José Aires Trigo Mestre em Educação (UFRJ) Economista (UERJ) Especialista em Educação Matemática (FSJT) Licenciado em Matemática (UCB)

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1 ECONOMIA I

2 José Aires Trigo Mestre em Educação (UFRJ) Economista (UERJ) Especialista em Educação Matemática (FSJT) Licenciado em Matemática (UCB) 2

3 Sumário Apresentação Unidade I Princípios de Economia Unidade II Teoria do Consumidor Unidade III Teoria da Produção Unidade IV O Mercado Considerações Finais Bibliografia 3

4 Palavra do professor Economia é a Ciência Social que estuda basicamente de que forma as pessoas e as empresas, individual ou coletivamente, alocam recursos escassos. Em outras palavras, a Economia estuda como as pessoas tomam decisões sobre investimento, poupança, consumo, trabalho, e como interagem umas com as outras. O conhecimento de Microeconomia é fundamental para o Administrador de Empresas, na medida em que a tomada de decisões se dão partir de análises de variáveis relacionadas à atividade produtiva da empresa e sua interação com o mercado de que faz parte. Dessa forma, a empresa tem de ser sempre vista tanto como um sistema aberto influenciado pela conjuntura econômica nacional e internacional quanto um ator capaz de influenciar em maior ou menor magnitude o ambiente da qual faz parte. Para o aluno, o ensaio do uso da Ciência Econômica se dá pela aplicação de exercícios e dos estudos de caso, ponto alto e diferencial na formação em nível superior. 4

5 Considerações Finais Bibliografia 5

6 UNIDADE I Princípios de Economia Objetivo da Unidade: O objetivo desta Unidade é apresentar aos alunos os conceitos gerais de economia associados a um curso introdutório de economia, acrescidos dos primeiros conceitos mais específicos de Microeconomia e que darão base aos estudos posteriores sobre a oferta, a demanda e o equilíbrio de mercado. 1 Introdução A escassez é o problema econômico central de qualquer sociedade, principalmente nos tempos atuais, onde elementos ambientais e a otimização do uso dos recursos naturais andam tão em voga. A escassez é um fenômeno que existe, pois, as necessidades dos seres humanos as quais são satisfeitas através do consumo dos mais diversos tipos de bens e/ou serviços são ilimitadas. Na contra-mão dessa insaciabilidade temos o fato de que os recursos produtivos (matérias primas, terra, mão de obra máquinas e equipamentos) disponíveis e que são alocados na produção são insuficientes para se produzir o volume de bens e serviços necessários para satisfazer as necessidades de todas as pessoas. Portanto, a escassez atinge qualquer tipo de sociedade, rica ou pobre em diferentes intensidades. A escassez de recursos gera o que se chama de bem econômico. Um bem econômico é desejado e tem utilidade e assim, se os recursos não fossem escassos, só existiriam bens livres e não haveria necessidade de alocar recursos. Em razão da escassez são necessárias escolhas, visto que não é possível produzir tudo aquilo que as pessoas desejam. Então devem ser elaborados mecanismos que auxiliem as sociedades a decidir quais bens serão produzidos e quais necessidades serão atendidas. 6

7 Econômica. Neste sentido a escassez é a preocupação básica da Ciência Economia é a ciência social que estuda de que forma as pessoas e as empresas, individual ou coletivamente, alocam recursos escassos. 1.1 Conceito histórico de Economia A palavra economia deriva do grego oikosnomía (de óikos = casa, e nomía ou nómos = lei), o que literalmente significa administração de uma casa, ou Estado. Citamos aqui mais algumas definições de Economia, em acordo com a visão de alguns autores: A Economia é o estudo de como as pessoas ganham a ida, adquirem alimentos, casas, roupa e outros bens, sejam eles necessários ou de luxo. Estuda, sobretudo, os problemas enfrentados por estas pessoas e as maneiras pelas quais estes problemas podem ser contornados. (WONNACOTTI, 1982, p. 5) A Economia é o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens variados e para os distribuir para consumo, agora ou no futuro, entre várias pessoas e grupos da sociedade. (SAMUELSON, 1990, p. 12) A Economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade. (MOCHÓN, 2007, P. 15) Neste momento vamos destacar a divisão do estudo da Economia: Microeconomia: o estudo do modo como as famílias, as empresas e o setor público tomam decisões, bem como o estudo da forma como eles interagem. o foco da Microeconomia recai sobre a escolha individual, isto e, diz respeito a tomada de decisão de um individuo ou uma empresa e suas consequências para o mercado. 7

8 Macroeconomia: o estudo dos fenômenos que afetam o conjunto da economia, isto é, no seu aspecto agregado e dessa forma se concentrando no estudo das variáveis agregadas de um país como: inflação, desemprego, demanda agregada, oferta agregada, produto, renda. O conhecimento de economia é fundamental para o Administrador de Empresas, na medida em que a tomada de decisão se dá a partir de analises de macro-cenários e de variáveis relacionadas a atividade produtiva da empresa e sua interação com o mercado de que faz parte (aspecto micro). Dessa forma, a empresa tem de ser sempre vista tanto como um sistema aberto influenciado pela conjuntura econômica nacional e internacional quanto um ator capaz de influenciar em maior ou menor magnitude o ambiente da qual faz parte. 1.2 Os bens e suas características Bem é tudo aquilo que satisfaz direta ou indiretamente os desejos e necessidades dos seres humanos. Os bens podem ser classificados segundo: Seu caráter Livres: são ilimitados em quantidade ou muito abundantes e não são apropriáveis. Econômicos: são escassos em quantidade, dada sua procura, e apropriáveis, sendo esse o objeto de estudo da economia. Sua natureza De capital: não atendem diretamente às necessidades. De consumo: destinam-se à satisfação direta de necessidades. Duradouros/duráveis: permitem um uso prolongado. Não-duradouros/Não duráveis: acabam com o tempo. Segundo sua função 8

