Acompressao do troneo eehaeo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Acompressao do troneo eehaeo"

Transcrição

1 ANGINA ABDOMINAL SECUN- I' "I' DARIA A SINDROME DA COM- PRESSAO DO TRONCO CELIACO: RELATO DE CASO E REVISAO DA LITERATURA A sindrome do ligamento arqueado mediano e earaeterizada por dor abdominal p6s-prandial, nauseas, perda de peso e sopro na regulo epigastriea. Ocorre em conseqiiencia da compressao do axis cehaco poruma bandafibrosa: 0 ligamento arqueado mediano do diafragma e/ou tecido neural periarterial. o diagn6stico pode serrealizado por tomografia computadorizada, duplex e angiografia. o tratamento cirurgico consiste na divisao do ligamento, combinada ou nao a dilatac;:ao da arteria celfaca ou revascularizac;:ao. Descreve-se urn caso de paciente com dar abdominal p6s-prandial e perda de peso com diagn6stico de sfndrome do ligamento arqueado realizado por duplex e arteriografia. Unitermos: sindrome do ligamento arqueado mediano, tronco celiaco, angina intestinal, sopro sistolico abdominal. Acompressao do troneo eehaeo pelo ligamento arqueado mediana do diafragma eonstitui uma sindrome clinica rara, deserita inieialmente de forma clfnica por Harjola em 1963, com posterior descric;:ao dos achados arteriograficos por Dunbar e colaboradores, em Esta sfndrome e causa incomum de angina abdominal superior, mimetizando vlirios processos intra-abdominais, sendo freqlientemente mal diagnostieada. Os sintomas classicos incluem dor abdominal p6s-prandial, perda de peso, sopro na regiao epigastrica, nauseas e vomitos. Devido aos sintomas abdominais inespecfficos e ao fato da compressao da arteria cehaca ser encontrada ocasionalmente em pacientes submetidos aarteriografia por outras raz6es (acima de 24%) 21, 0 diagn6stieo da sfndrome permanece de exclusao A liberac;:ao cirurgica do ligamento arqueado alivia os sintomas em aproximada- mente 80% dos pacientes 25. No entanto, alguns autores observaram altas taxas de reincideneia sintomatica a longo prazo ap6s a cirurgia A partir dos anos 80, varios autores encontraram resultados favorliveis depois de tratamento eirurgico 32,39. Descrevemos, a seguir, 0 caso de uma paciente com dor abdominal p6s-prandial e perda de peso, com diagn6stico de sindrome do ligamento arqueado mediano por duplex e arteriografia, e que foi submetida acirurgia para descompressao do tronco celfaco. Diseute-se 0 mecanismo fisiopatol6gico, diagn6stico e tratamento cirurgico da sfndrome, que ainda permanecem controversos. CASO CLINICO Vma paeiente de 22 anos foi encarninhada com dor epigastrica p6s-prandial, sensac;:ao de saciedade ha 9 meses, mal estar Selma Regina Oliveira Raymundo Responsavel pelo Servi90 de Cirurgia Vascular e Angiologia na Faculdade de Medicina de Sao Jose do Rio Preto (FAMERP). Professora Assistente " / Mestre do Servi90 de Cirurgia Vascular e Angiologia do Departamento de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular na FAMERP Kassim Mohamede Kassim Hussain Professor Assistente I do Departamento de Cirurgia Geral na FAMERP P6s-graduando do Eixo Tematico Medicina Interna da FAMERP Adinaldo Adhemar Menezes da Silva Professor Assistente I / Mestre do Servi90 de Cirurgia Vascular e Angiologia do Departamento de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular na FAMERP Jose Maria Pereira de Godoy Professor Assistente " / Mestre do Servi90 de Cirurgia Vascular e Angiologia do Departamento de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular na FAMERP Luiz Fernando Reis Medico do Hospital de Base de Sao Jose do Rio Preto. Luis Cavalcanti Nagata Medico do Hospital de Base de Sao Jose do Rio Preto P6s-graduando do Eixo Tematico Medicina Interna da FAMERP Trabalho realizado no Servi90 de Cirurgia Vascular e Angiologia no Hospital de Base de Sao Jose do Rio Preto. Selma Regina Oliveira Raymundo Rua Redentora, n 2519, Vila Imperial CEP srr@riopretonet.com.br 02 CIR VASC ANGIOL: 17:202-20

2 ANGINA ABDOMINAL SECUNDARIAASiNDROME DA COMPRESSAO DO TRONCO celiaco: RELATO DE CASO E REVISAO DA UTERATURA SELMA REGINA OUVEIRARAYMUNDO E COLS. geral ap6s refei90es e perda de peso moderada. Nao referia alcoolismo, tabagismo ou doen9as previas. Ao exame fisico encontrou-se frernito na regiao epigastrica e sopro abdominal. A esofagogastroscopia demonstrou antrite leve. Realizou-se bi6psia gastrica que apresentou teste de urease negativo. 0 ultra-som abdominal foi normal. 0 tratamento com bloqueador ~ nao melhorou os sintomas. Duplex de aorta abdominal revelou aorta com calibre e tluxo normais (V=O,95m1s) e importante estreitamento no segrnento proximal do tronco celiaco, produzindo tluxo acelerado e turbulento devido aestenose significativa, acentuando-se com a expira 9ao profunda, produzindo sub-oclusao (figura I). Figura 1: Duplex de aorta abdominal mostrando estreitamento no segmento proximal do tronco celfaco com fluxo acelerado e turbulento devido a estenose significativa. Figura 2: Estudo angiogratico da paciente evidenciando boa permeabilidade da aorta abdominal, das arterias renais e das mesentericas superior e inferior, com acentuada hipertrofia das arcadas pancreatoduodenais com enehimento da arteria gastroduodenal e eonseqilentemente dos ramos do troneo eelfaeo, sugerindo sinais de redul;;ao do fluxo no troneo eelfaeo. A paciente foi submetida aangiografia, que mostrou boa permeabilidade da aorta abdominal, das arterias renais e das mesentericas superior e inferior. Na radiografia antero-posterior p6de ser observada acentuada hipertrofia das arcadas pancreatoduodenais com enchimento da arteria gastroduodenal e conseqiientemente dos ramos do tronco celfaco, sugerindo sinais de redu9ao do fluxo no tronco celfaco (figuras 2 e 3). Ainspira 9ao profunda, as radiografias em perfil mostraram que 0 tronco celfaco era permeavel, apresentando estenose justa- Figura 3: Estudo angiografieo da paeiente evideneiando boa permeabilidade da aorta abdominal, das arterias renais e das mesenterieas superior e inferior, com aeentuada hipertrofia das areadas pancreatoduodenais com enehimento da arteria gastroduodenal e eonseqilentemente dos ramos do troneo eelfaeo, sugerindo sinais de redu9ao do fluxo no troneo eelfaco. ostial (figura 4). Durante a manobra de expira9ao, observou-se oclusao do tronco celfaco, notando-se que 0 fluxo do meio de contraste ocoma predominantemente pelas arcadas pancreatoduodenais (figura 5). A paciente foi submetidaacirurgia, onde constatou-se que 0 tronco celfaco encontrava-se frrmemente envolto por fibras do ligamento arqueado mediano, levando a sua compressao. Palpou-se fremito celfaco. As fibras envolvendo 0 tronco celfaco foram dissecadas e 0 ligamento arqueado, seccionado (figuras 6 e 7). No 4 p6s-operat6rio, a paciente recebeu alta, relatando resolu9ao completa da dor Figura 4: Angiografia da paeiente a inspira9ao profunda mostrando troneo eelfaeo permeavel com estenose justa-ostial. abdominal ap6s 7 dias e ganho do peso corporal ap6s 3 meses. Tres anos ap6s a opera9ao, a paciente permanece assintomatica. DlSCUSSAo o ligamento arqueado mediano e formado pela fusao das bordas fibrosas mediais das cruras do diafragma em cada lado do hiato a6rtico, passando posterior e inferior aorigem do tronco celfaco, que pode ser desde a 11 a vertebra toracica a 1a 10mbar. Emuito variavel, constituindo desde uma massa ligamentosa bern definida a uma area amorfa de tecido conjuntivo. 0 plexo celfaco e suas fibras geralmente formam uma prote9ao resistente imediatamente ventral ao ligamento arqueado mediano e podem contribuir para compressao da arteria celfaca 23. Figura 5: Angiografia durante a manobra de expira9ao onde pode ser observado oelusao do troneo eelfaco e fluxo do meio de contraste ocorrendo predominantemente pelas arcadas panereatoduodenais. CIR VASe ANGIOL: 17:

