Araraquara Ano 2 Edição 39 - Nº 14. O Bispo Dom Josephim Marcondes Homem de Melo, em 1929, na inauguração da Gota. kappa magazine.

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1 Araraquara Ano 2 Edição 39 - Nº 14 auditada por: PricewaterhouseCoopers distribuição gratuita especial O Bispo Dom Josephim Marcondes Homem de Melo, em 1929, na inauguração da Gota Renasce a Gota de Leite: berço de mais de 100 mil araraquarenses A nova Gota de Leite foi entregue à população no Dia Internacional da Mulher, com a proposta de aliar humanização e tecnologia. A maternidade, que funcionou de 1929 a 2005, simboliza uma época em que o parto normal era o desfecho natural da gestação. Médicos que ajudaram a escrever essa história de 76 anos de acolhimento às mães garantem que quase 90 mil bebês nasceram ali 1 kappa magazine

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6 Sumário sumário 26 Produzimos edição especial com algumas das mulheres que fizeram e fazem a história de Araraquara, com muita garra, além de informações do universo feminino. Na foto, destaque para Juliana Donnângelo, auxiliar de bobinagem, grávida de 8 meses especial personagem Edna Nogueira tem seu nome ligado à música. Apaixonada por violino desde criança, já transmitiu seu conhecimento a centenas de alunos. teatro Inaugurado em 1977, o Teatro Municipal, na Bento de Abreu, recebe 170 eventos culturais por ano; em 2011, 53 mil pessoas passaram pelo local. 10 capa A nova Maternidade Gota de Leite foi inaugurada tendo, entre suas metas, implantar programas modade incentivo ao pré-natal e o parto normal. 17moda Mais do que nunca, os cintos estão em alta, variando modelos, cores e materiais. 72 kappinha Entre os brinquedos que passam de geração em geração, encontramos crianças que adoram brincar com Lego. 74 solidariedade Cerca de 40 famílias recebem refeição na Casa da Sopa do Vale do Sol, no Centro Espírita A Caminho da Luz. 88 social Confira encerramento do projeto Fique Health na kappa, lançamentos de coleções e outros eventos badalados. 6 kappa magazine

7 Editorial Por Luciano Abelhaneda Ano 2 Edição 39 Nº 14 Araraquara, 12 de março de 2012 Tiragem desta edição: exemplares Expediente: kappa é uma publicação da Abelhaneda Editora e Serviços de Comunicação Ltda. Diretor Comercial - Adilson Haddad Gerente Comercial Regional Alexandre Roveri Piglialarme Editora-chefe Marcia Bessa Martins - editoraara@revistakappa.com.br MTb Reportagem Fernanda Andrade- redacao5@revistakappa.com.br MTb Fernanda Manécolo- redacao3@revistakappa.com.br MTb Gabriela Marques - redacao6@revistakappa.com.br Patrícia Piacentini - redacao2@revistakappa.com.br MTb Micheli Valala - redacao@revistakappa.com.br MTb Roberto Schiavon - redacao4@revistakappa.com.br MTb Criação: Aldo Pasetto Francisco, Alexandre Veras, Luigi Ignacio e Michel Kary Fotógrafos - Fabiano Vagner Kris Tavares - MTb Colunista social - Antonieta Magalhães socialara@revistakappa.com.br auditada por: PricewaterhouseCoopers distribuição gratuita A kappa das mulheres Nossa kappa é hoje o maior prestador de serviços e informações para as mulheres da nossa sociedade araraquarense. Na verdade, podemos dizer que as mulheres são a razão da nossa existência. Sem elas, o que seria da kappa? Como faríamos para ver tantos sorrisos lindos e histórias de vida simplesmente fantásticas? Nos dias de hoje, ela toma a frente de todos os setores, até a nossa Presidente da República é a primeira mulher no cargo. Além disso, a mulher ainda carrega muitas outras responsabilidades: filhos, casa e ainda manter o equilíbrio da família. Podemos dizer que a kappa foi o grande presente para as mulheres de Araraquara neste último ano, e podemos responder que estamos muito felizes com o sucesso e a tomada de poder das mulheres em nossa sociedade. Como dizem, a mulher tem mais sensibilidade, mais paciência e, acima de tudo, mais equilíbrio nas decisões, além de dirigir melhor, segundo pesquisas do setor. Este mês em especial, Araraquara está assistindo a reabertura da Maternidade Gota de Leite, referência na região. Estimativas dão conta que mais de 100 mil pessoas tenham nascido lá e boa parte pelas mãos do médico Eduardo Lauand. Hoje, a Gota renasce diferente, com a missão de alcançar a diminuição das mortalidades infantil e materna e aumentar os partos normais. O objetivo é voltar a ser símbolo da saúde da mulher de Araraquara e região. Mulheres, parabéns. A kappa é de vocês. Jornalista Responsável Luciano Abelhaneda - MTb Revisão - Jussara Lopes Diretor Jurídico - Fernando Abelhaneda Diretor Financeiro - Mário Gonçalves de Mattos Jr. Diretora de Eventos - Daniela Abelhaneda kappa magazine Via Abdo Najn, Jd. Santa Julia Araraquara-SP Elogios, críticas e sugestões: contato@revistakappa.com.br Quero anunciar: comercial@revistakappa.com.br kappa não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários. kappa magazine 7

