EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE BARÃO DE COCAIS (MG)

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1 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE BARÃO DE COCAIS (MG) Ref.: Inquérito Civil Público MPMG n.º O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, pelo Promotores de Justiça que esta subscrevem, lastreado no incluso inquérito civil e com fulcro no artigo 127 e seguintes da Constituição da República, Leis 8.625/93, 7.347/85 e 8.429/92, vem à presença de Vossa Excelência propor o presente pedido de TUTELA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE CULTURAL em face da sociedade empresária VALE S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº / , com estabelecimento na Avenida Doutor Marco Paulo Simon Jardim, nº. 3580, Bairro Piemonte, Nova Lima/MG, CEP , podendo ser intimada pelos endereços eletrônicos eduardo.bartolomeo@vale.com; humberto.pinheiro@vale.com; Claudio.Alves@vale.com; octavio.bulcao@vale.com; fabiano.carvalho.filho@vale.com; alex.dambrosio@vale.com; renata.ribeiro@vale.com; solange.costa@vale.com; sofia.franca@rcarneiroadvogados.com.br; 1

2 o que faz em conformidade com os fatos e fundamentos expostos a seguir. I EXPOSIÇÃO DA LIDE Segundo consta dos documentos anexos, a REQUERIDA Vale S.A., responsável pela Mina de Gongo Soco em Barão de Cocais, não se desincumbiu do seu dever de manter as estruturas de sua responsabilidade em condições de segurança, o que colocou em situação de risco e já ocasionou danos ao meio ambiente cultural. Assim, o presente pedido de tutela de urgência tem por objetivo que a REQUERIDA seja compelida a adotar todas as medidas necessárias para evitar novos danos ao patrimônio cultural e mitigar aqueles que já estão ocorrendo, sendo que o pedido final, a ser apresentado no prazo legal, visará ainda à reparação dos danos atuais e futuros. Vejamos: 1. A Vale realiza operações de minério de ferro no Brasil, sobretudo ao nível da sociedade controladora, por intermédio das subsidiárias, a Mineração Corumbaense Reunida S.A. ( MCR ) e a Minerações Brasileiras Reunidas S.A. MBR ( MBR ). As minas, todas a céu aberto, e as operações associadas a elas, concentram-se essencialmente em três sistemas: o Sistema Sudeste, o Sistema Sul e o Sistema Norte, cada um com capacidade de transporte própria. Também realiza operações de mineração no Sistema Centro-Oeste e tem uma participação de 50% na Samarco. A Vale S/A doravante denominada REQUERIDA tem como principal negócio a atividade de mineração. É a maior produtora de minério de ferro e de níquel do mundo e atua também em outros segmentos minerais. Dentre seus empreendimentos, a VALE S.A. é responsável pela Mina de Gongo Soco em Barão de Cocais, que conta com as seguintes estruturas: Sul Superior; Sul Inferior; Dique 2; Diques A, B e C; Dique Fazendinha; Dique Patrimônio e Dique Ingleses. 2

3 Especialmente no tocante à Barragem Sul Superior, situada na mina de Gongo Soco, na região nordeste do Quadrilátero Ferrífero, município de Barão de Cocais, distrito de Socorro, próximo à divisa com Caeté, tem-se que a mesma foi concebida para contenção de rejeitos da usina de beneficiamento, bem como para contenção de sedimentos das pilhas de estéril da Correia e Sudeste. Atualmente sua finalidade é a contenção de eventuais sedimentos oriundos da sua bacia de contribuição, tendo em vista que, segundo informado pela REQUERIDA, não ocorre mais a disposição de rejeitos na barragem desde Possui 320 metros de comprimento de crista e altura máxima de 85 metros. A tabela abaixo apresenta maiores dados: 3

4 Figura 1: Dados gerais da Barragem Sul Superior - Fonte: TUV SUD - REVISÃO PERIÓDICA DE SEGURANÇA DE BARRAGEM BARRAGEM SUL SUPERIOR - RELATÓRIO TÉCNICO RC-SP-081/17, última revisão em 13/07/2018, p Não obstante a magnitude da estrutura e o alto potencial de dano a ela relacionado, a REQUERIDA não se desincumbiu de sua responsabilidade de garantir a segurança da barragem. 4

5 No final da tarde de 07/02/2019, a REQUERIDA formalizou no SIGBM a situação de Emergência referente à barragem Sul Superior da Mina de Congo Soco, em Barão de Cocais/MG. Houve acionamento da situação de emergência I do PABEM, em razão da existência de risco significativo de ruptura. Ato contínuo, a Agência Nacional de Mineração - ANM acionou a Defesa Civil e se deslocaram para o local. Em função do que foi relatado e, após consulta à Gerência da ANM/SEDE, decidiu-se que a empresa deveria acionar o Nível 2 de Emergência e proceder à imediata evacuação da população a jusante, inserida na Zona de Autossalvamento (ZAS). A fonte das informações que geraram a execução do PAEBM foi uma ata de reunião entre Walm Engenharia (auditoria externa) e a Vale, datada de março de 2019 [sic] 1, divulgada em 07/02/2019. Conforme amplamente noticiado na mídia, na madrugada do dia 08/02/2019, houve acionamento de sirenes e evacuação da população a jusante da barragem Sul Superior da Mina do Gongo Soco em Barão de Cocais. Aproximadamente 500 moradores das comunidades de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila Congo, todas situadas no Município de Barão de Cocais-MG, tiveram que, de inopino, deixar suas casas e locais de origem, abandonando todos seus pertences e sua história. Segundo informações disponibilizadas pela mineradora em sua página eletrônica 2, a retirada das pessoas começou após a Vale dar início, às 2h30 desta madrugada, ao PAEBM, com o acionamento das sirenes e avisos dentro da Zona de Autossalvamento, área à jusante da barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco. 1 A Vale informou, via enviado ao MPMG em 21/02/2019, que tomou conhecimento, através de reunião com a empresa de auditoria em setembro de 2018, que os resultados obtidos em novas análises não drenadas indicavam maior probabilidade de comprometimento da segurança da estrutura. 2 Disponível em: Publicado em: 08 fev Acesso em: 22 maio

