Bradicardias. Dr. Joubert Ariel Pereira Mosquéra. Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial Hospital do Coração do Brasil
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1 Bradicardias Dr. Joubert Ariel Pereira Mosquéra Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial Hospital do Coração do Brasil
2 Bradicardias Absoluta Frequência cardíaca < 60 bpm (<50 bpm). Relativa Incompetência cronotrópica relativa à condição metabólica e à idade do paciente. Fisiológica Sono, repouso, atletas. Patológica Doença do nó sinusal, BAVT, hipotireoidismo.
3 Bradicardias Sistema elétrico do coração
4 Bradicardias Causas Uso de medicações; Autonômicas; Doença do nó sinusal; Bloqueio Átrio-Ventricular.
5 Bradicardias Medicações Cronotrópicas Negativas ß-bloqueadores Bloqueadores dos canais de Ca ++ Amiodarona Digitálicos
6 Autonômicas Síncope neurocardiogênica (vasovagal): Reflexo mediado pelo SNA. retorno venoso PA simpático. inotropismo com volume sistólico Reflexo de Bezold-Jarisch reação vagal e inibição simpática; Bradicardia, assistolia e/ou queda da PA síncope
7 Síncope Vasovagal
8 Hipersensibilidade do seio carotídeo Resposta intensa e desproporcional dos pressoreceptores carotídeos com acentuada inibição do centro vasomotor: Bradicardia, assistolia e/ou queda da PA síncope
9 Hipersensibilidade do seio carotídeo
10 Hipersensibilidade do seio carotídeo
11 Doença do Nó-sinusal Nó-sinusal: células P, células de sinoatrial). transição e de Purkinje (junção Na DNS: lesão do NS e/ou da junção SA e da parede atrial.
12 Doença do Nó-sinusal Causas: Idiopática, degenerativa, isquêmica e doença de Chagas. Outras causas: amiloidose, hemocromatose, difteria, miocardite, doença reumática. Evolução natural: Incidência de FA e acometimento do sistema de condução (IV e AV).
13 Doença do Nó-sinusal Manifestações eletrocardiográficas: Bradicardia sinusal Pausa ou parada sinusal Bloqueio sino-atrial Ritmo juncional ou idioventricular Taquicadia atrial Fibrilação ou Flutter atriais Síndrome bradi-taquicardia
14 Bradicardia Sinusal Ritmo com frequência reduzida (<60 bpm) que se origina no nó sinusal.
15 Pausa ou Parada Sinusal O Nó-Sinusal deixa de estimular o coração uma ou mais vezes, ocorrendo falhas de ondas P no traçado ECG.
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17 Ritmo de Escape Longa pausa possibilidade para que outro foco de estímulo se manifeste. Conforme a origem os estímulos podem ser: Atriais Juncionais (nodais) Ventriculares (idioventriculares)
18 Ritmo Atrial
19 Batimento de escape atrial Extra-sístole supraventricular
20 Ritmo Juncional O ritmo de suplência ou de substituição origina-se na junção AV com QRS de mesma morfologia do ritmo basal com condução AV.
21 Ritmo Idioventricular Ritmo idioventricular de escape Batimento de escape ventricular Ritmo idioventricular acelerado
22 Batimento de escape ventricular Extra-sístole ventricular
23 Síndrome Bradi-Taquicardia Depressão exagerada do nó sinusal após o término espontâneo da taquiarritmia, gerando importante bradicardia. Principalmente após : FA e Flutter Atrial.
24 Bloqueios Átrio-Ventriculares
25 Bloqueios Átrio-Ventriculares Dificuldade na passagem do estimulo do nó-sinusal e dos átrios para os ventrículos. Deve ser distinguido do fenômeno de refratariedade fisiológica (propriedade intrínseca das células do sistema de condução).
26 Bloqueios Átrio-Ventriculares Classificações: Eletrocardiográfica 1º, 2º (M I e II), 2:1, avançado e total (3º) Anatômica Supra-Hissianos (intra-atrial e nodal atrioventricular) Hissianos (intra-hissiano e infra-hissiano) Clínica Reversível / irreversível, permanente / transitório, agudo / crônico Etiológica Congênitos Adquiridos (drogas, isquemia, Chagas, fibrose, idiopática, etc)
27 Bloqueios Átrio-Ventriculares Manifestações Clínicas» Adquiridos (90% sintomáticos)» Congênitos (assintomáticos) Sintomas de baixo fluxo cerebral Tonturas, pré-síncope, síncope Insuficiência Cardíaca Morte súbita Primeiro sintoma em 5% dos indivíduos
28 Classificação Eletrocardiográfica do Bloqueios Átrio-ventriculares
29 BAV de 1º Grau Intervalo PR > 200 ms (0,20 s) Condução AV 1:1 Normalmente sem bradicardia.
30 BAV de Segundo Grau Existe pelo menos uma onda P bloqueada Mobitz I ou Wenckebach: Aumento progressivo do intervalo PR até o bloqueio de uma onda P, seguida pelo encurtamento do próximo intervalo PR Mobitz II: Bloqueio da onda P sem alargamento dos intervalos PR s precedentes.
31 BAV 2º Grau Mobitz I
32 BAV 2º Grau Mobitz II
33 Bloqueios Átrio-Ventriculares BAV 2:1 Uma onda P é bloqueada e a outra não. Mobitz I ou II. BAV alto grau (3:1, 4:1, etc) Existe condução AV em menos da metade dos batimentos atriais, sendo em proporção 3:1, 4:1 ou mais. A maior parte desses bloqueios se localiza na região infra- His.