8 cartas Algumas pessoas poderão se surpreender, eu não, pois tinha certeza de que o conteúdo das matérias apresentadas pela kappa serviria também para as escolas. Matérias escolhidas a dedo por jornalistas e repórteres capacitados. Falando sobre os bairros da cidade, a luta do ser humano em reciclar material para que possamos ter uma vida mais saudável, o funcionamento do Daae. Brilhante. kappa: cada vez mais brilhante. Acredito que Araraquara, em peso, se curva à maravilha que é a kappa magazine. Celia Maria Minguini Foi muito agradável a presença da equipe da kappa em minha casa para fazer a matéria sobre o lançamento do meu livro Meu coração café com leite. Extremamente simpáticas, me deixaram à vontade e fizeram seu trabalho muito benfeito. Texto e fotos conseguiram captar a alegria do momento. Parabéns! Meu livro se encontra na Livraria Nobel. Vocês são demais! Abraços e obrigada. Maria Aurélia Minervino Parabéns aos profissionais da revista, pelas excelentes fotografias, bem como pelas matérias, sempre muito bem elaboradas. Às vezes, não conseguimos algumas delas devido à grande procura. Tem como se cadastrar e poder receber em casa ou ela é destinada ao comércio somente? Marlene Lopes Estou para escrever já há algum tempo para agradecer a matéria em Personagem da kappa. Adorei o texto. A Fernanda Manécolo é muito boa e gentil e a Kris Tavares, ótima como sempre. Todos me cumprimentaram e entenderam a minha história, de padaria a fotógrafa. À equipe toda da kappa, meu muito obrigada! Luciane Tucci Todos os comentários, elogios, críticas e sugestões de matérias de nossos leitores são bem-vindos. Quer falar com a gente? É fácil: basta enviar um para contato@revistakappa.com.br 8 kappa magazine