9 Intermediários: devem sofrer novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital. Finais: Já sofreram as transformações necessárias para seu uso ou consumo. Os bens econômicos caracterizam-se pela utilidade, escassez e por serem transferíveis. Já os bens livres, por sua vez, são aqueles cuja quantidade é suficiente para satisfazer a todo mundo, podendo ser citado como exemplo o ar. Quando buscam satisfazer suas necessidades, os indivíduos, normalmente, fixam preferências. Assim, os primeiros bens desejados são os que satisfazem as necessidades básicas ou primárias, como a alimentação, o vestuário e a saúde. Satisfeitas as necessidades primárias, os indivíduos passam a satisfazer outras mais refinadas, como o turismo, ou buscam melhor qualidade dos bens que satisfazem suas necessidades primárias, como uma habitação melhor, roupas de determinadas marcas, etc. Por isso, pode-se dizer que as necessidades são ilimitadas ou ainda, de outra forma, que sempre existirão necessidade que os indivíduos não poderão satisfazer, ainda que seja somente pelo fato de os desejos tornarem-se refinados. 1.3 Os serviços O trabalho quando não destinado a criação de bens (objetos materiais) tal como o realizado por um pedreiro, agricultor visa a produção de serviços. Pode estar relacionado a distribuição de produtos, com atividades que satisfazem necessidades culturais, realizadas por um professor. Ou outros oferecidos, por exemplo, por um banco ou seguradora. Os serviços são aquelas atividades que, sem criar objetos materiais, se destinam direta ou indiretamente a satisfazer necessidades humanas. 9

10 1.4 Os fatores de produção Para a satisfação das necessidades humanas é necessário produzir bens e serviços. Para isso, exige-se o emprego de recursos produtivos e de bens elaborados. Podemos entender que os recursos são os fatores ou elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços, sendo denominados fatores de produção. Os fatores se dividem em três categorias: Fatores produtivos Terra Trabalho Capital Em economia, é Refere-se às faculdades utilizado no sentido físicas e intelectuais dos amplo, indicando não só seres humanos que a terra cultivável e intervêm no processo urbana, mas também os produtivo. O trabalho é o recursos naturais que fator de produção contém como, por básico. Os trabalhadores exemplo, os minerais. se servem das matériasprimas obtidas na natureza. Com a ajuda da maquinaria necessária, transformam-nas até convertê-las em matérias básicas, aptas a outros processo ou bens de consumo. Compreende as edificações, as fábricas, a maquinaria e os equipamentos, a existências de meios elaborados e demais meios utilizados no processo produtivo. 10

11 1.5 A Economia e a necessidade de escolha Vimos anteriormente que a preocupação da Economia está intimamente ligada ao comportamento humano, considerando que o estudo das relações entre as pessoas em uma sociedade enquanto trabalham com um propósito definido, a produção de bens e serviços. Analisando a Economia como ciência, podemos entender que após um certo tempo de observação da realidade, ao organizarmos conceitualmente os principais pontos observados, organizamos uma teoria com razoável aproximação da realidade. Entendemos como teoria, uma explicação do mecanismo subjacente aos fenômenos observados. Essa teorização deve se dar com base em pressupostos, que são proposições cuja validade se toma como dada e que resumem a conduta dos agentes econômicos. Vale lembrar que as teorias não devem ser avaliadas pelo realismo de seus pressupostos, mas sim pela validade de suas previsões. Para facilitar a sistematização da teoria nos apoiamos em modelos, os quais são uma simplificação e uma abstração da realidade que, por meio de pressupostos, argumentos e conclusões, explicam determinada proposição ou certo aspecto de um fenômeno mais amplo. Agregado ao uso de modelos pressupomos a racionalidade, que argumenta que os agentes perseguem certos objetivos, e suas escolhas são coerentes com a avaliação que fazem de seus próprios interesses. Ao estudarmos a Ciência Econômica, partimos do conceito de Economia positiva a qual procura dar explicações objetivas sobre o funcionamento da economia, enquanto a Economia normativa refere-se aos preceitos éticos e às normas de justiça. No nosso estudo de Economia, vamos nos concentrar em discutir os métodos empregados pela Economia para a compreensão da realidade econômica e da sistematização e o entendimento dos fenômenos envolvidos. Em síntese nos concentraremos em estudar a Economia positiva. 11

12 1.6 O problema fundamental da Economia Em razão da quantidade limitada de recursos e as necessidades ilimitadas de uma sociedade temos a necessidade de escolher em termos econômicos. Tais escolhas decorrem do problema da escassez, também conhecida como Lei da Escassez e podem ser traduzidas em quatro questões fundamentais: O que produzir? A resposta significa identificar as necessidades e, consequentemente, o que irá satisfazê-las. Dessa forma, a sociedade deve saber que precisa produzir, por exemplo, alimentos, roupas, casas, estradas, escolas, etc. Quanto produzir? Essa questão complementa a anterior e tem sua importância definida na medida em que, como já vimos, é impossível produzir em quantidades ilimitadas todos os bens necessários. Se imaginarmos que todos os recursos disponíveis de uma economia estão sendo utilizados no processo produzido, atingiremos um limite na produção de bens e de serviços. Nesse caso, se quisermos aumentar a produção de um bem qualquer, teremos de diminuir a quantidade de produção de outro ou outros bens. Como produzir? Para que se obtenha um determinado bem ou serviço, é necessário empregar os fatores trabalho, capital e recursos naturais. Entretanto, a proporção em que esses recursos serão combinados vai depender da abundância ou da escassez de cada um deles. Portanto, é natural imaginar que, numa economia em que o fator trabalho é mais abundante que o fator capital, a produção empregue uma quantidade proporcionalmente maior de trabalho. 12

