Análise ao Sector Bancário Angolano

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1 FINANCIAL SERVICES Análise ao Sector Bancário Angolano kpmg.co.ao KPMG ANGOLA

2 a Section or Brochure name Índice 1. Prefácio e agradecimentos 3 2. Breve descrição da metodologia do estudo 4 3. Enquadramento macroeconómico 5 4. Análise do sector bancário em Angola 8 5. Desafios do sector bancário em Angola Inovação e Orientação ao Cliente 5.2 Corporate Governance e Gestão de Risco Operacional 5.3 Eficiência no Negócio Bancário 5.4 Gestão do Risco de Crédito 5.5 Lei Cambial 5.6 Reforma Tributária 5.7 CONTIF/IFRS 5.8 AML/CTF 5.9 Mercado de Capitais 5.10 Continuidade de Negócio 6. Principais conclusões Dados financeiros 33

3 Análise do Sector Bancário Angolano 3 1. Prefácio e agradecimentos Decorrido mais um ano de actividade da KPMG em Angola, continuámos a manter o nosso foco no Sector Financeiro, procurando acompanhar os seus principais desenvolvimentos, quer ao nível da performance e regulação, quer ao nível dos seus desafios. No âmbito deste posicionamento, mantemos o nosso compromisso com o mercado de contribuirmos com os resultados da nossa análise sobre o Sector Bancário em Angola, com destaque para as nossas expectativas em relação aos seus desafios. Nesta base, esperamos que este estudo continue a representar para as Instituições Financeiras Angolanas, Reguladores e mercado em geral, um instrumento de apoio à análise da evolução do Sector, bem como da sua dinâmica. A informação disponibilizada neste estudo, relativa a dados de cada uma das Instituições Financeiras, é proveniente de contas publicadas ou divulgadas directamente pelas Instituições Financeiras que operam em Angola, salvo indicação em contrário. O ano de 2011 veio consolidar a retoma do ritmo de crescimento económico em Angola, após um período de alguma desaceleração. É expectável que, à semelhança de outros países do continente Africano, Angola continue a apresentar taxas de crescimento bastante favoráveis nos próximos anos, considerando o investimento actual e previsto na diversificação da economia Angolana e nas relações comerciais, o que potenciará, igualmente, o Sector Financeiro em geral e o Sector Bancário em particular. O recente desenvolvimento económico de Angola é igualmente comprovado pelas agências de rating, tendo a sua notação em 2011 melhorado nas várias agências, demonstrando o nível de confiança crescente no País e a sua maior capacidade de obtenção de financiamento. Não obstante, ainda subsiste na economia Angolana uma elevada dependência das receitas provenientes do petróleo, o que continua a expor o País à volatilidade económica internacional, nomeadamente no momento actual. No que respeita ao Sector Bancário, no exercício de 2011 em análise no presente estudo verificaram-se ritmos de crescimento relevantes nas várias dimensões em análise, potenciando, igualmente, o crescimento da taxa de bancarização da população Angolana. Embora esta taxa ainda se mantenha relativamente baixa quando comparada com outros países africanos, continua a existir uma orientação estratégica no mercado para potenciar o seu crescimento, quer por via das Instituições Financeiras, quer por via dos Reguladores. É nossa opinião que, face a uma maior exposição internacional, o Sector Bancário se deparará com um conjunto desafios adicionais relacionados com corporate governance, gestão do risco e de compliance, sem descurar a contínua inovação no negócio e a optimização da sua base de custos. A evolução ao nível regulamentar e de supervisão do Sector que temos vindo a assistir, em alinhamento com as boas práticas internacionais, continuará a exigir às Instituições Financeiras um modelo organizacional dinâmico e articulado, garantindo respostas atempadas e exequíveis ao nível de gestão de risco, controlo interno, prevenção ao branqueamento de capitais e combate ao financiamento do terrorismo. Por outro lado, as Instituições deverão continuar a apostar na inovação e qualidade de serviço ao cliente, bem como na exploração e desenvolvimento de oportunidades de negócio decorrentes da nova regulamentação em vigor, como, por exemplo, a que se encontre relacionada com a Reforma Tributária, a Lei Cambial ou mercado de capitais (primário e secundário). Gostaria de apresentar neste estudo um especial agradecimento pelo empenho de todos aqueles que colaboraram na preparação deste trabalho, esperando que o mesmo continue a corresponder às melhores expectativas dos seus destinatários, e subscrevo-me com os melhores cumprimentos. Sikander Sattar Presidente do Conselho de Administração da KPMG Angola Luanda, Novembro de 2012

4 Análise do Sector Bancário Angolano 4 2. Breve Descrição da Metodologia do Estudo Metodologia do Estudo e Fontes de Informação Os dados e análises apresentados sobre o Sector Bancário em Angola resultaram da informação pública (Relatórios e Contas) disponibilizada pelas Instituições Financeiras incluídas no nosso estudo, da informação disponibilizada no site do Banco Nacional de Angola (BNA) e de dados obtidos através da EMIS, entre outras fontes. A análise efectuada baseia-se em valores agregados e, salvo quando expressamente mencionado em contrário, resultam do somatório dos valores associados às Instituições Financeiras consideradas no presente documento. Não obstante o universo do nosso estudo pretender ser composto pela totalidade das Instituições Financeiras a operar em Angola (total de 23 Instituições, conforme listagem de Instituições Financeiras autorizadas constante no site do BNA à data de 14 de Agosto de 2012), relativamente a três das Instituições não foi possível recolher atempadamente a informação necessária para efeitos do nosso estudo. As Instituições Financeiras não consideradas para efeitos do presente estudo foram as seguintes: Banco BAI Micro-Finanças; Banco para Promoção e Desenvolvimento; Banco de Desenvolvimento de Angola. Sem prejuízo deste facto, consideramos estar assegurada a representatividade do Sector na globalidade dos indicadores analisados. Assim, o presente estudo visa dar uma perspectiva quantitativa e qualitativa sobre as diferentes dimensões de análise do Sector Bancário Angolano, nomeadamente: Dimensão (p.e.: activos, crédito, depósitos, produto bancário, número de balcões, número de empregados); Rentabilidade (p.e.: resultados líquidos, ROE, ROAA); Eficiência (p.e.: cost-to-income); Alavancagem (p.e.: rácio de transformação); e Solidez (p.e.: solvabilidade). Ano de início de actividade Banco Ano BPC BANCO DE POUPANÇA E CRÉDITO 1976 BCI BANCO DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA 1991 BCGTA BANCO CAIXA GERAL TOTTA DE ANGOLA 1993 BFA BANCO DE FOMENTO ANGOLA 1993 BAI BANCO ANGOLANO DE INVESTIMENTOS 1997 BCA BANCO COMERCIAL ANGOLANO 1999 SOL BANCO SOL 2001 BESA BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA 2002 BRK BANCO REGIONAL DO KEVE 2003 BMF BANCO BAI MICRO-FINANÇAS 2004 BIC BANCO BIC 2005 BPA BANCO PRIVADO ATLÂNTICO 2006 BMA BANCO MILLENNIUM ANGOLA 2006 BNI BANCO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAL 2006 BDA BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE ANGOLA 2006 VTB BANCO VTB-ÁFRICA 2007 BANC BANCO ANGOLANO DE NEGÓCIOS E COMÉRCIO 2007 FNB FINIBANCO ANGOLA 2008 BKI BANCO KWANZA DE INVESTIMENTO 2008 SBA STANDARD BANK 2009 BCH BANCO COMERCIAL DO HUAMBO 2010 BPD BANCO PARA PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO 2010 BVB BANCO VALOR 2010 Fonte: BNA e Relatórios e Contas dos Bancos

