Receita Federal. COM.INTERNACIONAL (Parte 1) Prof.Nelson Guerra

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1 COM.INTERNACIONAL (Parte 1) Prof.Nelson Guerra Sobre o autor: Funcionário da extinta CACEX - Carteira de Comércio Exterior ( ). Funcionário da Área Internacional do Banco do Brasil S.A. ( ). Instrutor de Câmbio do SEBRAE PR (desde ). Autor do Livro Siscomex Importação (Ed. Aduaneiras, SP, 1997). Coordenador da Câmara de Comércio Exterior do CODEM ( ). Membro da Comissão de Aprovação de Benefícios da ZPA Zona de Processamento Aduaneiro ( ). Professor de Pós-Graduação nas disciplinas Mercado Internacional e Operações Cambiais (desde 1998). Instrutor na Área Internacional do Banco do Brasil, no Paraná ( ). CAPÍTULO 1 CONCEITOS E ASPECTOS GERAIS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL Globalização: Uma princesa inglesa e seu namorado, um playboy egípcio, viajavam em um carro alemão dirigido por um motorista dinamarquês que encheu a cara com whisky escocês. Eles eram perseguidos em alta velocidade por fotógrafos italianos pilotando motocicletas japonesas. O carro bate num túnel francês e a princesa morre antes de ser atendida por um médico brasileiro. Seu corpo é levado à Inglaterra por um avião americano. (Sobre a morte de Princesa Diana, autoria desconhecida) Visão Geral do O desenvolvimento da humanidade leva, naturalmente, ao comércio de mercadorias e de serviços entre os países. Assim como dentro de um mesmo país é impossível para todas as regiões a produção total de bens de que necessitam seus moradores em razão de clima, de solo, de costumes, de especialização da mão-de-obra e outros também as nações passam por dificuldades (ainda maiores) para terem atendidas os anseios e necessidades de sua população. Qual o país que pode, por exemplo, viver sem o petróleo? Embora este seja um bem necessário a todos os povos, a natureza não dotou o solo de todos os países desse recurso. Daí a necessidade das trocas internacionais de bens e serviços. Portanto, pode-se imaginar, em princípio, ser o comércio apenas um prolongamento do comércio doméstico 1, e estar, por consequência, submetido às mesmas necessidades e dificuldades de troca. O comércio é muito mais que isso, e sua complexidade exige técnicas e procedimentos específicos para dar fluxo adequado ao atendimento das expectativas das pessoas, empresas e governos que dele participam. 1 Comércio doméstico é uma das formas que se utilizam muitas pessoas para se referirem ao comércio, ou seja, o comércio entre as regiões de um mesmo país. Eis algumas situações peculiares ao comércio que o fazem tornar-se um mercado distinto do mercado : Longas distâncias: As distâncias internacionais podem inviabilizar a relação comercial entre exportadores e importadores, pois implicam valor de frete e seguro normalmente maiores que os praticados no mercado doméstico. Moedas: A moeda tem valor acessório no comércio por representar um simples instrumento de facilidade de troca, por ser unidade de medida de valor. No comércio, entretanto, há necessidade de efetuar, também, a troca de moedas entre os países 2. Nesse caso, a taxa de câmbio pode variar bruscamente de acordo com alterações no poder aquisitivo de uma das nações ou por fatores de natureza psicológica ou conjuntural, o que pode reduzir o lucro calculado pelo vendedor, ou até converter lucro em prejuízo. Legislação: Embora as regras internacionais tendam a se unificar, ainda há nos mercados dos diversos países critérios distintos de julgamento e de procedimentos para entrada e saída de mercadorias e para os pagamentos internacionais. Usos e costumes: Além da questão da língua, que costuma ser considerada uma das principais barreiras ao fechamento de negócios entre empresas de países distintos, a forma de negociar com o comprador, de cumprimentá-lo, de embalar o produto (tamanho, cor e forma) e outros procedimentos devem ser muito bem analisados por quem decide ingressar-se no comércio com o exterior 3. Depois de mencionadas essas características do comércio, faz-se necessário ressaltar a importância desse mercado, uma vez que representa a forma mais vantajosa aos países de produzir e de atender às necessidades de seus habitantes. O comércio permite às nações a especialização na produção de bens, que são fabricados em quantidades além do que a nação necessita, para que este excesso seja trocado, no exterior, por outros bens que não são produzidos no país. Daí a natural e correta conclusão de que o comércio cria interdependência entre os países, o que significa que um país depende da produção de bens de outros países (dos quais importa) e precisa vender os seus bens mais vantajosamente produzidos internamente (os quais exporta). De certa forma, essa relação de interdependência cria um clima de relativa harmonia entre os países, vez que uma nação poderá sentir-se economicamente satisfeita internamente desde que os outros países-parceiros também estejam com seus habitantes razoavelmente satisfeitos 4 economicamente. Para ter ideia da importância do mercado para todas as nações, podemos dizer que para punir um 2 A troca de moedas entre os países dá origem ao chamado Mercado de Câmbio, assunto a ser estudado posteriormente. 3 A esse respeito dedicamos conteúdo específico a ser tratado oportunamente neste trabalho. 4 Esta é, naturalmente, uma conclusão simplista, mas que por enquanto atende aos objetivos iniciais deste trabalho. Convém ressaltar, contudo, que a forma muitas vezes predadora com que alguns países se relacionam econômica e diplomaticamente com outras nações poderá fazer com que a relação não seja tão natural ou tão justa. 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1

2 país que comete alguma atrocidade, basta os organismos internacionais determinarem aos demais países o fechamento das suas portas em relação àquele país que teve comportamento condenável, para que este reveja sua posição, de modo que não prejudique seus habitantes em razão do isolamento que sofrerão no mercado global. CAPÍTULO 2 CLASSIFICAÇÃO ADUANEIRA Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH). Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) Primeiramente, uma pergunta: Como é possível fazer referência, no mercado, a determinada mercadoria que se pretende adquirir (importação), ou que se destina à venda no exterior (exportação)? Aqui no próprio País, temos dificuldades de nos referirmos aos produtos nacionais comercializados nas várias regiões do Brasil. Há locais em que a mandioca, por exemplo, é conhecida apenas por macaxeira. Em outras localidades do território nacional, só se ouve falar em aipim, nunca mandioca nem macaxeira! Imagine, agora, as dificuldades existentes nas empresas de países diferentes, de culturas distintas e de línguas diversas, quando estas se propõem a oferecer determinado produto para outras. Os problemas são ainda maiores quando os produtos em questão deixam de ser básicos para serem técnicos, como, por exemplo, produtos químicos ou peças de uso industrial ou de aplicação tecnológica. Portanto, é necessário que haja a nível (inclusive local), um sistema próprio e unificado de classificação de mercadorias a partir da qual os países possam inteirar-se das regras desse sistema e realizar contatos e negociações capazes de dar fluidez ao comércio, facilitando as trocas internacionais e permitindo a aplicação de procedimentos fiscais e de controles adequados. Este sistema existe e está descrito a seguir O Sistema Harmonizado (SH) Em princípio, cada país poderia criar seu próprio sistema de nomenclatura de mercadorias e a partir dela estabelecer as regras para comercialização e para aplicação tributária (imposto de importação, por exemplo). Mais coerente, entretanto, seria a criação de um sistema uniforme. Assim, em 14/06/1983, em Bruxelas, o CCA/OMA (Conselho de Cooperação Aduaneira / Organização Mundial de Aduanas), da NCCA (Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira), foi criado, no início, para atender às necessidades das aduanas dos países europeus, e colocar à sua disposição um acordo de nomenclatura, sob o título Sistema Harmonizado de Designação e codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH). A comunidade interessou-se pelo sistema e ele se universalizou. O objetivo do SH é possibilitar: a utilização de uma nomenclatura mais uniforme, precisa, detalhada e organizada; a elaboração e comparação e estatísticas sobre as operações de comércio exterior; a uniformização de documentos comerciais; a facilitação na interpretação e aplicação de acordos tarifários; a simplificação de formalidades. Pode-se concluir, então, que o Sistema Harmonizado (SH) é uma lista de produtos ordenados segundo convenção. Cada produto é descrito a partir de suas características genéricas, até os detalhes mais específicos que o individualizam. A essa descrição corresponde um código numérico de seis dígitos. Os países, ainda assim, criam seu próprio sistema. Entretanto, criam-no a partir do SH. No Brasil e nos países do Mercosul, o sistema chama-se NCM Nomenclatura Comum do Mercosul, e possui oito dígitos, dos quais os seis primeiros correspondem ao critério do SH. Veja abaixo exemplo de NCM de um produto bem brasileiro. Observe que o código NCM é dividido em Capítulo (os dois primeiros dígitos), Posição (os quatro primeiros dígitos), Subposição (o par de dígitos seguintes) e Item e Subitem (parte final, acrescentada pelos países do Mercosul): 2.2. O SH como instrumento de prospecção de negócios O SH aliado à ciência da informatização torna-se um instrumento fabuloso de estatística e de prospecção de negócios, facilitando a comercialização e a comparação de dados de mercadorias dos diversos países. É possível, por exemplo, descobrir a quantidade total de automóveis importados pelo Brasil em determinado ano, simplesmente pesquisando, no computador, o volume total de importações dos produtos do Capítulo 87 do SH (Veículos Automotores). Para pesquisa mais específica, basta acrescentar a Posição e, se for o caso, a Subposição do produto. Digamos que alguém queira pesquisar o produto Jipe, diesel, com motor de pistão, de cm 3. Neste caso, basta digitar todo o código O sistema pode ser constantemente atualizado (isso ocorre normalmente a cada cinco anos), não importando de que ramo da atividade humana venha a surgir um novo produto a ser classificado. O Sistema Harmonizado (SH) e por extensão a NCM/SH está dividido em 21 seções e 96 capítulos, sendo que os capítulos 77, 98 e 99 estão reservados: o 77 para utilização futura e o 98 e 99 para utilização das partes contratantes, em casos especiais. Não é objetivo deste trabalho detalhar o SH. Apenas a título de ilustração, seguem abaixo exemplos de algumas seções e capítulos do Sistema Harmonizado: 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 2

