A RESPONSABILIDADE CIVIL NO COMÉRCIO ELETRÔNICO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A RESPONSABILIDADE CIVIL NO COMÉRCIO ELETRÔNICO"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS UNIPAC FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DE BARBACENA FADI CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO CAMILA RESENDE DE SOUZA OLIVEIRA A RESPONSABILIDADE CIVIL NO COMÉRCIO ELETRÔNICO BARBACENA 2012

2

3 CAMILA RESENDE DE SOUZA OLIVEIRA A RESPONSABILIDADE CIVIL NO COMÉRCIO ELETRÔNICO Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Direito da Universidade Presidente Antônio Carlos- UNIPAC como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientador: Prof. Esp. Rafael Francisco de Oliveira. BARBACENA 2012

4

5 Camila Resende de Souza Oliveira A RESPONSABILIDADE CIVIL NO COMÉRCIO ELETRÔNICO Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Direito da Universidade Presidente Antônio Carlos- UNIPAC como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito. Aprovada em: / / BANCA EXAMINADORA Prof. Esp. Rafael Oliveira - Orientador Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC Profª. Esp. Cristina Prezoti Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC Profª. Esp. Maria José Gorini Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

6

7 RESUMO A Internet se tornou ferramenta básica para o ser humano, fundamental em um mundo globalizado, se expandiu em proporções gigantescas pelo mundo. Aliado à esse fenômeno chamado Internet, surgiu uma forma de se comercializar produtos e serviços capaz de atingir um enorme número de pessoas, rompendo barreiras de tempo e de espaço, trazendo comodidade aos consumidores: o e-commerce, ou comércio virtual. Porém, apesar das inúmeras vantagens trazidas pelo e-commerce, há, também, desvantagens, como a maior vulnerabilidade do consumidor em um ambiente tão propicio a fraudes. A modalidade de comércio virtual, C2C - consumer to consumer, em que pessoas físicas contratam entre sí, efetuando transações de compra e venda, por meio de um site intermediador, tem gerado bastante polêmica quanto à imputação da responsabilidade civil. Neste contexto, surge o questionamento básico deste trabalho, qual seja, o site intermediador é responsável em casos de danos causados aos consumidores que dele se utilizam? Será tomado como base para responder este questionamento, casos concretos de danos causados aos consumidores que transacionam por meio do site intermediador mais utilizado no Brasil, o Mercado Livre. Como não há legislação que trate especificamente sobre o assunto, os Tribunais pátrios têm adotado posicionamentos diversos. Apesar das decisões proferidas por nossos magistrados nos casos concretos sobre o tema serem em diversos sentidos e, muitas vezes, até contraditórias, há uma tendência à imputação de responsabilidade civil ao Mercado Livre, na medida em que este site funciona como prestador de serviço, devendo proporcionar aos consumidores um serviço seguro e confiável. No entanto, há casos em que a sua responsabilidade será afastada, como nos casos em que se encontram presentes as excludentes de responsabilidade civil, quebrando o nexo de causalidade, e em casos de inexistência de defeito na prestação do serviço prestado. O objetivo deste trabalho é, portanto, demonstrar os posicionamentos jurisprudenciais que vêm sendo adotados, com base nos conceitos de responsabilidade civil e relação de consumo, com a finalidade de chegarmos à uma solução para casos tão corriqueiramente presentes em nossos Tribunais. Palavras-chave: Direito do Consumidor. Comércio Eletrônico - E-commerce. Responsabilidade Civil. Mercado Livre - Site intermediador.

8

9 ABSTRACT The internet has become a basic tool for the human race, fundamental in a globalized world, and expanded in gigantic proportions throughout the world. Allied with this phenomenon called the internet, emerged a way to commercialize products and services capable of reaching a large number of people, breaching barriers of time and space and bringing commodities to the consumers: the electronic commerce, or e-commerce for short. However, despite the numerous advantages brought by e-commerce, there are also disadvantages, such as the great vulnerability of the consumer in an environment so plagued by frauds. The virtual commerce known as consumer-to-consumer, or C2C, in which people physically contract one another by means of an intermediate site, has generated much controversy such as the reproach of civil responsibility. Within this context, a basic question is raised concerning this service, which is if the intermediate site responsible for of damages incurred by its users. As a basis for this argument, concrete cases of damages sustained by the consumers who transact by means of the most popular intermediate website of Brazil, Mercado Livre. Since there is no universally accepted and legally binding stance, the national courts have since adopted different viewpoints on the issue. Despite the decisions of our judges in cases regarding the theme being in different ways and many times even contradictory, there is a tendency to the imputation of liability toward Mercado Livre. This is too the extent that the company functions as service provider and should provide consumers with safe and reliable service as well. However, there are cases in which that responsibility will be eschewed, such as in cases where they are present excluding the liability, breaking the nexus of inception, and in times lacking of errors in the provision of service. The objective of this project is, therefore, to show the jurisprudential standpoints which have since been adopted, with focus on the area of liability and consumer relations, with the ultimate objective of reaching a resolution to these cases that are very prevalent in our courts. Keywords: Consumer Rights. Electronic Commerce. E-Commerce. Liability. Mercado Livre. Intermediate site.

10

11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO A INTERNET E O E-COMMERCE A Internet E-commerce Legislação aplicável ao e-commerce no Brasil CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS DE COMÉRCIO ELETRÔNICO E O FUNCIONAMENTO DOS SITES INTERMEDIADORES RESPONSABILIDADE CIVIL Conceito de Responsabilidade Civil Responsabilidade Civil Objetiva e Subjetiva RESPONSABILIDADE CIVIL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR A relação de consumo, consumidor e fornecedor A Responsabilidade Objetiva como Regra no Código de Defesa do Consumidor Responsabilidade pelo Fato e Vício do Produto ou Serviço Excludentes de responsabilidade civil do fornecedor A RESPONSABILIDADE CIVIL DOS SITES INTERMEDIADORES (MERCADO LIVRE) CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 47

12

13 11 1 INTRODUÇÃO Desde os primórdios da humanidade surgiu a necessidade de se comercializar mercadorias. Este processo teve seu início pelas simples trocas de produtos, e, em seguida, passou por diversas etapas que o complementaram, tais como: a criação da moeda como forma de facilitação das relações comerciais, a venda atacadista e a revolução industrial, trazendo como consequência a evolução gradativa do comércio, acompanhando as crescentes necessidades humanas. Vivemos hoje, em um mundo globalizado, onde cotidianamente surgem novas tecnologias, novas formas de comunicação, em que as relações interpessoais se estreitam pelas facilitações tecnológicas. Aliado a este cenário, temos um mundo cada vez mais capitalista, em que o consumo é exageradamente cultivado, em que as indústrias e a economia têm seus pilares no seio de uma humanidade extremamente consumista. Diante desses aspectos, o comércio virtual trouxe facilidades tanto para fornecedores, que atingem um público infinitamente maior, quanto para consumidores, que podem adquirir produtos no conforto do seu lar, o que fez com que o mercado cibernético criasse raízes fortes em nossa sociedade. No entanto, aliado às inúmeras vantagens trazidas pelo chamado e- commerce, surgiram questões que acabaram por colocar o consumidor em uma posição de maior vulnerabilidade. O espaço virtual é ambiente fértil para a proliferação de fraudes, pois as relações comerciais ocorrem através da Internet, sem o contato pessoal dos negociantes e sem a possibilidade de contato com o produto a ser adquirido. Tornou-se, então, muito mais fácil a ocorrência de atos desonestos, o que tem ocorrido rotineiramente, gerando inúmeros prejuízos aos consumidores. Uma modalidade de e-commerce que tem crescido muito no Brasil, e que é o foco do presente estudo, é o chamado C2C, consumer to consumer, em que vendedor e comprador, ambos pessoas físicas, se relacionam e efetuam transações por meio de um site intermediador, como o Mercado Livre. Por se tratar de uma modalidade de comércio relativamente nova, não há legislação no Brasil que trate especificamente sobre o e-commerce. Como consequência existem diversos posicionamentos adotados por nossos juristas,