5 Análise do Sector Bancário Angolano 5 3. Enquadramento Macroeconómico Seguindo a tendência de 2010, a desaceleração da economia mundial agravou-se em 2011, tornando-se clara a extensão e profundidade da crise que teve início em A nível mundial, em 2011, segundo o World Economic Outlook, elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em Outubro de 2012, o crescimento económico foi de 3,8%, menos 1,3% que o ano anterior. Para 2012, está prevista uma ligeira contracção, sendo de 3,3% a taxa de crescimento esperada para a economia mundial. O crescimento deveu-se em grande parte às economias emergentes (6,2% em 2011), os quais compensaram o crescimento de, apenas, 1,6% das economias mais desenvolvidas, nomeadamente EUA, Zona Euro e Japão. A desaceleração, a nível global, apresenta como principais causas a crise europeia de dívida soberana, as incertezas sobre a política orçamental dos EUA e algum abrandamento dos historicamente elevados ritmos de crescimento dos países emergentes, entre os quais os países da África Subsariana. Apesar do referido abrandamento, é expectável que este grupo de países continue a apresentar um crescimento económico assinalável no final de 2012, suportado pela menor exposição à incerteza das economias desenvolvidas. A diversificação da economia Angolana tem sido um dos grandes objectivos nos últimos anos, com resultados já bem evidentes. Apesar de o Sector petrolífero ter apresentado um ligeiro aumento em 2011 (devido ao aumento dos preços dos mercados internacionais), desde 2008 tem vindo a reduzir o seu peso relativo no total do PIB Angolano, muito por via do incremento de sectores como a agricultura, a indústria transformadora e a construção, sendo expectável que esta tendência se mantenha. Em 2009 e 2010 o volume de produção de petróleo, em Angola, apresentou uma quebra. No entanto, o impacto em termos de valor não foi notório, visto que foi compensado pelo aumento dos preços internacionais do petróleo. No continente Africano, é expectável que Angola apresente em 2012 um dos mais significativos ritmos de crescimento do PIB (6,8%), alinhado com países de referência na região, como, por exemplo, a Nigéria (7,1%) e bastante acima da África do Sul (2,6%). Refira-se, ainda, que Angola apresentou uma evolução notável, apresentando um crescimento médio de 12,5% registado entre 2005 e PIB 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% Evolução do PIB real -5,00% Projecção -10,00% Angola África do Sul China Euro Area USA Fonte: FMI, World Economic Outlook October 2012 No continente Africano, é expectável que Angola apresente em 2012 um dos maiores crescimentos económicos da região. Com o objectivo de reduzir de forma gradual a dependência e exposição a determinadas economias evoluidas, foram desenvolvidos esforços no sentido de diminuir a importância do Sector petrolífero na economia Angolana, nomeadamente através da implementação do Programa de Investimentos Públicos (cujo principal objectivo é reforçar as infraestruturas públicas) e do Programa de Desenvolvimento de Micro, Pequenas e Médias Empresas (que ambiciona a criação e solidificação de um tecido empresarial robusto e competitivo), estimulando a economia, ao mesmo tempo que é gerado emprego e riqueza.

6 Análise do Sector Bancário Angolano 6 Relações Comerciais O objectivo de diminuir a dependência Angolana do exterior também desencadeou efeitos na Balança Comercial, cujo saldo em 2011 foi de 36%. Na base desta evolução, destaca-se o aumento das exportações de petróleo, o que permitiu compensar o ligeiro crescimento das importações. Evolução da Balança Comercial Importações 54% 8% -26% 18% Exportações 44% -36% 24% 30% Balança Comercial 40% -58% 87% 36% Como parceiros de referência na exportação de produtos Angolanos encontram-se a China (47%), seguida dos EUA (25,3%) e da Zona Euro (10,4%). Ao nível das importações de Angola, os principais fornecedores são a Zona Euro (41,6%), a China (14,3%) e os EUA (9,3%). Dentro da Zona Euro, Portugal apresenta-se com 18,96% do total das importações Angolanas, sendo o País com maior quota neste conjunto. Taxa de Câmbio Fonte: AICEP- ITC - International Trade Centre & BNA A volatilidade do Kwanza face ao Dólar Norte Americano (USD) tem sido historicamente elevada, o que levou à prossecução do objectivo de estabilização da taxa de câmbio nos últimos 10 anos. Em 2011, a cotação média foi de 93,5 AOA por cada USD. Esta estabilidade tem vindo a ser possível, dadas as elevadas receitas petrolíferas que permitem o aumento das Reservas Internacionais Líquidas e uma maior intervenção no mercado cambial primário por parte da autoridade monetária, sendo de prever que esta estabilidade se mantenha nos próximos anos. Desdolarização da Economia No sentido de repor a confiança na moeda nacional e de garantir a estabilidade cambial, no final de 2009 foi apontado como objectivo do BNA a necessidade de desdolarizar a economia, ou seja, reduzir, de forma inequívoca, a dependência da economia nacional face ao dólar norte americano. Nesta base, foram desenvolvidas pelo Executivo medidas com este propósito, limitando a utilização da moeda estrangeira na economia, como, por exemplo, o limite máximo imposto às casas de câmbio para venda de moeda estrangeira, a fiscalização do cumprimento da Lei Cambial, o incentivo aos pagamentos no mercado interno com Kwanzas e a definição de legislação que penalize a recusa do Kwanza como meio de pagamento em território nacional, entre outros. Este objectivo, visto actualmente como uma medida a médio prazo, pretende ter uma implementação gradual, de forma a evitar perturbações no funcionamento normal do mercado interno. É um processo que, apesar de ainda não estar próximo da sua conclusão, já permitiu reduzir o diferencial entre as duas moedas. Diversas medidas foram já desenvolvidas com o intuito de diminuir parcialmente a circulação do dólar norte americano na economia Angolana. A desdolarização já é uma realidade em Angola. Inflação Em 2011 a taxa de inflação apresentou um decréscimo face ao ano anterior, passando de 14,5% para 13,5%. Com base nos dados do FMI, prevê-se que esta taxa venha a convergir para valores próximos dos apresentados por outros países africanos, como, por exemplo a África do Sul, sendo esperado o seu decréscimo até cerca de 7,4% em ,0% Evolução da taxa de inflação 14,0% 12,0% Projecção Taxa de inflação 10,0% 8,0% 6,0% Angola África do Sul 4,0% 2,0% 0,0% Projecção Fonte: FMI, World Economic Outlook October 2012

