CONSELHO DE DISCIPLINA SECÇÃO PROFISSIONAL. Processo n.º 91-19/20

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1 CONSELHO DE DISCIPLINA SECÇÃO PROFISSIONAL Processo n.º 91-19/20 DESCRITORES: Infrações Especificas dos Clubes Infrações disciplinares graves Incumprimento de deveres de organização Sistema de videovigilância aplicação da lei no tempo in dubio pro reo. Página 1 de 28

2 ESPÉCIE: Processo Disciplinar ARGUIDA: Moreirense Futebol Clube Futebol SAD. OBJETO: Aferição de eventual responsabilidade disciplinar à luz do artigo 86.º-A n.º 1 [Falta de colaboração com a justiça desportiva] e do artigo 87.º A n.º 4 [Incumprimento dos deveres de organização Sistema de Videovigilância] ambos do Regulamento Disciplinar das Competições organizadas pela Liga Portugal. DATA DO ACÓRDÃO: 20 de outubro de 2020 TIPO DE VOTAÇÃO: Unanimidade RELATORA: Isabel Lestra Gonçalves. NORMAS APLICADAS: Artigos 86.º-A, n.º 1; 87.º A, n.º 4; ambos do RDLPFP2019. Artigos 35.º n.º 1 alínea t) do RCLPFP19; 6.º alínea u) do Anexo VI; e 18.º n.º 1, 2 e 7 da versão atualizada da Lei 39/2019 de 30 de julho. SUMÁRIO: I. O promotor do espetáculo desportivo em cujo recinto se realiza um jogo inserido numa competição nacional de cariz profissional, tem o dever de instalar e manter em perfeitas condições um sistema de videovigilância que permita o controlo visual de todo o recinto desportivo, e respetivo anel ou perímetro de segurança, dotado de II. III. câmaras fixas ou móveis com gravação de imagem e som e impressão de fotogramas, as quais visam a proteção de pessoas e bens. A responsabilização de SAD arguida à luz da infração p. e p. no n.º 4 do artigo 87.º-A do RDLPFP19, por não cumprir as obrigações relativas ao sistema de videovigilância que para si decorrem do Regulamento das Competições, demanda a prova do incumprimento, pelo clube, dos requisitos legais quanto à instalação ou quanto à manutenção em funcionamento do sistema de videovigilância. Verificando-se um non liquet naquela prova, tal terá de ser valorado a favor da SAD arguida, apresentando-se, na fase de decisão, como corolário do princípio da presunção da inocência (vide artigo 32.º, n.º 2, da CRP) e determinando a sua absolvição. Página 2 de 28

3 ACÓRDÃO Acordam, em Plenário, ao abrigo do artigo 206.º, nº 1, do Regulamento Disciplinar das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional os membros do Conselho de Disciplina, Secção Profissional, da Federação Portuguesa de Futebol, I. Relatório 1. Por despacho, datado de 21 de abril de 2020, e na sequência de certidão extraída no âmbito do Processo Disciplinar n.º 57-19/20, o Exmo. Senhor Presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, remeteu à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (CI) o presente processo, autuado como processo disciplinar, em que é Arguida a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD (0867.1), e que tem como objeto «Aferição de eventual responsabilidade disciplinar à luz do art. 86.º-A, n.º 1 [falta de colaboração com a justiça desportiva] e do artigo 87.º-A, n.º 4 [incumprimento dos deveres de organização Sistema de videovigilância], ambos do Regulamento Disciplinar das competições organizadas pela Liga Portugal» (cf. capa do processo), relativamente ao jogo oficialmente identificado sob o n.º 11604, realizado em no Estádio Com. Joaquim de Almeida Freitas, entre a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD e a Futebol Clube do Porto Futebol SAD, relativo à 16.ª Jornada da LIGA NOS. 2. Tendo em conta o despacho do Exmo. Senhor Presidente da Comissão de Instrutores, datado de (cf. fls. 15), e proferido nos termos da alínea c), do artigo 210.º, do Regulamento Disciplinar das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (doravante, RD LPFP) 2, foi nomeado o Instrutor, incumbido de realizar o subsequente procedimento 1 Regulamento Disciplinar das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional aprovado na Assembleia Geral Extraordinária de 27 de junho de 2011, com as alterações aprovadas nas Assembleias Gerais Extraordinárias de 14 de dezembro de 2011, 21 de maio de 2012, 06 e 28 de junho de 2012, 27 de junho de 2013, 19 e 29 de junho de 2015, 08 de junho de 2016, 15 de junho de 2016 e 29 de maio, 13 de junho de 2017, 29 de dezembro de 2017, 13 de junho de 2018 e 29 de junho de 2018 e de 22 de maio de 2019, ratificado na reunião da Assembleia Geral da FPF de 22 de Junho de 2019( Comunicado Oficial n.º 3 de 01 de julho de 2019), doravante abreviado, por mera economia de texto, por RDLPFP19. O texto regulamentar encontra-se disponível, na íntegra, na página da LPFP. 2 Aprovado na Assembleia Geral Extraordinária de 27 de Junho de 2011, com as alterações aprovadas nas Assembleias Gerais Extraordinárias de 14 de dezembro de 2011, 21 de maio de 2012, 06 e 28 de junho de 2012, 27 de junho de 2013, 19 e 29 de junho de 2015, 08 de junho de 2016, 15 de junho de 2016 e 29 de maio, 13 de junho de 2017, 29 de dezembro de 2017, 13 de junho de 2018 e 29 de junho de 2018 e de 22 de maio de 2019, ratificado na reunião da Assembleia Geral da FPF de 22 de junho de Página 3 de 28

