REDE NACIONAL PRIMEIRA INFÂNCIA. Secretaria Executiva
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- Filipe de Andrade Caldas
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1 REDE NACIONAL PRIMEIRA INFÂNCIA Secretaria Executiva
2 OBJETIVOS E SEDE Objetivo: defender e promover os direitos das crianças na primeira infância (período até 6 anos) Sede: na Organização membro do Grupo Gestor que estiver no exercício da Secretaria Executiva. Desde fevereiro de 2011 a 2013: Avante - Educação e Mobilização Social.
3 NATUREZA A RNPI é uma articulação nacional de organizações da sociedade civil, do governo, de organizações multilaterais, do setor privado e de outras redes, que atuam na promoção da primeira infância e que tenham formalmente aderido à sua Carta de Princípios.
4 DIREITO À ATENÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA: CAMI NHOS PERCORRI DOS, CAMI NHOS A PERCORRER
5 A EFETIVAÇÃO DE QUALQUER DIREITO PASSA, EM BOA PARTE, PELO VALOR QUE A SOCIEDADE ATRIBUI A ELE, portanto, Que importância a sociedade dá à criança de fato? Como ela é considerada?
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7 PRINCÍPIO 2º A criança gozará proteção social e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidade e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal, em condições de liberdade e dignidade. Na instituição das leis visando este objetivo levar-se-ão em conta sobretudo, os melhores interesses da criança.
8 PRINCÍPIO 6º Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão. Criar-se-á, sempre que possível, aos cuidados e sob a responsabilidade dos pais e, em qualquer hipótese, num ambiente de afeto e de segurança moral e material, salvo circunstâncias excepcionais, a criança da tenra idade não será apartada da mãe. À sociedade e às autoridades públicas caberá a obrigação de propiciar cuidados especiais Às crianças sem família e aquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.
9 Artigo 86 A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
10 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO/96 Título III Do direito à educação e do dever de educar Art. 4º. IV - atendimento gratuito em creches e préescolas às crianças de 0 a 6 anos de idade X - vaga na escola pública de educação infantil ou ensino fundamental a toda criança a partir do dia em que completar 4 anos de idade
11 ARTIGO 3 - O Currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio artístico, cultural, ambiental, científico e tecnológico de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.
12 ARTIGO 4 As propostas pedagógicas da EI deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, formula, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.
13 ARTIGO 5 A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e préescolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social.
14 Parágrafo 1 É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção. Parágrafo 2 É obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que completam 4 ou 5 anos até o dia 31 de março do ano letivo em que ocorrer a matrícula. Parágrafo 3 As crianças que completam 6 anos após o dia 31 de março devem ser matriculadas na Educação Infantil.
15 Muitos avanços legais e conceituais Avanços ainda tímidos na efetivação destes novos paradigmas
16 Criação de sistemas de garantia de direitos: CMDCA, Conselhos Tutelares, Ministério Público, etc. FUNDEB: recursos para este segmento Ampliação da oferta nas instituições de Educação Infantil : 4 e 5 anos obrigatório e aumento progressivo de vagas nas creches Crescimento das organizações da sociedade civil mobilizadas pela causa
17 Invisibilidade. Desarticulação e fragmentação das políticas públicas impedem a atenção integral e integrada. 12 milhões de crianças com menos de 3 anos de idade. Dessas menos de 25% estão em creches. Violência doméstica, comunitária e sexual, abandono e negligência. Condições de moradia, de saúde e isolamento.
18 Sociedade adultocêntrica INVISIBILIDADE Sociedade adultocêntrica
19 Um outro aspecto é reconhecer que as diferenças entre as condições de vida das crianças e adolescentes estão presentes dentro de nossos países por meio de diversos fatores, entre eles, a desigualdade econômica, as políticas públicas inadequadas, a indiferença, a discriminação, a corrupção e a falta de visão política estratégica com focos a médio e longo prazos. Esses fatores reduzem drasticamente as oportunidades para a população infantil e juvenil. Irene Rizzini
20 Discursos Práticas
21 Histórico do Plano Nacional Entender como o PNPI foi construído é importante porque processo similar pode ser adotado em cada município A Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) adotou como estratégia a elaboração do Plano Nacional pela Primeira Infância (PNPI). O PNPI foi construído em um processo colaborativo que envolveu as organizações e especialistas que fazem parte da RNPI. O CONANDA aprovou o PNPI como política setorial na Assembleia de 14 de dezembro de 2010.
