HÁ DIFERENÇAS ENTRE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS FEMININAS? BREVE CONCEITUAÇÃO DOS TERMOS

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1 HÁ DIFERENÇAS ENTRE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS FEMININAS? BREVE CONCEITUAÇÃO DOS TERMOS Priscila de Freitas Sousa 1 RESUMO O presente artigo tem como objetivo apresentar de forma exploratória, uma breve discussão sobre as categorias transexualidade e travestilidade. Faz-se, primeiramente, uma diferenciação entre o que significa sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Partindo dos conceitos de que a transexualidade e travestilidade ocorrem pela identificação com o gênero oposto ao do sexo de nascimento, a qual faz com que estas pessoas busquem, para viver como o gênero que se identificam transformações tanto do corpo, quanto dos comportamentos. Utilizamos como metodologia, a pesquisa bibliográfica. Esta produção parte da observação e vivência da autora, no decorrer de sua pesquisa monográfica, bem como a dúvida constante e cotidianamente de pessoas em relação aos termos. Em outras palavras, o que seria ser travesti ou transexual? Palavras chaves: Travestis. Transexuais. LGBT. Trans femininas. Abstract This article aims to present an exploratory manner, a brief discussion of the categories transsexuality and travestilidade. It will be primarily a distinction between what it means sex, sexual orientation and gender identity. Based on the concepts that transsexuality and travestilidade occur by identification with the opposite gender to the sex of birth, which makes these people seek to live as the gender they identify changes both the body, as in behavior. We used as methodology, literature review. This production of the observation and experience of the author in the course of his monographic research and the constant doubt and every day people with the terms. In other words, what would be transvestite or transsexual? Key words: Transvestites. Transsexuals. LGBT. Trans women. 1 Graduada em Serviço Social pela Faculdade Cearense FAC.

2 2 1 SITUANDO OS ESTUDOS SOBRE A TRANSEXUALIDADE E TRAVESTILIDADES Travestis e transexuais ganham destaque quando começam a surgir às primeiras organizações dos movimentos sociais que lutavam por direitos da população Lesbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis (LGBT). Primeiramente, a prioridade estava na prevenção da AIDS em relação aos homossexuais. Facchini (2009) apresenta em sua produção como se deu a oganização dos primeiros movimentos sociais em relação às pessoas LGBT, ou melhor, inicialmente com os homossexuais. A associação sobre a AIDS e a homossexualidade ganhou destaque a partir dos anos 1980, não foi muito diferente com as travestis e transexuais da época, tanto que surgiram muitos trabalhos a respeito desta população, além de estudos médicos e psicológicos, outros ancorados na área da sociologia e antropologia, dos quais muitos partiram de programas e projetos de prevenção a DST/AIDS, e assim possibilitaram alguns antropólogos a investigarem o universo das travestis e transexuais inseridas na prostituição. Veremos a seguir uma breve conceituação das diferenças entre travestis e transexuais, bem como a diferença entre sexo, orientação sexual e identidade de gênero, cujas são fundamentais para compreender o universo trans num geral. 1.1 Diferenciando sexo, identidade de gênero e orientação sexual Atualmente, ainda existe uma confusão entre estas três categorias, logo que o senso comum há muitos anos, vem tentando legitimar que identidade de gênero, orientação sexual são definidas pelo sexo biológico com o qual nascemos, afirmando para a sociedade através do binarismo de gênero (considerando apenas a existência de homem/mulher, macho/fêmea), padrões heteronormativos. Para melhor compreensão, ilustraremos a seguir conforme o significado desenvolvido por Letícia Lanz na construção embrionária, conforme autora, de um Dicionário Transgênero, cujo apresenta alguns conceitos, termos e expressões. Portanto, a mesma atribui como conceito de sexo biológico como: Conjunto das características corporais que diferenciam, numa espécie, os machos e as fêmeas e que lhes permitem reproduzir-se. O sexo é herdado biologicamente através do par de cromossomas X e Y, que conduzem as informações genéticas do indivíduo. Na espécie humana, foram cientificamente reconhecidos até o momento apenas 4 tipos de sexo, resultantes da combinação de X e Y, e que são: o macho, a fêmea, o hermafrodita e o assexuado ou nulo, sendo essas duas últimas categorias de ocorrência muito pequena, a última praticamente inexpressiva. (...) Uma das crenças