6 Assim, o meio ambiente cultural já foi afetado pela desterritorialização da comunidade. Ademais, a região perdeu todo seu potencial turístico dado o receio de ocorrência de tragédias como as ocorridas em Mariana e Brumadinho. 3. Imediatamente, em análise preliminar (notas técnicas n. 17, 39 e 49/2019) 3, o MPMG verificou que existiam também bens do patrimônio cultural formalmente reconhecidos situados na zona de inundação em caso de rompimento da barragem Sul Superior, de acordo com o mapa de dam break inicialmente apresentado pela REQUERIDA O MPMG recomendou à REQUERIDA que, em conjunto com os o rgãos de proteção respectivos (Município de Barão de Cocais, IEPHA e/ou IPHAN), Arquidiocese de Mariana e os proprietários das áreas eventualmente atingidas, com cientificação aos órgãos competentes 3 Ainda, foram elaboradas as Notas Técnicas n.º 39/2019 e 49/2019, pelo Setor Técnico da CPPC, com levantamento dos bens culturais eventualmente atingidos pela mancha de inundação e indicação de medidas de resgate e proteção, assim como a Nota Técnica n.º 53/2019, que analisa resposta da Vale às notas técnicas anteriores. Por sua vez, a Nota Técnica n.º 63/2019, também tem por objetivo a Avaliação da ocorrência de danos, buscando consolidar informações a respeito das Notas Técnicas já elaboradas por este Setor Técnico, respostas enviadas pela Vale, medidas indicadas em relação à proteção dos bens culturais e tratativas das reuniões realizadas. 6

7 (ANM, Defesa Civil e SEMAD, dentre outros), adotasse todas as medidas emergenciais necessárias para houvesse o resgate/ retirada de todos os bens culturais móveis existentes na área de Dam Break, com vistas a minimizar os danos ao meio ambiente cultural em caso de eventual rompimento da barragem (Recomendação 05/2019, expedida em 08 de fevereiro de 2019). Recomendou ainda que - em conjunto com os órgãos estatais competentes e os proprietários de bens, se for o caso a REQUERIDA adotasse todas as medidas necessárias para que haja efetiva vigilância das propriedades públicas e privadas, especialmente em relação aos imo veis de interesse cultural, em toda área de dam break das estruturas da Mina Gongo Soco em que houve evacuação de pessoas, com vistas a evitar saques, vandalismos ou outras condutas criminosas (Recomendação 07/2019, expedida em 08 de fevereiro de 2019) Em atendimento à recomendação ministerial, a REQUERIDA apenas realizou a remoção de parte do acervo móvel da Igreja de Nossa Senhora Mãe Augusta do Socorro (Capela do Socorro), consistente em cerca de 230 peças sacras, que foram acondicionadas no coro da Matriz de São João Batista, em Barão de Cocais. A guarda do patrimônio nas dependências de outra igreja ocorre de forma precária e deveria ser provisória. No entanto, a REQUERIDA não apresenta informações inequívocas sobre perspectiva de alcançar condições de segurança para a barragem Sul Superior 4. Consequentemente, não existe perspectiva de retorno das peças sacras retiradas à comunidade onde se situa a Capela do Socorro. Assim, é fundamental que a REQUERIDA providencie uma forma adequada de acondicionamento das peças sacras, inclusive para que as mesmas possam ser usufruídas pela comunidade. Ademais, deve haver a salvaguarda dos bens integrados e do imóvel em si, seja através da remoção do que for tecnicamente possível e recomendado, seja ao menos através do registro documental em 3D do bem, conforme indicação realizada por IPHAN e IEPHA. 4 Há que se considerar que, em reuniões do CEDEC, a empresa apresenta uma perspectiva de aumentar o fator de segurança da barragem no prazo de 01 ano. No entanto, a mesma empresa informa que pretende construir uma grande barreira de CCR para contenção de rejeitos em caso de rompimento, mas que esta barreira apenas ficaria pronta no prazo de 01 ano, o que induz à conclusão de que possivelmente haverá risco por prazo maior que o alegado. 7

8 3.3. Outra questão que não pode ser ignorada é o fato de que, em caso de ruptura de barragem, a população e as autoridades de defesa civil voltam seus esforços obviamente ao salvamento de vidas e não ao resgate ou proteção do patrimônio cultural. Desta feita, os bens que estão em zona de inundação, ainda que secundária, possivelmente serão destruídos caso ocorra o rompimento da estrutura. 4. A situação de risco está se agravando sem que a REQUERIDA esteja adotando medidas para prevenção à destruição do patrimônio cultural na velocidade necessária. Em 21 de março de 2019, a REQUERIDA informou que a barragem encontra-se em iminência de rompimento, elevando o grau de emergência para o nível 3 (ver ata CEDEC de 21/03/2019). Diante disso, o MPMG continuou a cobrar da REQUERIDA a elaboração de um plano e a realização de outras medidas para salvaguarda do patrimônio cultural em toda zona de inundação. Em reunião realizada em 02/05/2019, MPMG, IPHAN e IEPHA expressamente informaram à REQUERIDA sobre a necessidade da adoção de uma série de medidas: 8

9 [...] 2. Mapeamento - Mapeará todo o patrimônio formalmente protegido por tombamento, registro, inventário, valoração ou cadastro, plotando em mapa todos aqueles que estejam na área de inundação, plotados com cor diferente. No mapa, cada bem deverá ser identificado, no mínimo, com os seguintes dados: nome do bem cultural; tipo e nível de proteção; tempo aproximada de chegada dos resíduos após hipotético rompimento, para bens na mancha de inundação. Em um segundo momento, tão logo identificados, serão inseridas as qualificações dos proprietários. Deve ser considerado o pior cenário possível em caso de rompimento. Os mapas deverão ser elaborados em arquivo legível e de alta resolução, que contenha legenda e eventuais notas explicativas. A plotagem dos bens sem a mancha também será enviada em formato.kmz ou.shp. A empresa alega que necessita dos seguintes prazos: i. Bens já identificados no site do IEPHA, IPHAN e fornecidos pelo MPMG: neste ato, protocolados mapas para níveis 3 e 2. [...]. ii. Demais bens: 5 dias, a contar do recebimento das listagens repassadas ao IEPHA pelos Municípios, na mesma base de dados do item i, consolidando a totalidade dos bens formalmente protegidos. 3. Planos executivos para proteção/resgate/salvaguarda de bens em zona de inundação após as informações produzidas no mapeamento, a empresa irá elaborar propostas executivas específicas e distintas para ações em zona de autossalvamento e em zonas secundárias de salvamento, com fluxogramas e protocolos a serem seguidos pelas equipes que executarão os planos, específicos para cada nível de emergência, devendo conter, minimamente: (a) qualificação dos profissionais que compõem a equipe, bem como os equipamentos e materiais de que disporão para as ações ; (b) previsão de onde acondicionar com segurança os bens resgatados, privilegiando-se locais que possibilitem a fruição coletiva da comunidade local, a depender da 9

