Documento legal contendo a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício.
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- Adelino Coradelli Marinho
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1 ORÇAMENTO PÚBLICO 1. Conceito 2. Orçamento na Constituição Federal 3. Princípios orçamentários 4. Orçamento-programa: conceitos e objetivos 5. Receitas e despesas extraorçamentárias
2 SENTIDO AMPLO Documento legal contendo a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício. Previsão de receitas e estimativa de despesas Estudo e aprovação Poder Executivo Poder Legislativo
3 materializa ação planejada do Estado Orçamento manutenção atividades Execução projetos
4 É o instrumento que dispõe o Poder Público em qualquer de suas esferas para expressar, em determinado período, seu programa de atuação, discriminando a origem e o montante dos recursos a serem obtidos, bem como a natureza e o montante dos dispêndios a serem efetuados.
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6 Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais.
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9 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
10 diretrizes, objetivos e metas PPA forma regionalizada despesas de capital e outras delas decorrentes despesas relativas aos programas de duração continuada
11 De capital DOM DO PPA PARA AS DESPESAS Relativas aos programas de duração continuada DIFERENTE DE DESPESAS DE CARÁTER CONTINUADO LRF MAIS DE 2 EXERCÍCIOS
12 De capital DESPESAS Correntes
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14 INVESTIMENTOS DESPESAS CORRIQUEIRAS
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16 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
17 metas e prioridades para o exercício financeiro subsequente despesas de capital LDO orientará a elaboração da lei orçamentária anual alterações na legislação tributária política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento
18 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
19 orçamento fiscal LOA orçamento de investimento das estatais orçamento da seguridade social
20 orçamento fiscal orçamento de investimento das estatais orçamento da seguridade social referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público
21 ORÇAMENTO FISCAL Administração Direta Administração Indireta Despesas Dependente de Custeio Geral De Capital
22 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO DAS ESTATAIS Independentes EP SEM São estatais independente também aquelas EP ou SEM que recebam recursos da União apenas para: participação acionária; fornecimento de bens ou prestação de serviços; pagamento de empréstimos e financiamentos concedidos; e transferência para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ou para financiar programas de desenvolvimento econômico através do BNDES.
23 ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL Administração Direta Dependentes Administração Indireta Art. 195 Fundos 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
24 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
25 I - o orçamento fiscal; II - o orçamento de investimento das empresas estatais; 7º Os orçamentos previstos no 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
26 PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
27 9º Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no 11 do art. 166.
28 PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO Art Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
29 Projetos de emendas ao orçamento Comissão mista permanente de Senadores e Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na CF Parecer sobreas emendas ao orçamento exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária
30 Projetos de emendas ao orçamento Compatíveis com PPA e LDO indiquem os recursos necessários Correção de erros ou omissões ou com os dispositivos do texto do projeto de lei. Apresentação Apreciação Provenientes da anulação de despesas na Comissão mista Plenário das duas Casas do Congresso Nacional (RI) proibido que sejam anuladas despesas a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF.
31 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
32 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, 9º.
33 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo. 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
34 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais.
35 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no 9º do art As programações orçamentárias previstas no 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica.
36 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação prevista no 11 deste artigo, for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169.
37 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na forma do 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento; II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária.
38 15. Após o prazo previsto no inciso IV do 14, as programações orçamentárias previstas no 11 não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira prevista no 11 deste artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.
39 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. 18. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria.
40 Art. 167 VEDAÇÕES 1) início de programas ou projetos não incluídos na LOA 2) realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais 3) realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital (exceto as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta)
41 VEDAÇÕES 4) vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa PRINCÍPIO DA NÃO-AFETAÇÃO
42 1 Fundos constitucionais: Fundo de participação dos estados, municípios, Centro-Oeste, Norte, Nordeste, compensação pela exportação de produtos industrializados etc.; 2 Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb); 3 Ações e serviços públicos de saúde; 4 Garantias às operações de crédito por antecipação de receita (ARO); 5 Atividades da administração tributária; 6 Vinculação de impostos estaduais e municipais para prestação de garantia ou contra garantia à União. PRINCÍPIO DA NÃO-AFETAÇÃO EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO
43 Art. 167 VEDAÇÕES 5) Abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes. 6) Utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, 5º; 7) Instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
44 Art. 167 VEDAÇÕES 8) Abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes. 9) Transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. PRINCÍPIO DO NÃO-ESTORNO
45 PRINCÍPIO DO NÃO-ESTORNO EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO 1 Se houver extinção, transformação, transferência, incorporação ou desmembramento de órgãos e entidades, ou alterações de suas competências/atribuições, o Poder Executivo poderá transpor, remanejar ou transferir mediante decreto. 2 EC 86/ Transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções.