3 3 mais arraigadas a respeito de sexo biológico é que ele, por si mesmo, determina de forma categórica o comportamento social das pessoas, o que constituem uma tremenda farsa. Ao contrário de todas as outras espécies animais desse planeta, o comportamento humano não é herdado geneticamente, mas aprendido, através de um lento e complexo processo de socialização. Portanto, não é o sexo macho que determina o comportamento masculino de uma pessoa, mas o aprendizado social do que é ser macho, numa determinada sociedade, época e lugar do planeta. (LANZ, 2011). Partindo desta compreensão, percebe-se que o sexo biológico não pode determinar o que é ser homem ou mulher, por exemplo, à medida que o comportamento humano decorre dos processos de interações entre os indivíduos sociais, diferenciando-se dos animais que herdam geneticamente, seus comportamentos. As questões que envolvem os significados de ser homem ou mulher perpassam a dimensão e compreensão do gênero. Não podemos limitar homens e mulheres apenas a questão física, ao sexo com o qual nascemos ou a composição biológica, mas devemos levar em consideração também os componentes que contribuem para a construção social do homem e da mulher, como as interações entre os homens e a natureza, a cultura, a história, os cultos e crenças religiosas, dentre outros. O gênero está ligado a estes aspectos, e são eles que irão diferenciar o masculino do feminino, no entanto, esta distinção entre gênero e sexo é essencial para entender as novas questões que se mostram e necessitam de estudos nesta nova época. Giddens (2005, p. 103) afirma que alguns estudiosos acreditam que os aspectos biológicos dos humanos, incluindo hormônios, cromossomos, tamanho cerebral e herança genética - são responsáveis por diferenças inatas no comportamento entre homens e mulheres. No entanto, a biologia humana tem um grande papel na construção dos diversos gêneros humanos, sendo assim a teoria de que o gênero pode ser aprendido culturalmente ou ensinado não é válida 2, além de ter sido provada que não é e nunca foi de fato eficaz. É importante ressaltar que não podemos negar as relações em sociedade e nem limitar o gênero como decorrente isoladamente do fator bilógico ou social. Como coloca Giddens (2005, p. 105) as teorias que apontam que os indivíduos obedecem a alguma espécie de predisposição inata negam a função vital da interação social em moldar o comportamento humano. Afirma ainda que alguns estudos mostram que até certo ponto, as identidades de 2 John Money, psicólogo e pesquisador do sexo, formulou uma teoria intitulada por ideologia de gênero, cuja defendia que o gênero poderia ser ensinado socialmente, desde que os pais incentivassem continuamente o gênero feminino ou masculino, pois as crianças, para Money, eram neutras. Surge em 1967, um caso no qual Money pode então testar sua teoria, quando ocorre um acidente em um dos gêmeos idênticos recém-nascidos, em que houve um curto circuito em um instrumento elétrico que era usado para fazer uma circuncisão, e aconteceu uma descarga elétrica muito grande que destruiu o pênis de um dos meninos. Os pais procuraram Money, para ajudá-los com o filho, e o mesmo propôs que o filho fosse educado como menina. Mais tarde se soube que a criança, não era feliz, e na adolescência assumiu o gênero masculino, e aos 38 anos de idade se suicidou. Fonte: Documentário Mistérios da Sexualidade do NatGeo, disponível no site: <