3 ANGINA ABDOMINAL SECUNDARIA ASiNDROME DA COMPRESSAO DO TRONCO CELiACO: RELATO DE CASO E REVISAO DA UTERATURA SELMA REGINAOUVEJRA RAYMUNDO E COLS. Figura 6: Liberar;ao e dissecr;ao das fibras do ligamenta arqueado mediano que envolviam 0 tronco celfaco levando a sua compressao e posterior secr;ao do mesmo com descompressao total do tronco. A sfndrome do ligamenta arqueado mediana ou sfndrome da compressao da arteria celfaca, descrita primeiramente por Harjola em , ocorre quando 0 ligamento arqueado do diafragma e/ou tecido neural periarterial causam compressao extrfnsecado tronco celfaco ou quando a origem deste e alta em rela9ao ao ligamento. Em 1965, Dunbar e colaboradores II descreveram uma sfndrome clfnica de dor abdominal p6s-prandial e rna absor9ao atribufda acompressao do tronco celiaco pelo ligamento arqueado medianoque, passando anteriormente aarteria, comprimia-a contra a aorta. Existem ainda controversias relacionadas Figura 7: Liberar;ao e dissecr;ao das fibras do ligamento arqueado mediano que envolviam 0 tronco eelfaco levando a sua compressao e posterior seer;ao do mesmo com deseompressao total do tronco. a essa sfndrome 5,19, mas a compressao do axis celfaco pelo ligamento arqueado e uma varia9ao anatomica bern documen- tada, ocorrendo em 19 a 24% dos pacientes em graus variaveis 23. Edemonstrada por angiografia em 13 a 50% dos pacientes 6,37 com estenose severa do tronco celfaco e aparece em 1% das angiografias 8. A estenose severa esta geralmente associada adilata9ao das arterias da arcada pancreatoduodenal, que suprem a distribui9aodoaxis celfaco comfluxo retr6grado da arteria mesenterica superior. Ha duas sfndromes diferentes: uma, onde apenas 0 tronco celfaco e comprimido e, outra, com compressao do tronco celiaco e da arteria mesenterica superior 24, A oclusao de dois ou tres vasos nem sempre causa sintomas 15,28. A angina abdominal ocorre se duas arterias maiores estiverem envolvidas 15, embora outros autores 33 concordem.que estenose isolada do tronco celfaco.pode tambem ser responsavel por sintomas relacionados ao abdome superior. A sfndrome classica consiste em dor epigastrica p6s-prandial e perda de peso acompanhada par sopro sist6lico no epigastrio, que pode ser auscultado durante a sfstole e infcio da diastole, tornandose mais sonoro durante a inspira9ao devido ao deslocamento caudal da aorta e da arteria celfaca na dir~ao cranial 24. Sintomas atfpicos como nauseas, vomitos e perda de peso podem estar presentes 19,39. Brandt e Boley 5 documentaram nauseas e vomitos em 25% dos 330 pacientes com sfndrome do ligamento arqueado, Reilly e colaboradores 32 relataram uma incidencia de 65% de "transtorno na motilidade gastrointestinal", incluindo nauseas e vomitos ou diarreia em 51 pacientes com compressao da arteria celfaca submetidos a repara9ao cinirgica, embora nenhum outro estudo especffico tenha sido realizado para caracterizar esses disturbios. Stanley e Fry 36 relataram nauseas com emese ocasional em 8 entre os 15 pacientes (53%) com sfndrome do ligamento arqueado. Cinco dos 15 pacientes (33%) apresentavam perda de peso, pois evitavam comer, e 1/3 dos pacientes apresentava doen9a abdominal coexistente, incluindo doen9a ulcerosa peptica, colecistite cronica e pancreatite. Na paciente descrita neste caso nao foi encontrada outra explica9ao para seus sintomas, a nao ser a compressao da arteria celfaca pelo ligamento arqueado mediano. A causa exata da dor relatada pelos pacientes permanece controversa, com 2 teorias existemparaexplica-ia: a teoria vascular e a teoria neurogenica I. Muitos autores consideram a hip6tese de que as caracteristicas clfnicas dessa sfndrome sao secundarias a isquemia mesenterica 12,32,35 porfluxo diminufdo no leito celfaco ou por "roubo" vascular na circula9ao esphincnica, aumentada pelas demandas maiores em uma refei9ao. No entanto, existem poucas evidencias objetivas para confmnar esta teoria: 1. acredita-se que 2 dos 3 vasos mesentericos devam estar oclufdos antes que a isquemia mesenterica ocorra, pois ha suprimento colateral grande na circula9ao esplancnica 29 e 2, isquemia mesenterica e causa nao comum de gastroparesia, sendo relatada em pacientes com doen 9a vascular extensa 22. Outros autores 5,27 favorecem a hip6tese neurogenica, acreditando que a dor abdominal seja produzida por compressao do ganglio celiaco entre a arteria e 0 ligamento arqueado mediano fibroso. A exacerba9ao da dor p6s-prandial, observada em 40% dos pacientes com esta sfndrome 14,32, pode ocorrer em virtude do fluxo aumentado na arteria comprimida, resultando em pulsa9ao forte contra o ganglia celfaco 5,23. Balaban e colaboradores 3 sugerem provavel rela9ao causal direta entre gastroparesia e atividade mioeletrica gastrica alterada na sfndrome do ligamento arqueado, pois obtiveram melhorada motilidade gastrica e regula9ao do ritmo eletrico gastrico ap6s descompressao do tronco celfaco. 204 ClRVASC ANGIOL: 17:

4 ANGINA ABDOMINAL SECUNDARIA ASiNDROME DA COMPRESSAO DO TRONCO CEUACO: RELATO DE CASO EREVISAO DA LlTERATURA SELMAREGINAOUVEIRARAYMUNDO ECOLS. o diagnostico da compressao do tronco celfaco depende de alto indice de suspeitaem qualquer paciente com sintomas de dor pos-prandial, rna absonyao e perda de peso 2. Na avalia~ao dos pacientes devem ser realizados inicialrnente exames endoscopicos superior e inferior ou radiologicos com bario e tomografia computadorizada de abdomen para excluir outras causas de dor abdominal e/ou perda de peso. A confirma~ao da suspeita clfnica depende da angiografia 16, onde pode ser observada severa diminui~ao do fluxo de 2 dos 3 vasos que suprem 0 intestino. A aortografia lateral e essencial para se visualizar 0 oriffcio da arteria celfaca e mesenterica superior e pode tambem demonstrar se a isquemia pode ser corrigida cirurgicamente. 0 sinal caracterfstico da sindrome e a compressao assimetrica exmnsecaexatamente na sua origem, causando impressaoconcava na superffcie superiordo tronco celfaco, que geralmente aumenta com a expira~ao e diminui ou mesmo desaparece com a inspira~ao 33, alem da presen~a de fluxo sangliineo colateral e nenhum sinal de aterosclerose. Entretanto, 0 sinal angiognilico pode tambern ser visto em pacientes assintomaticos 7.0 diagnostico pode ser falho a angiografia se vis6es otimas nao forem obtidas. Isto ocorre porque a arteriamesenterica superior e 0 tronco celfaco e seus ramos as vezes dobram, tornando diffcil a visualiza~ao de estenoses e, tambem, porque 0 diafragma nao pode ser visto no arteriograma, sendo seu papel na forma~ao de qualquer estenose apenas especulativo. No caso descrito, a angiografia mostrou persistencia no enchimento do tronco celfaco e hipertrofiasignificativadas arcadas pancreatoduodenais e na inspira ~ao profunda, area de estenose justa ostial. Na expira~ao, foi observada a oclusao do tronco celfaco e 0 fluxo do meio de contraste se fazia predominantemente pelas arcadas pancreatoduodenais. Durante muitos anos a angiografia foi 0 unico metodo para visualizar les6es vasculares neste territorio. Atualmente, 0 duplex scan e usado como urn metodo nao invasivo paraobter inforrna~6es anatomicas e fisiologicas das arterias celfacas e mesenterica superior com medida dos seus fluxos sangliineos A sensibilidade para detectar estenose de arteria celfaca, medindo 0 pico de velocidade sistolica ao duplex, e de 57%, e a especificidade de 100% 26, embora grande correla~ao existaentre 0 pica de velocidade sistolica e 0 grau de estenose aterosclerotica 18. Moneta e colaboradores 30 compararam os resultados do Duplex com os achados na aortografia lateral e encontraram valores de picos de velocidade sistolica maiores que 200 cm/segundo. A documenta~ao de urn aumento na velocidade de fluxo no segmento comprimido do vasa no diagnostico da sindrome da compressao do tronco celfaco pode apresentar limita~6es tecnicas, pois o acesso acustico a regiao comprimida da arteria celfaca pode ser dificultado por gas gastrointestinal, obesidade e incis6es cirlirgicas, 0 que poderia ocasionalmente obscurecer 0 vaso, alem da inabilidade para obter urn angulo adequado de incidencia para permitir calculos de velocidade acurados Medidas da velocidade no segmento comprimido da arteria celfaca podem tornar-se impossiveis por causa das rapidas mudan~as respiratorias. Outro exame usado para diagnosticar a compressao da arteria celfaca e a tomografia computadorizada (TC) com contraste intravenoso. Os achados caracteristicos constituem a presen~a de uma banda de tecido maleavel anterior a arteria celiaca e/ou vasos colaterais peripancreaticos e, ocasionalmente, dilata~ao pos-estenotica do tronco celfaco pode ser visualizada distalmente a banda comprimida. Asensibilidade e especificidade destes achados sao desconhecidos 31 Oblitera~ao ou defini~ao pobreda origem do tronco celfaco na tomografia computadorizada axial e freqlientemente considerada como uma variante normal ou como uma conseqliencia de artefato volume-parcial. Sevasos colaterais nao sao reconhecidos, 0 achado unico de apagamento do axis celfaco na TC nao parece ser evidencia confiavel para 0 diagnostico de compressao significativa da arteria celfaca 31 A TC espiral parece ser apropriada para diagnosticar essa sindrome por varias raz6es: 1) 0 diafragma pode ser visualizado, 0 que e impossivel na aortografia; 2) a rela~ao entre 0 diafragma e as arterias celfaca, mesentericasuperiore renal pode ser mostrada, 0 que tambem e impossivel por angiografia; 3) as arterias podem ser construidas em 3 dimens6es, perrnitindo visualizar estenoses e a rela~ao entre as arterias; 4) as imagens tridimensionais podem ser rodadas em tempo real no monitor com urn numero infinito de angulos de visao, 0 que possibilita encontrar urn angulo otimo com uma simples dose de contraste e de irradia~ao; 5) a TC espiral e relativamente nao invasiva; 6) e mais barata que angiografia 20 Kopecky e colaboradores 20 descreveram o caso de urn paciente com sindrome do ligamento arqueado onde 0 diagnostico foi falho emdois estudos arteriograficos, ambos incluindo aortogramas posteroanteriores e seletivos do tronco celfaco e arteria mesenterica superior e urn incluindo tambem aortograma lateral e seletivo da arteria mesenterica inferior. A tomografia computadorizada espiral demonstrou que nao somente a arteria celfaca, mas tambem a arteria mesenterica superior e as renais foram comprimidas pelo diafragma. o procedimento cirurgico recomendado consiste na divisao do tecido fibroso, bandas musculares e fibras do nervo simpatico combinado a dilata~ao da arteria R VASe ANGlOL: 17:

5 ANGINA ABDOMINAL SECUNDARIA ASiNDROME DA COMPRESSAO DO TRONCO CELiACO: RELATO DE CASO E REVISAO DA LITERATURA SELMA REGINAOUVEIRA RAYMUNDO ECOLS. celfaca ou revasculariza~ao. Na literatura, vinte e cinco series descrevern 228 casos, com 98 deles relatados por 2 institui~6es 14.32, onde 0 tratamento cinirgico foi realizado em 164 pacientes. No entanto, resultados imediatos (nao relatados em 51 pacientes) e seguimento n~o foram completos em todas as series. Dos 136 pacientes submetidos adescompressao, somente 84% (114 pacientes) se encontravam assintomaticos imediatamente apos a opera~ao; dos 97 pacientes acompanhados por 6 meses a 18 anos, 48.4% (47 pacientes) permaneceram sem sintomas. Todos os 40 pacientes submetidos a ambos os procedimentos, descompressao e revasculariza~ao, ficaram livres dos sintomas imediatamente apos o procedimento cinirgico. Dos 75 pacientes com cirurgia combinada, 61 foram seguidos por urn perfodo de 6 meses a 18 anos, e 84% (51 pacientes) permaneceram sem sintomas. A angioplastia transluminal percutanea foi realizada em dois pacientes, com sucesso pos-operatorio imediato em apenas urn, sendo 0 outro paciente submetido areconstru~ao apos a angioplastia. Embora a descompressao isolada tenha produzido alfvio imediato aceitavel, a longo prazo a terapia operatoria combinada (descompressao e revasculariza~ao) apresenta resultados superiores, sugerindo que em algumas situa~6es a descompressao isolada e inadequada. Takach e colaboradores 38 descreveram 7 casos de sfndrome de compressao da arteria celfaca submetidos acirurgia de descompressao isolada (2 casos) e, a cirurgia combinada (5 casos), quando houvesse evidencia de comprometimento do fluxo a inspe~ao visual oj a palpa~ao \ durante a cirurgia, obtendo alfvio completo (imediato e a longo prazo ) dos sintomas pre-operatorios em todos os pacientes. Os autores acreditam que a descompressao isolada e terapia inadequada quando existe comprometimento do fluxo celfaco apos descompressao. Pacientes que mostraram beneffcios claros da interven~ao cinirgica sao mulheres entre anos com perda de peso maior que 10 kg, dor pos-prandial e evidencia angiografica de dilata~ao pos-estenotica ou fluxo colateral aumentado na arteria mesenterica superior, ou seja, casos de sfndrome classica 32. A patogenese da sfndrome da compressao do tronco celfaco permanece ainda obscura e seu diagnostico depende de urn alto fndice de suspeita em pacientes com sintomas de dor pos-prandial, rna absor~ao, perda de peso e a presen~a de sopro sistolico na regiao epigastrica, na ausencia de outras explica~6es para as queixas do paciente. 0 duplex scan realizado durante expira~ao profunda pode ser usado para detectar essa sfndrome, principalmente em pacientes jovens com dor abdominal inexplicavel e pode ajudar na sele~ao de pacientes para angiografia, evitando demora no diagnostico. 0 tratamento cinirgico deve ser considerado com descompressao e revasculariza~ao do tronco celfaco, pois esta sfndrome pode progredir para trombose com riscos de isquemia intestinal e possivelmente infarto. ABDOMINALANGINASECONDARYTOCEIJACAXISCOMPRESSIONSYNDROME: CASEREPORTANDREVIEW OFLITERATURE I The median. arcuate ligament syndrome is characterized by postprandial abdominal pain, nausea, weight loss and epigastric bruit attributed to compression of the celiac axis by a fibrous band: the median arcuate ligament of diaphragm and/or neural periarterial tissue. The diagnosis may be realized by computed tomography, duplex and angiography. The surgical treatment consists of the division of ligament combined Or not with celiac artery dilatation or revascularization. It is described a case of a patient with postprandial abdominal pain and weight loss in whom a diagnosis of arcuate ligament syndrome was realized by duplex and arterigraphy. Key words: median arcuate ligament syndrome, celial?, axis, intestinal angina, systolic abdominal bruit 1. Aburahma AF, Powell MA, Boland JP. A case study of abdominal angina secondary to celiac compression syndrome. W V Med J 91(1): 10-12, Bakal CW, Sprayregen S, WolfEL. Radio- logy in intestinal ischemia. Angiography diagnosis and management. Surg Clin North Am 72(1): , Balaban DH, Chen J, Lin Z, Tribble CG, McCallum RW. Median arcuate ligament syndrome: a possible cause of idiopathic gastroparesis. Am J Gastroentero192(3): , Bowersox JC, Zwo1ak RM, Walsh DB, Schneider JR, Musson A, LaBombard FE, Cronenwett JL. Duplex ultrasonography in the diagnosis of celiac and mesenteric artery occlusive disease. J Vasc Surg 14(6): , 1991.

