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1 Relatório do Sector da Construção em Portugal

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3 FICHA TÉCNICA Título: Relatório Anual do Sector da Construção em Portugal 2009 Av. Júlio Dinis, Lisboa Telefone: Fax:

4 Índice 1. Enquadramento Macroeconómico Produto Interno Bruto Formação bruta de capital fixo (FBCF) O Valor Acrescentado Bruto (VAB) O Índice de Preços no Consumidor O Mercado de Trabalho O mercado em Portugal - indicadores sectoriais Contextualização Obras Particulares - Licenciadas e Concluídas Crédito à habitação Taxa de juro implícita Valores médios de avaliação bancária Índice de produção na construção e obras públicas Vendas de cimento para o mercado interno Índice de custos de construção Segurança no trabalho O tecido empresarial do sector da construção Títulos emitidos Distribuição por classe de alvarás Distribuição geográfica Análise da situação financeira das empresas no exercício de Sector da construção As 20 empresas com maior volume de negócios em obra As empresas portuguesas nas 100 maiores empresas de construção da Europa A EUROPA Portugal e os países do Euroconstruct Síntese Fontes Estatísticas

5 1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO O ano de 2009 ficou marcado pela crise internacional, iniciada em 2008 e ainda hoje por dissipar, num quadro que foi caracterizado como a mais profunda e sincronizada recessão internacional do período pós-guerra. Esta recessão mundial teve origem na crise financeira que no último trimestre de 2008 surgiu no mercado financeiro dos Estados Unidos da América e que rapidamente alastrou às restantes economias, designadamente à europeia. No meio desta crise financeira assistiu-se à falência de algumas instituições financeiras de que se destacam o Banco de Investimento Lehman Brothers e, em Portugal, a nacionalização do Banco Português de Negócios e a crise do Banco Privado Português e mesmo ao risco de bancarrota de alguns países, sendo de destacar a do Estado Islandês. A queda abrupta da confiança dos agentes económicos face à situação financeira inicial, redundou numa redução da actividade económica e num forte agravamento das condições de financiamento. Além de medidas direccionadas à estabilização do sector financeiro (de que é exemplo a concessão de garantias, injecção de capitais e nacionalizações), os diferentes Estados tiveram que tomar as medidas possíveis de natureza orçamental, consoante as particularidades de cada país designadamente a situação anterior à crise e os impactos dos estabilizadores automáticos no sentido de suster a diminuição da actividade e, até mesmo, o risco de recessão. Portugal não ficou imune à crise internacional, tendo sido por esta afectada a ponto de ter registado a recessão mais profunda das últimas três décadas. Registou-se um aumento da taxa de desemprego para níveis históricos, com reflexos ao nível do desempenho do investimento e das exportações Produto Interno Bruto A crise económica portuguesa teve a sua principal tradução na evolução do Produto Interno Bruto no ano de 2009: após um período de 4 anos de crescimentos anuais, o ano de 2008 ficou marcado pelo crescimento nulo e em 2009 diminuiu (-2,7%). Quadro 1 Produto Interno Bruto 2000/2009 variação anual (%) PIB 3,9 2,0 0,8-0,8 1,5 0,9 1,4 1,9 0,0-2,7 Fonte: INE Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares 4º trimestre de 2009 e ano 2009 Analisando a evolução trimestral, é constatável que o abrandamento e, posteriormente, diminuição da actividade registaram um pico no 1.º trimestre de 2009, tendo havido, desde então, 5

6 um abrandamento da diminuição da actividade, que se espera projectar-se positivamente no ano de Quadro 2 - Produto Interno Bruto 2008/2009 variação trimestral (%) 1ºT/08 2ºT/08 3ºT/08 4ºT/08 1ºT/09 2ºT/09 3ºT/09 4ºT/09 PIB 0,9 0,7 0,4-1,8-3,8-3,4-2,5-1,0 Fonte: INE Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares 4º trimestre de 2009 e ano 2009 Este comportamento negativo do PIB observado em 2008 e 2009 ficou em grande medida a dever-se ao desempenho da procura interna, que desde o 4.º trimestre de 2008 apresenta uma taxa de crescimento negativo. Quadro 3 Composição do crescimento em volume do PIB (preços de 2000) Taxas de variação homóloga 1ºT/08 2ºT/08 3ºT/08 4ºT/08 1ºT/09 2ºT/09 3ºT/09 4ºT/09 Procura Interna 2,6 1,8 1,5-0,6-3,3-3,8-2,0-1,1 Exportações 3,9 2,1 0,9-8,8-18,8-15,3-9,8-1,4 Importações 7,5 4,5 3,4-4,4-14,3-13,7-7,0-1,5 Fonte: INE Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares 4º trimestre de 2009 e ano 2009 A procura interna tem vindo a diminuir desde o 1ºT/2008, atingindo o valor mais baixo no 2ºT/2009 (-3,8%). É, ainda, de notar o comportamento das exportações, cuja oscilação foi ainda mais acentuada, registando-se o valor mais baixo no 1ºT/2009 (-18,8) Formação bruta de capital fixo (FBCF) A formação bruta de capital fixo tem tido um comportamento irregular, sendo de destacar que nos últimos 10 anos se registaram 5 anos com crescimento negativo. O ano de 2009 foi, aliás, especialmente destacado, com uma diminuição de -12,6 %. Quadro 4 Formação Bruta de capital fixo Unidade: milhões de euros FBCF Total , , , , , , , , , ,0 Taxas de 2,1% 1,2% -4,7% -8,3% 2,5% -1,5% -0,3% 3,4% 0,5% -12,6% Variação Anual FBCF da , , , , , , , , , ,2 Construção Taxas de 4,1% 3,4% -3,3% -9,7% -1,8% -3,2% -5,4% -0,2% -5,7% -11,6% Variação Anual Fonte: INE Contas Nacionais Trimestrais - 4º Trimestre de 2009 e ano