4 disciplinar contra a Arguida supra identificada, tendo iniciado a competente instrução no dia Em 30 de abril 2020, foi a Arguida notificada da instauração do presente processo disciplinar, do seu objeto e da possibilidade de, querendo, pronunciar-se, nomeadamente por escrito, sobre os factos em investigação, tendo ainda o direito de requerer diligências instrutórias pertinentes e necessárias para o objeto dos presentes autos. Foi-lhe, igualmente, dado conhecimento de que a sobredita factualidade indiciava o preenchimento da infração disciplinar p.p. pelo artigo 86.º - A, n.º 1 [Falta de colaboração com a justiça desportiva] e, também, da infração disciplinar p.p. pelo artigo 87.º - A, n.º 4 [Incumprimento de deveres de organização], ambos do RDLPFP19 (Cf. despacho e notificação fls. 26 a 30). 4. Como diligencias instrutórias, foi ordenado: i) a junção aos autos do extrato disciplinar da Arguida, abrangendo as três últimas épocas desportivas anteriores à data da prática dos factos (fls. 34 a 39) e da documentação oficial do jogo disputado entre a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD e a Futebol Clube do Porto Futebol SAD, realizado em , a contar para a 16.ª Jornada da LIGA NOS (fls. 40 a 48); ii) a notificação do Departamento competente da Liga para esclarecer os problemas técnicos que impediram a visualização das imagens e som, relativas ao jogo em apreço, através da PEN USB enviada pela arguida no dia 18 de fevereiro de 2020, por forma a se poder determinar se tais problemas técnicos lhes são imputáveis (fls 49, 59, 84 e 87) e; iii) a notificação dos Delegados da LPFP designados para o jogo em apreço nos autos e da Guarda Nacional Republicana, para, em sintonia com o artigo 228.º, n.º 2 do RDLPFP19, prestarem esclarecimentos quanto à implementação e funcionalidade do sistema de videovigilância no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas (fls 51, 54, 57, 63, 64 e 65 e 66); 5. Regularmente notificada, nos termos e para os efeitos do artigo 227.º do RDLPFP, a Sociedade Desportiva Arguida pronunciou-se nos termos constantes de fls. 68 a 74, juntando 3 documentos e requerendo a produção de prova testemunhal. 6 Após a realização da atividade instrutória tida por necessária e adequada ao integral apuramento da factualidade objeto dos presentes autos, o Ilustre Instrutor elaborou o respectivo Relatório Final (cfr. fls. 88 a 109), concluindo resultar suficientemente indiciado que a Arguida, Moreirense Futebol Clube Futebol SAD, praticou a infração disciplinar p. e p. nos termos do disposto no artigo 87.º-A n.º 4 do RDLPFP19 [Incumprimento de deveres de organização], Página 4 de 28

5 propondo o arquivamento quanto à prática da infração p. e p. nos termos do disposto no artigo 86.º-A n.º 1 do RDLPFP19 [Falta de colaboração com a justiça desportiva]. II. Competência do Conselho de Disciplina 7. De acordo com o artigo 43.º, n.º 1 do RJFD2008, compete a este Conselho, de acordo com a lei e com os regulamentos e sem prejuízo de outras competências atribuídas pelos estatutos e das competências da liga profissional, instaurar e arquivar procedimentos disciplinares e, colegialmente, apreciar e punir as infrações disciplinares em matéria desportiva. No mesmo sentido, dispõe o artigo 15.º do Regimento deste Conselho. III. Da Acusação e Tramitação Processual 8. Estabilizada a prova recolhida em sede de instrução, por considerar indiciariamente demonstrada a factualidade que constitui o objeto do presente processo disciplinar, a Comissão de Instrutores da LPFP, a 18 de setembro de 2020, dando cumprimento ao disposto no artigo 233.º n.º 1 do RDLPFP19, deduziu acusação contra a Arguida, Moreirense Futebol Clube Futebol SAD, pela prática da infração disciplinar p.p. nos termos do disposto no artigo 87.º-A, n.º 4 [Incumprimento de deveres de organização], do RDLPFP19, com referência ao artigo 35.º, n.º 1, alínea t) do RCLPFP, bem como ao artigo 6.º, alínea u), do respetivo Anexo VI, e ao artigo 18.º, n.ºs 1, 2 e 7 da versão atualizada da Lei n.º 39/2009, de 30 de julho. 9. Dispõe o artigo 237.º RDLPFP19 que, deduzida a acusação, são os autos remetidos à Secção Disciplinar e, se nada obstar ao seu recebimento, o Presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, ordena a notificação da acusação ao Arguido, procede ao agendamento de uma audiência disciplinar para um dos 10 dias úteis seguintes. 10. No cumprimento do citado comando regulamentar, foi ordenada a notificação à Arguida e designado o dia 1 de outubro de 2020, pelas 11h00, para a audiência disciplinar, a realizar na sede da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, perante a Relatora. 11. No dia 28 de setembro de 2020, a Arguida apresentou defesa escrita (fls. 126 e seg.) alegando essencialmente que: i) o sistema CCTV da arguida estava apto a funcionar; ii) no dia do jogo foi manuseado pela GNR que atestou junto do Delegado ao Jogo que o sistema estava a funcionar; iii) o som captado do alto de uma bancada é, na maioria das vezes indiferenciado e não permite a individualização do autor ou autores de expressões proferidas; iv) tal não pode ser considerado uma violação às leis do jogo; Página 5 de 28

6 12. Apresentou, também, requerimento de prova, nos termos do disposto no artigo 238.º n.ºs 1 e 2 do RDLPFP19, sobre o qual recaiu despacho da Relatora de 29 de setembro de 2020, admitindo-se a produção da prova testemunhal e indeferindo-se a notificação das testemunhas, Fernando Silva, Delegado da Liga Portugal e Eng Emídio Fidalgo, responsável da Comissão Técnica de Vistorias da Liga Portugal, face ao disposto no artigo 238.º n.º 3 do RDLPFPP A audiência disciplinar, que se realizou no dia designado, contou com as presenças da Relatora, da Ilustre Representante da CI, Senhora Dra Filipa Elias e do Ilustre Mandatário da Arguida, Senhor Dr. Miguel Machado Mendes, e decorreu com o respeito pelas formalidades regulamentares, tendo sido ouvidas duas das três testemunhas indicadas pela Arguida, Engenheiro Emídio Fidalgo, responsável da Comissão Técnica de Vistorias da Liga Portugal e Luis Freitas, Diretor de Segurança da Arguida. O Delegado da Liga, Fernando Silva, não compareceu. 14. Terminada a produção de prova foi dada a palavra para apresentação das alegações orais, primeiro à representante da CI e de seguida ao mandatário da Arguida, findas as quais, face à desnecessidade de realização de qualquer diligência de prova complementar, deu-se por encerrada a audiência, sendo os autos de imediato conclusos à Relatora para decisão. IV. Questão prévia. Da aplicação da lei no tempo 15. Como vimos referindo, em causa está apreciação dos factos ocorridos aquando do jogo n.º 11604, realizado no dia , que opôs a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD à Futebol Clube do Porto Futebol, SAD, a contar para a 16.ª Jornada da Liga NOS, em que foi instaurado o Processo Disciplinar n.º 57-19/20, no âmbito do qual, por despacho datado de , se determinou que se procedesse à notificação da Moreirense Futebol Clube Futebol SAD «para, no prazo de 2 dias, remeter aos presentes autos (alertando para o disposto nos artigos 86.º - A, n.º 1, e 87.º - A, n.º 4, ambos do Regulamento Disciplinar da Liga), as imagens e som do sistema de videovigilância instalado no seu Estádio, desde a abertura até o encerramento do recinto desportivo, concretamente as referentes à primeira parte do jogo oficialmente identificado sob o n.º 11604, realizado em , no Estádio Com. Joaquim de Almeida Freitas, entre a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD e a Futebol Clube do Porto Futebol, SAD, relativo à 16.ª Jornada da Liga NOS, abrangendo a bancada exclusivamente destinada aos GOA e simpatizantes afectos à Futebol Clube do Porto Futebol SAD». Página 6 de 28