10 viabilidade no caso concreto; (c) para bens integrados a imóveis de valor cultural, avaliar previamente, por equipe técnica especializada, a necessidade e viabilidade da remoção e, caso esta seja indicada, a fim de permitir eventual remoção de maneira segura, executar por meio de profissionais habilitados, com todas as respectivas medidas de controle; (d) ações de vigilância, proteção, manutenção e conservação dos bens, sobretudo aqueles não retirados da zona de inundação; (e) registros documentais dos bens culturais protegidos, na forma detalhada em termo de referência elaborado pelo MPMG. Por recomendação do IPHAN, nos registros, a empresa fará escaneamento 3D, em alta definição. A empresa alegou que necessita dos seguintes prazos: a. Barragens de níveis 3 e 2: prazo de 20 dias, a contar desta reunião para os bens conhecidos e do recebimento das informações do IEPHA para os demais, iniciando-se pela zona de autossalvamento. [...] Os planos serão executados pela empresa, sem prejuízo de continuar realizando todas as ações emergenciais necessárias e de promover todas as adequações exigidas pelos órgãos competentes. 4. Plano concomitante de mitigação de danos elaborar e executar planos para salvaguardar o patrimônio imaterial das comunidades retiradas de zona de autossalvamento como, por exemplo, festividades, manifestações e celebrações culturais. A empresa alega que necessita do prazo de 30 dias, a contar desta reunião para os bens conhecidos e do recebimento das informações do IEPHA, para os demais. 5. Não obstante a empresa REQUERIDA tenha alegado necessitar de prazo para a execução dos atos de salvaguarda, o incremento do risco exige a sua atuação imediata. 10

11 De fato, na data de 14/05/2019, novas informações relacionadas ao monitoramento geotécnico da Barragem Sul Superior aportaram no Ministério Público do Estado de Minas Gerais, descrevendo o seguinte: Instabilidade talude norte da cava De acordo com os dados atuais de monitoramento pelo radar instalado na cava, existe a possibilidade de deslizamento do talude norte da Cava de Gongo Soco. As trincas no talude estão evoluindo e os dados de monitoramento demonstram que a movimentação no talude norte da cava está aumentando. Segundo informações, a ruptura do talude Norte é certa e prevista para ocorrer até o dia 25 de maio de Ainda, é possível que a vibração decorrente desta ruptura configure gatilho para liquefação e ocorra rompimento da Barragem Sul Superior em seguida. 6. Conforme levantamento realizado pelo Setor Técnico da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico - CPPC/MPMG, seguem os bens culturais em risco, nos municípios de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo 5 : A) BARÃO DE COCAIS A.1. BENS TOMBADOS 1 - Igreja Nossa Senhora Mãe Augusta de Socorro - o acervo móvel foi removido entretanto os bens integrados permanecem no templo. 2 - Casa do Artesão - Praça Monsenhor Gerardo 304 e Esta relação foi feita considerando os mapas de Dam Break com o mapeamento dos bens culturais elaborado pela Vale, partindo-se do princípio que a empresa incluiu nos mapas todos os bens culturais existentes na mancha de inundação, conforme acordado em reuniões realizadas. Como já informado, esta relação encontra-se incompleta tendo em vista que no Distrito de Barra Feliz (Santa Bárbara) e no município de São Gonçalo do Rio Abaixo foram mapeados somente os bens tombados. Não foram considerados nesta relação os bens que se encontram fora da mancha, mas próximos desta, que foram objeto de análise nas Notas Técnicas elaboradas por este Setor Técnico. 11

12 3 - Cine Rex - Praça Monsenhor Gerardo Casa da Dona Ely - Praça Monsenhor Gerardo s/nº A.2. BENS NATURAIS 1 - Três Bicas - Rua Desembargador Moreira Santos s/nº - informado pela Vale e município A.3. BENS INVENTARIADOS 1 - Imóvel da rua Desembargador Moreira Santos nº informado pelo município 2 - Imóvel da rua Desembargador Moreira Santos nº informado pela Vale e município 3 - Imóvel da rua Desembargador Moreira Santos nº informado pelo município 4 - Imóvel da rua Desembargador Moreira Santos nº informado pela Vale e município 5 - Imóvel da rua Desembargador Moreira Santos nº 82 - informado pela Vale 6 - Imóvel Praça Monsenhor Gerardo nº 232/242 - informado pelo município 7 - Imóvel Praça Monsenhor Gerardo nº 346 e 346 B - informado pelo município 8 - Imóvel rua Luís Pinto nº 66 - informado pela Vale e município 9 - Imóvel rua Luís Pinto nº 53 - informado pela Vale e município 10 - Imóvel rua Moura Monteiro nº informado pela Vale 11 - Imóvel rua Moura Monteiro nº informado pela Vale 12 - Igreja Nossa Senhora das Dores 13 - Cartório 2º Ofício de Notas - informado pela Vale 14 - Praça Nossa Senhora Aparecida - informado pela Vale 15 - Imóvel Avenida Getúlio Vargas nº110 - informado pela Vale 16 - Imóvel Avenida Getúlio Vargas nº466 - informado pela Vale 12