3 Seção I: ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL Capítulos: 01 Animais vivos; 04 Leites e laticínios; ovos de aves; mel natural, produtos comestíveis de origem animal... Seção IV: PRODUTOS DAS INDÚSTRIAS ALIMENTARES; BEBIDAS, LÍQUIDOS ALCOÓLICOS E VINAGRES... Capítulos: 18 Cacau e suas preparações; 21 Preparações alimentícias diversas. Seção XII: CALÇADOS, CHAPÉUS E ARTEFATOS DE USO SEMELHANTE, GUARDA-CHUVAS, GUARDA-SÓIS, BENGALAS, CHICOTES, E SUAS PARTES; PENAS PREPARADAS E SUAS OBRAS; FLORES ARTIFICIAIS; OBRAS DE CABELO. Capítulos: 64 Calçados, polainas e artefatos semelhantes, e suas partes; 67 Penas e penugem preparadas, e suas obras; flores artificiais; obras de cabelo. Seção XVIII: INSTRUMENTOS E APARELHOS DE ÓPTICA, FOTOGRAFIA OU CINEMATOGRAFIA, MEDIDA, CONTROLE OU DE PRECISÃO; INSTRUMENTOS E APARELHOS MÉDICO-CIRÚRGICOS; APARELHOS DE RELOJOARIA; INSTRUMENTOS MUSICAIS; SUAS PARTES E ACESSÓRIOS. Capítulos: 90 Instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia ou cinematografia...; 92 Instrumentos musicais, suas partes e acessórios. Seção XXI: OBJETOS DE ARTE, DE COLEÇÃO E ANTIGUIDADES. Capítulo: 97 Objetos de arte, de coleção e antiguidades Como Classificar Uma Mercadoria Na prática, os principais motivos para classificação de um produto são: Conhecimento das normas de comércio exterior a respeito desse produto (principalmente na importação); Conhecimento da carga tributária incidente (basicamente existente na importação). Assim, classificar um produto, sob o aspecto fiscal, consiste em identificar o seu código tarifário e sua respectiva alíquota. Tal classificação possibilita o cálculo do imposto, visto que este é igual à base de cálculo vezes a alíquota (imposto = base de cálculo x alíquota) Origem dos Incoterms 2000 Um contrato de compra e venda, celebrado entre importador e exportador, pode definir o ponto crítico, ou seja, o local e o momento da transferência da responsabilidade por perdas e danos sobre a mercadoria, da pessoa do vendedor (exportador) para a do comprador (importador). Ainda assim, considerando o universo de regras que cada país impuser para o comércio de suas empresas com o resto do mundo, corre-se o risco de tornar o comércio burocrático e lento, ou, muitas vezes, impossibilitar, na prática, o comércio entre alguns países. Era necessário, portanto, a criação de regras uniformes, de fácil aplicação e de aceitação geral dos países que participam do comércio, de modo a reduzir ao mínimo as disputas, aumentando a chance de as trocas internacionais serem bem sucedidas. Com esse intuito, a CCI Câmara de Comércio Internacional criou, em 1936, os INCOTERMS International Commercial Terms (Termos de Comércio Internacional), os quais definem, além do local e momento de transferência da responsabilidade comercial, a quem cabem as despesas provenientes das transações comerciais 5. Após 1936, houve evolução na forma de comércio, assim como o surgimento de produtos novos e o da tecnologia. Desta forma a CCI promoveu aperfeiçoamentos e inclusão de novos termos em 1953, 1967, 1976, 1980 e Atualmente temos um novo conjunto de regras, denominado Incoterms 2000, em vigor desde 01/01/2000, editado através da Publicação 560 da Câmara de. A CCI decidiu que as próximas atualizações ocorrerão de dez em dez anos. Desta forma os atuais Incoterms 2000 fornecem às partes 13 termos (sempre siglas de três letras) utilizados no comércio de mercadorias, válida para todos os países, desde que esses termos sejam citados no contrato de compra e venda, na fatura proforma ou outro documento que formalize o negócio. Nos documentos, os termos devem ser escritos no formato Sigla-Local. Desta forma, o Incoterm FOB- Santos, por exemplo, indicará: A responsabilidade e os custos por parte do vendedor da mercadoria (exportador) cessarão quando a mercadoria for devidamente colocada a bordo do navio (FOB = Free On Board ). O local em que ocorrerá esse fato é, no exemplo, Santos. Eis, de forma agrupada, as 13 fórmulas ou termos presentes nos Incoterms 2000, cujas aplicações serão detalhadas nas páginas seguintes: CAPÍTULO 3 Contratos de Comércio, Convenções e os Incoterms 2000 Se o navio afundar, quem vai se responsabilizar pela perda das mercadorias transportadas? Será o vendedor (exportador) ou o comprador (importador)? E se a perda se der no porto de embarque da mercadoria? E se se der no momento do desembarque? Se o transporte for aéreo, mudam-se as regras? 5 Logo depois, em 1940, os Estados Unidos também criaram as chamadas Definições Americanas, para disciplinar, a partir de 1941, as transações comerciais dos EUA com os demais países. Embora algumas empresas norte-americanas ainda façam uso dessas Definições, essas regras vêm sendo substituídas pelos Incoterms, pois estas se apresentam com aplicação mais universal. 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3

4 Convém ressaltar que o uso dos Incoterms é facultativo, podendo o importador e o exportador estabelecerem outras regras para definição de transferência de responsabilidade e de riscos por perdas e danos sobre a mercadoria. Entretanto, se as partes optarem pelo uso dos Incoterms, estes passam a ter força legal. Dessa forma, em caso de surgimento de alguma disputa durante o processo, até a entrega final da mercadoria e seu pagamento ou recebimento, tal evento poderá ser resolvido através da arbitragem da CCI Câmara de, sediada em Paris Conhecendo as fórmulas dos Incoterms 2000: Como é natural em qualquer negócio comercial, quanto maior for o risco do vendedor, maior será o preço final da mercadoria. Daí a razão de se dizer que os Incoterms estabelecem as condições de venda. De fato, os Incoterms não definem apenas o local e o momento da transferência do risco, mas também definem a quem cabe o pagamento das despesas provenientes das fases do processo comercial. Por isso, convém identificarmos, inicialmente, as várias fases do processo comercial para, depois, observarmos a aplicação de cada Incoterm. Acompanhe a ilustração genérica a seguir. Nas páginas seguintes, detalharemos cada um dos Incoterms. Lembre-se de que a definição dos termos foi estabelecida pela ótica do vendedor/exportador (os Incoterms são Termos de Venda) EXW Ex Works Tradução: Na Origem Exemplo: EXW-Curitiba Fabricação e embalagem Mínima responsabilidade do exportador. EXW embarque Seguro desembarque Descarga no 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 4

5 As transações comerciais internacionais conduzidas pelo termo de venda identificado com a sigla EXW indicam que o vendedor (exportador), terá a simples e única responsabilidade de produzir ou preparar a mercadoria a qual deverá permanecer no seu estabelecimento à disposição do comprador (importador) para que este a retire e arque com todos os custos e riscos até a sua chegada no local de. Observe que o EXW representa o mínimo de responsabilidade para o exportador, uma vez que o próprio carregamento da mercadoria para seu transporte até o local alfandegado, para posterior embarque, ocorre por conta do comprador estrangeiro, razão pela qual é um termo pouco utilizado no mercado. Tendo em vista que o local da produção pode não ser necessariamente uma indústria, a CCI admite, como variante de Ex Works, as expressões Ex Factory, Ex Mill, Ex Plantation, Ex Warehouse etc, conforme se trate de: Na Fábrica, No Moinho, Na Plantação, No Depósito etc. Como todo Incoterm, a fórmula EXW exige a declaração do local designado (exemplo: EXW-Curitiba) no qual ocorrerá a transferência da responsabilidade comercial, do vendedor (exportador) para o comprador (importador) 6. Qualquer modalidade de transporte pode ser utilizado na transação comercial conduzida na forma EXW, o que não ocorre com todos os Incoterms. É interessante salientar, também, que a condição de venda EXW só pode ser adotada quando o importador tiver condições de atender, direta ou indiretamente, as formalidades do país do exportador FAS Free Alongside Ship Tradução: Livre ao Lado do Navio Exemplo: FAS-Itajaí Diferentemente do termo EXW, a condição de venda FAS só pode ser aplicada para negociação comercial por meio de transporte aquaviário (navio). Além disso, o exportador também assume os custos e a responsabilidade por eventuais perdas e danos que possam ocorrer na mercadoria até sua colocação no porto de embarque, ao lado do navio, já desembaraçada 8 para exportação. O custo pelo frete (e eventual seguro que venha a contratar), desde o local de origem até o porto de embarque, também corre por conta do exportador 9. A colocação da mercadoria (içamento) a bordo do navio, assim como as despesas por esse serviço, correm por conta e risco do importador, a quem compete, ainda, providenciar, no país do exportador, as formalidades, embora caiba, ao exportador, auxiliá-lo na obtenção de documentos específicos para exportação, mas, ainda assim, com despesas por conta do importador. Observe que mesmo na condição FAS ainda é grande a responsabilidade e são muitas as providências que o importador deverá assumir no território do exportador, o que faz com que sua utilização seja reduzida. Se o meio de transporte for diferente do aquaviário 10, ou for multimodal 11, o termo adequado a ser utilizado será FCA, observando-se as características próprias da aplicação desse termo. 6 Indicações antigas e viciadas como FOB-fábrica no lugar de EXW é condenável, e sua utilização deve ser evitada, sob pena de não encontrar amparo legal na Publicação 560 da CCI, que estabelece as regras uniformes de aplicação dos Incoterms. 7 No caso brasileiro, nossas exportações não podem ser formalizadas na condição EXW, pois a legislação aduaneira nacional não reconhece o importador estrangeiro como capaz para realizar atos alfandegários no País. 8 Desembaraço para exportação compreende o cumprimento das formalidades fiscais, comerciais e, visando à liberação das mercadorias para exportação. 9 Por não corresponderem ao trajeto, o frete e o seguro s são operações normais de frete e de seguro, tão comuns nas transações comerciais realizadas dentro do país, não devendo ser confundidos com o frete e o seguro internacionais, cujos detalhes serão abordados no Capitulo seguinte. 10 Entende-se por aquaviário o transporte marítimo, fluvial ou lacustre (transporte por mar, rio ou lago). 11 Mais de um meio transporte. Exemplos: marítimo + aéreo, aéreo + rodoviário, marítimo + rodoviário + ferroviário etc. Com detalhes esse assunto será tratado no próximo Capítulo. 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5

