A estratégia de especialização inteligente para a região do Alentejo
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- Ilda Bergler Amaral
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1 O Sistema Nacional de Investigação e Inovação: desafios, forças e fraquezas rumo a 2020 A estratégia de I&I e infraestruturas A estratégia de especialização inteligente para a região do Alentejo Fundação para a Ciência e Tecnologia 11 de dezembro de
2 Objectivo: Desenvolver regionalmente sinergias que permitam um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, ancorado numa estratégia que potencie as vantagens comparativas da região, mediante a interacção de quatro elementos chave: Triângulo do conhecimento (educação, investigação e inovação) Ligação entre a produção de conhecimento e o tecido empresarial, numa perspectiva do aumento da produtividade, do crescimento e da criação de emprego qualificado, tendo fundamentalmente por base as características e os activos específicos da região Incentivo ao desenvolvimento do empreendedorismo Criação e desenvolvimento de um ecossistema de inovação Agenda de transformação económica, integrada e de base regional 2
3 CRONOGRAMA 2012/2013 Etapas Nov Dez Jan Fev Mar Abril Elaboração do diagnóstico prospectivo do potencial regional para a inovação Promoção da participação regional mediante um modelo de governação abrangente Construção partilhada da "Visão" Identificação das prioridades em matéria de inovação e investigação Elaboração dos instrumentos de politica Definição do modelo de acompanhamento e avaliação da estratégia 3
4 Breve caracterização geral da região: Território dotado de um rico e variado património natural Sistema florestal de cariz mediterrâneo, onde abunda o montado Extensa orla costeira bem preservada, situada num eixo estruturante da rede global de fluxos de mercadorias e matérias-primas Forte identidade cultural, baseada no património tangível e intangível Mosaico multifacetado de recursos turísticos Posição geográfica central no eixo internacional Lisboa-Madrid e no eixo Norte-Sul do país As actividades económicas ligadas à agricultura e indústrias agro-alimentares continuam a desempenhar papel fulcral no perfil da especialização regional, com progressiva afirmação do regadio e de produtos tradicionais de qualidade com denominação protegida e certificada 4
5 Breve caracterização geral da região: Recursos minerais e geológicos (mármores, granitos, xisto, minérios, água) Produção de energias renováveis (eólica, fotovoltaica, hídrica) Actividades económicas emergentes de maior valor acrescentado e/ou maior intensidade tecnológica, designadamente aeronáutica, electrónica e novas actividades de turismo e lazer Reduzida densidade do tecido empresarial, dependente das PME, onde abundam as microempresas, com alguma propensão para o desenvolvimento de actividades de inovação e em que, de um modo geral, as empresas são pouco relevantes na cadeia de valor do seu sector/cluster Peso excessivo da Administração Pública na estrutura de emprego Qualidade de vida e boa cobertura de equipamentos colectivos 5
6 Breve caracterização geral da região: População com níveis habilitacionais inferiores aos parâmetros médios do país Falta de vitalidade demográfica, com tendência para o duplo envelhecimento Segundo a OCDE, o perfil económico do Alentejo caracteriza-se por ser uma região de sector primário intensivo e inserida num acelerado processo de desertificação económica e populacional 6
7 Milhares ALENTEJO 2020 Breve caracterização do sistema cientifico e tecnológico regional: As despesas de I&D na última década têm revelado um acréscimo relativo, no que se refere à despesa e à Intensidade em I&D (embora represente apenas 3% da despesa em I&D do total nacional e 0,91% da Intensidade), o que posiciona a região aquém dos parâmetros médios nacionais Despesa em I&D Montantes e Valores Percentuais Intensidade em I&D Valores Percentuais Despesa I&D no Alentejo % Despesa I&D no Nacional 3,4 3,3 3,2 1,80 1,60 1,40 Portugal Alentejo ,1 1, ,0 2,9 1,00 0, ,8 0, ,7 2,6 0,40 0, ,5 0,
8 Breve caracterização do sistema cientifico e tecnológico regional: À semelhança do registado em todas as NUT II do país, com excepção de Lisboa onde são as empresas que assumem o papel principal nesta matéria, no Alentejo é o ensino superior que constitui o principal executor de I&D, seguido do Estado e das empresas Nos últimos anos, o Alentejo desenvolveu diversos investimentos no domínio da inovação tecnológica que possibilitaram a promoção do desenvolvimento de competências e conhecimentos básicos ao nível da cultura científica e tecnológica, a massificação do acesso à sociedade de informação e a modernização de diversos sectores e actividades em termos de inovação em tecnologias de informação e comunicação, diminuindo também algumas assimetrias regionais 8