4 4 gênero resultam das influencias sociais (Ibidem, 2005, p. 105). Estas diferenciações e reconhecimento da contribuição de ambas são essenciais para combater discursos e práticas conservadoras e discriminatórias. O Manual de Comunicação LGBT (s/d), apresenta uma definição sobre identidade de gênero. Nesta produção entende-se por identidade de gênero como [...] uma experiência interna e individual do gênero de cada pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo o senso pessoal do corpo (que pode envolver, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgicos e outros) e outras expressões de gênero, inclusive vestimenta, modo de falar e maneirismos. Identidade de gênero é a percepção que uma pessoa tem de si como sendo do gênero masculino, feminino ou de alguma combinação dos dois, independente de sexo biológico. Trata-se da convicção íntima de uma pessoa de ser do gênero masculino (homem) ou do gênero feminino (mulher). (p.16) Percebemos aqui que a identidade de gênero não tem relação com a orientação sexual, a qual, segundo o mesmo documento, é aquela que nos faz sentir atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gênero diferente, do mesmo gênero ou de mais de um gênero, assim como ter relações íntimas e sexuais com essas pessoas. (p. 10). Esta distinção é necessária, pois alguns discursos preconceituosos se baseiam na orientação sexual para discriminar em especial, as pessoas homorientadas e trans em geral. Jesus (2012) entende que é um fato social e não biológico a construção da nossa identificação como homens ou como mulheres (p. 8). Portanto, não se pode dizer, segundo esta autora, que os comportamentos não podem ser determinados pelo fator biológico, mas sim pela cultura, cujos papéis irão se diferenciar de uma cultura pra outra. Isto para dizer, que ser mulher ou homem não se define pelo sexo anatômico, mas sim pelo estudo do gênero. O que importa, na definição do que é ser homem ou mulher, não são os cromossomos ou a conformação genital, mas a auto-percepção e a forma como a pessoa se expressa socialmente. Se adotamos ou não determinados modelos e papéis de gênero, isso pode independer de nossos órgãos genitais, dos cromossomos ou de alguns níveis hormonais. (p.8-9). Assim, a frase da ilustre Simone de Beauvoir, não se nasce mulher, torna-se, exemplifica muito bem esta questão. Vale ressaltar que o torna-se mulher não necessariamente deve ser por pessoas que nascem fêmeas, conforme refutou Butler em Problemas de Gênero: Feminismo e subversão da identidade (AGUIAR, 2005). Assim consideramos todas as pessoas que transgridem o gênero que lhes foi imposto a partir de seu sexo biológico.

5 5 Partindo desses conceitos podemos agora nos debruçar sobre outra temática bastante pertinente, cuja ainda é alvo de muita confusão tanto quanto os conceitos acima, que é a transexualidade e travestilidade, que tem ganhado maior visibilidade do que há alguns anos atrás, através dos movimentos sociais, órgãos públicos e privados, que tem lutado para garantir direitos a população LGBT. 2 A CONSTRUÇÃO DA TRANSEXUALIDADE E TRAVESTILIDADE. Atualmente quando se fala de travesti, vem logo no imaginário, à figura de um corpo masculino modificado (esteticamente, pelas vestimentas e comportamentos) dando lugar ao ser feminino. Ou seja, a pessoa que nasce no sexo masculino, mas que não se identifica com tal sexo e busca adequar seu corpo e sua vida ao gênero com o qual se identifica, neste caso, o gênero oposto, o feminino. O documento Brasil sem Homofobia apresenta como explicação do termo transgênero o seguinte: [...] engloba tanto as travestis quanto as transexuais. É um homem no sentido fisiológico, mas se relaciona com o mundo como mulher. (2004, p. 30). Este documento evidencia tal feminização na categoria tanto de travesti quanto de transexuais, esquecendo que o contrário pode acontecer facilmente. Isso parece preocupante já que nega a visibilidade para outros sujeitos no caso de transexuais, travestis e transgêneros masculinos. Nota-se que o senso comum tende a limitar ao fato de serem lésbicas, em sua maioria, masculinizadas. É uma temática pouco tratada e que merece ser investigada. A impressão que se tem, é que este termo carrega uma marca de que toda travesti é feminina. Benedetti (2005, p. 96) afirma que o gênero das travestis se pauta no feminino. Um feminino que se quer evidente, mas também confuso e borrado, às vezes apenas esboçados. O mesmo coloca em seu trabalho, que outros estudiosos observaram em suas pesquisas o mesmo fenômeno da feminilidade em travestis. Transexual é toda pessoa que, no momento em que não se identifica com o sexo de nascimento, busca a adequação do corpo, conforme o gênero com o qual possui identidade. Esta adequação pode se dá de várias formas, como vestir-se como sendo do sexo oposto, de modo a afirmar sua identidade e como a pessoa gostaria de ser reconhecido (a); transformarse em momentos distintos, ou buscar intervenções cirúrgicas e estéticas para mudar o corpo e readequá-lo a identidade de gênero, assim como as travestis também fazem. Estas pessoas podem também ser consideradas transgêneras, diferentemente dos cisgêneros, pessoas que se identificam com o gênero que lhes foi atribuído no nascimento