7 Análise do Sector Bancário Angolano 7 Rating da República O desenvolvimento económico de Angola é, também, suportado pela evolução positiva da posição das Agências de Rating sobre a economia do País. Em 2011 Angola melhorou o seu nível de rating nas principais agências internacionais de notação financeira. Mais recentemente, já em 2012, as avaliações das agências de rating vieram confirmar e manter os mesmos níveis: Moody s: manteve-se em Ba3; S&P: manteve-se em BB-; Fitch: manteve-se em BB-. No futuro, prevê-se que a população Angolana apresente até 2017 um aumento sustentado do seu poder de compra em cerca de 5% ao ano, aliado às excelentes perspectivas de crescimento económico. PIB per Capita 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% Evolução do PIB por paridade de poder de compra per capita Angola África do Sul Estados Unidos da América Nigéria Esta evolução proporciona um maior nível de confiança no País e permite a obtenção de financiamento em condições mais favoráveis. -5,0% Perspectivas Futuras Fonte: FMI Dívida Pública Relativamente à dívida pública, o Estado continuou a utilizar a emissão de Bilhetes do Tesouro como a principal fonte de financiamento. Não obstante, saliente-se a redução de 20% no volume de emissões. Com base na informação do World Economic Outlook do FMI, prevê-se que o crescimento da economia mundial em 2012 registe um crescimento mais moderado que no ano anterior, com um progresso de 3,3%. Esta evolução é suportada principalmente pelos países emergentes, onde se inclui Angola com uma evolução expectável de 6,8% (sétimo maior crescimento da África Subsariana). Para 2012 é expectável que o peso do Sector petrolífero se mantenha, sem prejuízo da tendência para a maior diversificação, dinamização e investimento noutros sectores da economia, como sejam a agricultura, a indústria transformadora e a construção. PIB por Paridade do Poder de Compra Analisando o PIB per capita (PPC) de Angola em comparação com economias como os EUA, África do Sul ou Nigéria, é perceptível a positiva e sustentada evolução do poder de compra da população Angolana no período em análise. No entanto, e similarmente a outras economias mundiais (ex. EUA e África do Sul), a evolução deste indicador sofreu um impacto negativo em resultado da crise económica, apresentando valores mais reduzidos, especialmente em Angola apresenta uma evolução do poder de compra da sua população a um ritmo superior ao dos EUA e da África do Sul. Perante as perspectivas de crescimento, continuam igualmente a existir oportunidades para o investimento estrangeiro no País, bem como a materialização do movimento de internacionalização de Instituições Financeiras Angolanas no estrangeiro. No que respeita ao sistema financeiro e como forma de assegurar a sua robustez e resiliência, destaca-se a criação (já em 2012) do Comité de Estabilidade Financeira (COMEF). Este Comité tem como responsabilidade a avaliação e monitorização do comportamento dos principais indicadores de crescimento, como a rentabilidade, liquidez e solvabilidade do sistema financeiro Angolano. Deve, também, propor políticas para melhorar a respectiva solidez e eficiência, acompanhando situações passíveis de afectar a estabilidade financeira, avaliando o risco sistémico e probabilidade de contágio a nível doméstico, definindo mecanismos de prevenção e assegurando a implementação de planos de contingência.

8 Análise do Sector Bancário Angolano 8 4. Análise do Sector Bancário em Angola O crescimento económico generalizado de todo o continente Africano em 2011 teve um impacto positivo no Sector Bancário, permitindo um crescimento considerável do mesmo. O crescimento do PIB e do investimento estrangeiro nos diversos países possibilitou não só novas oportunidades de negócio como também o incremento de receitas para os agentes económicos, incluindo o Sector Bancário, potenciando igualmente o seu crescimento. O Sector Bancário Angolano é exemplo desse crescimento, tendo mesmo colocado seis Bancos no ranking dos 100 maiores Bancos do Continente Africano, segundo a African Business Magazine (Outubro de 2011). Esta classificação foi efectuada através da análise de indicadores de Capital, Activo, Resultados e Rentabilidade. Considerando as Instituições Financeiras em análise, o Sector Bancário Angolano continuou a crescer face ao ano transacto em dimensão (aumento de 18,3% em número de balcões, 9,2% em número de colaboradores e 20,6% em activos) e em rentabilidade (aumento de 13,3% do produto bancário). Já ao nível de resultados, foi visível um ligeiro decréscimo dos resultados líquidos em 2,0%, o qual foi influenciado principalmente pelo menor crescimento da margem financeira face ao ano anterior. Estas dimensões reflectem a contínua expansão das Instituições Financeiras em Angola, quer para novas províncias, incrementando a taxa de bancarização, quer na captação e exploração de novos negócios e recursos. Evolução do Sector Segundo o Departamento de Supervisão do Sistema Financeiro do BNA, em 2011 existiam 23 Bancos em Angola, mantendo-se a situação do ano anterior. A evolução do número de Bancos a operar em Angola nos últimos anos encontra-se intrinsecamente ligada à evolução económica positiva do País. Esta evolução foi propícia à criação de melhores condições e oportunidades no Sector Bancário, levando ao crescimento do número de Instituições a operar no mercado, evoluindo de 13 Bancos, em 2005, para 23, em Ao longo deste período, destaca-se a iniciativa privada e o aparecimento de um conjunto de Bancos sem capitais públicos. Bancos Público Misto Privado Nacional Filiais e Bancos Estrangeiros Total Fonte : BNA O Sector continua a caracterizar-se por uma elevada concentração sendo que cinco Bancos (BAI, BESA, BPC, BFA e BIC) representam 79% dos activos totais do sector. No entanto, mantém-se, igualmente, a tendência para a dispersão e perda de quota de mercado relativa pelas restantes Instituições a operar em Angola. Destacamos, ainda, a crescente regulamentação do Sector, preconizada em grande medida pelo BNA. Em 2011 foi emanada legislação com impacto na economia nacional em geral e no Sector Bancário em particular, nomeadamente a criação da taxa LUIBOR (Luanda Interbank Offered Rate) e da taxa de juro básica (taxa BNA), a legislação sobre a protecção ao consumidor de serviços e produtos financeiros em Angola, a diminuição das Reservas Obrigatórias em Moeda Nacional e o pacote regulamentar sobre a prevenção do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo. É expectável que o número actual de Bancos a operar no mercado potencie o desenvolvimento cada vez mais competitivo da actividade no Sector, com impactos positivos na sociedade Angolana, quer ao nível económico, quer ao nível social. Em paralelo, o grau de bancarização da população continua a ser um desafio, bem como a introdução no mercado de instrumentos financeiros com uma maior complexidade. Finalmente, destacamos o diagnóstico sobre o nível da implementação do CONTIF nas Instituições Financeiras Angolanas, o qual, estamos certos, permitirá recolher informação importante para nos próximos anos o BNA preparar a fase seguinte do framework aplicável à preparação das Demonstrações Financeiras, nomeadamente as IFRS. O elevado número de Instituições Financeiras potencia a saudável competitividade no mercado Angolano, levando ao crescimento da economia e do grau de bancarização da população.