7 Neste domínio, é ainda de referir o comportamento da formação bruta de capital fixo no sector da construção, o qual tem tido uma maior amplitude, ou seja, tem sido mais volátil. Não obstante, é notório que o peso da FBCF da construção tem perdido consistentemente peso no FBCF total: entre 2002 e 2009, a relevância da FBCF diminui 10 pontos percentuais, tendo passado de 51,8% para 41,8%. Gráfico 1 - Peso da FBCF da construção na FBCF total Fonte: INE Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares 4º trimestre de 2009 e ano 2009 Numa análise trimestral, o comportamento da FBCF apresentou a mesma tendência que a evolução do PIB, ainda que com maior variação ou oscilação. Gráfico 2 - Formação bruta de capital fixo trimestral (taxas de variação homóloga) Fonte: INE Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares 4º trimestre de 2009 e ano 2009 A FBCF da Construção, por seu lado, acompanhou a tendência do FBCF Total, se bem que com uma oscilação mais rectilínea: se nos trimestres de 2008 apresentou uma 7

8 diminuição mais acentuada, nos 3 primeiros trimestres de 2009 precisamente quando a queda da FBCF total foi mais acentuada registou, pelo contrário, as taxas de (de)crescimento menos gravosas, o que faz supor uma sustentação por parte do sector da construção O Valor Acrescentado Bruto (VAB) À semelhança dos outros indicadores macroeconómicos, também o Valor Acrescentado Bruto (VAB) apresentou fraco desempenho no ano de 2009, com uma taxa de crescimento negativo de -2,9%, já após em 2008 ter tido uma variação nula. Quadro 5 - Composição do crescimento em volume do VAB VAB Total , , , , , , , , , ,1 Taxas de Variação Anual 3,9% 2,0% 0,8% -0,8% 1,5% 0,9% 1,4% 1,9% 0,0% -2,9% VAB da Construção 8.102, , , , , , , , , ,1 Taxas de Variação Anual 6,3% 2,8% -4,0% -8,7% -0,3% -3,0% -3,3% 0,7% -5,1% -10,2% Fonte: INE Contas Nacionais Trimestrais e Anuais Preliminares 4º trimestre de 2009 e ano 2009 O VAB da construção apresentou, por seu lado, um desempenho mais fraco, registando uma diminuição de -10,2% em 2009 (já em 2008 se tinha verificado uma diminuição de - 5,1%). Gráfico 3- Peso do VAB da Construção no VAB Total (%) À semelhança do que se verifica com o seu peso na FBCF, também ao nível do VAB o sector da construção viu diminuir o seu peso, perdendo 2,3 pontos percentuais de 2001 (quando representava 6,7% do VAB total) para 2009 (4,6%). Esta perda de peso relativo corresponde a uma diminuição do valor do VAB da construção, que de um valor de 8

9 8.331,5 milhões de euros em 2001, passou a 5.860, 1 m.e. em 2009, portanto, menos 31,5%. Numa análise trimestral aos anos de 2008 e 2009, constata-se que o VAB da construção apresentou sistematicamente um desempenho inferior ao da economia. Gráfico 4 Valor acrescentado bruto (taxa de variação homóloga) Fonte: INE Contas Nacionais 4º trimestre de 2009 e ano O Índice de Preços no Consumidor No ano de 2009 registou-se uma deflação, tendo o Índice de Preços no Consumidor (IPC) apresentado uma variação média de -0,8%, resultado da diminuição da procura interna. Gráfico 5 Índice de Preços ao Consumidor em Portugal (variação média anual) Fonte: INE - Índice de Preços no Consumidor Dezembro de 2009 e Março de 2010 Este valor é corroborado pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), seja na taxa de variação média (-0,9%) seja na variação homóloga do IHPC (-0,1%). 9

10 1.5. O Mercado de Trabalho O Emprego De acordo com as estatísticas de emprego do INE, no ano de 2009 a população activa situava-se nos 5.582,7 mil indivíduos, traduzindo uma diminuição de 42,2 mil indivíduos face ao ano anterior. Em relação à população empregada também se registou um decréscimo homólogo de -2,8%. Em termos trimestrais, o número de empregados diminuiu 3,0% no 4º trimestre de 2009, comparando com o mesmo trimestre de 2008, e aumentou 0,1% em relação ao trimestre anterior. Gráfico 6 - População empregada - Variação Homóloga (%) 5,0 3,0 1,0-1,0-3,0-5,0-0,2-1,8-2,9-3,0-3,4 4ºT 1ºT 2ºT 3ºT 4ºT Fonte: INE - Estatísticas do Emprego - 4º Trimestre de 2009 Acompanhando a tendência da economia, o sector da construção registou, em 2009, uma diminuição de 8,9% da população empregada, correspondente à perda de 49,5 mil indivíduos, de 2008 (555,1 mil indivíduos) para 2009 (505,6 mil). A diminuição da perda de população empregada foi, ainda assim, mais acentuada que a evolução geral, o que se traduz na perda da importância do sector da construção no total da população empregada, que em 2009 se ficou pelos 10%. Esta tem, aliás, sido uma tendência geral, na medida em que desde 2002 o sector da construção perdeu 2,2 pontos percentuais no que respeita ao peso no emprego total. 10

11 Gráfico 7 - Emprego na construção / Emprego Total Fonte: INE - Estatísticas do Emprego Gráfico 8 - População empregada - Variação homóloga (%) Fonte: INE - Estatísticas do Emprego - 4º Trimestre de

