito das tradições locais ou até mesmo institucionais. No Brasil, temos, por exemplo, institutos de pesquisa como o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) ou o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) que se dedicam principalmente à pesquisa aplicada e ao desenvolvimento. Há ainda o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e o LNLS que se dedicam muito mais à pesquisa básica. De forma análoga, há muitos casos de universidades que contribuíram de maneira excelente em pesquisa aplicada e desenvolvimento e de empresas que deram insubstituíveis contribuições à pesquisa básica. O caso dos Estados Unidos, para o qual há boas medidas e longas séries históricas sobre os investimentos em P&D, auxilia o entendimento sobre o papel das universidades, dos institutos, dos laboratórios nacionais e das empresas. A Figura 1.3 mostra os valores dos dispêndios em Pesquisa Básica, Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento, classificados segundo as organizações que fazem uso desses recursos. Na classificação da pesquisa usada pelo National Science Board dos Estados Unidos, as categorias são assim definidas (OMB CIRCULAR, 2010): a. Pesquisa básica: é o estudo sistemático voltado para o conhecimento ou a compreensão mais completa dos aspectos fundamentais dos fenômenos e fatos observáveis, sem ter como foco aplicações específicas em processos ou produtos. No entanto, pode incluir atividades realizadas tendo como objetivo amplas aplicações. b. Pesquisa aplicada: é o estudo sistemático para obter conhecimento ou compreensão necessária para determinar os meios pelos quais uma necessidade específica e reconhecida poderá vir a ser atendida. c. Desenvolvimento: é a aplicação sistemática de conhecimentos ou de entendimento, voltada para a produção de materiais, dispositivos, Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 12 05/05/ :41:08

23 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO BRASIL 13 sis temas ou métodos úteis, incluindo a concepção, o progresso e a melhoria de protótipos e novos processos, para atender a requisitos específicos. Dispêndio em pesquisa segundo o executor e o tipo (US$ nominais, 2008) Universidades Indústria Inst. e labs nacionais Básica Aplicada Desenvolvimento Figura 1.3. Dispêndios nas categorias de pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento, nos Estados Unidos em 2008, segundo a natureza da organização executora. Dispêndio em pesquisa segundo a fonte e o tipo (US$ nominais, 2008) Universidades Indústria Gov. Federal Básica Aplicada Desenvolvimento Figura 1.4. Dispêndios nas categorias de pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento, nos Estados Unidos em 2008, segundo a fonte dos recursos. Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 13 05/05/ :41:08

24 14 RICARDO UBIRACI SENNES ANTONIO BRITTO FILHO (ORGS.) Por um lado, observa-se que naquele país a pesquisa básica acontece principalmente (67% dos dispêndios) em universidades, ao passo que o predomínio da empresa em pesquisa aplicada (79%) e em desenvolvimento (93%) é bem claro. De outro lado, observa-se que os recursos destinados ao desenvolvimento são quase cinco vezes maiores do que aqueles destinados à pesquisa básica, indicando o alto custo dessa atividade. As informações da Figura 1.3 são complementadas pelas da Figura 1.4, nas quais se mostram as fontes de recursos para as três categorias. Pode-se verificar que no financiamento à pesquisa básica o papel principal (62% do total) cabe ao Governo Federal e, em certa medida aos governos estaduais, visto que muitas vezes os fundos provenientes da fonte Universidades são recursos estaduais. Já na pesquisa aplicada e no desenvolvimento, o predomínio do financiamento passa a ser aquele com recursos das empresas, sendo 69% e 87%, respectivamente. A intensidade da P&D executada e financiada por empresas no caso dos Estados Unidos sinaliza para o papel central a empresa que tem em matéria de inovação. Adicionalmente, a diferença no tipo de pesquisa que se faz na empresa e na universidade aponta para o erro de se supor, como muitas vezes acontece no debate brasileiro sobre C&T, que a universidade criará tecnologia e a transferirá para a empresa. A realidade que nos mostra o caso norte-americano e na verdade o de todo país que criou desenvolvimento com P&D é muito diferente: a tecnologia é engendrada na empresa, por cientistas empregados da empresa e que trabalham em laboratórios industriais. Universidades contribuem com esse esforço, sempre fornecendo pessoal qualificado que atuará como pesquisador na empresa, e, poucas vezes, criando ideias que serão transferidas para empresas. Em todos os países que têm usado o conhecimento como motor do desenvolvimento, a maioria dos cientistas trabalha em empresas, como pesquisadores nos centros de P&D. No Brasil, ao contrário, temos ainda poucos cientistas em empresas, menos de 50 mil, como veremos mais adiante, os quais competem com 182 mil que trabalham para empresas na Coreia do Sul e mais de um milhão de cientistas em empresas nos Estados Unidos (Organization for Economic Co-operation and Development, 2010/1, p.50). Trata- -se de uma competição desigual. Embora o Brasil tenha demonstrado alguns sucessos nessa área como a Embraer, a Petrobrás ou o agronegó- Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 14 05/05/ :41:08

25 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO BRASIL 15 cio movido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), falta-nos a capacidade de realizar isto repetida e continuamente. Os vários bons exemplos demonstram que, para desenvolver a atividade de P&D empresarial é necessário que se considere, na política de C&T nacional e na política para o desenvolvimento industrial, o papel central da empresa como polo realizador de P&D. Só assim será possível tornar a transformação de conhecimento em riqueza em uma atividade empresarial corriqueira no país. Não se trata de o empresário no Brasil não valorizar a inovação tecnológica como importante para seus negócios. Ao contrário, as principais organizações de representação empresarial, como a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), 3 a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) 4 e outras federações, têm estado extremamente ativas no debate sobre as políticas para C&T&I no Brasil e demonstram reconhecer, de forma cada vez mais efetiva, a importância da inovação e da P&D em empresas para a competitividade. O ambiente econômico instável é extremamente desfavorável e até mesmo hostil, para que as empresas realizem investimentos em P&D e tenham retorno certo por vezes em prazo longo. Note-se que, mesmo em um ambiente menos desfavorável, a atividade de P&D contém uma incerteza intrínseca: pesquisa-se, em geral, sobre o que não se conhece e, muitas vezes, um projeto perfeitamente organizado e planejado pode não ser bem-sucedido. Outra parte desse desempenho se explica pela estrutura industrial brasileira, onde estão sub-representados os setores que mais inovam, como fármacos e eletrônica. Além disso, em muitos setores, não competimos no mercado internacional e nossas empresas muitas vezes se localizam na cadeia de agregação de valor, em mercados onde a liderança não é definida pela tecnologia. Por tudo isso, é essencial que haja apoio estatal às atividades de pesquisa e desenvolvimento em empresas. Nos Estados Unidos, dos 89 bilhões de dólares anuais que o governo federal investiu em 2008 em atividades de P&D, 26 bilhões foram para empresas americanas. Nesse caso, principalmente, 3 Ver htm. 4 Ver Inovacao_tecnologica_(FINAL).indd 15 05/05/ :41:08

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