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10 capa Gota de Leite: o antigo prédio foi restaurado; reformado e ganhou anexos Gota de Leite: a retomada de um símbolo da saúde da mulher Estimativa dá conta que aproximadamente 100 mil pessoas nasceram na Gota de Leite nos 76 anos em que ficou aberta; com a nova estrutura, previsão é de 150 partos por mês Por Fernanda Manécolo Fotos Fabiano Vagner, Kris Tavares e arquivo Durante os 76 anos em que funcionou, a Maternidade Gota de Leite foi referência em Araraquara e região. Nos registros do hospital estão os nomes de diversos médicos que realizaram cerca de 100 mil partos. Pode-se dizer que quase metade de Araraquara nasceu na Gota, segundo Eduardo Lauand, o Dudu, 83 anos, médico obstetra que é um dos símbolos do hospital. Ele mesmo relata que chegou em 1957 e ajudou a trancar as portas em 2005, quando a maternidade foi fechada por falta de recursos financeiros. Dudu não sabe ao certo o número de partos que realizou, mas credita-se a ele o nascimento de quase 50 mil crianças. Não tenho números exatos. Chegou uma hora que perdi a conta, mas sei que ajudei muita criança a nascer, orgulha-se o médico, que conhece toda a história da maternidade. Segundo ele, a Gota começou como Banco de Leite. Em 1916, de acordo com registros históricos, morriam muitas crianças em Araraquara e o motivo era desnutrição, consequência da falta de leite materno no período pósparto. Daí, o médico Francisco Pedro Monteiro da Silva, mais conhecido como Chicão, teve uma ideia e se reuniu com vários amigos, entre eles Augusto da Silva César, João Inácio Gurgel e Narciso da Silva César para lançar uma campanha intitulada Doe Uma Gota de Leite. O projeto nada mais era do que manter um banco de leite, afirma Dudu. Chicão e seus amigos alugaram uma casa na Avenida Duque de Caxias. A partir daí, eles começaram a estimular a doação de leite e a mortalidade infantil teve redução, conta. Em 1918, chegou a Araraquara o médico recém-formado Paschoal Minervino, que se interessou muito pelo projeto, mas antes de conseguir ajudar morreu de gripe espanhola. O 10 kappa magazine

11 Fachada da maternidade Gota de Leite na década de 30 comendador Minervino, pai de Paschoal, sabendo dos planos do filho, doou um terreno de 2,5 mil metros quadrados para construir uma nova casa de arrecadação de leite, na Avenida Duque de Caxias, esquina com a Rua Carlos Gomes. Nesta época as crianças nasciam em casa, com o auxílio de parteiras, mas já se notava a necessidade de um hospital para atender às mulheres. Até que, em 1923, alguns araraquarenses, como Bento de Abreu, Plinio de Carvalho, Tito de Carvalho, Dario de Carvalho, Dorival Alves, Nelson Carvalho, Francisco Vaz Filho, Índio Brasileiro Borba e Candido Correa Rocha optam por angariar fundos e construir uma maternidade. Para levantar o prédio, muito se foi feito. Há relatos de que, em 1926, eles já faziam festas para conseguir recursos, conta Eliseu Nonino, um dos nomes que dirigiram a Gota de Leite. Ele guarda até hoje uma revista com as fotos das festas realizadas em prol da instituição. Depois de vários anos buscando recursos, a Maternidade Gota de Leite foi fundada em janeiro de Dudu lembra que a maternidade sempre teve o objetivo de reduzir a mortalidade, tanto infantil quanto materna, e acabou sendo, durante muito tempo, o xodô da cidade. Muitas campanhas eram feitas para manter o hospital, diz ele. Entre os nomes que passaram pela diretoria da Gota de Leite estão Domingos Abrita, Geraldo Massieri, Osmar Galuci, Eliseu Nonino e Nelson Barbieri, este último com uma Com o arquiteto Nelson Barbieri, a Gota de Leite ganhou elevador e novo piso participação importante na mudança da infraestrutura do antigo prédio. O Nelson Barbieri era arquiteto e quando chegou à Gota fez mudanças importantes. A primeira foi colocar elevador. Até então, as gestantes eram levadas de maca nas escadas e isso era muito penoso, inclusive eu carreguei muitas macas. Depois ele também mudou o piso do prédio e comprou equipamentos novos, alguns importados. Foi um excelente administrador, lembra Dudu. HISTÓRICO Desde sua fundação, a Gota sempre passou por dificuldades financeiras e dependia quase sempre da Prefeitura. Ao longo dos anos, conseguiu firmar alguns convênios, mas nenhum era População acompanhou a inauguração da maternidade em 25 de janeiro de 1929 suficiente para suprir todas as demandas. Em 1968, o então prefeito Rubens Cruz doou 40 mil cruzeiros para o hospital e o médico Osmar Galuci fez a primeira grande reforma. Dudu presidiu a Gota por inúmeras vezes entre os anos de 1983 e Fiquei muito tempo, já que ninguém queria assumir a bucha, diz. Como a maternidade sempre sofreu com o orçamento apertado, para garantir o atendimento gratuito às mães e bebês, Dudu chegou a investir recursos próprios, promover rifas de carros e outros bens arrecadados de beneméritos. Tive sorte por ter muitos amigos que nos ajudaram, porque a Gota só era procurada por pessoas que realmente precisavam. Agora, a história da Gota de Leite começa a ser recontada. No último dia 8, o hospital foi reinaugurado e até maio deve começar a atender novamente. O objetivo é realizar 150 partos por mês e dar ao hospital um novo status de referência, com a implantação de programas que zerem as mortalidades infantil e materna e garantam todo o atendimento às gestantes. kappa magazine 11

