INCLUSÃO DIGITAL PARA ANALFABETOS
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- Luciano Chaves Eger
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1 Professor tutor/assessor da CRTE: Nilton Sergio Rech Nome do Cursista: Valeria Guckert Colégio: Estadual Frentino Sackser Ensino Fundamental e Médio Unidade: 03 Data: 23/08/2011 Atividade: Roteiro de Implementação na Escola INCLUSÃO DIGITAL PARA ANALFABETOS A informatização de serviços básicos vem crescendo numa velocidade estonteante e, junto, vem a dificuldade com que grande parte da população, em sua esmagadora maioria, idosos e analfabetos, enfrentam para acessá los. A preocupação do Estado, hoje, é erradicar o analfabetismo. Existem programas como o Paraná Alfabetizado onde se ensina ler e escrever com o intuito de se ter 100% da população alfabetizada. Porém, com o avanço do desenvolvimento tecnológico, está nascendo uma nova classe de analfabetos: o analfabeto digital. Esta classe, com certeza, trará grande preocupação para todos os governos, pois estamos entrando numa era na qual é praticamente impossível pensar em qualquer atividade sem usar um computador. Acredito, que a exclusão digital é mais sofrível que não saber ler ou escrever por que ela atinge pessoas alfabetizadas, que se sentem culpadas ou desprezadas por não estarem preparadas para esse mundo virtual que se configura para o futuro. Neste sentido, é necessário considerarmos que: Inclusão Digital pode ser considerada como democratização das tecnologias. Esse assunto tem sido muito repercutido no Brasil pelas dificuldades encontradas para a implantação. Incluir uma pessoa digitalmente não apenas "alfabetizá la" em informática, mas sim fazer com que o conhecimento adquirido por ela sobre a
2 informática seja útil para melhorar seu quadro social. Somente colocar um computador na mão das pessoas ou vendê lo a um preço menor não é, definitivamente, inclusão digital. que e inclusao digital. Considerando meu dever social, como educadora, incentivei alunos da Turma de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos que funciona no Colégio Estadual Frentino Sackser a manusear um computador e obter conhecimento básico sobre informática. Ainda em relação à Inclusão Digital, sugiro que os Laboratórios de Informática instalados em praticamente todas as escolas do Paraná, sejam providos de profissionais capacitados e sejam disponibilizados à comunidade em geral, assim, estaremos dando oportunidade para que todos tenham acesso ao mundo informatizado. APLICATIVO UTILIZADO Teclado, Mouse, Broffice Writer, Internet Explorer. OBJETIVO Propiciar aos alunos da turma de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos do Colégio Estadual Frentino Sackser Ensino Fundamental e Médio a oportunidade de manusear o mouse, digitar dados pessoais e conhecer a Internet, para que, sem medo ou receio, possam acessar serviços básicos como receber benefícios nos caixas eletrônicos.
3 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE IMPLEMENTADA Conversando com os alunos percebi que não tiveram ainda a oportunidade de manusear o mouse ou o teclado de um computador. Alguns tinham receio de mexer, todos com razões diferentes, mas incentivados pelos outros, acabaram participando das atividades propostas. No início, foi um pouco complicado, pois não sabem ler, então tive que fazer minha fala usando os ícones ou símbolos disponíveis, o interessante é que todos tem grande facilidade de memorização. As aulas transcorreram muito bem, o objetivo proposto foi bem assimilado, principalmente no sentido de fazer com que tomassem gosto em usar o computador e perdessem o receio que a maioria tem de mexer nessas máquinas, (computadores, caixas eletrônicos, etc) Estar ou não incluído no mundo digital. Esta é a condição para muitos brasileiros saírem de uma nova categoria de analfabetismo: o funcional. É que algumas pesquisas estão incluindo na categoria dos analfabetos funcionais aquelas pessoas consideradas off line (desconectadas) de determinadas ações básicas, como por exemplo, acessar um caixa eletrônico, inserir um cartão pré pago ou executar funções elementares de um telefone celular. (Sales, Iracema. 2004) RESULTADOS OBTIDOS Foi muito gratificante participar da felicidade que os participantes do curso demonstravam a cada encontro. Percebi que para os alunos que conhecem o alfabeto, é bem mais fácil escrever digitando do que manualmente. Acredito que isto se deve ao fato da maioria ter trabalhado na agricultura, onde os gestos são rudes, duros, fazendo
4 com que a coordenação para pequenos traços se torne difícil. Também me chamou atenção o fato de alguns não saber somar ou subtrair, se atrapalham com os números, mas ao tratar com dinheiro, ninguém se atrapalha, conhecem todos os valores e sabem exatamente o troco que precisam receber. Sabem calcular mentalmente, mas não conseguem fazer contas no método arme e efetue, isso é extraordinário. Percebi, ainda, que mesmo não sabendo ler ou escrever, os participantes do curso tem um conhecimento de coisas práticas muito interessantes, eles memorizam e armazenam informações com facilidade. Devido ao entusiasmo com que terminaram o curso, sugeri a professora que continue levando os alunos à Sala de Informática, e, me coloquei à disposição para ajudar sempre que precisem. Ilustração 1: Disponível em:
5 Referências Bibliográficas SALES, Iracema. Exclusão digital cria um novo tipo de analfabetismo Disponível em: Diário do Nordeste Acesso em: 19 set Ilustração 1. Disponível em: Acesso em: 19 set. 2011
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