A RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA DO JOGO DE XADREZ E O DESEMPENHO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO

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1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA ANDREIA SOUZA FIGUEIREDO RODRIGUES A RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA DO JOGO DE XADREZ E O DESEMPENHO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO SÃO MATEUS 2013

2 2 ANDREIA SOUZA FIGUEIREDO RODRIGUES A RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA DO JOGO DE XADREZ E O DESEMPENHO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO Monografia apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ensino na Educação Básica do Centro Universitário Norte do Espírito Santo da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Ensino na Educação Básica, na área de concentração Séries Iniciais e Humanidades. Orientador: Professor MS. Manoel Carlos Barbosa Silva Aranha. SÃO MATEUS 2013

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4 4 Ao meu esposo e filhos, Ribamar, Ana Laura e Rodrigo.

5 5 AGRADECIMENTOS A Deus pela oportunidade de realizar mais um sonho. Aos meus pais pela dedicação e amor dispensados. Ao meu esposo, Ribamar, pelo apoio e colaboração. Aos meus filhos, Ana Laura e Rodrigo, que me motivavam a cada sorriso. À diretora da EMEF Dora Arnizaut Silvares, professora Rosilene Wan Del Rei Morais, pela confiança em mim depositada. Aos meus alunos que foram fonte de inspiração. Ao meu orientador, Professor MS. Manoel Carlos B. Silva Aranha, pela compreensão e disponibilidade em ajudar. Aos professores do curso de especialização por dividirem comigo seu conhecimento, Aos colegas desta jornada pelos momentos de estudo, análise e crítica dos trabalhos. Enfim a todos que de alguma forma contribuíram para este momento...

6 "Como jogo o xadrez é esporte intelectual, competição, expectativa, desafio criador, divertimento, higiene mental, repouso. Como ciência o xadrez é estratégia (tática e técnica), estudo, pesquisa, imaginação, descobrimento (e descoberta), ideal de perfeição. Como arte o xadrez é harmonia, mensagem de beleza, encanto espiritual, emoção, prazer cultural, felicidade. Idel Becker 6

7 7 RESUMO É um estudo de caso com o objetivo de investigar quais os reflexos que a prática do jogo de Xadrez tem produzido no desempenho escolar dos alunos da EMEF Dora Arnizaut Silvares, localizada no bairro Santo Antonio, em São Mateus, que participam do Projeto Xadrez no Dora. Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema, abordando a importância do jogo para o ser humano, o jogo de Xadrez, sua história e o Xadrez no contexto escolar. Na metodologia foi utilizada uma pesquisa exploratória de abordagem qualitativa. Os instrumentos para a coleta de dados foram questionários com perguntas abertas e as observações da pesquisadora. A tabulação dos dados foi através de análise de conteúdo dos questionários e o agrupamento dos dados em categorias como a influência do jogo de Xadrez no desenvolvimento cognitivo, os benefícios psicossociais da prática do jogo de Xadrez identificando seus reflexos no desempenho escolar. Contabilizou-se, também, elementos que motivam as crianças a praticar do Xadrez, sugestões para o Projeto Xadrez no Dora, a opinião da comunidade escolar sobre a inclusão de aulas de Xadrez nas escolas da rede municipal e no sistema de ensino do estado do Espírito Santo. Os resultados obtidos com a pesquisa confirmam que a prática de Xadrez proporciona vários benefícios dentre os apresentados no referencial teórico como melhora do raciocínio lógico, da concentração, da atenção, da aprendizagem. Sendo assim, demonstra-se que o jogo de xadrez é um dos instrumentos que, se utilizado com objetivos pedagógicos, com certeza poderá ajudar na melhoria da qualidade da educação básica. Palavras-chave: xadrez, desempenho, escola, cognitivo, psicossocial.

8 8 LISTA DE FOTOGRAFIAS Fotografia 1 Aulas ao ar livre Fotografia 2 Refeitório utilizado para as aulas de Xadrez Fotografia 3 Torneio Julho/ Fotografia 4 Jogo Final Torneio Julho/ Fotografia 5 Visita à Santa Maria de Jetibá Fotografia 6 Clube de Xadrez em Santa Maria do Jetibá... 52

9 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Chaturanga para quatro pessoas Figura 2 Chaturanga para quatro pessoas Figura 3 O Tabuleiro de Xadrez Figura 4 Áreas do Tabuleiro I Figura 5 Áreas do Tabuleiro II Figura 6 Áreas do Tabuleiro III Figura 7 As peças do Xadrez Figura 8 Movimento do peão Figura 9 Movimento da dama Figura 10 Movimento da torre Figura 11 O roque Figura 12 Movimento do bispo Figura 13 Movimento do cavalo Figura 14 Movimento do rei Figura 15 O xeque Figura 16 O xeque-mate

10 10 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Divisão da história do Xadrez em períodos Quadro 2 O Xadrez e a guerra Quadro 3 Fases na aprendizagem do Xadrez Quadro 4 Fatores do talento no Xadrez Quadro 5 Implicações do Xadrez nos aspectos educacionais... 44

11 11 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Desenvolvimento cognitivo resposta dos alunos Gráfico 2 Desenvolvimento cognitivo respostas dos pais Gráfico 3 Desenvolvimento cognitivo respostas dos professores Gráfico 4 Desenvolvimento cognitivo respostas dos professores Gráfico 5 Benefícios psicossociais respostas dos alunos Gráfico 6 Benefícios psicossociais respostas dos alunos Gráfico 7 Benefícios psicossociais respostas dos alunos Gráfico 8 Benefícios psicossociais respostas dos pais Gráfico 9 Benefícios psicossociais respostas dos pais Gráfico 10 Benefícios psicossociais respostas dos professores Gráfico 11 Motivação respostas dos alunos Gráfico 12 Motivação respostas dos alunos Gráfico 13 Motivação respostas dos alunos Gráfico 14 Motivação respostas dos pais Gráfico 15 Motivação respostas dos pais Gráfico 16 Avaliação do projeto respostas dos alunos... 71

