ATO NORMATIVO CRN-3 N.º 06/2001
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- João Henrique Brandt Ramires
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1 ATO NORMATIVO CRN-3 N.º 06/2001 Tipos de PJ s: HOSPITAIS E CLÍNICAS A Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região, no uso de suas atribuições legais que lhe confere a Lei 6.583/78; Considerando a Lei Federal 8234 de setembro de 1991, que regulamenta a profissão de Nutricionistas, definindo seu campo de atuação profissional assim como suas atividades privativas; Considerando que cabe ao Conselho Federal e aos Conselhos Regionais de Nutricionistas orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Nutricionistas nas respectivas jurisdições; Considerando que as áreas de atuação do Nutricionista e suas atribuições estão definidas na Resolução CFN n. 200/98, onde consta como atribuição principal nesta área: Assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial e em consultórios de nutrição e dietética, prescrevendo, planejando, analisando, supervisionando, e avaliando dietas para enfermos; Considerando, que cabe aos Conselhos Regionais estabelecer parâmetros quantitativos conforme determina a Resolução CFN n. 229/99; Considerando, que é imprescindível que parâmetros numéricos norteiem o exercício profissional do Nutricionista e estabeleça diretrizes para uma efetivação de fiscalização do CRN, garantindo que as atribuições sejam cumpridas na totalidade, independente da área de atuação; Considerando, que o Serviço de Alimentação tenha apenas 01 (um) Nutricionista, este será o Responsável Técnico. Considerando, ainda, que o registro e a fiscalização profissional de Técnicos em Segundo Grau de Nutrição já foi admitido nos Conselhos Regionais de Nutricionistas, conforme disposto na Resolução CFN n. 227/99, e Considerando, finalmente que a Responsabilidade Técnica, exercida pelo Nutricionista e o compromisso profissional e legal na execução de suas atividades, compatível com a formação e os princípios éticos da profissão, visando a qualidade dos serviços prestados a Sociedade, conforme dispõe a Resolução CFN n. 218/99.
2 COMPLEXIDADE DA U.N.D. NÍVEIS DE ATENDIMENTO NA UND DEFINIÇÃO ATRIBUIÇÕES BÁSICO Elaboração e fornecimento de dietas normais ou de rotina*, modificadas**, (1) de acordo com os preceitos da Legislação Sanitária em Vigor; Há o predomínio quantitativo significativo de dietas normais em relação a outros tipos de dieta; A UND deverá possuir, no mínimo: Manual de dietas, com relação de dietas básicas para as patologias de maior predomínio na instituição, e se as mesmas encontramse detalhadas quanto aos nutrientes, prescrições dietéticas e cardápios diários; (3) Manual de Boas Práticas, com descrição de rotinas, procedimentos, e normas da UND; Há predomínio de pacientes de Nível Primário de assistência em Nutrição (2) - Planejar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar a UND; - Orientar e supervisionar o preparo e confecção, rotulagem, acondicionamento, estocagem, distribuição e administração de dietas; - Determinar Níveis de Assistência em Nutrição; - Priorizar o atendimento individualizado aos pacientes de Nível secundário e Terciário de assistência em Nutrição (1), com realização de anamnese alimentar, prescrição dietética, evolução nutricional, e critérios para reabilitação nutricional, com registro de dados que permitam a rastreabilidade; - Efetuar controle periódico dos trabalhos executados; - Planejar, desenvolver e avaliar continuamente ações de treinamento e desenvolvimento de pessoal; - Identificar condições impeditivas da boa prática profissional e/ou que coloquem em risco a saúde humana na UND; - Providenciar ações corretivas imediatas a ações preventivas, encaminhando relatórios ao superior hierárquico ou autoridade competente;
3 NÍVEIS DE ATENDIMENTO NA UND DEFINIÇÃO - Elaboração e fornecimento de dietas normais ou de rotina*, modificadas**, especiais***, especializadas****; (1) de acordo com os preceitos da legislação sanitária em vigor; - Há número significativo de dietas modificadas, especiais e especializadas; - A UND deverá possuir no mínimo: Manual de Dietas, com relação de dietas básicas para as patologias de maior predomínio na instituição, e se as mesmas se encontram detalhadas quanto aos nutrientes, prescrições dietéticas e cardápios diários; (3) Manual de Boas Práticas, com descrição de rotinas, procedimentos e normas; Manual de Lactário; Manual de procedimentos para Terapia Nutricional Enteral; Há pacientes de nível secundário e terciário de assistência em Nutrição. (2) ATRIBUIÇÕES - Planejar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar a UND; - Orientar e supervisionar o preparo e confecção, rotulagem, acondicionamento, estocagem, distribuição e administração de dietas; - Determinar Níveis de Assistência em Nutrição; - Priorizar o atendimento individualizado aos pacientes de níveis secundário e Terciário de assistência em Nutrição (1), com realização de anamnese alimentar, prescrição dietética, evolução nutricional e critérios para reabilitação nutricional, com registro de dados que permitam a rastreabilidade; - Avaliar o estado nutricional do paciente a partir do diagnóstico clínico, exames laboratoriais, anamnese alimentar e exames antropométricos; - Solicitar exames complementares para acompanhamento da evolução nutricional do paciente, quando necessário; - Prescrever complementos nutricionais, quando necessário; - Promover orientação e educação alimentar e nutricional para pacientes e familiares; - Integrar a equipe multidisciplinar;
4 NÍVEIS DE ATENDIMENTO NA UND DEFINIÇÃO ATRIBUIÇÕES - Desenvolver estudos e pesquisas relacionadas à sua área de atuação; - Efetuar controle periódico dos trabalhos executados, treinamentos e atualização técnico-profissional; (cont.) DIETAS (1) - Planejar, desenvolver e avaliar continuamente ações de treinamento e desenvolvimento de pessoal; - Identificar condições impeditivas da boa prática profissional e/ou que coloquem em risco a saúde humana na UND ; providenciar ações corretivas imediatas e ações preventivas, encaminhando relatórios ao superior hierárquico ou autoridade competente. DIETAS NORMAIS OU DE ROTINA*: São aquelas que permitem alterações quanto a consistência (exemplo: dietas geral, dieta branda, dieta leve, dieta líquida), destinadas a indivíduos normais, com boa saúde; DIETAS MODIFICADAS**: São aquelas com alterações quantitativas e/ou qualitativas e/ou físico-químicas e/ou organolépticas, originadas de adaptações da dieta normal, de acordo com as necessidades do paciente (exemplo: dietas sem resíduos); DIETAS ESPECIAIS***: São aquelas com alterações quantitativas e/ou qualitativas, envolvendo restrições a determinados nutrientes, de acordo com as necessidades do paciente (exemplo: dieta hipoproteica, dieta hipogordurosa); DIETAS ESPECIALIZADAS****: São aquelas destinadas a fins determinados e a clientela especializada no âmbito de suas necessidades nutricionais, tais como dietas enterais, fórmulas infantis, dietas metabólicas, dietas especiais para preparo de exames.