13 Para quem produzir? A resposta a essa pergunta resolve o último problema da questão da satisfação das necessidades humanas. Ela vai nos dizer de que forma será distribuído o produto do trabalho coletivo aos elementos da sociedade. 1.7 Curva de possibilidades de produção (CPP) Também conhecida como Curva de transformação ou Fronteira de possibilidade de produção (FPP) é um conceito teórico com o qual se demonstra como o problema da escassez impõe um limite à capacidade produtiva. Imaginemos uma economia em que só se produzam dois tipos de bens. Se todos os recursos forem destinados à produção de um dos bens, fatalmente não teremos recursos para a produção de nenhuma quantidade do outro bem. Essa escolha está diretamente relacionada ao custo de oportunidade no consumo de algum recurso. Assim, o custo de oportunidade é a decisão daquilo a que se deve renunciar para obter algo. Em outras palavras, o custo de oportunidade de um bem ou serviço é a quantidade de outros bens ou serviços a que se deve renunciar para obtê-lo. Devido à escassez de recursos a produção total tem um limite máximo, uma produção potencial ou produto de pleno emprego onde todos os recursos disponíveis estão empregados. A Curva de possibilidades de produção mostra a quantidade máxima possível de bens ou serviços que determinada economia pode produzir com os recursos e a tecnologia de que dispõe e dadas as quantidades de outros bens e serviços que também produz. Para que possamos representar uma curva de possibilidades de produção é preciso admitir as seguintes hipóteses básicas: 13

14 1. A quantidade de recursos existentes é fixa durante o tempo de análise. 2. Todos os recursos de produção (terra, trabalho e capital) estão empregados na produção. 3. O nível tecnológico não sofre alterações, ou seja, mantém-se constante. Em uma economia com milhares de produtos, as escolhas que enfrentamos são complexas. Veremos agora um exemplo em que só podem ser produzidos dois bens (alimentos e vestuário). Se decidirmos produzir mais alimentos e reorientarmos nossos esforços neste sentido, então não poderemos produzir tanto vestuário. Vejamos esta questão com números. Tabela de possibilidades de produção Curva de possibilidades de produção opções Alimentos (toneladas) Vestuário (milhares) A 10 0 B 7,5 5 C 5 10 D 0 20 Alimentos A 10 7,5 5 0 B C D Vestuário Tomando o mesmo exemplo onde a curva indica todas as possibilidades de produção de alimentos e armas, qualquer ponto sobre a curva significa que a economia estará operando no pleno emprego, ou seja, a plena capacidade, utilizando todos os fatores de produção, é o caso representado pelo ponto A. No ponto C ou qualquer ponto interno da curva opera-se numa capacidade ociosa ou com desemprego e assim os fatores de produção estão sendo subutilizados. No ponto D temos a representação de uma combinação impossível de produção, pois a economia não tem fatores de produção suficientes para produção desejada. 14

15 Alimentos B C A Vestuário Para lembrar do conceito de custo d oportunidade pensemos na transferência dos fatores de produção de um bem, no caso alimentos, para produzir vestuário implica em um custo de oportunidade, ou seja, é igual ao sacrifício de se deixar de produzir em detrimento do outro. É de se esperar que os custos de oportunidade sejam crescentes, já que quando aumenta-se a produção de um bem, os fatores de produção transferidos dos outros produtos vai ficando cada vez mais difícil e onerosa. A CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO: Algumas aplicações. A CPP pode ser usada para explicar determinados conceitos básicos de economia. a) O crescimento econômico. Quando a quantidade de recursos disponíveis para produção de bens e serviços aumenta temos um deslocamento da curva de possibilidades de produção para além de sua fronteira inicial. Estes aumentos podem ser decorrentes de um incremento na força de trabalho, no número de fábricas, nos instrumentos de produção ou mesmo na fronteira agrícola. Outro aspecto que leva ao deslocamento da CPP para além de sua fronteira são os avanços tecnológicos. A descoberta de novas formas de produção como por exemplo o aperfeiçoamento das sementes na agricultura, a 15

16 implantação de sistemas informatizados na prestação de serviços, podem proporcionar o deslocamento da CPP mesmo que a quantidade de fatores de produção tenha permanecido inalterada. O crescimento econômico supõe o aumento na capacidade produtiva da economia. Graficamente, pode-se representá-lo pelo deslocamento da CPP para a direita. Bem A Bem B b) O crescimento econômico e o dilema da escolha entre bens de consumo e bens de capital No sistema econômico são produzidos bens destinados ao consumo e bens de produção. Entretanto os bens de produção sofrem desgastes a medida em que vão sendo utilizados e necessitam de substituição. A escolha entre destinar os esforços produtivos para bens de produção em detrimento dos bens de consumo está associada às opções pelo crescimento econômico. Além de fabricar bens de consumo, é necessário produzir bens de capital, não só para repor aquilo que se desgastou, mantendo assim o nível atual de produção de bens de consumo, como também para ampliar a capacidade produtiva da economia. Desta forma uma sociedade pode optar por direcionar parte dos recursos à produção de bens de capital, acumulando bens como máquinas, fábricas, etc., ou seja, pode investir na formação de capital e parte dos recursos para a produção de bens de consumo. 16

17 Bem A Bem B Crescimento econômico específico de um bem Um avanço ou aperfeiçoamento na produção de um dos bens implica em um deslocamento da CPP na direção marcada pelo eixo que representa o bem em questão. Em caso de avanços tecnológicos na produção dos dois bens, a curva se desloca paralelamente, afastando-se da origem das coordenadas. Bem A Bem A Bem A Bem B Bem B Bem B 17

18 1.8 Agentes econômicos Os agentes econômicos - as famílias, as empresas e o setor público - são os responsáveis pela atividade econômica. Em relação ao seu comportamento, supõe-se que são coerentes quando tomam decisões. A atividade econômica concretiza-se na produção de ampla gama de bens e serviços, cujo destino último é a satisfação das necessidades humanas. Os homens, mediante sua capacidade de trabalho são os organizadores e executores da produção. As atividades produtivas numa sociedade contemporânea realizam-se por meio de numerosas unidades de produção ou empresas, cada uma das quais emprega trabalho, capital e recursos naturais, procurando obter bens e serviços. Por meio das unidades de produção se faz possível o fenômeno da divisão do trabalho. A organização dos fatores produtivos (terra, trabalho e capital) dentro das empresas, assim como a direção de suas atividades, recai sobre pessoas ou grupos de caráter privado ou público. Na economia, os diversos papéis que desempenham os agentes econômicos, isto é, as famílias ou unidades familiares, as empresas e o setor público, podem ser agrupados em três grandes setores: O setor primário: abrange as atividades que se realizam próximas às base dos recursos naturais, isto é, as atividades agrícolas, pesqueiras, pecuárias e extrativas. O setor secundário: inclui as atividades industriais, mediante as quais são transformados os bens. O setor terciário ou de serviços: reúne as atividades direcionadas a satisfazer necessidades de serviços produtivos que não se transformam em algo material. O setor quaternário: o domínio da informação vem crescendo de importância a cada dia sendo prioritário para as grandes potências. O setor quaternário é a expansão do conceito da Hipótese dos Três Setores da Economia e abrange as atividades intelectuais da tecnologia, como geração e troca de informação, educação, pesquisa e desenvolvimento e a alta tecnologia em si, anteriormente incluídas no setor terciário como serviços. 18