12 Gráfico 17 Sugestões para o projeto respostas dos alunos

13 13 LISTA DE SIGLAS CBX Confederação Brasileira de Xadrez EMEF - Escola Municipal de Ensino Fundamental ENEM Exame Nacional do Ensino Médio ES Espírito Santo FIDE Federação Internacional de Xadrez FIFA Federation Internationale de Football Association IBM International Business Machines LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LIED Laboratório de Informática Educacional MEC Ministério da Educação e do Desporto MG Minas Gerais PCNs Parâmetros Curriculares Nacionais PPP Projeto Político Pedagógico PROEAX Programa Estadual de Ensino e Aprendizagem do Xadrez PRÓ-CHESS Projeto de Xadrez Pedagógico SEDU Secretaria da Educação SEJUS Secretaria de Estado da Justiça SESPORT Secretaria de Estado de Esportes SME Secretaria Municipal de Educação

14 14 UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura URSS União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

15 15 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO METODOLOGIA O JOGO HISTÓRIA DO XADREZ O JOGO DE XADREZ O JOGO DE XADREZ E A EDUCAÇÃO O JOGO DE XADREZ E A EDUCAÇÃO NO ESPÍRITO SANTO O PROJETO XADREZ NO DORA A PRÁTICA DO JOGO DE XADREZ E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO BENEFÍCIOS PSICOSSOCIAIS OBTIDOS A PARTIR DA PRÁTICA DO JOGO DE XADREZ O REFLEXO DA PRÁTICA DO XADREZ NO DESEMPENHO ESCOLAR O QUE MOTIVA OS ALUNOS A PRATICAR O XADREZ ANÁLISE DOS DADOS QUANTO AOS ASPECTOS COGNITIVOS QUANTO AOS BENEFÍCIOS PSICOSSOCIAIS QUANTO A MOTIVAÇÃO SUGESTÕES PARA O PROJETO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS SUGESTÕES DE LEITURA... 81

16 16 APÊNDICES APÊNDICE A Questionário com aluno do Projeto Xadrez no Dora APÊNDICE B Questionário com pais/responsável dos alunos APÊNDICE C Questionário com professores de turma APÊNDICE D Questionário com coordenadores e supervisores APÊNDICE E Questionário com a diretora da escola APÊNDICE F Solicitação de permissão para pesquisa à diretora APÊNDICE G Caracterização do corpo docente que participou da pesquisa. 92 APÊNDICE H Caracterização dos alunos do projeto que participaram da pesquisa ANEXOS ANEXO A Termo de consentimento livre e esclarecido ANEXO B Autorização para divulgação do nome da EMEF Dora Arnizaut Silvares

17 17 1 INTRODUÇÃO O processo de formação educacional envolve habilidades e instrumentos pedagógicos contidos, inclusive na legislação para o setor, que são condicionantes ao êxito do mesmo. Dentre elas, referencio o desenvolvimento cognitivo e o psicossocial como elementos essenciais para o bom desempenho escolar. A educação hoje está a exigir que o aluno seja frequentemente estimulado em sua capacidade de pensar, raciocinar e agir, em vistas de que, no futuro tenhamos cidadãos e profissionais mais bem preparados e com habilidades múltiplas para o enfrentamento das realidades do mundo contemporâneo. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (MEC, acesso em 09 jun. 2013), os alunos que concluem o ensino fundamental devem ter as seguintes habilidades, dentre outras: Utilizar diferentes linguagens verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade e análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação (BRASIL, 1997, p. 69). Para alcançar estes objetivos os educadores precisam de instrumentos que possam ajudá-los no sentido de facilitar o envolvimento dos alunos no processo ensinoaprendizagem, para estimular a comunicação, o questionamento da realidade, o estímulo do raciocínio, a solução de problemas, o pensamento crítico, a autonomia, a leitura, a criatividade dentre outras habilidades. Um dos instrumentos que vem sendo utilizado, em algumas escolas do Brasil e do mundo, como forma de disponibilizar aos alunos uma atividade lúdica, é o jogo de Xadrez, que ao mesmo tempo estimula a concentração, o raciocínio, a criatividade e a resolução de problemas. A existência de poucos estudos que dão conta da utilização do Xadrez como instrumento de educação pelo sistema de ensino do estado do Espírito Santo (ES), que tem, principalmente, nas escolas públicas estaduais e municipais sua adoção,

18 18 mesmo que informalmente, levou-me, como praticante e interessada direta no assunto, a pesquisar sobre o mesmo e sua relação no desempenho escolar. Como o Xadrez não é um jogo de azar, mas sim um jogo de estratégia e tática, sua complexidade o torna especialmente desafiador e cria um ambiente propício ao desenvolvimento de diversas habilidades. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/96, em seu artigo 26 e artigo 27 (incisos de I a IV) (BRASIL, 2010, p. 9 e 10), possibilita a utilização do jogo de Xadrez como parte diversificada dos currículos e também como promoção do desporto: Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III - orientação para o trabalho; IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas nãoformais. Rezende (1999) propõe que o Xadrez pode ser utilizado para atingir vários aspectos pedagógicos, pois a partir de sua prática é possível desenvolver as habilidades cognitivas, como: atenção, disciplina, memória, concentração, raciocínio lógico, inteligência e imaginação. Porém, ele acredita que o jogo de Xadrez praticado nos clubes e explorado, principalmente, como desporto voltado à competição, não alcança todas as suas possibilidades. É necessário que o Xadrez seja trabalhado com objetivos educacionais para que seja considerado um instrumento pedagógico. Alguns estudos foram realizados com o objetivo de demonstrar como a prática do jogo de Xadrez pode influenciar no desempenho dos estudantes, principalmente, em matemática e em leitura. Filguth (2007, p. 38 e 39) relaciona alguns destes estudos: Celone (2001) O Xadrez aumentou significativamente as médias em inteligência não-verbal, o que se refletiu em melhora nas habilidades de raciocínio abstrato e solução de problemas. Smith e Sulivan (1997) O ensino de xadrez tem efeito positivo significativo em habilidades de pensamento analíticas que são importantes em matemática, engenharia e