7 16. Sendo o presente acórdão prolatado na vigência do RDLPFP20, 3 que entrou em vigor no dia , na sequência do Comunicado Oficial n.º 83, datado de (mas publicado no dia seguinte), 4 cumpre indagar se a sucessão de regimes regulamentares levanta, in casu, um problema de aplicação da lei no tempo. 17. Ora, desde já se avança que esse problema não se coloca. Com efeito, a Disposição transitória 1.ª do novo Regulamento estatui o seguinte: «O presente Regulamento entra em vigor imediatamente após a publicação em comunicado oficial da deliberação de ratificação pela Assembleia-Geral da FPF, nos termos do artigo 47.º dos Estatutos Federativos». 18. Em linha com os anteriores, o RDLPFP20 contém disposições específicas em matéria de aplicação no tempo, lendo-se no artigo 11.º o seguinte: «(...) 1. As sanções são determinadas pela norma punitiva vigente no momento da prática da infração disciplinar. 2. O facto punível como infração por norma legal ou regulamentar no momento da sua prática deixa de ser punível se, em virtude da entrada em vigor de nova disposição legal ou regulamentar, deixar de ser qualificado como infração disciplinar; no caso de já ter havido condenação, ainda que por decisão já definitiva na ordem jurídica desportiva, cessa de imediato a respetiva execução. 3. Quando a sanção aplicável no momento da prática do facto for diversa daquela que vigorar em momento posterior será sempre aplicado o regime que concretamente se mostrar mais favorável ao arguido, salvo se este já tiver sido condenado por decisão definitiva na ordem jurídica desportiva. (...) 6. As normas procedimentais previstas no presente Regulamento serão aplicáveis a todos os procedimentos instaurados após a sua entrada em vigor. (...)» 3 Regulamento Disciplinar das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional aprovado na Assembleia Geral Extraordinária de 27 de junho de 2011, com as alterações aprovadas nas Assembleias Gerais Extraordinárias de 14 de dezembro de 2011, 21 de maio de 2012, 06 e 28 de junho de 2012, 27 de junho de 2013, 19 e 29 de junho de 2015, 08 de junho de 2016, 15 de junho de 2016 e 29 de maio, 13 de junho de 2017, 29 de dezembro de 2017, 13 de junho de 2018 e 29 de junho de 2018 e de 22 de maio de 2019 e de 28 de julho de 2020, ratificado na reunião da Assembleia Geral da FPF de 26 de agosto de 2020, doravante abreviado, por mera economia de texto, por RDLPFP20. O texto regulamentar encontra-se disponível, na íntegra, na página da LPFP. 4 Cf. Comunicado Oficial n.º 83, de , disponível em (acesso em ). Página 7 de 28

8 19. Ora, no caso em apreço, os factos descritos no Relatório Final e na Acusação e que constituem o objeto do presente processo continuam a ser puníveis como infração disciplinar e, compulsando um e outro regime jusdisciplinar, apuramos igualmente que a infração disciplinar aqui em causa, p. e p. pelo artigo 87º-A, nº 4, do RDLPFP, não sofreu qualquer alteração, quer no seu conteúdo normativo, quer no respetivo arco sancionatório, designadamente o Intervalo entre limites mínimo e máximo das sanções aplicáveis Por outro lado, também permanece inalterado o valor da unidade de conta (UC), sobre o qual recai o fator de ponderação previsto no n.º 2 do artigo 36.º do RDLPFP19, nos termos da tabela remetida na época passada (2019/20) para o efeito pela LPFP à Secção Profissional do Conselho de Disciplina da FPF. 21. Por sua vez, mantém-se firme o regime relativo às circunstâncias agravantes e, em concreto, à reincidência, apontada na acusação, nos termos do disposto no artigo 53.º n.º 1 al. a) e n.º 2 do RDLPFP Em face do exposto, não tendo havido qualquer alteração ao regime disciplinar convocável para a análise do caso em apreço, cumprindo a diretriz que resulta do supracitado n.º 1 do artigo 11.º do RDLPFP, será à luz do RDLPFPP19 que se efetuará a apreciação jurídico disciplinar sobre os factos constantes da acusação, pois era Regulamento Disciplinar vigente à data da prática daqueles mesmos factos. 23. Relativamente às normas procedimentais, serão aplicáveis as que resultam do RDLPFP19, uma vez que o presente procedimento foi instaurado na sua pendência (artigo 11º, nº 6 RDLPFP19). 24. Inexistindo outras questões prévias de que se deva tomar conhecimento ou apreciar, passamos para a análise do mérito do processo disciplinar. V. Apreciação da proposta de arquivamento 25. Foi escopo deste processo disciplinar averiguar da existência de infracções disciplinares, alegadamente cometidas pela Arguida Moreirense Futebol Clube, Futebol SAD, designadamente, apurar se a conduta que lhe é imputada consubstancia a prática da infração disciplinar p. e p. no 86.º-A n.º 1 do RDLPFP19 [Falta de colaboração com a justiça desportiva]. 5 Pese embora o teor deste nº 4 do 87º-A do RDLPFP19 corresponder, na íntegra, ao teor do atual nº 5 do RDLPFP20, em consequência da nova redação aportada pelo RDLPFP20, que introduziu um novo teor ao anterior nº 4, passando o texto do anterior nº 4 para o atual nº 5, com relevância para o caso que aqui nos ocupa. Página 8 de 28