34 BAV 2:1
35 BAV Alto Grau
36 Bloqueio Átrio-Ventricular Total BAVT: Nenhuma onda P despolariza os ventrículos. Todas são bloqueadas. Assistolia (pausas). Escape: Juncional Ventricular
37 BAV Total
38 BAV Resumo
39 Tratamento Instabilidade hemodinâmica: Marcapasso provisório Drogas cronotrópicas positivas Paciente estável: Afastar causas reversíveis Uso de medicações Isquemia Miocardite Edema pós-operatório
40 Causas irreversíveis Uso de drogas essenciais DAC: beta-bloqueadores Arritmias: antiarrítmicos Fibrose do sistema de condução Degenerativa Isquêmica Doença de Chagas
41 Tratamento Definitivo Sem abordagem farmacológica de longa duração. Transplante de células P. Uso de marcapasso definitivo: Sintomas claramente relacionados à bradicardia Hipersensibilidade do seio carotídeo Pausas ou bradicardias severas Bloqueios de alto grau
42 Tratamento de emergência da bradicardia
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44 Marcapasso Provisório Transcutâneo Esofágico Epicárdico Transvenoso
45 Marcapasso Transcutâneo Placas adesivas sobre o precórdio Geradores produzem pulsos de alta tensão capazes de comandar o coração sem contato direto Mal tolerado necessário sedação Situações de extrema urgência ponte para o transvenoso Reserva de estimulação em situações de risco (cirurgias, EEF, reversão de taquiarritmias)
46 Marcapasso Transcutâneo
47 Marcapasso Transesofágico Proximidade entre o esôfago e o coração. Aparelho específico (CETE). Também mal tolerada quando sem sedação. Útil na reversão do flutter atrial agudo.
48 Marcapasso Epicárdico Utilizado em toda cirurgia cardíaca. Finos eletrodos transfixados no epicárdio ventricular (ocasionalmente nos átrios também). Polo + suturado no subcutâneo. Usado gerador temporário específico. Normalmente retirados no 4 PO por tração direta.
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50 Marcapasso Transvenoso Forma útil e segura de estimulação temporária. Colocado através de punções ou dissecções venosas. Indicado em situações de emergência ou de forma profilática em algumas condições.
51 MP Transvenoso - Indicações Controle de emergência de qualquer bradicardia sintomática; Como profilaxia em: IAM com bradicardia ou IAM anterior com bloqueio de ramo recente ou BAV avançado; CATE direito em portador de BRE; Grandes cirurgias gerais em portadores de distúrbios do sistema excito-condutor do coração; Testes farmacológicos. Disfunção de MP definitivo em paciente dependente; Procedimentos diagnósticos (EEF).
52 Marcapasso Transvenoso - Implante Guiado por radioscopia; Guiado pelo ECG; Às cegas.
53 Marcapasso Transvenoso - Implante Guiado pela radioscopia:
54 Marcapasso Transvenoso - Implante Guiados pelo ECG: Alto Médio Baixo Átrio direito Ventrículo direito Entrada/Ponta Impactado VSVD
55 Marcapasso Transvenoso - Implante Às cegas:
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58 Marcapasso Transvenoso - Complicações Pneumotórax Hemotórax Hematoma Perfuração miocárdica Tamponamento cardíaco Infecção Inibição do foco de escape Deslocamento
59 Conceitos Básicos Sobre Estimulação Cardíaca Artificial Limiar de comando: Mínima energia suficiente para despolarizar (comandar) o coração. Quanto menor melhor. Limiar de sensibilidade: Máxima amplitude dos sinais elétricos do coração detectada pelo MP. Quanto maior melhor. Freqüência básica de estimulação; Modos de estimulação.
60 Limiar de Comando - Aumento da freqüência básica de estimulação para comandar o coração. - Redução lenta e gradual da energia de estimulação. 4 V 3 V 2 V 1 V 0,5 V 0,5 V 1 V 3 V Limiar de comando = 1 V
61 Limiar de Sensibilidade Redução da freqüência básica de estimulação até o surgimento do ritmo próprio do coração. Aumento lento e gradual da sensibilidade. 1 mv 2 mv 3 mv 4 mv 5 mv 6 mv Limiar de sensibilidade = 5 mv
62 Limiar de Sensibilidade Quanto menor o valor numérico, mais sensível está o marcapasso: - Risco de interferências. Quanto maior o valor numérico, menos sensível está o marcapasso: - Risco de não reconhecimento dos sinais próprios do coração. - risco de arritmias.
63 Modos de Estimulação Nomenclatura Primeira letra: Representa a câmara estimulada: A (átrio), V (ventrículo), D (átrio e ventrículo) e O (nenhuma). Segunda letra: Identifica a câmara sentida: A, V, D e O (idem) Terceira letra: Indica a resposta do MP à detecção de um sinal natural: T (deflagração), I (inibição), D (deflagração e inibição) e O (sem resposta).
64 Modos de Estimulação VVI: Estimula o ventrículo, sente-o e inibe-se na presença de um sinal ventricular próprio.
65 VVI
66 Modos de Estimulação AAI: Estimula o átrio, sente-o e inibe-se na presença de um sinal atrial espontâneo.
67 Modos de Estimulação DDD: Estimula A e V, sente as duas câmaras, deflagra em V quando sente o A e inibe o estímulo atrial e ventricular quando sente o V. MP fisiológico.
68 DDD
69 Obrigado!!!
Bloqueios Atrioventriculares
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