6 6 (JESUS, 2012). Podemos encontrar no Manual de Comunicação LGBT, uma definição breve do que seria uma pessoa transexual, a qual o documento define como uma uma experiência Pessoa que possui uma identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento. Homens e mulheres transexuais podem manifestar o desejo de se submeterem a intervenções médico-cirúrgicas para realizarem a adequação dos seus atributos físicos de nascença (inclusive genitais) a sua identidade de gênero constituída. (s/d, p.17) Para Bento (Apud Almeida, 2012) a definição de transexualidade se apresenta como [...] identidária, caracterizada pelo conflito com as normas de gênero. Essa definição confronta-se à aceita pela medicina e pelas ciências psi 3 que a qualificam como uma doença mental e a relaciona ao campo da sexualidade e não ao gênero. Definir a pessoa transexual como doente é aprisioná-lo, fixá-lo em uma posição existencial que encontra no próprio indivíduo a fonte explicativa para seus conflitos, perspectiva divergente daqueles que a interpretam como uma experiência identitária. (p. 515) Existem atualmente dois tipos de transexuais: os transexuais masculinos, denominados por transhomen, homens transexuais ou transexual FtM (a sigla vem do inglês Female to Male, que significa de mulher para homem ), dos quais são indivíduos de sexo genético feminino que desejam viver socialmente como homens; e as transexuais femininas, denominadas por mulheres trans, transmulher, mulher transexual ou transexual MtF (cuja sigla também vem do inglês Male to Female, que significa de homem para mulher ), que são pessoas que tem o sexo genético masculino e desejam viver socialmente como mulheres. Nota-se que existe certa hegemonia entre as definições de transexualidade e travestilidade, portanto, fato é que não tem como afirmar que tais definições são corretas ou universais, devida a grande variedade, mas podemos usar tal hegemonia para buscar compreender esta demanda que se apresenta com mais recorrência nos dias atuais.ainda conforme o mesmo documento, defini-se travesti a pessoa [...] que nasce do sexo masculino ou feminino, mas que tem sua identidade de gênero oposta ao seu sexo biológico, assumindo papéis de gênero diferentes daquele imposto pela sociedade. Muitas travestis modificam seus corpos por meio de hormonioterapias, aplicações de silicone e/ou cirurgias plásticas, porém, vale ressaltar que isso não é regra para todas (definição adotada pela Conferência Nacional LGBT em Diferentemente das transexuais, as travestis não desejam realizar a cirurgia de redesignação sexual (mudança de órgão genital). (...) (idem, s/d, p. 18) Esta definição está conforme a fornecida pela Articulação Nacional de Travestis e Transexuais. Pode-se ilustrar este conceito, a partir da pesquisa etnografica de Kulick (2008), sobre as travestis de Salvador. O autor observa que o que caracteriza as travestis, não é apenas 3 Da area da psicologia, psiquiatria e similares.