9 26. Em causa estão os factos ocorridos aquando do jogo n.º 11604, realizado no dia , que opôs a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD à Futebol Clube do Porto Futebol, SAD, a contar para a 16.ª Jornada da Liga NOS, em que foi instaurado o Processo Disciplinar n.º 57-19/20, no âmbito do qual, por despacho datado de , se determinou que se procedesse à notificação da Moreirense Futebol Clube Futebol SAD «para, no prazo de 2 dias, remeter aos presentes autos (alertando para o disposto nos artigos 86.º - A, n.º 1, e 87.º - A, n.º 4, ambos do Regulamento Disciplinar da Liga), as imagens e som do sistema de videovigilância instalado no seu Estádio, desde a abertura até o encerramento do recinto desportivo, concretamente as referentes à primeira parte do jogo oficialmente identificado sob o n.º 11604, realizado em , no Estádio Com. Joaquim de Almeida Freitas, entre a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD e a Futebol Clube do Porto Futebol, SAD, relativo à 16.ª Jornada da Liga NOS, abrangendo a bancada exclusivamente destinada aos GOA e simpatizantes afectos à Futebol Clube do Porto Futebol SAD». 27. Na sequência desta notificação, em , a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD remeteu àqueles autos, no prazo regulamentar, uma PEN USB, (identificada como PEN 1), contendo imagens e som do sistema de videovigilância referente ao predito jogo disputado entre Moreirense Futebol Clube Futebol SAD e a Futebol Clube do Porto Futebol, SAD, relativo à 16.ª Jornada da Liga NOS (vide fls 21 e 22). 28. Por dificuldades em aceder às imagens, a Comissão de Instrutores, em , por intermédio do seu secretariado, contactou a Arguida solicitando a sua colaboração, tendo esta remetido, nesse mesmo dia, nova PEN USB (identificada como PEN 2), (vide fls 23, 24 e 25). 29. Considerando a factualidade descrita e o acervo probatório carreado nos autos, é incontornável concluir que a Arguida, Moreirense Futebol Clube Futebol SAD, à data da instauração do presente processo disciplinar 6, tinha cumprido o seu dever regulamentar de colaboração com a justiça desportiva, pois já havia procedido à entrega de PEN USB contendo as imagens e som do sistema de videovigilância instalado no seu Estádio. 30. Assim, inexistindo factos passíveis de integrar os elementos objetivos e subjetivos do ilícito disciplinar p.p. pelo artigo 86.º-A, n.º 1 [Falta de colaboração com a justiça desportiva], do RDLPFP19, decide-se, em consonância com a proposta da Comissão de Instrutores, pelo arquivamento (parcial) do processo disciplinar, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 234.º n.º 1 do RDLPFP19. 6 Em 21 de abril de Página 9 de 28

10 VI. Fundamentação de facto 1. A prova no direito disciplinar desportivo 31. Nem no RDLPFP, nem em qualquer outro diploma de natureza jusdisciplinar desportiva que regule as competições futebolísticas, encontramos uma resposta expressa à questão da valoração da prova em ambiente disciplinar desportivo. 32. Contudo, a redação do nº 1 do artigo 16º do RDLPFP19 permite-nos resolver, ainda que indiretamente, essa questão: Na determinação da responsabilidade disciplinar é subsidiariamente aplicável o disposto no Código Penal e, na tramitação do respetivo procedimento, as regras constantes do Código de Procedimento Administrativo e, subsequentemente, do Código de Processo Penal, com as necessárias adaptações. 33. Neste enquadramento, quando se questiona e se procura indagar a base normativa para a valoração da prova pelo julgador, para efeitos do processo disciplinar desportivo e, especialmente, porque este assume natureza pública, a resposta encontra-se nos princípios do direito penal e, em especial, nas regras do respetivo processo. 34. Portanto, é, no processo penal que vamos encontrar um complexo normativo referencial também para a questão da valoração da prova no direito disciplinar desportivo, desde logo porque as normas processuais penais são, pela sua própria natureza, aquelas que se colocam como mais garantísticas dos direitos de defesa dos arguidos, razão pela qual, em alguns casos e sempre com as necessárias adaptações, o processo penal pode e deve representar a matriz do direito sancionatório público (criminal, contraordenacional e disciplinar 7 ). 35. Por outro lado, é também entendimento pacífico na nossa jurisprudência que ao processo disciplinar se deve aplicar a regra da livre apreciação da prova consagrada no artigo 127.º, do Código de Processo Penal 8, o que bem se compreende, dadas as proximidades e as similitudes entre o processo disciplinar e o processo penal, designadamente no que respeita a alguns procedimentos e às garantias do arguido. 7 A própria Constituição da República Portuguesa parece sufragar este entendimento quando, a propósito das garantias do processo criminal, estende a outros processos sancionatórios, de forma inequívoca, pelo menos algumas delas (cf. artigo 32.º, n.º 10). 8 Neste sentido ver, entre outros, o acórdão do Tribunal Central Administrativo Norte, processo n.º 03132/11.6BEPRT, de ; o acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, processo n.º 07455/11, de ; o acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, processo n.º 06944/10, de ; o acórdão do Tribunal Central Administrativo Norte, processo n.º 00093/06.7BEVIS, de ; o acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, processo n.º 01717/06, de ; o acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, processo n.º 12372/03, de ; o acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, processo n.º 10842/01, de (todos disponíveis em Página 10 de 28

11 36. Na verdade, o artigo 127.º do Código de Processo Penal estatui que a prova é apreciada segundo as regras da experiência comum e a livre convicção da entidade competente, sem prejuízo, como é óbvio, do princípio da presunção de inocência, consagrado no artigo 32.º, n.º 2, da CRP, e do princípio in dubio pro reo que, igualmente, fazem parte da dimensão jurídicoprocessual do princípio material da culpa. 37. Nesta conformidade, o julgador, no exercício do poder disciplinar - ou seja, a entidade competente de que nos fala o citado artigo 127º para o processo penal - tem a liberdade de formar a sua convicção sobre os factos submetidos à sua apreciação e ao seu julgamento, sendo que a livre apreciação da prova não pode nunca ser entendida como uma operação puramente subjectiva pela qual se chega a uma conclusão unicamente por meio de impressões ou conjecturas de difícil ou impossível objectivação, mas valoração racional e crítica, de acordo com as regras comuns da lógica, da razão, das máximas da experiência e dos conhecimentos científicos, que permita objectivar a apreciação, requisito necessário para uma efectiva motivação da decisão O julgador em sede disciplinar deve, pois, apreciar a prova de acordo com as regras da experiência comum e a sua livre convicção, sendo, porém, objetivo, ponderado e justo na análise dessa mesma prova, dentro dos limites da legalidade a que deve obediência. 39. É, pois, em conformidade com todos estes princípios que cumpre decidir sobre a matéria de facto relevante para a decisão final. 2. Factos provados 40. Analisada e ponderada toda a prova constante dos autos, consideram-se provados os seguintes factos: 1.º No dia , disputou-se o jogo oficialmente identificado sob o n.º que opôs a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD à Futebol Clube do Porto Futebol, SAD, a contar par a 16.ª Jornada da Liga NOS. 2.º Relativamente a factos ocorridos aquando do jogo suprarreferido, foi instaurado o Processo Disciplinar n.º 57-19/20. 3.º No âmbito do qual, por despacho datado de , se determinou que se procedesse à notificação da Moreirense Futebol Clube Futebol SAD «para, no prazo de 2 dias, remeter aos presentes autos (alertando para o disposto nos artigos 86.º - A, n.º 1, e 87.º - A, n.º 4, ambos do Regulamento Disciplinar da Liga), as imagens e som do sistema de videovigilância instalado no 9 Germano Marques da Silva, Curso de Processo Penal, II, Lisboa, Editorial Verbo, 1993, p Página 11 de 28