19 Primário Secundário Terciário Quaternário Agricultura Pesca Mineração Indústria Construção Serviços Comércio Transporte Bancos Robótica Cibernética Informática Os diferentes agentes econômicos podem ser classificados como privados e públicos: Agentes privados básicos: são as famílias e as empresas. Famílias: Formada pela população economicamente ativa segmento da população apta para o exercício das atividades de produção. No Brasil de 16 a 65 anos. Empresas: Para onde convergem os recursos de produção, para geração de bens e serviços que atenderão às necessidades de consumo e acumulação da sociedade. Agente público: são o governo as instituições. Governo: Agente coletivo que gerencia o processo produtivo como um todo e efetua investimentos com a renda gerada pelos tributos para proporcionar a oferta de bens e serviços coletivos à sociedade. Instituições: Jurídicas, políticas e sociais que buscam organizar e direcionar as atividades econômicas dentro dos princípios básicos do sistema em que a economia está inserida. 1.9 Conceito de sistema econômico e sua organização De um ponto de vista global, no Brasil a economia funciona de uma forma diferente das economia de outros países, como os EUA, Rússia ou Etiópia. A forma de comprar e vender determinados bens, os impostos que se 19

20 tem de pagar, o tipo de maquinaria utilizada pelas empresas, e muitas outras coisas são diferentes. Podemos, dizer também que, salvo as diferenças, nossa economia se parece mais com a de uns países (por exemplo, Argentina) do que com a de outros (por exemplo, Cuba). Essas diferenças ou semelhanças no funcionamento global da economia são explicadas pelos economistas, que utilizam o conceito de sistema econômico. Podemos concluir que um Sistema Econômico é a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. Toda economia opera segundo um conjunto de regras e regulamentos. Por exemplo, as empresas devem ter licenças especificas a fim de que possam produzir e vender seus produtos, os trabalhadores devem ser registrados em carteira, os administradores, a fim de que possam exercer sua profissão devem ser formados em escolas oficialmente reconhecidas, além de terem de ser filiados a órgão de classe. Essas são apenas algumas das regras existentes em nossa economia. Assim todas as leis, regulamentos, costumes e práticas tomados em conjunto, e suas reações com os componentes de uma economia (empresas, famílias e governo) constituem o que denominamos Sistema Econômico. Acreditamos assim que as questões fundamentais da economia são tratadas de forma diferente em cada tipo sociedade. Estas diferenças de tratamento estão associadas a organização da economia. Existem três formas pelas quais a sociedade organiza sua economia a fim de resolver as questões fundamentais que são: ECONOMIA DE MERCADO Regido pelas forças de mercado predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. ECONOMIA PLANIFICADA CENTRALMENTE Tem as questões econômicas fundamentais resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de meios de produção. 20

21 ECONOMIA MISTA Prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação do Estado, tanto na alocação de recursos como na própria produção de bens e serviços, nas áreas de infra-estrutura, energia, saneamento e telecomunicações. Neste momento vamos nos concentrar em entender melhor o sistema de economia de mercado. Ele é típico das economias capitalistas as quais têm, como característica básica, a propriedade privada dos meios de produção, tais como, fábricas e terras, e sua operação, tendo por objetivo a obtenção de lucro, sob condições em que predomine a concorrência. Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre iniciativa, os agentes econômicos (indivíduos e empresas) preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios problemas, tentando sobreviver na concorrência imposta pelos mercados. Nesse tipo de sistema econômico, os consumidores e empresas, agindo individualmente, interagem através dos mercados, acabando por determinar o que, como e para quem produzir. A presença do governo neste tipo de economia resume-se ao atendimento das necessidades coletivas, tais como justiça, educação, saúde, etc. Cabe ainda ao Estado o estabelecimento de regras visando proteger a liberdade econômica, zelando, assim, pelo livre jogo da oferta e procura. Uma economia de mercado resolve os três problemas econômicos fundamentais simultaneamente, conciliando oferta e procura em cada mercado específico. A essa dinâmica chamamos de fluxo circular da atividade econômica que está representado adiante. 21

22 Mercado de fatores de $ produção $ Famílias Empresas $ Mercado de bens e $ serviços Fluxo real Fluxo nominal 1 As famílias oferecem a mão de obra para o processo produtivo e também podem ser detentoras dos meios de produção; 2 As empresas pagam as famílias pelo trabalho e remuneram também aquelas famílias detentoras dos meios de produção. 3 As famílias demandam bens e serviços produzidos pelas empresas. 4 As empresas recebem das famílias o pagamento pelos bens e serviços ofertados. Falhas no funcionamento das economias de mercado O sistema de Economia de Mercado tem algumas metas tais como: eficiência na alocação dos recursos escassos, distribuição justa de renda, mecanismos de estabilização de preços e de crescimento econômico. No entanto é comum a ocorrência de várias contradições e falhas em seu funcionamento. Dentre elas podemos destacar: Imperfeições na concorrência devido a estruturas de mercado monopolizadas ou oligopolizadas 22

