Toxina botulínica em neurologia: da educação à assitência

Transcrição

1 Página 1 LIGA ACADÊMICA DE NEUROLOGIA LAN UFJF Projeto a ser apresentado à Pró-Reitoria de Extensão: Toxina botulínica em neurologia: da educação à assitência Grande área temática: Ciências da Saúde. Área temática: Saúde. Linha de extensão: Adultos. Juiz de Fora, 15 de abril de 2014

2 Página 2 RESUMO Fundamentação teórica: O espectro das indicações de tratamento pela toxina botulínica aumentou consideravelmente nos últimos anos, sendo indicado, principalmente, para tratamento de espasticidade em crianças com paralisia cerebral e em adultos com acidente vascular encefálico. A toxina é também considerada tratamento de primeira linha para movimentos anormais distônicos focais, como distonia cervical (torcicolo espasmódico), oromandibular, blefaroespasmo (distonia palpebral bilateral), espasmo hemifacial e câimbra do escrivão (distonia primária da escrita). Objetivos: Educação pré e pós-aplicação de toxina botulínica aos pacientes com movimentos anormais distônicos acompanhados no Serviço de Neurologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF). Metodologia: Serão realizadas atividades educativas semanalmente sobre a aplicação da toxina botulínica antes e após a realização do procedimento no Serviço de Neurologia do HU/UFJF, com a participação dos pacientes e seus cuidadores. Serão realizadas palestras, confeccionados panfletos e folders explicativos, cartazes com informações pertinentes aos cuidados pré- e pós- aplicação de toxina botulínica, contendo informações em linguagem leiga destinada aos pacientes e seus cuidadores. Um vídeo de curta duração (10-20 minutos) será elaborado demonstrando etapas do procedimento e como a toxina botulínica age no organismo. Público-alvo: pacientes com movimentos anormais distônicos que necessitam da aplicação de toxina botulínica e acompanhantes que frequentam o Serviço de Neurologia do HU/UFJF. Local de realização: Ambulatório de Distúrbio de Movimento do Serviço de Neurologia do HU/UFJF, realizado nas quintas-feiras pela tarde. Horário de execução: 13 as 17 h, semanalmente.

3 Página 3 Preenchimento da aba Descrição (Fundamentação Teórica, Objetivos, Metodologia, Público-alvo, Número de bolsas pretendidas e sua justificativa). Fundamentação Teórica: A toxina botulínica do tipo A é considerada a mais potente toxina natural existente 1, que atua na junção neuromuscular, bloqueando a liberação de acetilcolina, em nível pré-sináptico e provocando paresia muscular 2. São conhecidos oito sorotipos de toxinas, dos quais sete são neurotóxicas, sendo que a toxina botulínica do tipo A a mais utilizada 3.A mais utilizada é a Botox (Allergan, EUA) e a menos a Dysport (Porton, UK) 2. A toxina botulínica é uma proteína formada por cadeias de polipeptídeos (pesada e leve), cujo modo de ação é caracterizado por processo de ligação (nas terminações nervosas periféricas colinérgicas), internalização (endocitose) e ação tóxica (através da lise de proteínas que participam do processo de exocitose das vesículas que contem acetilcolina), inibindo a liberação de acetilcolina na fenda sináptica 2. Sua utilização clínica se iniciou na década de 80 pelo oftalmologista Allan Scott, na Califórnia (USA), para a correção de estrabismo 1.Em 1990, a Academia Americana de Neurologia aprovou a utilização de toxina botulínica para os casos de distonia (blefaroespasmo, distonia cervical, distonia laríngea, distonia oro-mandibular, outras distonias focais e para o espasmo hemifacial. Em 1994, a Academia Americana de Neurologia estabeleceu as normas para o uso de toxina botulínica no tratamento de doenças neurológicas, enfatizando os pré-requisitos básicos e os princípios do tratamento 2. O espectro das indicações de tratamento pela toxina botulínica aumentou consideravelmente nos últimos anos, passando a ser indicado em tratamento da espasticidade, em programas de reabilitação, em disfunção do esfincter da bexiga ou anal, experimentalmente em casos de cefaleia tensional e até como tratamento estético, eliminando rugas faciais 1. O termo distonia é aplicado à síndrome de contratura muscular mantida e involuntária que frequentemente causa torções, movimentos repetitivos ou posturas anormais 4. A toxina botulínica é o tratamento de eleição para distonias focais (blefaroespasmo, distonias oromandibular, cervical, laringéia e de membros) bem como para condições não distônicas, (espasmo hemifacial, sincinesias, espasticidade, tremores, tiques, distúrbios do assoalho pélvico, distúrbios de motilidade gastrointestinal,como a acalásia). A utilização de toxina botulínica nos músculos estriados com espasticidade provoca desnervação controlada, com fraqueza muscular temporária e eventual atrofia 2. O uso da toxina botulínica objetiva a provocar fraqueza muscular, para melhorar o controle motor, aliviar dor, acabar com posturas incapacitantes e prevenir contraturas. A dose especifica depende de uma série de fatores que incluem: idade e peso do paciente, grau e padrão de espasticidade. A dose da toxina deve ser aplicada nos músculos espásticos selecionados, podem-se aplicar injeções em vários pontos, variando em geral de 1 a 4 pontos 2. O efeito da toxina botulínica tem início entre horas, com início da melhora clínica entre 7-10 dias da aplicação. A duração do efeito é variável, entre 2 e 6 meses, em média 3 meses. Os efeitos colaterais podem ser dor no local da injeção, formação de equimoses ou