12 seu Estádio, desde a abertura até o encerramento do recinto desportivo, concretamente as referentes à primeira parte do jogo oficialmente identificado sob o n.º 11604, realizado em , no Estádio Com. Joaquim de Almeida Freitas, entre a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD e a Futebol Clube do Porto Futebol, SAD, relativo à 16.ª Jornada da Liga NOS, abrangendo a bancada exclusivamente destinada aos GOA e simpatizantes afectos à Futebol Clube do Porto Futebol SAD». 4.º Nessa sequência, em , a Moreirense Futebol Clube Futebol SAD remeteu aos presentes autos PEN USB (PEN 1), contendo imagens e som do sistema de videovigilância referente ao predito jogo disputado entre Moreirense Futebol Clube Futebol SAD e a Futebol Clube do Porto Futebol, SAD, relativo à 16.ª Jornada da Liga NOS. 5.º Por dificuldades técnicas em aceder às imagens e som constantes da supramencionada PEN USB e tendo o Secretariado da CI contactado telefonicamente os serviços da Arguida, solicitando colaboração, no dia a Arguida, Moreirense Futebol Clube Futebol SAD, remeteu aos presentes autos nova PEN USB (PEN 2), contendo imagens e sons do predito jogo. 6.º Estas imagens e sons constantes das PEN USB encontravam-se, todavia, dessincronizados. 7.º Realizada a diligência probatória concernente à notificação do Senhor Comandante do Policiamento do mesmo jogo para prestar esclarecimentos quanto à implementação e funcionalidade do sistema de videovigilância instalado no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, respondeu o Senhor Capitão Orlando Rodrigues: «a) - O recinto encontra-se dotado com sistema de videovigilância que procede à gravação de som e imagens desde o início até ao final dos jogos; b) - Foram captadas imagens e som (deficiente atendendo ao sistema instalado), após o final do jogo e até ao encerramento das instalações» 8.º Realizada a diligência instrutória concernente à notificação do Departamento competente da Liga Portugal para esclarecer os problemas técnicos impeditivos da sincronização de imagem e som contidos nas PEN 1 e na PEN 2, respondeu o Técnico Analista de Suporte, Tiago Costa: «Após nos ter sido solicitado apoio na visualização de imagens cedidas pela sociedade desportiva Moreirense Futebol Clube Futebol SAD, no âmbito do processo em epígrafe, constatamos que o áudio das gravações encontra-se num ficheiro a parte do vídeo. Nesse sentido não nos é possível garantir que as imagens que estamos a ver correspondem ao áudio da gravação, mesmo iniciando a reprodução dos 2 ficheiros em simultâneo» Página 12 de 28

13 9.º A Arguida tem antecedentes disciplinares, mas não pelo ilícito disciplinar p.p. pelo artigo 87.º- A, n.º 4 [Incumprimento de deveres de organização] do RD LPFP, nesta ou em qualquer uma das três épocas desportivas anteriores àquela que se encontra em curso. 3. Factos não provados 41. Analisada a prova, consideramos não provado o seguinte facto correspondente ao elemento subjetivo da infração: 1.º A Arguida agiu de forma livre, consciente e voluntária, sabendo que o seu comportamento, designadamente de enviar cópia de gravação de imagens e som dessincronizados através do sistema de videovigilância instalado no seu estádio, consubstancia conduta prevista e punível pelo ordenamento jusdisciplinar desportivo, não se abstendo, porém, de a realizar (artigo 9.º da acusação). 4. Motivação quanto à matéria de facto 42. A convicção deste Conselho, como referido, fundou-se na apreciação de todo o acervo probatório carreado para os autos, consubstanciado na prova documental e testemunhal (esta prestada em audiência de julgamento) a qual foi objeto de uma análise crítica e de adequada ponderação à luz de regras da experiência comum e segundo juízos de normalidade e razoabilidade, concretamente: I. A prova dos factos descritos em 1.º de 1. Factos provados assenta nos documentos de fls 40 a 48, o relatório de árbitro e o relatório de delegado. II. O facto descrito em 2.º de 2. Factos provados é de conhecimento oficioso. III. A prova dos factos descritos em 3.º de 2. Factos provados resulta do despacho de notificação de fls. 4 a 6. IV. A prova dos factos descritos em 4.º de 2. Factos provados resulta dos documentos de fls 21 e 22. V. A prova dos factos descritos em 5.º de 2. Factos provados resulta dos documentos de fls. 22 a 25. VI. A prova dos factos descritos em 6.º de 2. Factos provados resulta do conteúdo das pen de fls 22 e 25, bem assim dos esclarecimentos de fls 87. VII. A prova dos factos descritos em 7.º de 2. Factos provados resulta do documento de fls. 63 Página 13 de 28