12 2. O MERCADO EM PORTUGAL - INDICADORES SECTORIAIS 2.1. Contextualização Em 2009, a produção do sector da construção voltou a registar uma quebra em termos reais. Este cenário de queda de produção da construção é também uma realidade no 4º trimestre de A dificuldade no acesso ao crédito, à qual se juntam problemas específicos do sector, agravaram significativamente a tesouraria das empresas. A actividade da construção movimenta vários sectores a montante e a jusante da sua cadeia de produção, daí que seja considerado um dos sectores impulsionadores da economia nacional, não só pelo seu peso específico na criação de riqueza como também de emprego e obviamente com o seu efeito multiplicador, sendo uma actividade fundamental para o crescimento da economia Obras Particulares - Licenciadas e Concluídas Pela análise do gráfico seguinte, verifica-se que a evolução do número de edifícios licenciados 1 tem acompanhado o números de edifícios concluídos, com excepção de um ligeiro aumento no ano de 2008, no qual se concluíram mais edifícios do que se licenciaram. Em relação ao número de fogos, verifica-se uma discrepância em 2002 e novamente em 2008 no que se refere ao licenciamento e conclusão de fogos. O ano de 2008 poderá ser explicado pela crise que se fez sentir em todo o mundo, nomeadamente na alteração das taxas de juro para o crédito à habitação, pelo que o sector da construção retraiu o investimento nesta componente e limitou-se a concluir o que já estava iniciado. Gráfico 9 - Número de Obras licenciadas e construídas Fonte: INE 1 Construções novas, ampliações, alterações, reconstruções e demolições de edifícios. 12

13 Numa análise trimestral ao período 2008 e 2009, é de destacar que no 4º trimestre de 2009 foram licenciados cerca de 7 mil edifícios, correspondendo a uma variação homóloga negativa de -22,2% e trimestral de -10,0%. Do total de edifícios licenciados, 67,8% correspondem a construções novas e destes 79,4% correspondem a habitação familiar. Ainda no 4º trimestre de 2009, o número total de fogos licenciados apresentou uma variação trimestral de 4,4%, embora a variação homóloga registe um decréscimo de - 31,2%. Gráfico 10 - Número de Obras Licenciadas e Concluídas por trimestre Fonte: INE Relativamente aos dados anuais, verifica-se que em 2009 foram licenciadas menos obras, e bem assim um decréscimo acentuado no licenciamento de fogos. O número total de fogos licenciados em construções novas, em 2009, ultrapassou os 26 mil, quando no ano de 2008 tinha ultrapassado os 46 mil, o que corresponde a uma diminuição muito relevante (-43%). Quadro 5 - Número de fogos licenciados e concluídos por região Obras Licenciadas (P) Obras Concluídas (E) 1º T/08 2ºT/08 3ºT/08 4ºT/08 Total 1º T/09 2º T/09 3ºT/09 4ºT/09 Total 1º T/08 2ºT/08 3ºT/08 4ºT/08 Total 1º T/09 Edif. Resid. e não Resid Edif.Resid. Fogos Fonte: INE 13

14 2.3. Crédito à habitação Segundo dados da Direcção-Geral do Tesouro referentes ao ano de 2008, registou-se um decréscimo relativo à procura de habitação com consequentes reflexos na celebração de contratos de crédito à habitação. Em termos homólogos o 4º trimestre de 2008 teve uma quebra de cerca de 43%. Em relação ainda ao mesmo período de 2008, foram celebrados contratos de crédito à habitação, num montante global de milhões de euros. Gráfico 11 - Montante dos Contratos Celebrados Fonte: DGT Gráfico 12 - Número de contratos celebrados por trimestre Fonte: DGT 14

15 2.4. Taxa de juro implícita A taxa de juro implícita 2 no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se no mês de Dezembro de 2009 em 1,98%, diminuindo 0,090 p.p. face ao mês anterior e 3,990 p.p. face ao início do ano. Gráfico 12 Taxa de juro implícita 7,0% 6,5% 6,0% 5,5% 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09 Total Regime Geral Bonif. Total Bonif. Jovem Bonif. Não Jovem Fonte: INE Segundo dados do INE, os contratos de crédito à habitação celebrados nos últimos 3 meses apresentaram um montante médio do capital em dívida de euros (registando um acréscimo de 216 euros face ao mês anterior). Gráfico 14 - Crédito à habitação por destino de financiamento Fonte: INE 2 A taxa de juro implícita no crédito à habitação reflecte entre os juros totais vencidos no mês de referência e o capital em divida no início desse mês. 15

16 A contínua descida da taxa de juro abrangeu todos os destinos de financiamento: aquisição de terreno para construção de habitação (0,10 p.p.), construção de habitação (0,09 p.p.), e aquisição de habitação (0,08 p.p.) situando-se as respectivas taxas em 1,80%, 1,93% e 1,99% Valores médios de avaliação bancária Quadro 7 Valores médios de avaliação bancária Habitação (Euros/m 2 ) 1ºT 08 2ºT 08 3º T 08 4ºT 08 1ºT 09 2ºT 09 3ºT 09 4ºT 09 Trim (4ºT09) Variação Homologa Continente ,9 0,2 Norte ,9 Centro ,4-2,1 LVT ,5 0,2 Alentejo Algarve ,3-0,4 Fonte: INE Nota: Valores que correspondem à média de todos os valores de avaliação bancária de habitação No 4º trimestre de 2009, o valor médio de avaliação bancária de habitação no Continente fixou-se em euros/m 2, registando um decréscimo trimestral de 0,9%, mas um acréscimo de 0,2% face ao mesmo período de À semelhança dos outros trimestres, é no Algarve que o valor médio continua a ser mais elevado, euros/m Índice de produção na construção e obras públicas Gráfico 13 - Índices brutos de produção 150,0 140,0 130,0 120,0 110,0 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 J-08 M-08 M-08 J-08 S-08 N-08 J-09 M-09 M-09 J-09 S-09 N-09 Total Construção de Edifícios Obras de Engenharia Fonte: INE 16