6 ANGINA ABDOMINAL SECUNDARIA ASiNDROME DA COMPRESSAO DO TRONCO CEUACO: RELATO DE CASO EREVISAO DA LlTERATURA SELMAREGINAOUVEJRARAYMUNDO ECOLS. 5. Brandt LJ, Boley SI. Celiac axis compression syndrome. A critical review. Am 1 Dig Dis 23(7): , Bron KM, Redman He. Splanchnic artery stenosis and occlusion. Incidence, arteriographic and clinical manifestations. Radiology 92(2): , Colapinto RF, McLoughlin Ml, Weisbrod GL. The routine lateral aortogram and the celiac compression syndrome. Radiology 103(3): , Cornell SH. Severe stenosis of the celiac artery. Analysis of patients with and without symptoms. Radiology 99(2): , De Pauw M, Voet D, Kunnen M, Barbier F, Afschrift M. Arcuate ligament syndrome mimicking celiac occlusion. Am 1 Gastroenterol 87(10): , Derrick lr, Pollard WS, Moore RM. The pattern of arteriosclerotic narrowing of the celiac and superior mesenteric arteries. Ann Surg 149: ,1959. II. Dunbar JD, Molnar W, Beman FF, Marable SA. Compression of the celiac trunje and abdominal angina: preliminary report of 15 cases. Am 1 Roentgenol Radium Ther Nucl Med 95(3): , Edwards AI, Hamilton JD, Nichol WD, Taylor GW, Dawson AM. Experience with coeliac axis compression syndrome. Br Med 11(692): , Erden A, Yurdakul M, Cumhur T. Marked increase in flow velocities during deep expiration: a duplex Doppler sign ofceliac artery compression syndrome. Cardiovasc Intervent Radiol 22(4): , Evans WE. Long-term evaluation of the celiac band syndrome. Surgery 76(6): , Fry WI, Kraft DO. Visceral angina. Surg GynecolObstet 117: , \ 16. Hansen KJ, Connelly DP, Stoney RJ. Visceral inchemic syndromes. In: Loscalzo 1, Creager MA, Dzau VI (ed): Vascular medicine. Boston. Little Brown, 1992, Harjola PT. A rare obstruction of the celiac artery. Ann Chir Gynaecol Fenn 52: , I8.Harward TR, Smith S, Seeger 1M. Detection of celiac axis'andsuperior mesenteric artery occlusive disease with use of abdominal duplex scanning. 1 Vasc 17(4): , amieson CWo Coeliac axis compression syndrome. BrMedl 293: , Kopecky KK, Stine SB, Dalsing MC, Gottlieb K. Median arcuate ligament syndrome with multivessel involvement: diagnosis with spiral CT angiography. Abdom Imaging 22(3): , Levin DC, Baltaxe HA. High incidence of celiac axis narrowing in asymptomatic individuals. Am 1 Roentgenol Radium Ther Nucl Med 116(2): , Liberski SM, Koch KL, Atnip RG. Ischemic gastroparesis: resolution after revascularization. Gastroenterology 99(1): , Lindner HH, Kemprud E. A clinicoanatomical study ofthe arcuate ligament ofthe diaphragm. Arch Surg 103(3): , Loffeld Rl, Overtoom HA, Rauwerda la. The celiac axis compression syndrome. Report of 5 cases. Digestion 56(6): , Lord RS, Tracy GD. Coeliac artery compression. Br1 Surg 67(8): , Mallek R, Mostbeck GH, Walter RM, Stumpflen A, Helbich T, Tscholakoff D. Duplex Doppler sonography of celiac trunk and superior mesenteric artery: comparison with intra-arterial angiography. 1 Ultrasound Med 12(6): , Marable SA, Kaplan MF, Beman FM, Molnar W. Celiac compression syndrome. Am JSurg 115(1): , Matz EM, Kahn PC. Occlusion of the celiac, superior mesenteric and inferior mesenteric arteries. Angiographic demonstration in an asymptomatic patient. Vasc Dis 5(3): , Mikkels'en~~, Zaro la. Intestinal angina. N Engl 1 Med 260: , A '... ~. 30.Moneta GL, Lee RW, Yeager RA, Taylor LM, Porter 1M. Mesenteric duplex scanning: a blinded prospective study. 1 Vasc Surg 17(1): 79-84, Patten RM,Coldwell DM, Ben-Menachern Y. Ligamentous compression ofthe celiac axis: CT findings in five patients. AIR Am 1 Roentgenol 156(5): , Reilly LM, Ammar AD, Stoney RJ, Ehrenfeld WK. Late results following operative repair for celiac artery compression syndrome. 1 Vasc Surg 2(1): 79-91, Reuter SR, Olin T. Stenosis of the celiac artery. Radiology 85(4): , Roobottom CA, Dubbins PA. Significant disease of the celiac and superior mesenteric arteries in asymptomatic patients: predictive value of Doppler sonography. AIR Am 1 Roentgenol 161(5): , Stanley lc, Brink BE, Fry WI. Experimental intestinal ischemia: provocative absorption studies following gradual celiac and superior mesenteric artery occlusion. 1 Surg Res 14(2) , Stanley lc, Fry WI,. Median arcuate ligament syndrome. Arch Surg 103(2): , Szilagyi DE, Rian RL, Elliott JP, Smith RF. The celiac artery compression syndrome: does it exist? Surgery 72(6): , Takach TJ, Livesay 11, Reul Gl lr, Cooley DA. Celiac compression syndrome: tailored therapy based on intraoperative findings. 1 Am ColI Surg 183(6): , Williams S, Gillespie P, Little 1M. Celiac axis compression syndrome: factors predicting a favorable outcome. Surgery 98(5): , ~ -~-

Síndrome do ligamento arqueado mediano como diagnóstico diferencial de isquemia mesentérica crônica: relato de caso e revisão da literatura

Síndrome do ligamento arqueado mediano como diagnóstico diferencial de isquemia mesentérica crônica: relato de caso e revisão da literatura Síndrome do ligamento arqueado mediano como diagnóstico diferencial de isquemia mesentérica crônica: relato de caso e revisão da literatura ARRUDA, Gabriel Nóbrega. Discente do Curso de Graduação em Medicina.