9 Análise do Sector Bancário Angolano 9 Bancarização Em 2011 foi novamente notório o crescimento do número de balcões (18,3%), contribuindo para a bancarização da população em Angola. No universo analisado, o número de balcões passou de 838, em 2010, para 991, em 2011, sendo que a dispersão geográfica dos mesmos pelas províncias Angolanas aumentou significativamente, apesar de Luanda continuar, ainda assim, a concentrar quase metade do total de balcões do território. Rede Multicaixa e ATM A Rede Multicaixa continuou a respectiva expansão, nomeadamente por via da evolução do volume médio mensal de transacções em Automatic Teller Machines (ATM) de 5,1 milhões de transacções em 2010, para 6,8 milhões em 2011, bem como com um crescimento de 87% das transacções realizadas através de Terminais de Pagamento Automático (TPA), num total de cerca de nove milhões de transacções em Esta evolução representa um bom contributo para a bancarização da população. Nº de Balcões (em unidades) 18,3% Transacções em ATM ,1% % 35% % % 78% Balcões Novos canais electrónicos Fonte: KPMG, Relatórios e Contas dos Bancos Em paralelo, assiste-se à difusão de novos canais electrónicos para a distribuição de produtos e serviços, incrementando a forma de contacto entre os clientes e as Instituições Financeiras por via da maior facilidade de acesso, rapidez e comodidade na relação com o Banco. A crescente competitividade entre as Instituições tem levado a novos desafios em termos de crescimento ou mesmo de manutenção da quota de mercado, potenciando uma maior preocupação com os níveis de satisfação dos clientes e com a sua retenção. Serviços como o Mobile e o Internet Banking (conjunto de serviços bancários que permite ao cliente efectuar operações e consultas pelo telemóvel/internet) começam a surgir de forma mais massificada e a ser cada vez mais requeridos e usados por diferentes segmentos de clientes. Actualmente, é visível uma preocupação crescente com a satisfação dos clientes, disponibilizando as Instituições, um conjunto de mecanismos adicionais na sua relação com o Banco Transacções em TPA 140% 94% 68% 87% Fonte: EMIS Fonte: EMIS Com o aumento do número de cartões Multicaixa tem crescido o número de levantamentos em ATM e de pagamentos através do TPA. Esta tendência de crescimento é notória nos últimos anos, sendo a utilização dos TPA cada vez mais significativa, reduzindo a recorrência na utilização de numerário. À medida que existe uma maior utilização dos terminais de pagamento automáticos por parte de estabelecimentos comerciantes aderentes, o nível de confiança dos cidadãos na utilização deste terminais aumenta, levando a uma mudança no perfil de transacções e dos próprios clientes bancários. Este comportamento verifica-se pela evolução significativamente positiva no número de transacções em TPA ao longo dos anos.

10 Análise do Sector Bancário Angolano 10 Na base deste crescimento destaca-se, igualmente, a evolução do número de ATM e de TPA. De 2010 para 2011, a taxa de crescimento do número de ATM foi de 26% e a dos TPA foi de 50%. Unidades Unidades Evolução Caixas Automáticos (ATM) 30% 26% 39% % Evolução Terminais Pagamento Automático (TPA) 185% 60% % Fonte: EMIS % Fonte: EMIS A tendência anteriormente referida reflecte a confiança crescente da população em toda a rede Multicaixa, bem como nos novos serviços de pagamento disponíveis Internet e Mobile Banking. Não obstante, com o aparecimento de novos serviços e produtos, surgem igualmente outras situações menos positivas, como sejam as situações de potencial fraude associada a cartões bancários (débito ou crédito). Para o efeito, as Instituições Financeiras têm desenvolvido, em conjunto com a EMIS, mecanismos para a prevenção, controlo e detecção de indícios de fraude e para a sua resolução atempada, aquando da sua ocorrência. A crescente e significativa evolução do Sistema de Pagamentos em Angola demonstra a dinamização do Sector Bancário mas implica, igualmente, um maior controlo e vigilância sobre o mesmo por parte das Entidades de Supervisão. Antecipando essa questão, em 2011 o BNA reviu e definiu nova regulamentação associada aos cartões de pagamento bancários, regulando as actividades de emissão, aceitação e utilização de cartões de pagamento, garantindo uma maior prevenção e controlo de fraude relacionada com este produto e serviços associados. Esta evolução muito significativa do Sistema de Pagamentos alicerçou-se na alteração da forma como muitos pagamentos e operações começam agora a ser efectuadas, suportadas em transferências bancárias (em vez de numerário ou cheque) e que se aplicam tanto ao Sector privado como ao Sector público, nas várias campanhas de educação financeira e nos projectos direccionados, como por exemplo o projecto Bankita. Por tudo isto, a taxa de bancarização em Angola continua a evoluir positivamente, sendo que, segundo dados do BNA, evoluiu de 11% (da população total) no final de 2010, para cerca de 22% em Agosto de Apesar de Angola apresentar uma taxa de bancarização em claro crescimento ao longo dos últimos anos, ainda está longe dos valores apresentados por países com economias mais desenvolvidas nos quais a utilização de produtos e serviços bancários está perfeitamente enraizada, apresentando estes países, de acordo com o Banco Mundial, uma taxa de bancarização de 90%. No entanto, o esforço de inovação e disseminação de uma cultura financeira em Angola demonstra bem a vontade do Executivo e das Entidades de Supervisão na criação de condições fundamentais para o crescimento do Sector Bancário e da economia nacional.

11 Análise do Sector Bancário Angolano 11 Depósitos e Créditos Em 2011, manteve-se a tendência de crescimento da concessão de crédito (com uma taxa de crescimento de 22,8% face a 2010) e da captação de depósitos no mercado (34,3% face ao ano 2010). No caso da evolução registada nos depósitos, considera-se fundamental o aumento significativo da taxa de bancarização, o qual permitiu aos Bancos obter fundos que até agora estavam fora do Sector Bancário. 13,6% 3.234,1 Crédito e Depósitos por Balcão 3,8% 3.673, , ,8 Evolução Créditos e Depósitos 34,3% Depósitos por Balcão Crédito por Balcão Fonte: KPMG, Relatórios e Contas dos Bancos Milhões de AOA ,8% No que concerne ao crédito vencido, em 2011 houve uma diminuição deste valor em 3,5%, bem como no rácio de crédito vencido sobre crédito total, o qual ascendeu a 4,35%. Crédito Depósitos Fonte: KPMG, Relatórios e Contas dos Bancos Milhões de AOA Face à evolução dos depósitos e dos créditos concedidos, o rácio de transformação de recursos de clientes em crédito concedido baixou de 59,3%, em 2010, para 54,2%, em Embora distante do valor apresentado na União Europeia o qual, segundo o Banco Central Europeu, deve variar entre os 110% e os 150%, é desejável que num futuro próximo este rácio venha a aumentar, em Angola, permitindo um maior acesso ao crédito por parte da população e das empresas e, dessa forma, contribuir para um maior financiamento da economia nacional e desenvolvimento económico do País. Apesar da descida do rácio de transformação, verificou-se de 2010 para 2011 o aumento dos créditos e depósitos por balcão aberto, invertendo a tendência decrescente verificada em O crescimento positivo dos depósitos e dos créditos no Sector Bancário foi superior ao aumento do número de balcões, permitindo um impacto positivo nos rácios de depósitos por balcão (13,6%) e créditos por balcão (3,8%). Esta diminuição relaciona-se com o esforço e maior sofisticação no acompanhamento e recuperação do crédito mal parado e com a melhoria na classificação e atribuição de risco por parte das Instituições Financeiras, bem como com a consolidação e melhor utilização da Central de Informação e Risco de Crédito Crédito Vencido Total e Rácio de Crédito Vencido/Crédito Total -3,5% ,53% -1,2% 4,35% Crédito Vencido Rácio Crédito Vencido / Crédito Total Fonte: KPMG, Relatórios e Contas dos Bancos Milhões de AOA e % De acordo com dados do BNA, constata-se que mais de 60% do crédito vencido encontra-se relacionado com actividades de comércio a grosso e a retalho, actividades imobiliárias e particulares.