46 EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DO NÃO-ESTORNO ART. 167, 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. (EC 86/2015)
47 Art. 167 VEDAÇÕES 10) Concessão ou utilização de créditos ilimitados. 11) Transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
48 Art. 167 VEDAÇÕES 12) Utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
49 REGRA no exercício financeiro em que forem autorizados Vigência dos créditos adicionais ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício EXCEÇÃO créditos especiais e extraordinários podem ser reabertos nos limites de seus saldos incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente
50 Guerra Abertura de crédito extraordinário ( 3º) despesas imprevisíveis e urgentes Comoção interna Calamidade pública
51 Art Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, 9º.
52 LIMITES DE DESPESA COM PESSOAL ATIVO E INATIVO LIMITES DA LRF União Estados e Municípios. 50% da RCL 60% da RCL UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS Ministério Público 0,6% 2% - Legislativo (inclusive TCE) 2,5% 6% Judiciário 6% 6% - Executivo 40,9% 49% 54%
53 providências para o cumprimento dos limites estabelecidos redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; exoneração dos servidores não estáveis SUFICIENTES?
54 servidor estável poderá perder o cargo medidas insuficientes O cargo será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de 4 anos. ato normativo motivado especifica a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal servidor faz jus a indenização - um mês de remuneração por ano de serviço
55 Art. 169, 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
56 I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites.
57 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência aos processos de elaboração, execução e controle do orçamento público. Válidos para todos os poderes e para todos os entes federativos - união, estados, distrito federal e municípios -, são estabelecidos e disciplinados tanto por normas constitucionais e infraconstitucionais quanto pela doutrina.
58 PRINCÍPIO UNIDADE OU TOTALIDADE DEFINIÇÃO O orçamento deve ser uno. Cada ente governamental deve elaborar um único orçamento. UNIVERSALIDADE A LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e as despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público
59 PRINCÍPIO ANUALIDADE OU PERIODICIDADE EXCLUSIVIDADE DEFINIÇÃO O exercício financeiro é o período de tempo ao qual se referem a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA A LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por Antecipação de Receitas Orçamentárias - ARO, nos termos da lei
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61 PRINCÍPIO ORÇAMENTO BRUTO DEFINIÇÃO Determina o registro das receitas e despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções NÃO VINCULAÇÃO DA RECEITA DE IMPOSTOS veda a vinculação da RECEITA DE IMPOSTOS a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria CF
62 PRINCÍPIO LEGALIDADE PUBLICIDADE DEFINIÇÃO exige que o gestor público observe as normas legais aplicáveis à arrecadação de receitas e à realização de despesas. Por este princípio, o orçamento anual, ao final de sua elaboração, deve ser aprovado pelo Poder Legislativo respectivo, tornando-se uma lei. Dever de levar ao conhecimento de todos os atos praticados pela Administração. A publicidade legal faz-se através do Diário Oficial, podendo também abranger jornais, internet etc. TRANSPARÊNCIA Dever de o Governo divulgar o Orçamento Público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa
63 PRINCÍPIO ESPECIFICAÇÃO, ESPECIALIZAÇÃO OU DISCRIMINAÇÃO DEFINIÇÃO Veda a inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem discriminação, e ainda, o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. EXCEÇÕES: 1 art. 20, parágrafo único, da Lei nº 4.320/1964: Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital. 2 art. 5º, III, b, da LRF, que trata da reserva de contingência, que é uma dotação global para atender a passivos contingentes e outras despesas imprevistas. Reforça esse princípio o contido no artigo 5º, 4º, da LRF, que veda consignar na LOA crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.
64 PRINCÍPIO EQUILÍBRIO PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO DEFINIÇÃO Determina que a LDO disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa. Ele estabelece que a despesa fixada não pode ser superior à receita prevista, ou seja, deve ser igual à receita prevista Obrigatoriedade de elaboração do PPA Plano Plurianual, e a obrigatoriedade de todos os planos e programas nacionais, regionais e setoriais serem elaborados em consonância com ele O orçamento deve evidenciar os programas de trabalho, servindo como instrumento de administração do Governo, facilitando a fiscalização, gerenciamento e planejamento. Todas as despesas são inseridas no Orçamento sob a forma de programa.
65 PRINCÍPIO NÃO ESTORNO CLAREZA RESERVA LEGAL DEFINIÇÃO Vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. Há exceções. Exige que a linguagem orçamentária seja clara e de fácil entendimento; exige que as informações orçamentário-financeiras sejam divulgadas em linguagem facilitada, de forma que as pessoas comuns consigam entendê-las. Diz respeito à iniciativa das leis orçamentárias ser exclusiva do Chefe do Executivo.
