REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS
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- Elza Meneses Moreira
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1 REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS
2 Evolução do Registro Art. 4º - matrícula em um dos Tribunais do Comércio do Império, para ser considerado comerciante. Tribunais do Comércio do Império: função jurisdicional e administrativa (registro) = função executiva e judiciária em 1 só órgão. Desde a Constituição de 1824, que se prega no país a separação dos Poderes = 1875 são extintos os Tribunais do Comércio, assumindo os Juízes o Poder Jurisdicional e as Juntas Comerciais as funções administrativas Art. 967, CC/ 2002 inscrição do empresário no Registro Público de Empresas da respectiva sede, antes do início das atividades. Regulamentação atual: Lei 8.934, de 18/11/1994 e Dec , de 30/01/1996
3 Finalidades do Registro Público Art. 1º, Decreto 1.800, de 1996: Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades: I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma da lei; II - cadastrar as empresas mercantis nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes; III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.
4 Órgãos de Registro de Empresas Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis SINREM. Composição: Departamento Nacional de Registro de Comércio órgão Federal ligado à Secretaria de Comércio e Serviços, subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. não registra; fiscaliza, orienta e normatiza os atos das Juntas Comerciais - Juntas Comerciais dos Estados
5 Juntas Comerciais Estaduais (art. 7º, Dec , de 1996) Assentamento dos usos e costumes comerciais ex officio ou por provocação da Procuradoria ou de entidade de classe reunir e assentar em livro próprio os usos e práticas mercantis correntes na jurisdição; (Ex.: contratante indenizar a transportadora terrestre pela sobre-estadia paga aos motoristas em atrasos na descarga nos portos) Registro das empresas e atividades afins; elaborar a tabela de preços de seus serviços, observados os atos especificados em instrução normativa do Departamento Nacional de Registro do Comércio - DNRC Processar a habilitação e a nomeação dos tradutores públicos e intérpretes comerciais; elaborar os respectivos Regimentos Internos e suas alterações, bem como as resoluções de caráter administrativo necessárias ao fiel cumprimento das normas legais, regulamentares e regimentais; expedir carteiras de exercício profissional a pessoas regularmente inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;
6 Órgãos das Juntas Comerciais Procuradoria fiscaliza e apresenta pareceres sobre questões jurídicas de registro e afins. Órgão de consulta interna da Junta; Secretaria Geral efetiva o registro. Operacionalização administrativa; Plenário órgão deliberativo máximo. Julga recursos contra indeferimento de algum ato constitutivo; Turmas decidem o arquivamento ou não de determinados atos constitutivos determinam o deferimento ou o indeferimento do registro. Presidência designado pelo Governador, dentre os vogais que compõem as Turmas.
7 Ato do Registro de Empresário O ato do registro do empresário chama-se arquivamento. A pessoa jurídica tem seu nascimento legal com o arquivamento. Da assinatura do Contrato Social, tem-se 30 dias para o arquivamento (dentro deste prazo, a arquivamento retroage à data de assinatura efeito ex tunc. Após este prazo, o arquivamento tem efeito ex nunc)
8 Arquivamento, Matrícula e Autenticação Arquivamento requisitos: Art. 35, Lei 8.934, de 1994 e art. 53, do Dec , de 1996 descreve o que não pode ser arquivado. Observados os requisitos legais, a Junta deve, obrigatoriamente, proceder ao registro. Matrícula obrigatoriedade de determinados agentes auxiliares do comércio se matricularem nas Juntas: leiloeiros oficiais, tradutores públicos, intérpretes comerciais, administradores de armazéns-gerais e trapicheiros (administradores do trapiche armazéns-gerais de pequeno e médio porte). Autenticação prova o arquivamento de documentos de firma individual, sociedade empresária, cooperativa, consórcio de empresas e grupo de sociedades. Como a Junta não pode manifestar-se acerca da substância do documento, a autenticação não gera responsabilidade da Junta quanto aos fatos e atos ali insertos.
9 Conseqüências da Falta de Registro Responsabilidade ilimitada dos sócios pelas obrigações da empresa; Não pode pedir falência caso seja credor de outra sociedade (art. 97, 1º, da Lei ), nem pode requerer recuperação judicial (art. 51, V, da Lei de Falências Lei ) Impossibilidade de inscrição no CNPJ e nos cadastros estaduais e municipais.
10 Proteção do Nome Empresarial Juntas Comerciais proteção dentro da Unidade da Federação (estado); INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) proteção em todo o território nacional, dentro do ramo de atividade econômica registro de marcas e patentes: Patente: é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgados pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente. (...) Proteger esse produto através de uma patente significa prevenir-se de que competidores copiem e vendam esse produto a um preço mais baixo, uma vez que eles não foram onerados com os custos da pesquisa e desenvolvimento do produto.
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