12 Análise do Sector Bancário Angolano 12 Depósitos e Créditos (cont.) Em 2011 houve um aumento significativo dos depósitos captados. Esta captação de depósitos foi maioritariamente em depósitos à ordem (57%), embora se verifique um aumento dos depósitos a prazo face a 2010, reflectindo uma maior orientação a planos de poupança por parte da população e das empresas, bem como uma maior disponibilização destes produtos por parte das Instituições Financeiras, contribuindo só para uma desdolarização da economia e, também, para a estabilização e controlo das taxas de câmbio e de juro. A temática da desdolarização da economia é evidenciada pelo equilíbrio actual entre os depósitos em moeda nacional e em moeda estrangeira. O BNA tem defendido uma política de aumento dos depósitos em moeda nacional em detrimento dos depósitos em moeda estrangeira. No entanto, observa-se, ainda, alguma relutância por parte da população Angolana na utilização de moeda nacional nas suas principais transacções ou subscrição de produtos. Não obstante, a moeda nacional tem vindo a ganhar peso ao nível da captação de recursos de clientes, tendo-se mantido nos 51% em 2011 face ao total de depósitos do Sector. 43% 41% Depósitos por Natureza e por Moeda 59% 57% 49% 48% % 51% Taxas de Juro Activas Moeda Nacional Moeda Estrangeira Crédito ao sector empresarial Até 180 dias 18,09% 10,17% De 181 dias a 1 ano 15,98% 10,03% Mais de 1 ano 17,70% 10,42% Crédito a particulares Dep. Ordem Dep.prazo Até 180 dias 19,08% 12,00% De 181 dias a 1 ano 13,10% 8,29% Mais de 1 ano 14,87% 8,35% Taxas de Juro Passivas Moeda Nacional Moeda Estrangeira 1,21% 0,03% até 90 dias 4,32% 2,38% de 91 a 180 dias 6,67% 2,68% de 181 dias - 1 ano 5,55% 3,72% mais de 1 ano 8,58% 3,88% Fonte: BNA/DES As taxas de juro activas aplicadas ao Sector empresarial e a particulares diminuíram face ao ano de 2010, principalmente no que respeita a moeda nacional, realçando mais uma vez a orientação do Sector em potenciar a contratação de operações em moeda nacional face a moeda estrangeira. Ao diferencial de taxas em moeda nacional e moeda estrangeira continua intimamente ligada a taxa de inflação em Angola. No entanto, as taxas de juro de mercado aplicadas a operações de crédito concedido - taxas de juro activas - continuam a demonstrar em 2010 e 2011 diferenças quando aplicadas a particulares ou a empresas. Por outro lado, a redução e maior estabilidade das taxas de juro dentro do mesmo escalão tem como principal influenciador a criação pelo BNA da LUIBOR. Esta taxa foi criada com o objectivo de introduzir uma taxa de juro de referência no mercado interbancário de forma a orientar a política monetária nacional e servir de referência para as taxas praticadas pelos Bancos comerciais. Pretende-se, então, aumentar a contribuição para estabilizar dos preços na economia e proteger os rendimentos e as poupanças da população. Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Depósitos Moeda Nacional Depósitos Moeda Estrangeira Fonte: KPMG, Relatórios e Contas dos Bancos Para além de diminuir as taxas de juro cobradas pelos empréstimos, esta taxa veio também estimular a subida das taxas (superiores a um ano) utilizadas para remunerar os depósitos dos clientes taxas de juro passivas. Nos restantes prazos não demonstraram uma variação relevante.

13 Análise do Sector Bancário Angolano 13 Activos A respeito da dimensão do sistema bancário Angolano no que toca aos seus Activos, continua-se a registar a tendência verificada em anos anteriores com um crescimento dos activos totais em torno dos 20% Activos Totais 20,6% A diversificação dos Activos das Instituições Financeiras a operar em Angola continua a ser heterogénea devido ao elevado número de Instituições e às suas diferentes formas de actuação no mercado. As principais componentes do Activo em 2011 correspondem a Disponibilidades e Crédito sobre Clientes, invertendo as posições face a O peso das Disponibilidades aumentou de 25,5% em 2010 para 29,7% em 2011, enquanto que o Crédito a Clientes diminuiu de 28,1% em 2010 para 27,8% em Activos Totais Fonte: KPMG, Relatório e Contas dos Bancos Milhões de AOA Destaque para o crescimento da rubrica de Aplicações de Liquidez, em linha com a maior captação de depósitos de clientes, e para o decréscimo da rubrica de Obrigações/Títulos, considerando o menor número de emissões e a evolução das taxas de remuneração destas operações. Estrutura de Activos 2010 Estrutura de Activos ,6% 7,2% 25,5% 6,7% 6,7% 29,7% Disponibilidades Aplicações de Liquidez 22,4% 8,1% 19,4% Crédito sobre clientes Obrig/Títulos Part/Imobilizado 9,8% Outros 28,1% 27,8% Fonte: KPMG, Relatório e Contas dos Bancos

14 Análise do Sector Bancário Angolano 14 Produto Bancário O crescimento do produto bancário manteve-se em 2011, apesar de a um ritmo menos elevado que no período anterior, passando de 24,3% para 13,3%. Tal facto deve-se essencialmente a um abrandamento no crescimento da Margem Financeira em 2011, cujo peso no produto bancário é de 65% e que registou um crescimento absoluto de 11,6% de 2010 para No que respeita à evolução positiva da margem complementar, face a 2010, o respectivo peso no produto bancário (35%), embora maior do que em 2010, não lhe permitiu compensar o abrandamento da margem financeira. O crescimento da Margem Financeira, ainda que menor, ficou a dever-se ao aumento das seguintes rubricas de proveitos de instrumentos financeiros activos: Proveitos originados por operações de crédito que registaram um crescimento de 30,4% em relação ao ano anterior; Proveitos de aplicações de liquidez com um crescimento de 50,9%. Cost-to-Income A evolução do Cost-to-Income entre 2010 e 2011 foi (em termos médios) positiva, fixando-se o Cost-to-Income médio em 2011 nos 49,7% face aos 51,7% registados em A eficiência do Sector Bancário registou uma melhoria face a 2010, devido à pressão e necessidade de optimização dos custos operacionais, nomeadamente custos com pessoal, fornecimentos e serviços externos e amortizações do exercício. Apesar de se verificarem esforços de redução do cost-to-income em alguns Bancos, revelando já uma maior orientação para a eficiência operativa, ainda existem investimentos significativos na rede de balcões, na contratação de colaboradores e em tecnologia específica, para fazer face às novas necessidades do mercado e aos desafios que o Sector enfrenta no futuro. 51,7% Cost-to-Income 49,7% Não obstante este crescimento, os proveitos de títulos e valores mobiliários desceram em 14,8%, bem como os custos de instrumentos financeiros passivos, com especial destaque para o aumento do custos dos depósitos em 31,7%, reflectindo o incremento dos volume de depósitos captados em Produto Bancário Margem Financeira 13,3% Margem Complementar Fonte: KPMG, Relatório e Contas dos Bancos Milhões de AOA Rentabilidade Fonte: KPMG, Relatório e Contas dos Bancos Avaliado o Sector, há que ter uma imagem global da sua rentabilidade. Assim a rentabilidade dos capitais próprios (ROE) em termos agregados, ainda que elevada, apresentou uma redução, situando-se nos 23,2% em 2011, face aos 28,9% em Ao comparar o ROE do Sector Bancário de Angola com o da média dos países africanos e analisando os dados da South African Reserve Bank, verifica-se a boa prestação dos Bancos Angolanos. Apesar da descida deste indicador, o ROE continua bastante acima da média africana (16,4% em 2011), demonstrando boas oportunidades de investimento e de criação de valor para os accionistas. No ano de 2011 existiu um crescimento da Margem Complementar em relação ao ano de 2010, compensando o menor crescimento da margem financeira.