17 Segundo dados do INE, a produção na construção, corrigida dos efeitos de calendário e da sazonalidade e tendo como base a média dos últimos três meses apresentou em Dezembro de 2009, uma variação homóloga de -7,7%, valor inferior em relação ao mês de Novembro em 0,3 p.p.. A evolução da actividade apresentou nos dois segmentos variações negativas com maior impacto no segmento das obras de engenharia Vendas de cimento para o mercado interno Quadro 8 Vendas de Cimento para o mercado interno (milhares de toneladas) º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T Var. Trimestral º T 2º T 3º T 4º T 1º T 2º T 3º T 4º T Var. Trimestral -8,4 11,2-5,6-7,7-16,1 12,9-3,6-12,8 Var. Homóloga -5,6 1,0-3,4-11,3-18,8-17,5-15,7-20,4 Fonte: dados cedidos ao InCI, I.P. pelas principais empresas portuguesas no sector Os dados disponibilizados pelas principais empresas do sector permitem analisar o quadro de vendas de cimento para o mercado interno, verificando-se uma descida nas vendas, quer em termos trimestrais quer homólogos para o 4º trimestre de Este cenário justifica-se pela performance menos boa que o sector tem vindo a revelar nos últimos trimestres. Em termos anuais, as vendas de cimento em 2009 registaram uma variação homóloga negativa de -18,0% 2.8. Índice de custos de construção Gráfico 14 - Índice de custos de construção de habitação nova (variação homóloga) 9,0 7,0 5,0 3,0 1,0-1,0-3,0-5,0 Jan-08 Mar-08 Mai-08 Jul-08 Set-08 Nov-08 Jan-09 Mar-09 Mai-09 Jul-09 Set-09 Nov-09 Apartamentos Moradias Total Fonte: INE 17

18 Segundo dados disponibilizados pelo INE, o índice de custos de construção de habitação nova registou em Dezembro de 2009 uma variação homóloga de 0,4%, correspondendo a um acréscimo de 0,4 p.p. face ao mês de Novembro. Este comportamento foi determinado pelas variações positivas das duas componentes Materiais e Mão-de-Obra (com acréscimos de 0,9 p.p. e 0,1 p.p. respectivamente). A variação média anual manteve a tendência decrescente iniciada em fins de As taxas de variação homóloga dos índices relativos aos apartamentos foram de 0,2% e 0,8% respectivamente, traduzindo acréscimos de 0,4 p.p. e de 0,7 p.p. em relação ao mês de anterior Segurança no trabalho O sector da construção continua a ser aquele onde, pela sua natureza e risco, se regista o mais elevado índice de sinistralidade. Segundo dados da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), até Outubro de 2009, este sector foi o responsável por mais de metade das mortes ocorridas em consequência de acidentes de trabalho, verificando-se, porém, uma diminuição de 2007 (82 acidentes mortais) para 2009 (47 acidentes mortais). Gráfico 17 - Número de acidentes de trabalho mortais Const. Total Const. Total Const. Total Fonte: ACT 18

19 3. O TECIDO EMPRESARIAL DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO 3.1. Títulos emitidos A actividade da construção é regulamentada por lei (Decreto-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro), sendo necessário para o seu exercício a titularidade por parte dos agentes económicos de um título habilitante (alvará ou título de registo), emitido pelo InCI, I.P. Consoante a classe do alvará de que é titular uma empresa de construção, assim se determina o valor limite das obras a que poderá concorrer, de acordo com diversas categorias e subcategorias. Em 2009 vigoraram os limites que constam do quadro seguinte: Quadro 9 Classes de alvarás em 2009 Classe das 2009 Habilitações No final de 2009, existiam no sector da construção empresas habilitadas com Alvará e com Título de Registo. Quadro 10 Títulos habilitantes válidos 2006/2009 Fonte: InCI, I.P O número de alvarás válidos tem-se mantido relativamente estável, ainda que com uma tendência ligeira de descida. O facto de o número de alvarás válidos ter registado uma diminuição de apenas -0,6% não espelha necessariamente que a crise não se tenha reflectido no sector. Na verdade, sendo estes títulos revalidados no início de cada ano civil e sendo aferida em função da performance financeira de cada empresa aos últimos dados (no caso, as demonstrações financeiras reportaram-se a 2008), não era expectável 19

20 que a redução da actividade da construção se reflectisse de imediato no número de operados com título para o efeito. O mesmo se refira relativamente aos títulos de registo, cujo número aumentou, até, em 9%. Sucede que, neste caso particular, as licenças são válidas por cinco anos, o que faz com que os efeitos reais da diminuição da actividade não sejam sentidos de imediato, sendo, pelo contrário, distribuídos pelos 5 anos subsequentes. Deste indicador, contudo, pode-se retirar um efeito da crise, porquanto o número de novos títulos de registo atribuídos em 2009 (1.207) traduz uma diminuição de -78,2% face aos novos títulos concedidos em 2008 (5.534), os quais por sua vez já reflectiam uma diminuição de novos títulos de 15,5% face a Distribuição por classe de alvarás O ligeiro decréscimo de empresas detentoras de alvará verificou-se principalmente nas pequenas empresas, detentoras de alvará da classe 1, na qual se registou uma diminuição de 656 empresas. Quadro 11 - Distribuição do número de empresas por classe de alvará Classes Var. 2009/2008 Classe ,20% Classe ,47% Classe ,68% Classe ,18% Classe ,22% Classe ,38% Classe ,00% Classe ,16% Classe ,38% Total ,00% Fonte: InCI, I.P. No que respeita à distribuição de alvarás por classe verifica-se que no final de 2009, quase 62% (14.958) das empresas registadas eram detentoras deste título habilitante relativo à classe 1. A classe com menor número de empresas classificadas foi a 8, com cerca de 0,17% das empresas. O número das empresas detentoras de alvará nas três primeiras classes atingiu 86,7% (21.024) do total das empresas registadas. Quadro 12 - Distribuição de alvarás por classe Classes 2009 Peso Classe ,70% Classe ,00% Classe ,03% Classe ,74% Classe ,15% Classe ,33% Classe ,52% Classe ,18% Classe ,35% Total ,00% Fonte: InCI, I.P. 20