6 O Incoterm FAS é normalmente utilizado, nas exportações brasileiras, nos casos de transporte de petróleo, grãos, minérios e outros exemplos de venda de commodities FOB Free On Board Tradução: Livre a Bordo do navio Exemplo: FOB-Santos O FOB é uma das condições de venda mais utilizadas no comércio e, a exemplo do FAS, só se aplica nos casos de transporte aquaviário (no Brasil o transporte marítimo é responsável por 90% das nossas exportações). Para outros meios de transporte (aéreo, rodoviário ou ferroviário) 12, utilize a condição FCA. Fabricação e embalagem embarque A responsabilidade do exportador inclui todos os procedimentos a serem adotados em seu próprio país até a colocação da mercadoria, em ordem, a bordo do navio FOB Seguro desembarque Descarga no A grande praticidade do FOB é o fato de que as despesas, os procedimentos e todos os riscos por perdas e danos no país do exportador são totalmente assumidos pelo próprio exportador. Portanto, Free on Board indica que o ponto crítico, ou seja, o local e o momento em que a responsabilidade se transfere do vendedor para o comprador ocorrem tão logo a mercadoria é colocada em ordem a bordo do navio 13. Diferentemente da condição FAS (ao lado do navio), eventual acidente ou dano que ocorra à mercadoria quando de sua colocação a bordo do navio (on board), corre por conta do exportador, assim como todas as despesas e procedimentos de manuseio, obtenção de documentos de exportação, tempo de permanência da mercadoria em terminais de cargas, desembaraço para exportação e outros que se verificarem antes da mercadoria ser devidamente embarcada. Ao importador cabe, portanto, arcar com o risco e as despesas que se apresentarem a partir daí (do embarque), inclusive o transporte e o seguro sobre esse transporte. A escolha do navio transportador é, portanto, do importador, mesmo quando o contato é realizado pelo exportador, que normalmente o faz por conta e risco daquele interessado. Por envolver, ao exportador, mais riscos e mais despesas que nos termos anteriormente estudados, é normal que mercadorias ofertadas no Incoterm FOB sejam vendidas em preços maiores que as apresentadas naqueles outros termos FCA Free Carrier Tradução: Livre Transportador Exemplo: FCA-Belo Horizonte Fabricação e embalagem Termo similar às condições FOB e FAS, entretanto empregado quando utilizado qualquer meio de transporte, inclusive multimodal FCA embarque Seguro desembarque Descarga no 12 Os termos FOT (free on truck) para o transporte rodoviário, FOR (free on rail) para transporte rodoviário, e FOA (FOB aiport) para transporte aéreo, que, por tradição, algumas pessoas utilizam são consideradas formas erradas. Em seu lugar, prefira FCA. 13 O que formalmente caracteriza a colocação da mercadoria EM ORDEM, ou seja, sem avarias, no navio, é a expressão Clean on Board (limpo a bordo), que deve estar registrada no conhecimento de embarque, de emissão da empresa transportadora. 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 6

7 O termo FCA tem sua aplicação muito próxima dos termos FOB e FAS. O FCA diferencia-se, basicamente, no seguinte: O local e o momento da transferência do risco da operação pode ser qualquer lugar do país de origem (e não necessariamente um porto, como ocorre no FOB e no FAS). O meio de transporte utilizado é livre ( Free Carrier ), podendo, portanto, ser aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo ou, ainda, a combinação de qualquer um desses. A responsabilidade por avarias pelo carregamento da mercadoria (embarque) será do exportador somente se o local designado (aquele mencionado junto à sigla FCA) for o estabelecimento do exportador CFR Cost and Freight Tradução: Custo e Frete Exemplo: CFR-Vitória Fabricação e embalagem embarque (custos) A responsabilidade do exportador inclui o pagamento do frete (mas não os riscos durante o trajeto ). CFR (riscos) Seguro desembarque Descarga no Na condição de venda CFR (e todas as demais iniciadas pela letra C ), o exportador responderá por todos os procedimentos e riscos incorridos em seu país, incluindo o embarque da mercadoria. É responsável, também, pelo pagamento do frete até o porto de. É interessante destacar que, embora o frete faça parte do custo de venda do produto, os riscos por eventuais perdas e danos que venham a ocorrer durante o trajeto correm por conta do importador. Cabe, portanto, a ele a escolha do navio a ser utilizado para transporte. Conclui-se então que, em termos de riscos para o vendedor, a condição CFR é igual à FOB; e, em termos de custos, CFR é igual à FOB acrescido do frete. Com efeito, é normal o conhecimento de transporte marítimo ( Bill of Lading ), emitido pela empresa transportadora, trazer a expressão FREIGHT PREPAID (frete pré-pago) ou outra equivalente, enquanto que no termo FOB a expressão indicada é FREIGHT COLLECT ou PAYABLE AT DESTINATION, uma vez que o frete deverá ser pago no, pelo importador. O local de a ser citado junto à sigla CFR (e às demais siglas iniciadas pela letra C ) é, portanto, o ponto de da mercadoria, diferentemente dos Incoterms iniciados pela letra F (FCA, FAS e FOB), nos quais é mencionado o ponto de origem. Em lugar de CFR não use as siglas C&F ou C+F, consideradas arcaicas. Como deixaram de existir há décadas e não são regulamentadas pelos atuais Incoterms 2000, seu uso pode inviabilizar a aplicação das regras internacionais em caso de eventuais controvérsias entre vendedor e comprador. Finalmente, registre-se que o termo CFR só pode ser empregado quando se tratar de transporte aquaviário. No caso de transporte aéreo, rodoviário ou ferroviário, deve-se utilizar o termo CPT CPT Carriage Paid To... Tradução: Pago Até... Exemplo: CPT-Los Angeles 14 Quando o local for diferente do estabelecimento do exportador, este se responsabilizará por transportar a mercadoria até o local designado (transporte ), porém não se responsabilizará pelo seu descarregamento naquele local. 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 7

8 Trata-se de condição de venda no qual pode ser utilizado qualquer meio de transporte (aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo ou a combinação de qualquer um daqueles) 15. Cabe ao exportador a contratação e o pagamento do frete, embora não assuma riscos por eventuais sinistros sobre a mercadoria. Em outras palavras, embora tenha o exportador a obrigação de contratar e pagar o frete até o pactuado no exterior, sua responsabilidade termina quando a mercadoria é entregue, em ordem, ao transportador no país de origem 16. Entende-se, pois, que a condição CPT possui características de obrigações e direitos similares ao termo CFR, salientando-se que este último só será empregado quando se tratar de transporte aquaviário (navio). As demais despesas e riscos são assumidos pelo importador, até a chegada da mercadoria no seu estabelecimento CIF Cost, Insurance and Freight Tradução: Custo, Seguro e Frete Exemplo: CIF-Miami Fabricação e embalagem embarque (custos) Seguro (contratação) A responsabilidade do exportador é igual à CFR, entretanto deve pagar o prêmio seguro. CIF (riscos) Seguro Descarga no (benefício) desembarque Deve-se entender que a condição de venda CIF (muito comum no comércio ) é uma extensão das condições FOB e CFR no que se refere a custos por parte do vendedor (exportador), pois este deve arcar com o pagamento do frete e com o pagamento do seguro pelo período em que os bens estão sendo transportados até o seu (por isso o local a ser mencionado junto à sigla CIF é do porto de 17 ). Como é natural, uma empresa ao ofertar a venda de seu produto nas condições FOB e CIF, apresentará para CIF um preço maior que para FOB. Observe que, embora o frete e o seguro corram por conta do exportador, este não assume riscos por eventuais avarias que se apresentarem à mercadoria após a sua colocação a bordo do navio, no porto de embarque. Estes riscos são assumidos pelo comprador (importador), razão pela qual o vendedor, ao contratar o seguro, deverá fazê-lo tendo como beneficiário o importador. Se ocorrer, portanto, qualquer perda durante o trajeto, não cabe ao comprador da mercadoria exigir do vendedor a devolução de eventuais pagamentos realizados antecipadamente, nem a reposição das mercadorias avariadas. Nesses casos, deve o comprador, na condição de beneficiário do seguro contratado pelo vendedor, acionar imediatamente a seguradora 18. As regras dos Incoterms 2000 (Publicação 560, da Câmara de ) ainda esclarecem que o valor a ser segurado pelo vendedor a favor do comprador deverá corresponder ao mínimo de 10% acima do preço CIF de exportação, ou seja, 110%. Esclareça-se, ainda, que o termo CIF deve ser empregado tão-somente para modalidade de transporte aquaviário (por navio). Para os demais meios de transporte, utilize-se o CIP Caso seja utilizado tão-somente o transporte marítimo, a condição CPT passa a ter os mesmos efeitos do termo CFR. 16 Caso envolva mais de uma modalidade de transporte, cessa a obrigação do vendedor quando este disponibilizar a mercadoria para o primeiro transportador. 17 Note que no caso de FOB, o local a ser mencionado é o de embarque, uma vez que não cabe ao vendedor o pagamento do frete nem do seguro internacionais. Imagine uma exportação do Brasil (Vitória) até EUA (Miami). Se a condição de venda for FOB, escreva-se FOB-Vitória; se for CIF, escreva-se CIF-Miami. 18 Para que os riscos durante o transporte sejam assumidos pelo vendedor (exportador), o termo DES ou DEQ deverá ser utilizado. 19 Embora o CIF e o CIP sejam de livre utilização para as exportações brasileiras, seu uso nas importações sofre limitações em decorrência da Lei 9.932/99, a qual estabelece que o seguro das importações brasileiras deve ser, quando efetuado, contratado no 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 8