13 17 - Imóvel Avenida Getúlio Vargas nº540 - informado pela Vale 18 - Imóvel Avenida Getúlio Vargas nº605 - informado pela Vale 18 - Imóvel Avenida Getúlio Vargas nº610 - informado pela Vale 20 - Imóvel Avenida Getúlio Vargas nº633 - informado pela Vale 21 - Edificação Sede da Secretaria de Cultura - informado pela Vale A.4. PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL IMPACTADO 1- Festa dos Pés de Pombo 2 - Festa de São João Batista - Jubileu - informado pela Vale e município 3 - Festa de Mãe Augusta do Socorro 4 - Banda de Musica Santa Cecilia - informado pela Vale 5 - Modo de fazer a goiabada Cascão - informado pela Vale B) SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO B.1. BENS TOMBADOS 1 - Casa para todos C) SANTA BARBARA C.1. BENS TOMBADOS 1 - Parte do centro histórico tombado pelo Iepha 2 - Casa de Afonso Pena - tombamento estadual C.2. BENS INVENTARIADOS 1 - Edificações rua Conselheiro Afonso Pena nº Edificação rua Conselheiro Afonso Pena nº Escola de Música 6.1. Ademais, há dúvidas quanto ao fato de os seguintes bens estarem ou não na mancha de inundação, especialmente considerando-se que, conforme consta do processo

14 , aventa-se o subdimensionamento da mancha de inundação informada pela empresa: 1. Imóvel Avenida Getulio Vargas nº 271, Barão de Cocais 2. Imóvel Avenida Getulio Vargas nº 419, Barão de Cocais 3. Imóvel Avenida Getulio Vargas nº296, Barão de Cocais 4. Imóvel Avenida Getulio Vargas nº 205, Barão de Cocais 5. Imóvel Avenida Getulio Vargas nº 241, Barão de Cocais 6. Imóvel Avenida Getulio Vargas nº 296, Barão de Cocais 7. Imóvel Avenida Getulio Vargas nº 499, Barão de Cocais 8. Imóvel Avenida Getulio Vargas nº 513, Barão de Cocais 6.2. Ainda, a REQUERIDA sequer mapeou os bens inventariados de São Gonçalo do Rio Abaixo e do Município de Barra Feliz 6, podendo haver outros bens em risco. 7. Em relação aos referidos bens, em 17 de maio de 2019, a equipe técnica da CPPC certificou que, em consulta à documentação constante dos autos do PAAF nº , à ata de reunião realizada no dia 02/05/2019, às respostas encaminhadas por pela empresa Vale e aos ofícios expedidos pelos órgãos (federal, estadual e municipal) de proteção do patrimônio cultural e Arquidioceses, constatou-se que, dentre as manifestações dos órgãos envolvidos, não foram cumpridas as medidas elencadas na tabela abaixo: 6 Conforme mencionado na Nota Técnica nº 63/2019, o setor técnico da CPPC/MPMG verificou que a Vale não identificou na mancha todos os bens culturais protegidos existentes no Distrito de Barra Feliz. Em consulta ao Plano de Inventário elaborado para aquela localidade, verificou-se a existência dos seguintes bens: 1. Capela de Santo Antônio - Rua Principal s/nº. Distrito de Barra Feliz. Santa Bárbara/MG; 2. Muro da antiga senzala - Lado esquerdo da Rua que corta a rua principal. Distrito de Barra Feliz. Santa Bárbara/MG; 3. Residência Jose de Castro - Rua Principal, nº 168. Distrito de Barra Feliz; 4. Residência Sr. Antonio Leite - Rua Principal, nº 18. Distrito de Barra Feliz. Santa Bárbara/MG; 5. Residência / comercio - Rua Principal, s/nº. - às margens do rio - Distrito de Barra Feliz. Santa Bárbara/MG; 6. Residência - Rua Principal, s/nº - ao lado da Res. Do Sr. Raul - Distrito de Barra Feliz. Santa Bárbara/MG; 7. Residência do Sr. Raul - Rua Principal, s/nº. Distrito de Barra Feliz. Santa Bárbara/MG; 8. Igreja Nossa Senhora da Conceição - Rua Principal, s/nº. Distrito de Barra Feliz. Santa Bárbara/MG; 9. Muro da Igreja - Rua Principal, s/nº. Distrito de Barra Feliz. Santa Bárbara/MG; 10. Residência - Rua N. Sra. da Conceição - aos fundos da Igreja N.Sra. Conceição - Distrito de Barra Feliz. Santa Bárbara/MG; 11. Queca de Natal de D. Lélis - Saberes - Distrito de Barra Feliz. Portanto, é necessário que a empresa identifique estes bens em relação à mancha. 14

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17 7.1. O MPMG apresentou todos esses dados - análise de documento apresentado pela Vale à CPPC, na data de 17 de maio de 2019, em resposta à Nota Técnica 63/2019 e ao ofício 369/2019; ofícios do IPHAN e do IEPHA - à REQUERIDA, via , em 18 de maio de 2019, às 11h45min A REQUERIDA apresentou resposta por , em 19/05/2019, informando em suma que (doc anexo): Capela do Socorro: que não realizaria registro documental dos bens na zona de autossalvamento pois o Termo de Interdição n , lavrado pela Superintendência do Trabalho em Minas Gerais veda, na área interditada, toda e qualquer atividade com a utilização dos trabalhadores, com exceção daquelas utilizadas de forma remota, incluindo-se, certamente, o acesso de trabalhador ao local, mesmo que por via aérea. Memorial Affonso Penna: o estabelecimento de medidas de salvaguarda é realizado diretamente entre a Secretaria de Cultura do Município e a empresa especializada. Bens Conjunto de Comércio à Rua Conselheiro Afonso Pena, 133 e Casas Geminadas à Rua Conselheiro Afonso Pena, 204: apresentou em resposta o plano de medidas de salvaguarda. Escola de Música: serão realizadas, de imediato, medidas visando a documentação do local. Tais medidas serão contempladas em um aditivo ao plano anexo, que será apresentado pela empresa, ao Ministério Público, em outra oportunidade. Centro Histórico protegido pelo IEPHA: nos termos do mapa de dam break, na faixa do perímetro amarelo de tombamento do Centro Histórico inexistem bens acautelados inseridos na mancha de inundação. Cine Rex: apresenta acervo documental mas o Município afirmou a desnecessidade de remoção de tais bens. A Casa do Artesão: não possui bens acautelados em seu acervo mas consultará o Município sobre a necessidade de remoção de tais bens. 17