22 O que é o PNPI O parâmetro para uma política integrada e articulada para a primeira infância segue agora a tramitação necessária para ser assumido como política pública. Mas é do esforço de cada município que seu resultado se tornará realidade O Plano Nacional pela Primeira Infância (PNPI) propõe uma política de promoção e defesa dos direitos fundamentais da criança desde o nascimento até os seis anos de idade. O PNPI se articula com os diversos planos setoriais já existentes sob a perspectiva de cumprir os compromissos internacionais assumidos pelo país. As metas são propostas para serem atingidas até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil
23 Princípios do PNPI 1. Criança sujeito, indivíduo, único, com valor em si mesmo. 2. A diversidade étnica, cultural, de gênero, geográfica. 3. A integralidade da criança. 4. A inclusão [social]. 5. A integração das visões científica e humanistica CONTINUA
24 Princípios do PNPI CONTINUAÇÃO 6. A articulação das ações. 7. A sinergia das ações. 8. A prioridade absoluta dos direitos da criança. 9. A prioridade da atenção, dos recursos, dos programas e das ações para as crianças socialmente mais vulneráveis. 10. A responsabilidade da família, da sociedade e do Estado na promoção dos direitos.
25 Diretrizes políticas do PNPI 1. Atenção à prioridade absoluta dos direitos da criança na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), no Plano Plurianual (PPA) e no Orçamento. 2. Articulação e complementação dos Planos nacional, estaduais, distrital e municipais pela primeira infância. 3. Manutenção de uma perspectiva de longo prazo. 4. Elaboração dos planos em conjunto pelo governo e sociedade. 5. Participação do Poder Legislativo no processo de elaboração do Plano. 6. Atribuição de prioridade para regiões, áreas geográficas ou localidades com maior necessidade.
26 Diretrizes técnicas do PNPI 1. Integralidade do Plano. 2. Multissetorialidade das ações. 3. Valorização dos processos que geram atitudes de defesa, de proteção e de promoção da criança. 4. Valorização e qualificação dos profissionais. 5. Reconhecimento de que a forma como se olha, escuta e atende a criança expressa o valor que se dá a ela, o respeito que se tem por ela, a solidariedade e o compromisso que se assume com ela.
27 Diretrizes técnicas do PNPI 6. Foco nos resultados: insistir e persistir no alcance dos objetivos e metas do PNPI e divulgar os avanços na medida em que são alcançados. 7. Escolha de alguns objetivos e metas para acompanhar e avaliar o Plano, com indicadores sensíveis e fáceis de verificar. 8. Transparência, disponibilidade e divulgação dos dados coletados no acompanhamento e avaliação do PNPI.
28 Assumir a responsabilidade adulta não significa impor determinadas pautas de maneira arbitrária ou autoritária. A voz das crianças deve ser ouvida, suas demandas devem ser atendidas e suas visões devem ser levadas em conta. Mas a responsabilidade adulta consiste, justamente, em escutar, considerar e analisar, e a partir desses elementos e da sua visão adulta e responsável, ter a capacidade de elaborar e implementar as políticas mais adequadas. Juan Carlos Tedesco
29 Planos Municipais pela Primeira Infância Para mudar o panorama da infância brasileira é preciso enfrentar os desafios nas 5 regiões do país, em cada estado e em cada município, respeitando as diversidades que se impõem em diferentes contextos A autonomia dos municípios representa a responsabilidade de reconhecer as demandas locais e articular estratégias de enfrentamento às violações de direitos e de multiplicação das boas práticas pelas suas infâncias. Os planos municipais devem ser construídos por meio de um amplo processo de participação social, incluindo também as crianças. Os planos municipais devem estar de acordo com os princípios estabelecidos no PNPI.
30 Planos Municipais pela Primeira Infância Promover a integração com planos setoriais já existentes, com especial atenção ao Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. O trabalho em rede é uma premissa fundamental para a elaboração e a efetivação do Plano Municipal. O caráter plural garante que cada tema relacionado à primeira infância receba a atenção devida com a expertise necessária. A adesão do município ao Plano pela Primeira Infância será reconhecida pela RNPI por meio de ofício de agradecimento ao prefeito.
31 Roteiro de elaboração do PMPI A elaboração do Plano Municipal deve ser norteada pelas ações finalísticas do PNPI: 1. Crianças com Saúde. 2. Educação Infantil. 3. Assistência social a crianças e suas famílias. 4. A família e a comunidade da criança. 5. Convivência familiar e comunitária em situações especiais. 6. Do direito de brincar ao brinquedo de todas as crianças.
32 Roteiro de elaboração do PMPI 7. A criança e o espaço - a cidade e o meio ambiente. 8. Atendendo à diversidade crianças negras, quilombolas e indígenas. 9. Assegurando o documento de cidadania a todas as crianças. 10. Enfrentando as violências sobre as crianças. 11. Protegendo as crianças da pressão consumista. 12. Controlando a exposição precoce aos meios de comunicação. 13. Evitando acidentes na primeira infância.
33 É preciso toda uma aldeia para educar uma criança. Ditado Africano O mundo somos todos nós, responsáveis, um a um, um por um, pelo que fizermos do mundo. Pedro Bloch
34 Muito obrigada! Maria Thereza Marcilio
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