9 CIP Carriage and Insurance Paid to... Tradução: e Seguro Pagos até... Exemplo: CIP-Frankfurt Fabricação e embalagem embarque (custos) Seguro (contratação) Termo similar ao CIF, entretanto empregado para qualquer meio de transporte. CIP (riscos) Seguro (benefício) desembarque Descarga no Pode-se dizer que o CIP representa a combinação de dois outros termos: FCA e CIF, pois o vendedor (exportador) assume riscos sobre a mercadoria até sua entrega ao transportador (como ocorre no FCA), e assume a contratação e o pagamento do frete e do seguro internacionais (como no CIF). Qualquer modalidade de transporte, inclusive transporte multimodal, pode ser utilizado. Se houver mais de uma modalidade de transporte, a obrigação por perdas e dados, por parte do vendedor, cessa quando a mercadoria é entregue ao primeiro transportador. O CIP não pode, porém, ser confundido com o CIF. No CIP a transferência da responsabilidade se dá pela entrega da mercadoria ao transportador. No CIF isso só ocorre após a mercadoria ser colocada, em ordem, a bordo do navio 20. Como no CIF, o vendedor deve contratar o seguro tendo como beneficiário o comprador, e o valor assegurado deve ser o da cobertura mínima exigida pela Publicação 560, ou seja, 110% do valor CIP de exportação DAF Delivered At Frontier Tradução: Entregue na Fronteira Exemplo: DAF-Foz do Iguaçu Fabricação e embalagem país de origem FRONTEIRA Responsabilidades do comprador (importador) Responsabilidades do vendedor (exportador) DAF país de Descarga no O DAF é a condição de venda mais comum entre países vizinhos, utilizando-se como ponto de transferência de custos e de riscos a fronteira ( Frontier ). Por essa razão, para o DAF o mais apropriado é o transporte terrestre (rodoviário e ferroviário), sendo muito comum nas operações entre países de um mesmo bloco econômico, como ocorre no Mercosul. Quando se tratar de operação com transporte hidroviário, o DES ou DEQ deverá ser preferencialmente utilizado. A operação com DAF é extremamente simples e prática. O vendedor (exportador) arca com todas as despesas e riscos sobre perdas e danos, assim como as formalidades de desembaraço aduaneiro no seu país. O vendedor ainda é obrigado a transpor a sua fronteira, mas o descarregamento da mercadoria ocorre por conta e risco do comprador (importador) que, a partir daí, assume as demais despesas e as formalidades em seu país. Brasil, em seguradoras nacionais. Exceções poderão ocorrer apenas com autorização prévia da SUSEP Superintendência de Seguros Privados. 20 Sobre restrições ao uso do termo CIP, veja nota anterior, relativa ao CIF. 21 Para ter segurado valor maior que o mínimo, deverá haver entendimento expresso entre as partes, ou poderá o comprador (importador) efetuar, por sua conta, contratação adicional. 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 9

10 Portanto, estão inteiramente desamparadas das normas uniformes internacionais (Incoterms 2000) as empresas brasileiras que transacionam suas mercadorias sob os termos do tipo FOB-Iguazu, FOT-Chuí ou FOB-Uruguaiana, como ainda hoje muito se observa. Entre as partes poderá haver entendimentos para que o vendedor contrate transporte contínuo dos bens, ou seja, desde o estabelecimento do exportador até o do importador. Nesse caso, cada qual arca com as despesas de transporte realizado em seu próprio país 22. Observe que no DAF não é comum a figura do seguro sobre o transporte. Cada uma das partes poderá contratar, dentro de seu próprio país, o seguro tão comum nas operações nacionais DES Delivered Ex Ship Tradução: Entregue a partir do Navio Exemplo: DES-Rotterdam Fabricação e embalagem embarque Seguro DES O exportador responsabiliza-se pela chegada da mercadoria até o porto do país importador, sem descarregá-la. desembarque Descarga no De modo diferente dos termos iniciados por E, F ou C, na condição DES (e em todas as demais iniciadas por D ), o vendedor responsabiliza-se pela CHEGADA da mercadoria no país de, sem contudo arcar com os riscos e custos pelo seu desembarque ou pelo seu desembaraço aduaneiro no país do importador. É característica própria do termo DES que a mercadoria chegue ao por navio. Embora essa condição de venda seja pouco utilizada, há tendência de vir a ter maior aplicação uma vez que representa diferencial de venda no mercado externo o exportador poder assumir todos os riscos por perdas e danos até o atracamento do navio no país do importador. Assim, é conveniente que o seguro da mercadoria até sua chegada no, caso contratado, seja realizado pelo exportador, a seu próprio favor, pois em caso de sinistro o prejuízo será seu 23. Fica claro portanto que, além do desembarque, o importador deverá desembaraçar a mercadoria e pagar os tributos aduaneiros em seu país, arcando com os custos devidos, encarregando-se ainda de efetuar o transporte até seu estabelecimento DEQ Delivered Ex Quay Tradução: Entregue no Cais Exemplo: DEQ-Rotterdam Fabricação e embalagem embarque Seguro desembarque DEQ O exportador responsabiliza-se pela chegada da mercadoria no país importador, incluindo o desembarque no cais do porto de. Descarga no 22 Convém esclarecer que o veículo que realizar transporte terrestre entre países necessita autorização específica para esse fim. Portanto, não é qualquer veículo do exportador/importador nem é qualquer transportadora que pode realizar tal operação. 23 Interessante o fato de que a Publicação 500 da CCI não torna obrigatória a contratação do seguro nos Incoterms de CHEGADA (os iniciados por D ). Aliás, a obrigatoriedade existe apenas nos termos CIF e CIP, nos quais a palavra Seguro ( Ínsurance ) é parte integrante do significado dessas siglas. 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 10

11 Pode-se dizer que a condição de venda DEQ reúne todas as obrigações e direitos relativos ao termo DES, mais aqueles da operação do descarregamento da mercadoria no cais ( Quay ) do porto de 24. Conclui-se que, a exemplo do DES, o termo DEQ é pouco utilizado, uma vez que exige das empresas exportadoras uma complexa infraestrutura logística no país estrangeiro. Fica claro, portanto, que é procedimento próprio de grandes exportadores, o qual lhes proporciona diferencial de venda no mercado externo DDU Delivered Duty Unpaid Tradução: Entregue Direitos Não pagos Exemplo: DDU-Paris embarque desembarque Seguro Fabricação e embalagem DDU O exportador responsabiliza-se pela chegada dos bens no estabelecimento do importador ou outro local designado por ele, MAS sem arcar com a aduana e com os tributos. Descarga no (importador) É uma condição de venda muito avançada no comércio, haja vista que é exigida do exportador logística extremamente complexa para fazer chegar a mercadoria no domicílio do importador ou outro local designado por ele (normalmente um armazém próprio, uma Estação Aduaneira Interior EADI, uma fábrica, um depósito de terceiros etc). No DDU, o exportador não descarrega a mercadoria no, assim como não paga os direitos aduaneiros ( Duty Unpaid ), ou seja, não desembaraça a mercadoria nem recolhe os tributos incidentes no país de, providências que cabem ao importador 25. A mercadoria vendida através da aplicação do termo DDU é normalmente elevada, porém de interesse do importador esporádico, vez que assume participação mínima na burocracia de comércio exterior. O local de entrega da mercadoria (a ser discriminado junto à sigla DDU) deve ser bem definido pelo comprador, uma vez que naquele ponto se dará a entrega da mercadoria. Por fim, esclareça-se que a condição DDU aceita qualquer modalidade de transporte, inclusive a combinação de vários modais DDP Delivered Duty Paid Tradução: Entregue Direitos Pagos Exemplo: DDP-Paris Fabricação e embalagem embarque Seguro desembarque DDP O exportador responsabiliza-se pela chegada dos bens no domicílio do importador ou outro local designado por ele, inclusive pelos serviços de aduana e pelo pagamento dos tributos no país de. Descarga no 24 Antes da revisão 2000 dos Incoterms, também era obrigação do vendedor o desembaraço da mercadoria na aduana do país importador, assim como o pagamento dos tributos decorrentes. 25 Tome a expressão Duty Unpaid (Direitos Não Pagos) como tributos não pagos. 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 11

12 Se por um lado, o termo EXW representa o mínimo de obrigações para o exportador, o termo DDP representa o máximo de obrigações. Assim, o DDP é forma mais fácil (mas não exatamente a mais barata), de se efetuar uma compra, tendo em vista que o vendedor estrangeiro toma todas as providências e gastos necessários para entregar a mercadoria, já liberada pela aduana, no local estabelecido pelo importador, cabendo a este apenas o descarregamento da mercadoria. O exportador disponibiliza a mercadoria ao importador com os direitos pagos ( Duty Paid ), ou seja, com o competente recolhimento dos tributos exigidos no país do importador e quaisquer outras despesas que se fizerem necessários. Portanto, o local de entrega da mercadoria (a ser discriminado junto à sigla DDP) deve ser bem definido pelo comprador, uma vez que naquele ponto se dará a entrega da mercadoria. Poucas empresas podem se considerar aptas para realizar vendas na condição DDP, uma vez que necessitam meios próprios (ou de terceiros) para executar serviços logísticos no país do comprador, necessita conhecer o sistema fiscal e tributário daquele país, além de particularidades e exigências burocráticas peculiares do país de. A condição DDP pode ser utilizada para negócios cujos bens sejam transportador por qualquer modalidade de transporte, inclusive transporte multimodal. Alguns países não aceitam DDP nas suas importações, haja vista não aceitar o estrangeiro como contribuinte dos tributos exigidos Exemplo disso é o Brasil. As limitações impostas pelo Código Tributário Nacional impedem a utilização do termo DDP nas importações brasileiras. Quanto às exportações, sua utilização é livre, porém deve saber que esses tributos e demais despesas, quando remetidos ao exterior, são tributados no País (Imposto de Renda) à alíquota de 33,333% (25% reajustado). 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 12