18 Consoante as informações disponibilizadas com a empresa até o momento, todos os bens inventariados em nível municipal encontram-se georreferenciados no mapa apresentado pela empresa em (última versão), sendo que somente o imóvel denominado Casa Para Todos, que não possui bens móveis ou integrados, encontra-se inserido na mancha de inundação. Em relação ao Distrito de Barra Feliz, a empresa informa que irá inserir os bens, conforme lista fornecida no Ofício n. 369/2019 e enviá-los até segunda-feira, final da manhã. Equipes especializadas já se deslocaram para os Municípios, para dar início a execução das medidas de salvaguarda previstas nos planos apresentados; A Igreja Matriz de São João Batista, Capela de São Benedito e Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Barra Feliz encontram-se fora da mancha, não sendo vislumbrados, até o momento, impactos que justifiquem a execução imediata de reforço interno e externo das esquadrias e a instalação de anteparos externos; Em relação aos bens móveis da Igreja Matriz de São João Batista, a equipe especializada irá estabelecer contato com o pároco local, para que ele decida quais bens devam ser removidos para locais menos acessíveis. 8. Contudo, as informações prestadas não são verossímeis e não merecem acolhimento De fato, no tocante à adoção de medidas de proteção ao patrimônio cultural na zona de autossalvamento, já foi exaustivamente exposto pelo Ministério Público do Trabalho e pela Superintendência Regional do Trabalho em MG que as medidas urgentes podem ser adotadas mesmo nas barragens interditadas e na zona de autossalvamento, desde que atendida a Norma Regulamentadora 03, especialmente o seu item 3.4, ou seja, desde que a empresa elabore um plano de atuação na área que garanta a vida do trabalhador. Esta informação já havia sido apresentada à REQUERIDA na reunião no MPT ocorrida em 10/04/2019 e na reunião CEDEC do dia 11/04/2019 (atas anexas). A questão foi reafirmada pelo Ministério Público do Trabalho na reunião interinstitucional ocorrida em 19/05/2019, oportunidade em que a Advocacia Geral do Estado e 18

19 MPMG ressaltaram a necessidade de a REQUERIDA elaborar e executar plano para resgate documental da Capela do Socorro, que garanta a vida dos trabalhadores de forma imediata, ainda que com uso de equipamentos aéreos (ata em elaboração). No entanto, a empresa não sinalizou o acatamento da determinação Ademais, embora os bens inventariados pelo município de São Gonçalo do Rio Abaixo constem do site da prefeitura, ainda não foram devidamente mapeados pela REQUERIDA ou contemplados em eventual plano de salvaguarda Apurou-se ainda que, diversamente do que a REQUERIDA afirmou, o Município de Barão de Cocais não prescinde do resgate documental do Cine Rex ( anexo) Em relação à localização ou não dos demais imóveis na área de dam break, resta a dúvida sobre se o mapa apresentado contempla o pior cenário, observada a ordem judicial proferida na Ação Civil Pública n , da Comarca de Barão de Cocais 7. Segue um dos mapas de dam break apresentados pela empresa, com destaque na área do Município de Barão de Cocais: 7 Vide, também, matéria jornalística que divulga alerta de que o estrago em Barão de Cocais pode ser maior que o previsto pela Vale, de acordo com estudos feitos pelo Grupo Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade (PoEMAS). Disponível em: Publicado em: 20 maio Acesso em: 22 maio

20 9. Diante da urgência da situação e do comportamento evasivo da Requerida, nos dias 20 e 21 de maio de 2019, o MPMG estabeleceu contato telefônico com cada uma das Secretarias de Cultura dos municípios envolvidos, para verificar quais medidas estavam sendo efetivamente realizadas pela Vale S/A para a proteção do patrimônio cultural em risco O contato realizado com o Município de Barão de Cocais foi assim sintetizado em certidão: Certifico que, na presente data 8, conversei com o Secretário de Cultura e Turismo de Barão de Cocais, o senhor Rafael Augusto Gomes, a fim de tomar conhecimento sobre como está ocorrendo a abordagem da empresa Vale no que tange às medidas a serem adotadas para proteção física dos 8 20/05/

21 bens que serão diretamente impactados, caso ocorra o rompimento da Barragem Sul Superior. Foi dito que os representantes da Vale não se reúnem pessoalmente com a Secretaria de Cultura e Conselheiros, por este motivo não receberam esclarecimentos sobre o agravamento da situação da barragem. Esclareceu que os representantes da Vale apenas se reúnem com o Prefeito e que este repassa as informações dadas e os encaminhamentos definidos. Afirmou que a Secretaria de Cultura e o Conselho apenas têm contato com a empresa denominada Bicho do Mato. Certifico que o senhor Secretário de Cultura informou que, em relação às solicitações de salvaguarda ao patrimônio impactado em Barão de Cocais, apenas tem data de início as ações relativas ao Cine Rex, informando que se iniciarão amanhã, dia 21/05/2019. Esclareceu que não há cronograma de execução para as demais solicitações feitas pela Secretaria de Cultura de Barão de Cocais no ofício nº024/2019/smct. Certifico, ainda, ter informado que pretende solicitar à empresa Vale a adoção de medidas que contemplem o patrimônio cultural imaterial impactado tais quais: Festa dos pés de Pombo, Festa de São João Batista, Festa de Mãe Augusta do Socorro, entre outros. A título de exemplo esclareceu que a Festa de Mãe Augusta segue um rito muito específico, que não poderá mais se realizar no local onde ocorria, sendo necessário encontrar um novo local. Argumentou, também, que para que a festividade ocorra é usada uma indumentária singular, que não é fácil de reproduzir. Esta indumentária ainda se encontra no Distrito de Socorro. Nestes termos foi dito que o município entende que ou deve ser feito o resgate dos itens utilizados na Festa de Mãe Augusta, ou que a empresa custeie a confecção de novos itens para a celebração. Para a Festa de São João Batista foi dito que são necessários o pau-de-sebo, quebra potes, fogueira, decoração do templo, entre outros itens. Afirmou que o Município precisará do apoio financeiro da Vale para 21