19 19 ciências físicas. O impacto foi particularmente forte em meninas. Rifner (1992) As habilidades de resolução de problemas que o xadrez ensina serão transferidas para as tarefas em outros domínios acadêmicos, inclusive compreensão de leitura e matemática, e para melhora do desempenho em testes padronizados de realização acadêmica. Van Zyl (1991) O xadrez nutre habilidades de aprendizagem latentes e reforça habilidades em pensamento lógico e abstrato, controle de impulsos, resistência e determinação. Essas foram manifestadas como melhoria significativa em índices de QI verbal e não-verbal após três anos de instrução de xadrez. Liptrat (1997) Estudantes recebendo instrução de xadrez alcançaram resultados significativamente mais altos em testes unificados de matemática e leitura. Buscando esta possibilidade, em 2010 teve início o Projeto Xadrez no Dora, que disponibilizou oficinas de ensino desta modalidade aos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Dora Arnizaut Silvares 1 como uma atividade extraclasse. No começo o objetivo era treinar alguns alunos para que eles participassem das Olimpíadas Escolares e, posteriormente, devido a procura de vagas e a solicitação da direção da escola e equipe pedagógica ampliou-se o projeto, abraçando também a vertente pedagógica, do jogo de Xadrez. Observando o sucesso das oficinas e o interesse que os alunos demonstraram por este esporte, aliado aos relatos feitos por eles e por professores sobre o que ele tem proporcionado na vida escolar de cada um, resolvi, como professora do projeto em tela e pesquisadora deste trabalho, responder em que medida a prática do jogo de Xadrez tem contribuído no processo de ensino-aprendizagem e nas relações psicossociais destas crianças. 1 A autorização para divulgação do nome da escola envolvida na pesquisa encontra-se nos anexos.

20 20 2 METODOLOGIA Esta pesquisa é um estudo de caso de natureza qualitativa; minha opção por esse tipo de pesquisa deu-se por entender que a abordagem qualitativa estabelece uma relação entre os resultados obtidos e o objeto de estudo, fazendo com que dialoguem com o pesquisador, com isso permite que se entenda um fenômeno específico com profundidade e se trabalhe com descrições, comparações e interpretações. Entendo que essa abordagem permite a investigação de fenômenos sociais mais complexos como é o caso dos fenômenos educacionais (ALMEIDA, 2010). Segundo Dencker (1998, p. 127), o estudo de caso é: [...] o estudo profundo e exaustivo de determinados objetos e situações. Permite o conhecimento em profundidade dos processos e relações sociais [...] O estudo de caso pode envolver exames de registros, observação de ocorrência de fato, entrevistas estruturadas e não-estruturadas ou qualquer outra técnica de pesquisa. O do estudo de caso, por sua vez, pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de organizações ou até mesmo uma situação. Para Gil (2010, p. 37) "O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento [...]". Continuando, Gil citando Yin (2005) diz que o estudo de caso "[...] é encarado como o delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real, onde os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente percebidos". Tenho como objetivo principal deste trabalho investigar a relação entre a prática do jogo de Xadrez e o desempenho escolar dos alunos inscritos no Projeto Xadrez no Dora, desenvolvido na EMEF Dora Arnizaut Silvares, no município de São Mateus (ES). Para complementar a pesquisa, trago ainda como objetivos específicos: Identificar elementos motivadores que levam os alunos a frequentarem as aulas de Xadrez, para nortear futuras ações em projetos de ensino da modalidade;

21 21 Identificar se a prática de Xadrez proporciona benefícios psicossociais para as crianças. O procedimento seguido para a coleta e análise dos dados foi o seguinte: Aplicação dos questionários; Síntese e análise das respostas; Organização das categorias; Análise geral dos dados. Para levar a efeito a presente proposta, inicialmente foi realizado um levantamento e revisão bibliográfica sobre o assunto, incluindo pesquisa na Internet. Para coleta de dados foram utilizados questionários contendo perguntas abertas. Cada grupo participante da pesquisa teve um questionário com perguntas específicas para ele. Os modelos dos questionários aplicados se encontram nos apêndices deste trabalho. A pesquisa foi realizada na EMEF Dora Arnizaut Silvares, pertencente à rede pública municipal de São Mateus, localizada à Avenida Ayrton Senna, s/n - Bonsucesso I um bairro periférico do município. Localizada em um terreno com área de ,66 m 2, sua construção está dividida em três pavilhões, sendo um deles com dois pavimentos, totalizando 27 salas de aula, uma biblioteca, duas salas de vídeo, um laboratório de informática, um auditório, dois refeitórios sendo que um deles é utilizado também para as aulas de Xadrez. A escola possui também uma quadra coberta e dois campos de areia. Funciona nos turnos: matutino, vespertino e noturno atendendo um universo de aproximadamente 1500 alunos, matriculados do Primeiro ao Nono Ano do Ensino Fundamental. Destes, cerca de oitenta alunos participam do projeto motivo deste estudo. Aos alunos inscritos no projeto foram ofertados, em 2012, dois encontros semanais para as aulas de Xadrez com duração de duas horas por turma que aconteciam principalmente no refeitório da escola, além do laboratório de informática e algumas vezes ao ar livre (em mesas do pátio da escola).