14 12 principalmente com relação à responsabilidade civil dos sites intermediadores, que têm gerado, inclusive, decisões contraditórias em nossos Tribunais. Será abordado neste trabalho com maior amplitude o conceito e peculiaridades sobre a responsabilidade civil, prevista no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor, e sua aplicabilidade ao e-commerce. O presente estudo visa esclarecer, ainda, a legislação aplicável ao comércio eletrônico, como também os entendimentos jurisprudenciais que têm sido adotados no Brasil sobre este tema, tomando por base casos envolvendo o site Mercado Livre e expondo a visão dos que entendem pela imputação de responsabilidade civil ao referido site, bem como a visão dos que defendem que estes não devem ser responsabilizados por danos sofridos pelos consumidores.

15 13 2 A INTERNET E O E-COMMERCE 2.1 A Internet Entende-se por Internet um conglomerado de redes que permitem a interligação de computadores possibilitando a comunicação, troca de dados, arquivos e informações entre seus usuários, podendo estes estar em qualquer lugar do planeta, desde que conectados a um provedor por meio de um computador. O acesso à Internet pela população mundial vem crescendo em proporções exponenciais, sendo este crescimento sensivelmente observado no Brasil. Segundo resultados de uma pesquisa realizada pelo Ibope Nielsen Online e divulgada em 11 de julho de 2012, o total de brasileiros que acessaram a Internet chegou a 82,4 milhões durante o primeiro trimestre do ano de 2012, o que significou um acréscimo de 5% sobre os 78,2 milhões verificados no mesmo período do ano de A revolução digital tomou enormes proporções, pois, a cada ano, há um aumento descomunal de pessoas utilizando a Internet. A interligação mundial trouxe inúmeras vantagens e avanços em diversas áreas e a tendência é de um crescimento ainda maior e com ritmo acelerado nos próximos anos. Observa-se, ainda, que a Internet se tornou um campo fértil para a atuação comercial, pois consegue atingir um número muito grande de consumidores, os quais se encontram interligados em diversos lugares do mundo. 2.2 E-commerce Vivemos hoje na era digital, em que a as relações interpessoais se estreitam por meio da rede mundial de computadores: a Internet. O comércio não poderia deixar de acompanhar tamanha evolução social, surgindo então o chamado comércio virtual, ou e-commerce, em que a Internet é utilizada como meio para a efetuação de transações comerciais. Marques (2004, p. 38/39) assim conceitua o Comércio Eletrônico: 1

16 14 Podemos definir comércio eletrônico de uma maneira estrita, como sendo uma das modalidades de contratação não-presencial ou à distância para a aquisição de produtos e serviços através de meio eletrônico ou via eletrônica. De maneira ampla, podemos visualizar o comércio eletrônico como um novo método de fazer negócios através de sistemas e redes eletrônicas. Lato sensu, pois, o comércio eletrônico abrangeria qualquer forma de transação ou troca de informação comercial ou visando negócios, aquelas baseadas na transmissão de dados sobre redes de comunicação como a Internet, englobando todas as atividades negociais, juridicamente relevantes, prévias e posteriores à venda ou à contratação. A prática da comercialização de produtos e de serviços pela Internet tomou proporções gigantescas nos últimos anos. Segundo dados do site e-commerce.org, em 2001, o comércio eletrônico lucrou aproximadamente 549 milhões de reais, que passaram para 850 milhões em 2002, milhões em 2003, milhões em 2004 e milhões em 2005, chegando a milhões em Trata-se de um crescimento em proporções extraordinárias em um pequeno lapso de tempo e a previsão é para um crescimento ainda maior nos próximos anos. Vejamos o gráfico abaixo, que representa o crescimento do e-commerce no Brasil: 2

17 15 GRÁFICO: 1 - ANO FATURAMENTO Variação 2011 R$ 18,70 bilhões 26% 2010 R$ 14,80 bilhões 40% 2009 R$ 10,60 bilhões 33% 2008 R$ 8.20 bilhões 30% 2007 R$ 6.30 bilhões 43% 2006 R$ 4,40 bilhões 76% 2005 R$ 2.50 bilhões 43% 2004 R$ 1.75 bilhão 48% 2003 R$ 1.18 bilhão 39% 2002 R$ 0,85 bilhão 55% 2001 R$ 0,54 bilhão - Fonte ebit Com o surgimento do comércio eletrônico o estabelecimento empresarial também tomou novos moldes. Em sua forma clássica, o estabelecimento empresarial, segundo Fábio Ulhoa Coelho é o complexo de bens reunidos pelo

18 16 empresário para o desenvolvimento de sua atividade econômica. (COELHO, 2010, p.56) Com o advento da Internet e o inicio da comercialização eletrônica houve a necessidade de se criar um novo tipo de estabelecimento empresarial, o estabelecimento virtual. Leciona Coelho (2010, p. 70) sobre o estabelecimento virtual: Distingue-se do estabelecimento empresarial físico, em razão dos meios de acessibilidade. Aquele o consumidor ou adquirente de bens ou serviços acessa exclusivamente por transmissão eletrônica de dados, enquanto o estabelecimento físico é acessível por deslocamento no espaço. Em razão do êxito experimentado pelo comércio eletrônico, as empresas com estabelecimento físico criaram suas páginas na Internet com o estabelecimento virtual, a fim de manterem a sua competitividade no mercado. Há ainda, algumas empresas que possuem apenas o estabelecimento virtual, em que a única forma de acesso é através da Internet. O e-commerce significa uma revolução na área empresarial, trazendo inúmeras vantagens para a economia mundial, devendo ser amplamente incentivado, no entanto, alguns problemas ainda são enfrentados pelos consumidores, com dificuldade ampliada pelo meio e forma em que são realizados os negócios comerciais. No comércio eletrônico não existe a presença física das partes contratantes pois todos os atos negociais são realizados virtualmente. De um lado estão os fornecedores, representados por uma página virtual disponibilizada em um provedor de Internet, e do outro lado os consumidores, se utilizando de uma tecnologia que geralmente não dominam. Além da ausência física dos contratantes, os consumidores apenas visualizam o produto que pretendem adquirir por meio de fotografias e descrições realizadas unilateralmente pelo fornecedor. A mercadoria a ser adquirida, portanto, não pode ser analisada e testada no momento da concretização do negócio, sendo assim, o eventual defeito ou vício do produto ou serviço só poderá ser notado quando o mesmo chegar à residência do consumidor, ou muitas vezes, o consumidor sequer recebe o produto.