Leia mais

ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO DAS DOENÇAS CORONÁRIA E CAROTÍDEA CONCOMITANTE

ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO DAS DOENÇAS CORONÁRIA E CAROTÍDEA CONCOMITANTE ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO DAS DOENÇAS CORONÁRIA E CAROTÍDEA CONCOMITANTE MARCOS ANTONIO MARINO COORDENADOR DEPARTAMENTO DE HEMODINÂMICA, CARDIOLOGIA E RADIOLOGIA VASCULAR INTERVENCIONISTA CONFLITO DE INTERESSES

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia e tomografia computadorizada (TC)

Imagem da Semana: Radiografia e tomografia computadorizada (TC) Imagem da Semana: Radiografia e tomografia computadorizada (TC) Figura 1: Radiografia de abdome em incidência anteroposterior, em ortostatismo (à esquerda) e decúbito dorsal (à direita) Figura 2: Tomografia

Leia mais

Intestino Delgado. Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu

Intestino Delgado. Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu Intestino Delgado Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu Irrigação do Intestino Delgado Duodeno Artérias duodenais Origem Irrigação Duodeno proximal Duodeno distal Anastomose Jejuno e íleo

Leia mais

Abordagem da reestenosee. Renato Sanchez Antonio

Abordagem da reestenosee. Renato Sanchez Antonio Abordagem da reestenosee oclusões crônicas coronárias Renato Sanchez Antonio Estudos iniciais de seguimento clínico de pacientes com angina estável demonstraram que o percentual de mortalidade aumentou

Leia mais

Sessão Cardiovascular

Sessão Cardiovascular Sessão Cardiovascular Dr Carlos Jader Feldman Priscila Schenkel R3 26/10/2012 Sexo feminino, 46 anos Hemiplegia à esquerda Dissecção arterial 3 camadas: -intima, média, adventícia Dissecção = ruptura na

Leia mais

1) O exame eco doppler abdominal deve ser efetuado nas seguintes situações (excetuam-se as indicações hepatológicas):

1) O exame eco doppler abdominal deve ser efetuado nas seguintes situações (excetuam-se as indicações hepatológicas): NÚMERO: 029/2011 DATA: 30/09/2011 ATUALIZAÇÃO: 13/07/2015 ASSUNTO: Eco Doppler Abdominal: Indicações Clínicas e Metodologia de Execução PALAVRAS-CHAVE: Eco doppler PARA: Médicos do Sistema de Saúde CONTACTOS:

Leia mais

ANEURISMA DE AORTA. ESTADO DA ARTE

ANEURISMA DE AORTA. ESTADO DA ARTE ANEURISMA DE AORTA. CORREÇÃO POR VIA ENDO-VASCULAR ESTADO DA ARTE Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia Seção Médica de Radiologia 2010 ACCF/AHA/AATS/ACR/ASA/SCA/SCAI/SIR/STS SVM Guidelines for the

Leia mais

ENDOPRÓTESE NO TRATAMENTO DE ANGINA ABDOMINAL GRAVE

ENDOPRÓTESE NO TRATAMENTO DE ANGINA ABDOMINAL GRAVE CASO CLÍNICO ACTA MÉDICA PORTUGUESA 2002; 15:61-65 ENDOPRÓTESE NO TRATAMENTO DE ANGINA ABDOMINAL GRAVE J. MARTINS PISCO, JOÃO ALPENDRE, T COSTA MACEDO, J. CASTELO BRANCO, A. PEREIRA COUTINHO, L. XAVIER

Leia mais

Módulo: Câncer de Rim Localizado

Módulo: Câncer de Rim Localizado Módulo: Câncer de Rim Localizado Caso 1 CAL, 56 anos, masculino Paciente médico, obeso (IMC = 41; peso 120 kg) Antecedentes clínicos: nefrolitíase Antecedentes cirúrgicos: Laparotomia mediana por divertículo

Leia mais

O que é O que é. colesterol?

O que é O que é. colesterol? O que é O que é colesterol? 1. O que é colesterol alto e por que ele é ruim? Apesar de a dislipidemia (colesterol alto) ser considerada uma doença extremamente prevalente no Brasil e no mundo, não existem

Leia mais

Ateroembolismo renal

Ateroembolismo renal Ateroembolismo renal Samuel Shiraishi Rollemberg Albuquerque 1 Introdução O ateroembolismo é uma condição clínica muito comum em pacientes idosos com ateroesclerose erosiva difusa. Ocorre após a ruptura

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem Adenocarcinoma de Pâncreas Bruno Sérgio de Souza Bernardes Sólidos: Tumores do Pâncreas Classificação

Leia mais

Um achado incomum durante um exame de ultrassom abdominal de

Um achado incomum durante um exame de ultrassom abdominal de Um achado incomum durante um exame de ultrassom abdominal de rotina: uma rara "Duplicação de Vesícula Biliar" Lucio Borges and Marcelo N. Araujo Departmento de Ultrassonografia Clínica Delfin Itaigara-

Leia mais

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores.

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores. O que é um eco- doppler? O eco- doppler, ultrassonografia vascular ou triplex- scan é um método de imagem que se baseia na emissão e reflecção de de ondas de som (ultra- sons). Através deste exame é possível

Leia mais

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL TESTE ERGOMETRICO O teste ergométrico serve para a avaliação ampla do funcionamento cardiovascular, quando submetido a esforço físico gradualmente crescente, em esteira rolante. São observados os sintomas,

Leia mais

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL] fundação portuguesa de cardiologia TUDO O QUE DEVE SABER SOBRE ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL Nº. 12 REVISÃO CIENTÍFICA: Dr. João Albuquerque e Castro [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

Leia mais

Dr. Adriano Czapkowski. Ano 2 - Edição 13 - Setembro/2010

Dr. Adriano Czapkowski. Ano 2 - Edição 13 - Setembro/2010 NEWS artigos CETRUS Ano 2 - Edição 13 - Setembro/2010 Importância da Artéria Epigástrica Inferior Dr. Adriano Czapkowski Graduado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí Médico coordenador do curso de 2

Leia mais

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 1 Questão 1 A confecção de acessos vasculares definitivos para hemodiálise (FAV) tornou-se um dos principais procedimentos realizados pelos cirurgiões vasculares em todo o mundo.

Leia mais

32º Imagem da Semana: Radiografia de abdome

32º Imagem da Semana: Radiografia de abdome 32º Imagem da Semana: Radiografia de abdome Enunciado Paciente masculino, de 52 anos, previamente hígido, procurou atendimento médico devido a dor abdominal em cólica iniciada há cerca de 18 horas, com

Leia mais

Tumor Estromal Gastrointestinal

Tumor Estromal Gastrointestinal Tumor Estromal Gastrointestinal Pedro Henrique Barros de Vasconcellos Hospital Cardoso Fontes Serviço de Cirurgia Geral Introdução GIST é o tumor mesenquimal mais comum do TGI O termo foi desenvolvido

Leia mais

Por que a Varicocele causa Infertilidade Masculina?

Por que a Varicocele causa Infertilidade Masculina? O Nosso protocolo assistencial tem como base as diretrizes e normas elaboradas pela Society of Interventional Radiology (SIR) O Que é a Varicocele? Entende-se por varicocele à dilatação anormal (varizes)

Leia mais

APRESENTAÇÃO DE ARTIGO MARCELO TELES R3

APRESENTAÇÃO DE ARTIGO MARCELO TELES R3 APRESENTAÇÃO DE ARTIGO MARCELO TELES R3 US Doppler Hepático de Forma Simples RadioGraphics 2011; 31:161 Dean Alexander McNaughton; Monzer M. Abu-Yousef Objetivos Discutir os conceitos básicos e terminologia

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia, Tomografia computadorizada

Imagem da Semana: Radiografia, Tomografia computadorizada Imagem da Semana: Radiografia, Tomografia computadorizada Figura 1: Radiografia de tórax em incidência póstero anterior Figura 2: Tomografia computadorizada de tórax com contraste em corte coronal e sagital

Leia mais

IMAGEM NO TEP AGUDO 30/07/2013. " O amor não é aquilo que te pega de surpresa e te deixa totalmente sem ar. O nome disso é asma " TEP