14 VIII. A prova dos factos descritos em 8.º de 2. Factos provados resulta do documento de fls. 87 IX. A prova dos factos descritos em 9.º de 2. Factos provados resulta do cadastro disciplinar de fls. 34 a 39 de onde resulta a existência de antecedentes disciplinares na época desportiva 2019/20 e também nas três anteriores épocas, sem que conste, no entanto, em qualquer uma delas, a punição pelo ilícito previsto e punido pelo artigo 87.º A n.º 4 do RDLPFP19. X. Quanto ao único facto que resultou não provado e descrito em 1º de 3. Factos não provados, assim foi considerado em virtude da ausência de quaisquer elementos probatórios que os comprovassem, necessariamente, para além de qualquer dúvida razoável. 43. Como se referiu, para as respostas acabadas de enunciar contribuíram, também, os depoimentos das testemunhas prestados em audiência disciplinar. A testemunha Luís Ricardo da Costa Cardoso Freitas, secretário técnico da Arguida, que desempenhou funções de Diretor de Segurança no dia do jogo, afirmou, num depoimento que nos mereceu credibilidade, não ter tido qualquer intervenção quer na instalação do sistema de videovigilância quer no seu manuseamento, esclarecendo que este cabe às forças de segurança e no dia do jogo só a GNR é que esteve na sala CCTV. Não obstante não ter tido qualquer intervenção na instalação do sistema, afirmou que, tendo por orientação a linha do meio campo, a imagem é captada desde a bancada nascente e o som desde a bancada poente, e ambos ficam gravados em ficheiro que não pode ser editado e fica selado. Por sua vez, Emídio António Rodrigues Teixeira Fidalgo, coordenador da Comissão Técnica da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, declarou ter estado presente, conjuntamente com as forças policiais, na vistoria ao Estádio para época 2019/20. A Moreirense SAD, naquela altura, havia solicitado a instalação de mais duas câmaras, tendo sido feito o teste de imagem e de som que, por estar conforme, precipitou o parecer positivo por parte daquela Comissão. Esclareceu que, face ao facto do sistema instalado no Estádio da Arguida ser analógico o equipamento que capta o som não é o mesmo que capta a imagem, clarificando que são dois equipamentos paralelos em que os pontos da captação do som estão adstritos às camaras que foram entendidas, essencialmente pela força policial, como indispensáveis na zona técnica, nas bancadas e no exterior. Uma hora antes do início do jogo, o comandante do policiamento verifica se o sistema está operacional, pois só a força policial o opera. Se não estiver a funcionar tem de reportar a Página 14 de 28

15 avaria de imediato ao Delegado da Liga presente no jogo que, por sua vez, a descreve no seu relatório do qual é dado conhecimento à Liga que marca de forma breve uma nova vistoria. Que deste Estádio nunca houve nenhum reporte de avaria quanto ao sistema de videovigilância. Mais esclareceu que o microfone que está situado na estrutura da pala da bancada topo norte capta o som do Estádio na sua generalidade pelo que se alguém que ali estiver der um grito, fica o som perfeitamente registado no CCTV. Porém, adianta, as vistorias são feitas com o estádio vazio. Quando fez, já durante este ano, e pela primeira vez, uma vistoria ao Estádio com representantes do Ministério da Administração Interna (MAI) e da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), porque as câmaras já estavam a transmitir imagens com má qualidade, a Administração da SAD Arguida optou por renovar o sistema, estando agora implementado para a época 2020/21 - um sistema digital com pontos de captação do som incorporados nas câmaras, o que não era possível suceder com o sistema analógico, cujo funcionamento não podia ser melhorado. Questionado se era possível editar o conteúdo da gravação, respondeu que a responsabilidade pelo funcionamento da CCTV é da força policial sendo o promotor que tira o chip do servidor. Perguntado sobre o que podia explicar a alegada dessincronização entre imagem e som respondeu que não é especialista nestas questões e a única coisa que pode afirmar é que todos os testes foram realizados e nunca houve problema algum. Nunca verificaram qualquer situação de desfasamento e que se tudo for bem feito desde o início do jogo não há razão para que o sistema não funcione bem. Que atuam sempre de acordo com as indicações das forças de segurança e que havendo qualquer anomalia também esperam que as forças de segurança comuniquem, tal como os Delegados da Liga o fazem. 44. Já no que respeita à demais prova constante dos autos, destacamos o documento de fls. 8, correspondendo ao Relatório de Vistoria Intercalar ao Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, emitido pela Comissão Técnica de Vistorias da Liga Portugal realizada no dia 9 de agosto para efeitos da sua participação nas competições profissionais durante a época 2019/2020 (fls. 81) donde resulta, que: A Liga Portugal, após vistoria detalhada ao Estádio verificou o seguinte: - o sistema de videovigilância (com som) encontra-se todo instalado e a funcionar. Foi todo testado em conjunto com a CTV da Liga Portugal e com a GNR presentes no local. a CTV em conjunto com o Sr. Comandante da GNR deu parecer à sua instalação sendo que o mesmo fica aprovado e pronto a ser utilizado; ( ). Página 15 de 28

16 45. Isto significa que a LPFP, tal como deixou bem explícito o Senhor Coordenador da Comissão Técnica no seu testemunho, considerou que o sistema de videovigilância implementado no Estádio da Arguida na época 2019/20 estava apto a funcionar, ou seja, mesmo sendo um sistema analógico, com captação de som e imagem por mecanismos distintos, a Liga aprovou-o no âmbito do licenciamento dos estádios de futebol para a referida época. Aceitou-o como apto. 46. Acresce que questionados os Delegados da LPFP bem assim, o Senhor Comandante do Policiamento do mesmo jogo, para prestarem esclarecimentos quanto à implementação e funcionalidade do sistema de videovigilância no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, nomeadamente se (fls.29 e 30): a) No caso concreto do jogo em referência, o sistema de videovigilância, instalado no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, permitia o controlo visual de todo o recinto desportivo e se estava dotado de câmaras que permitissem a captação e gravação de imagens e som desde a abertura até ao encerramento do recinto desportivo; b) No jogo em referência nos presentes autos, o sistema de videovigilância, instalado no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas permitiu a captação e registo de imagem e som desde o final do jogo até ao encerramento do recinto desportivo relativamente à bancada exclusivamente destinada aos GOA e simpatizantes afetos à Futebol Clube do Porto Futebol SAD. 47. Respondeu, o Senhor Comandante do Policiamento do jogo, Capitão Orlando Rodrigues (fls. 63.): «a) - O recinto encontra-se dotado com sistema de videovigilância que procede à gravação de som e imagens desde o início até ao final dos jogos; c) - Foram captadas imagens e som (deficiente atendendo ao sistema instalado), após o final do jogo e até ao encerramento das instalações». 48. Respondeu o Senhor Delegado da LPFP, Fernando Silva (fls. 65): «1) Durante a Reunião Preparatória do jogo em questão, o Sr. º Comandante da Força Policial, Capitão Orlando Rodrigues, quando questionado sobre se o sistema de videovigilância estava operacional e a funcionar nos termos da regulamentação em vigor, respondeu afirmativamente. 2) Na reunião realizada no final do jogo, que contou com a presença, para além dos delegados da Liga, do Comandante da Força Policial, do Diretor de Segurança e do Coordenador de Segurança, nenhum dos referidos elementos, nomeadamente o Comandante da Força Policial Página 16 de 28

