A SUCESSÃO DO CONJUGE SOBREVIVENTE CASADO SOB O REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS: uma análise quanto

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1 A SUCESSÃO DO CONJUGE SOBREVIVENTE CASADO SOB O REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS: uma análise quanto à aplicação do art , I, do Código Civil de Matheus Alves Leal 1 Mariana Swerts Cunha 2 RESUMO O presente trabalho trata da divergência doutrinária no que concerne ao artigo 1.829, inciso I, do Código Civil de 2002, o qual dispõe sobre a concorrência hereditária entre descendentes e cônjuge sobrevivente quanto aos bens do falecido, exclusivamente quando aquele era casado sob o regime de comunhão parcial de bens. A pesquisa é desenvolvida com base em entendimentos doutrinários e jurisprudenciais que divergem quanto à problemática causada pela obscuridade de uma norma controversa, gerando irreversíveis consequências na vida civil entre as partes do processo de inventário, causando insegurança jurídica nas relações sociais. Ao fim, após analise das divergências doutrinárias acerca da norma, será demonstrado a melhor aplicação do supracitado artigo, sendo não aquela que prioriza o cônjuge, mas sim, trata as partes com isonomia e se adequada ao caso concreto. Palavras chave: Sucessão. Concorrência. Cônjuge. Comunhão Parcial de Bens. INTRODUÇÃO O artigo 1.829, inciso I, do Código Civil de 2002, o qual dispõe sobre a concorrência hereditária entre descendentes e cônjuge sobrevivente dos bens do falecido é um dos temas mais controversos da legislação sucessória. 1 Graduando em Direito na Faculdade Kennedy de Minas Gerais. 2 Mestranda em Direito na Escola Superior Dom Helder Câmara. Especialista em Direito Processual Civil. Professora na Faculdade Kennedy de Minas Gerais. Orientadora no Núcleo de Práticas Jurídicas das Faculdades Kennedy e Promove. Advogada.

2 Seu texto fora escrito de forma obscura quanto à sucessão do cônjuge em concorrência com o descendente quando aquele era casado em comunhão parcial de bens com o falecido. Para tanto, destaca-se o dispositivo abaixo: Art A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art , parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares. O dispositivo supracitado não deixa claro em qual situação o cônjuge concorreria, sendo se o de cujus deixe bens particulares ou não, e ainda a que bens concorreriam. A doutrina atual diverge em quatro diferentes entendimentos quanto à questão, as quais serão demonstradas de forma analítica uma a uma. Além de toda a problemática supracitada, serão também analisados, de forma introdutória, diversos instrumentos jurídicos relacionados ao tema, o que será necessário para melhor compreensão final, como toda parte histórica da sucessão do cônjuge desde os primórdios da humanidade, os princípios norteadores da matéria, as especificidades da comunhão parcial de bens e todas as demais normas da sucessão do cônjuge. Por fim será esclarecida a melhor aplicabilidade da norma, tendo como base os Princípios Constitucionais da Dignidade Humana e Autonomia da Vontade, que o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é atualmente o mais adequado a presente problemática, mesmo ainda não sendo um entendimento que a conclua. Assim, o presente trabalho será desenvolvido em 5 capítulos, sendo que o primeiro aborda aspectos históricos do direito sucessório; o segundo analisa alguns princípios norteadores que devem respaldar a matéria; o terceiro capítulo aborda as peculiaridades do regime da comunhão parcial de bens e suas consequências; o quarto capítulo demonstra aspectos da sucessão do cônjuge no atual Código Civil e as respectivas divergências doutrinárias quanto à concorrência deste com os descendentes do de cujus; e por fim, no quinto

3 capítulo será analisa-se, criticamente, as respectivas divergências e a conclusão será focada para responder como seria a forma mais adequada de concorrência do cônjuge sobrevivente, que era casado em regime de comunhão parcial de bens. 1. Aspectos Históricos da Sucessão do Cônjuge O Direito Sucessório caminha ao lado da história da humanidade, inclusive já consagrado nos direitos egípcios, hindus 3 e babilônicos dezenas de séculos antes de cristo. Tem como ponto de partida o momento em que homem deixa de viver em bandos e passa a adquirir bens particulares para si e seus familiares. Antes deste momento os bens eram comuns ao grupo e com este ficavam quando um de seus membros viesse a falecer. Como ensina Dimas Messias de Carvalho (2012), nos primeiros registros, a sucessão era ligada diretamente a religião em que o patriarca da família transferia aos herdeiros as responsabilidades de cultuar aos deuses após sua morte, pois não havia maior pecado ao homem primitivo que abandoná-los, mesmo após a morte. Esse tipo de sucessão era calcada basicamente no direito da primogenitura, sendo o falecido sucedido na chefia da família e do patrimônio familiar pelo primeiro filho varão. (CARVALHO p. 01). As mulheres neste tempo poucos direitos tinham. Eram tratadas como meros instrumentos de reprodução e ao se casarem apenas seguiriam os cultos de sua nova família, renunciando aos cultos da família antiga e recebendo apenas um tipo de dote pelas núpcias. Os patriarcas que não tinham herdeiros a suceder suas obrigações eram tratados com desprezo, pois junto ao seu falecimento também seria o fim de sua religião. Com este intuito fora criada a sucessão por meio de testamento, o qual o patriarca ainda em vida deixava seus bens e obrigações a terceiros. 3 A Índia foi berço da grande civilização Hindu, por volta de 2000 a.c. (Disponível em:

4 Como cita Silvio de Salvo Venosa (2.014), no direito Romano a regra era o testamento, que consagrado com o Sistema Pretoriano, visava vários meios de testar, seja ao filho primogênito que ainda era o primeiro da linha sucessória, aos filhos mais novos ou parentes colaterais, e até mesmo à filha mulher que, se solteira, era sempre herdeira provisória que teria o dever de resguardar os bens até se casar, momento ao que seu noivo passaria a ser detentor daqueles bens. No avanço do sistema jurídico Romano ainda era prevista a condição dos credores do falecido que também tinham direito a parte dos bens do devedor falecido em pagamento à suas dividas. No direito Romano não havia propriamente a sucessão do cônjuge já que a transmissão se efetuava pela linha masculina. Apenas na ultima fase do Direito Romano, já com Justiniano, é que se permitia a mulher suceder aos bens do marido, estabelecendo-se uma possibilidade de usufruto, concorrendo com os filhos. (VENOSA p. 137). O sistema de sucessão patriarcal sempre com preferências a primogenitura masculina perdurou por vários anos tendo poucas modificações, sempre com injustiças sociais e econômicas às mulheres. Menciona Washington de Barros Monteiro (2.009) que em vários países da Europa, por exemplo, em pleno do século XVII fora instituída a Lei Sálica 4, que contemplava apenas aos varões reais o trono, excluindo as mulheres e seus descendentes os direitos da coroa. A sucessão primogênita começou a enfraquecer somente no fim do século XVIII na Europa, sendo confrontada pela Revolução Francesa que vinha respaldada por ideais iluministas como igualdade, fraternidade e liberdade, fazendo assim homens e mulheres iguais perante a lei. Pautada na igualdade, herdeiros homens e mulheres passaram a suceder como igual. No entanto, os direitos sucessórios do cônjuge sobrevivente ainda eram restritos, sendo chamado a suceder somente na ausência de herdeiros colaterais. 4 A Lei Sálica foi um código de lei redigido em latim e promulgado em 10 de maio de 1703, compilado pela primeira vez no século VI pelos Sálios (parte do povo germânico dos francos) que tinham conquistado a Gália (Europa Ocidental) no século V. (Disponível em:

5 Em Portugal, como exemplo, na vigência das Ordenações Filipinas no século XIX o cônjuge seria chamado à sucessão, se o falecido não deixasse parentes até o 10º grau. E, ao tempo da morte do outro, deveriam viver juntos, habitando a mesma casa. (CARVALHO p. 77) No Brasil, o direito ainda era limitado até o século XIX, estando recepcionado pela legislação de Portugal, seu colonizador. Somente após a promulgação da Constituição Imperial Brasileira em que se determinou a organização legislativa civil e penal. Uma das legislações de maior importância para o Direito Sucessório fora o Decreto n , de 1.907, denominada Lei Feliciano Pena 5, em que limitou a vocação dos colaterais até o 6º grau, e içou o cônjuge sobrevivente ao terceiro lugar, na ordem da vocação hereditária. (CARVALHO pg. 77) Art. 1º: Na falta de descendentes e ascendentes, defere-se a sucessão ab intestato ao conjugue sobrevivo, si ao tempo da morte do outro não estavam desquitados; na falta deste, aos collateraes até ao sexto gráo por direito civil; na falta destes, aos Estados, ao Districto Federal, si o de cujus for domiciliado nas respectivas circumscripções, ou á União, si tiver o domicilio em territorio não incorporado a qualquer dellas. No ano de fora promulgado o Código Civil Brasileiro que reunia e organizava toda legislação material extravagante. Dentre as recepções no âmbito do Direito Familiar e Sucessório, com as regulamentações dos regimes de comunhão de bens nos pactos matrimoniais e diversas outras questões sucessórias, o Novo Código recepcionara a Lei Feliciano Pena em seu artigo 1.603, trazendo o cônjuge ao terceiro grau da linha sucessória abaixo dos descendentes e ascendentes do de cujus. Art A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - Aos descendentes. II - Aos ascendentes. III - Ao cônjuge sobrevivente. IV - Aos colaterais. V - Aos Estados, ao Distrito Federal ou a União. 5 Regula o deferimento da herança no caso da sucessão ab intestato. (Disponível em dezembro republicacao pl.html)

6 V - aos Municípios, ao Distrito Federal ou à União. No entanto, o cônjuge não foi recepcionado como herdeiro necessário 6, fato que fragilizava sua situação ao poder ser afastado por testamento sem demais justificativas. Ainda era previsto: Se o regime de bens do casamento não era o da comunhão universal, terá direito, enquanto durar a viuvez, ao usufruto da quarta parte dos bens do cônjuge falecido, quando houver filhos deste ou do casal, e à metade, se não houver filhos. (NEVARES, p. 52) O Código Civil de ainda, em seu artigo 258, atribuía o regime legal ao casamento, ou seja, aquele escolhido quando não há convenção entre os nubentes ou esta convenção se faz nula, como o da comunhão universal de bens. Art Não havendo convenção, ou sendo nula, vigorará, quanto aos bens, entre os cônjuges, o regime da comunhão universal. Neste regime, ocorrendo a dissolução do vínculo conjugal com o falecimento de um dos nubentes, o cônjuge sobrevivente teria o direito a meação de todo acervo hereditário, sendo a proporção de 50% (cinquenta por cento) dos bens adquiridos pelo falecido tanto na vigência do casamento quanto antes deste, como ensina Rodrigo Aita (2.014). Desta forma, o cônjuge sobrevivente com o maior número de bens tinha sua sobrevivência garantida sem seu antigo companheiro. Deve-se ressaltar que naquela época o casamento era pautado na indissolubilidade, pois o modelo de divórcio fora concebido apenas em 1.977, restando aos cônjuges o pacto até o fim de suas vidas. Dessa forma, os cônjuges, em sua maioria, participavam de toda vida econômica do casal, dificilmente existindo bens particulares dos cônjuges. Em entrou em vigor a Lei n , intitulada como a Lei do Divórcio 7, que, como cita Maria Berenice Dias, acabou com a indissolubilidade 6 Art Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima. (BRASIL. Código Civil de 2.002)