22 viabilizar a continuidade destas festividades. Disse que o município está sofrendo com a queda do turismo e que isto tem causado grande impacto em sua receita, posto que é uma das fontes de renda existentes. Por fim, certifico ter dito o secretário que solicitou à Vale providenciar reunião com as comunidades de Piteiras e Tabuleiros, com acompanhamento da Secretaria de Cultura e Conselho de Patrimônio Cultural, a fim de identificar juntos aos moradores eventual patrimônio cultural existente naquelas localidades que não tenha sido contemplado nas ações de resgate/salvamento. Mas ainda não houve retorno por da empresa. No referido Município, também foi feito contato telefônico com o Pároco responsável pela Igreja Matriz de São João Batista, no dia 20 de maio de 2019, assim certificado: Certifico que, na presente data, conversei com Padre José Antônio, pároco responsável pela Igreja Matriz de São João Batista, edificada em Barão de Cocais - MG. Certifico ter perguntado se a empresa Vale entrou em contato para esclarecer sobre o agravamento da situação da barragem, ao que me foi dito que não. Perguntei se a empresa tinha entrado em contato para encaminhamento da sugestão feita pelo IPHAN: de colocar o Senhor Morto e demais objetos que estivessem a um metro do chão em áreas menos acessíveis. Ao que foi dito que não, que a Vale não entrou em contato. A este respeito o Padre informou ter recebido a senhora Thaís, que ele aventa ser do IPHAN de Belo Horizonte, e que, junto a esta, deslocaram o Senhor Morto para um local mais alto do que onde se encontrava. (...) Ao ser perguntado por mim, afirmou que é inviável subir com esta peça para o coro, onde se encontram as peças resgatadas de Socorro, tendo em vista que a escada é estreita e o Senhor Morto muito grande, peça antiga e fragilizada. Certifico ter solicitado fotos e estas nos foram encaminhadas. 22

23 Em seguida, mapa de inundação previsto para a sede do Município, com a identificação dos bens culturais: 9.2. Em relação ao Município de Santa Bárbara: Certifico que na presente data realizei contato telefônico 9 com o Secretário de Cultura do município de Santa Bárbara, o senhor Alexandre Mota. Inicialmente, questionei o Secretário Municipal de Cultura de Santa Bárbara sobre o andamento dos trabalhos do Plano de Resgate dos 9 Em 21/05/2019. Contato (31)

24 bens culturais do Memorial Affonso Penna, desenvolvidos pela empresa Bicho do Mato, contratada pela Vale. O Secretário Municipal nos informou que as atividades somente contemplariam o acervo histórico, constituído por bens móveis e documentos, que seriam inventariados pela empresa. Os itens relacionados à expografia, como painéis, por exemplo, não seriam contemplados pelo Plano. Informou que os trabalhos haviam sido iniciados, tendo sido realizada a subida do material do 1º pavimento para o pavimento superior. No entanto, nenhuma peça teria sido retirada da edificação até o presente momento e os trabalhos de inventário também não haviam se iniciado. Indagado sobre os demais bens culturais inseridos na mancha de inundação, o Secretário Municipal de Cultura informou não ter conhecimento. Sobre a Escola de Música, insistiu que o bem estaria fora da mancha. Sobre o conjunto de comércio e as casas geminadas da Rua Conselheiro Afonso Pena, nº 133 e 204, o secretário alegou total desconhecimento. Informei ao Secretário Municipal sobre as sugestões deste Setor Técnico em relação a bens culturais inventariados de propriedade particular que porventura estejam dentro das manchas de inundação, como o reforço interno das esquadrias, instalação de anteparos (internos ou externos) nos vãos para dificultar o acesso da lama ao interior do imóvel e/ ou cercamento da edificação. Ele afirmou que todas as ações realizadas no município até então estão voltadas somente para o Memorial Affonso Penna. Questionado sobre o Distrito de Barra Feliz, o Secretário Municipal de Cultura informou que a Igreja está fora da mancha, estando localizada num terreno mais elevado. Para que tomasse conhecimento da inserção dos bens inventariados na mancha de inundação, encaminhei ao Secretário Municipal de Cultura de Santa Bárbara (turismoeculturasb@gmail.com) os mapas de dam break relativos ao centro urbano do município. Aproveitei a oportunidade para encaminhar também o mapa relativo ao Distrito de Barra Feliz. 24

25 Apresentam-se os mapas de inundação referentes ao Município de Santa Bárbara: 25

26 9.3. Quanto a São Gonçalo do Rio Abaixo: Certifico que na presente data entrei em contato telefônico 10 com o Secretário de Cultura do município de São Gonçalo do Rio Abaixo, o senhor Ulysses Guimarães Fonseca. Na oportunidade, fui informada sobre a reunião que foi realizada no município em 23/04/2019, cuja memória foi enviada a esta Promotoria por pela Vale. Em consulta ao site do município, verifiquei que consta disponível a listagem de bens protegidos, tombados e inventariados. Questionei ao Secretário se estes bens haviam sido incluídos na mancha de inundação e em princípio fui informada que na reunião realizada a Vale apresentou o mapa de Dam Break onde constava que somente um bem cultural encontrava-se 10 Em 20/05/2019. Contato (31)

27 inserido dentro da mancha de inundação. Ao informar ao secretário os endereços de alguns dos bens inventariados constantes na lista disponibilizada no site da prefeitura, chegou-se a conclusão que os bens inventariados não foram considerados no mapa elaborado pela Vale, como já havia sido ponderado por este Setor Técnico. O Secretário informou que possivelmente há bens inventariados dentro da mancha de inundação tendo em vista que o centro histórico do município encontra-se próximo ao rio que corta a cidade. Portanto, mais uma vez destacamos a importância da Vale considerar todos os bens culturais protegidos no mapa de Dam Break para que se tenha a real dimensão de quais serão os bens culturais atingidos no município de São Gonçalo do Rio Abaixo caso ocorra o rompimento da Barragem de Gongo Soco e possibilitar a adoção de medidas preventivas em relação a estes bens. O senhor Ulisses informou que em relação ao bem cultural tombado Casa para Todos, inserido na mancha de inundação, a Vale informou que tendo em vista a existência de documentação da edificação pela Prefeitura, não seria necessário realizar novos levantamentos do imóvel. Não ofereceu à Prefeitura, proprietária do imóvel, as alternativas propostas por este Setor Técnico como medidas preventivas de danos à edificação. Informei a ele quais seriam estas medidas: reforço interno das esquadrias, instalação de anteparos (internos ou externos) nos vãos para dificultar o acesso da lama ao interior do imóvel e/ ou cercamento da edificação. O Secretário informou que teria interesse na adoção destas medidas pela Vale em relação ao imóvel. Informei ao Secretário sobre as sugestões deste Setor Técnico em relação a bens culturais inventariados de propriedade particular que porventura estejam dentro das manchas de inundação seriam as mesmas recomendadas para o bem cultural Casa para Todos, sendo necessária consulta aos proprietários que decidirão sobre a adoção ou não destas medidas nos seus imóveis. Ele concordou e informou que 27