4 Página 4 hematomas nos locais de aplicação, acentuada fraqueza muscular transitória, astenia. Existe a possibilidade da indução de formação de anticorpos contra a toxina botulínica, impedindo a sua ação terapêutica. Não existem contra indicações para a utilização de toxina botulínica, contudo deve-se ter precauções em determinadas situações como: uso concomitante com antibióticos aminoglicosídeos, pacientes com doenças do neurônio motor e da junção neuromuscular, gravidez e lactação 2. Referências Bibliográficas: 1. Ramirez-Castaneda J, Jankovic J, Comella C, Dashtipour K, Fernandez HH, Mari Z. Diffusion, spread and migration of botulinum toxin. Mov Disord 2013; 28(13): Andrade LA, Borges V, Ferraz HB, Azevedo-Silva SM. Experiência com aplicação de toxina botulínica A em 115 pacientes. Arq Neuropsiquiatr 1997;55(3B): Ramirez-Castaneda J, Jankovic J. Long-term efficacy and safety of botulinum toxin injections in dystonia.toxins (Basel) 2013; 5(2): Hallett M, Albanese A, Dressler D, et al. Evidence-based review and assessment of botulinum neurotoxin for the treatment of movement disorders. Toxicon 2013; 67: Strobl W, Theologis T, Brunner R et al. Best Clinical Practice in Botulinum Toxin Treatment for Children with Cerebral Palsy. Toxins (Basel) 2015;7(5): Teive HA, Zonta M, Kumagai Y. Treatment of spasticity: an update. Arq Neuropsiquiatr 1998; 56(4): Skogseid IM. Dystonia - new advances in classification, genetics, pathophysiology and treatment. Acta Neurol Scand Suppl 2014; 198: Thenganatt MA, Jankovic J. Treatment of dystonia. Neurotherapeutics 2014; 11(1): Morgante F, Klein C. Dystonia. Continuum (Minneap Minn) 2013; 19(5): Jankovic J. Medical treatment of dystonia. Mov Disord 2013;28(7): Objetivos: Objetivo geral O projeto visa à educação e assistência aos pacientes do Serviço de Neurologia do HU/ UFJF com movimentos anormais distônicos, que necessitam da aplicação da toxina botulínica. O projeto será desenvolvido no ambulatório de Distúrbios de realizado nas quintas- feiras pela tarde, com ênfase na transmissão de informações a respeito da aplicação da toxina e de suas utilizações. Objetivos específicos No âmbito da educação sobre o uso da toxina botulínica, esperamos favorecer a aquisição de informações pelos pacientes e seus acompanhantes sobre suas principais indicações e benefícios de sua utilização; eliminar crenças errôneas;