IMAGEM NO TEP AGUDO 30/07/2013.  O amor não é aquilo que te pega de surpresa e te deixa totalmente sem ar. O nome disso é asma  TEP IMAGEM NO TEP AGUDO Dany Jasinowodolinski danyjasino@gmail.com " O amor não é aquilo que te pega de surpresa e te deixa totalmente sem ar. O nome disso é asma " OU TEP RX IMAGEM NO TEP AGUDO TC MN RM 1

Leia mais

URGÊNCIAS VASCULARES TRAUMAS VASCULARES

URGÊNCIAS VASCULARES TRAUMAS VASCULARES URGÊNCIAS VASCULARES Trauma Trombo-Embolia Infecções Aneurismas Iatrogenia Arterial Venosa Pé Diabético Roto -Roto Os serviços de cirurgia vascular da SES/DF são encontrados nos seguintes hospitais: HBDF

Leia mais

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015 Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015 Amélia Estevão 10.05.2015 Objetivo: Investigar a vantagem da utilização da RM nos diferentes tipos de lesões diagnosticadas na mamografia e ecografia classificadas

Leia mais

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders REVISÃO META-ANALÍTICA DO USO DE INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA Publicado: Am J Psychiattry

Leia mais

Cefaleia crónica diária

Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária O que é a cefaleia crónica diária? Comecei a ter dores de cabeça que apareciam a meio da tarde. Conseguia continuar a trabalhar mas tinha dificuldade em

Leia mais

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008)

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008) Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008) De Bock GH, Beusmans GHMI, Hinloopen RJ, Corsten MC, Salden NMA, Scheele ME, Wiersma Tj traduzido do original em

Leia mais

PROFISSIONAL(IS) SOLICITANTE(S) Clínico Geral; Clínica Médica; Pediatra; Ginecologista; Geriatra.

PROFISSIONAL(IS) SOLICITANTE(S) Clínico Geral; Clínica Médica; Pediatra; Ginecologista; Geriatra. CONSULTA EM ANGIOLOGIA - GERAL CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2 Motivos para encaminhamento: 1. Varizes em membros inferiores 2. Úlceras de pernas 3. Insuficiência circulatória arterial/venosa com dor e

Leia mais

Hipertrofia Muscular Idiopática Tratada Com Transposição Gástrica Completa. Relato de Caso e Revisão da Literatura

Hipertrofia Muscular Idiopática Tratada Com Transposição Gástrica Completa. Relato de Caso e Revisão da Literatura UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Hipertrofia Muscular Idiopática Tratada Com Transposição Gástrica Completa. Relato de Caso e Revisão da Literatura Serviço de Cirurgia Pediátrica IPPMG/UFRJ Douglas

Leia mais

COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA ESPORTIVA Posicionamento Oficial Exercício para Pacientes com Doença Arterial Coronariana

COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA ESPORTIVA Posicionamento Oficial Exercício para Pacientes com Doença Arterial Coronariana COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA ESPORTIVA Posicionamento Oficial Exercício para Pacientes com Doença Arterial Coronariana RESUMO Posicionamento Oficial do Colégio Americano de Medicina Esportiva: Exercise

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia de tórax

Imagem da Semana: Radiografia de tórax Imagem da Semana: Radiografia de tórax Figura: Radiografia de tórax em PA. Enunciado Paciente masculino, 30 anos, natural e procedente de Belo Horizonte, foi internado no Pronto Atendimento do HC-UFMG

Leia mais

Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada

Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada Imagem 01. Tomografia computadorizada da pelve após injeção endovenosa de meio de contraste iodado, tendo havido ingestão prévia do mesmo produto. Paciente,

Leia mais

ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA

ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA PESQUISA DE LINFONODO SENTINELA NA CIRURGIA DO CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE Guilherme Pinto Bravo Neto, TCBC-RJ Prof. Adjunto Departamentoamento de Cirurgia FM UFRJ Coordenador

Leia mais

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. 21. Essencial para a utilização bem sucedida da prótese para o amputado da extremidade inferior:

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. 21. Essencial para a utilização bem sucedida da prótese para o amputado da extremidade inferior: 2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CIRURGIA VASCULAR 21. Essencial para a utilização bem sucedida da prótese para o amputado da extremidade inferior: I. Reserva cardiopulmonar. II. Coto construído corretamente.

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA 12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA QUESTÃO 21 Um paciente de 75 anos, ex-garçom, tem há três anos o diagnóstico já confirmado de síndrome isquêmica crônica dos membros inferiores.

Leia mais

[251] 114. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RADIOGRAFIAS DO TÓRAX

[251] 114. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RADIOGRAFIAS DO TÓRAX [251] 114. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RADIOGRAFIAS DO TÓRAX a. CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS Exposição A aquisição adequada da radiografia de tórax é mais difícil que a de outras partes do corpo devido ao contraste

Leia mais

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA.

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA. UTVIG/NUVIG/ANVISA Em 31 de janeiro de 2011. Assunto: Nota de esclarecimento sobre notícia veiculada na mídia que trata de comunicado de segurança da FDA Food and Drug Administration sobre possível associação

Leia mais

SÍNDROME DE MOUNIER-KUHN (TRAQUEOBRONCOMEGALIA): RELATO DE CASO

SÍNDROME DE MOUNIER-KUHN (TRAQUEOBRONCOMEGALIA): RELATO DE CASO Subespecialidade: Tórax / Tipo de trabalho: Relato de caso SÍNDROME DE MOUNIER-KUHN (TRAQUEOBRONCOMEGALIA): RELATO DE CASO Autores: Baptista RM, Nogueira HA, Nothaft MA, Coelho FH Apresentador: Dr. Rodrigo

Leia mais

Imagem da Semana: Tomografia computadorizada, exame de líquor e EEG

Imagem da Semana: Tomografia computadorizada, exame de líquor e EEG Imagem da Semana: Tomografia computadorizada, exame de líquor e EEG Figura 1: Tomografia computadorizada de crânio, sem contraste, corte axial ao nível da ponte Figura 2: Exame do líquido cefalorraquidiano

Leia mais

Síndrome de compartimento de perna pós fratura de tornozelo bilateral: Relato de caso

Síndrome de compartimento de perna pós fratura de tornozelo bilateral: Relato de caso Introdução As fraturas e luxações do tornozelo são as lesões mais comuns do sistema músculo-esquelético 1, e dentre as articulações de carga, o tornozelo é a que apresenta maior incidência de fraturas

Leia mais

Como escolher um método de imagem? - Dor abdominal. Aula Prá:ca Abdome 1

Como escolher um método de imagem? - Dor abdominal. Aula Prá:ca Abdome 1 Como escolher um método de imagem? - Dor abdominal Aula Prá:ca Abdome 1 Obje:vos Entender como decidir se exames de imagem são necessários e qual o método mais apropriado para avaliação de pacientes com

Leia mais

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira O QUE É HIPERTENSÃO ARTERIAL? Condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados

Leia mais

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um 1 - Órteses de

Leia mais

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande,

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande, Cancêr de Mama: É a causa mais frequente de morte por câncer na mulher, embora existam meios de detecção precoce que apresentam boa eficiência (exame clínico e auto-exame, mamografia e ultrassonografia).