21 Distribuição geográfica Relativamente à distribuição geográfica, verifica-se que é a região de Lisboa e Vale do Tejo, que abarca os distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal, e o Centro que engloba Aveiro, Coimbra, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Leiria, que detêm um maior número de empresas com alvará, respectivamente 32,5% e 26,3%. Em termos de distritos, Lisboa detém a maior parcela de empresas detentoras de alvará, cerca de 20,1% do total de agentes económicos detentores do país, logo seguida do Porto com cerca de 12,4%. Gráfico 15 - Distribuição de Alvarás por Região (2009) Fonte: InCI, I.P. A distribuição dos Títulos de Registo apresenta algumas diferenças face à distribuição dos alvarás, sendo de destacar o facto de ser o Centro a zona com maior número destes títulos, seguido da zona Norte e aparecendo a região de Lisboa e Vale do Tejo apenas em terceiro lugar. Gráfico 19 - Distribuição de Títulos de Registo por Região (2009) Fonte: InCI, I.P. 21

22 3.2. Análise da situação financeira das empresas no exercício de Sector da construção O Decreto-Lei 12/2004, de 9 de Janeiro, define como um dos requisitos de ingresso e permanência na actividade da construção a capacidade económica e financeira das empresas de construção, aferida em função valor do capital próprio, do volume de negócios global e em obra e pelos indicadores liquidez geral e autonomia financeira 3. Tendo por base as demonstrações financeiras de uma amostra de empresas (cfr. quadro infra), relativas ao ano de 2008, é possível uma caracterização genérica das empresas de construção reguladas pelo InCI. Muitas das características do tecido empresarial de determinada actividade são evidenciadas pela análise da situação económica e financeira das empresas nela inseridas, tendo em consideração alguns indicadores económico-financeiros, designadamente, Liquidez Geral, Autonomia Financeira, Grau de Cobertura do Imobilizado, Solvabilidade, Rentabilidade dos Capitais Próprios, Rentabilidade do Activo Total, Endividamento, Estrutura do Endividamento, Custos com o Pessoal e Volume de Negócios em Obra, com base no cálculo dos quartis Superior e Inferior e da Mediana. Neste sentido, analisou-se a documentação fiscal (Balanço e Demonstração de Resultados) de uma amostra de empresas, distribuídas por dimensão, segundo a classe (vide quadro 8). A documentação em causa reporta-se ao ano fiscal de 2008 e foi entregue ao InCI no âmbito do processo de revalidação anual de alvarás para Quadro 13 - Amostra das empresas objecto de análise Classes Nº Empresas Liquidez Geral 4 A rácio de Liquidez Geral é um dos indicadores cujo cumprimento é exigido pelo DL 12/2004, de 9 de Janeiro, não podendo as empresas detentoras de alvará de classe máxima superior à 1, deter menos de 105% neste rácio nos exercícios de 2008 e Quadro 14 - Liquidez Geral por Classes Classes TOTAL Nº Empresas Indicadores Superior 289,58 283,21 287,89 347,12 325,33 260,48 207,62 218,64 172,46 292,33 Liq Geral Mediana 154,52 169,32 174,51 193,33 182,20 169,59 152,57 164,49 141,55 163,43 Quartil Inferior 108,36 125,92 130,57 134,07 137,05 129,39 128,05 126,46 116,27 117,09 3 N.º 1 do art. 10.º do referido diploma. 4 22

23 O valor da mediana neste indicador, para o conjunto de todas as empresas situa-se nos 163,43%. Este indicador mede a capacidade de uma empresa satisfazer e assumir compromissos no curto prazo, pelo que desejavelmente deverá ser sempre superior a 100%. Cerca de 12,8% das empresas detentoras de alvará de classe máxima 1 apresentaram uma liquidez geral inferior a 100%, sendo que, nesta classe, a observância deste rácio não constitui requisito de permanência na actividade. No entanto, e em relação ao ano anterior, houve uma melhoria, dado que nesse ano a percentagem de empresas que tinham o valor da liquidez geral abaixo de 100% era cerca de 13,6%. Gráfico 20 - Liquidez Geral por Classes % Quartil Classes Superior Máximas Mediana Detidas Quartil Inferior Fonte: InCI, I.P. Autonomia Financeira 5 A Autonomia Financeira (AF) é outro indicador exigido para efeitos de permanência na actividade, para as empresas de classe superior a 1. Quadro 6 - Autonomia Financeira Autonomia Financeira % Classes Nº Empresas TOTAL Indicadores Superior 56,26 53,50 47,12 45,69 40,71 40,06 35,42 38,17 31,76 52,17 Mediana 29,75 32,82 31,12 30,16 27,51 27,42 25,03 24,88 24,56 30,26 Quartil Inferior 13,68 20,15 20,24 18,93 19,01 19,45 18,94 19,24 17,03 16,51 À semelhança do que se verifica em relação à liquidez geral, cerca de 12,4% das empresas detentoras de alvará de classe máxima 1 apresentam um valor de AF inferior a 10%. Também aqui houve uma melhoria em relação ao ano anterior, em que a percentagem de empresas era de 19,7%. Apresentavam um valor de autonomia financeira inferior a 15% (segundo a exigência estabelecida na Portaria então em vigor, n.º 994/2004, de 5 de Agosto). 5 23

24 Os valores deste indicador não diferem muito de classe para classe, embora se verifique menor discrepância entre cada quartil nas classes mais elevadas. É, ainda, de realçar que a mediana e quartil superior apresentam, em todas as classes, valores iguais ou superiores ao mínimo exigido para projectos de financiamento (25%). Gráfico 21 - Autonomia Financeira Classes Máximas Detidas Quartil Superior Mediana Quartil Inferior Fonte: InCI, I.P. Grau de Cobertura do Imobilizado 6 Este é um indicador que analisa o grau de cobertura das aplicações em imobilizado pelos capitais próprios e pelos capitais alheios de médio e longo prazo. Quadro 16 - Grau de Cobertura do Imobilizado Grau de Cobertura do Imobilizado Classes Nº Empresas TOTAL Indicadores Superior 1.064, , , , ,27 748,94 436,57 552,71 388, ,82 Mediana 316,20 380,21 441,50 527,85 462,86 318,68 262,94 266,70 193,50 355,74 Quartil Inferior 127,69 179,17 192,28 214,81 207,59 174,18 174,26 182,56 126,42 153,