13 3.3. Os Incoterms e as modalidades de Como se pôde observar, as condições de venda estabelecidas pelos Incoterms são divididas por modalidades de transporte. Em vários casos, a mesma condição é aplicada a mais de uma modalidade de transporte. Para facilitar essa observação, listamos abaixo as 13 fórmulas dos Incoterms, sua aplicação resumida (na primeira coluna) e a modalidade de transporte correspondente (na última coluna). CAPÍTULO 4 Valor Aduaneiro Acordo sobre a implementação do Art. VII do GATT Critérios gerais e princípios básicos do Acordo. Métodos de Valoração. Regras de origem. No Brasil, as regras relativas ao valor aduaneiro (VA) fazem parte do Novo Regulamento Aduaneiro (Decreto 6.759, de 05/02/2009), artigos 76 a 83, cujo conteúdo transcrevemos abaixo: Art. 76. Toda mercadoria submetida a despacho de importação está sujeita ao controle do correspondente valor aduaneiro. Parágrafo único. O controle a que se refere o caput consiste na verificação da conformidade do valor aduaneiro declarado pelo importador com as regras estabelecidas no Acordo de Valoração Aduaneira. Art. 77. Integram o valor aduaneiro, independentemente do método de valoração utilizado (Acordo de Valoração Aduaneira, Artigo 8, parágrafos 1 e 2, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994): I - o custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro; II - os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transporte da mercadoria importada, até a chegada aos locais referidos no inciso I; e III - o custo do seguro da mercadoria durante as operações referidas nos incisos I e II. Art. 78. Quando a declaração de importação se referir a mercadorias classificadas em mais de um código da Nomenclatura Comum do Mercosul: I - o custo do transporte de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor total do transporte proporcionalmente aos pesos líquidos das mercadorias; e II - o custo do seguro de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor total do seguro proporcionalmente aos valores das mercadorias, carregadas, no local de embarque. Art. 79. Não integram o valor aduaneiro, segundo o método do valor de transação, desde que estejam destacados do preço efetivamente pago ou a pagar pela mercadoria importada, na respectiva documentação comprobatória (Acordo de Valoração Aduaneira, Artigo 8, parágrafo 2, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994): I - os encargos relativos à construção, à instalação, à montagem, à manutenção ou à assistência técnica, relacionados com a mercadoria importada, executados após a importação; e II - os custos de transporte e seguro, bem como os gastos associados ao transporte, incorridos no território aduaneiro, a partir dos locais referidos no inciso I do art. 77. Art. 80. Os juros devidos em razão de contrato de financiamento firmado pelo importador e relativos à compra de mercadorias importadas não serão considerados como parte do valor aduaneiro, desde que (Acordo de Valoração Aduaneira, Artigo 18, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decisão 3.1 do Comitê de Valoração Aduaneira, aprovada em 12 de maio de 1995): I - sejam destacados do preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias; II - o contrato de financiamento tenha sido firmado por escrito; III - o importador possa comprovar que: a) as mercadorias sejam vendidas ao preço declarado como o efetivamente pago ou por pagar; e b) a taxa de juros negociada não exceda o nível usualmente praticado nesse tipo de transação no momento e no país em que tenha sido concedido o financiamento. Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se: I - independentemente de o financiamento ter sido concedido pelo vendedor, por uma instituição bancária ou por outra pessoa física ou jurídica; e II - ainda que a mercadoria seja valorada segundo um método diverso daquele baseado no valor de transação. Art. 81. O valor aduaneiro de suporte físico que contenha dados ou instruções para equipamento de processamento de dados será determinado considerando unicamente o custo ou valor do suporte propriamente dito (Acordo de Valoração Aduaneira, Artigo 18, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decisão 4.1 do Comitê de Valoração Aduaneira, aprovada em 12 de maio de 1995). 1 o Para efeitos do disposto no caput, o custo ou valor do suporte físico será obrigatoriamente destacado, no documento 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 13

14 de sua aquisição, do custo ou valor dos dados ou instruções nele contidos. 2 o O suporte físico referido no caput não compreende circuitos integrados, semicondutores e dispositivos similares, ou bens que contenham esses circuitos ou dispositivos. 3 o Os dados ou instruções referidos no caput não compreendem as gravações de som, de cinema ou de vídeo. Art. 82. A autoridade aduaneira poderá decidir, com base em parecer fundamentado, pela impossibilidade da aplicação do método do valor de transação quando (Acordo de Valoração Aduaneira, Artigo 17, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994): I - houver motivos para duvidar da veracidade ou exatidão dos dados ou documentos apresentados como prova de uma declaração de valor; e II - as explicações, documentos ou provas complementares apresentados pelo importador, para justificar o valor declarado, não forem suficientes para esclarecer a dúvida existente. Parágrafo único. Nos casos previstos no caput, a autoridade aduaneira poderá solicitar informações à administração aduaneira do país exportador, inclusive o fornecimento do valor declarado na exportação da mercadoria. Art. 83. Na apuração do valor aduaneiro, serão observadas as seguintes reservas, feitas aos parágrafos 4 e 5 do Protocolo Adicional ao Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio, de 12 de abril de 1979 (Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 9, de 8 de maio de 1981, e promulgado pelo Decreto n o , de 16 de julho de 1986): I - a inversão da ordem de aplicação dos métodos previstos nos Artigos 5 e 6 do Acordo de Valoração Aduaneira somente será aplicada com a aquiescência da autoridade aduaneira; e II - as disposições do Artigo 5, parágrafo 2, do Acordo de Valoração Aduaneira, serão aplicadas de conformidade com a respectiva nota interpretativa, independentemente de solicitação do importador. CAPÍTULO 5 Práticas Desleais no Práticas desleais no comércio. Medidas de defesa comercial: Antidumping, Compensatórias e de Salvaguarda. Defesa comercial na OMC. Defesa comercial no Mercosul. Defesa comercial no Brasil. EXCERTO DO DECRETO 6759/2009 (NOVO REGULAMENTO ADUANEIRO) DOS PROCESSOS DE APLICAÇÃO E DE EXIGÊNCIA DOS DIREITOS ANTIDUMPING E COMPENSATÓRIOS Art Para os efeitos deste Decreto, entende-se por: I - dumping, a introdução de um bem no mercado doméstico, inclusive sob as modalidades de drawback, a preço de exportação inferior ao preço efetivamente praticado para o produto similar nas operações mercantis normais, que o destinem a consumo no país exportador (Acordo sobre Implementação do Artigo VI do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio 1994, Artigo 2, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decreto n o 1.602, de 23 de agosto de 1995, art. 4 o ); II - direito antidumping, o montante em dinheiro, igual ou inferior à margem de dumping apurada, com o fim exclusivo de neutralizar os efeitos danosos das importações objeto de dumping, calculado mediante a aplicação de alíquotas ad valorem ou específicas, ou pela conjugação de ambas (Acordo sobre Implementação do Artigo VI do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio 1994, Artigo 9, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decreto n o 1.602, de 1995, art. 45); e III - direito compensatório, o direito especial percebido com o fim de contrabalançar qualquer subsídio concedido direta ou indiretamente à fabricação, à produção ou à exportação de mercadoria (Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias, Artigo 10, Nota 36, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decreto n o 1.751, de 19 de dezembro de 1995, art. 1 o, caput). Art Os direitos antidumping e os direitos compensatórios, provisórios ou definitivos, serão aplicados mediante a cobrança de importância, em real, que corresponderá a percentual da margem de dumping ou do montante de subsídios, apurados em processo administrativo, nos termos da legislação específica, suficientes para sanar dano ou ameaça de dano à indústria doméstica (Lei n o 9.019, de 1995, art. 1 o, caput). Parágrafo único. Os direitos antidumping e os direitos compensatórios serão cobrados independentemente de quaisquer obrigações de natureza tributária relativas à importação dos produtos afetados (Lei n o 9.019, de 1995, art. 1 o, parágrafo único). Art Poderão ser aplicados direitos provisórios durante a investigação, quando da análise preliminar verificar-se a existência de indícios da prática de dumping ou de concessão de subsídios, e que tais práticas causam dano, ou ameaça de dano, à indústria doméstica, e se julgue necessário impedi-las no curso da investigação (Lei n o 9.019, de 1995, art. 2 o, caput). Art A exigibilidade dos direitos provisórios de que trata o art. 786 poderá ficar suspensa, até decisão final do processo, a critério da Câmara de Comércio Exterior, desde que o importador ofereça garantia equivalente ao valor integral da obrigação e dos demais encargos legais, sob a forma de depósito em dinheiro ou fiança bancária (Lei n o 9.019, de 1995, art. 3 o, caput, com a redação dada pela Medida Provisória n o , de 2001, art. 53). 1 o O desembaraço aduaneiro dos bens objeto da aplicação dos direitos provisórios dependerá da prestação da garantia a que se refere este artigo (Lei n o 9.019, de 1995, art. 3 o, 3 o ). 2 o A garantia deverá assegurar, em todos os casos, a aplicação das mesmas normas que disciplinam a hipótese de atraso no pagamento de tributos federais, inclusive juros, desde a data de vigência dos direitos provisórios (Lei n o 9.019, de 1995, art. 3 o, 1 o ). 3 o A Secretaria da Receita Federal do Brasil disporá sobre a forma de prestação e liberação da garantia referida neste artigo (Lei n o 9.019, de 1995, art. 3 o, 2 o ). Art O cumprimento das obrigações resultantes da aplicação dos direitos antidumping e dos direitos compensatórios, sejam definitivos ou provisórios, será condição para a introdução no comércio do País de produtos objeto de dumping ou de subsídios (Lei n o 9.019, de 1995, art. 7 o, caput). 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 14