12 capa Eduardo Lauand, o pai da Gota A história de Dudu Lauand se confunde com a da Maternidade Gota de Leite. Filho de Abdala Jorge Lauand e Nazira Lauand, Dudu tinha o sonho de ser advogado, porém sua mãe desejava ter um filho médico. Para realizar o sonho dela, ele foi estudar no Rio de Janeiro. Foram seis anos de dedicação aos estudos para se tornar cirurgião. Sofri, não gostava de sangue e desmaiava sempre. Fiz pela minha mãe. Por mim, teria feito pediatria, mas ela me pediu no terceiro ano que eu me especializasse em cirurgia Me tornei obstetra em Araraquara. Dudu se formou em 1956 e no dia 14 de maio de 1957 retornou a Araraquara como contratado da Gota de Leite. No dia seguinte, aos 30 minutos do dia 15, fiz o meu primeiro parto, lembra. A mãe estava passando mal e o bebê enroscado, por isso tínhamos que tirar às pressas e para isso tive que realizar minha primeira cesárea, recorda. Com carinho, Dudu lembra ainda que há alguns anos, quando se aposentou, com 49 anos de profissão, procurou este primeiro bebê, que já tinha filhos. Todas as crianças que nasceram comigo são como se fossem meus filhos e os filhos deles, meus netos, brinca. Fui o médico que mudou os partos na cidade. Antes, eram feitos em casa. Com medo de complicações, comecei a sugerir o nascimento no hospital, relembra. Ele tem vivos na memória vários acontecimentos, mas não se recorda ao certo de quantos nascimentos participou. De certo, com a quantidade de anos de profissão, quase 50 mil crianças nasceram por suas mãos, ainda mais se levarmos em conta que no final da década de 50 Dudu Lauand dá nome ao Centro Cirúrgico da Gota não existiam tantos obstetras em Araraquara. Quando cheguei, em 1957, eram 45 mil habitantes e 40 médicos. Ajudei a povoar a cidade, brinca. Seu consultório, a Clinica Esperança, ficava na esquina da maternidade. Minha esposa sempre soube que para ter um marido médico era necessário muita paciência. Eu vivia no hospital. Os partos normais sempre foram demorados e nós esperávamos o bebê nascer. Porém, mesmo com tudo isso sempre fui muito feliz em meu casamento, diz ele. Seus quatro filhos, Mauricélio, Teresa, Isabel e Abdala também nasceram na Gota, pelas mãos do pai. Meus netos, também fui eu quem fez o parto. Médico é médico 24 horas por dia, defende. Dudu faz questão de mencionar outros médicos que passaram pela Gota de Leite. Genaro Granata e Os- 12 kappa magazine Isadora Ruiz Cardozo 5 de maio de 1994 Médico: Fernando Vidal Celso Haddad 1 de fevereiro de 1957 Médico: Genaro Granata