7 do casamento, eliminando a ideia da família como instituição sacralizada. ( p. 30) A lei do divórcio, entre várias outras alterações, revogou em seu artigo 50, o artigo 258 do Código Civil de 1.916, alterando o regime legal da comunhão de bens agora para o regime da comunhão parcial. Art 50 - São introduzidas no Código Civil as alterações seguintes: 7) "Art Não havendo convenção, ou sendo nula, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime de comunhão parcial. Imperioso mencionar que o regime da comunhão parcial de bens, ensina Salomão de Araújo Cateb (2.011), atribui ao cônjuge em caso de extinção do vínculo conjugal apenas a meação dos bens adquiridos na constância do casamento. Alguns doutrinadores entendem que tal modificação exclui o intuito de assegurar a sobrevivência do cônjuge após a perda de seu parceiro, pois haverá casos em que os cônjuges não terão bens comuns, como cita Maria Berenice Dias: Como o direito da concorrência visa a proteger o cônjuge para que ele não fique sem meios de sobreviver, melhor seria assegurá-lo em todas as hipóteses em que ele nada irá receber, ou por não existirem bens comuns. ( p 158) Em 1.988, com a consagração de novos valores, entrara em vigência a nova Constituição da República trazendo ainda mais expressão à Lei do Divorcio, a qual, entre vários princípios e garantias individuais, afirmou a paridade entre homens e mulheres em direitos e deveres. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição. (Constituição da República Federativa do Brasil de 1.988) 7 Regula os casos de dissolução da sociedade conjugal e do casamento, seus efeitos e respectivos processos, e dá outras providências. Disponível em

8 Com as diversas alterações legislativas no âmbito Civil cumulado com a vigência da nova Constituição, o legislador se viu obrigado a evoluir quanto ao Código de 1.916, entrando em vigor em 11 de janeiro de o Novo Código Civil, instituído pela Lei nº de O Código Civil de 2.002, em seu artigo 1.640, manteve as inovações da Lei do Divórcio quanto ao regime legal de comunhão de bens, mantendo-o como o regime da comunhão parcial: Art Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. O legislador também elevou o cônjuge à condição de herdeiro necessário, conforme se depreende: Art São herdeiros necessários os ascendentes e o cônjuge. descendentes, os A doutrina jurídica brasileira sempre defendeu a colocação do cônjuge como herdeiro necessário, posição que veio a ser conquistada com o Código Civil de 2002, embora sob condições. Isso porque, no caso de separação de bens, o viúvo ou a viúva poderiam não ter patrimônio próprio, para lhes garantir a sobrevivência. (VENOSA, 2.014, p. 139) Para suprir a lacuna quanto à diminuição dos bens herdados pelo cônjuge, tendo em vista a mudança do regime legal de bens no matrimonio da comunhão universal de bens, em que aquele tinha direito a 50% (cinquenta por cento) da totalidade da herança, para o regime da comunhão parcial, que dá direito ao cônjuge sobrevivente somente a meação sob os aquestos 8, o novo código também inovou em seu artigo 1.829, trazendo o cônjuge à primeira posição na linha sucessória, concorrendo com os descendentes a depender do regime de bens pactuado em vida. Art A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens; ou se, no regime 8 São todos os bens do casal adquiridos na vigência do casamento. (Disponível em:

9 da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares. Apesar da boa intenção do legislador, supracitado artigo ficou obscuro no que tange à concorrência dos bens do cônjuge sobrevivente se casado sob o regime da comunhão parcial de bens, resultando doutrinas e entendimentos diversos quanto qual situação concorreria, se o de cujus deixar bens particulares ou não, e a que bens o cônjuge concorreria, sendo somente nos comuns ou também nos particulares, deixando a cargo dos instrumentalistas do direito interpretarem a norma e suas consequências. Adiante e analiticamente, serão analisadas diversas doutrinas acerca da aplicação do artigo 1.829, inciso I do Código Civil de que apresenta obscuridade em seu texto, as quais podem enfraquecer o grande avanço histórico que o cônjuge sobrevivente conquistou no que tange à sua quota herdada ao longo dos anos. 2. Análise dos Princípios Norteadores do Direito de Família e Sucessões Como demonstra a evolução histórica do Direito Familiar e Sucessório, as inovações legislativas trouxeram a superação de antigos paradigmas e criaram novas relações sociais as quais o direito positivista tornou-se insuficiente para as regular, cada qual com suas peculiaridades próprias que a lei literal geralmente não consegue alcançar. O positivismo jurídico, amparado pela doutrina como de Hans Kelsen 9, ao tentar afastar ao máximo o subjetivismo do Juízo ao proferir uma decisão, ensina que caberia apenas ao poder Legislativo a tarefa de justificar e 9 O jurista e filósofo austríaco Hans Kelsen, considerado um dos maiores pensadores do século XX, deixou um vasto legado teórico-literário, do qual se destaca sua obra Teoria Pura do Direito. A importância desta obra se dá, especialmente, pelo rompimento com os ditames da filosofia jurídica tradicional da época, a qual, segundo Kelsen, era contaminada com a ideologia política de todos os elementos da ciência natural. Pretendia o autor, assim, desenvolver uma teoria jurídica pura, ou seja, consciente da legalidade específica do seu objeto. (Disponível em:

10 criar o Direito, restando ao juiz tão somente a tarefa de aplicá-lo. (PEREIRA p. 36) Mas ora, como agir quando o intérprete encontra-se perante casos concretos em que o regramento jurídico não oferece solução e a tutela deve ser alcançada? Com a necessidade de se aperfeiçoar a aplicação jurídica e alcançar todas as novidades sociais, foram positivadas as figuras dos Princípios Jurídicos. Conjuntos deontológicos 10 norteadores da legislação postulada, alicerces normativos sobre o qual assenta todo edifício jurídico 11 e fundamenta todas as decisões. No entendimento de Dimas Messias de Carvalho: Princípios traçam regras e preceitos que constituem fundamentos inseridos na estruturação dos ordenamentos jurídicos (...), traduzem o sentido de um ato de vontade e o espírito da norma, permite a proteção e preservação na plenitude dos direitos humanos. ( p. 70) Rodrigo da Cunha Pereira, ensina que o papel dos princípios é, também, informar todo o sistema, de modo a viabilizar o alcance da dignidade humana em todas as relações jurídicas ( p. 39). Robert Alexy 12 define a diferenciação de valores para princípios, estando aqueles em níveis axiológicos e estes em níveis deontológicos. Ou seja: Os conceitos axiológicos, por sua vez, têm como questão essencial o que é bom. Os variados conceitos axiológicos se modificam conforme os critérios que qualificam algo como bom. Por fim, os conceitos deontológicos podem ser ligados a um conceito deôntico fundamental, o de mandado ou dever ser. Assim, essa divisão permite enquadrar os princípios na classe dos conceitos deontológicos e os valores na classe dos conceitos axiológicos. ( p. 140 e 141) 11 BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. P (Citado em DIAS p. 57) 12 Citado por LIMA Disponível em:

11 Com a Constitucionalização do Direito Civil, a Constituição da República Brasileira de juntamente com a doutrina trouxeram diversos princípios norteadores das relações cíveis à legislação, intrínsecos e extrínsecos, os quais priorizam a conduta do ser humano e a justiça social. A jurisprudência com a adoção dos Princípios passou a aplicá-los diretamente aos casos concretos, afinal, baseando-se nos próprios pilares da legislação, estariam trazendo o próprio espírito que a lei busca regular e alcançando o objetivo maior que é respaldar as relações jurídicas da sociedade. No entanto, como combater o subjetivismo da jurisprudência ao deparar-se com legislações contraditórias ou obscuras (como o exemplo do objeto do presente artigo) frente ao rol extenso e genérico de princípios reguladores, os quais em muitos casos entram em colisão no caso concreto? O positivismo indica a eliminação (superação) de um dos princípios em contradição, orientada pelos critérios de cronologia, hierarquia e especialidade das normas. No entanto, tal remédio ainda não afasta o subjetivismo dos Juízos. Quanto aos conflitos de regras, apenas o caso concreto poderia adequar-se, restando também ao subjetivismo resolver a questão. Ronald Dworkin 13 é um dos autores que mais tem incitado o debate quanto à incompatibilidade do Positivismo e estruturação normativa baseada em princípios genéricos. Para Dworkin: Há dois pressupostos que seriam comuns à atitude interpretativa de uma prática social: (i) a prática não apenas existe, mas tem uma finalidade segundo o valor, interesse, propósito ou princípio que leve em conta; e (ii) as regras da prática social devem ser compreendidas, aplicadas ou modificadas segundo essa finalidade. (1.999, p. 140 e 141) O jurista norte-americano que faleceu em fevereiro (2013) teve forte influência no reconhecimento da importância dos princípios para o direito e foi um intelectual influente para toda a sociedade. (Disponível em 14 Citado por PRADO.

12 Segundo esta teoria, as legislações obscuras ou contraditórias devem ser interpretadas tendo por base todo conjunto normativo envolvente da matéria, incluindo seus princípios e ainda objetivando a real finalidade da eficácia social que seu espírito busca alcançar. Demonstrada a função dos Princípios, tanto para dar fundamentação a jurisprudência quanto para serem pilares do ordenamento postulado, serão analisados a seguir os principais princípios norteadores do Direito Familiar e Sucessório, os quais terão grande importância ao analisar as diversas interpretações dadas ao inciso I do artigo do Código Civil de 2.002, e se estas estão em consonância com o objetivo que a respectiva norma busca alcançar. a. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana Pode-se dizer que a Dignidade da Pessoa Humana é o princípio maior do ordenamento jurídico brasileiro. Base do Estado Democrático de Direito, fora consagrado no primeiro artigo da Constituição de 1.988, afastando o homem como objeto e trazendo a noção que todos têm igual valor pelo simples fato de o ser. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituise em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana; Ensina Rodrigo da Cunha, que a dignidade é um macro-princípio sob o qual irradiam e estão contidos outros princípios e valores essenciais como a liberdade, autonomia privada, cidadania, igualdade e alteridade ( p. 114). A Constitucionalização do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana provocou a despatrimonialização e a personalização dos institutos jurídicos, de modo a colocar a pessoa humana no centro protetor do direito. (DIAS p. 63) Tamanha abrangência que tal princípio elevou a proteção do ser humano que resta difícil a sua definição, se aproximando melhor nas palavras

13 de Immanuel Kant descrita na obra Fundamentação da Metafisica dos Costumes (1.785), a que, em suma, leciona que o valor intrínseco que faz o homem ser superior as coisas (que podem receber preço) é a dignidade 15, segundo qual há que ser considerado como um fim em si mesmo, jamais como meio para obtenção de qualquer outra finalidade 16. Como Princípio concernente ao próprio ser humano, resta ao Estado não apenas respeitar seus limites, mas também promover meios de se valorizar esta dignidade garantindo o mínimo essencial para existência de cada ser humano com segurança aos seus atos e respeito por suas vontades legítimas, mesmo após sua morte. b. Princípios da Autonomia da Vontade e da Menor Intervenção Estatal O Princípio da Autonomia da Vontade é diretamente ligado a liberdade de escolhas da pessoa, observadas as disposições normativas. Como cita Flávio Tartuce, o fundamento constitucional da autonomia privada é a liberdade, um dos principais atributos do ser humano. ( p ) Para que seja efetiva a autonomia de escolha, cabe ao Estado se restringir à mínima intervenção na vontade do homem, cabendo-o apenas coordenar, organizar e limitar as liberdades, justamente para garantir a liberdade individual (DIAS, p.164). A Constituição de impôs de forma clara a concepção de intervenção mínima do Estado no âmbito familiar, passando aquele a ter o papel de Estado-protetor e não um Estado-interventor ao dispor o artigo 226: A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado ( PEREIRA, p. 183). O Princípio da Autonomia da vontade foi recepcionado pelo Código Civil de 2.002, que em ordem familiar respalda a autonomia das pessoas em constituir família com o planejamento que assim desejar, observada as disposições da lei, a liberdade em escolher seu regime matrimonial (salvo 15 Citado por PEREIRA, p Citado por CARVALHO, p. t86.