17 e/ou Diretor de Segurança, reportou que se tivesse verificado alguma anomalia no sistema de videovigilância». 49. Respondeu o Senhor Delegado da LPFP, António Reis (fls. 66).: «- Na Reunião Preparatória deste jogo foi questionado o Sr. Comandante da Força de Segurança acerca se o sistema de videovigilância estava operacional e a funcionar nos termos da regulamentação em vigor. O Sr. Comandante da Força de Segurança respondeu afirmativamente. - Durante o preenchimento do Relatório de jogo, foi feita ao Sr. Diretor de Segurança a seguinte pergunta: O sistema de videovigilância está em perfeitas condições?. Respondeu também afirmativamente. - Não me foi reportado por qualquer agente desportivo presente neste jogo, o funcionamento anormal do sistema de videovigilância». 50. Realizada a diligência instrutória concernente à notificação do Departamento competente da Liga para esclarecer os problemas técnicos impeditivos da sincronização das imagens e som contidos nas preditas PEN USB, respondeu o Departamento de Tecnologia que não é possível garantir sincronização de som e imagem (fls. 87). 51. Decorre do disposto no artigo 65.º n.º 2 alínea d) do RCLPFP19 que compete aos Delegados das Liga: verificar a implementação e funcionalidade dos sistemas de controlo e contagem automáticos de entrada de entrada e de videovigilância ( ). Essa verificação de implementação e funcionalidade é feita, conforme os depoimentos transcritos, de forma indireta, aquando da reunião preparatória do jogo, altura em que os delegados da Liga questionam o Comandante das Forças de Segurança e o Diretor de Segurança sobre se o sistema de videovigilância está operacional, o que bem se compreende face à ausência de conhecimentos técnicos que acerca da matéria permitam àqueles Delegados garantir que o sistema de videovigilância se encontra em perfeito funcionamento, observando as obrigações legais, nomeadamente, no que concerne à captação de som e imagem. 52. No jogo em análise e seguindo este modus operandi, a questão acima indicada foi colocada, quer ao comandante da força policial, quer ao diretor de segurança da sociedade desportiva visitada (Moreirense SAD) no decurso da reunião preparatória. E a resposta obtida da parte de ambos foi afirmativa, ou seja, que o sistema de videovigilância estava em perfeitas condições de funcionamento. 53. Tão pouco na reunião realizada no final do jogo, foi reportado pelos aí presentes, que se tivesse verificado alguma anomalia no sistema de videovigilância. Página 17 de 28

18 54. O problema que o Senhor Comandante do Policiamento, entidade policial responsável pelo manuseamento durante o jogo do sistema de videovigilância, atesta mediante esclarecimentos é que o som é deficiente atendendo ao sistema instalado, que como vimos foi aprovado pela Liga. 55. Acresce ainda que, o que o técnico Tiago Costa do Departamento de Tecnologia da Liga Portugal declara 10 é que é tecnicamente impossível garantir a sincronização de som e imagem contidos nas preditas PEN USB. Ou seja, não afirma que o som é deficiente, antes afirma que imagens e som estão dessincronizados. 56. Para além disso, em momento anterior a esta declaração 11, afirmou numa outra, que se encontra inserta a fls. 59 dos autos, que ( ) De forma a que o instrutor pudesse visualizar as imagens foi realizada uma videoconferência e o mesmo conseguiu proceder à sua visualização. também foi verificado o som na mesma vídeo conferência. 57. Daqui parece resultar que o problema de dessincronização não se verificava nesta altura, tendo sido detetado apenas na sua segunda intervenção, o que nos conduz a uma outra dúvida para nós inultrapassável: saber se as alegadas dificuldades de sincronização ocorreram aquando da visualização do primeiro ficheiro enviado em fevereiro de 2020 ou no remetido em de abril de 2020, pois nem a resposta deste técnico nem a instrução prévia à acusação o dilucidam. Ou seja, não sabemos se a conclusão a que o técnico chega de dessincronização entre imagem e som decorre da observação das duas PEN, ou só de uma, porque, como se referiu, à data em que este intervém, já constavam dos autos aquelas duas pen. 58. Saliente-se ainda que, as ditas notificações dirigidas à Arguida para remeter as imagens e som captados pelo sistema de videovigilância (CCTV), instalado no seu Estádio que abrangessem a bancada exclusivamente destinada aos GOA e simpatizantes afetos à Futebol Clube do Porto, Futebol, SAD, foram efetuadas no âmbito do processo disciplinar 57-19/20 que tinha como objeto apurar factos ocorridos nesse local, aquando do jogo identificado em 1º dos factos provados. Como é do conhecimento oficioso deste Conselho, e do público em geral com a publicação do acórdão referente ao predito processo disciplinar 12, a acusação foi declarada improcedente por não provada, em face de não ter sido carreada prova para os autos que permitisse sustentar a factualidade indiciada, sendo que, os ficheiros vídeo produzidos e armazenados pelo sistema de 10 Vide declaração de fls 87 de 11 de setembro de Vide declaração de fls 59 de 30 de abril de De 19 de maio de 2020, relatado por Ricardo Rodrigues Pereira. Página 18 de 28