15 1 o Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil a cobrança e, se for o caso, a restituição dos direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, quando se tratar de valor em dinheiro (Lei n o 9.019, de 1995, art. 7 o, 1 o ). 2 o Os direitos antidumping e os direitos compensatórios são devidos na data do registro da declaração de importação (Lei n o 9.019, de 1995, art. 7 o, 2 o, com a redação dada pela Lei n o , de 2003, art. 79). 3 o A exigência de ofício de direitos antidumping ou de direitos compensatórios e decorrentes acréscimos moratórios e penalidades será formalizada em auto de infração lavrado por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, observado o disposto no Decreto n o , de 1972, e o prazo de cinco anos, contados da data de registro da declaração de importação (Lei n o 9.019, de 1995, art. 7 o, 5 o, com a redação dada pela Lei n o , de 2003, art. 79). 4 o Verificado o inadimplemento da obrigação, a Secretaria da Receita Federal do Brasil encaminhará o débito à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, para inscrição em Dívida Ativa da União e respectiva cobrança, observado o prazo de prescrição de cinco anos (Lei n o 9.019, de 1995, art. 7 o, 6 o, com a redação dada pela Lei n o , de 2003, art. 79). 5 o A restituição de valores pagos a título de direitos antidumping e de direitos compensatórios, provisórios ou definitivos, enseja a restituição dos acréscimos legais correspondentes e das penalidades pecuniárias, de caráter material, prejudicados pela causa da restituição (Lei n o 9.019, de 1995, art. 7 o, 7 o, com a redação dada pela Lei n o , de 2003, art. 79). Art Os direitos antidumping ou compensatórios, provisórios ou definitivos, somente serão aplicados sobre bens despachados para consumo a partir da data da publicação do ato que os estabelecer, excetuando-se os casos de retroatividade previstos nos Acordos Antidumping e nos Acordos de Subsídios e Direitos Compensatórios (Lei n o 9.019, de 1995, art. 8 o, caput). Parágrafo único. Nos casos de retroatividade, a Secretaria da Receita Federal do Brasil intimará o contribuinte ou responsável para pagar os direitos antidumping ou compensatórios, provisórios ou definitivos, no prazo de trinta dias, sem a incidência de quaisquer acréscimos moratórios (Lei n o 9.019, de 1995, art. 8 o, 1 o, com a redação dada pela Lei n o , de 2003, art. 79). II - medida de salvaguarda provisória, aquela aplicada nas circunstâncias em que, havendo provas claras de nexo causal entre o aumento das importações e a ameaça de prejuízo à indústria nacional, a demora na investigação acarrete dano de difícil reparação (Acordo sobre Salvaguarda, Artigo 4, parágrafo 2, (b), e Artigo 6, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decreto n o 1.488, de 1995, art. 4 o ); e III - medida de salvaguarda definitiva, aquela aplicada após a investigação para a determinação de prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave decorrente do aumento das importações de determinada mercadoria (Acordo sobre Salvaguarda, Artigo 3, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decreto n o 1.488, de 1995, art. 8 o, com a redação dada pelo Decreto n o 1.936, de 20 de junho de 1996, art. 1 o ). Art A aplicação das medidas de salvaguarda será precedida de investigação, na forma da legislação específica (Acordo sobre Salvaguarda, Artigo 3, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decreto n o 1.488, de 1995, art. 2 o, 1 o ). Parágrafo único. Compete à Câmara de Comércio Exterior a fixação das medidas de salvaguarda, provisórias ou definitivas (Acordo sobre Salvaguarda, Artigo 3, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decreto n o 4.732, de 10 de junho de 2003, art. 2 o, inciso XV). Art As medidas de salvaguarda provisórias serão aplicadas como elevação do imposto de importação, por meio de adicional à Tarifa Externa Comum, sob a forma de alíquota ad valorem, de alíquota específica ou da combinação de ambas (Acordo sobre Salvaguarda, Artigo 7, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decreto n o 1.488, de 1995, art. 4 o, 3 o, com a redação dada pelo Decreto n o 1.936, de 1996, art. 1 o ). Art As medidas de salvaguarda definitivas serão aplicadas, na extensão necessária, para prevenir ou reparar o prejuízo grave e facilitar o ajustamento da indústria doméstica, sob a forma estabelecida no art. 772 ou mediante restrições quantitativas (Acordo sobre Salvaguarda, Artigos 5 e 7, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decreto n o 1.488, de 1995, art. 8 o, com a redação dada pelo Decreto n o 1.936, de 1996, art. 1 o ). Do Processo de Determinação e Exigência das Medidas de Salvaguarda Art A determinação e a exigência dos créditos tributários decorrentes de infração às medidas de salvaguarda obedecerão ao disposto no art Art Para os efeitos deste Decreto, entende-se por: I - medida de salvaguarda, a elevação no imposto de importação aplicada nos casos em que a importação de determinado produto aumente em condições e em quantidade, absoluta ou em relação à produção nacional, que causem ou ameacem causar prejuízo grave à indústria doméstica de bens similares ou diretamente concorrentes (Acordo sobre Salvaguarda, Artigo 2, parágrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo n o 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n o 1.355, de 1994; e Decreto n o 1.488, de 11 de maio de 1995, art. 1 o ); 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 15

16 CAPÍTULO 7 POLÍTICAS COMERCIAIS: PROTECIONISMO E LIVRE-CAMBISMO, COMÉRCIO INTERNACIONAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. BARREIRAS TARIFÁRIAS E NÃO-TARIFÁRIAS. 1.1 Políticas comerciais. Protecionismo e livre-cambismo. As formas e instrumentos que os governos se utilizam para sua política voltada ao mercado externo caracterizam as chamadas políticas comerciais. Essas políticas tendem a ser liberais (livre-cambismo) ou protegidas (protecionismo). É natural que cada país queira desenvolver-se internamente produzindo bens e serviços que satisfaçam o consumo local e, através de excedentes, realize vendas para o exterior. Convém lembrar que na exportação há o ingrediente chamado lucro, enquanto na importação o que há são apenas custos. Por isso, as políticas comerciais dos países normalmente privilegiam as exportações, em detrimento das importações. É uma tendência, portanto, um país pregar a política do livre comércio junto aos demais países quanto se trata de exportar seus produtos, enquanto tenta produzir internamente aquilo que tem maior necessidade, evitando, sempre que possível, importar bens do exterior. É a política de substituição das importações. Daí podemos melhor conceituar: a) livre-cambismo: Política de liberdade de comércio, sem qualquer censura, prevalecendo regras do mercado livre. Dessa forma, quanto menor a intervenção governamental melhor. O livre comércio parte do pressuposto de que o indivíduo, ao procurar seu próprio interesse (lucro), também estaria promovendo o interesse e o bem-estar da sociedade, conforme pregava Adam Smith em seu livro A Riqueza das Nações, pois com o livre comércio há concorrência e, consequentemente, queda no nível de preços e aumento na eficiência produtiva. b) Protecionismo: Política que visa proteger setores da economia local (sobretudo as essenciais como agricultura e indústria de base), por meio de criação de barreiras a entrada de produtos e serviços procedentes do exterior. Os argumentos em favor do protecionismo são: proteção à indústria nascente, redução do desemprego, impedimento ao comércio desleal, promoção da segurança nacional, melhoria na balança de pagamentos, entre outros. 1.2 Comércio e crescimento econômico Abrir as fronteiras seria a melhor forma de dar fluidez ao comércio e proporcionar crescimento econômico, segundo as teorias mais antigas sobre o comércio, de modo a melhorar o padrão de vida dos povos, principalmente pela especialização da produção, que ocorreria naturalmente. Esta não foi, no entanto, exatamente a realidade adotada pelos países para se desenvolverem. Isso valeu tanto para as nações desenvolvidas, como os EUA, Alemanha e Japão, no século XIX, quanto para os países em desenvolvimento, que tentaram incrementar seus parques industriais a partir da Segunda Guerra Mundial. Exatamente por não conseguirem se inserir no contexto das trocas mundiais de maneira favorável, esses países invariavelmente adotaram sistemas de restrições às importações para desenvolver suas indústrias. Atualmente, por força das regras rígidas da OMC, é mais difícil a introdução de barreiras ao comércio sob a simples alegação de proteção à indústria nacional, fazendo com que os países, principalmente os desenvolvidos, valham-se de subterfúgios como as barreiras técnicas, normalmente introduzidas com o fim de resguardar alguma atividade produtiva interna. Foi fator importante sobre comércio e crescimento o fato de, com a globalização econômica e a forte interdependência nas relações comerciais, quando os países industrializados estão em expansão (crescimento) econômica, isso significa que suas indústrias demandarão uma quantidade maior de matérias-primas, as quais, muitas vezes, são importadas de países em desenvolvimento, normalmente exportadores de produtos primários. Ora, isso significa que os países desenvolvidos (centrais) transferem parte de seu crescimento aos países subdesenvolvidos (periféricos) por meio do comércio. Essa ideia de que o comércio foi o motor do crescimento valeu no século XIX, mas veremos que não encontrou respaldo no século XX. Verificou-se, também, que o crescimento econômico atrelado ao comércio tem sido atribuído aos ganhos de escala que os países obtêm, graças à especialização do trabalho, a partir das vantagens comparativas que cada nação possui na produção de determinado item. Esse argumento embasou as chamadas teorias clássicas do comércio. Porém, o que se observou foi que o crescimento de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, que se inseriram nesse contexto de especialização em função de vantagens comparativas, não se deu de forma equânime. O que queremos dizer com isso é que aqueles países que produzem bens mais elaborados (industriais) obtiveram um crescimento maior do que os países subdesenvolvidos, que se especializaram em produtos primários. Isso já foi comentado mais de uma vez nesse trabalho, e deu origem à Tese da Deterioração dos Termos Internacionais de Troca dos países subdesenvolvidos. Com isso, outras teorias surgiram, desmistificando a tese de que o comércio, por si só, levaria ao crescimento econômico. Passou-se a acreditar que o fundamental para o crescimento seria encontrar novos mercados para negociar produtos a preços competitivos. Isso só seria possível com o uso da tecnologia, da inovação e dos investimentos, proporcionando, dessa forma, por meio da elevação das exportações, um aumento mais que proporcional no Produto Nacional Bruto (PNB), em função do efeito multiplicador. 1.3 Barreiras tarifárias e não-tarifárias Foi falado até aqui sobre imposição de barreiras como forma de proteção às indústrias nascentes. A proteção às indústrias nascentes é apenas um dos motivos, ou seja, dos argumentos, favoráveis à imposição de barreiras ao comércio com outros países (a favor do protecionismo). Outros motivos são a segurança nacional, a proteção contra práticas desleais de comércio, entre outras. Muitas são as barreiras criadas para o fluxo normal do comércio. Podemos separá-las em dois grupos: barreiras tarifárias e barreiras não-tarifárias (BNT), as quais estudaremos a seguir: Barreiras tarifárias: São as formadas pela cobrança de tributos sobre a importação (direitos aduaneiros). São muito antigas e muito eficientes para os governos controlarem o nível de entrada de 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 16