5 Página 5 O trabalho visa transmitir informações aos pacientes e seus acompanhantes, de tal forma que o conhecimento transmitido seja usado para a melhor compreensão da utilização da toxina botulínica. Metodologia Serão realizadas atividades educativas semanalmente sobre a aplicação da toxina botulínica antes do início dos atendimentos no ambulatório de Distúrbios de Movimento do Serviço de Neurologia do HU/UFJF, tendo como alvo o paciente e seus cuidadores. Serão confeccionados panfletos explicativos contendo informações em linguagem leiga destinada aos paciente e seus cuidadores, assim como serão realizadas palestras com recursos audiovisuais elaborados pela equipe com o intuito de esclarecer dúvidas sobre o procedimento. Além disso, serão realizadas atividades assistenciais de rotina do serviço em prol de um cuidado longitudinal com o paciente portador de distúrbio de movimento Será formado um grupo composto por neurologistas atuantes no HU/UFJF, residentes do Serviço de Neurologia e acadêmicos de medicina que participam da Liga Acadêmica de Neurologia (LAN-UFJF) para realizar atividades educativas semanalmente sobre a aplicação da toxina botulínica com os pacientes e seus acompanhantes, enfatizando as principais indicações, benefícios, modo de aplicação e efeitos adversos. Os alunos receberão dos orientadores do projeto as instruções e o material necessário para aquisição do conhecimento relativo ao tema e será realizado previamente um processo de capacitação dos participantes, de forma a homogeneizar os pontos que serão discutidos durante as apresentações. Diante da oportunidade de encontrar em um mesmo local um maior número de pessoas que necessitem da aplicação da toxina botulínica, o projeto irá acontecer na sala de espera do ambulatório de Distúrbios de Movimento do Serviço de Neurologia, que acontece nas quintas-feiras pela tarde. A chegada dos pacientes acontece por volta das 13 horas. Então, às 13 horas e 15 minutos iniciaremos as apresentações acerca do tema que serão estendidas até às 14 horas, momento em que os atendimentos se iniciarão. Como as apresentações serão semanais, o público-alvo torna-se expressivo ao se considerar a demanda de novos pacientes no intervalo de 1 ano. Serão confeccionados panfletos explicativos contendo informações amplas sobre a aplicação da toxina botulínica, através de uma linguagem leiga destinada aos paciente e seus cuidadores As palestras a serem ministradas são explicativas, com utilização de vídeos e imagens, sobre as principais indicações, benefícios e efeitos adversos sobre a aplicação da toxina botulínica, de forma a eliminar as dúvidas sobre o procedimento e priorizando sempre a aproximação do objetivo a ser demonstrado com uma linguagem lúdica e acessível ao paciente e seus acompanhantes. A criação de um ambiente propício à troca de experiência e utilização de recursos técnicos institucionais facilitará melhor entendimento sobre o procedimento Tais atividades serão realizadas semanalmente ao longo de todo o ano, acompanhando o calendário do Serviço de Neurologia, com a duração de 1 ano a princípio. Público-alvo

6 Página 6 O projeto tem como público-alvo pacientes e acompanhantes que frequentam o Ambulatório de Distúrbios de Movimento do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário - UFJF. Número de bolsas pretendidas e sua justificativa O número de bolsas solicitadas para a realização do projeto apresentado é de quatro. Levando-se em conta que o envolvimento com atividades de extensão permite ao discente interiorizar os conhecimentos de sua área, efetivando, assim, a síntese da experiência subjetiva e objeto experimentado, a solicitação das bolsas visa a um estímulo aos participantes do projeto ao longo da realização das atividades extracurriculares. Considerando o número de encontros a serem realizados, será requerido dos bolsistas disponibilidade e dedicação para o andamento do projeto, o que demandará tempo para sua concretização, elaboração das palestras e materiais, treinamento e estudo do tema. Além disso, o auxílio financeiro ainda será útil para eventuais gastos com materiais, alimentação e transporte. Agosto e setembro de 2015: 1ª quinta-feira de agosto: 13 às 14hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 14hs Apresentação do tema: O que é a toxina botulínica? 14 às 17hs: Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas antes e após a aplicação da toxina. Confecção dos questionários da pesquisa. Outubro e novembro de 2015: 1ª quinta-feira de outubro: 13 às 14hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Confecção de folder explicativo para os pacientes. Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 14hs - Apresentação do tema: Principais indicações da toxina botulínica na neurologia. Distribuição de folders. 14 às 17hs: Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas. Submissão do projeto de pesquisa ao Comitê de Ética em Pesquisa. Dezembro de 2015 e janeiro de 2016:

7 Página 7 1ª quinta-feira de dezembro: 13 às 14hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Elaboração de um manual de cuidado pré e pós-aplicação de toxina botulínica. Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 14hs Apresentação do tema: Distonia: conceitos e preconceitos. 14 às 17hs: Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas. Revisar material para o início da pesquisa. Fevereiro e março de 2016: 1ª quinta-feira de fevereiro: 13 às 14hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Confecção de cartazes sobre distonia e como a toxina age. Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 17hs Apresentação do tema: Toxina botulínica nas distonias. Distribuição do manual de cuidados pré e pós-tratamento com toxina botulínica. 14 às 17hs: Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas. Aplicação dos questionários de pesquisa. Abril e maio de 2016: 1ª quinta-feira de abril: 13 às 14 hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Outras quitnas-feiras do mês: 13:30 às 14hs Apresentação do tema: Cuidados e efeitos adversos após a aplicação da toxina botulínica. Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas. Aplicação dos questionários de pesquisa. Junho e julho de 2016:

8 Página 8 1ª quinta-feira de junho: 13 às 14hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 14hs Apresentação do tema: O paciente que não melhora após as aplicações. Distribuição do manual de cuidados pós aplicação de toxina botulínica. Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas. Aplicação dos questionários de pesquisa. Agosto e setembro de 2016: 1ª quinta-feira de agosto: 13 às 14hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 14hs Apresentação do tema: o que é a toxina botulínica? 14 às 17h: Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas. Aplicação dos questionários de pesquisa. Outubro e novembro de 2016: 1ª quinta-feira de outubro: 13 às 14hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 14hs - Apresentação do tema: Principais indicações da toxina botulínica na neurologia. Distribuição de folders. 14 às 17hs: Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas. Aplicação dos questionários de pesquisa. Dezembro de 2016 e janeiro de 2017: 1ª quinta-feira de dezembro: 13 às 14hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades.

9 Página 9 Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 14hs Apresentação do tema: Distonia: conceitos e preconceitos. 14 às 17hs: Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas. Aplicação dos questionários de pesquisa. Fevereiro e março de 2017: 1ª quinta-feira de fevereiro: 13 às 14hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 14hs Apresentação do tema: Toxina botulínica nas distonias. Distribuição do manual de cuidados pós aplicação de toxina botulínica. 14 às 17hs: Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas. Aplicação dos questionários de pesquisa. Abril e maio de 2017: 1ª quinta-feira de abril: 13 às 14 hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 14hs Apresentação do tema: Cuidados e efeitos adversos após a aplicação da toxina botulínica. Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para esclarecimento de dúvidas. Compilação e análise dos resultados da pesquisa. Junho e julho de 2017: 1ª quinta-feira de junho: 13 às 114hs Reunião entre coordenadores e participantes do projeto a fim de programar as futuras atividades. Outras quintas-feiras do mês: 13:30 às 17hs Apresentação do tema: O paciente que não melhora após as aplicações. Distribuição de manuais de cuidados pós aplicação de toxina botulínica. Exibição repetida de vídeo (20 minutos de duração) e espaço aberto para

10 Página 10 esclarecimento de dúvidas. Confecção do relatório final do projeto de extensão. Apresentação dos resultados. Resultados esperados O contato com os pacientes através das apresentações almeja proporcionar um melhor entendimento acerca da aplicação da toxina botulínica, motivando a discussão e o compartilhamento de experiências entre eles e a equipe. A intervenção realizada visa a uma mudança na opinião dos indivíduos acerca do tema proposto e uma continuidade dessa troca de informações, tanto por parte do público-alvo do projeto como dos profissionais e alunos participantes, os quais passam a exercer seu papel de educadores na transmissão do aprendizado e do conhecimento adquirido aos colegas, familiares e à sua comunidade. Ainda se espera uma acentuação na aquisição de experiência acadêmica do estudante de medicina obtida com a aproximação ao paciente, favorecendo o aprimoramento da comunicação na interface estudante-médico-paciente.