DOENÇAS DA ALFACE Lactuca sativa
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- Madalena César Ventura
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1 DOENÇAS DA ALFACE Lactuca sativa Anotações de aula Profa. Marli F.S. Papa Vídeo Hidroponia: controle de doenças e pragas da alface 1. Quais as medidas que podem ser adotadas preventivamente para o controle das doenças da alface? 2. Quais as doenças fúngicas que afetam a parte aérea? 3. Quais as doenças fúngicas que atacam as raízes? 4. Quais as doenças bacterianas que incidem sobre a alface? 5. Quais os métodos alternativos que podem ser utilizados para o controle das doenças da alface? 6. Quais as doenças causadas por vírus que afetam a alface? 7. Como controlar as doenças causadas por vírus? 8. Como você explica a importância de ser dada tanta ênfase para o controle de doenças da alface por meio de medidas preventivas e alternativas? PRINCIPAIS DOENÇAS DA ALFACE Vírus Fungos Bactérias Fatores abióticos 1
2 1. Doenças causadas por vírus Mosaico* Vírus do mosaico da Alface Vira-cabeça Vírus do Vira-cabeça do Tomateiro Outros vírus relatados em alface no Brasil Vírus não relatados no Brasil Vírus do Mosaico do Picão, Vírus do Mosaico do Pepino, Vírus do Mosqueado da Alface Mosqueado - Lettuce mottle virus Big vein Mirafiori lettuce virus 1.1. MOSAICO DA ALFACE. Distribuído em todo o mundo. Importância: meses de verão fator limitante para a produção de alface SINTOMAS. Planta jovem: folhas mais novas deformações e enrolamentos, mosaico típico 2
3 . Planta doente: crescimento diferente do normal Planta mais velha:. sintomas de mosaico podem desaparecer. substituído por bronzeamento uniforme de todas as folhas. Var. crespas: + suscetíveis. sintomas necróticos, com morte parcial do limbo foliar ETIOLOGIA. Lettuce mosaic virus LMV. Transmissão:. Semente (pólen ou óvulo). vetor pulgão. Hospedeiros do LMV: 121 esp.: 17 famílias e 60 gêneros 3
4 CONTROLE Dano = f(sementes infectadas e população do vetor). Uso de sementes sadias 0,5 % de sementes infectadas = perdas totais EUA nível de tolerância = 0/ sementes Europa = nível de tolerância = 0/200 sementes. Variedades resistentes. Variedades com níveis de Tolerância e Resistência:. Viruzan. Brasil 48.Cil.Madona AG 605. Jade Imperial-D.Veneza roxa. Early Giant. Obo. Paris Island Cós. Brasil 303. Regina 71.Carolina AG 576. Monalisa AG 819. Empire. Higreen.Elisa. Floresta. Nacional. Deisy. Vanessa. Verônica. Vera 1.2. VIRA-CABEÇA DA ALFACE 4
5 SINTOMAS. Planta jovem: folhas mais novas lesões marromclaras, que escurecem com o tempo. Planta doente: crescimento diferente do normal, podendo ocorrer em um só lado da planta, com encarquilhamento e morte de tecidos, conseqüentemente da planta. Planta mais velha: bronzeamento uniforme de todas as folhas e necrose das áreas ETIOLOGIA - Tospovirus: 2 esp. Relatadas no Brasil:. Tomato spotted wild virus (TSWV) - nordeste. Tomato chlorotic spot virus (TCSV) - SP - Transmissão: circulativa progpagativa. vetor thripes ( Frankliniella sp. e Thrips tabaci) CONTROLE. Erradicar plantas viróticas da área. Evitar plantios de culturas afetadas. Controle do vetor. Eliminação de plantas daninhas hospedeiras do vetor e do vírus. Mudas sadias 5
6 2. Doenças causadas por bactérias Mancha bacteriana * Pseudomonas cichorii Podridão mole Erwinia carotovora pv. carotovora Outras bactérias relatadas Pseudomonas marginalis pv. marginalis, Xanthomonas campestris pv. vitians, Pseudomonas viridiflava 2.1. MANCHA BACTERIANA Maior incidência: inverno SINTOMAS. Folhas:. manchas necróticas irregulares bordos ou limbo foliar. Umidade : lesões delimitadas no tamanho e nas folhas + velhas. Umidade :. também nas folhas + novas. coalescência de inúmeras lesões. Podridão mole da planta no campo ou durante a colheita e transporte 6
7 ETIOLOGIA. Pseudomonas cichorii. Penetração. Disseminação:. sementes contaminadas. dentro da cultura???. Outros hospedeiros:. cucurbitáceas. solanáceas. liliáceas. leguminosas 7
8 CONTROLE. Não existem medidas específicas de controle medidas de caráter geral :. Bom preparo do solo. Tratamento de semente. Plantio em solo não contaminado. Eliminação de fonte de inóculo. Controle da água de irrigação Podridão mole Podridão mole 8