22 22 Foram aplicados quarenta questionários para alunos do projeto Xadrez no Dora; treze para os pais de alunos; treze para os pedagogos e coordenadores; dez para os professores e a diretora da escola. Nos apêndices encontram-se gráficos com a caracterização detalhada da população objeto deste estudo. Do corpo docente que participou da pesquisa, 47,6% trabalham na escola há três anos, 28,6% entre quatro e dez anos e 23,8% a mais de dez anos; 47,6% são graduados em pedagogia e 52,4 % possuem licenciatura nas áreas que atuam. Todos possuem curso de especialização na área de educação. Os professores responderam seus questionários no momento em que estavam de planejamento. Estes, como também os coordenadores, pedagogos e a diretora da escola, responderam de forma individualizada. Quanto aos alunos do projeto que participaram da pesquisa, 48,7% têm entre doze e quinze anos, 30,8% tem entre nove e onze anos e 20,5% não responderam a esta pergunta. Quanto à escolaridade, 35,9% estão matriculados no Terceiro ao Quinto Anos do Ensino Fundamental I e 64,1% matriculados no Sexto ao Nono Anos do Ensino Fundamental II; 69,2% são do sexo masculino e 30,8% do sexo feminino; 64,1% aprenderam a jogar Xadrez no projeto Xadrez no Dora; 35,9% participam do projeto desde 2010, 17,9% desde 2011 e 46,2% se matricularam em Para aplicar os questionários aos alunos do projeto, foram aproveitados os momentos dos encontros tomando-se o cuidado para que cada aluno respondesse ao questionário individualmente. Os pais que participaram foram escolhidos aleatoriamente em número de vinte, aos quais foram encaminhados os questionários através dos filhos, porém houve o retorno de apenas treze questionários respondidos. Para o tratamento dos dados, optei pela análise de conteúdo que nos permite "[...] produzir inferências acerca de dados verbais e ou simbólicos, mas obtidos a partir de perguntas e observações de interesse de um determinado pesquisador [...]" (FRANCO, 2008, p. 17). A análise de conteúdo leva em conta a: [...] interação entre interlocutor, o contexto social de sua produção, a influência manipuladora, ideológica e idealizada presentes em muitas mensagens, os impactos que provocam, os efeitos que orientam diferentes comportamentos e ações e as condições históricas sociais e mutáveis que

23 23 Segundo Bardin (2010, p. 32): influenciam crenças, conceitos e representações sociais elaboradas e transmitidas via mensagens, discursos e enunciados [...] (FRANCO, 2008, p. 17). A análise de conteúdo (seria melhor falar de análises de conteúdo) é um método muito empírico, dependente do tipo de <<fala>> a que se dedica e do tipo de interpretação que se pretende como objectivo. Não existe prontoa-vestir em análise de conteúdo, mas somente algumas regras de base, por vezes dificilmente transponíveis. A técnica de análise de conteúdo adequada ao domínio e ao objeto pretendidos tem de ser reinventada a cada momento [...]. Ainda em Bardin (2010), encontramos um conceito, corroborado por Franco, em que define as necessidades da análise do conteúdo como um instrumento que oferece vários caminhos para o estudo de um vasto campo: as comunicações. Destacando que, apesar de [...] ser bastante diferentes os procedimentos de análise, [...], procura-se [...] por em evidência a <<respiração>> de uma entrevista não directiva [...] (BARDIN, 2010, p. 33). Ao realizar a análise de conteúdo dos questionários, foram destacadas palavraschave que se repetiram nas respostas e contabilizada a frequência que estas palavras foram citadas, tomando-se o cuidado de interpretar e compreender corretamente o que o pesquisado quis declarar, e de destacar pontos relevantes que foram mencionados.

24 24 3 O JOGO Huizinga (2008, p. 3 e 4) acredita que o elemento lúdico foi, e é, primordial para o desenvolvimento humano, assim como o raciocínio e a fabricação de objetos é inerente ao Homo sapiens/homo faber. A partir dessa ideia ele cria a expressão Homo ludens referindo-se ao jogo/lúdico como um elemento natural ao ser humano. Para o autor, o jogo existe antes da cultura e tem um sentido especial na vida humana: O jogo é fato mais antigo que a cultura, pois esta, mesmo em suas definições menos rigorosas, pressupõe sempre a sociedade humana, mas os animais não esperaram que os homens os iniciassem na atividade lúdica. É-nos possível afirmar com segurança que a civilização humana não acrescentou característica essencial alguma à ideia geral de jogo. Os animais brincam tal como os homens... Desde já encontramos aqui um aspecto muito importante: mesmo em suas formas mais simples, ao nível animal, o jogo é mais do que um fenômeno fisiológico ou um reflexo psicológico. Ultrapassa os limites das atividade puramente física ou biológica. É uma função significante, isto é, encerram um determinado sentido. Kishimoto (2000, p. 105) considera que é difícil definir o jogo porque ele se apresenta sob diversas formas: Tentar definir o jogo não é tarefa fácil. Quando se diz a palavra jogo cada um pode entendê-ia de modo diferente. Pode-se estar falando de jogos políticos, de adultos, de crianças, de animais ou de amarelinha, de xadrez, de adivinhas, de contar estórias, de brincar de "mamãe e filhinha", de dominó, de quebra-cabeça, de construir barquinho e uma infinidade de outros. Tais jogos, embora recebam a mesma denominação, têm suas especificidades. Por exemplo, no faz-de-conta, há forte presença da situação imaginária, no jogo de xadrez, as regras externas padronizadas permitem a movimentação das peças. Já a construção de um barquinho exige não só a representação mental do objeto a ser construído, mas também a habilidade manual para operacionalizá-lo. Segundo Huizinga (2008), a tentativa de se definir a função biológica de jogo apresenta várias divergências como, por exemplo: alguns o definem como forma de descarregar a energia vital superabundante; outros como satisfação de certo desejo de imitação; outros ainda para treinar os jovens para as atividades sérias da vida; também como desejo de dominar ou competir; ou ainda como um escape para impulsos prejudiciais. Porém, ele considera que estas definições se completam e não se excluem. Nenhuma delas é definitiva e ainda mantém algumas questões sem resposta:

25 25 [...] mas afinal o que há de divertido no jogo? Porque razão o bebê grita de prazer? Por que razão o jogador deixa absorver inteiramente por sua paixão? Por que uma multidão imensa pode se levada até ao delírio por um jogo de futebol? A intensidade do jogo e seu poder de fascinação não podem ser explicados por análises biológicas. E, contudo, é nessa intensidade, nessa fascinação, nessa capacidade de excitar que reside a própria essência e a característica primordial do jogo [...] (HUIZINGA, 2008, p. 5). Huizinga (2008, p. 10) afirma que "[...] O conceito de jogo deve permanecer distinto de todas as outras formas de pensamento através das quais exprimimos a estrutura da vida espiritual e social. Teremos, portanto de limitar-nos a descrever suas principais características". Portanto, limito-me a descrever, com base em Huizinga (2008), suas principais características: O Jogo é uma atividade voluntária, se deixar de ser livre não é mais jogo. O gostar de brincar é natural a crianças e animais e isso torna o jogo livre. É uma evasão da vida real; toda criança sabe quando está "só fazendo de conta ou só brincando. Ele é capaz de absorver inteiramente o jogador. É desinteressado, não tem como objetivo a satisfação de necessidades e dos desejos. Apresenta como um intervalo da vida real. O isolamento e a limitação são sua terceira característica. O jogo acontece dentro de tempo e lugares determinados. O Jogo cria ordem e é ordem, ele tem regras claras e previamente acordadas. Se alguém quebra estas regras ele estraga o jogo. Estas regras determinam o que vale dentro de um mundo circunscrito, neste mundo as leis e costumes da vida cotidiana perdem validade, novos papéis são assumidos. Resumindo, Huizinga (2008, p. 16) caracteriza o jogo: [...] uma atividade livre conscientemente tomada como não séria e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com a qual não pode-se obter lucro, praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios, tendo uma certa ordem e certas regras. Promove a formação de grupos sociais com tendência a rodearemse de segredo e a sublinharem sua diferença em relação ao resto do mundo por meio de disfarces ou outros meios semelhantes.

26 26 Claramente se vê que quando uma criança está brincando ou jogando ela fica imersa em um mundo paralelo, que pertence somente a ela e aos envolvidos na brincadeira. Por outro lado, Vigotsky, apud Rego (2007) entende que o jogo e a brincadeira têm papel fundamental no desenvolvimento da criança. Ele propõe que o aprendizado acontece por meio da interação entre os indivíduos e os jogos (lúdicos, de papéis), potencializa a atuação na zona de desenvolvimento proximal da criança, porque cria condições para que alguns valores e conhecimentos sejam consolidados, pois exercita a capacidade de representar papéis, criar situações e seguir regras. A criança brinca porque gosta, porque quer e isto lhe proporciona imenso prazer. O jogo propicia à criança momentos de intensa alegria e esforço voluntário, o que poderá ser canalizado para uso na educação como Kishimoto (2000, p. 36) afirma: O uso dos brinquedos/jogos educativos com fins pedagógicos remete-nos para a relevância desse instrumento para situações de ensinoaprendizagem e de desenvolvimento infantil. Se considerarmos que a criança pré-escolar aprende de modo intuitivo, adquire noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro com suas cognições, afetividades, corpo e interações sociais o brinquedo desempenha um papel de grande relevância para desenvolvê-la. Ao permitir à ação intencional (afetividade) a construção de representações mentais (cognição), a manipulação de objetos e o desempenho de ações sensóriomotoras (físico) e as trocas nas interações (social), o jogo contempla várias formas de representação da criança ou suas múltiplas inteligências, contribuindo para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil. Existem vários tipos de jogos como, por exemplo: dominó, quebra-cabeças, memória, amarelinha, jogos de papéis, jogos de montar, de construir, etc. Todos eles podem proporcionar à criança momentos de prazer e ao mesmo tempo de conhecimento, de assimilação da cultura, de preparo para a vida adulta. Dentre eles destaca-se o jogo de Xadrez, uma vez que é baseado na estratégia, tática e análise, no qual pouco prevalece o elemento sorte.

27 27 4 HISTÓRIA DO XADREZ O jogo de Xadrez, um dos esportes mais praticados no mundo, tem origem milenar, porém até hoje não há comprovação por fatos históricos de como surgiu este jogo. Silva (2009) considera que a evolução histórica deste jogo pode ser considerada conforme o quadro abaixo: Período Antigo (± até 1500) Período Moderno (± de 1500 até hoje) a) Primitivo (± até 500 dc) a) Romântico (± de 1500 a 1886) b) Indiano (± de 500 a 600) b) Científico (± de 1886 a 1916) c) Persa (± de 600 a 700) c) Hipermoderno (± de 1916 a 1946) d) Árabe (± de 700 a 1400) d) Eclético (± de 1946 até hoje) e) Renascentista (± de 1400 a 1500) e) Informático (± de 1996 até hoje) Quadro 1: Divisão da história do Xadrez em períodos. Fonte: Adaptado de Bravo (apud SILVA, 2009, p. 43). Segundo Lasker (apud FILGUTH, 2007, p. 132), Donald M. Liddell fez a primeira referência sobre a origem do jogo de Xadrez remetendo-a para o século IV antes de Cristo, na Índia. Ele considera que o nome do jogo inicialmente era Chaturanga, que significava exército formado por quatro membros, e era representado pelas peças: elefante, cavalo, carro e soldado a pé (bispo, cavalo, torre e peão). Filguth ainda comenta sobre o jogo praticado naquela época: Suas características se apresentavam de forma bem diversa da atual prática. O tabuleiro, chamado ashtapada não era enxadrezado, ou seja, não possuía cores alternadas. O número de jogadores era de quatro, e o jogo iniciava-se de acordo com o resultado de um lance de dados. Assim sendo, um jogo que foi inicialmente proposto e amplamente aceito na Índia devido a seu caráter estratégico e lógico que minimizava o fator sorte, não estava totalmente isento desta.