17 produtos estrangeiros no mercado doméstico. Ao aumentar o imposto de importação, o ingresso de produtos estrangeiros diminuem. Ao reduzir o tributo, a entrada de mercadorias do exterior tende a aumentar, conforme as convicções da equipe econômica do governo. Assim, os tributos externos têm o objetivo de regular o fluxo do comércio exterior no país, além de servir de instrumento de arrecadação para o governo. Os tipos de tarifas podem ser: tarifa específica, ad valorem ou mista. A primeira se trata de um valor fixo sobre a quantidade de produto (exemplo: R$ 1,50 sobre cada litro de cerveja). A tarifa ad valorem, como o próprio nome sugere, é um percentual sobre o valor da mercadoria importada, ou seja, sobre seu valor aduaneiro, cujas regras de cálculo estudaremos neste material. A tarifa mista é forma conjugada entre as duas primeiras. O mais comum é a cobrança apenas da tarifa ad valorem. No entanto, com as assinaturas de acordos internacionais de comércio, a partir do GATT, em 1947 (no pós-guerra), e posteriormente com a criação da OMC (1994), a tendência mundial foi de queda das tarifas impostas à importação de mercadorias pelos países Barreiras não-tarifárias (BNT): São restrições ao comércio impostas pelos governos sem o uso do instrumento aduaneiro (tributos). A OMC possui como regra condenar formalmente a utilização indiscriminada de barreiras ao comércio exterior que não sejam de cunho tarifário. Mesmo assim, este tipo de restrição vem sendo bastante utilizado pelos países, principalmente pelas nações desenvolvidas, apesar do protesto das nações prejudicadas, já que o instrumento tarifário encontra muitas limitações, em função dos diversos compromissos e acordos multilaterais assinados pelos países. O GATT estabeleceu que a proteção às indústrias nacionais, regra geral, só pode ser efetuada por meio de tarifas. E estas são controladas por critérios objetivos do Acordo. As barreiras não-tarifárias, como regra, não são permitidas, exceto em casos justificados, como exigências técnicas do país importador (como veremos a seguir). Os países acabaram se agarrando a essa abertura do sistema para impor determinadas barreiras não-tarifárias, já que a sua justificativa nem sempre é possível com critérios totalmente objetivos, o que acaba gerando os conflitos comerciais na OMC. Eis os tipos mais comuns de barreiras não-tarifárias: a) cotas de importação: Trata-se de restrição quantitativa em relação a uma determinada mercadoria ou a um determinado país. As cotas podem ser globais (aplicadas a todos os países) ou nacionais (fixada para cada país separadamente), sempre fixadas para prazos determinados. Atingida a cota de importação de determinado produto, fica proibida a sua importação a partir deste instante até que se reinicie novo prazo (normalmente anual). Cabe à SECEX Secretaria de Comércio Exterior, órgão que estudaremos com mais detalhes oportunamente, o controle de cotas de entrada de produtos estrangeiros sob essa condição, mediante emissão de autorização em licenças de importação (LI), no SISCOMEX Sistema Integrado de Comércio Exterior. É o caso, atualmente, da importação de têxteis provenientes da China. b) restrições ao câmbio: É a barreira à entrada de produtos estrangeiros através do controle da taxa de câmbio. Ao aumentar essa taxa, a importação passa a ficar mais cara em reais, o que tende a diminuir. Outra forma restritiva ao comércio, via política cambial, é a utilização de taxas distintas para grupos de produtos, de forma a ser maior para importações de artigos de luxo ou supérfluos e menor para produtos essenciais. No Brasil já houve, também, limitações de pagamento antecipado para importações como forma de evitar a evasão prévia de divisas e, com isso, diminuir o fluxo de importações. c) formalidades técnicas: Também conhecidas como protecionismo administrativo. São as mais comuns e as mais controvertidas nos dias atuais, pois consiste na aplicação de certas exigências formais para a entrada de alguns produtos, com o objetivo de restringi-la. Este tipo de barreira não-tarifária tem sido muito utilizado pelos países desenvolvidos como alternativa substitutas ou complementares às barreiras tarifárias. Dessa forma, os países passaram a exigir, nas importações, o cumprimento de normas de segurança, sistemas de licença de importação, medidas fitossanitárias, exigências sobre modo de embalagem, certificados, atestados e outras imposições. Embora muitas destas exigências atendam a objetivos legítimos (e por isso a OMC prevê a sua imposição), sabe-se que, em muitos casos, trata-se de uma forma de impor restrições às importações com o objetivo de proteção ao fabricante nacional. d) depósitos compulsórios (obrigatórios): Recolhimento prévio do valor do produto importado, dificultando sua transação e constituindo um empréstimo forçado ao governo. e) monopólio governamental: É quando o governo assume o monopólio nas operações de comércio exterior para determinados produtos, determinando que somente agentes públicos podem praticar atividades de importação (e/ou de exportação) de algum produto. Este procedimento foi utilizado pelo Brasil na importação de trigo e petróleo e na exportação de açúcar. CAPÍTULO 8 A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO (OMC): Textos legais, estrutura, funcionamento. O Acordo sobre o Comércio de Bens (GATT-1994): princípios básicos e objetivos. O Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS) O sistema multilateral de comércio. O sistema multilateral de comércio é o conjunto de instituições e acordos multilaterais que têm por objetivo o estabelecimento do livre comércio mundial. Acordo multilateral é acordo assinado entre vários países. Resumidamente, façamos um breve histórico: Esse sistema surgiu no pós-guerra quando os países desejaram voltar ao liberalismo e mudar a sistemática de celebração de acordos que passou a vigorar na década de Naquela década, o mundo se tornou superprotecionista, em decorrência da depressão decorrente da quebra da Bolsa de Nova York em 1929, o chamado crack (ou crash). Essa quebra se deu em razão da superprodução norte-americana 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 17

18 combinada com o subconsumo europeu. Com a Primeira Guerra Mundial, a Europa se destruíra e os europeus precisavam importar tudo ou quase tudo: armas, capital e alimentos. Os EUA se tornaram o celeiro do mundo. Foi o início do caminho para serem hoje a maior potência mundial. Nos EUA, era a época da euforia. Tudo que se produzia era vendido para a Europa. Havia investimentos cada vez maiores nos EUA. Só que muitos desses investimentos só começariam a gerar retorno a médio e longo prazos... Com o passar do tempo, a Europa foi se recuperando da Primeira Guerra e se tornava cada vez menos dependente dos EUA. Importavam cada vez menos e os EUA produziam cada vez mais. Além disso, os investimentos de aumento de produção continuavam a pleno vapor. Muitos desses investimentos somente gerariam retornos no futuro. Com o consumo cada vez menor de produtos norteamericanos e a produção cada vez maior, chegou o dia do colapso. O subconsumo europeu combinou explosivamente com a superprodução norte-americana. Não havia mais mercado para a enorme produção. Pela Lei da Oferta e da Procura, excesso de oferta sobre a demanda faz os preços caírem. E foi isso que ocorreu. Os preços dos bens caíram. Os estoques perderam valor. O Ativo das empresas definhou. As empresas quebraram. E com elas seus investidores (pessoas físicas e bancos). Quando os EUA quebram, o capital autônomo que saía em direção à Europa, deixa de sair. O capital secou. Por conta disso, os países europeus e os demais se viram em sérias dificuldades: precisavam de recursos que foram cortados de uma hora para a outra. Para manter o desenvolvimento, precisavam conseguir dinheiro. Uma alternativa restou para os países que recebiam recursos dos EUA: vender muito e não comprar nada (ou quase nada). Assim, poderiam fazer dinheiro. Para vender muito e para não comprar nada, os países usaram, então, na década de 1930, várias barreiras às importações e vários subsídios às exportações. Estamos agora no fim da II Guerra Mundial. Os países decidiram, em 1944, reunirem-se em Bretton Woods (EUA) para avaliar os problemas que surgiram com o protecionismo da década de Ficou muito famosa a Conferência de Bretton Woods, pois a partir dela nasceu o acordo multilateral (o GATT General Agreement on Tariffs and Trade Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio irá surgir em 1947) em que se iriam prever as medidas a serem adotadas pelos países para combater cada medida protecionista. [Também na Conferência de Bretton Woods criou-se o FMI - Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, assuntos que não pertencem mais no edital do concurso da Receita Federal.] O acordo do GATT previa para cada problema, uma solução. Eis, simplificadamente, os problemas e as soluções elencados: 1) Concessões bilaterais, em vez de concessões multilaterais. Nenhum país concedia um benefício para todo mundo. A concessão era sempre muito limitada. SOLUÇÃO: Criação da Cláusula da Nação Mais Favorecida (artigo I do GATT), a partir da qual a nação que favorecer um país com acordo bilateral, se vier a fazer novo acordo com um terceiro país, em condições mais favoráveis, deveria estender o benefício ao primeiro. 2) Discriminação em Matéria de Tributos Internos (tipo IPI, PIS e COFINS). Os países tributavam internamente os produtos estrangeiros com alíquotas mais altas que as alíquotas cobradas sobre os produtos nacionais. SOLUÇÃO: Criação do artigo III (Princípio do Tratamento Nacional), a partir do qual o país deve dar ao produto estrangeiro o tratamento de tributação interna que dá ao produto nacional. 3) Uso de Dumping e de Subsídios, considerados medidas desleais de comércio. SOLUÇÃO: Com base no artigo VI e XVI, é possível a retaliação com imposição de tributos antidumping e de medidas compensatórias, respectivamente, assunto a ser melhor estudado posteriormente. 4) Uso de Bases de Cálculo Arbitrárias e Fictícias. SOLUÇÃO: Criação do artigo VII do GATT: O valor aduaneiro, ou seja, o valor usado para fins aduaneiros (para tributação) não pode ser arbitrário nem fictício. Os países deveriam usar como valor aduaneiro o valor real da importação, calculada com base em um dos seis métodos valorativos criados. 5) Uso de Quotas de Importação: SOLUÇÃO: Pelo artigo XI do GATT, os países ficariam proibidos de usar restrições quantitativas (quotas). Não se pode restringir importação, seja por volume, seja por valor. Muitas negociações no âmbito do acordo se deram a partir daquela época, as quais receberam o nome de Rodadas de Negociação. O que se seguiu foi a criação de um organismo : a OMC Organização Mundial do Comércio. Observe que o GATT não é um órgão, é um acordo (Agreement = Acordo), mas a OMC sim, é um organismo. 1.2 A Organização Mundial do Comércio (OMC): textos legais, estrutura, funcionamento. A partir do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) tentouse criar, em 1948, a OIC Organização Internacional do Comércio, sem sucesso. Mas ficou combinado que periodicamente haveria rodadas de negociação para ir reduzindo gradualmente as barreiras de comércio. A Rodada Uruguai foi a oitava e é considerada a mais importante. Foi por ela que se conseguiu criar, em 1994, a OMC Organização Mundial do Comércio. O que é a OMC? É a instituição que administra o sistema multilateral de comércio, visando ao livre comércio mundial, surgida com o encerramento da Rodada Uruguai do GATT ( ). Portanto, a OMC é a instituição que fiscaliza a aplicação do acordo multilateral já existente, o GATT. A OMC entrou em vigor em 01 de janeiro de 1995, de cujos textos legais extraímos o que se segue abaixo (os itens mais importantes, cobrados no edital do concurso, serão cobrados nos tópicos seguintes): Artigo II 1. A OMC constituirá o quadro institucional comum para a condução das relações comerciais entre seus Membros nos assuntos relacionados com os acordos e instrumentos legais conexos incluídos nos Anexos ao presente Acordo. 2. Os acordos e os instrumentos legais conexos incluídos nos Anexos 1, 2 e 3 (denominados Acordos Comerciais 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 18