Leia mais

Rastreamento do câncer de pulmão

Rastreamento do câncer de pulmão Rastreamento do câncer de pulmão Arthur Soares Souza Jr. Professor livre docente da FAMERP Membro do Ultra X Diagnóstico por Imagem São José do Rio Preto - SP Rastreamento do câncer de pulmão Estamos familiarizados

Leia mais

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA PROVA TEÓRICO-PRÁTICA 1. Na atresia de esôfago pode ocorrer fistula traqueoesofágica. No esquema abaixo estão várias opções possíveis. A alternativa indica a forma mais freqüente é: Resposta B 2. Criança

Leia mais

Maria da Conceição M. Ribeiro

Maria da Conceição M. Ribeiro Maria da Conceição M. Ribeiro Segundo dados do IBGE, a hérnia de disco atinge 5,4 milhões de brasileiros. O problema é consequência do desgaste da estrutura entre as vértebras que, na prática, funcionam

Leia mais

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida 1 O que é o Protocolo em Rampa O protocolo em rampa é um protocolo para testes de esforço que não possui estágios. Nele o incremento da carga se dá de maneira

Leia mais

CAV - Centro de Acesso Vasculares

CAV - Centro de Acesso Vasculares CAV - Centro de Acesso Vasculares Exames Complementares Paulo Almeida Cirurgião Vascular Centro Hospitalar do Porto Hospital Santo António GEV- Grupo Estudos Vasculares Consulta de AcessosVasculares: Mapeamento

Leia mais

Caso Clínico. Andrea Canelas

Caso Clínico. Andrea Canelas Caso Clínico Andrea Canelas 28-06 06-2006 Identificação Sexo: Idade: 79 anos Raça: a: Caucasiana Naturalidade: Coimbra História da doença a actual Seguida na consulta de Gastro desde Novembro de 2005:

Leia mais

Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor

Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor Giordani, L. 1 ; Santo, G.F.E. 1, Sanches, M.C.O 1., Tenorio, L.E.M. 2 ; Morais, L.L.G 2 ; Gomes, F. G. 1 1 Department of General Surgery, University

Leia mais

Semiologia Cardiovascular. B3, B4, Cliques, Estalidos e Atrito Pericárdico. Por Gustavo Amarante

Semiologia Cardiovascular. B3, B4, Cliques, Estalidos e Atrito Pericárdico. Por Gustavo Amarante Semiologia Cardiovascular B3, B4, Cliques, Estalidos e Atrito Pericárdico Por Gustavo Amarante 1 Bulhas Acessórias (B3 e B4) A) Revisão do Ciclo Cardíaco e Posição das Bulhas Para entender as bulhas acessórias,

Leia mais

Tharcisio Gê de Oliveira Mestre em Medicina TiSBU

Tharcisio Gê de Oliveira Mestre em Medicina TiSBU Tharcisio Gê de Oliveira Mestre em Medicina TiSBU Belo Horizonte - MG Junho 2013 Queixa muito prevalente no consultório do Urologista Interesse maior devido divulgação pela mídia e pelo medo de câncer

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Mensuração de Pressão Intra-Abdominal *

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Mensuração de Pressão Intra-Abdominal * 1 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO São Paulo, março de 2009. Mensuração de Pressão Intra-Abdominal * A medida da Pressão Intra-Abdominal (PIA) é considerada um procedimento de menor risco do

Leia mais

Testes preliminares em um simulador pediátrico de crânio para dosimetria em tomografia computadorizada

Testes preliminares em um simulador pediátrico de crânio para dosimetria em tomografia computadorizada BJRS BRAZILIAN JOURNAL OF RADIATION SCIENCES XX (XXXX) XX-XX Testes preliminares em um simulador pediátrico de crânio para dosimetria em tomografia computadorizada E. W. Martins; M. P. A. Potiens Gerência

Leia mais

Fisiologia Geral. Biofísica da Circulação: artérias

Fisiologia Geral. Biofísica da Circulação: artérias Fisiologia Geral Biofísica da Circulação: O ciclo cardíaco; Interconversão de energias nas artérias SISTEMA CARDIOVASCULAR Sistema de ductos fechados com uma bomba hidráulica: O coração. Artérias: vasos

Leia mais

Estágio de Doppler Clínica Universitária de Imagiologia Hospitais da Universidade de Coimbra

Estágio de Doppler Clínica Universitária de Imagiologia Hospitais da Universidade de Coimbra Doppler venoso dos membros inferiores Estágio de Doppler Clínica Universitária de Imagiologia g Hospitais da Universidade de Coimbra Filipa Reis Costa Interna complementar de Radiologia Hospital de S.

Leia mais

Retinopatia Diabética

Retinopatia Diabética Retinopatia Diabética A diabetes mellitus é uma desordem metabólica crónica caracterizada pelo excesso de níveis de glicose no sangue. A causa da hiper glicemia (concentração de glicose igual ou superior

Leia mais

03/05/2012. Radiografia simples do abdome

03/05/2012. Radiografia simples do abdome Radiografia simples do abdome 3 1 Contrastados: Urografia Excretora Injeção EV Contraste iodado Opacificação: 1. Parênquima renal 2. Sistema coletor 3. Bexiga e uretra 4 Litíase urinária Caso cr Rx simples:

Leia mais

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES - ALDACTONE

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES - ALDACTONE ALDACTONE Espironolactona FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES - ALDACTONE Comprimidos de 25 mg - caixas contendo 20 unidades. Comprimidos de 100 mg - caixas contendo 16 unidades. USO PEDIÁTRICO E ADULTO

Leia mais

Pâncreas: Vascularização e Inervação

Pâncreas: Vascularização e Inervação Universidade de Rio Verde UniRV Faculdade de Medicina de Rio Verde Famerv Liga de Acadêmica de Anatomia Humana - LiAAna Pâncreas: Vascularização e Inervação Ligantes: Janayna Matumoto Mota Thiago Huei

Leia mais

Cardiologia Hemodinâmica

Cardiologia Hemodinâmica 1 Concurso Público 2011 Cardiologia Hemodinâmica Questão 1: Homem de 40 anos de idade, brasileiro (RJ), solteiro e comerciante, apresentou dor precordial intensa, acompanhada de palpitações e desencadeada

Leia mais

Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/IESS Data-base - junho de 2010

Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/IESS Data-base - junho de 2010 Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/ Data-base - junho de 2010 O VCMH/ é uma medida da variação das despesas médico-hospitalares per capita das operadoras de planos e seguros de saúde. Mede-se

Leia mais

7º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax

7º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax 7º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Legenda da Imagem 1: Radiografia de tórax em incidência póstero-anterior Legenda da Imagem 2: Radiografia de tórax em perfil Enunciado: Homem de 38 anos, natural

Leia mais

Refluxo Vesicoureteral em Crianças

Refluxo Vesicoureteral em Crianças Refluxo Vesicoureteral em Crianças Refluxo Vesicoureteral em crianças O RVU (Refluxo vesicoureteral) é uma condição que se apresenta em crianças pequenas. Ao redor do 1% das crianças de todo o mundo tem

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia de Tórax

Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Figura 1: Radiografia de tórax realizada em decúbito dorsal Enunciado MHS, sexo feminino, 63 anos, foi atendida no Centro de Saúde de seu novo bairro. Apresentava

Leia mais

DISCIPLINA DE RADIOLOGIA UFPR

DISCIPLINA DE RADIOLOGIA UFPR DISCIPLINA DE RADIOLOGIA UFPR MÓDULO ABDOME AULA 2 AVALIAÇÃO INTESTINAL POR TC E RM Prof. Mauricio Zapparoli Neste texto abordaremos protocolos de imagem dedicados para avaliação do intestino delgado através

Leia mais

XV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalasen. www.digimaxdiagnostico.com.br

XV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalasen. www.digimaxdiagnostico.com.br XV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalasen www.digimaxdiagnostico.com.br CASO CLÍNICO IDENTIFICAÇÃO: L.A.A., sexo feminino, 43 anos. QUEIXA PRINCIPAL: HAS descompensada, dor torácica. EXAMES

Leia mais

Imagem do Tórax Pediátrico

Imagem do Tórax Pediátrico Controle de Qualidade Imagem do Tórax Pediátrico Para avançar para o próximo slide do tutorial, clique em qualquer lugar na imagem, ou use as setas direcionais, para baixo para avançar e para cima para

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004)

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) ENXAQUECAS Enxaqueca sem aura De acordo com a IHS, a enxaqueca sem aura é uma síndroma clínica caracterizada por cefaleia com características específicas e sintomas