25 Gráfico 22 - Grau de Cobertura do Imobilizado % Classes Máximas Detidas Quartil Superior Mediana Quartil Inferior Fonte: InCI, I.P. Observa-se que este indicador continua a apresentar um valor mais elevado nas pequenas e médias empresas (PME s), o que, no sector em causa, pode indiciar quer um baixo investimento inicial em equipamento (explicado, por exemplo, por recurso ao aluguer), quer um reduzido reinvestimento no mesmo. Solvabilidade 7 Este indicador mede a capacidade da empresa para satisfazer e assumir compromissos no Médio e Longo Prazo. Quadro 17 Solvabilidade Classes TOTAL Nº Empresas Indicadores Superior 126,10 113,16 89,10 83,91 68,63 66,84 54,85 61,75 46,55 107,69 Solvabilidade Mediana 41,99 48,69 45,17 43,13 38,14 37,78 33,38 33,12 32,55 43,17 Quartil Inferior 15,77 25,14 25,38 23,35 23,51 24,15 23,37 23,82 20,52 19,72 Pela análise do quadro, observa-se que as empresas situadas no quartil inferior e mediana apresentam um valor de solvabilidade inferior a 50%, ou seja a capacidade de 7 25

26 financiamento destas empresas depende essencialmente do crédito, como é visível pela análise do indicador endividamento. Gráfico 23 - Solvabilidade por Classes Fonte: InCI, I.P Classes Máximas Detidas Quartil Superior Rentabilidade dos Capitais Próprios Este é um indicador 8 importante para orientar o investidor nas suas decisões de investimento. Quadro 18 - Rentabilidade dos Capitais Próprios Rentabilidade dos Capitais Próprios Classes Nº Empresas TOTAL Indicadores Superior 24,62 15,13 10,69 9,18 10,06 12,09 14,30 13,27 14,42 19,06 Mediana 9,18 5,90 3,41 3,01 2,79 4,44 6,33 4,30 7,93 6,81 Quartil Inferior 1,82 1,10 0,39 0,20 0,16 1,23 0,88 1,04 1,19 1,10 Como se depreende pela leitura do gráfico, existe uma grande discrepância entre quartis em todas as classes, o que pode dever-se a diferenças entre as políticas financeiras e fiscais adoptadas pelas empresas. Gráfico 24 - Rentabilidade dos Capitais Próprios por Classes % Classes Máximas Detidas Quartil Superior Mediana Quartil Inferior Fonte: InCI, I.P. 8 26

27 Rentabilidade do Activo Total 9 Quadro 19 - Rentabilidade do Activo Total Classes Nº Empresas Rentabilidade do Activo Total TOTAL Indicadores Superior 7,36 5,14 3,40 3,07 3,17 3,52 3,94 3,72 5,79 6,22 Mediana 2,27 1,79 1,04 0,87 0,85 1,27 1,54 1,28 1,78 2,22 Quartil Inferior 0,32 0,30 0,09 0,04 0,05 0,25 0,17 0,27 0,22 0,48 Pela análise do gráfico, verifica-se que as empresas situadas no quartil inferior têm uma reduzida capacidade de remunerar capitais investidos, o que se poderá dever a um baixo valor de resultados líquidos no exercício em análise. Gráfico 16 - Rentabilidade do Activo Total 10 8 % Classes Máximas Detidas Quartil Superior Mediana Quartil Inferior Fonte: InCI, I.P. Endividamento 10 Quadro 20 - Endividamento Classes TOTAL Nº Empresas Indicadores Superior 564,30 389,68 390,97 424,61 424,79 414,14 427,92 419,86 478,60 474,16 Endividamento Mediana 213,68 202,19 220,52 230,35 261,69 264,67 299,58 301,90 219,48 224,60 Quartil Inferior 66,68 85,20 110,64 116,83 145,62 149,66 182,33 162,12 84,36 84,

28 O conceito é inverso ao da solvabilidade e, portanto, exprime o grau das responsabilidades assumidas para com terceiros, relativamente ao montante dos capitais próprios. Assim, tal como já foi referido, cerca de 50% das empresas (as que se situam no quartil inferior e mediana) recorre ao crédito como principal forma de financiamento. Estrutura do Endividamento Quadro 21 - Estrutura de endividamento Classes Nº Empresas Estrutura do Endividamento TOTAL Indicadores Superior 100,00 98,97 96,34 94,97 88,56 80,93 77,06 81,58 73,21 99,81 Mediana 93,00 86,72 78,25 72,69 66,13 66,53 66,62 63,01 61,81 89,32 Quartil Inferior 67,15 58,70 48,67 40,49 41,72 50,50 50,45 51,58 48,33 60,59 Este indicador dá-nos a parcela do passivo exigível a curto prazo relativamente ao endividamento total e, como poderá ser observado no quadro 17, a maioria das empresas recorre ao crédito de curto prazo. Como já havia sido referido, é normal o ciclo de produção do sector da construção conduzir a um elevado prazo médio de rotação de existências, pelo que seria aconselhável a alteração para o recurso ao crédito de médio e longo prazo. Gráfico 17 - Estrutura de endividamento por classes Classes Máximas Detidas Quartil Superior Mediana Quartil Inferior Fonte: InCI, I.P. 28