23 Organização sindical forte que pode influenciar na formação de salários. Intervenções governamentais na política salarial e de preços. Incapacidade do mercado de promover uma perfeita alocação de recursos. A iniciativa privada não estaria interessada em alocar recursos em projetos que exigissem altos investimentos e apresentassem retorno lento, tais como a construção de usinas hidroelétricas, portos etc. Incapacidade do mercado em promover sozinho uma justa distribuição de renda (conflitos distributivos) 1.10 Atividades de auto-avaliação 1 - Dê a definição de Economia? 2 - Quais são os fatores de produção? 3 - Conceitue bens de consumo e bens de produção. 4 Por que motivo(s) existe a necessidade de escolha do que produzir em uma economia organizada? 5 - Defina o que é "custo de oportunidade". 6 A que se refere a curva de possibilidades de produção, também conhecida como, fronteira de possibilidades de produção? 7 - Quantos e quais são os agentes econômicos? 8 - Como podemos definir uma economia planificada centralmente em relação ao papel do governo? 23

24 9 - Quais são as questões econômicas fundamentais? 10 - Como se comportará a curva de possibilidades de produção diante de uma inovação tecnológica? Conclusão Após a tomada de conhecimento dos aspectos introdutórios de Economia, e que dão base ao estudo da microeconomia partiremos para a compreensão da Teoria do consumidor. O vocabulário específico da Ciência econômica associado a percepção e à relação da teoria com os acontecimentos cotidianos, trazem um nível de contextualização propício à facilitar o prosseguimento dos nossos estudos. 24

25 UNIDADE II - Teoria do Consumidor Objetivo da disciplina: Fornecer a base a partir da qual será derivada a curva de demanda, passando pelos conceitos de utilidade, lei da demanda e função da demanda. Com vistas à solidificar a teoria do consumidor, exploraremos os deslocamentos da curva da demanda, com suas causas e consequências, o conceito de excedente do consumidor, encerrando com as elasticidades pertinentes à terioa do consumidor. 2 A teoria Microeconômica A microeconomia ocupa-se da análise do comportamento das unidades econômicas, como as famílias, ou consumidores, e as empresas. Estuda também os mercados em que operam os demandantes e ofertantes de bens e serviços. A perspectiva microeconômica considera a atuação das diferentes unidades econômicas como se fossem unidades individuais. (MÓCHON, 2007, p.18) A análise microeconômica, ou teoria dos preços, como parte da ciência econômica, preocupa-se em explicar como se determina o preço dos bens e serviços, bem como dos fatores de produção. O instrumental microeconômico procura responder também, as questões aparentemente triviais; por exemplo, por que, quando o preço de um bem se eleva, a quantidade demandada desse bem deve cair, coeteris paribus? (VASCONCELOS & GARCIA, 1998, p.21) A microeconomia estuda as unidades (consumidores, firmas, trabalhadores, proprietários dos recursos, etc.) componentes da economia e o modo como suas decisões e ações são interrelacionadas. (MENDES, 2004, p.23) A Teoria Microeconômica, ou Microeconomia, preocupa-se em explicar o comportamento econômico das unidades indivíduais de decisão representadas pelos consumidores, pelas firmas e pelos proprietários de recursos produtivos. Ela estuda a interação entre firmas e consumidores e a maneira pela qual produção e preço são determinados em mercados específicos. (PASSOS & NOGAMI, 2003, p.26) Em resumo, a luz dos conceitos, a microeconomia é o estudo de como as unidades individuais em economia (empresas e famílias) se comportam no processo de alocação dos recursos e realizam suas transações. 25

26 Em sistemas econômicos capitalistas onde se destaca o Livre Mercado (não interferência externa na determinação dos preços e quantidades ofertadas e consumidas), além da estrutura do mercado, os comportamentos dos compradores e dos consumidores são fatores determinantes no processo de formação de preço de venda dos produtos (preço de mercado). Para que se possa conhecer o funcionamento de um mercado é necessário conhecer também alguns aspectos relacionados ao comportamento dos consumidores (demanda) e dos vendedores (oferta). Por ora vamos traçar algumas características gerais sobre mercado e conceitos essenciais para a melhor compreensão da Teoria da Demanda ou Teoria do Consumidor. 2.1 Pressupostos básicos O mercado é o conjunto de atividades de compra e venda de determinado bem ou serviço, em certa região. O mercado de um produto é formado por todos os compradores e vendedores desse produto. Mercado é um mecanismo por meio do qual compradores e vendedores interagem para fixar preços e, ao mesmo tempo, trocam bens e serviços. Atualmente a maioria das negociações são efetivadas com base em um elemento fundamental para o estudo da Economia, a moeda. A moeda é todo meio de pagamento com aceitação geral e que se pode trocar por bens e serviços. Com ele, o preço de um bem é o número de unidades de dinheiro que são trocadas por uma unidade do bem. O preço absoluto de um bem é a proporção em que ele é trocado por dinheiro, isto é, o número de unidades monetárias necessárias para obter uma unidade desse bem. O preço de um bem em unidades de outro bem é seu preço relativo. Na análise microeconômica, são mais relevantes os preços relativos, isto é, os preços de um bem em relação aos demais, do que os preços absolutos das mercadorias. 26

27 Desta forma é possível começar a estruturar a nossa definição de demanda (também pode ser chamada procura) como: a quantidade de um produto que o consumidor está disposto a consumir aos diferentes níveis de preço. A primeira coisa que temos que observar na demanda é a disposição do consumidor em comprar, e não o fato da compra. Assim podemos dizer que se o preço for R$0,15 a demanda será de 82 pãezinhos/mês, mas se o preço for R$0,20 o consumo será de 73 unidades/mês. Contudo, outras variáveis importantes devem ser incorporadas à definição de demanda. A primeira diz respeito ao período de tempo ao qual nós estamos nos referindo. Assim como na definição do mercado, na definição de demanda é necessário que se conheça claramente qual o intervalo e o período de tempo ao qual estamos nos referindo. Também é importante que sejam limitadas às variações nos demais fatores capazes de afetar a disposição dos consumidores em querer comprar mais ou menos do produto em questão. Se a renda dos consumidores mudar, eles provavelmente estarão dispostos a consumir uma quantidade maior ou menor do produto, mesmo que o preço e o período de tempo se mantenham constantes. Da mesma forma acontece com outros fatores como preços de outros produtos, gosto e moda, etc. Demanda, portanto, pode ser sintetizada como a quantidade demandada de um bem que os consumidores desejam e podem comprar. Demanda está relacionada às quantidades que os consumidores estão dispostos a adquirir, de determinado produto, aos diferentes níveis de preço, num determinado período de tempo, mantendo-se constante todas as demais condições. Entre os fatores capazes e afetar a demanda destacam-se: Preço; Renda dos consumidores; Preço dos produtos substitutos (são produtos que trazem o mesmo nível de satisfação quando do consumo de um ou do outro. Exemplo: aipim e batata); 27