19 videovigilância entregues pela Arguida constantes das pen, permitiram, em conjunto com a demais prova, sustentar a absolvição. Senão vejamos o segmento do acórdão vindo a referir 13 : Por outro lado, os elementos probatórios carreados para os autos (i) as imagens constantes de fls. 37, 71 e 111 dos autos 14 ; (ii) o Relatório de Árbitro e o Relatório de Delegado (cf. fls. 7 a 15); (iii) o Boletim de Segurança e o Boletim de Segurança Final (fls. 61 a 67, 68 e 69); (iv) os esclarecimentos prestados pelo Delegado da Liga (cf. fls. 74), pelo Comandante do Policiamento Desportivo (cf. fls. 78) e pela Coordenadora de Segurança (cf. fls. 75); e (v) os depoimentos prestados pelo jogador Abdu Conté (cf. fls. 72 e 73), pelo Diretor de Segurança da Moreirense Futebol Clube Futebol, SAD (cf. fls. 94 e 95), pelo OLA (cf. fls. 96 a 98) e pelo Delegado ao jogo da Futebol Clube do Porto Futebol, SAD (cf. fls. 99 e 100) lograram colocar parcial e fundadamente em causa a veracidade do conteúdo da Súmula de Ocorrências em Recintos Desportivos, concretamente quanto ao entoar de gritos racistas, imitando macacos (Uh Uh Uh), pelos adeptos da Arguida, direcionados ao jogador n.º 75 da Moreirense Futebol Clube Futebol, SAD, Abdu Conté, ao minuto 37 do jogo em causa nos autos. 24. Com efeito, visualizadas as imagens do jogo, constatamos que ao minuto 37 da primeira parte ocorre, dentro da grande área da Moreirense Futebol Clube Futebol, SAD, um lance que envolve o jogador n.º 75 desta equipa, Abdu Conté, e o jogador n.º 17 da Futebol Clube do Porto Futebol, SAD, Tecatito Corona, na sequência do qual este último jogador acaba caído no relvado; ato contínuo, há um veemente e muito ruidoso protesto por parte dos adeptos da Arguida, que se encontravam na bancada localizada imediatamente atrás da baliza da Moreirense Futebol Clube Futebol, SAD, sendo concretamente audíveis assobios, vaias e palavras/cânticos injuriosos dirigidos a um outro clube. Ambos os referidos jogadores permaneceram naquela zona do relvado, tendo o jogador Abdu auxiliado o jogador Corona a levantar-se, até que o árbitro do jogo assinalou grande penalidade contra a Moreirense Futebol Clube Futebol, SAD, tendo assim terminado toda esta situação. Em momento algum daquelas imagens, designadamente enquanto decorreu a descrita situação na grande área da Moreirense Futebol Clube Futebol, SAD, é audível ou 13 Pág As imagens constantes de fls. 37, correspondem às ao DVD do jogo disponibilizado pela Liga Portugal; as imagens de fls. 71, correspondem à PEN 1 junta pela Arguida em fevereiro de 2020; e as imagens de fls. 111 correspondem à PEN 2 junta pela Arguida em abril de Página 19 de 28

20 minimamente percetível qualquer som, grito ou cântico racista, particularmente imitando macacos (Uh Uh Uh), proveniente da bancada destinada aos adeptos da Arguida (nem de qualquer outra zona do Estádio). 59. Aceita-se, face a toda a constelação normativa regulamentar e legal, que sem sincronização de imagem e som se perde o efeito útil da gravação do som, uma vez que, sem a correspondente imagem (ao ser mostrada uma outra), torna-se impercetível saber de onde deriva e, não raras vezes, a quem se dirige, impedindo aos órgãos competentes obter prova. 60. A questão, porém, é que a mera verificação do facto anomalia do sistema de videovigilância - ou do resultado, não pode implicar a imediata responsabilização da Arguida, aí assentando a nossa convicção para a resposta negativa que mereceu o facto 9.º da acusação. Mesmo podendo a dessincronização verificada resultar da gravação do som e imagem por dois sistemas diferentes, a verdade é que a Liga considerou tal sistema apto, não se descurando, igualmente que tal anomalia se possa ter ficado a dever à, eventual, imperícia no manuseamento das camaras de videovigilância. 61. Não é qualquer dúvida que leva o CD a decidir pro reo, mas antes uma dúvida razoável, objetiva, que impeça a formação de convicção segura dos factos denunciados. Tendo em conta que a verdade a perseguir é a verdade processual e não a verdade absoluta ou ontológica, no caso vertente, as provas produzidas deixam lugar a uma incerteza na reconstrução dos factos o que, inevitavelmente, tem de ser valorado em favor da Arguida. VII. Fundamentação de direito 1. Enquadramento juridico-disciplinar Fundamentos e âmbito do poder disciplinar 62. O poder disciplinar exercido no âmbito das competições organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol ou, por delegação, pela Liga Portuguesa de Futebol profissional assume natureza pública. Com clareza, concorrem para esta proposição as normas constantes dos artigos 19.º, n.º 1 e 2, da Lei n.º 5/2007 de 16 de janeiro (Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto), e dos artigos 10.º, 13.º, alínea i), do RJFD A existência de um regulamento justifica-se pelo dever legal artigo 52.º, n.º 1, do RJFD2008 de sancionar a violação das regras de jogo ou da competição, bem como as demais regras desportivas, nomeadamente as relativas à ética desportiva, entendendo-se por estas últimas as que visam sancionar a violência, a dopagem, a corrupção, o racismo e a xenofobia, bem como Página 20 de 28

21 quaisquer outras manifestações de perversão do fenómeno desportivo (artigo 52.º, n.º 2, do RJFD2008). 64. O poder disciplinar exerce-se sobre os clubes, dirigentes, praticantes, treinadores, técnicos, árbitros, juízes e, em geral, sobre todos os agentes desportivos que desenvolvam a atividade desportiva compreendida no seu objeto estatutário (artigo 54.º, n.º 1, do RJFD2008). Em conformidade com o artigo 55.º do RJFD2008 o regime da responsabilidade disciplinar é independente da responsabilidade civil ou penal. 65. Todo este enquadramento, representa, entre tantas consequências, que estamos perante um poder disciplinar que se impõe, em nome dos valores mencionados, a todos os que se encontram a ele sujeito, conforme o âmbito já delineado e que, por essa razão, assenta na prossecução de finalidades que estão bem para além dos pontuais e concreto interesses desses agentes e organizações desportivas. A- Das infrações disciplinares em geral 66. O RDLPFP encontra-se estruturado, no estabelecer das infrações disciplinares, pela qualidade do agente infrator clubes, dirigentes, jogadores, delegados dos clubes e trinadores, demais agentes desportivos, espectadores, árbitros, árbitros assistentes, observadores de árbitros e delegados da Liga. Para cada um destes tipos de agente o RDLPFP recorta tais infrações e respetivas sanções em obediência ao grau de gravidade dos ilícitos, qualificando assim as infrações como muito graves, graves e leves. B- Da infração disciplinar concretamente imputada 67. No caso concreto situamo-nos no universo das infrações específicas dos clubes, qualificadas como graves, previstas e punidas de acordo com os artigos 84.º a 118.º do RDLPFP19. Em causa, encontra-se a previsão constante do artigo 87.º A [Incumprimento dos deveres de organização] n. º 4, cujos texto se transcreve nas partes que interessam para o presente processo: ( ) Artigo 87.º-A Incumprimento de deveres de organização Página 21 de 28

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