15 Análise do Sector Bancário Angolano 15 Qualidade do Nível de Serviço Seguindo a mesma tendência, a rentabilidade dos activos (ROA) em termos agregados, também apresentou uma ligeira redução, situando-se nos 2,5% em 2011, face aos 3,1% em Agregado Return-on-Assets (ROA) 3,0% 3,1% 2,5% Return-on-Equity(ROE) 31,2% 28,9% 23,2% Rácio de Transformação 58,6% 59,3% 54,2% Analisando os resultados líquidos do Sector Bancário, comprova-se igualmente a perda de quota de mercado relativa dos cinco maiores Bancos a operar em Angola face aos restantes. Rácio de Solvabilidade Em Angola, o rácio de solvabilidade mínimo exigido aos Bancos pelo BNA é de 10%. No ano de 2011, o rácio de solvabilidade médio dos Bancos em análise situou-se nos 18,74%, comprovando novamente a estabilidade das Instituições e a sua solidez financeira. 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 27,98% Fonte: KPMG, Relatório e Contas dos Bancos Rácio de Solvabilidade 18,74% O desafio inerente à perda de quota de mercado por parte das maiores Instituições Financeiras em Angola resultante do incremento da competitividade interna, tem implicado um contínuo investimento no apoio e prestação de serviço ao cliente, assegurando a sua satisfação e incrementando desta forma os níveis de fidelização. Estas Instituições têm-se aproximado da realidade bancária de países com maior maturidade, nos quais existe um esforço pela segmentação dos clientes, separando-os por grupos homogéneos (com características e necessidades semelhantes). Desta forma as Instituições Financeiras conseguem oferecer produtos e serviços mais direccionados e adequados para cada segmento, aproveitando o conhecimento mais aprofundado sobre cada tipo de cliente. Para além das medidas aplicadas em cada Banco, o BNA definiu em 2011 nova regulamentação, através do Aviso n.º 2/11, alargando a protecção ao consumidor de serviços e produtos financeiros. Neste normativo foram estabelecidas novas regras de conduta, com especial destaque para a obrigatoriedade de existência de um livro de reclamações e de regras de segurança relacionadas com informação confidencial. Para além disso, evidencia-se ainda a preocupação crescente nesta temática do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor de Angola (INADEC), tendo um papel importante na garantia das melhores condições para o consumidor, assumindo, inclusivamente, um papel de vigilância e controlo do cumprimento das regras estabelecidas. 0,00% Fonte: KPMG, Relatório e Contas dos Bancos Observando a evolução do rácio de solvabilidade, nota-se que em média, os Bancos angolanos estão com rácios de solvabilidade bastante acima do que é exigido pelo BNA.

16 5. Desafios do Sector Bancário em Angola Análise do Sector Bancário Angolano 16 O Sector Bancário em Angola, apoiado na contínua tendência de bancarização da sua população, bem como no desenvolvimento de novos segmentos de negócio, produtos e serviços bancários, continua a apresentar-se como um dos Sectores mais dinâmicos e com desafios crescentes. A dinâmica do Sector exige que as Instituições tenham uma estratégia concertada e adequada que permita endereçar os importantes desafios que se colocam pela crescente competitividade, aumento da regulação e, também, pela cada vez maior exigência dos clientes e do mercado em geral. Numa perspectiva estratégica de negócio, as Instituições devem focar-se em criar valor através do aproveitamento das oportunidades, não deixando de incorporar na sua actividade e nos seus processos as melhores práticas internacionais. O BNA, enquanto Entidade de Supervisão do Sistema Financeiro, continua a assumir e reforçar o seu papel-chave nesta mudança, incutindo um grande dinamismo no esforço de aproximação do nível de exigência da supervisão e reporte às melhores práticas internacionais, tendo, naturalmente, a consciência plena de que os mesmos se traduzem num processo de implementação e ajustamento graduais nas diversas Instituições supervisionadas. Neste contexto, e dada a contínua evolução do Sector tão relevante para o desenvolvimento e modernização da economia Angolana, existem alguns desafios sobre os quais a KPMG procura partilhar o seu entendimento e suscitar a reflexão, demonstrando igualmente como poderá estar ao lado das Instituições neste momento vital do seu crescimento, dos quais se destacam: 1. Inovação e Orientação ao Cliente; 2. Corporate Governance e Gestão do Risco Operacional; 3. Eficiência no Negócio Bancário; 4. Gestão de Risco de Crédito; 5. Lei Cambial; 6. Reforma Tributária; 7. Contif/IFRS 8. AML/CTF; 9. Mercado de Capitais; 10. Continuidade de Negócio. Os aspectos relacionados com corporate governance, gestão de risco de crédito, operacional, compliance e mesmo reputacional deverão ser endereçados, sob pena de as Instituições não estarem capacitadas para fazer face aos desafios internos e externos com que o Sector e o País se deparam.