28 após o recebimento da mancha de inundação contendo os bens inventariados poderia auxiliar no contato com os proprietários dos bens culturais inventariados inseridos dentro da mancha. Em relação à Igreja do Rosário, o senhor Ulisses informou que em março do corrente ano, quando houve o acionamento por engano da sirene no município, o padre responsável pela Igreja entrou em contato com o ele preocupado com a edificação tombada e o acervo da igreja, tendo em vista que esta se situa em uma região mais baixa e próxima ao rio. Foi informado que no interior da igreja há muitos bens móveis e integrados de grande valor cultural. Na reunião realizada com a Vale foi solicitada maior precisão e outros esclarecimentos em relação à proximidade da mancha de inundação da Igreja do Rosário, sendo informados que a mancha estaria a 4 metros de distância dos fundos da igreja. Informei ao secretário da sugestão deste Setor Técnico em realizar o cercamento dos fundos da igreja, configurando uma proteção em forma de "U", medida de caráter preventivo para evitar danos à edificação religiosa, mas possibilitando o uso da mesma, tendo em vista que a fachada frontal estaria livre. Este se mostrou inseguro em relação ao cercamento que poderia causar pânico, apreensão e até mesmo questionamentos da população local mas se comprometeu em se reunir nesta terça-feira com os responsáveis pela Igreja e conselheiros do COMPAC e nos daria um posicionamento do que foi decidido, ainda amanhã no período da tarde. Segue mapa da área de inundação fornecida pela empresa em relação ao Município de São Gonçalo do Rio Abaixo: 28

29 Os mapas de inundação apresentados deixam clara a proximidade de alguns bens culturais à mancha de inundação e a possibilidade concreta de serem atingidos, em caso de subdimensionamento, conforme já explanado. 10. Percebe-se, portanto, que a Vale S/A não vem adotando todas as medidas necessárias e possíveis preventivas para garantir a proteção ao patrimônio cultural localizado nos Municípios de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo, em risco de severa degradação, na hipótese de rompimento da Barragem Sul Superior. Assim, especialmente em virtude do agravamento do risco ocasionado pela iminente queda do Talude Norte (prevista para ocorrer até o dia 25 de maio de 2019), é essencial a intervenção do Poder Judiciário. 29

30 Ademais, já há ocorrência de danos ao meio ambiente cultural material e imaterial, inclusive turístico, que merecem ser mitigados e ressarcidos, o que será pormenorizado no aditamento à inicial a ser apresentado no prazo legal. II EXPOSIÇÃO DO DIREITO II.1. PRELIMINARMENTE - DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO Preliminarmente, o Ministério Público justifica o ajuizamento da demanda no foro da comarca de Barão de Cocais, ante a abrangência local dos impactos e danos ambientais decorrentes do empreendimento, em atendimento ao princípio da competência adequada na tutela coletiva, segundo o qual não se deve aplicar regras legais de competência sem exercer juízo de ponderação quanto às peculiaridades do caso concreto. O foro competente para a Ação Civil Pública é definido no art. 2º da Lei nº 7.347/85, cuja competência é determinada em razão do local onde se encontra o bem tutelado pela demanda, sendo caracterizada pela doutrina majoritária como territorial absoluta. Soma-se a este dispositivo o estabelecido no art. 93 do Código de Defesa do Consumidor, que assim dispõe: Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local: I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local; II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente. A abrangência de mais de um município ou comarca não é empecilho à identificação da extensão do dano como local. Isso porque o dano só será regional, com competência do foro da 30

31 capital do Estado, na hipótese de a situação do dano atingir a maior parte ou número elevadíssimo de cidades de todo o Estado, ou ao menos, número considerável de cidades distribuídas por todo o Estado (LEONEL, Ricardo de Barros. Manual do Processo Coletivo. São Paulo: Malheiros, 2017, p. 273). Em posicionamento ainda mais amplo, Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. pontuam que o dano regional, que conduziria à competência da capital do Estado, seria apenas aquele verificado em dois ou mais estados, que abarque uma das regiões do país (Norte, Centro-oeste, Nordeste, Sudeste e Sul) ou ainda, que atinja um número mínimo de comarcas (DIDIER JR., Fredie; ZANETI JR., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: processo coletivo. v ed. Salvador: Editora Jus Podivm, 2017). Em síntese da matéria, a competência deve ser definida da seguinte forma: a) quando o dano atingir poucas comarcas, a competência será de qualquer uma delas, salvo se entre elas estiver a capital do Estado, que, então, será a única competente; b) se o dano compreender todo ou quase todo o Estado, a competência será exclusiva da capital do Estado; c) se o dano for de âmbito regional envolvendo mais de um Estado, a competência será concorrente entre as capitais desses Estados; d) se o dano for de âmbito nacional, a competência será concorrente entre as capitais dos Estados e do Distrito Federal, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (DINAMARCO, Pedro da Silva, Ação civil pública e suas condições da ação. São Paulo: Editora Saraiva, 2001, p. 506). Deve-se levar em conta o fato de que o dano não observa fronteiras territoriais e a competência deve ser estabelecida de acordo com o juízo que melhor atenda às expectativas de solução dos problemas. Nesse sentido, é adequadamente competente o foro que estará mais próximo dos danos e da realidade discutida, podendo apurar provas com maior facilidade e que promova acesso à participação das partes e coletividade. No caso concreto verifica-se a extensão local dos danos e a adequação do foro da comarca de Barão de Cocais, por atender às diretrizes acima expostas, tendo em vista ser o local onde se encontra localizada a Barragem Sul Superior e que suportará maiores danos, diante do fato e a onda de rejeitos iniciar-se com maior força e aceleração, dissipadas ao longo de sua trajetória de destruição. Há, ainda, que se considerar que é mais efetivo manter-se o julgamento 31