Leia mais

Será que égastrite? Luciana Dias Moretzsohn Faculdade de Medicina da UFMG

Será que égastrite? Luciana Dias Moretzsohn Faculdade de Medicina da UFMG Será que égastrite? Luciana Dias Moretzsohn Faculdade de Medicina da UFMG Sintomas Dor na região do estômago Estômago estufado Empanzinamento Azia Arrotos frequentes Cólica na barriga Vômitos e náusea

Leia mais

DOENÇAS DA COLUNA CERVICAL

DOENÇAS DA COLUNA CERVICAL Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira DOENÇAS DA COLUNA CERVICAL A coluna cervical é o elo flexível entre a plataforma sensorial do crânio

Leia mais

DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL

DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL As doenças do coração são muito freqüentes em pacientes com insuficiência renal. Assim, um cuidado especial deve ser tomado, principalmente, na prevenção e no controle

Leia mais

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (SERVIÇO DE CARDIOLOGIA E CIRURGIA CARDIOVASCULAR)

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (SERVIÇO DE CARDIOLOGIA E CIRURGIA CARDIOVASCULAR) HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (SERVIÇO DE CARDIOLOGIA E CIRURGIA CARDIOVASCULAR) REVISÃO DE DOENÇA DE ARTÉRIA CORONÁRIA Seu coração é uma bomba muscular poderosa. Ele é

Leia mais

NEOPLASIA INTRAEPITELIAL VULVAR RIO DE JANEIRO 2013

NEOPLASIA INTRAEPITELIAL VULVAR RIO DE JANEIRO 2013 NEOPLASIA INTRAEPITELIAL VULVAR diagnóstico e conduta RIO DE JANEIRO 2013 A NIV aumentou em 4 vezes nos EUA entre 1973 e 2000 A regressão da NIV existe O câncer invasor está presente em 3% das mulheres

Leia mais

Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada

Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada Imagem 1. Tomografia computadorizada do abdômen, nível andar superior, após a injeção intravenosa de meio de contraste iodado hidrossolúvel, tendo havido ingestão

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Folheto para o paciente

Folheto para o paciente Folheto para o paciente Quimioembolização Transarterial com Eluição de Fármaco (detace) de tumores hepáticos: Uma opção minimamente invasiva para o tratamento de tumores hepáticos Diagnóstico do hepatocarcinoma

Leia mais

O TAMANHO DO PROBLEMA

O TAMANHO DO PROBLEMA FÍSICA MÉDICA O TAMANHO DO PROBLEMA Quantos hipertensos existem no Brasil? Estimativa de Prevalência de Hipertensão Arterial (1998) 13 milhões se considerar cifras de PA > 160 e/ou 95 mmhg 30 milhões

Leia mais

Desafio de Imagem. Emanuela Bezerra - S6 25/08/2014

Desafio de Imagem. Emanuela Bezerra - S6 25/08/2014 Desafio de Imagem Emanuela Bezerra - S6 25/08/2014 Caso Clínico Homem de 64 anos procurou serviço de emergência com queixa de "dor de barriga e vômitos". HDA: Relata que há 2 anos apresenta episódios de

Leia mais

Pós-trombólise. O que fazer? Dr. Salomón Soriano Ordinola Rojas Hospital Beneficência Portuguesa São Paulo Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Fibrinolíticos menor tempo isquemia mioc aguda menor

Leia mais

AORTA ABDOMINAL IRRIGAÇÃO E DRENAGEM DA REGIÃO ABDOMINAL. Tronco celíaco (ímpar e visceral) (2) Artérias frênicas inferiores (1)

AORTA ABDOMINAL IRRIGAÇÃO E DRENAGEM DA REGIÃO ABDOMINAL. Tronco celíaco (ímpar e visceral) (2) Artérias frênicas inferiores (1) AORTA ABDOMINAL IRRIGAÇÃO E DRENAGEM DA REGIÃO ABDOMINAL Prof. Erivan Façanha Tem início no hiato aórtico do diafragma (T12). Trajeto descendente, anterior aos corpos vertebrais e à esquerda da veia cava

Leia mais

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo Como prescrever o exercício no tratamento do DM Acad. Mariana Amorim Abdo Importância do Exercício Físico no DM Contribui para a melhora do estado glicêmico, diminuindo os fatores de risco relacionados

Leia mais

Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9

Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9 Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9 Tabela 01 - Principais Antecedentes e Fatores de Risco para Doença Cardiovascular à Internação na Unidade Todos os Pacientes Egressos da Unidade Hipertensão Arterial

Leia mais

Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9

Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9 Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9 Tabela 01 - Principais Antecedentes e Fatores de Risco para Doença Cardiovascular à Internação na Unidade Todos os Pacientes Egressos da Unidade Hipertensão Arterial

Leia mais

PROVA ESPECÍFICA Cargo 51

PROVA ESPECÍFICA Cargo 51 11 PROVA ESPECÍFICA Cargo 51 QUESTÃO 26 A heparina administrada por via endovenosa necessita de um co-fator para interferir no mecanismo da coagulação. Identifique-o: a) antitrombina III. b) plaquetário

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

CORE BIÓPSIA DE LINFONODOS AXILARES ATÍPICOS

CORE BIÓPSIA DE LINFONODOS AXILARES ATÍPICOS CORE BIÓPSIA DE LINFONODOS AXILARES ATÍPICOS CORE BIOPSIA DE LINFONODOS AXILARES ATÍPICOS LINFONODOS NORMAIS OU TÍPICOS DE NÍVEL 1 FACILMENTE RECONHECIDOS AO ESTUDO ECOGRÁFICO FORMA ELÍPTICA CORTEX HIPOECÓICA

Leia mais

12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna

12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna 12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna Enunciado Paciente do sexo feminino, 34 anos, G1P1A0, hígida, está no terceiro mês pós-parto vaginal sob analgesia peridural, que transcorreu sem intercorrências.

Leia mais

Doença do Refluxo Gastroesofágico o que significa?

Doença do Refluxo Gastroesofágico o que significa? Hérnia de Hiato e Refluxo Gastroesofágico. Atualmente cresce o número de pessoas que estão apresentando sintomas relativas ao aparelho digestivo, como má digestão ou sensação de queimação no estômago entre

Leia mais

Abdome Agudo Inflamatório. Peritonites

Abdome Agudo Inflamatório. Peritonites Abdome Agudo Inflamatório Peritonites Conceito: Classificação: Funcionais ou Fisiopatológicas Peritonite Primária ou Espontânea Peritonite Secundária Peritonite Terciária Quanto à Extensão Generalizada

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Humana SISTEMA URINÁRIO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais)

Anatomia e Fisiologia Humana SISTEMA URINÁRIO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais) Anatomia e Fisiologia Humana SISTEMA URINÁRIO DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais) 1ª edição janeiro/2007 SISTEMA URINÁRIO SUMÁRIO Sobre a Bio Aulas... 03 Rins... 04 Localização... 04 Anatomia macroscópica...

Leia mais

MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina

MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina Orientador: Prof. Dr. Laécio C. Barros Aluna: Marie Mezher S. Pereira ra:096900 DMA - IMECC - UNICAMP 25 de Junho de

Leia mais

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina

Leia mais

Tratamento do Aneurisma da Aorta Abdominal por Cateter. anos, principalmente nos últimos cinqüenta anos. Uma doença antes não tratável, hoje

Tratamento do Aneurisma da Aorta Abdominal por Cateter. anos, principalmente nos últimos cinqüenta anos. Uma doença antes não tratável, hoje Tratamento do Aneurisma da Aorta Abdominal por Cateter Felipe Puricelli Faccini Cirurgião Vascular Introdução: O tratamento do aneurisma da aorta abdominal tem evoluído muito ao longo dos anos, principalmente

Leia mais

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS NÓDULOS HEPÁTICOS BENIGNOS Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS NÓDULOS HEPÁTICOS

Leia mais