17 Análise do Sector Bancário Angolano Inovação e Orientação ao Cliente Nos últimos anos as Instituições Financeiras têm desenvolvido esforços na adopção de modelos de atendimento segmentados, visando a melhoria da experiência dos clientes e o reforço dos níveis de fidelização, retenção e angariação de clientes. No entanto, é premente garantir uma actuação segmentada e orientada ao cliente, definindo um modelo de relacionamento contemplando dois requisitos fundamentais: 1. uma visão externa no relacionamento com os clientes para garantir alinhamento com as preferências e necessidades; 2. uma visão interna na infra-estrutura de suporte, direccionando a Organização para a segmentação. Não obstante a visão externa apresentar ainda pontos de melhoria, a prioridade deverá ser fundamentalmente na visão interna, passando a optimização do Modelo de Relacionamento por uma intervenção em três grandes eixos de actuação. Proposta de Valor A optimização da proposta de valor passa por tornar a oferta de produtos e serviços dependente do valor das relações. É critico o desenvolvimento de produtos individualizados para segmentos específicos com o objectivo de executar as estratégias comerciais definidas (e.g. retenção, fidelização, angariação, etc.) através da optimização do valor das Instituições e dos seus clientes, satisfazendo as suas principais necessidades (e.g. gestão do dia-a-dia, poupar, consumir, investir) e garantindo um correcto impulso comercial em todo o ciclo de vida do cliente. Adicionalmente, é premente um adequado reposicionamento da função (transaccional, relacional) de cada canal de distribuição e um mix de meios de comunicação que garantam o cumprimento de todos os objectivos de comunicação (e.g. notoriedade, promoção, relacionamento, etc.). Estratégia de Distribuição A estratégia de distribuição exige que se compreendam as alavancas de valor de cada segmento (preço, qualidade, oferta e serviço) e se optimize o impacto ao nível das receitas, das margens e da eficiência. No actual contexto multi-canal e com o aparecimento de novas tecnologias, os clientes têm vindo a tornar-se mais sofisticados e exigentes, obrigando as Instituições a reflectir sobre as interacções que lhes proporcionam e a questionar os seus próprios processos de negócio e de suporte, no sentido de reforçar a eficiência e a experiência ao cliente. Deste modo, a adopção de uma estratégia de canais deverá induzir o comportamento dos clientes de acordo com a proposta de valor preconizada para o respectivo segmento (e.g. ofertas dirigidas aos segmentos, unidades de atendimento rápido, etc.), redefinir, interiorizar e comunicar aos clientes as funções especificas de cada ponto de contacto (e.g. serviços, preçários, etc.) e desenhar novos canais (layouts, serviços e conteúdo) de forma mais customizada às necessidade de cada segmento-alvo. Dinamização Comercial Planear e acompanhar a actividade comercial, avaliando o desempenho periodicamente e adaptando o plano inicial, é determinante para a optimização da performance da força de vendas num contexto de uma estratégia de orientação ao cliente. Para o efeito, a optimização da eficácia comercial exige a intervenção nos seguintes vectores: 1. padronização do processo de vendas, disseminando um processo centrado no cliente e direccionado pela segmentação; 2. reforço do tempo para vendas, gerindo continuamente a libertação de tempo dos gestores para actividades de vendas e relacionamento/ atendimento; 3. garantia de qualidade no planeamento, execução e avaliação dos ciclos comerciais; 4. tangibilização das oportunidade de negócio identificadas; 5. monitorização de KPI s e produção de alarmistica que assegurem a maximização da performance. O crescimento da economia Angolana tem contribuído para uma evolução das preferências, atitudes e comportamentos dos clientes e para a respectiva alteração das necessidades e propensão ao consumo de serviços financeiros. Assim, o sucesso das Instituições Financeiras passa inevitavelmente por uma intervenção a diversos níveis do modelo de negócio e operativo. Nesta base, a KPMG poderá apoiar as Instituições da seguinte forma: análises de mercado customizadas; definição e apoio na implementação de modelos de segmentação e rentabilidade; definição de estratégias de canais de distribuição; definição de propostas de valor por segmento; definição de estratégias de retenção e fidelização; análise, desenho e optimização da eficácia comercial; definição e apoio na implementação de modelos de serviço ao cliente.

18 Análise do Sector Bancário Angolano Corporate Governance e Gestão de Risco Operacional A gestão e acompanhamento efectivos dos eventos de Risco Operacional pressupõem a existência de modelos robustos de Corporate Governance e de Controlo Interno que assegurem a sua identificação, monitorização, reporte e mitigação de forma adequada à dimensão, estrutura e actividade da Organização. Estrutura de Corporate Governance Uma estrutura de gestão pouco clara, sem responsabilidades bem definidas e com linhas de reporte complexas podem fazer com que os sinais de alerta não sejam identificados ou não sejam convenientemente endereçados. Consciente desta importância, o BNA encontra-se na fase final de elaboração de um pacote regulamentar que visa estabelecer as politicas e processos que as Instituições Financeiras devem instituir no âmbito do Corporate Governance. A definição, implementação e revisão periódica de um modelo de Corporate Governance deverá ter como vectores orientadores a adaptação à dimensão, natureza e complexidade da actividade mas também contemplar os seguintes pontos: 1. estrutura de capital; 2. estratégia de negócio; 3. politicas e processos de Gestão de Risco; 4. estruturas Orgânicas, Politicas e Procedimentos (e.g. politica de remuneração, conflito de interesses, divulgação de informação, etc.). Um modelo de corporate governance efectivo deverá igualmente contemplar a necessária articulação entre as funções de Compliance, Risco e Auditoria Interna, respeitando a necessária segregação de funções entre as três linhas de defesa (ver figura ilustrativa abaixo): 1ª Linha de Defesa Unidades de Negócio / Suporte 2ª Linha de Defesa Liderança funcional, normas e Supervisão Conselho de Administração Comissão Executiva Comissão de nomeações, avaliações e remunerações 3ª Linha de Defesa Auditoria Independente Sistema de Controlo Interno O BNA pretende igualmente revisitar a implementação do Sistema de Controlo Interno (SCI) nas Instituições, visando os seguintes objectivos: 1. a continuidade do negócio e das Instituições; 2. a existência de informação, contabilística e de gestão, de natureza financeira e não financeira, completa, fiável e tempestiva, que suporte a tomada de decisão e os processos de controlo; 3. o cumprimento das disposições legais, das directrizes internas e das regras deontológicas e de conduta no relacionamento com os clientes, as contrapartes das operações, os accionistas e as Entidades de Supervisão. A avaliação do SCI numa óptica de processo permite mais facilmente identificar os principais riscos operacionais que podem colocar em causa a consecução dos objectivos e avaliar que tipo de controlos existem e os que deveriam existir para reduzir os graus de exposição ao risco para níveis aceites pela Organização. As Instituições Financeiras devem, assim, antecipar as medidas regulamentares previstas e tornar o seu Sistema de Gestão de Risco mais robusto, eficiente e eficaz através da criação de um ambiente de controlo, que inclui a definição de um modelo de corporate governance adequado, alinhado com as boas praticas do mercado e que promova na Organização padrões de actuação baseados em princípios éticos e transparentes. A correcta e atempada adaptação a estes requisitos, permitirá às Instituições uma resposta mais efectiva aos desafios de negócio, regulação e supervisão futuros. Nesta base, a KPMG poderá apoiar as Instituições Financeiras das seguintes áreas: definição e apoio na implementação do modelo de Corporate Governance, incluindo funções, atribuições e mecanismos de reporte; desenho e apoio na implementação do Sistema de Gestão de Riscos e do Sistema de Controlo Interno; documentação de processos de negócio e suporte; Unidade de Unidade de negócio A negócio X Comissão de Risco Compliance/ Gestão de legal Risco Comissão de Auditoria Auditoria Interna Auditoria Externa análise e desenvolvimento de testes de desenho e eficácia sobre áreas de negócio ou processos específicos; análise crítica a determinadas áreas de negócio ou processos numa óptica de eficiência, garantindo a correcta gestão do risco operacional. Reporte hierárquico Reporte funcional