19 17 Destaca-se que o presente trabalho visa analisar a responsabilidade civil das transações comerciais realizadas por meio de sites intermediadores, em que geralmente pessoas físicas contratam umas com as outras se utilizando dos recursos oferecidos por esses sites, o que será explicado mais detalhadamente no decorrer deste trabalho. Diante dessas situações, deflagra-se uma maior insegurança dos consumidores nesse tipo de negociação, tornando-os ainda mais vulneráveis. 2.3 Legislação aplicável ao e-commerce no Brasil Apesar das proporções alcançadas pelo comércio virtual no Brasil, de ser um ramo do comércio em ascendência constante e já ter criado raízes fortes em nossa sociedade, ainda não há uma legislação específica que trate desse assunto. Neste aspecto Finkelstein (2004, p. 46/47) afirma que: O Direito ainda se encontra tentando traçar seu caminho dentro do recente desenvolvimento da cultura eletrônica nos países de tradição legal civilista. A sociedade normalmente desenvolve-se mais rápido do que o Direito e é exatamente esse o problema atual vivenciado pelo comércio eletrônico.quase não existem leis que o regulamentem, nacional ou internacionalmente. Há divergência entre os juristas sobre esse tema, alguns defendem a tese de que não há a necessidade de leis que tratem especificamente sobre o e- commerce, pois nesses casos é aplicável o Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que são travadas relações de consumo, mudando apenas o ambiente de sua realização, outros entendem ser necessária a criação de leis que regulem o assunto de forma precisa. Existem projetos de lei sobre o tema em questão ainda em tramitação, tais como 1.483/99 e 4.906/01 que tramitam junto ao Congresso Nacional, 1.589/99(OAB) da Câmara dos Deputados, entre outros, entretanto, enquanto não há legislação específica, perfeitamente aplicável ao comércio eletrônico as normas contidas no Código de Defesa do Consumidor. Nas palavras de Alves (2008, p. 73): Desde que haja uma relação intersubjetiva que integra um fornecedor, um consumidor, um bem e os serviços de consumo nas relações provenientes

20 18 dos contratos eletrônicos, estará esta relação no âmbito de aplicação da disciplina jurídica das relações de consumo. Assim sendo, restando configurada a relação de consumo entre as partes integrantes de um contrato eletrônico, será aplicável o Código de Defesa do Consumidor e a eventual discussão acerca do assunto deverá ser resolvida no domicílio do consumidor, em razão da sua vulnerabilidade. No âmbito internacional, com o intuito de estabelecer diretrizes ao comércio realizado no ciberespaço, no ano de 1996, a Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional UNCITRAL (United Nations Commission OnInternational Trade Law), aprovou a chamada Lei Modelo UNCITRAL sobre comércio eletrônico. Trata-se de um conjunto de regras gerais, constando conceitos e princípios internacionalmente aceitáveis, a fim de orientar legisladores de cada país nas legislações eventualmente elaboradas. Merece destaque o princípio da equivalência funcional contido nos artigos 5º e 11 da Lei Modelo, que estabelecem que não serão negados efeitos aos contratos pelo simples fato de terem sido realizados por meio eletrônico. Saliente-se, no entanto, que eventual norma específica a ser criada neste sentido rapidamente se tornaria obsoleta, visto que no âmbito da Internet a agilidade das mudanças é uma realidade. Dessa forma, resta ao judiciário adequar as normas do Código de Defesa do Consumidor, aliadas aos princípios gerais norteadores do direito, subsumidos aos casos concretos de danos para resolver eventuais conflitos.

21 19 3 CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS DE COMÉRCIO ELETRÔNICO E O FUNCIONAMENTO DOS SITES INTERMEDIADORES Os contratos de comércio eletrônico são classificados quanto aos sujeitos que participam da contratação. São três os principais tipos de contratos, quais sejam: B2B - business to business, B2C - business to consumer e C2C - consumer to consumer. Coelho (2010, p.57), assim conceitua referidas transações: São três os tipos de estabelecimentos virtuais: B2B (que deriva da expressão business to business), em que os internautas são também empresários, e se destinam a negociar insumos; B2C (denominação derivada de business to consumer), em que os internautas são consumidores, na acepção legal do termo (CDC, art. 2º); e C2C (consumer to consumer), em que os negócios são feitos entre internautas consumidores, cumprindo o empresário titular do site apenas a função de intermediação [...]. O presente trabalho visa esclarecer as eventuais dúvidas acerca das transações na espécie C2C, a qual está em ascensão, sendo muito utilizada nos últimos tempos. As transações C2C são realizadas entre pessoas físicas, as quais se utilizam de um site de intermediação para negociarem, ou seja, é o comércio realizado diretamente entre os consumidores. Em outras palavras, é a modalidade de comércio eletrônico no qual não são envolvidos produtores e sim consumidor final com consumidor final. O site intermediador, por sua vez, tem um papel fundamental neste tipo de transação, pois é ele que possibilita a aproximação entre pessoas interessadas em vender produtos e outras com propósito de adquirirem os referidos produtos, possuindo todo um aparato para que as negociações se realizem. Neste contexto, há uma discussão doutrinária e jurisprudencial sobre a responsabilização civil por eventuais danos ocorridos em virtude da comercialização de produtos e serviços realizados por intermédio desses sites. Desta forma, importante se faz a compreensão do modo de funcionamento de referidos sites, sendo que neste trabalho será dado enfoque ao principal site intermediador do Brasil, o Mercado Livre.

22 20 Segundo informações colhidas do site do Mercado Livre 3 : Fundada em 1999, MercadoLivre é uma companhia de tecnologia líder em comércio eletrônico na América Latina. Através de suas plataformas MercadoLivre.com e MercadoPago.com, oferece soluções para que indivíduos e empresas possam comprar, vender, anunciar e pagar pela internet. MercadoLivre.com atende milhões de usuários e cria um mercado online para a negociação de uma ampla variedade de bens e serviços de uma forma fácil, segura e eficiente. É o 8º site de comércio eletrônico mais acessado do mundo de acordo com métricas fornecidas pela com Score Networks e é a plataforma líder no varejo online na América Latina. Mercado Livre mantém operação em 13 países Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela e está listada na Nasdaq (NASDAQ:MELI) após sua oferta pública inicial em O site, portanto, permite que pessoas físicas interessadas em comercializar produtos e serviços se cadastrem e exponham suas ofertas, possibilitando que consumidores interessados tomem conhecimento das mesmas, e, com isso, possa ocorrer a negociação das partes. É oferecido ao usuário vendedor duas opções de venda, quais sejam: a venda através do sistema de Leilão ou pelo sistema da Compra Imediata. Na primeira hipótese o vendedor estipula um lance mínimo para o produto colocado à venda e um prazo para que os consumidores interessados efetuem lances maiores, sendo que, ao final do prazo estipulado, arremata o produto aquele que ofereceu maior valor; já na segunda hipótese o usuário vendedor estipula um preço por seu produto e negocia com os interessados por meio do site. Nas duas hipóteses acima expostas são cobradas tarifas. Será cobrada uma tarifa de anúncio pelo simples fato de expor um produto ou serviço no site, e uma tarifa de venda que somente será paga ao Mercado Livre quando a negociação se concretizar. Esta última tarifa será cobrada, também, caso a transação não se concretize por culpa exclusiva do Usuário Vendedor. O Mercado Livre ainda coloca a disposição dos usuários o sistema Mercado Pago, a fim de proporcionar maior segurança às negociações. Este sistema funciona da seguinte forma: o Usuário comprador deposita o dinheiro do pagamento do produto a ser adquirido na conta do Mercado Pago, podendo optar pela forma de pagamento que melhor lhe convier (cartão, boleto, etc.), e, após verificar o pagamento efetuado, o Mercado Pago envia um para 3