29 Custos com o Pessoal Quadro 22 - Custos com pessoal Custos com Pessoal Classes Nº Empresas Indicadores Superior , , , , , , , , ,90 Mediana , , , , , , , , ,17 Quartil Inferior , , , , , , , , ,00 Pelo quadro, observa-se uma correlação directa entre a classe máxima detida e o valor deste indicador, o que permite a utilização do mesmo para aferir a dimensão das empresas de construção. Volume de Negócios em Obra 11 Volume de Negócios em obra Classes Nº Empresas Quadro 23 - Volume de negócios em obra por Classes Indicadores Quadro 19 Superior , , , , , , , , ,88 Mediana , , , , , , , , ,00 Quartil Inferior , , , , , , , , ,91 Fonte: InCI, I.P. O Volume de Negócios em Obra aumenta proporcionalmente à classe máxima detida e representa, para cerca de 80% das empresas, a totalidade da sua facturação. Refira-se, ainda, que as 20 maiores empresas apresentam um volume de negócios em obra que representa cerca de 20,9% da facturação do sector As 20 empresas com maior volume de negócios em obra A análise dos indicadores das 20 maiores empresas, tendo em conta o Volume de Negócios em Obra, permite concluir, como seria expectável, uma perfomance económico-financeira mais sólida face ao conjunto de empresas do sector, incluindo uma menor discrepância entre os vários quartis. 11 V 29

30 Quadro 7 - Indicadores Financeiros das 20 empresas com maior volume de negócios em obra Empresas Maiores empresas TOTAL Nº Empresas Liq Geral Aut Fin Grau de Cobertura do Imobilizado Solvabilidade Rentabilidade dos Capitais Próprios Rentabilidade do Activo Total Endividamento Estrutura do Endividamento Indicadores (%) Quartil Superior 167,11 292,33 Mediana 138,75 163,43 Quartil Inferior 122,39 117,09 Quartil Superior 25,83 52,17 Mediana 21,55 30,26 Quartil Inferior 18,52 16,51 Quartil Superior 276, ,82 Mediana 193,50 355,74 Quartil Inferior 165,51 153,98 Quartil Superior 34,83 107,69 Mediana 27,47 43,17 Quartil Inferior 22,74 19,72 Quartil Superior 19,30 19,06 Mediana 10,82 6,81 Quartil Inferior 5,24 1,10 Quartil Superior 4,68 6,22 Mediana 2,12 2,22 Quartil Inferior 1,32 0,48 Quartil Superior 427,94 474,16 Mediana 364,09 224,60 Quartil Inferior 309,02 84,36 Quartil Superior 63,26 99,81 Mediana 56,15 89,32 Quartil Inferior 54,04 60,59 Fonte: InCI, I.P. Gráfico 27 - Comparação do Volume de Negócios em Obra das 20 maiores empresas com o sector em geral Maiores Total Volume de Negócios em Obra Custos com o Pessoal Fonte: InCI, I.P. 30

31 Gráfico 28 Peso das 20 maiores empresas em Volume de Negócios em Obras no sector , ,4 0 Volume de Negócios em Obra Custos com o Pessoal Fonte: InCI, I.P. Como se pode observar nos gráficos anteriores, em termos de Volume de Negócios em Obra e de Custos com Pessoal, o peso representado por estas empresas no total desta amostra é de 20,9% e 12,4%, respectivamente, revelando-se pouco significativo, o que poderá indiciar uma reduzida concentração de grandes empresas no mercado. Nos últimos 5 anos, o número de empresas com capacidade para realizar obras de valor ilimitado tem-se mantido na ordem das 80, o que se afigura estar relacionado com o facto do crescimento do mercado nacional ter sido pouco significativo. Esta constatação é reforçada com o aumento da procura de mercados internacionais por parte destas empresas As empresas portuguesas nas 100 maiores empresas de construção da Europa Segundo o estudo realizado anualmente pela Deloitte referente a 2008 e no que se refere ao sector da construção, a empresa francesa Vinci SA continua a liderar o Top das 100 maiores empresas, apresentando um valor de facturação em 2008 de aproximadamente 30 mil milhões de euros (em 2007 apresentou um valor de 26 mil milhões de euros). No entanto, é o Reino Unido que continua a dominar este ranking, apresentando cerca de 25% das empresas listadas. 31

32 País Quadro 25 - As empresas de construção no Top-100 por país Número de Empresas no Top- 100 Rendimentos da Construção ( m) Rendimento médio por empresa ( m)* Reino Unido Espanha Países Baixos , Alemanha Itália França Suécia Áustria Finlândia Dinamarca Portugal Grécia Turquia Rússia Bélgica Noruega Irlanda Suíça Polónia República Checa ,13 305,702 Fonte: Deloitte, Securing the foundations, European Powers of construction, 2009 Em relação às maiores 10 empresas, é a França que domina o ranking com maior volume de receitas no sector, com três empresas, seguida da Alemanha, com duas. Importa salientar que a França é o país que gera mais receita no sector, com cerca de 68 milhões de euros. Só a empresa Vinci, SA atingiu milhões de euros em volume de negócios em obra (cerca de 75% do volume de negócios em obra de todas as empresas portuguesas). Portugal encontra-se em 11º lugar, com cerca de 2 mil milhões de euros e com três empresas listadas (mais uma que em 2007), em 45ª, 78ª e 86ª posições (Mota-Engil SGPSS, Teixeira Duarte Engenharia e Construção, S.A. e Grupo Soares da Costa SGPS,S.A., respectivamente). Todavia, o rendimento médio por empresa apenas é superior ao da Grécia e da Rússia, o que poderá indiciar alguma falta de dimensão para competir noutros mercados ou concorrer isoladamente a grandes investimentos em obras públicas que irão acontecer no próximo decénio, nomeadamente nas infra-estruturas aeroportuários, ferroviárias e rodoviárias. 32