19 Análise do Sector Bancário Angolano Eficiência no Negócio Bancário A economia Angolana tem vindo a registar um notável crescimento nos últimos anos, tendo as Instituições Financeiras desempenhado uma função fundamental na criação de condições económicas tanto às empresas como aos particulares. Não obstante, os fortes investimentos efectuados no Sector, tanto pela entrada de novos players como na adaptação dos presentes às novas necessidades do mercado, nem sempre garantiram uma maximização da eficiência operativa. A sustentabilidade futura das Instituições exige uma intervenção preventiva da eficiência da operativa bancária. Neste contexto, identificamos cinco eixos prioritários de intervenção para a eficiência do Negócio Bancário. Racionalização dos Produtos No contexto actual, a actividade de desenvolvimento de produtos começa gradualmente a ter uma importância estratégica para as Instituições Financeiras. Se, por um lado, a necessidade de diferenciação e adição de valor para os clientes de maior rendimento está a obrigar as Instituições Financeiras a desenvolver soluções mais sofisticadas, por outro, a necessidade de rentabilização de uma nova base ascendente e recém-bancarizada implicou dar prioridade a soluções de mais baixo custo transaccional, de forma a rentabilizar um novo cliente. Este modelo tem vindo a aumentar os custos operacionais, reduzindo o time-to-market, e podendo dar origem à disponibilização das soluções nos diversos canais, prejudicando a experiência do cliente e a eficiência. Deste modo, a racionalização de produtos é vista como uma oportunidade para reforçar a eficiência, pelo que a oferta de Produtos e Serviços deverá ser analisada segundo as seguintes dimensões: 1. identificação das origens da complexidade existente, nomeadamente as causas que levaram ao aumento efectivo da complexidade nos processos de comercialização e no processamento de produtos e serviços; 2. simplificação da oferta - captura do máximo de valor sob a perspectiva Banco e do cliente; 3. alinhamento do back-office e da operação com oferta pretendida - simplificação da oferta permite actividades de back-office desenhadas em torno de uma operativa standard; 4. pricing e a diferenciação - pricing por diferenciação acarreta custos adicionais, forçando uma avaliação das decisões numa óptica da rentabilidade. Optimização dos Canais de Distribuição Os últimos anos foram muito relevantes em termos de expansão da rede de distribuição. Este crescimento teve impacto tanto ao nível da adopção de novos canais (por força da utilização de novas tecnologias) como na forma de utilização das infra-estruturas já existentes (e.g. layout de balcões). No entanto, o rápido crescimento do mercado não garantiu a maximização estratégica do portfolio de canais, criando um conjunto de desafios operacionais relevantes (e.g. dispersão na Organização da responsabilidade dos canais, estratégia e métricas de performance independentes entre canais, falta de controle multicanal impedindo a adopção de estratégias multi canal, etc.). Estes desafios geraram inevitavelmente uma alocação sub-ideal dos recursos e uma deficiente gestão dos clientes pelo que é critico as Instituições começarem a considerar um conjunto de dimensões: 1. definição do papel dos diferentes canais de distribuição na interacção com o cliente com vista a optimizar todo o potencial da rede de distribuição tanto em termos de eficiência como no potencial de geração de valor; 2. definição do modelo operacional do canal de acordo com o propósito estratégico para o qual foi definido; 3. optimização dos processos para que esse papel seja cumprido de forma eficiente, maximizando o valor para o cliente e para o Banco. Eficiência no Back-Office Tanto em mercado maduros como emergentes o back-office das Instituições é o alvo frequente e prioritário na melhoria da eficiência operativa. Os níveis de crescimento verificados no Sector Bancário Angolano permitem acomodar um eventual sobredimensionamento de recursos relacionado com o início da actividade mas também a necessidade de redimensionamento decorrente da adopção de novas tecnologias e automatismos, em particular nos processo de back-office. Neste sentido, o mercado Angolano começa a despontar para a necessidade de actuar nos principais eixos da eficiência do back-office, nomeadamente: 1. ganhos de escala com a centralização das actividades (e.g. transferência de actividades administrativas/não comerciais dos balcões para o back-office, criação de back-office de produtos, etc);

20 5.3. Eficiência no Negócio Bancário (cont.) Análise do Sector Bancário Angolano modularização das operações de back-office (e.g. divisão entre operações standard e customizadas ); 3. segmentação do back-office (e.g. adequação dos níveis de serviço com o segmento em causa); 4. integração plena entre o front-office e o back-office (e.g. avaliação dos benefícios das customizações no front-office em relação à complexidade e aos custos de processamento no back-office ); 5. implementação de processos de garantia de qualidade (e.g. processo de melhoria continua - Lean e Six-Sigma). Subcontratação dos processos de Negócio A externalização de processos (vulgo subcontratação) nas Instituições Financeiras possui um conjunto de benefícios associados e que não se restringem apenas à redução de custos decorrentes de ganhos de escala e aumento dos níveis de serviço. Do ponto de vista da gestão, reduz o foco dos Gestores em actividade de menor valor acrescentado em detrimento de actividades estratégicas e na geração de negócios. Adicionalmente, a subcontratação contribui, para a libertação de capital por meio da redução de activos e das necessidades de investimento. No entanto, é preciso considerar os riscos inerentes a esta decisão de gestão e criar mecanismos de controlo e de redundância que permitam antecipar e/ou corrigir situações de desempenho do fornecedor abaixo do esperado/contratado ou, até mesmo, a ruptura de serviço. Apesar dos benefícios evidentes da externalização de algumas actividades tanto ao nível do frontoffice, back-office e funções de suporte, vários são os aspectos a ter em consideração: 1. indisponibilidade ou imaturidade dos fornecedores; 2. riscos relacionados com a segurança de informação; 3. dificuldade de integração da cadeia de valor com os fornecedores; 4. perda de controlo e conhecimento por parte das Instituições. Eficiência do Procurement Actualmente a função Procurement da maioria das Instituições tem enfocado o seu âmbito de actuação nas actividades tradicionais, de gestão de contratos e fornecedores e actividades relacionadas (e.g. planificação de encomendas, negociação de condições, etc). No entanto, as Instituições estão a constatar que a captura do total do potencial de poupança do processo de Procurement exige um reforço das actividades a jusante (e.g. definição de políticas de compra, planeamento de necessidades, qualificação de fornecedores, etc.) e a montante (e.g. gestão de contratos de parceria, retoma/(re)alocação, monitorização da performance, etc) da consulta e negociação ad-hoc com o mercado. A efectividade desta captura exige uma actuação ao nível da racionalização da despesa nos grupos de compras com elevado peso na despesa total nos vectores da procura, compra e de gestão, e na excelência da estrutura de suporte, assegurando a sustentabilidade dos benefícios alcançados a médio e longo prazo. O reforço da eficiência das Instituições Financeiras deverá passar pela optimização do seu modelo de relacionamento (e consequentemente a experiência de cliente) através de uma articulação entre as Estruturas Comerciais, garantindo o alinhamento com as preferências, necessidades e comportamentos dos clientes, e as Estruturas de Suporte, orientando os recursos internos para uma visão Cliente. Deste modo, em prol de uma optimização do equilíbrio entre a visão interna e externa do modelo operativo, a KPMG tem vindo a apoiar as Instituições Financeiras no desenvolvimento de: programas de optimização de custos; reengenharia de processos de suporte e negócio; realinhamento organizacional e funcional; optimização de funções de suporte e negócio; optimização dos modelos de front e back-office; optimização da gestão de crédito.

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