28 Preço dos produtos complementares (são produtos que trazem maior satisfação ao serem consumidos em conjunto. Exemplo: café e açúcar); Gostos e preferências (moda; faixa etária da população; escolaridade; religião; processos de urbanização; avanços tecnológicos; propaganda; hábitos culturais; clima; épocas do ano). Expectativas futuras com relação ao comportamento do preço. Em economia é comum supor que outras variáveis além das que estão sendo consideradas (neste caso preço e quantidade) se mantenham constantes. Isso é feito para que se possa estabelecer uma relação de causa e efeito a partir de alterações em cada uma das variáveis estudadas. Para tanto, a teoria microeconômica lança mão da condição Ceteris Paribus ou Coeteris Paribus, uma expressão que vem do Latim e que quer dizer tudo o mais constante. O foco do estudo é dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de maneira absoluta. Adotando-se essa hipótese, torna-se possível o estudo de um determinado mercado selecionando-se apenas as variáveis que influenciem os agentes econômicos consumidores e produtores nesse particular mercado, independentemente de outros fatores, que estão em outros mercados, poderem influenciá-los. Sabemos, por exemplo, que a procura de uma mercadoria é normalmente mais afetada por seu preço e pela renda dos consumidores. Para analisar o efeito do preço sobre a demanda, supomos que a renda permaneça constante, ou seja, ceteris paribus; da mesma forma para avaliar a relação entre a demanda e a renda dos consumidores, supomos que o preço da mercadoria não irá se alterar. 2.2 Lei da utilidade marginal decrescente. Um dos modelos básicos que explicam o comportamento do consumidor é a lei da utilidade marginal decrescente. Para que se possa entender melhor o que diz esta lei é necessário conhecer bem a definição de utilidade. 28

29 A utilidade é o sentimento subjetivo de prazer ou satisfação que uma pessoa experimenta como conseqüência de consumir determinado bem ou serviço. A utilidade apresenta algumas características: é individual e subjetiva. Isto é, varia de pessoa para pessoa e não tem unidade de medida padrão (exemplo de unidades de medida: kg, metro, litro). Na verdade uma pessoa apenas consegue distinguir que um determinado produto possui maior ou menor utilidade para ela naquele momento. Exemplo: Se cada aluno de uma sala de aula ganhasse R$ 50,00, provavelmente, cada um iria comprar um produto diferente porque cada um tem uma utilidade maior para o produto que escolheu comprar. A satisfação obtida pela aquisição de um bem ou serviço pode estar associada a uma necessidade básica (alimentação e vestuário por exemplo) ou psicológica (como uma calça de uma grife famosa: a pessoa certamente pagará caro por uma peça de vestuário assim, mas ela está comprando mais do que uma roupa, ela está comprando status, reconhecimento social, beleza, conforto). O fato é que cada pessoa de acordo com as suas necessidades, seu padrão de vida, suas preferências e gostos, seu estilo de vida, entre outras variáveis irá determinar a utilidade que cada produto (bem ou serviço) tem para si. O que não muda é a lei da utilidade marginal decrescente que diz o seguinte: Aumentando apenas o consumo de um produto (A) e mantendo-se constante o consumo de todos os demais bens, a utilidade, para o consumidor, de cada unidade adquirida a mais do produto (A) será menor que a utilidade da unidade consumida antes. Um bom exemplo da aplicação desta lei é o caso de uma pessoa que esteja viajando de férias por São Joaquim (um dos municípios mais frios do país) e resolva passar a noite naquela cidade. Ao acordar pela manhã a pessoa depara-se com uma queda brusca de temperatura e por não ter levado nenhuma peça de roupa de inverno sai para comprar roupas. Ao entrar na primeira loja de vestuário que encontra aberta a pessoa logo pede uma blusa de lã, uma camisa de manga longa e uma calça de lã. Por estas peças de roupa a pessoa aceitará pagar um preço mais elevado do que o 29

30 normal, pois, a utilidade da roupa é muito grande já que está passando frio. Após ter adquirido esta muda de roupa talvez a pessoa até pense em comprar outras peças de roupa de inverno, mas certamente já não irá aceitar qualquer preço. Provavelmente, irá até mesmo fazer uma pesquisa de preço antes de efetuar a compra. O mesmo tipo de raciocínio fica fácil de ser feito com uma pessoa que esteja com muita fome ou sede. A abordagem cardinal e ordinal Os autores clássicos admitiam a utilidade como sendo a satisfação total auferida por um indivíduo, em decorrência do consumo de um conjunto de bens ou de quantidades desses bens. Assim, a noção de utilidade era entendida como a capacidade inerente aos bens de atender ou satisfazer as necessidades. De forma mais moderna, o conceito de utilidade é apresentado de maneira um pouco diferente, embora tenha praticamente o mesmo sentido da definição clássica. Inicialmente os economistas acreditavam que a utilidade era uma característica mensurável das mercadorias e que assim podia ser medida, o que chamaremos de Teoria cardinal. Acreditavam também que a utilidade era uma qualidade aditiva, isto é, a satisfação do consumidor era a soma das utilidades obtidas no consumo dos bens e serviços escolhidos. De forma sistemática podemos entender os fundamentos da teoria cardinal com base na suposição de que a utilidade podia ser medida cardinalmente. Para tanto utilizavam uma unidade de medida chamada útil ou utili. Assim, suponhamos que uma xícara de café, daria a seu consumidor 4 unidades de utilidade, ou 4 utilis. Se juntamente com a xícara de café, o consumidor comesse uma torrada e que com isso obtivesse 3 utilis, a satisfação total do referido consumidor seria de 7 utilis, ou seja, 4 utilis do café mais 3 utilis da torrada. Esse exemplo demonstra a propriedade aditiva da utilidade. Basicamente, duas críticas podem ser feitas à teoria cardinal da utilidade. A primeira refere-se à mensuração da utilidade. Por ser uma qualidade avaliada subjetivamente, ela depende da escala de utilidade estabelecida pelo consumidor para cada bem, impossibilitando a generalização 30