23 21 ambas as partes avisando do pagamento, quando então o usuário vendedor envia o produto ao comprador. Logo após, este último comunica ao Mercado Livre que recebeu o produto e o dinheiro é liberado ao vendedor. Caso o comprador não receba o produto no prazo convencionado, basta acessar o Mercado Livre e bloquear o pagamento. Para fazer uso desse modo de negociação, o Mercado Livre cobra do usuário consumidor taxas que variam de 2.99% a 9.99% do valor do produto. Outro mecanismo também disponibilizado aos usuários do Mercado Livre é o Sistema de Qualificações. Os usuários, após finalizarem uma transação devem efetuar a qualificação da outra parte, ou seja, devem informar se a pessoa com quem contrataram é confiável. Desta forma é criado uma espécie de ranking dos melhores vendedores/compradores, servindo para orientar os futuros contratantes. Diante do exposto, percebe-se que a questão da responsabilização desses sites em casos de danos aos consumidores deve ser analisada levando em consideração seus termos de utilização, a aferição de lucro sobre as transações e, até mesmo, a segurança proporcionada aos seus usuários, devendo, também, ser consideradas as causas excludentes de responsabilidade civil, questões a serem explicitadas mais detalhadamente adiante.

24

25 23 4 RESPONSABILIDADE CIVIL 4.1 Conceito de Responsabilidade Civil A essência das ciências jurídicas é possibilitar o convívio em sociedade de forma pacífica e ordenada, neste sentido o ordenamento jurídico pátrio prevê normas que viabilizam este fim, pontuando limites e imposições legais que devem ser respeitadas em função do bem comum. A vida em sociedade impõe regras de condutas às pessoas. Não só no âmbito jurídico, mas também no moral e ético, é necessário que haja respeito mútuo ao direito de cada um. No entanto, as formas de relacionamentos em geral entre seres humanos, cotidianamente, podem causar danos às pessoas, e é por esse motivo que o nosso sistema jurídico prevê formas de reparação a serem realizadas pelos causadores dos danos em favor dos lesados. O Código Civil Brasileiro discorre sobre esse tema no seu artigo 186, contido na parte geral e nos artigos 927 e seguintes da parte especial, sob o título Da Responsabilidade Civil. Sobre a responsabilidade civil Gagliano e Pamplona Filho (2010, p. 51) pontuam: A noção jurídica de responsabilidade pressupõe a atividade danosa de alguém que, atuando a priori ilicitamente, viola uma norma jurídica preexistente (legal ou contratual), subordinando-se dessa forma, às consequências do seu ato (obrigação de reparar). Trazendo esse conceito para o âmbito do Direito Privado, e seguindo esta mesma linha de raciocínio, diríamos que a responsabilidade civil deriva da agressão de um interesse eminentemente particular, sujeitando, assim, o infrator, ao pagamento de uma compensação pecuniária à vítima, caso não possa repor in natura o estado anterior das coisas. Nesse sentido, ao causar um dano na esfera cível, surge para o causador do dano a responsabilidade civil, que pressupõe o dever de reparar o lesado, visando restituí-lo ao estado quo ante, ou, ao menos, minimizar os prejuízos por ele suportados, através da via pecuniária. O artigo 186 do Código Civil consagra a ideia de que ninguém pode causar dano a outrem, e desse dispositivo legal extrai-se os elementos gerais da responsabilidade civil. Vejamos: Art Aquele que por ação ou omissão

26 24 voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Portanto, a responsabilidade civil decompõe-se em conduta humana, dano e nexo de causalidade. A conduta humana voluntária é o primeiro elemento da responsabilidade civil, nas palavras de Gagliano e Pamplona Filho (2010, p. 69): Trata-se em outras palavras da conduta humana positiva ou negativa (omissão), guiada pela vontade do agente, que desemboca no dano ou prejuízo. A ação humana voluntária pode ser classificada em positiva e negativa. A primeira diz respeito à prática de um comportamento ativo, uma ação comissiva, a exemplo de um sujeito embriagado que arremessa seu veículo contra o muro do vizinho; já a segunda é uma atuação omissiva, na medida em que o sujeito não impede o acontecimento de determinado resultado de dano, como por exemplo, uma enfermeira que deixa de ministrar os medicamentos à um paciente, gerando danos à sua saúde. O dano, por sua vez, na conceituação dos mesmos autores acima citados (2010, p. 78) é a lesão a um interesse jurídico tutelado- patrimonial ou não-, causado por ação ou omissão do sujeito infrator. Nas palavras de Maceira (2007, p.61/62) [...] para que haja responsabilidade civil o dano deve ser certo, a um bem ou interesse jurídico, exigindo prova real e concreta. Sem ocorrência de prejuízo, não poderá haver ação de indenização. Se a responsabilidade determina o surgimento da obrigação de ressarcir. Há que se apresentar o que deve ser reparado. O dano patrimonial ou moral deve ser provado fundado nos efeitos da lesão jurídica. Neste sentido o dano indenizável deve possuir como requisitos: a violação de um interesse jurídico patrimonial ou extra patrimonial de uma pessoa física ou jurídica; certeza do dano e subsistência do dano, ou seja, o dano deve ainda existir no momento da exigibilidade de sua reparação em juízo, se este não mais existe perde-se o interesse da responsabilização civil. A fim de melhor compreensão, exemplificamos o dano nos casos de compra e venda on-line realizadas no site Mercado Livre: como os casos da entrega do produto pelo usuário-vendedor e o não recebimento do preço ora acordado com o usuário-comprador, ou quando o comprador paga o preço e recebe o produto com

27 25 defeito ou diverso, em quantidade ou qualidade, ao que foi negociado com o usuáriovendedor. Por fim, o terceiro elemento da responsabilidade civil é o nexo de causalidade, que pode ser definido como o vínculo entre o dano e a conduta humana, é o liame que liga o prejuízo suportado pela vítima e a ação ou omissão do agente. No entanto, o Código Civil traz as excludentes de responsabilização civil, que se demonstradas no caso concreto rompem o nexo de causalidade e, como consequência, excluem o dever de indenizar. As excludentes de responsabilidade civil são: a culpa exclusiva da vítima, caso fortuito, força maior e fato de terceiro. Neste trabalho veremos no próximo capítulo as excludentes de responsabilidade de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. 4.2 Responsabilidade Civil Objetiva e Subjetiva A Responsabilidade Civil se divide em subjetiva e objetiva: a primeira se baseia na teoria da culpa e a segunda na teoria do risco. A responsabilidade civil subjetiva exige a incidência de quatro requisitos. Além dos três pressupostos já expostos (conduta voluntária do agente, dano e nexo de causalidade) inclue-se, ainda, a presença obrigatória da culpa. Sobre o tema Gagliano e Pamplona Filho (2010, p.165/166) assim discorrem: [...] a culpa (em sentido amplo) deriva da inobservância de um dever de conduta, previamente imposto pela ordem jurídica, em atenção à paz social. Se esta violação é proposital, atuou o agente com dolo; se decorreu de negligência, imprudência ou imperícia, a sua atuação é apenas culposa, em sentido estrito. Neste sentido, o art. 186 do Código Civil define a culpa em sentido amplo que compreende, como visto na citação acima, o dolo e a culpa em sentido estrito. Ao expressar "ação ou omissão voluntária" o artigo se refere ao dolo. Por sua vez, o termo "negligência ou imprudência" refere-se à culpa em sentido estrito. Sendo assim, o dolo é um comportamento consciente e intencional do agente destinado a causar prejuízos á vítima. Por sua vez, a culpa em sentido estrito