28 28 Figura 1: Chaturanga para quatro pessoas. Fonte: Murray (apud SILVA, 2011, p. 21). Figura 2: Chaturanga para quatro pessoas. Fonte: Murray (apud SILVA, 2011, p. 22). Vale à pena destacar a lenda mais divulgada sobre a origem do Jogo de Xadrez que se encontra relatada no livro O homem que Calculava de Malba Tahan (2010). Ela conta que o Xadrez foi criado por um brâmane, de nome Sessa, com o objetivo de tentar alegrar seu rei (Iadava) que estava muito triste e abatido com a morte do filho numa batalha. O jogo criado simulava uma batalha entre dois reinos e objetivava aprisionar o rei adversário. O rei se distraiu e se alegrou com o jogo, então prometeu

29 29 ao brâmane qualquer coisa que pedisse em pagamento. O brâmane disse ao rei que queria um grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro, dois pela segunda, quatro pela terceira, oito pela quarta, dobrando-se assim até chegar à sexagésima quarta casa do tabuleiro. O rei considerou o pedido muito simples e solicitou aos matemáticos que fizessem os cálculos de quanto devia. Grande foi a surpresa do rei quando ficou sabendo que seria impossível para ele pagar a dívida. O total de grãos de trigo seria Para se ter ideia desse número seria necessário plantar trigo sobre toda a superfície da Terra setenta e seis vezes para se atingir a quantidade solicitada. Segundo a lenda, com esse pedido, o brâmane queria mostrar ao rei como os números e a falsa modéstia das pessoas podem iludir. Sá & Rocha (1997) consideram que a evolução do jogo indiano aconteceu com a supressão dos dados, que minimizou o fator sorte; a reunião dos adversários diagonalmente opostos e a substituição das alianças diagonais por alianças lado a lado. A expansão do jogo de Xadrez pelo Ocidente começou com os persas, que o divulgaram entre os árabes, quando da conquista da Pérsia pelos árabes. Por sua vez, com a expansão islâmica, os árabes o levaram para o norte da África e a Europa, em torno do século X. No Oriente, a versão chinesa, Xiangqi, se expandiu para a Coréia e o Japão nesta mesma época (WIKIPEDIA, acesso em 20 jul. 2011). Sá & Rocha (1997, p. 60) relatam sobre o sucesso do jogo de Xadrez na Europa: Na Idade Média, o Jogo dos Reis adquire, rapidamente o status de passatempo favorito da sociedade aristocrática européia,... Recomenda-se começar sua aprendizagem aos seis anos de idade. As mulheres nobres não hesitam em sentar em frente do tabuleiro, mostrando-se, inclusive, tão hábeis quanto os homens. Estes só tem o direito de entrar em um aposento feminino com o objetivo de jogar xadrez [...]. Muitas alterações aconteceram neste jogo ao longo dos anos, por exemplo, no século XIII as casas do tabuleiro deixam de ser monocromáticas para ter duas tonalidades, o que melhorou a visão dos lances e facilitou a estratégia dos enxadristas. A possibilidade de os peões avançarem uma ou duas casas e a promoção dos peões que atingem a última linha, também surgiram entre os séculos XII e XIII.

30 30 As principais alterações no Xadrez aconteceram no fim do século XV quando foram substituídos as peças al-fil (movia-se para a segunda casa da sua diagonal, estando a casa intermediária ocupada ou não) pelo bispo (move-se para qualquer casa das diagonais que se encontra, mas sem saltar peças) e a alferza (movia-se apenas uma casa na diagonal) pela dama (move-se para qualquer casa na linha, coluna ou diagonal que se encontra). Esta mudança proporcionou maior velocidade e dinamismo ao jogo. Entre os séculos XV e XVI, Ruy Lopez idealiza a criação do roque e divulga a captura en passant. Em 1737, Felipe Stamma utiliza em seu livro "Le noble jeu des échecs" um sistema de anotação que designa as casas do tabuleiro por duas coordenadas: uma abscissa alfabética e uma ordenada numérica; este sistema é conhecido hoje como anotação algébrica. Finalmente no século XVIII, Philidor, considerado o primeiro teórico do Xadrez, propõe um dos primeiros regulamentos enxadrísticos: casa branca à direita do jogador; peça tocada, peça movida; peça largada, lance efetuado; promoção ilimitada; captura en passant, roque; etc. (SÁ & ROCHA, 1997). Silva (2011a) destaca os seguintes nomes como pioneiros do novo Xadrez nos séculos XV e XVI: Pedro Damiano (Portugal, ), Paolo Boi (Itália, ), Ruy López de Segura (Espanha, ), Giovanni Leonardo da Cutri (Itália, ) e Alessandro Salvio (Itália, ). Enquanto nos séculos XVIII e XIX os principais representantes do movimento romântico no Xadrez foram François-André Danican Philidor ( ), Adolf Anderssen ( ), Paul Morphy ( ) e Joseph Henry Blackburne ( ). No ano de 1813 foi publicada a primeira crônica enxadrística no periódico Inglês "Liverpool Mercury". Em 1836 foi lançada a primeira revista inteiramente dedicada ao Xadrez: "La Palamede". No século XVIII foram criados clubes para a prática de Xadrez e as primeiras federações esportivas na Europa. O I Torneio Internacional de Mestres foi disputado durante a Exposição Universal de Londres em 1851, cujo campeão foi o alemão Adolfo Anderssen. Sá & Rocha (1997, p. 72) relatam sobre sucessores do campeão Wihelm Steinitz ( ):