31 dessa forma de mensuração. A segunda crítica diz respeito à propriedade aditiva da utilidade. Sabemos que existem alguns bens que, quando consumidos ao mesmo tempo, têm uma utilidade maior do que se consumidos isoladamente. Nesse caso não é possível somar as utilidades de cada bem para se obter a utilidade total. Assim, uma pessoa que come um prato de arroz com feijão, por exemplo, está obtendo uma utilidade bem maior do que se consumisse o arroz e o feijão separadamente. A teoria cardinal afirmava que a utilidade podia ser medida cardinalmente em utilis e que a utilidade de um bem não era influenciada pelo consumo de outros bens. A utilidade total do consumo mensal de uma família seria igual à soma das utilidades de cada bem. Percebidas as limitações da teoria cardinal, buscou-se o apoio de um nova teoria, que veio a ser conhecida como a Teoria Ordinal e que dá suporte à teoria da utilidade na atualidade. Inicialmente, a nova teoria passou a reconhecer que a utilidade não é uma qualidade aditiva e passou a estudá-la como sendo decorrente do consumo de todos os bens simultaneamente. Dessa forma, a quantidade consumida de um bem interfere na utilidade de outro bem. Por exemplo: geralmente, as pessoas tomam café com açúcar, numa dada proporção. Entretanto, se for colocado muito açúcar no café, ele ficará tão ruim que não será bebido, perdendo, consequentemente, sua utilidade. Reconhecidamente os consumidores preferem alguns bens serviços a outros, o que dá margem a uma abordagem baseada na ordem de preferência em relação ao consumo de determinados bens. Assim, podemos dizer que um bem tem mais utilidade do que um outro, mas não estabelecer a quantidade de utilis correspondentes a cada um. Para a teoria ordinal, basta então ordenar a preferência dos consumidores para determinar a preferência de consumo de cada um. 31

32 A teoria ordinal considera que a utilidade é decorrente do consumo combinado, e não individual, dos bens. Além disso, a utilidade não é mais medida, mas sim ordenada. Utilidade total e marginal De forma mais prática, a ciência econômica vem estudando a utilidade como um instrumento conceitual que ajuda a entender como os consumidores se comportam e alocam seus recursos escassos na obtenção dos diferentes bens e serviços de forma que consigam maximizar sua satisfação. Tomaremos com o exemplo o comportamento de um determinado consumidor ao consumir chocolates. Para facilitar a compreensão vamos nos apoiar na teoria cardinal da utilidade. A medida que aumentamos o consumo de um determinado bem, é fácil perceber que a utilidade total também aumenta. No entanto, aumenta cada vez com menos força, o que se deve a utilidade marginal decrescente. Quando a quantidade de chocolates consumidos aumenta em uma unidade, obtemos o aumento na utilidade total. A diferença, ou incremento, na utilidade total chamamos de utilidade marginal. O consumo consecutivo de um determinado bem traz uma redução gradativa na satisfação obtida. Assim podemos dizer que a satisfação é decrescente, ou em linguagem econômica, a utilidade marginal é decrescente. Utilidade total e marginal no consumo de chocolates Quantidade de Utilis por Utilidade total Utilidade marginal chocolates unidade = = = = = 6 32

33 Graficamente o crescimento da utilidade total e o decrescimento da utilidade marginal ficam mais claros, facilitando então a sua compreensão. Utilidade total Utilis Utilidade marginal Utilis Quantidade de chocolates Quantidade de chocolates Igualdade das utilidades marginais Com base na teoria da utilidade podemos entender a natureza das curvas de demanda e sua relação com a maximização da utilidade do consumidor. Para tanto é necessário que se leve em consideração duas premissas: o consumidor conta com uma renda limitada e precisa escolher a melhor combinação de bens que maximize sua satisfação; a satisfação que cada bem proporciona varia muito entre os consumidores, visto estar relacionada a elementos subjetivos de preferência. O consumidor, ao buscar a maximização de sua satisfação compara as utilidades marginais no consumo de dois bens, levando em conta também, o preço pago por cada um deles. Assim podemos perceber que a análise do consumidor está baseada na igualdade entre as razões matemáticas obtidas entre a utilidade marginal obtida no consumo de um bem A, dividida pelo preço unitário desse bem A e a utilidade marginal obtida no consumo de um bem B, dividida pelo preço unitário desse bem B. 33

34 Umg P A Umg B = =... Umg por Real de renda. P A = B Para maximizar sua utilidade ao decidir o que consumir, o demandante distribuirá seu consumo entre todos os bens, de maneira que cada um lhe ofereça uma utilidade marginal proporcional a seu preço. Segundo o princípio da igualdade marginal, ou da igualdade das utilidades marginais por real despendido, cada bem é demandado até o ponto em que a utilidade marginal do último real despendido com ele seja exatamente igual à utilidade marginal do último real despendido com qualquer outro bem. E qual o significado da lei da utilidade marginal decrescente para o estudo da demanda? Ora, se a utilidade das unidades adicionais é cada vez menor para o consumidor isto significa que ele só consumirá estas unidades adicionais se o preço também for menor. Para o consumidor quantidade e preço são grandezas inversamente proporcionais. Portanto, se formos analisar as quantidades que um consumidor está disposto a adquirir de determinado produto, veremos que esta quantidade aumenta conforme diminui o preço do produto. 2.3 Lei da demanda Tudo o mais permanecendo constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada diminui. Em outras palavras, preço e quantidade demandada são inversamente relacionados. Lei da demanda: é a relação inversa entre o preço e a quantidade demandada. Para ilustrar a Lei da demanda faremos uso de uma tabela da demanda. 34