32 da causa em local próximo ao dano, onde a produção da prova é mais efetiva e a verdade real é conhecida de forma mais pungente. II.2. MÉRITO No mérito, a REQUERIDA é responsável por todas as estruturas da Mina Gongo Soco, sendo que o fato de não ter cuidado de garantir a estabilidade das mesmas está causando danos ao meio ambiente cultural e, caso haja efetivo rompimento, pode ocasionar danos ainda maiores. Por isso, a Requerida deve adotar todas as medidas necessárias para evitar e/ou mitigar danos ao patrimônio cultural ameaçado e reparar todos os danos causados. Se não, vejamos: A) DEVER DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE CULTURAL RESPONSABILIDADE DO EMPREENDEDOR NECESSIDADE DE ADOÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS E REPARAÇÃO INTEGRAL DE DANOS 1. Inicialmente é necessário reafirmar-se que aquele que explora a atividade econômica de mineração é responsável pelo empreendimento e segurança de suas estruturas, especialmente das barragens de rejeitos, bem como pela recuperação do meio ambiente que venha a degradar. A Constituição da República, que alçou o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado à categoria de direito fundamental e o erigiu a princípio orientador da ordem econômica e social, prevê: Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 32

33 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: (...) 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. [...]. Grifos nossos. Por sua vez, a Lei Federal n.º /2010 estabeleceu a Política Nacional de Segurança de Barragens e consagrou os fundamentos da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), quais sejam: I a segurança de uma barragem deve ser considerada nas suas fases de planejamento, projeto, construção, primeiro enchimento e primeiro vertimento, operação, desativação e de usos futuros; (...) III o empreendedor é o responsável legal pela segurança da barragem, cabendo-lhe o desenvolvimento de ações para garanti-la; IV a promoção de mecanismos de participação e controle social; V a segurança de uma barragem influi diretamente na sua sustentabilidade e no alcance de seus potenciais efeitos sociais e ambientais. (artigo 4º) - Grifos nossos. A teor do disposto nos artigos 17 e 18 da mesma Lei Federal n.º /2010: Art. 17. O empreendedor da barragem obriga-se a: 33

34 I - prover os recursos necessários à garantia da segurança da barragem; (...) V - manter serviço especializado em segurança de barragem, conforme estabelecido no Plano de Segurança da Barragem; Grifos nossos. A seu turno, a Deliberação Normativa COPAM nº 87/2005 prescreve, em seu artigo 4º, 2 o, que em nenhuma hipótese, poderá o empreendedor da barragem isentar-se da responsabilidade de reparação dos danos ambientais decorrentes de acidentes, mesmo que sejam atingidas áreas externas ao domínio definido pela área a jusante da respectiva barragem, delimitada nesta Deliberação Normativa. 2. No caso dos autos, as ações e omissões da REQUERIDA fizeram com que a barragem Sul Superior da Minas de Gongo Soco esteja em risco iminente de rompimento, classificada em nível 3 de emergência 11. Em caso de concretização de rompimento - para além dos danos que já estão ocorrendo - serão efetivamente causados novos danos ao Meio Ambiente Cultural. Diante do caráter irreversível que os danos ambientais 12 podem assumir, deve ser considerada a exigência de se evitar a ocorrência de danos, agindo-se conforme os princípios da prevenção e precaução. O princípio da prevenção impõe a prevalência da obrigação de antecipar e impedir a ocorrência de danos sociais e ambientais sobre a adoção de medidas para repará-los ou compensá-los. A respeito do tema, vale trazer à colação o escólio de ÉDIS MILARÉ 13 : 11 Nos termos da Portaria DNPM nº /2017, do art. 37, III. Nível 3 A ruptura é iminente ou está ocorrendo. 12 Como ensina Marcos Paulo de Souza Miranda, [...] o conceito hodierno de meio ambiente não se resume ao seu aspecto meramente naturalístico, mas comporta uma conotação abrangente, holística, que engloba inclusive os bens de valor histórico e artístico, sendo necessário que os operadores do direito se atentem para este fato, pois somente assim será possível alcançar a proteção integral do meio ambiente, assegurando que os bens de valor cultural, que também são essenciais à sadia qualidade de vida de todos nós, possam ser usufruídos pelas presentes e pelas futuras gerações.(miranda, 2006, p. 346) 13 MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente. 4ª. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p

35 O princípio da prevenção é basilar em Direito Ambiental, concernindo à prioridade que deve ser dada às medidas que evitem o nascimento de atentados ao ambiente, de modo a reduzir ou eliminar as causas de ações suscetíveis de alterar sua qualidade. [...] Ou seja, diante da pouca valia da simples reparação, sempre incerta e, quando possível, excessivamente onerosa, a prevenção é a melhor, quando não a única solução. A seu turno, o princípio da precaução, adotado expressamente pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Rio 92, que resultou em declaração da qual o Brasil é signatário, impõe que: Princípio 15 - Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental. Conforme decisão do Superior Tribunal de Justiça, prolatada no âmbito do Recurso Especial nº SP (2011/ ), de relatoria do Ministro Humberto Martins, a ausência de certeza científica, longe de justificar uma ação possivelmente degradante do meio ambiente, deve incitar o julgador a mais prudência. Aliás, conforme determinação expressa contida no artigo 2º, 2º, da Lei da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil PNPDEC (Lei Federal nº /12), a incerteza quanto ao risco de desastre não constituirá óbice para a adoção das medidas preventivas e mitigadoras da situação de risco. Reforce-se que, no Direito Ambiental, em razão dos princípios da prevalência do meio ambiente, da prevenção e da precaução, ganham relevo as tutelas específicas de urgência, sobretudo aquelas que permitem o afastamento do próprio ilícito (ditas inibitórias), impedindo, consequentemente e não raras vezes, a ocorrência do dano ambiental. Imprescindível se esclarecer que a tutela judicial ambiental não se ocupa apenas da reparação do dano ambiental, mas calca-se, também, na necessidade de se atacar o próprio ilícito ambiental, visto aqui de forma divorciada do dano. É que o dano, aliado ao ilícito, reflete apenas um pressuposto da reparação, nada impedindo (aliás, impondo-se) que o ilícito seja combatido 35

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