9 O sistema cientifico e tecnológico regional: Estabelecimentos de ensino superior Universidade de Évora e Institutos Politécnicos de Beja, Portalegre e Santarém Centros de Investigação e Conhecimento Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Baixo Alentejo e Litoral (CEBAL), Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio (COTR), Centro Tecnológico para o Aproveitamento e Valorização das Rochas Ornamentais e Industriais (CEVALOR), Pólos do Instituto Nacional de Recursos Biológicos (INRB/INIA), Sines Tecnopólo Entidades de interface Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, SA (ADRAL), Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA) 9
10 Documentos estratégicos recentes: Plano Regional de Inovação (2006) Identifica constrangimentos e potencialidades de inovação nos, então considerados, principais sectores da base económica regional (agro-alimentar, vitivinicultura, cortiça, rochas ornamentais e turismo) e em dois sectores emergentes (TIC e aeronáutica) e define um programa de acção para estimular, divulgar e integrar inovação (técnica, processual ou de comercialização) no tecido produtivo e de investigação da região 10
11 Documentos estratégicos recentes: Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo (2010) Consagra como opção estratégica para a modernização da economia regional a constituição de uma Rede Regional de Ciência Tecnologia e Inovação com o fim de promover as actividades de I&D na Região, a qualificação das capacidades de inovação empresarial e a emergência de empresas de base tecnológica Sistema Regional de Transferência de Tecnologia do Alentejo (SRTT) (2011) Tem como estratégia promover e dinamizar de modo sustentável a transferência de conhecimento entre os centros de saber e a sociedade como meio de alavancar e promover o crescimento económico da região com base em inovação, conhecimento e propostas de alto valor acrescentado 11
12 Documentos estratégicos recentes: O SRTT é constituído por cinco componentes estruturais, de onde se destaca o Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA),que se constitui como estrutura polarizadora e com efeito de alavancagem dos restantes sistemas, que visa ser o espaço privilegiado de transferência de conhecimento e inovação e de promoção do empreendedorismo de base tecnológica, em torno do qual gravitam quatro sistemas complementares: 1) Sistema de Incubadoras de Base Tecnológica 2) Sistema de Infra-estruturas Científicas e Tecnológicas 3) Sistema de infra-estruturas com forte potencial sinérgico 4) Sistema de Zonas e Parques Industriais e Tecnológicos 12
13 Do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia à Estratégia Regional de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente Domínios actuais de capacitação do sistema cientifico e tecnológico regional: Água/Mar, Solo e Clima Ecossistemas Mediterrânicos e Paisagem Ciência e Tecnologia Vegetal e Animal Energia solar Tecnologias da informação e comunicação Redes, cidades inteligentes e smart grids Conservação e restauro do património arquitectónico, arqueológico e artístico Património intangível e artes tradicionais 13
14 Do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia à Estratégia Regional de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente Domínios actuais de capacitação do sistema cientifico e tecnológico regional: Rochas ornamentais e recursos mineiros Materiais - novos materiais e novas utilizações para velhos materiais Mecatrónica Biotecnologia Investigação, inovação e desenvolvimento regional Intervenção e inovação social Agricultura, tecnologia alimentar e tecnologia do regadio Transferência de conhecimento e inovação entre o SCT e o tecido empresarial 14
15 Do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia à Estratégia Regional de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente Proposta de áreas de especialização regional: Agricultura e Florestas Agro-indústrias e Segurança Alimentar Mar, Logística e Mobilidade Rochas Ornamentais e Industrias Extractivas Tecnologias de Informação e Comunicação Qualidade de Vida e Economia Social Valorização do Património e Turismo Energia e Ambiente 15
16 Desafios: Identificar de forma assertiva as áreas da economia regional onde a especialização inteligente pode trazer vantagens competitivas a nível nacional e internacional Identificar domínios de especialização onde as actividades de inovação e conhecimento poderão arrastar outros activos da região com potencial vantagem competitiva, melhorando a excelência da missão do SRTT Promover uma participação efectiva e colaborativa dos agentes regionais relevantes, nomeadamente do tecido económico regional, face às suas circunstâncias objectivas, na elaboração e na execução da estratégia Consolidar o Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo como elemento de articulação entre o conhecimento e a inovação e as empresas 16
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