35 Tabela da demanda Preços e quantidades demandadas de TVs Preço de uma TV Unidades demandadas 1000, , , , ,00 1 Podemos observar que à medida que o preço de uma TV aumenta, as quantidades demandadas diminuem. Curva da demanda por TVs 4000 Preço em Reais Quantidades demandadas A curva da demanda é a representação gráfica da relação entre o preço de um bem e a quantidade demandada. Função da demanda A função de demanda é uma relação matemática que reflete a relação entre a quantidade demandada de um bem, seu preço e outras variáveis. Dando continuidade à tematicamente, temos que a curva de demanda pode ser expressa pela chamada função demanda, ou função da demanda. Q d = f (P) 35

36 Onde: Q d = quantidade procurada de um determinado bem, num dado período de tempo; P = preço de um bem ou serviço. Ao traçar a curva de demanda, supomos que os fatores capazes de afetar a quantidade demandada, exceto o preço, permanecem constantes. Preço do bem A quantidade do bem A Ao variarmos o preço do bem A, iremos verificar uma combinação com a quantidade demandada do mesmo bem, o que se reflete em um movimento ao longo da curva de demanda. A representação exposta anteriormente é uma simplificação que visa facilitar a compreensão, principalmente devido à condição ceteris paribus. No entanto sabemos, como visto anteriormente, que outros fatores influenciam na demanda: preço, renda dos consumidores; preço dos produtos substitutos, preço dos produtos complementares, gostos e preferências, expectativas futuras com relação ao comportamento do preço. Assim a função da demanda, de uma forma mais completa apresenta-se da seguinte forma: Q d = f ( P, P, P, R, G, E) A S C Q d = quantidade demandada do bem A em um período de tempo t ; P A = preço do bem A em um período de tempo t ; P s = preço dos bens substitutos em um período de tempo t ; P C = preço dos bens complementares em um período de tempo t ; R = renda do consumidor em um período de tempo t ; G = gostos, hábitos e preferências do consumidor em um período de tempo t. 36

37 E = expectativas do consumidor em relação ao bem em um determinado período de tempo t Deslocamentos da curva da demanda Analisando a curva da demanda e respeitada a condição ceteris paribus, mantendo inalterado o preço e alterando um dos outros elementos (preço, renda dos consumidores; preço dos produtos substitutos, preço dos produtos complementares, gostos e preferências, expectativas futuras com relação ao comportamento do preço) em consequência termos um deslocamento da curva da demanda. Assim, quando a curva da demanda se afasta da origem das ordenadas, dizemos que houve um aumento da demanda. Quando ele se desloca rumo à origem das ordenadas, dizemos que houve uma diminuição da demanda. Preço do bem A D 0 D 2 D 1 aumento da demanda Toda mudança que aumenta a quantidade que os consumidores desejam adquirir, a dado preço, desloca a curva da demanda para a direita. Por outro lado, qualquer mudança que reduz a quantidade que diminuição da demanda quantidade do bem A esses compradores desejam adquirir, a dado preço, desloca a curva de demanda para a esquerda. Veremos agora algumas situações que influenciam no deslocamento da curva da demanda. 37

38 A renda dos consumidores Quando ocorre um aumento na renda do consumidor, ceteris paribus, ele pode aumentar o consumo de todos os bens, provocando um deslocamento da curva da demanda para a direita. Em contrapartida, se ocorrer uma diminuição na renda do consumidor, espera-se o movimento inverso, ou seja, temos um deslocamento da curva da demanda para a esquerda. Baseados no deslocamento da curva da demanda em decorrência de variações na renda do consumidor, é possível classificar os bens em normais e inferiores. Bem normal: conforme a renda do consumidor sobe, a quantidade demandada a cada preço aumenta e vice-versa. Exemplo: aparelhos de celular e carros. Bem inferior: conforme a renda do consumidor aumenta, de forma significativa, a quantidade demandada a cada preço cai e vice-versa. Exemplo: carne de segunda. Preço dos bens relacionados Ao ocorrer uma alteração no preço de um bem, esse aumento não apenas influencia a demanda do próprio bem, mas também poderá refletir-se na demanda de outro bem, refletindo-se com um deslocamento da curva de demanda. Suponhamos ter ocorrido um aumento no preço da gasolina, em consequência a demanda por carros flex tenderá a aumentar, em substituição aos carros movidos exclusivamente à gasolina. A curva da demanda por automóveis flex irá, então, se deslocar para a direita, como reflexo de serem bens substitutos. Bens substitutos: quando o preço de um deles aumenta, suas quantidades demandadas cairão. Em contrapartida a demanda do outro bem irá aumentar. 38

39 Ainda supondo um aumento no preço da gasolina e em consequência imediata a queda no consumo de veículos movidos exclusivamente à gasolina, podemos verificar, conjuntamente, uma queda no consumo de aditivos para motores à gasolina. Essa dinâmica se dá pelo fato dos referidos bens serem complementares, ou seja, com a diminuição do consumo de carros movidos exclusivamente à gasolina, a necessidade de aditivos para esse tipo de motorização está comprometida também, trazendo um deslocamento para a esquerda da curva da demanda por aditivos desse tipo. Bens complementares: quando o preço de um deles aumenta, a demanda do outro diminui, independentemente do próprio preço. Para completar nosso raciocínio temos os bens independentes, que como o próprio nome sugere, não estão relacionados e por isso, variações no preço e/ou quantidades de um, não influenciam na demanda do outro, não ocorrendo nenhuma alteração na curva da demanda. Bens independentes: são os que não têm nenhuma relação entre si, de forma que a variação no preço de um deles, não afetará a demanda do outro. 2.4 Excedente do consumidor Em economia o termo utilidade refere-se à capacidade, subjetiva, de um bem de satisfazer as necessidades de uma pessoa. Se esse consumo se der de forma continuada, ou seja, unidade após unidade, chegamos ao conceito de utilidade marginal decrescente. Assim, a diferença entre a utilidade total de um bem e seu valor total de mercado é denominada de excedente do consumidor. Esse excedente está diretamente relacionado às curvas de demanda dos consumidores. Sabendo que a curva da demanda é decrescente e que partiremos do princípio de que o preço não irá se alterar no período considerado, o exemplo que mostraremos é uma simplificação que tem por objetivo dar contextualização entre esse conceito. 39

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