14 exceções), os bens a serem colacionados sob aspectos comuns e particulares, bem como o fim da relação conjugal quando desejar. Art É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família. (Código Civil de 2.002). Salienta-se que a autonomia da vontade deve ser assegurada ao homem mesmo após sua morte, como no exemplo dos casos de doação de órgãos e transmissão de bens pós-morte, sob pena de violação da dignidade. Art Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte. (Código Civil de 2.002). c. Princípio da Isonomia dos Membros Familiares O Princípio da Isonomia corresponde à proteção igualitária a todos pelo Estado sem distinção de qualquer tipo. Como primeira garantia individual descrita na constituição, é um dos sustentáculos do Estado Democrático de Direito (DIAS p. 65). Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; (Constituição da República Federativa do Brasil de 1.988). Ao falar de isonomia deve-se salientar que as pessoas não são iguais, por tanto o tratamento igualitário a todos é refletido por desigualdade, sendo paradoxo. Vale lembrar as próprias palavras de Rui Barbosa ao citar isonomia: Tratar a iguais com desigualdade ou a desiguais com igualdade não é igualdade real, mas flagrante desigualdade Citado por DIAS p. 65)

15 Por tanto, a igualdade descrita em lei é igualdade formal, ou seja, igualdade perante a lei, e que a igualdade material é o direito de equiparação mediante a redução das desigualdades. (PEREIRA p.170) A isonomia fora também respaldada pelo Código Civil de 2.002, superando as injustiças suportadas pela sociedade feminina da diferenciação das obrigações conjugais: Art º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; (Código Civil de 2.002). A isonomia deve ser vista não só entre homens e mulheres, mas também entre os filhos da relação, pouco importando sua origem e respeitando as diferenças se legítimos ou adotados. A isonomia deve alcançar a todos os membros familiares, respeitando sua dignidade humana e os tratando com igualdade no âmbito familiar e sem restrições na delicadeza do momento do inventário e partilha de bens com o falecimento de um de seus entes. d. Princípio da Vedação ao Retrocesso A partir do momento em que o Estado reconhece direitos sociais em sede Constitucional, o mesmo está vedado ao retrocesso, sob pena de desrespeito ao regramento constitucional. Deve ainda o Estado promover ações a proporcionar a efetiva realização dos direitos já adquiridos, como os princípios da isonomia entre os entes familiares e o respeito à autonomia da vontade das pessoas. Como cita Maria Berenice, passa a haver também uma obrigação negativa de não se abster de atuar de modo a assegurar a sua realização. ( p. 69)

16 Desta forma, ao deparar-se com omissões da lei quanto aos direitos sociais já consagrados, deve o interprete os dar por existente superando as eventuais lacunas. 3. Analise Quanto a Disciplina do Regime da Comunhão Parcial de Bens O intuito de se casar gera aos nubentes direitos e deveres recíprocos, estabelecendo assim a plena comunhão de vida. Contudo, o casamento não é apenas a união de corpus pela afetividade, mas também a comunhão do patrimônio das partes. A existência de bens particulares e a comunicação destes entre os nubentes, a aquisição de bens na constância de casamento e a futura transmissão destes com a extinção do vinculo matrimonial, seja com o divorcio ou a morte (art CC/2.002), são consequências jurídicas do casamento e devem ser pactuadas com a escolha do regime da comunhão de bens antes das núpcias. O Código Civil de estabelece quatro regimes de bens com suas respectivas particularidades, sendo: O regime da comunhão parcial de bens (art a 1.666); o regime da comunhão universal de bens (art a 1.671); o regime da participação final nos aquestos (art a 1.686); e o Regime da separação de bens (art e 1.688). A escolha do regime de bens deve seguir o Princípio da Autonomia da Vontade, como cita bem Sílvio de Salvo Venosa: Nosso Código Civil adota como regra geral, a liberdade de escolha pelos cônjuges do regime patrimonial no casamento: É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver (art ). ( p. 318) No entanto, o artigo do Código Civil estabeleceu exceções a essa autonomia de escolha, impondo a obrigatoriedade do Regime de Separação em casos expressos:

17 Art É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; II da pessoa maior de 70 (setenta) anos; III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. Não havendo manifestação dos nubentes quanto à escolha do regime de bens no processo de habilitação do casamento, o Oficial Civil indicará o regime da comunhão parcial, devendo haver a simples concordância das partes. Havendo qualquer tipo de nulidade do pacto, será este também o regime que prevalecerá, por consequência de ser este o regime legal adotado pelo Código vigente (art ). Maria Berenice Dias enfatiza: Com a Lei do Divorcio (L.6.515/77), o regime legal de bens passou a ser o da comunhão parcial, que afasta a comunicação do acervo adquirido antes do casamento. As heranças, legados ou doações percebidos por um dos cônjuges, a qualquer tempo, antes ou durante a vigência do matrimônio igualmente não se comunicam. O estado de condomínio se estabelece somente com relação aos aquestos, isto é, os bens adquiridos no período da vida em comum, com escassas exceções. ( p. 214) Havendo opção por outro regime se não o da comunhão parcial, esta deverá ser estipulada por meio de escritura pública de pacto antenupcial. A distinção de cada regime pode ser enfatizada basicamente com a vontade das partes em resguardarem seus bens pessoais ou compartilhá-los com seu companheiro, ou ainda não adquirir conjuntos de bens comuns entre si. O regime da comunhão universal forma um único conjunto do acervo de bens, sendo tanto os existentes antes das núpcias como os adquiridos na constância do casamento, salvo as exceções dispostas no artigo , forma o conjunto comum de bens. Este conjunto será partilhado de formas iguais no fim do vinculo conjugal com o divórcio. No regime da separação se formam dois conjuntos de bens, sendo os particulares de cada cônjuge. Não há bens comuns neste regime. Com o divorcio, nada há para ser partilhado. Este regime ainda se desencadeia em duas espécies, o da separação convencional, sendo opcional aos nubentes, e

18 o da separação obrigatória, sendo aquele imposto por força do artigo do Código Civil. O regime da participação final nos aquestos, como ensina Maria Berenice Dias ( p.218), pode se dizer que existem cinco conjuntos de bens, sendo os particulares de cada cônjuge antes do casamento, os particulares de casa cônjuge adquiridos na constância do casamento e os adquiridos em conjunto durante o casamento. Com o fim da vinculo conjugal pelo divórcio, será partilhada apenas os bens comuns adquiridos. Por fim, no regime da comunhão parcial se formam três conjuntos de bens, sendo os particulares de cada cônjuge e os comuns adquiridos na constância do casamento. Com o divorcio, serão partilhados apenas os bens comuns adquiridos na constância do casamento. Deve-se dar melhor atenção a este regime, pois se tratando do regime legal imposto por lei é o mais comum. Conforme as exceções descritas no artigo do Código Civil, não são comunicáveis os bens: Art Excluem-se da comunhão: I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; III - as obrigações anteriores ao casamento; IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. Como percebe VENOSA, a comunhão se formará, como regra, com os bens adquiridos a título oneroso na constância do casamento. ( p. 329) Observa-se também os apontamentos do artigo 1.660: Art Entram na comunhão: I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;

19 III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. Percebe-se que a escolha de bens é basicamente a opção que os cônjuges têm em resguardar seus bens particulares ou agregarem estes aos bens de seu parceiro. A grande questão é o respeito desta escolha com a extinção do vinculo pós-morte, sendo que, nas regras do divórcio as opções já restam claras com a própria escolha, mas tratando-se do fim do vinculo conjugal pela morte, será demonstrado que a regra é alterada, sendo que no regime da comunhão parcial haverá a possibilidade dos bens particulares dos nubentes, ora de cujus, serem transmitidos ao cônjuge a depender da interpretação do texto legal. 4. A sucessão do Cônjuge no Código Civil de O cônjuge sobrevivente fora privilegiado no Código Civil de de várias formas em relação ao Código de Uma das mais importantes foi a consagração do cônjuge como herdeiro necessário, juntamente com os descendentes e ascendentes. Art São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. (Código Civil de 2.002). Grande conquista a salientar como demonstra Ana Luiza Nevares: Desta maneira, o cônjuge não poderá ser afastado da sucessão, salvo em casos de indignação e deserção, sendo certo que esta ultima só poderá ser ordenada pelo Testador por uma das causas que autorizam a primeira de acordo com que dispõem o artigo do Código Civil. (NEVARES, p. 90) De acordo com o artigo 1.846, metade da herança é pertencente aos herdeiros necessários. Assim havendo descendentes, ascendentes e cônjuge,

20 não poderá o testador dispor de mais da metade de seus bens, sob pena de redução das disposições testamentárias. (NEVARES, p. 90) Art Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima. (Código Civil de 2.002). No entanto, o cônjuge só terá legitimidade para suceder se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, conforme artigo Art Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente. (Código Civil de 2.002). O novo Código extinguiu as disposições do Código antecessor sobre o usufruto do cônjuge sobrevivente. No entanto, estabeleceu no artigo 1.831o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar 18, independente do regime de comunhão que fora casado. Novidade também trouxe ao colacionar o cônjuge ao terceiro grau na ordem de vocação hereditária, logo após os descendentes e ascendentes, recebendo, na falta destes, a totalidade da herança,independente do regime de comunhão de bens. Art A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens; ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. (Código Civil de 2.002). 18 Artigo CC/2.002

21 No entanto, a maior novidade que o novo Código trouxe a esta seara está descrita no artigo inciso I e II, o qual traz a possibilidade de concorrência entre cônjuge e descendentes, (a depender do regime da comunhão de bens adotada no casamento), ou ascendentes, aos bens a inventariar. Antes de adentrar ao estudo da sucessão do cônjuge em concorrência, devem-se ressaltar certos pontos quanto esta. Como salienta Silvio Venosa, deve-se dar a devida distinção entre meação e herança: A meação do cônjuge, como já acenado, não é herança. Quando da morte de um dos consortes, desfaz-se a sociedade conjugal. Como em qualquer outra sociedade, os bens comuns, isto é, pertencentes às duas pessoas que foram casadas, devem ser divididos. A existência de meação, bem como de seu montante, dependerá do regime de bens do casamento. (VENOSA p 138) Por tanto, a meação deve seguir as regras do Direito de Família, sendo divididos os bens comuns de acordo com o regime da comunhão pactuada no casamento. Se casado sob o regime da comunhão universal de bens, terá a meação de todo acervo hereditário. Casado sob o regime da separação total de bens, não há que se falar em meação, pois não há bens comuns. Casado sob o regime da participação final nos aquestos terá meação somente nos bens adquiridos a titulo comum. E, finalmente, se casado no regime da comunhão parcial de bens, terá direito à meação nos bens comuns adquiridos na constância da sociedade conjugal. Concorrendo com os descendentes, o Código Civil ainda impôs limites quanto aos quinhões de bens que o cônjuge terá por direito, sendo: O mesmo quinhão dos descendentes que herdarem por cabeça (artigo 1.832, CC), ressalvando a lei que, se os descendentes do falecido também forem do cônjuge sobrevivente, este não poderá receber menos de um quarto da herança. (CARVALHO p. 61) ascendentes: Impôs também limites quando o cônjuge concorrer com os