33 4. A EUROPA 4.1. Portugal e os países do Euroconstruct O ano de 2009 foi considerado um dos piores para o mercado da construção na Área do Euro (AE). Segundo dados do Euroconstruct 12, a produção da construção caiu cerca de 8,4%, prevendo que em 2010 esta quebra não seja tão acentuada, embora só em 2011 seja previsível alguma recuperação neste sector. O ano de 2008, principalmente o seu final, foi drástico para os países da União, provocando recessões em vários Estados Membros e conduzindo a um ano de 2009 com quedas acentuadas na produção da construção. Exceptuam-se a Suíça e a Polónia (com taxas de produção no sector positivas de 3,3% e 5,3%, respectivamente). Os restantes países apresentaram declínios significativos, nomeadamente a Espanha com -21,5% e Irlanda com -32,2%, sendo este último o mais atingido pela recessão registando uma diminuição no PIB de -7,3%. Importa também referir que no ano de 2009, Portugal foi o país em que o peso da construção no PIB (5,5%) apresentou menor expressão. Fonte: Euroconstruct, Quadro 26 - Output da Construção (taxas de crescimento real %) (e) 2010 (p) 2011(p) Portugal -5,3-0,4-4,8-9,5-9,3 1, (e) 2010 (p) 2011(p) Países do Euroconstruct 3,7 2,3-3,0-8,4-2,2 1,6 Segundo a mesma fonte, no mercado da construção, o segmento da engenharia civil foi o único que cresceu (1,7%), tendo o segmento dos edifícios residenciais registado uma queda de -22,5% e os edifícios não residenciais, de -12,7% na construção nova. Quadro 27 - Edifícios Residenciais (Variação da produção %) Portugal (e) 2010 (p) 2011 (p) Construção Nova -8,5-4,0-13,0-30,0-35,0-5,5 Renovação 0,5-1,5-2,5-3,0-2,5 2,0 Total residencial -5,9-3,2-9,7-20,8-21,4-1,6 Países do Euroconstruct (e) 2010 (p) 2011 (p) Construção Nova 6,1-0,7-14,1-22,5-4,3 3,1 Renovação 2,4 2,0-0,2-3,2-0,6 1,3 12 Áustria, Bélgica, Republica Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça e Inglaterra. 33

34 Total residencial 4.3 0,6-7,3-12,3-2,1 2,1 Fonte: Euroconstruct, Quadro 28 - Edifícios Não Residenciais (Variação da produção %) Portugal (e) 2010 (p) 2011 (p) Construção Nova -5,0 7,0 1,0-1,0-8,5 1,0 Renovação 4,0-1,0 1,0 5,0 20,0 7,5 Total residencial -3,5 5,6 1,0 0,0-3,6 2,4 Países do Euroconstruct (e) 2010 (p) 2011 (p) Construção Nova 4,4 6,4 1,8-12,7-6,9-0,8 Renovação 1,8 2,7 0,3-5,4-1,7 0,3 Total residencial 3,3 4,8 1,2-9,7-4,6-0,3 Fonte: Euroconstruct, O segmento da engenharia civil apresenta, em 2009, variações positivas tanto para Portugal como para os países do EuroConstruct, 1,6% e 1,7%, respectivamente. Estima-se que para Portugal, o segmento da engenharia civil tenha um crescimento considerável para 2010 e 2011, dependendo das medidas que o Governo vier a adoptar, nomeadamente no que diz respeito às novas infraestruturas, quer aeroportuárias, ferroviárias e energéticas Quadro 8 - Engenharia Civil (Variação da produção %) Portugal (e) 2010 (p) 2011 (p) Infra-estruturas de Transporte: Estradas -10,0 1,0 0,0 2,0 1,5 2,5 Caminhos de ferro 2,0-2,5-1,0 1,0 3,0 10,0 Outros 1,0-1,5 0,0 1,5 5,0 0,0 Total -7,0 0,1-0,2 1,8 2,0 4,0 Total da Engenharia Civil -5,7 0,0-0,6 1,6 2,1 4,4 Fonte: Euroconstruct Países do Euroconstruct (e) 2010 (p) 2011 (p) Total da Engenharia Civil 3,1 2,4 0,4 1,7 0,8 3,3 34

35 Relatório Anual do Sector da Construção em Portugal SÍNTESE O ano de 2009 em Portugal, como na generalidade das economias do espaço económico onde Portugal se movimenta, designadamente o espaço europeu, ficou marcado pela continuidade da crise, não só financeira mas também económica, que eclodiu no final de Ainda que no final do ano se tenha feito sentir a melhoria do desempenho da economia, ou, pelo menos, a inversão da tendência registada até ao 2.º trimestre de 2009, o certo é que não foi o suficiente para alterar significativamente os indicadores económicos. Assim, o sector da construção, habitualmente um sector sensível e que funciona como barómetro da economia nacional, acabou por sentir os efeitos da crise, tendo visto a sua situação degradar-se, nomeadamente quanto ao volume de negócios, ao seu contributo para o investimento nacional e ao peso que esta indústria representa no mercado de emprego. As perspectivas no mercado nacional para o ano de 2010 não serão as desejáveis pelo sector, não só por via da retracção do investimento privado, mas também pelas restrições de natureza orçamental com que Portugal se debate, prevendo-se contenções na despesa pública e, inevitavelmente, também no investimento público. A solução para as empresas do sector passará, em grande parte, pela internacionalização, seja na Europa (especialmente na Europa de Leste), África (designadamente Angola) ou continente americano (Estados Unidos da América e Brasil), sendo, contudo, de ter em conta a relativa pequena dimensão das nossas maiores empresas no contexto europeu e, logo, no contexto internacional. 2

36 Relatório Anual do Sector da Construção em Portugal FONTES ESTATÍSTICAS Variáveis e fontes Nível Variável Fonte PIB FBCF VAB INE Envolvente Macroeconómica Consumo Privado Índice de Preços no Consumidor Emprego e Desemprego INE, IEFP Défice Orçamental Banco de Portugal Obras Particulares: Licenciadas e Concluídas INE Índice de Produção na Construção e Obras Públicas INE Vendas de Cimento para o mercado externo Cimpor, Secil Sector da Construção Mercado em Portugal Índice de Custo de Construção de Habitação Nova Acidentes de Trabalho Crédito à Habitação Taxa de Juro implícita no crédito à habitação Valores de avaliação bancária INE ACT DGT INE Alvarás e Títulos de Registo Tecido Empresarial Indicadores económico-financeiros das empresas inscritas no InCI, I.P. InCI Macro-enquadramento Europa Variação da Produção de Edifícios Residenciais e Não Residenciais Variação da Produção de Obras de "Engenharia Civil" Euroconstruct 3

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