7 7 o uso de roupas femininas, pois envolve outros aspectos muito importantes e essenciais para a construção dessa identidade. [...] O termo travesti deriva do verbo transvestir, que pode ter o sentido de vestir roupas do sexo oposto (ou cross-dress, em inglês). Porém, as travestis não se caracterizam apenas por usar roupas de mulher. A principal característica das travestis de Salvador, e de todo o Brasil, é que elas adotam nomes femininos, roupas femininas, penteados e maquiagem femininos, pronomes de tratamento femininos, além de consumirem grande quantidade de hormônios femininos e pagarem para que outras travestis injetem até vinte litros de silicone industrial em seus corpos, com o objetivo de adquirir aparência física feminina, com seios, quadris largos, coxas grossas e, o mais importante, bundas grandes. A despeito de todas essas transformações, muitas das quais irreversíveis, as travestis não se definem como mulheres. Isto é, apesar de viverem o tempo todo vestidas como mulher, referindose umas às outras por nomes femininos, e sofrendo dores atrozes para adquirir formas femininas, as travestis não desejam extrair o pênis e não pensam em ser mulher. Elas não são transexuais. Ao contrário, afirmam elas, são homossexuais homens que desejam outros homens ardentemente e que se modelam e se completam como objeto de desejo desses homens. (KULICK, 2008, p. 21-2) Outro elemento que o autor observa nas travestis de Salvador é a questão da identidade de gênero estar vinculada à atração sexual por pessoas do mesmo sexo, o que contrapõe aos transgêneros da Europa e EUA que não se referem a este momento baseando-se nessa prerrogativa. Vista à luz de autobiografias de transgêneros norte-americanos e europeus, essa passagem [se referindo ao relato de uma de suas entrevistadas, quando conta sobre suas antigas lembranças de infância, a qual foi intimamente ligada à atração sexual por homens] é realmente notável. Nenhum relato de memórias sobre transgenderismo nos Estados Unidos ou na Europa faz menção a desejos homoeróticos despertados na infância como força motivadora ou constitutiva da autopercepção como transgênero. Muito pelo contrario. A idéia de que a atração sexual por homens está na base da mudança de sexo é constante e explicitamente negada. Tais relatos nos lembram a todo instante que transexualismo (sic) é uma questão de gênero, e não de sexualidade. (KULICK, 2008, p. 67, grifos nossos). Outro autor que produziu uma pesquisa etnográfica com travestis brasileiras encontrou como diferencia entre travestis e transexuais é a aceitação da genitália masculina pelas primeiras e a recusa desta pelas transexuais, assim o autor refere que (...) [transexuais] não aceitam a sua genitália e negam ter nascido homens, enquanto que as travestis fazem uso ativo de seus órgãos genitais. As transexuais definem-se pela negação das travestis, isto é, as primeiras não querem aquilo do qual as segundas usufruem. (BENEDETTI, 2005, p. 113, grifos nosso). Embora nestas pesquisas seja recorrente a negação da genitália masculina pelas transexuais femininas, não podemos afirmar que isto seja uma regra, pois é possível que