22 Assim, concorrendo com ascendentes, qualquer que seja o regime de bens, não existindo ressalvas, o cônjuge sobrevivente terá direito a 1/3 (um terço), se concorrer com ambos os pais do falecido, e a 1/2 (metade), se concorrer com apenas um dos pais do autor da herança (1º grau) ou com outros ascendentes (avós, bisavós), ainda que com mais de um (arts , I, e 1.837, CC). (CARVALHO p. 67) Quanto aos requisitos de concorrência impostos no inciso primeiro do artigo 1.829, o cônjuge somente concorrerá com os descendentes quando casado sob os regimes da comunhão parcial (sob requisitos controversos), sob o regime da participação final nos aquestos ou sob o regime da separação convencional de bens. Motivo pelo qual não há de se falar em concorrência quando casado sob o regime da comunhão universal, pois o cônjuge já possui a meação sob a totalidade dos bens. Também não há de se falar em concorrência quando casado sob o regime da separação obrigatória de bens, por imposição da lei. Com boa intenção o legislador privilegiou o cônjuge sobrevivente à concorrência com os descendentes no primeiro grau da linha de vocação visando garantir sua sobrevivência pós perda de seu consorte. No entanto, a concorrência dos descendentes com o cônjuge sobrevivente casado sob o regime da comunhão parcial de bens, disciplinada do inciso I do artigo 1.829, ficara tanto quanto confusa no tocante a qual situação concorreria, sendo se o de cujus deixasse bens particulares ou não, e obscura a que bens o cônjuge concorreria, sendo somente nos comuns ou também nos particulares. Silvio de Salvo Venosa tem a crítica mais rigorosa quanto à redação dada ao tema: Em matéria de direito hereditário do cônjuge e também do companheiro, o Código Civil Brasileiro de representa verdadeira tragédia, um desprestígio e um desrespeito para o nosso meio jurídico e para a sociedade, tamanhas são as impropriedades que desembocam em perplexidade interpretativas. Melhor seria que fosse, nesse aspecto, totalmente reescrito e que se apagasse o que foi feito, com uma mancha na cultura jurídica nacional. É incrível que as pessoas presumivelmente cultas como os legisladores pudessem praticar tamanhas falhas estruturais no texto legal. Mas o mal está feito e a lei está vigente. Que a apliquem de forma mais justa possível aos nossos tribunais! ( p. 142)

23 Ana Luiza Nevares ainda acentua que bens particulares entre os cônjuges sempre serão existentes, sendo nula a ressalva do artigo: Apesar da ressalva aos bens particulares, verificar uma hipótese em que o cônjuge nesta circunstancia não seja herdeiro em concorrência com os descendentes é quase impossível, pois a existência de bens particulares é praticamente certa em todos os casamentos regidos pelo aludido regime. De fato, basta pensar no elenco determinado pelo art do Código Civil, que estabelece os bens que não entram na comunhão, para verificar que sempre existiram bens particulares. ( p. 142) Posta a redação confusa do artigo quanto à concorrência do cônjuge sobrevivente casado sob o regime da comunhão parcial de bens com os descendentes do de cujus, restou à doutrina fazer sua devida interpretação. No entanto, a doutrina também não se pacificou quanto a questão restando quatro entendimentos diversos à jurisprudência adotar. a) Da corrente baseada no Enunciado 270 da III Jornada de Direito Civil O conselho de Justiça Federal, desde 2.002, faz o trabalho de reunir diversos estudiosos consagrados em matérias cíveis por meio de suas Jornadas de Direito com o fim de debaterem temas controversos do direito civil. O Conselho da Justiça Federal, por meio do seu Centro de Estudos Judiciários CEJ, dentre os serviços que presta ao aperfeiçoamento da Justiça Federal, tem promovido as Jornadas de Direito Civil, desde O objetivo é reunir magistrados, professores, representantes das diversas carreiras jurídicas e estudiosos do Direito Civil para o debate, em mesa redonda, de temas sugeridos pelo Código Civil de 2002 e aprovar enunciados que representem o pensamento da maioria dos integrantes de cada uma das diversas comissões (Parte Geral, Direito das Obrigações, Direito das Coisas, Direito de Empresa, Responsabilidade Civil e Direito de Família e Sucessões 19. Salienta-se que tais enunciados são apenas indicativos aos temas, e não representam pacificações. 19 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Disponível em ado em: 18/04/2015.