13 mar Galuci, por exemplo, também fizeram história no hospital. Assim como as parteiras, que com o tempo se tornaram enfermeiras e auxiliares, como a dona Julia Lazano Aras. As parteiras faziam os partos e quando a coisa enroscava, chamavam o médico, conta. Quermesse em prol da Gota de Leite, na década de 30, no Parque Boa Vista Dudu Lauand: Metade da cidade nasceu na Gota de Leite O MÉDICO E O POLÍTICO - Além de médico, Dudu também deixou uma marca na política local. Em 1966, ele se candidatou a vereador e foi eleito com mais de quatro mil votos. Naquela época, sem urnas eletrônicas, vários votos foram anulados pelo fato de a população ter escrito nas cédulas médico da Gota de Leite, presidente da Gota, entre outras identificações. Segundo ele, a entrada no meio político aconteceu por causa da maternidade. Eu queria conseguir mais verbas para manter a maternidade, justifica. Dudu foi vereador por 12 anos e, entre os benefícios conquistados para a unidade de saúde, estão verbas para a manutenção de toda a estrutura e recursos para a construção do prédio anexo. Mesmo sem dinheiro suficiente, era necessário mudar de prédio. O antigo foi ficando pequeno e defasado, até que Dudu começou uma campanha para arrecadar fundos e erguer um novo prédio, no terreno ao lado. Com a ajuda dos governos estaduais de Franco Montoro, Orestes Quércia e Luiz Antônio Fleury Filho, a obra foi entregue dia 10 de setembro de 1993, na gestão de Roberto Massafera. A Gota sempre foi a minha vida, trabalhei muito pela maternidade e hoje estou muito feliz, pois vi um sonho se realizar. A Gota agora é uma fundação e tenho certeza de que esse é o caminho para que ela siga sem problemas, finaliza. Maria Luiza Donangelo Freitas 1 de setembro de 2004 Francislei Ferreira 24 de setembro de 1977 Médico: Eduardo Lauand Natan Frasmelli Lorenzeti 23 de dezembro de 1998 Médico: Aluisio Alberici kappa magazine 13

14 Dona Irene Siqueira Alves, a Vovó Mocinha, sogra de Eduardo Lauand Vovó Mocinha ganha homenagem Vários outros nomes ajudaram a construir a maternidade Gota de Leite, mas o de dona Irene Siqueira Alves, a Vovó Mocinha, é especial. Ela era mãe de Sely Lauand, esposa de Eduardo Lauand e uma segunda mãe para o médico. Com a proximidade de Dudu com o hospital, Vovó Mocinha era muito conhecida e querida, sempre presente na maternidade. Fazia visitas, ajudava as mães de primeira viagem e sempre dava apoio às atividades sociais de Dudu Lauand para levantar fundos para a instituição. Logo quando me casei, perdi minha mãe e a Vovó Mocinha chegou para preencher um vazio, diz Dudu. Segundo ele, ela era uma mulher simples, simpática e muito sincera, que passou pela dor da viuvez e da perda de dois de seus três filhos. Nascida em uma fazenda no Rio de Janeiro, era a mais nova de 10 filhos do casal Antônio e Lavínia Siqueira. O apelido ela ganhou logo que nasceu. O pai teria perguntado à parteira: é menino ou menina? A resposta foi: é uma mocinha, diz Dudu. Para o médico, o nome da maternidade não poderia ser outro. Vovó Mocinha era muito acolhedora, como uma maternidade deve ser. É uma homenagem muito justa, diz. capa Maternidade é inaugurada, mas funcionamento fica para maio A solenidade de inauguração da Maternidade Gota de Leite foi no último dia 8, mas o local deve começar a funcionar efetivamente em maio. Por enquanto, apenas o Ambulatório de Saúde da Mulher, unidade que estava no Jardim Primavera, será transferido para a Gota. O ambulatório presta assistência médica integrada às mulheres. No discurso de lançamento, o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) diz que foram gastos R$ 5 milhões na reforma do prédio e na compra dos equipamentos. Segundo ele, a entrega antecipada do prédio foi necessária para que a população participasse dos processos finais, para equipar a Gota e realizar as contratações. As licitações para as compras dos equipamentos devem ser abertas em breve. Quanto aos profissionais, em princípio, os médicos serão contratados em regime temporário por um período de seis a oito meses, depois será realizado concurso público. Vamos trazer alguns profissionais da Santa Casa, já que o atendimento será transferido para a Gota, explica o prefeito. A previsão é que a Gota tenha cerca de 120 profissionais, entre médicos, enfermeiros e assistentes administrativos. Ainda segundo Barbieri, até o dia 13 de maio, Dia das Mães, todo o hospital deve estar funcionando. É um prazo que demos para que tudo fique em ordem, reforça. O prefeito salientou ainda que a nova Gota de Leite deve custar ao município mensalmente mais do que os R$ 450 mil repassados atualmente pelo Serviço Único de Saúde (SUS) à Santa Casa. Repasse esse que será transferido para a Gota, assim que a UTI [Unidade de Tratamento Intensivo] neonatal for deslocada, diz. Porém, além desse dinheiro, serão necessárias mais verbas 14 kappa magazine Barbara Freitas Barboza 2 de junho de 1999 Médico : Marcos Sampaio Araújo Edison Henrique Barreto 16 de junho de 1986 Médico: José Roberto Brogna Julia Mendes Rangel Gonçalves 21 de junho de 2005