5 NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA EM NUTRIÇÃO ( 2 ) PRIMÁRIO Prestar assistência nutricional a pacientes, cuja patologia de base ou problema apresentado não exija cuidados dietoterápicos específicos e inexistem fatores de risco nutricional; SECUNDÁRIO Prestar assistência nutricional a pacientes cuja patologia de base ou problema apresentado não exijam cuidados dietoterápicos específicos, mas existem fatores de risco nutricional associado como por exemplo: anorexia, ingestão alimentar inadequada, hábito alimentar errôneo e outros. Ou ainda, prestar assistência nutricional a pacientes cuja patologia de base exige cuidados dietoterápicos e inexistem fatores de risco nutricional associado; TERCIÁRIO Prestar assistência nutricional a pacientes cuja patologia de base exige cuidados dietoterápicos especializados e existem fatores de risco nutricional. Referências Bibliográficas utilizadas: 1. Maculevicius, J.et col. Níveis de Assistência em Nutrição - Rev. Hosp. Clín.Fac. Med. S. Paulo (49): 79-81,1994; 2. Divisão de Nutrição e Dietética do Instituto Central do HCFMUSP Acervo Científico; 3. Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Ministério da Saúde, Brasília, RESOLVE: Considerar : 1. Até 500 refeições / dia apenas a Tabela A ; 2. Nos casos em que o número de refeições produzidas for acima de 500 refeições / dia, deverá ser considerado a TABELA B, descrita a seguir, procedendo-se à somatória das TABELAS A e B ; 3. Nos casos em que houver lactário com produção acima de 200 fórmulas lácteas somar as TABELAS A, B e C.
6 NÍVEIS DE ATENDIMENTO DE UND TABELA A BÁSICO N.º DE LEITOS N.º Carga Horária N.º Carga Horária Nutricionistas Semanal Nutricionistas Semanal Até h 1 40h De 61 a h 3 40h De 121 a h 4 40h Acima de Nut, a cada 100 leitos 40h Nut. A cada 60 leitos Obs: Nos casos de existir apenas um nutricionista, deverá haver um profissional substituto para cobertura de folgas, férias, licenças e demais impedimentos, a fim de não deixar a UND sem responsável. TABELA B 40h BÁSICO N.º DE REF./DIA N.º Profissionais Carga Horária Semanal N.º Profissionais Carga Horária Semanal NUT TSGN NUT TSGN NUT TSGN NUT TSGN Até h h 40h De 501 a h h 40h De 1001 a h 40h h 40h De 1501 a h 40h h 40h Acima 2000 Análise caso a caso TABELA C N.º Profissionais Carga Horária Semanal N.º DE FÓRMULAS LÁCTEAS/DIA NUT TSGN NUT TSGN Acima de h 40h Outras considerações: A) Na totalização das refeições, deverão ser consideradas: desjejum, almoço, lanche tarde, jantar, lanche noturno/ceia, somadas as refeições fornecidas a pacientes, acompanhantes e funcionários.
7 B) Para efeito de cálculo, os desjejuns e lanches serão computados considerando-se a seguinte proporção: 10 desjejuns/lanche equivalem a 01 grande refeição. C) Como grande refeições, entende-se: almoço, jantar e ceia/jantar D) O hospital deverá contar com a participação, no mínimo, de 01 nutricionista integrando a equipe técnica dos serviços referidos abaixo, respeitando-se as características próprias do trabalho desenvolvido em cada entidade: Atendimento domiciliar Atendimento ambulatorial Banco de leite humano Nutrição Enteral (EMTN) Resolução RDC n.º 63, de 06/07/00 Treinamento em Cozinha Experimental Este Ato Normativo entra em vigor na data de sua aprovação na 622ª Reunião Plenária Extraordinária, realizada em 13/02/2001, revogando-se a Instrução Normativa anterior de n.º 050/99. Dra. Joana D Arc Pereira Mura CRN-3 N.º 0160 Presidente
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