31 31 Steinitz é considerado o criador da Escola Clássica, distinguindo-se por lances profundamente lógicos que visam a realização de planos inovadores: exploração de erros microscópicos (peões isolados, casas fracas, peças sobrecarregadas,...), paralisia progressiva das peças do adversário, bloqueio central antes de atacar nas alas, maré de peões, etc... Mestre na defensiva mais que na ofensiva, grande especialista em aberturas fechadas, ele é considerado o pai do Gambito da Dama, além de ter contribuído para o aperfeiçoamento de inúmeras outras aberturas... Foi talvez, o pensador mais original e profundo de toda a história enxadrística. Apesar disso, quando o peso da idade já se fazia sentir, perdeu o título de Campeão do Mundo em 1894 e morreu em extrema pobreza. Quem venceu Steinitz foi Emanuel Lasker ( ) que também é reverenciado por Sá & Rocha (1997, p. 72): [...] foi a maior personalidade da história do xadrez. Lasker, Doutor em filosofia (discípulo de Schopenhauer), era também teatrólogo e um bom matemático (tendo escrito um livro no campo da álgebra). Em 1895, publica o seu Common sense in chess,onde apresenta o xadrez e a vida como uma constante luta e procura desvendar os princípios fundamentais que regem a conduta da partida. Seu estilo de jogo extremamente pessoal e que poderíamos chamar de dialético, consiste em desequilibrar a posição, nem sempre realizando as melhores jogadas, mas sim as mais desagradáveis para cada adversário. Seus lances arriscados, e até teoricamente incorretos, levavam a luta psicológica ao paroxismo, induzindo, com frequência, o oponente ao erro e à derrota. De todos os campeões mundiais, ele é aquele que mais colocou seu título em jogo: sete vezes, perdendo-o, apenas em 1921, para o cubano José Raúl Capablanca, após 27 anos de reinado. No século XIX surge uma nova concepção do jogo que questiona os fundamentos da Escola Clássica, assim inicia a Escola Hipermoderna. Os principais representantes foram o tcheco Richard Reti ( ), o húngaro Gyula Breyer ( ), o russo-francês Xaviern T Artakover ( ), o letão-dinamarquês Arom Nimzovich ( ), o austríaco Ernest Grunfeld ( ) e mais discretamente, o russo-francês Alekine ( ). Sá & Rocha (1997, p. 73) consideram como características desta linha: A essência do hipermodernismo, que foi comparado na Arte tanto ao Impressionismo quanto ao Cubismo, baseia-se em sua descrença dos dogmas clássicos. Ele ampliou os horizontes de conduta da partida, com a contribuição de novas teorias que não negavam a importância do centro, mas propunham um método inovador para controla-lo à distância, sem ocupá-lo: os Bispos em fianchetto (nas maiores diagonais do tabuleiro). Assim, o centro de Peões do inimigo poderia ser atacado com o auxílio dos Cavalos e dos Peões laterais. A Federação Internacional de Xadrez (FIDE) foi fundada em 1924 com sede em Paris. Ela possui atualmente 178 países-membros (FIDE, acesso em 25 jan. 2013), o que a torna a segunda maior federação esportiva do mundo perdendo apenas para

32 32 a Federation Internationale de Football Association (FIFA) com 226 filiados (FIFA, acesso em 25 jan. 2013). Os primeiros eventos organizados pela entidade foram, em 1927, as Olimpíadas de Xadrez, cuja campeã foi a equipe húngara, e o Campeonato Feminino de Xadrez, vencido por Vera Menchik. A partir de 1948 a FIDE assume a organização dos campeonatos mundiais de Xadrez, quando promoveu o primeiro torneio mundial sob suas regras. Este torneio reuniu cinco grandes mestres da época, e o vencedor foi o engenheiro eletrônico, cidadão soviético, Mikhail Botvinnik ( ), considerado o primeiro campeão mundial da FIDE (WIKIPEDIA, acesso em 20 jul. 2011). Os campeões mundiais oficiais a partir daí foram: Vasily Smyslov (RÚSSIA, 1921), Mikhail Thal (LETÔNIA, ), Tigran Petrossian (GEÓRGIA, ), Boris Spassky (RÚSSIA, 1937), Bobby Fischer (EUA, 1943), Anatoly Karpov (RÚSSIA, 1951), Garry Kasparov (AZERBAIJÃO, 1963-), Alexander Khalifman (RÚSSIA, 1966), Viswanathan Anand (ÍNDIA, 1969-), Ruslan Ponomariov (UCRÂNIA, 1983), Rustam Kasindzhanov (UZBEQUISTÃO, 1979), Veselin Topalov (BULGÁRIA, 1975) e Vladimir Kramnik (RÚSSIA, 1975) (Silva, 2011a). Considerando que o jogo de Xadrez, durante toda a Idade Média, era elitizado, ou seja, praticado apenas pelos nobres, Silva (2011a) propõe que três fatos foram imprescindíveis para que o Xadrez se tornasse um jogo mais popular: O primeiro fato foi quando Gutemberg criou o tipo móvel, o que possibilitou a impressão de livros como, por exemplo, Arte breve y introduccionmuy necessária para saber jugar el Axedrez (LUCENA,1947), o livro mais antigo sobre o Xadrez. A produção e divulgação de livros sobre o tema é considerada a primeira mudança que ajudou a tornar este jogo mais popular. O segundo fato foi quando a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) adotou o jogo de Xadrez como complemento à educação, o que a tornou hegemônica no esporte de 1924 a Dos dezessete campeões mundiais somente quatro não vieram da URSS. E o terceiro fato foi a invenção de computadores (meados do século XX) e do advento da Internet (fim do século XX). As máquinas inteligentes levaram a produção de enxadristas eletrônicos, como o famoso supercomputador da

33 33 International Business Machines (IBM), Deep Blue, que derrotou Garry Kasparov em um re-match de seis partidas. A internet coroa este momento, pois possibilita o acesso instantâneo às informações de torneios e permite jogar com pessoas de qualquer parte do mundo em tempo real. As primeiras partidas de Xadrez disputadas no Brasil foram em 1500, durante a estada da frota de Pedro Álvares Cabral. Em 1808, D. João VI trouxe um exemplar do primeiro trabalho impresso sobre o jogo, de autoria de Lucena, e doou à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. A realização do primeiro torneio oficial foi em Nacionalmente, o jogo é regulamentado pela Confederação Brasileira de Xadrez (CBX), com sede em Santa Maria do Jetibá (ES) (WIKIPÉDIA, acesso em 20 jul. 2011). O primeiro brasileiro a conquistar renome mundial no Xadrez foi Henrique da Costa Mecking, conhecido como Mequinho, campeão brasileiro em 1967 e de 1974 a 1978 quando teve que abandonar as competições devido a uma doença que compromete gravemente o sistema nervoso e os músculos. Ficou afastado dos tabuleiros por mais de dez anos e atualmente é o número 3 do Brasil, com uma pontuação de 2602 no rating FIDE de julho de 2012.