15 Anuar Lauar: superintendente do Conselho Diretor da FunGota-Araraquara Marcelo Barbieri descerra a fita de inauguração da nova Gota que devem vir de diversos convênios e até de prefeituras de 19 municípios da região que poderão ser atendidos pela maternidade. A previsão é que a nova Gota custe R$ 700 mil por mês. A Prefeitura repassará R$ 750 mil, divididos nos três primeiros meses de funcionamento, depois disso, manter a Gota será tarefa da fundação, afirma. RECURSOS - Anuar Lauar, superintendente do Conselho Diretor da Fun- Gota-Araraquara, diz que já começou a buscar recursos. A primeira etapa será credenciar a Gota de Leite no projeto de Atenção à Gestante de Risco; a segunda, o credenciamento no projeto Mães Cangurus. Com estes projetos e mais a UTI neonatal, teremos mais repasses do SUS, contabiliza Lauar. Além disso, queremos nos tornar hospital Amigo da Criança e estar na Rede Cegonha, que é responsável pelo atendimento pré-natal. Cada uma destas iniciativas leva o nome da maternidade para todo o País e, assim, conseguimos mais recursos, acrescenta. Lauar diz que a expectativa é também ativar um Banco de Leite na Gota. A história começou com um Banco de Leite. Queremos que esse projeto saia do papel agora e seja retomado, com o hospital de pé, afirma. A maternidade terá ainda convênio com laboratórios de análises clínicas e de imagem. Outro objetivo é reduzir o número de cesáreas. Hoje, 70% dos partos na cidade são cesáreas, na Gota queremos que 60% dos partos sejam normais, diz ele. A expectativa de Lauar é que quando a nova Gota estiver em pleno funcionamento, 150 partos sejam feitos por mês, uma média de cinco por dia. A Gota tem dois centros cirúrgicos; uma UTI neonatal com seis leitos; 10 vagas no berçário; duas unidades de tratamento intensivo para mulheres e 15 apartamentos com alojamento conjugado, ou seja, para mães e bebês. Valquírio Cabral Junior 5 de julho de 1963 Eneida Miranda de Toledo 30 de junho de 1960 Médico: João Ricardo Sabag Thaís Martin 27 de julho de 1981 Médico: Eduardo Lauand kappa magazine 15

16 varal Bota e sapatilha Capodarte Ótica Prisma Fone: (16) Bella Constancia Fone: (16) Coleção Outono / Inverno 2012 Toda mulher que se cuida merece um a partir de R$ 350,00 Só Blusinhas Fone (16) Coleção Outono / Inverno 2012 Sl Store Cel: (16) SL Store Ateliê Carlota Fone (16) Soutien e calcinha Hope Tomara que caia Uni 16 kappa magazine Calcinhas sem costura Uni Pijama Dressy

17 kappa moda Kris Tavares Valerie: Marcas exclusivas e ambiente aconchegante Moda para todas as idades e estacionamento próprio Araraquara conta com uma nova boutique - a Valerie - que oferece moda feminina para todas as idades em ambiente charmoso e aconchegante. A proprietária, Valéria Haddad, é graduada em Design de Moda e, por isso, pensou em uma loja diferenciada que trabalhasse com grandes marcas cariocas como Cantão, Maria Filó, Lucidez e Totem. São marcas exclusivas e foram escolhidas pois, o Rio de Janeiro está despontando mundialmente com sua moda, e possui um clima parecido com o nosso, justifica ela. Além disso, na Valerie, as clientes contam com uma assessoria completa da Val na hora de escolher e combinar as peças. Venha conhecer! Proprietária da Valerie, Valéria Haddad Serviço Valerie Rua Voluntários da Pátria, 1798 (esquina com Av. Feijó) Estacionamento pela Av. Feijó Telefone: (16) kappa magazine 17