8 8 existam transexuais femininas que conseguem conviver harmoniosamente com seu órgão genital masculino, assim como pode haver travestis que desejam a redesignação genital. Vale ressaltar que existe uma diferença estigmatizada entre travestis e transexuais femininas, ou melhor, quem carregaria o estigma seria a travesti, pois conforme a produção bibliográfica a respeito deste tema há na maioria dos estudos, principalmente os que datam dos anos 80/90, uma associação das travestis com a prostituição, drogadição e HIV/AIDS. Então, dizer-se transexual, seria uma forma de suavizar este estigma ou reafirmar-se como travesti, seria uma forma de resistência? CONSIDERAÇÕES FINAIS Este ensaio que teve como base a pesquisa bibliográfica, longe de querer oferecer uma revisão teórico-conceitual sobre identidade de gênero, transexualidade e travestilidade, buscou esclarecer alguns elementos referentes a estas temáticas para que se amplie o debate a respeito do tema. Entendemos que identidade de gênero não tem relação com o sexo de nascimento ou com a orientação sexual, cuja é a que nos faz sentir atração afetiva, sexual por outras pessoas, que podem ser do mesmo sexo ou do sexo oposto ao nosso. Sendo assim, a identidade de gênero é o que nos faz entender como se dar o processo da transexualidade e travestilidade, o qual acontece por indivíduos que nasceram com o sexo biológico diferente do gênero com o qual se identificam. Vale ressaltar que a diferença que separa travestis e transexuais são poucas, diria até que se trata de terminologias que transitam e tem correlação de forças no meio acadêmico e cientifico, posto que a transexualidade (termo usado principalmente no âmbito da medicina e ciências psi) trata-se como doença ou transtorno e a cura seria as intervenções cirúrgicas para readequação sexual, quanto à travestilidade, parece que não busca readequação por meio da cirurgia de mudança de sexo, embora estas pessoas façam constantemente transformações no corpo, através de ingestão hormônios femininos, bem como aplicações de silicone para moldar seu corpo no feminino. Torna-se relevante entender estes conflitos, já que se trata de uma população que se insere numa sociedade que discrimina e exclui as minorias, (ou melhor, aos que não se adequam ao padrão socialmente aceito, pautado na heteronormatividade) abrindo espaço para que estes indivíduos estejam em constante vulnerabilidade social frente à negação de direitos. Esclarecer é importante para romper com os processos discriminatórios, e para propor

9 9 estratégias de ações voltadas a estas pessoas, na busca de reduzir a situação vulnerável a que estão expostos, através das políticas sociais e promoção dos seus direitos. Faz-se necessário que a discussão seja ampliada, posto que não se encerre o problema apenas conhecendo ou distinguindo uma coisa da outra, é preciso instigar o debate na sociedade como um todo. REFERÊNCIAS ABGLT. Manual de comunicação LGBT. s/d. Disponivel em: < Acesso em: AGUIAR, Renato (Trad.). Butler e a desconstrução do gênero. Resenha. Estudos Feministas, Florianópolis, 13(1): 216, janeiro-abril/2005. BENEDETTI, Marcos Renato. Toda feita: o corpo e o gênero das travestis. Rio de Janeiro: Garamond, CALISTO, Larissa Souza. Eu também tenho direitos: visibilidade travesti e transexual para além dos estigmas. Monografia. Faculdade Cearense FAC CONSELHO Nacional de Combate à Discriminação. Brasil Sem Homofobia: Programa de combate à violência e à discriminação contra GLTB e promoção da cidadania homossexual. Brasília: Ministério da Saúde, FACCHINI, Regina. Entre compassos e descompassos: um olhar para o campo e para a arena do movimento LGBT brasileiro. In.: Bagoas, n. 4, (p ). FACCHINI, Regina. FRANÇA, Isadora Lins. De cores e matizes: sujeitos, conexões e desafios no Movimento lgbt brasileiro. In.: Sexualidad, Salud y Sociedad. N (p ). FACCHINI, Regina. Sopa de Letrinhas?: movimento homossexual e produção de identidades coletivas nos anos 90. Rio de Janeiro: Garamond, GIDDENS, Anthony. Sociologia. Trad. Sandra Regina Nezt. 4. ed. Porto Alegre: Artemed, JESUS, Jaqueline Gomes de. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. 2. ed. Brasília, KULICK, Don. Travesti: prostituição. Sexo, gênero e cultura no Brasil. GORDON, César (Trad.). Rio de Janeiro: Fiocruz, LIMA, Telma Cristiane Sasso de. MIOTO, Regina Célia Tamaso. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Rev. Katál. Florianópolis v. 10 n. esp

10 SOUSA, Priscila de Freitas. Travessias de gênero e inserção no mundo do trabalho: um estudo sobre as trajetórias profissionais de travestis e transexuais. Monografia. Faculdade Cearense FAC

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