GESTÃO ESCOLAR: desafios para qualidade do Ensino Fundamental no. município de São João da Fronteira (PI)

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1 GESTÃO ESCOLAR: desafios para qualidade do Ensino Fundamental no 1 INTRODUÇÃO município de São João da Fronteira (PI) José Alderi Gomes Coutinho 1 Samara de Oliveira Silva 2 GT1. Política e gestão da educação básica O estudo sobre o condicionamento na melhoria dos resultados educacionais têm sido uma preocupação constante na área educacional. A gestão da escola neste sentido é visto como uma atividade de mediação dos processos de ensino que contribui para elevação dos melhores resultados nas instituições escolares. As pesquisas sobre o tema evidenciam a necessidade de uma maior contribuição na sistematização de propostas para a democratização do direito à educação pública e de sua gestão por meio da participação ativa em conferências de educação, fóruns etc.. O que tem sido possível identificar as lacunas em relação à participação social na gestão da educação, sobretudo no que se refere aos conteúdos propostos nesse projeto. Ademais o debate sobre temática qualidade da educação brasileira não é algo novo e nesta lógica a presente pesquisa procurar fundamental a Gestão Escolar e os desafios para qualidade do Ensino Fundamental no Município de São João da Fronteira (PI), baseado no PME - Plano Municipal de Educação. Diante do entendimento que é proposto é preciso levar em consideração que as reflexões sobre adoção das políticas educacionais desenvolvida pela gestão escolar é em sua eficácia na prática o desenvolvimento e seguridade da qualidade do ensino. E analisando este raciocino lógico é que se parte para o entendimento que este trabalho possa ser um referencial para gestores, professores e cidadãos que busque o 1 COUTINHO, José Alderir G. TCC no Curso de Especialização em Gestão da Educação Municipal PRADIME/MEC/UFPI.E- mail: 2 SILVA, Samara de O. Orientadora do TCC no Curso de Especialização em Gestão da Educação Municipal PRADIME/MEC/UFPI.E- mail:sossam@hotmail.com

2 conhecimento mais detalhado sobre a teorização da Gestão Escolar e seus desafios na qualidade do ensino fundamental. Levando em consideração o exposto é necessário entender como se dar a gestão escolar no Município de São João da Fronteira - PI, como esta se organiza deste o processo de escola do diretor da escola até a efetividade das políticas educacionais na qualidade do ensino, observando as reais dificuldades, e de que forma estão sendo enfrentadas de fato por um processo de planejamento consistente onde todos os agentes tem participação efetiva para intervenção e superação das dificuldades e assim possam criar um ambiente construtivo capaz de assegurar qualidade no ensino no município. 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral: Analisar a gestão escolar nas escolas do ensino fundamental do Município de São João da Fronteira (PI), buscando identificar a partir do projeto político pedagógico das escolas quais políticas educacionais foram ou serão desenvolvidas para a elevação da qualidade do ensino aprendizado. 2.2 Objetivos específicos: Caracterizar a gestão escolar nas escolas de ensino fundamental no município de São João da Fronteira (PI); Mapear as políticas educacionais desenvolvidas no município que objetivam elevar a qualidade do ensino; Analisar a gestão escolar na perspectiva democrática e sua relação com a qualidade do ensino; Identificar as estratégias adotadas pelas secretarias de educação para fortalecer a gestão escolar nas escolas de ensino fundamental. 3. REFERENCIAL TEÓRICO No contexto educacional atual a gestão é considerada como um processo democrático para um propósito real na qualidade de ensino, construída na colaboração e fundada em uma verdadeira conjuntura de esforços coletivos e participativos. A gestão

3 democrática na escola é regulamentada pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 206, ao estabelecer que a educação que dentre os princípios constitucionais está a gestão democrática, como orientadora para o ensino público. A Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional, de 1996 (LDB) assume o mesmo princípio reafirmados em seus artigos 14º e 15º: Art. 14.Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15.Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. (BRASIL, LDB 9.394/96.p.15) As normatizações nacionais seguem o princípio maior Constitucional, associada à Legislação Federal o Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado pela Lei n , de Janeiro de 2001 e o PNE, bem como a Lei nº , de 25 de junho de 2014 que aprovou o PNE ( ) reafirmou em seus artigos 8º e 9º e na meta 19 Assegurar condições, no prazo de 2 anos, para a efetivação da gestão democrática da Educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. (BRASIL,Lei nº /06/2014.p.4). A legislação nacional prevê a criação de mecanismos de participação, tais como conselhos escolares, que devem ser compostos por diferentes seguimentos tais como: professores, pais, alunos, funcionários administrativos e o gestor. O novo PNE se propõe a direcionar, e organizar as políticas públicas em educação no prazo de 10 anos. Diversas políticas educacionais foram implantadas sob a perspectiva de fortalecer os mecanismos de participação democrática na gestão educacional, entre elas, destacamos a política nacional de gestão escolar que conta com o Programa Nacional de Fortalecimento dos conselhos escolares do Ministério da Educação em seu caderno (um): Conselhos escolares: democratização da escola e construção da cidadania enfatiza:

4 Dentre os seus Objetivos, destaca-se a democratização da gestão do ensino público, salientando-se, mais uma vez a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, bem como a descentralização da gestão educacional, com fortalecimento da autonomia da escola em garantia de Participação da sociedade na gestão da escola e da educação. Brasil. (2004, pag.26). Neste Sentido, a LDB e o PNEasseguram do ponto de vista normativo que todos os mecanismos procedimentais e legais, que conduz a promoção de um modelo de gestão que priorize a democracia em todos os âmbitos, obtendo assim a construção de um espaço escolar feito por todos e para todos. Porém para que esta gestão democrática e Participativa aconteça de fato, é preciso que exista dois instrumentos fundamentais: a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico adequado de acordo com a comunidade local e a construção ou participação da comunidade escolar em Conselhos Escolares. 4 METODOLOGIA A pesquisa será de cunho qualitativa documental do ensino fundamental do 1º ao 5º. A busca por dados se dará através do PME- Plano Municipal de Educação e de pesquisa bibliográfica onde foram realizadas leituras analíticas através de revistas e internet oportunizando uma exploração satisfatória para formalização da temática. A presente proposta de pesquisa teve como Abordagem Metodológica, pesquisa tem caráter qualitativo. Os procedimentos metodológicos utilizados neste trabalho ocorreram através de estudos bibliográficos com conteúdo que levaram em conta à trajetória da gestão educacional na legislação educacional e nos Planos Nacional e municipal de educação, a fim de oferecer condições de analise e de redirecionamento das propostas de gestão, a participação social, sobretudo, nas decisões sobre a educação pública. Por meio da analise documental do PME do Município em estudo. 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5 Com base no estudo do PME - Plano Municipal de Educação do município de São João da Fronteira - Piauí, foi observado que para sua formulação houve um longo período de debates coordenado pela Secretaria Municipal de Educação junto a outras instituições legalmente constituídas no município e com a sociedade civil organizada, desta rodada de negociações e debates foi aprimorado e adequado uma documento base com objetivos e metas a serem desenvolvidas na rede municipal de educação onde estas asseguram e orientam os gestores no desenvolvimento da prática educativa e no fortalecimento, valorização, incentivos a novas práticas pedagógicas, bem como a estruturação dos ambientes escolares e o fortalecimento da gestão. E com base no que foi proposto obteve se a criação da LEI Nº 154/2015 que aprova o Plano Municipal de Educação PME, em conformidade com os Planos Nacional e Estadual, com vigência por 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, em cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal. E dentre as diretriz estabelecidas no PME - Plano Municipal de Educação, encontra-se objetivo de estudo deste trabalho, a gestão escolar e os desafios do ensino na qualidade do Ensino Fundamental no Município de São João da Fronteira - Piauí. Após a revisão bibliográfica foi identificado às metas: 2; 5;6;7 e 19 como metas direcionadas para o ensino fundamental nos anos iniciais e para o direcionamento de uma gestão que seja pautada na qualidade e responsabilidade.o que se pode observar que a cada meta há uma estratégia bem clara e definida, onde são mencionados os problemas e são sugeridos os métodos para a intervenção na melhoria da qualidade do ensino. 6 CONCLUSÃO Portanto, o que pode ser observado neste trabalho é que a gestão escolar está intimamente ligada a qualidade do ensino aprendizado, sendo que este necessita prioritariamente de um bom planejamento que esteja dividido em curto, médio e longo prazo, desta forma o município de São João da Fronteira (PI), dispõe de um plano que contempla os prazos acima estabelecido.

6 Contudo, há uma proposta elaborada nos princípios democrático com a participação de todos os interessados em melhorar a qualidade do ensino no município, hoje a gestão disponibiliza de um plano detalhado criterioso claro e objetivo, a realidade agora para a rede municipal de educação é colocar em prática o PME aprovado com ampla participação democrática. Em fim, os resultados evidenciam no texto do PME que está estabelecido orientações que serviram de base para uma gestão democrática com a capacidade de torna real todas as ações que foram debatidas e acolhidas em um documento que se tornou Lei municipal da educação pública. Entretanto, ainda há necessidade de desenvolver um plano mais de trabalho efetivo para que se garanta a sua aplicabilidade para que os resultados aconteçam de fato. Ademais cabe a sociedade, educadores e gestores adequar e readequar quantas vezes forem necessários às praticas de gestão das escolas aos anseios do PME para que se tenha uma educação de qualidade no ensino Fundamental e uma gestão que desejado de acordo com o ensejado pela comunidade escolar. 7 REFERÊNCIAS ADRIÃO, T.; PERONI, V. (Orgs). Público e privado na educação: novos elementos para o debate. São Paulo: Xamã, BARROSO, J. Regulação e desregulação nas políticas educativas: tendências emergentes em estudos de educação comparada. Lisboa: ASA, BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. BRASIL.Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília: Presidência da República, Câmara da Reforma do Estado, Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, novembro, BRASIL.Lei Nº 9.608, de 18de fevereiro de 1998.Dispõe sobre o serviço voluntário, e dá outras providências.

7 BRASIL. Lei Nº 9.637, de 15 de maio de 1998.Dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais, a criação do Programa Nacional de Publicização, a extinção dos órgãos e entidades que menciona e a absorção de suas atividades por organizações sociais, e dá outras providências. BRASIL. Lei Nº 9.790, de 23 de março de Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências. BRASIL. Lei Nº , de 30 de dezembro de Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de educação básica. Conselhos escolares: democratização da escola e construção da cidadania. Brasília: MEC, SEB, BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de educação básica. Conselho escolar: gestão escolar da educação e escolha do diretor. Brasília: MEC, SEB, CARNEIRO, Moacir Alves. LDB Fácil: Leitura crítico compreensiva artigo a artigo. 9. Ed. Rio de Janeiro: Vozes, SÃO JOÃO DA FRONTEIRA-PI. LEI Nº 154/2015.