18 moda Modelos de cintos mais grossos Peça-chave Detalhes que fazem a diferença nos cintos Cintos transformam um visual básico em despojado e até chique Por Gabriela Marques Fotos: Fabiano Vagner e Kris Tavares Um look básico pode transformar-se em moderno, despojado ou até chique com apenas um detalhe: o cinto. Em peças únicas e até camisetas, marcar a cintura com um cinto fino valoriza o visual, deixando-o mais moderno e chique. Já um cinto largo, na altura do quadril, é ideal para deixar o look mais despojado, explica Cristina Martineli, proprietária da loja Vira Volta. Para o outono, continuam em alta os cintos finos, que marcam a cintura, garante Amanda Ambrósio, gerente da loja Valéria Prado. Variações de bege, vermelho, tabaco, preto e laranja são as cores da próxima estação. Destaque também para estampas de cobra, aponta Amanda. Cristina acrescenta que cores neutras, azul e tons rosados também estarão em alta. Os cintos trançados, os de verniz e os com prensa de couro de bicho são tendências, ressalta. Há diferentes tipos de cintos finos, como os que dão duas voltas na cintura e amarram, criando uma espécie de nó falso. O cinto não precisa mais ficar exato no corpo. A parte que sobrar, você dá um nó falso, que também está na moda, garante Cristina. Já o cinto fino é ideal para quem tem poucas curvas, fica ótimo com roupas justas e destaca peças de cintura alta. Já para quem tem a cintura bem delineada, é melhor evitar, pois aumenta visualmente a região do quadril. As gordinhas podem marcar levemente a cintura com um cinto fino, sugere Cristina. LARGOS - Os cintos largos também continuam na moda. É possível marcar a cintura com este tipo de cinto, quando a roupa é mais larguinha, diz Cristina. Os cintos largos Cristina Martineli, da Vira Volta: Cintos podem transformar completamente um visual são indicados para mulheres altas e magras, quando colocados próximos à altura do quadril, pois abaixam a 18 kappa magazine

19 Alguns modelos Tecido: valorizam a roupa e devem ser usados sobre uma peça com a mesma estampa. Elástico: como marcam muito a cintura, são ideais para modelar batas e vestidos mais soltinhos. Detalhes: são muito chamativos e precisam ser usados com cautela, para não poluir o visual. São mais indicados para noite. Coloridos: ideais com peças únicas, como vestidos e macacões, pois cortam a silhueta, criando a ilusão de duas peças. Amarrações: dá um toque criativo e fashion ao modelito. Ficam melhores em cintos finos e maleáveis. Cintos finos e com o chamado nó falso Amanda Ambrósio, da Valéria Prado: Os cintos finos continuam em alta na próxima estação cintura. As baixinhas devem evitá- -lo, pois criam a ilusão de corte na silhueta. Já usados na cintura, com vestidos e saias, deixa a área em evidência e não é recomendado para quem tem seios grandes. As mais gordinhas também podem usar o cinto largo sem culpa, mas no quadril, sugere Amanda. No caso dos cintos médios, eles são indicados para as mais cheinhas. Podem ser usados na cintura ou abaixo, no mesmo tom da roupa ou até mais escuros, pois favorecem mais. Cristina observa também que a regra de combinar sapato e cinto já não vale há muito tempo. O cinto, com uma cor diferente, dá um ar mais despojado ao look, explica. No entanto, ainda segundo ela, não está vetada também a clássica combinação sapato e cinto. Depende do estilo. Para Cristina, os cintos básicos, com cores neutras, podem se destacar com fivelas grandes, pequenas, prata, dourada, quadradas, redondas, retangulares, com pedra, strass, brilho, laço, flor e com logotipo da marca, entre muitas outras. Em alguns casos, as fivelas chamam mais atenção do que o próprio cinto. Elas fazem a diferença no cinto, e muito, garante Cristina. Para o outono, Amanda dá a dica. Fivelas retangulares na cor dourada também estão super em alta na próxima estação, ressalta. kappa magazine 19