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

Termo de Uso A AGENDA SUSTENTABILIDADE única e exclusiva proprietária do domínio www.agenda SUSTENTABILIDADE.com.br, doravante denominado AGENDA SUSTENTABILIDADE, estabelece o presente TERMO DE USO para

Leia mais

O fornecimento de senhas e caracteres de acesso à terceiros, causa negativa em indenização

O fornecimento de senhas e caracteres de acesso à terceiros, causa negativa em indenização O fornecimento de senhas e caracteres de acesso à terceiros, causa negativa em indenização Contribuição de Dr. Rodrigo Vieira 17 de dezembro de 2008 Advocacia Bueno e Costanze O fornecimento de senhas

Leia mais

RELAÇÃO DE CONSUMO DIREITO DO CONSUMIDOR

RELAÇÃO DE CONSUMO DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR RELAÇÃO DE CONSUMO APLICABILIDADE O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII,

Leia mais

Responsabilidade Civil de Provedores

Responsabilidade Civil de Provedores Responsabilidade Civil de Provedores Impactos do Marco Civil da Internet (Lei Nº 12.965, de 23 abril de 2014) Fabio Ferreira Kujawski Modalidades de Provedores Provedores de backbone Entidades que transportam

Leia mais

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil 7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil Tópicos Especiais em Direito Civil Introdução A Responsabilidade Civil surge em face de um descumprimento obrigacional pela desobediência de uma regra estabelecida

Leia mais

Economia Digital e Privacidade. Laura Fragomeni

Economia Digital e Privacidade. Laura Fragomeni Economia Digital e Privacidade Laura Fragomeni Roteiro Economia Digital Cenário Mundial O MercadoLivre Privacidade Propostas Legislativas Considerações Finais Economia Digital Cenário Mundial Usuários

Leia mais

Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico. Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP

Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico. Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP PRÁTICA MÉDICA A prática médica se baseia na relação médicopaciente,

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR II

DIREITO DO CONSUMIDOR II DIREITO DO CONSUMIDOR II RESPONSABILIDADE CIVIL Prof. Thiago Gomes Direito do Consumidor II RESPONSABILIDADE CIVIL DO FORNECEDOR 1. CONTEXTUALIZAÇÃO E agora Doutor? Direito do Consumidor II RESPONSABILIDADE

Leia mais

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria

Leia mais

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br Sumário Introdução... 3 Amostra... 4 Tamanho do cadastro de materiais... 5 NCM utilizadas... 6 Dúvidas quanto à classificação fiscal... 7 Como as empresas resolvem as dúvidas com os códigos de NCM... 8

Leia mais

29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS. Fraiburgo Santa Catarina

29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS. Fraiburgo Santa Catarina 29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS Fraiburgo Santa Catarina A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar o dano moral ou patrimonial

Leia mais

Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades Administrador Administrador é a pessoa a quem se comete a direção ou gerência de qualquer negócio ou serviço, seja de caráter público ou privado,

Leia mais

O Dano Moral no Direito do Trabalho

O Dano Moral no Direito do Trabalho 1 O Dano Moral no Direito do Trabalho 1 - O Dano moral no Direito do Trabalho 1.1 Introdução 1.2 Objetivo 1.3 - O Dano moral nas relações de trabalho 1.4 - A competência para julgamento 1.5 - Fundamentação

Leia mais

CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO

CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO 1 CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO 03/09/2013 2 PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR NO COMÉRCIO ELETRÔNICO E AS LIMITAÇÕES DO DECRETO 7.962/2013 3 Conclusões O CDC é mais do que suficiente para a

Leia mais

A configuração da relação de consumo

A configuração da relação de consumo BuscaLegis.ccj.ufsc.br A configuração da relação de consumo Samuel Borges Gomes 1. Introdução O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi sem dúvida um marco na legislação brasileira no sentido de legitimação

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Suponha se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessionária do serviço público

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO - Esclarecimentos Necessários

TERCEIRIZAÇÃO - Esclarecimentos Necessários TERCEIRIZAÇÃO - Esclarecimentos Necessários CONTEXTUALIZAÇÃO O cenário produtivo e de negócios vem sofrendo contínuas transformações que ampliam o grau de competição entre as organizações, especialmente

Leia mais

FMU - FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS E-COMMERCE, SOCIAL COMMERCE, MOBILE MARKETING E MARKETING DE PERMISSÃO.

FMU - FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS E-COMMERCE, SOCIAL COMMERCE, MOBILE MARKETING E MARKETING DE PERMISSÃO. FMU - FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS E-COMMERCE, SOCIAL COMMERCE, MOBILE MARKETING E MARKETING DE PERMISSÃO. São Paulo - SP 2016 RENAN ROCHA ALVES - RA: 6448758 E-COMMERCE, SOCIAL COMMERCE, MOBILE MARKETING

Leia mais

QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO APELAÇÃO CÍVEL Nº 0004150-49.2007.8.19.0042 APELANTE: MERCADOLIVRE.COM ATIVIDADES DE INTERNET LTDA. APELADA: LÍVIA SANTUX ANDRADE

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Dos Produtos e Serviços Gratuitos e a Aplicação do CDC Sumário: 1. Considerações Iniciais; 2. Do Consumidor; 3. Do Fornecedor; 4. Dos Serviços Gratuitos; 5. Conclusão; 6. Bibliografia

Leia mais

Direito do Consumidor: Responsabilidade Civil e o Dever de Indenizar

Direito do Consumidor: Responsabilidade Civil e o Dever de Indenizar Direito do Consumidor: Responsabilidade Civil e o Dever de Indenizar Formação de Servidores do PROCON RJ - 2012 RESUMO Finalidade da Responsabilidade Civil Segurança Jurídica Sistema de Garantias Tutela

Leia mais

A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL

A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL SÍLVIO DE SALVO VENOSA 1 Para a caracterização do dever de indenizar devem estar presentes os requisitos clássicos: ação ou omissão voluntária, relação

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

Administração Financeira

Administração Financeira Administração Financeira MÓDULO 9 O crédito divide-se em dois tipos da forma mais ampla: o crédito público e o crédito privado. O crédito público trata das relações entre entidades públicas governo federal,

Leia mais

Dr. Guilherme Augusto Gonçalves Machado advogado mestrando em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito Milton Campos

Dr. Guilherme Augusto Gonçalves Machado advogado mestrando em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito Milton Campos $ 5(63216$%,/,'$'( &,9,/ '2 3529('25 '( $&(662,17(51(7 Dr. Guilherme Augusto Gonçalves Machado advogado mestrando em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito Milton Campos A Internet se caracteriza

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado 13/11/2013 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3 4. Conclusão... 5 5. Informações

Leia mais

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito. DOS FATOS JURÍDICOS CICLO VITAL: O direito nasce, desenvolve-se e extingue-se. Essas fases ou os chamados momentos decorrem de fatos, denominados de fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos.