19 Multilaterais ) formam parte integrante do presente Acordo e obrigam a todos os Membros. 3. Os acordos e os instrumentos legais conexos incluídos no Anexo 4 (denominados Acordos Comerciais Plurilaterais ) também formam parte do presente Acordo para os Membros que os tenham aceito e são obrigatórios para estes. Os Acordos Comerciais Plurilaterais não criam obrigações nem direitos para os Membros que não os tenham aceitado. 4. O Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio de 1994, conforme se estipula no Anexo 1A (denominado GATT 94 ) é juridicamente distinto do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio de Anexo 1A: Acordos Multilaterais de Comércio de Bens - Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio de 1994 (GATT-94) - Acordo sobre Agricultura - Acordo sobre Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) - Acordo sobre Têxteis e Vestuário - Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT) - Acordo sobre Medidas de Investimento Relacionadas com o Comércio (TRIMS) - Acordo sobre a Implementação do Artigo VI do GATT Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do GATT Acordo sobre Inspeção Pré-Embarque - Acordo sobre Regras de Origem - Acordo sobre Procedimentos para o Licenciamento de Importações - Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias - Acordo sobre Salvaguarda Anexo 1B: Acordo Geral sobre Comércio de Serviços e Anexos (GATS) Anexo 1C: Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS) Anexo 2: Entendimento Relativo às Normas e Procedimentos sobre Solução de Controvérsias Anexo 3: Mecanismo de Exame de Políticas Comerciais Anexo 4: Acordos de Comércio Plurilaterais - Acordo sobre Comércio de Aeronaves Civis - Acordo sobre Compras Governamentais - Acordo Internacional sobre Produtos Lácteos - Acordo Internacional sobre Carne Bovina Obs.: A adesão a esses acordos do Anexo 4 não eram obrigatórios para os países. O Brasil aderiu somente ao acordo da carne bovina. Artigo III Funções da OMC 1. A OMC facilitará a aplicação, administração e funcionamento do presente Acordo e dos Acordos Comerciais Multilaterais e promoverá a consecução de seus objetivos, e constituirá também o quadro jurídico para a aplicação, administração e funcionamento dos Acordos Comerciais Plurilaterais. 2. A OMC será o foro para as negociações entre seus Membros acerca de suas relações comerciais multilaterais em assuntos tratados no quadro dos acordos incluídos nos Anexos ao presente Acordo. A OMC poderá também servir de foro para ulteriores negociações entre seus Membros acerca de suas relações comerciais multilaterais, e de quadro jurídico para a aplicação dos resultados dessas negociações, segundo decida a Conferência Ministerial. 3. A OMC administrará o Entendimento relativo às normas e procedimentos que regem a solução de controvérsias (denominado Entendimento sobre Solução de Controvérsias ou ESC ) que figura no Anexo 2 do presente Acordo. 4. A OMC administrará o Mecanismo de Exame das Políticas Comerciais (denominado TPRM ) estabelecido no Anexo 3 do presente Acordo. 5. Com o objetivo de alcançar uma maior coerência na formulação das políticas econômicas em escala mundial, a OMC cooperará, no que couber, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e com os órgãos a eles filiados. Artigo IX Processo Decisório 1. A OMC continuará a prática de processo decisório de consenso seguida pelo GATT Salvo disposição em contrário, quando não for possível adotar uma decisão por consenso, a matéria em questão será decidida por votação. Nas reuniões da Conferência Ministerial e do Conselho Geral, cada Membro da OMC terá um voto. Quando as Comunidades Europeias exercerem seu direito de voto, terão o número de votos correspondente ao número de seus Estados-membros que são Membros da OMC. As Decisões da Conferência Ministerial e do Conselho Geral serão tomadas por maioria de votos, salvo disposição em contrário do presente Acordo ou do Acordo Multilateral de Comércio pertinentes. 2. A Conferência Ministerial e o Conselho Geral terão autoridade exclusiva para adotar interpretações do presente Acordo e dos Acordos Multilaterais de Comércio. No caso de uma interpretação de um Acordo Multilateral de Comércio do Anexo 1, a Conferência Ministerial e o Conselho Geral exercerão sua autoridade com base em uma recomendação do Conselho responsável pelo funcionamento do Acordo em questão. A decisão de adotar uma interpretação será tomada por maioria de três-quartos dos Membros Em circunstâncias excepcionais, a Conferência Ministerial poderá decidir a derrogação de uma obrigação de um membro em virtude do presente acordo ou de quaisquer dos Acordos Multilaterais de Comércio, desde que tal decisão seja tomada por três-quartos dos Membros, salvo disposição em contrário no presente parágrafo... Artigo IV Estrutura: 1. Estabelecer-se-á uma Conferência Ministerial, composta por representantes de todos os Membros, que se reunirá ao menos uma vez a cada dois anos. A Conferência Ministerial desempenhará as funções da OMC e adotará as disposições necessárias para tais fins. A Conferência Ministerial terá a faculdade de adotar decisões sobre todos os assuntos compreendidos no âmbito de qualquer dos Acordos Comerciais Multilaterais, caso assim o solicite um Membro, em conformidade com o estipulado especificamente em matéria de adoção de decisões no presente Acordo e no Acordo Comercial Multilateral relevante. 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 19

20 2. Estabelecer-se-á um Conselho Geral, composto por representantes de todos os Membros, que se reunirá quando cabível. Nos intervalos entre reuniões da Conferência Ministerial, o Conselho Geral desempenhará as funções da Conferência. O Conselho Geral cumprirá igualmente as funções que se lhe atribuam no presente Acordo. O Conselho Geral estabelecerá suas regras de procedimento e aprovará as dos Comitês previstos no 7o. 3. O Conselho Geral se reunirá quando couber para desempenhar as funções do Órgão de Solução de Controvérsias estabelecido no Entendimento sobre Solução de Controvérsias. O Órgão de Solução de Controvérsias poderá ter o seu próprio presidente e estabelecerá as regras de procedimento que considere necessárias para o cumprimento de tais funções. 4. O Conselho Geral se reunirá quando couber para desempenhar as funções do Órgão de Exame das Políticas Comerciais estabelecido no Mecanismo de Exame de Políticas Comerciais. O Órgão de Exame das Políticas Comerciais poderá ter seu próprio presidente, e estabelecerá as regras de procedimento que considere necessárias para o cumprimento de tais funções. 5. Estabelecer-se-ão um Conselho para o Comércio de Bens, um Conselho para o Comércio de Serviços e um Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio (denominado Conselho de TRIPS) que funcionarão sob a orientação geral do Conselho Geral. O Conselho para o Comércio de Bens supervisionará o funcionamento dos Acordos Comerciais Multilaterais do Anexo 1A. O Conselho para o Comércio de Serviços supervisionará o funcionamento do Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (denominado GATS). O Conselho de TRIPS supervisionará o funcionamento do Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados com o Comércio (denominado Acordo sobre TRIPS ). Esses Conselhos desempenharão as funções a eles atribuídas nos respectivos Acordos e pelo Conselho Geral. Estabelecerão suas respectivas regras de procedimento, sujeitas a aprovação pelo Conselho Geral. Poderão participar desses Conselhos representantes de todos os Membros. Esses Conselhos se reunirão conforme necessário para desempenhar suas funções. 6. O Conselho para o Comércio de Bens, o Conselho para o Comércio de Serviços e o Conselho de TRIPS estabelecerão os órgãos subsidiários que sejam necessários. Tais órgãos subsidiários fixarão suas respectivas regras de procedimento, sujeitas a aprovação pelos Conselhos correspondentes. 7. A Conferência Ministerial estabelecerá um Comitê de Comércio e Desenvolvimento, um Comitê de Restrições por Motivo de Balanço de Pagamentos e um Comitê de Assuntos Orçamentários, Financeiros e Administrativos... e poderá estabelecer Comitês adicionais com as funções que considere apropriadas. O Comitê de Comércio e Desenvolvimento examinará periodicamente, como parte de suas funções, as disposições especiais em favor dos países de menor desenvolvimento relativo contidas nos Acordos Comerciais Multilaterais e apresentará relatório ao Conselho Geral para adoção de disposições apropriadas. Poderão participar desses Comitês representantes de todos os Membros... RESUMOS: Vamos dar uma pequena parada no desenvolvimento do programa do concurso para fazermos uma pequena e merecida revisão, a partir de elementos-chave: 1 SOBRE O GATT - Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio: GATT = General Agreement on Tariffs and Trade (ou Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio). Objetivo original reduzir as barreiras comerciais entre países, aumentar sua interdependência e, com isso, reduzir os riscos de um novo conflito mundial. Regras prevalecerem até 1995 quando foram incorporadas pela OMC Princípio básico: não-discriminação Países assumiam compromisso de não aumentar as tarifas ou fazer restrições ao comércio Fragilidade: acordo provisório e sem poder suficiente para solucionar controvérsias comerciais ou impedir que seus signatários desrespeitassem as regras quando julgassem conveniente. 2. PRINCÍPIOS DO GATT: Não discriminação proteção transparente base estável de comércio Concorrência leal Proibições de restrições quantitativas a importações Adoção de medidas de urgência Reconhecimento de acordos regionais (art.xxiv) Condições especiais para países em desenvolvimento. 3 SOBRE A OMC - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO Organização permanente e com personalidade jurídica própria, sediada em Genebra (Suíça), com 149 países membros. Início: 1/1/1995 Princípio fundamental: não discriminação (mesmo do GATT) Todos os membros devem registrar multilateralmente seus níveis máximos de tarifa. Após isso, não pode ser aumentada ou neutralizada por outras medidas protecionistas. A OMC pode autorizar medidas retaliatórias, se o país infrator não obedecer a suas recomendações (se houve a infração, ou oferece compensação ou se sujeita às retaliações). 4 SOBRE AS FUNÇÕES DA OMC: Administrar e aplicar os acordos comerciais multilaterais e plurilaterais que em conjunto configuram o novo sistema de comércio; Servir de foro para as negociações multilaterais; Administrar o entendimento relativo às normas e procedimentos que regulam as soluções de controvérsias; Supervisionar as políticas comerciais nacionais; Cooperar com as demais instituições internacionais que participam da fomentação de políticas econômicas em nível mundial; FMI, BIRD e organismos conexos. 16/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 20

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