20 NOTA Biblioteca faz feira do livro Evento vai promover troca e venda de livros, revistas e gibis A Biblioteca Municipal Mário de Andrade realiza nesta semana mais uma edição da Feira de Troca e Venda de Livros e Revistas Usados. A atividade segue até o dia 17 de março, no saguão inferior da biblioteca. Os títulos serão comercializados a preços populares, de R$0,50 a R$2, sendo que todo o valor arrecadado será revertido para compra de livros novos solicitados pelos leitores. A feira se inicia com aproximadamente 800 exemplares - entre livros, revistas e gibis à disposição do público. Haverá edições de diversos assuntos, como enciclopédias, literatura, romances, ficções variadas, infantis e revistas. Entre os destaques estão autores como Rubem Braga, Sidney Sheldon, Zibia Gasparetto, Mário Quintana, Graciliano Ramos, Humberto Eco, Dan Brown, J. K. Howling e Paulo Coelho. Todo o material oferecido está em bom estado de conservação. Os exemplares são oriundos de doações recebidas. Vale destacar que não serão trocados livros didáticos. O horário da Feira de Troca e Venda de Livros e Revistas Usados é das 8 às 22 horas. Serviço Feira de Troca e Venda de Livros e Revistas Usados Local: piso inferior da Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade Rua Carlos Gomes, 1729, Centro. 20 kappa magazine

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22 NUTRIÇÃO Shakes: consumo exige orientação Produtos atraem o público que quer uma forcinha para emagrecer ou engordar Rita de Cassia Garcia Pereira, nutricionista: Essa alternativa não deve se constituir em fonte exclusiva da alimentação Por Patricia Piacentini Fotos Fabiano Vagner Com a proposta de ajudar no emagrecimento ou no ganho de peso, os shakes se popularizaram e atraem pessoas que querem resultados rápidos. Porém, antes de começar a consumi-los é necessária a orientação de um nutricionista ou médico para que não haja carência de determinados nutrientes na alimentação. Quando alimentos para controle de peso são tomados de forma ideal, com acompanhamento de nutricionista ou médico, podem auxiliar no processo de perda de peso, porém alguns cuidados devem ser tomados, alerta a nutricionista e docente da Uniara, Rita de Cassia Garcia Pereira. Os shakes podem dar uma ajuda para quem quer perder peso, porém é só um primeiro passo. A questão deve ser tratada de forma a inserir hábitos adequados quanto ao estilo de vida e alimentação e isso não ocorre da noite para o dia, não é mágica, não existe uma fórmula específica que faça isso, comenta Rita.Um ponto importante a ser considerado é que o shake não pode, de forma alguma, ser fonte único de alimentação, como orienta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): São alimentos especialmente formulados e elaborados de forma a apresentar composição definida, adequada a suprir parcialmente as necessidades nutricionais do indivíduo e que sejam destinados a propiciar redução, manutenção ou ganho de peso corporal. A nutricionista observa que algumas pessoas substituem os shakes pela alimentação diária de forma errônea, sem indicação ou orientação, somente porque alguém já fez ou já ouviram falar. É importante que os consumidores sejam orientados, pois essa alternativa não deve se constituir em fonte exclusiva da alimentação diária e o tempo de consumo também deve ser avaliado por um nutricionista e/ou médico. A avaliação nutricional deve ser realizada a fim de determinar as quantidades e qualidades específicas dos nutrientes, bem como o cálculo da ingestão nutricional, salienta ela. ENGORDAR - Os shakes podem ser uma alternativa para quem quer engordar, porém também exigem orientação de nutricionista ou médico. O perigo é que um indivíduo que está tentando engordar e toma o shake acha que pode substituir por refeições e por não saber o valor calórico e de nu- 22 kappa magazine