Leia mais

Profilaxia das alegações de erro médico. Paulo Afonso - BA

Profilaxia das alegações de erro médico. Paulo Afonso - BA Profilaxia das alegações de erro médico Paulo Afonso - BA Princípios Fundamentais do CEM I - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação

Leia mais

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO DIREITO ECONÔMICO É O RAMO DO DIREITO QUE TEM POR OBJETO A JURIDICIZAÇÃO, OU SEJA, O TRATAMENTO

Leia mais

PADRÃO DE RESPOSTAS DAS PROVAS SUBJETIVAS

PADRÃO DE RESPOSTAS DAS PROVAS SUBJETIVAS Pontuação conforme Edital: a) Juiz Leigo PADRÃO DE RESPOSTAS DAS PROVAS SUBJETIVAS PROVA ÁREA DE CONHECIMENTO NÚMERO DE QUESTÕES Direito Constitucional PONTUAÇÃO PARA CADA QUESTÃO Direito Administrativo

Leia mais

Os aspectos da Lei de Proteção de Dados Pessoais

Os aspectos da Lei de Proteção de Dados Pessoais Os aspectos da Lei de Proteção de Dados Pessoais PL n. 4060/2012 Veridiana Alimonti Coletivo Intervozes 25 de agosto de 2015 2 Nossas ações cotidianas geram ou podem gerar arquivos, registros e bancos

Leia mais

Responsabilidade Civil e Criminal em Acidentes de Trabalho. M. J. Sealy

Responsabilidade Civil e Criminal em Acidentes de Trabalho. M. J. Sealy Responsabilidade Civil e Criminal em Acidentes de Trabalho O Conceito de Acidente de Trabalho (de acordo com a Lei 8.213/91 Art. 19) Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço

Leia mais

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado Conceito Responsabilidade Civil do Estado é a obrigação que ele tem de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento imputável aos seus agentes. chama-se também de responsabilidade extracontratual

Leia mais

Desembaraço. Informações da indústria como você nunca viu

Desembaraço. Informações da indústria como você nunca viu Desembaraço Informações da indústria como você nunca viu Introdução É uma ferramenta dominada pela geração Y, mas que foi criada pela geração X. Ela aproxima quem está longe e tem distanciado quem está

Leia mais

SOCIEDADE VIRTUAL: UMA NOVA REALIDADE PARA A RESPONSABILIDADE CIVIL

SOCIEDADE VIRTUAL: UMA NOVA REALIDADE PARA A RESPONSABILIDADE CIVIL SOCIEDADE VIRTUAL: UMA NOVA REALIDADE PARA A RESPONSABILIDADE CIVIL FABRICIO DOS SANTOS RESUMO A sociedade virtual, com suas relações próprias vem se tornando uma nova realidade para a responsabilidade

Leia mais

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT (COORDENAÇÃO-GERAL DE TREIBUTAÇÃO DA RECEITA FEDERAL) Nº 226, DE 2015 COMENTÁRIOS

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT (COORDENAÇÃO-GERAL DE TREIBUTAÇÃO DA RECEITA FEDERAL) Nº 226, DE 2015 COMENTÁRIOS SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT (COORDENAÇÃO-GERAL DE TREIBUTAÇÃO DA RECEITA FEDERAL) Nº 226, DE 2015 COMENTÁRIOS Os comentários feitos aqui dizem respeitos aos tópicos: AQUISIÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERNACIONAL

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010.

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. Dispõe sobre a divulgação de dados processuais eletrônicos na rede mundial de computadores, expedição de certidões judiciais e dá outras providências. O PRESIDENTE DO CONSELHO

Leia mais

PRESCRIÇÃO SEGURO-SAÚDE

PRESCRIÇÃO SEGURO-SAÚDE BuscaLegis.ccj.ufsc.br PRESCRIÇÃO SEGURO-SAÚDE Autor: Valcir Edson Mayer Advogado e Professor OAB/SC 17.150 Rua General Osório, n.º 311 - Salas 202 e 205 Centro Coml. Diplomata - Centro - Timbó/SC CEP

Leia mais

MJ ORIENTA CONSUMIDOR PARA COMPRAS PELA INTERNET

MJ ORIENTA CONSUMIDOR PARA COMPRAS PELA INTERNET MJ ORIENTA CONSUMIDOR PARA COMPRAS PELA INTERNET O Ministério da Justiça divulgou na sexta-feira (20/8), durante a 65ª reunião do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), um documento com as diretrizes

Leia mais

Contrato de Prestação de Serviços. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Contrato de Prestação de Serviços. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Contrato de Prestação de Serviços Contrato de Prestação de Serviços Visão Geral dos Contratos: Formação dos Contratos;e Inadimplemento Contratual. Formação dos Contratos Validade do Negócio Jurídico: Agente

Leia mais

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. RESPONSABILIDADE CIVIL É A OBRIGAÇÃO QUE INCUMBE A ALGUÉM DE

Leia mais

Acompanhamento de preços de produtos para a saúde é desnecessário e prejudicial ao mercado

Acompanhamento de preços de produtos para a saúde é desnecessário e prejudicial ao mercado Acompanhamento de preços de produtos para a saúde é desnecessário e prejudicial ao mercado * Rodrigo Alberto Correia da Silva O mercado brasileiro de produtos para a saúde sofre por conta da publicação

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS RESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS Atividade de intermediação de negócios imobiliários relativos à compra e venda e locação Moira de Toledo Alkessuani Mercado Imobiliário Importância

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Autor: Deputado Antonio Bulhões Relator: Deputado Elismar Prado

Autor: Deputado Antonio Bulhões Relator: Deputado Elismar Prado COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR PROJETO DE LEI N o 5.995, DE 2009 Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, Código de Defesa do Consumidor, para estender o direito de arrependimento ao consumidor

Leia mais

A SEGURADORA GLOBAL DE CONFIANÇA

A SEGURADORA GLOBAL DE CONFIANÇA A SEGURADORA GLOBAL DE CONFIANÇA RESPONSABILIDADE CIVIL Principais Características ÍNDICE O que é RC Riscos Excluídos Forma de Contratação e Prescrição O que é a Responsabilidade Civil Responsabilidade

Leia mais

Comércio Eletrônico e-commerce Aula 5. Prof. Msc. Ubirajara Junior biraifba@gmail.com

Comércio Eletrônico e-commerce Aula 5. Prof. Msc. Ubirajara Junior biraifba@gmail.com Comércio Eletrônico e-commerce Aula 5 Prof. Msc. Ubirajara Junior biraifba@gmail.com Introdução Mudança no ambiente empresarial; Ligação com o desenvolvimento de tecnologia da informação. Características

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

Tecnologia da Informação. Prof. Odilon Zappe Jr

Tecnologia da Informação. Prof. Odilon Zappe Jr Tecnologia da Informação Prof. Odilon Zappe Jr Vantagens e Desvantagens do Comércio Eletrônico Vantagens Aumento do número de contatos da empresa com fornecedores e com outras empresas do mesmo ramo, e

Leia mais

As exportações de bens podem ocorrer, basicamente, de duas formas: direta ou indiretamente.