66 Anualidade Unidade PRINCÍPIOS SUBSTANCIAIS Universalidade Equilíbrio Lino Martins da Silva (Contabilidade Governamental, Atlas, 1996) Exclusividade
67 ORÇAMENTO-PROGRAMA O orçamento é o elo entre o planejamento e o orçamento; A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas; Na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício; A estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de planejamento; O principal critério de classificação é o funcional-programático; As decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises técnicas de alternativas possíveis; Utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e de resultados; O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais.
68 As principais características do orçamentoprograma são: integração, planejamento, orçamento; quantificação de objetivos e fixação de metas; relações insumo-produto; alternativas programáticas; acompanhamento físicofinanceiro; avaliação de resultados; e gerência por objetivos. O PLPPA contemplará os Programas Temáticos e os de Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, introduzidos pelo PPA : - Programa Temático: aquele que expressa e orienta a ação governamental para a entrega de bens e serviços à sociedade; - Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: aquele que expressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental.
69 PROGRAMA é o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no Plano Plurianual. PROJETO instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo.
70 ATIVIDADE instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de Governo. OPERAÇÕES ESPECIAIS despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
71 ORÇAMENTO TRADICIONAL O processo orçamentário é DISSOCIADO dos processos de planejamento e programação; A alocação dos recursos visa à AQUISIÇÃO DE MEIOS; As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista as NECESSIDADES DA ORGANIZAÇÃO; ORÇAMENTO MODERNO O orçamento é um ELO entre o planejamento e as funções executivas da organização; A alocação dos recursos visa à CONSECUÇÃO DE OBJETIVOS E METAS; As decisões orçamentárias são tomadas COM BASE EM AVALIAÇÕES DE ANÁLISES TÉCNICAS DAS ALTERNATIVAS POSSÍVEIS;
72 ORÇAMENTO TRADICIONAL A estrutura do Orçamento dá ênfase aos ASPECTOS CONTÁBEIS de gestão. Principais Critérios de Classificação: Unidade ADMINISTRATIVA e ELEMENTOS; ORÇAMENTO MODERNO A estrutura do Orçamento está voltada para os ASPECTOS ADMINISTRATIVOS e de PLANEJAMENTO. Principais Critérios de Classificação: FUNCIONAL- PROGRAMÁTICO planejamento feito por meio de programas;
73 ORÇAMENTO TRADICIONAL INEXISTEM sistemas de acompanhamento e medição do trabalho, assim como dos resultados; O controle visa avaliar a HONESTIDADE dos agentes governamentais e a LEGALIDADE no cumprimento do orçamento. ORÇAMENTO MODERNO Utilização sistemática de INDICADORES E PADRÕES DE MEDIÇÃO DO TRABALHO E RESULTADOS; O controle visa avaliar a EFICIÊNCIA, a EFICÁCIA, a EFETIVIDADE e a ECONOMICIDADE das ações governamentais.
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76 RECEITAS E DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS RECEITA ORÇAMENTÁRIA Valores constantes do orçamento, caracterizada conforme o art. 11 da Lei nº 4.320/64. São aquelas receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de créditos, ainda que não previstas no orçamento (art. 57, Lei 4.320/64). Exemplos: receitas de correntes e receitas de capital. RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA Valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que não figure no orçamento e, consequentemente, toda arrecadação que não constitui renda do Estado. O seu caráter é de extemporaneidade ou de transitoriedade nos orçamentos. não integram o orçamento e constituem direitos do ente público perante entes públicos diversos ou perante entes privados, de tal forma que seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa.
77 RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS RECEITAS DE CORRENTES RECEITA TRIBUTÁRIA CONTRIBUIÇÕES (sociais, econômicas, iluminação pública) PATRIMONIAL AGROPECUÁRIA INDUSTRIAL SERVIÇOS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL OPERAÇÕES DE CRÉDITO ALIENAÇÃO DE BENS AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS depósitos em caução recebidos, operações de crédito por antecipação de receitas orçamentárias (ARO), cancelamento de restos a pagar, emissão de moeda, depósitos judiciais, consignações e retenções em folha de pagamento, superávit orçamentário corrente, inscrição de restos a pagar, salários não reclamados.
78 DESPESA PÚBLICA Conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade.
79 DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Despesas incluídas na lei orçamentária anual, e ainda as provenientes dos créditos adicionais (suplementares, especiais e extraordinários) abertos durante o exercício financeiro DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS Despesas que não constam da lei do orçamento. São as diversas saídas de numerário decorrentes do levantamento de depósitos, cauções, pagamento de restos a pagar, resgate de operações de créditos por antecipação de receita, bem como quaisquer saídas de valores transitórios, recebidos anteriormente e que, na oportunidade, constituíram receitas extraorçamentárias
80 DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL São todas as despesas São todas as despesas que não contribuem, que contribuem, diretamente, para a diretamente, para a formação ou aquisição formação ou aquisição de um bem de capital. de um bem de capital. Despesa de Custeio Transferências Investimentos Inversões Financeiras Correntes Transferências de Capital
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