24 No ano de 2004, na III Jornada de Direito Civil, o Conselho Federal de Justiça trouxe à pauta a discussão da devida interpretação ao artigo 1.829, inciso I do Código Civil e chegaram ao seguinte majoração. 270 Art : O art , inc. I, só assegura ao cônjuge sobrevivente o direito de concorrência com os descendentes do autor da herança quando casados no regime da separação convencional de bens ou, se casados nos regimes da comunhão parcial ou participação final nos aquestos, o falecido possuísse bens particulares, hipóteses em que a concorrência se restringe a tais bens, devendo os bens comuns (meação) ser partilhados exclusivamente entre os descendentes 20. Baseada neste enunciado, a majoritária corrente doutrinária brasileira entende que o cônjuge casado sob a comunhão parcial terá seu direito à meação nos bens comuns com o de cujus, acrescido ao direito à herança em concorrência com os descendentes somente aos bens particulares daquele, se houver. Euclides de Oliveira posiciona-se no mesmo sentido: Mais adequado e harmônico, portanto, entender que a concorrência hereditária do cônjuge com os descendentes ocorre apenas quando, no casamento da comunhão parcial, houver bens particulares, porque sobre estes, então, é que incidirá o direito sucessório concorrente, da mesma forma que se dá o regime da separação convencional de bens 21. Nesta mesma linha a doutrina em diversos casos se posicionou trazendo seus respectivos reflexos, como o caso do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo: ARROLAMENTO - DECISÃO DISCIPLINANDO A FORMA DE PARTILHA E A PARTICIPAÇÃO DO CÔNJUGE INCONFORMISMO - ACOLHIMENTO EM PARTE DECISÃOQUE DEVE SE ADEQUAR À NORMA LEGAL DISCIPLINADORADA MATÉRIA - INTELIGÊNCIA DO ART. 1829, I, DO CC -RECONHECIMENTO DO QUINHÃO HEREDITÁRIO, EM FAVORDO CÔNJUGE, SOBRE OS BENS ADQUIRIDOS ANTES DA UNIÃO - DIREITO REAL DE HABITAÇÃO RECONHECIDO -INTELIGÊNCIA DO ART. 1831, DO CC DECISÃOREFORMADA - RECURSO PROVIDO EM PARTE. 20 BRASIL. ENUNCIADOS APROVADOS III JORNADA DE DIREITO CIVIL, CNJ. Disponível em Acessado em: 20/04/ Citado por VENOSA p. 144

25 Isso porque, conforme dispõe expressamente o artigo 1829, inciso I, do Código Civil, o cônjuge casado no regime acima referido, tem direito à herança, quanto aos bens particulares do falecido, na mesma proporção que os descendentes. Assim, apenas a meação se restringe aos bens adquiridos na constância da união, sobre os quais a viúva não tem direitos hereditários. Essa a interpretação que deve ser dada apouco clara redação do dispositivo acima referido. 22 Para melhor compreensão, dá-se como exemplo: João possui em conta bancária a importância de R$ 9.000,00 (nove mil reais) e tem dois filhos de outro casamento. Logo após se casou com Maria no regime da comunhão parcial de bens, e na constância do casamento adquiriram o valor de 6.000,00 (seis mil reais). João veio a falecer. Seguindo a esteira da corrente baseada no Enunciado 270 da III Jornada de Direito Civil, Maria, que agora é o cônjuge sobrevivente, terá seu direito a meação no valor adquirido na constância do casamento, ou seja, 3.000,00 (três mil reais), acrescido da herança em concorrência com os dois filhos de João no valor particular do inventariado, ou seja, R$ 3.000,00 (três mil reais). Por fim, Maria teria direito ao valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) e os descendentes de João 9.000,00 (nove mil reais) divididos entre si. b) Da corrente baseada no Entendimento de Maria Helena Diniz Ainda que a primeira corrente seja a majoritária em nossa jurisprudência, outra corrente de respeitado entendimento se ergueu em contrapondo àquela, especialmente por ter como idealizadora a Prof.ª Maria Helena Diniz. Em comparação com a primeira corrente, esta também concorda que o cônjuge sobrevivente, casado sob o regime da comunhão parcial de bens, só terá direito à herança em concorrência com os descendentes caso o de cujus tenha deixado bens particulares. 22 BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Nona Câmara de Direito Privado Agravo de Instrumento / INVENTÁRIO. Disponível em: Acessado em 27/09/2015

26 No entanto, para Maria Helena Diniz o cônjuge sobrevivente não terá apenas direito à herança em concorrência com os descendentes aos bens particulares, mas como também aos bens comuns: O sobrevivente conserva seu patrimônio particular, retira sua meação e concorre como herdeiro necessário privilegiado à herança do de cujus, composta pelos bens particulares e pela antiga meação deste.(2014, p. 144), Maria Helena Diniz justifica tal entendimento se apegando ao artigo que ensina que a herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros, e ainda: A lei não diz que a herança do cônjuge só recai sobre os bens particulares do de cujus e para atender ao princípio da operabilidade, tornando mais fácil o cálculo para a partilha da parte cabível a cada herdeiro. A existência de tais bens é mera condição ou requisito legal para que o viúvo, casado sob o regime da comunhão parcial, tenha capacidade para herdar, concorrendo, como herdeiro, com os descendentes, pois a lei convoca à sucessão legitima (2014. p. 147). Pautada em tal entendimento, a doutrina julgou no mesmo sentido: CIVIL. SUCESSÃO. CÔNJUGE SUPÉRSTITE CASADO NO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL. BENS PARTICULARES DEIXADOS PELO AUTOR DA HERANÇA. PARTICIPAÇÃO COMO HERDEIRO NA SUCESSÃO LEGÍTIMA. - O cônjuge supérstite casado no regime da comunhão parcial com o falecido, tendo este deixado bens particulares, além de sua meação, concorre com os descendentes, na sucessão legítima, participando da totalidade do acervo da herança, consoante a ordem de vocação hereditária estabelecida no artigo 1829, I do Código Civil de Desta forma, usando o mesmo exemplo da corrente anterior, nesta linha de pensamento, Maria agora terá sua meação dos valores adquiridos por João na constância do casamento, 3.000,00 (três mil reais), acrescido da herança em concorrência com os dois filhos de João nos bens particulares, R$ 3.000,00 (três mil reais), e ainda na outra metade dos bem comuns, R$ 1.000,00 (mil reais). 23 BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Quinta Turma Cível. Agravo de Instrumento N Relator: Desembargador Dácio Vieira. Julgado em 10 de outubro de Disponível em:

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