As exportações de bens podem ocorrer, basicamente, de duas formas: direta ou indiretamente. Capitulo 10: Tipos de exportação As exportações de bens podem ocorrer, basicamente, de duas formas: direta ou indiretamente. Diretamente: quando o exportador fatura e remete o produto ao importador, mesmo

Leia mais

REGULAMENTO. Página 1 de 5

REGULAMENTO. Página 1 de 5 Promoção Ilimitado Fixo Local Economia Esta promoção é realizada pela VIVO nas seguintes condições: 1. Definições 1.1 Promoção: Oferta de condições especiais para a fruição do STFC na realização de chamadas

Leia mais

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda 1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda A compra e venda é o mais importante de todos os contratos, tendo em vista que é pela compra e venda que se dá a circulação

Leia mais

CONCORRÊNCIA AA 03/2015 QUESTIONAMENTO 12. Pergunta: No que tange ao Anexo II Critérios de elaboração e julgamento da proposta técnica:

CONCORRÊNCIA AA 03/2015 QUESTIONAMENTO 12. Pergunta: No que tange ao Anexo II Critérios de elaboração e julgamento da proposta técnica: CONCORRÊNCIA AA 03/2015 QUESTIONAMENTO 12 Pergunta: No que tange ao Anexo II Critérios de elaboração e julgamento da proposta técnica: Item A.I.c: Poderá a apresentação também se dar em pen drive (com

Leia mais

EMENTA: Auditoria Hospitalar Relação Contratual entre Hospitais e Operadoras de Saúde CONSULTA

EMENTA: Auditoria Hospitalar Relação Contratual entre Hospitais e Operadoras de Saúde CONSULTA PARECER Nº 2442/2014 CRM-PR PROCESSO CONSULTA N. º 157/2010 PROTOCOLO N. º 20097/2010 ASSUNTO: AUDITORIA HOSPITALAR RELAÇÃO CONTRATUAL ENTRE HOSPITAIS E OPERADORAS DE SAÚDE PARECERISTA: CONS.º DONIZETTI

Leia mais

Credit Suisse (Brasil) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) Julho de 2015

Credit Suisse (Brasil) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) Julho de 2015 Credit Suisse (Brasil) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) Julho de 2015 Sumário 1. Aplicação... 02 2. Definições... 02 2.1 Risco socioambiental... 02 2.2 Partes relacionadas... 02 2.3 Termos...

Leia mais

Treinamento de Prevenção a Fraudes BTG Pactual Resseguradora e BTG Pactual Vida e Previdência

Treinamento de Prevenção a Fraudes BTG Pactual Resseguradora e BTG Pactual Vida e Previdência Janeiro 2015 Error! Reference source not found. Treinamento de Prevenção a Fraudes Introdução Esse treinamento visa à orientação dos funcionários da Resseguradora S.A. e Vida e Previdência S.A. e das pessoas

Leia mais

Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa).

Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa). Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa). Pressupostos da responsabilidade civil subjetiva: 1) Ato ilícito; 2) Culpa; 3) Nexo causal; 4) Dano. Como já analisado, ato ilícito é a conduta voluntária

Leia mais

PROVA ORAL PONTO II DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 1

PROVA ORAL PONTO II DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 1 DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 1 Discorra sobre a utilização da usucapião como instrumento de defesa em ações petitórias e possessórias. DISCIPLINA: DIREITO CIVIL QUESTÃO 2 Considere que um indivíduo,

Leia mais

Social-Commerce IT CARLOS MASSA SIMPONE 70609178

Social-Commerce IT CARLOS MASSA SIMPONE 70609178 Social-Commerce IT CARLOS MASSA SIMPONE 70609178 INDICE INTRODUÇÃO DIFINIÇÃO COMO FUNCIONA AS ETAPAS HISTORIA RELACIONAMENTO PRATICAS REDES SOCIAS EXEMPLOS VANTAGEM INTRODUÇÃO Comumente pode se entender

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Aguinaldo Ribeiro)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Aguinaldo Ribeiro) PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Aguinaldo Ribeiro) Obriga as pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda - CNPJ/M.F à contratação de seguro de vida

Leia mais

PROJETO DE LEI 4330 DISCUSSÃO ACERCA DA TERCEIRIZAÇÃO

PROJETO DE LEI 4330 DISCUSSÃO ACERCA DA TERCEIRIZAÇÃO PROJETO DE LEI 4330 DISCUSSÃO ACERCA DA TERCEIRIZAÇÃO Análise acerca das últimas discussões sobre o Projeto de Lei 4330, que regula o contrato de prestação de serviços terceirizados e as relações de trabalho

Leia mais

Controladoria MANUAL DO Estratégica

Controladoria MANUAL DO Estratégica Controladoria MANUAL DO Estratégica ALUNO 2010 Universidade Cruzeiro do Sul www.cruzeirodosul.edu.br Unidade: Planejamento Tributário (Parte I) MATERIAL TEÓRICO Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Daniel

Leia mais

A p s e p c e t c os o s Ju J r u ídi d co c s o s n a n V n e t n ilaç a ã ç o ã o M ec e â c n â i n ca

A p s e p c e t c os o s Ju J r u ídi d co c s o s n a n V n e t n ilaç a ã ç o ã o M ec e â c n â i n ca Aspectos Jurídicos na Ventilação Mecânica Prof. Dr. Edson Andrade Relação médico-paciente Ventilação mecânica O que é a relação médico-paciente sob a ótica jurídica? Um contrato 1 A ventilação mecânica

Leia mais

Amercian Express, Diners, Hipercard, Aura e Elo.

Amercian Express, Diners, Hipercard, Aura e Elo. TERMO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE PRODUTOS PELA INTERNET Magazine Luiza S/A, pessoa jurídica de direito privado, com sede na cidade de Franca/SP, Rua Voluntários da Franca, nº 1465, inscrita no CNPJ

Leia mais

O conflito envolvendo a devolução da comissão de corretagem no estande de vendas da Incorporadora

O conflito envolvendo a devolução da comissão de corretagem no estande de vendas da Incorporadora O conflito envolvendo a devolução da comissão de corretagem no estande de vendas da Incorporadora Por Roberto Santos Silveiro Uma das questões mais atuais e controvertidas do direito processualimobiliário

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO

A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO CUNHA, R. C. B. RESUMO A presente monografia trata-se da responsabilidade civil objetiva do empregador no acidente de trabalho. O

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À CONSULTA PÚBLICA N. 34/2015 NOME DA INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO PROCON-SP AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL

CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À CONSULTA PÚBLICA N. 34/2015 NOME DA INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO PROCON-SP AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À CONSULTA PÚBLICA N. 34/2015 NOME DA INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO PROCON-SP AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL ATO REGULATÓRIO: Consulta Pública n. 034/2015 Processo n. 48500.002276/2014-21

Leia mais

Comércio Eletrônico FTC FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS ADMINISTRAÇÃO IV SEMESTRE

Comércio Eletrônico FTC FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS ADMINISTRAÇÃO IV SEMESTRE Comércio Eletrônico FTC FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS ADMINISTRAÇÃO IV SEMESTRE Definição Toda atividade de compra e venda realizada com recursos eletrônicos; Uso de mecanismos eletrônicos para a

Leia mais

CONTRATUAL Obrigação de meio X Obrigação de Resultado. EXTRACONTRATUAL (ex. direito de vizinhança, passagem, águas, etc)

CONTRATUAL Obrigação de meio X Obrigação de Resultado. EXTRACONTRATUAL (ex. direito de vizinhança, passagem, águas, etc) Artigo 186, do Código Civil: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. CONTRATUAL

Leia mais

ED 2180/14. 15 maio 2014 Original: espanhol. Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café

ED 2180/14. 15 maio 2014 Original: espanhol. Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café ED 2180/14 15 maio 2014 Original: espanhol P Pesquisa sobre os custos de transação dos produtores de café 1. O Diretor Executivo apresenta seus cumprimentos e, em nome da Colômbia, encaminha aos Membros