9 3. Doenças causadas por fungos Damping-off Rhizoctonia solani, Pythium spp. Podridão de esclerotinia Queima da saia Podridão da base das folhas Septoriose Manchas de folhas Míldio Murchadeira ou podridão negra das raízes Sclerotinia sclerotiorum Rhizoctonia solani Sclerotium rolfsii Septoria lactucae Alternaria sonchi, Cercospora sp. Bremia lactucae Thielaviopsis basicola 3.1. PODRIDÃO DE ESCLEROTINIA. doença comum. quando ocorre prejuízos totais. fungo polífago SINTOMAS. Sementeira: damping-off. Como identificá-lo no campo????. Consequências?????? 9
10 Plantas adultas no campo ou durante a colheita e transporte: podridão mole. Presença de micélio superficial branco e escleródios ETIOLOGIA. Sclerotinia sclerotiorum. Disseminação:. escleródios movimento de solo. ascosporos vento. Sobrevivência: solo. Cond. Fav.:. T 0 a 28 C e U 10
11 CONTROLE. Destruição de restos de cultura. Aração profunda. Preparo do solo com antecedência. Inundação do solo. Fumigação do solo. Pulverização:. iprodione. vinclozolin. Tratamento do solo:. quintozene 3.2. QUEIMA DA SAIA. manifesta-se em plantas adultas SINTOMAS Folhas + velhas:. lesões necróticas no pecíolo e nervuras, destruindo-os. necrose do limbo foliar e seca das folhas Sob cond. fav. :. afeta sucessivamente todas as folhas. presença de escleródios do fungo 11
12 ETIOLOGIA. Rhizoctonia solani. Sobrevivência:. micélio em restos de cultura. escleródios. Disseminação:. solo.mudas. água de superfície. vento. Muitas plantas hospedeiras. Cond. fav.:. U do solo. Temperatura: 15 a 25 C CONTROLE. Tratamento de solo. Tratamento das covas com PCNB 3.3. SEPTORIOSE. Bastante disseminada. Manchas de folhas perda do valor comercial das plantas doentes.importante produção de sementes (contaminação) 12
13 SINTOMAS.Folhas:. no geral folhas mais velhas. manchas necróticas, de tamanho e forma irregulares. centro da lesão escuro, oliváceo a preto parte central picnídios. tecido necrosado das lesões pode romper e cair. muitas manchas crestamento e perda das folhas morte da pl. ETIOLOGIA. Septoria lactucae. Disseminação:. semente. água de chuva CONTROLE. Ausência de variedades resistentes. Utilização de sementes sadias. Rotação de culturas. Pulverização com fungicidas: ditiocarbamatos 13
14 3.4. CERCOSPORIOSE ou Mancha de cercospora. Manchas de folhas perda do valor comercial. Ocorrência principalmente em cultivo protegido SINTOMAS.Folhas:. ataque ocorre a partir das folhas + velhas. pode ocorrer em qualquer estádio da planta. manchas necróticas, forma de circular a irregular. centro da lesão de cor claro a acinzentado. ataques severos ocorre o coalescimento das lesões, provocando queimas das folhas. da septoriose por apresentar bordas melhor definidas ETIOLOGIA. Cercospora longíssima e Cercospora sp.. Disseminação:. semente. água de chuva. vento. Cond. Fav.:. Alta umidade e temperaturas amenas 14
15 CONTROLE. Retirada e Destruição de plantas doentes da área. Utilização de sementes sadias. Rotação de culturas. Pulverização com fungicidas a base de cobre e maneb 3.5 MÍLDIO. Importante em condições de alta umidade e temperatura baixa ou amena. Fungo muito sensível ao calor e baixa umidade do ar (influencia na esporulação, germinação e penetração do fungo via estômato). Na ausência de filme de água não há formação de esporângios e zoósporos dentro destes SINTOMAS.Folhas:. áreas cloróticas de tamanho variável mais tarde necróticas de cor parda 15
16 . na superfície inferior frutificação de aspecto branco esporângios e esporangióforos Míldio Bremia lactucae ETIOLOGIA. Agente causal: Bremia lactucae 16
17 CONTROLE. Plantio em solo bem drenado, evitando áreas de baixadas, mal ventiladas e úmidas. Rotação de culturas com plantas de outras famílias. Eliminação de restos culturais. Pulverização com fungicidas sistêmicos específicos: metalaxyl, cymoxanil, ou, preventivamente com mancozeb ou chlorotalonil 3.6. MURCHADEIRA OU PODRIDÃO NEGRA DAS RAÍZES Doença nova, constatada em 1999 e que encontra-se em expansão no estado de S.P Agente causal: Thielaviopsis basicola SINTOMAS Manchas escuras nas raízes que, com o avanço da doença vão se tornando totalmente apodrecidas. Planta pode emitir novas raízes. Redução do crescimento da planta. Murcha nas horas + quentes do dia. 17
18 CONTROLE Solarização Mudas sadias Substrato livre do patógeno Variedades crespas são + resistentes que as do tipo lisa e a americana. Tipburn Colapso marginal e necrose nas margens da folha Tipburn Quando ocorre? Próximo da colheita Agente causal: desordem relacionada com Ca Fatores que contribuem para a ocorrência: - Temp. amena - fertilização excessiva - aumento na intensidade de luz - outros fatores que fav. crescimento rápido 18
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