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL O ordenamento jurídico pátrio, em matéria ambiental, adota a teoria da responsabilidade civil objetiva, prevista tanto no art. 14, parágrafo 1º da Lei 6.938/81

Leia mais

Espelho Civil Peça Item Pontuação Fatos fundamentos jurídicos Fundamentos legais

Espelho Civil Peça Item Pontuação Fatos fundamentos jurídicos Fundamentos legais Espelho Civil Peça A peça cabível é PETIÇÃO INICIAL DE ALIMENTOS com pedido de fixação initio litis de ALIMENTOS PROVISÓRIOS. A fonte legal a ser utilizada é a Lei 5.478/68. A competência será o domicílio

Leia mais

POLÍTICA DE PRIVACIDADE SEGUROS UNIMED

POLÍTICA DE PRIVACIDADE SEGUROS UNIMED POLÍTICA DE PRIVACIDADE SEGUROS UNIMED Este documento, denominado Política de Privacidade, tem por finalidade estabelecer as regras sobre a obtenção, uso e armazenamento dos dados e informações coletados

Leia mais

Introdução: Boas Práticas

Introdução: Boas Práticas Introdução: O presente Guia, elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas ABEP tem por objetivo apresentar e orientar os profissionais responsáveis pela realização de pesquisas de mercado

Leia mais

Termos e Condições Gerais de Vendas

Termos e Condições Gerais de Vendas Termos e Condições Gerais de Vendas 1º Escopo da aplicação (1) As condições a seguir são aplicáveis a todos os fornecimentos e serviços (por exemplo, instalações, projetos) da BrasALPLA. Estas condições

Leia mais

Resumo do Contrato Cartão Colombo visa

Resumo do Contrato Cartão Colombo visa Resumo do Contrato Cartão Colombo visa Leia estas informações importantes para aproveitar todas as vantagens do seu novo cartão de crédito. SuMÁRIO EXECUTIVO Este resumo apresenta informações essenciais

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO PROJETO DE LEI N o 3.847, DE 2012 (Apensados os PLs nº 5.158, de 2013, e nº 6.925, de 2013) Institui a obrigatoriedade de as montadoras de veículos,

Leia mais

1. O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) é aplicável às compras feitas via Internet?

1. O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) é aplicável às compras feitas via Internet? 1. O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) é aplicável às compras feitas via Internet? Quando consumidor e fornecedor estiverem estabelecidos no Brasil, o Código de Defesa do Consumidor (CDC)

Leia mais

Marketplaces. Como usar o Moip em Marketplaces ou em aplicações com comissionamento

Marketplaces. Como usar o Moip em Marketplaces ou em aplicações com comissionamento Como usar o Moip em Marketplaces ou em aplicações com comissionamento Índice Como usar o Moip em seu Marketplace ou em aplicações em que utilizem comissionamento... 03 1 - Estrutura de uma transação...

Leia mais

Resumo Aula-tema 07: Direito do Consumidor.

Resumo Aula-tema 07: Direito do Consumidor. Resumo Aula-tema 07: Direito do Consumidor. O Direito do Consumidor estabelece as regras que regulam as relações de consumo entre consumidores e fornecedores de produtos ou serviços. Como vivemos em um

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO I. EMPREGADOR 1. Conceito A definição celetista de empregador é a seguinte: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual

Leia mais

1.2. Presenteador: pessoa física ou jurídica que adquire o FLOT TRAVEL CARD mediante a compra direta de carga de valor.

1.2. Presenteador: pessoa física ou jurídica que adquire o FLOT TRAVEL CARD mediante a compra direta de carga de valor. REGULAMENTO DO FLOT TRAVEL CARD FLOT OPERADORA TURÍSTICA LTDA., o Presenteador e o Presenteado do FLOT TRAVEL CARD, a primeira, na qualidade de prestadora de serviços de turismo, o segundo e o terceiro,

Leia mais

Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito Instituto HSBC Solidariedade

Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito Instituto HSBC Solidariedade Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito Instituto HSBC Solidariedade Leia estas informações importantes para aproveitar todas as vantagens do seu novo cartão de crédito. Resumo do Contrato de seu

Leia mais

ÂMBITO E FINALIDADE SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE VALORES MOBILIÁRIOS

ÂMBITO E FINALIDADE SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE VALORES MOBILIÁRIOS Dispõe sobre empréstimo de valores mobiliários por entidades de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários, altera as Instruções CVM nºs 40, de 7 de novembro de 1984 e 310, de 9 de julho

Leia mais

REGULAMENTO DO PROGRAMA ITAUCARD BUSINESS REWARDS

REGULAMENTO DO PROGRAMA ITAUCARD BUSINESS REWARDS REGULAMENTO DO PROGRAMA ITAUCARD BUSINESS REWARDS 1. DISPOSIÇÕES GERAIS a) Este Regulamento faz parte integrante do Contrato de Cartão de Crédito ( Contrato ) e regula as condições aplicáveis ao Programa

Leia mais

Desafios Estratégicos para a Indústria de Fundos de Investimento. Marcelo Trindade mtrindade@trindadeadv.com.br Rio de Janeiro, 15.03.

Desafios Estratégicos para a Indústria de Fundos de Investimento. Marcelo Trindade mtrindade@trindadeadv.com.br Rio de Janeiro, 15.03. Desafios Estratégicos para a Indústria de Fundos de Investimento Marcelo Trindade mtrindade@trindadeadv.com.br Rio de Janeiro, 15.03.2012 Arcabouço Regulatório da Indústria de Fundos de Investimento Sumário

Leia mais

Sumário. Vipexpress Plataforma web para intermediação de vendas online entre usuários

Sumário. Vipexpress Plataforma web para intermediação de vendas online entre usuários Sumário... 1 Sobre o Vipexpress... 2 Vantagens do Marketplace... 2 Funcionalidades destaques da plataforma... 2 Categorias... 2 Anúncios... 3 Módulo de pedidos do administrador... 3 A combinar com o vendedor...

Leia mais

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS 1. Quanto à fonte: a) Alimentos legais: fixados pela lei, fundamentados no direito de família, decorrentes do casamento, ou união estável ou da relação de parentesco

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso CONTRATO DE TRABALHO Empregado Preso Muitas dúvidas surgem quando o empregador toma conhecimento que seu empregado encontra-se preso. As dúvidas mais comuns são no sentido de como ficará o contrato de

Leia mais

O CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO E O DIREITO DE AÇÃO EM FACE DE TERCEIROS

O CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO E O DIREITO DE AÇÃO EM FACE DE TERCEIROS O CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO E O DIREITO DE AÇÃO EM FACE DE TERCEIROS Elaborado em 08.2006 Vitor Vilela Guglinski Assessor de juiz, especialista em Direito do Consumidor em Juiz de Fora (MG). A elaboração

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DO SÍTIO NO COMÉRCIO ELETRÔNICO NACIONAL

RESPONSABILIDADE CIVIL DO SÍTIO NO COMÉRCIO ELETRÔNICO NACIONAL 1 RESPONSABILIDADE CIVIL DO SÍTIO NO COMÉRCIO ELETRÔNICO NACIONAL FABRICIO, M. A. F. Resumo: O presente trabalho tem por finalidade um estudo sobre a responsabilidade civil do sítio no comércio eletrônico,

Leia mais

Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito do HSBC

Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito do HSBC Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito do HSBC Leia estas informações importantes para aproveitar todas as vantagens do seu novo cartão de crédito. Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito do

Leia mais