34 34 5 O JOGO DE XADREZ Uma batalha entre dois reinos, peças claras versus peças escuras, este é o simbolismo do jogo de Xadrez. As peças são movimentadas com o objetivo de aprisionar o rei inimigo, o chamado xeque-mate, que garante a vitória sobre o adversário. Na guerra, como no Xadrez, a estratégia, a análise e a tática são elementos fundamentais para se alcançar a vitória. Silva (2011a) destaca que: Historicamente o xadrez tem sido classificado como um jogo de guerra. Em um jogo de guerra típico, dois jogadores conduzem um combate entre dois exércitos de força igual sobre um campo de batalha de extensão delimitada que não oferece vantagem inicial de território para cada lado. Os jogadores não têm ajuda externa e só podem contar com suas faculdades de raciocínio, e normalmente vence o jogador cuja capacidade estratégica é maior, cujas forças estão colocadas de maneira mais efetiva, e cuja habilidade para prever posições é mais desenvolvida (MURRAY, BELL, apud SILVA, 2011a, p. 11). Dextreit e Engel fazem uma comparação entre o jogo de Xadrez e a guerra: Conceito de Referência Xadrez Guerra Espaço Tabuleiro Terreno (Área entre limites) Sim Sim Tempo Sim Sim (Ação) Individual Simultânea Material Peças Peças Homens e máquinas (Destruição) Individual Massivo em relação ao xadrez (Recursos externos) Não Sim (Exército) Semblantes revelados Dissimulado Estratégia Sim Sim (Declaração política) Jogador Jogo (Elemento psicológico) Jogador Jogo (Experiência) Sim Sim (Cálculo) Racional Elemento de incerteza Tática Sim Sim (Erro)? Sim (Sacrifício) Jogador Mais importante Cálculo Sim Sim (Acaso) Sim Sim Quadro 2: O Xadrez e a Guerra. Fonte: Adaptado de Dextreit; Engel (apud SILVA, 2011a, p. 12). A batalha do Xadrez acontece num tabuleiro com 64 casas de cores claras e escuras dispostas alternadamente. Estas casas são organizadas em oito linhas

35 35 numeradas de 1 a 8 e oito colunas denominadas de a até h. No tabuleiro podemos visualizar também treze diagonais claras e treze diagonais escuras. Figura 3: O Tabuleiro de Xadrez. Fonte: Sá et al (2005, p. 142). O tabuleiro ainda poderá ser dividido em zona de ataque linhas 5 a 8 para as peças claras e 4 a 1 para as escuras e zona de defesa linhas 1 a 4 para as claras e 8 a 5 para as escuras ; em ala da rainha, colunas a até d e ala do rei colunas e até h. E possui as seguintes áreas: centro formado pelas casas d4, d5, e4 e e5; e grande centro que inclui também as casas c3, c4, c5, c6, d3, d6, f3, f4, f5 e f6. As figuras abaixo identificam as áreas do tabuleiro: Figura 4: Áreas do Tabuleiro I. Figura 5: Áreas do Tabuleiro II. Figura 6: Áreas do Tabuleiro III. Fonte: Rezende (2002, p. 5-7). Cada jogador começa o jogo com dezesseis peças, sendo: oito peões, duas torres, dois cavalos, dois bispos, uma rainha e um rei. As peças são movimentadas de forma individualizada com características próprias. Se a peça for movimentada para uma casa que já está ocupada por peça adversária, esta será retirada do tabuleiro, este lance é chamado captura.

36 36 Figura 7: As Peças do Xadrez. Fonte: Sá et al (2005, p. 142). Os peões movem somente uma casa de cada vez para frente e a única peça que não pode voltar no tabuleiro. Eles capturam peças de modo diferente de sua movimentação, atacam uma casa das duas diagonais à sua frente. Eles apresentam três movimentos especiais: O salto do peão em seu primeiro lance cada peça pode saltar uma casa; a promoção quando ele atinge a última linha do tabuleiro e a captura en passant um peão adiantado na fila 5 para as claras e na fila 4 para as escuras poderá capturar o peão adversário se ele fizer o salto do peão. Figura 8: O movimento do peão. Fonte: Sá et al (2005, p. 144). A rainha, ou dama, é considerada a peça mais poderosa e valiosa do jogo devido a sua movimentação. Ela pode ser movimentada por quantas casas o jogador desejar e em qualquer direção (linha, coluna ou diagonal), o único impedimento é não poder saltar outras peças.

37 37 Figura 9: Movimento da dama. Fonte: Sá et al (2005, p. 143). A torre poderá ser deslocada em linha ou coluna para qualquer número de casas. Com ela e o rei pode-se fazer um movimento especial que se chama roque. O roque é o único movimento que envolve duas peças, enquanto o rei é deslocado duas casas em direção à torre, esta salta sobre o rei sendo colocada na casa imediatamente ao seu lado. O roque somente poderá acontecer se o rei e a torre ainda não tiverem sido movimentados, não houver nenhuma peça entre o rei e a torre, se o rei não estiver em cheque e nem for colocado em cheque com o movimento, o rei não passar por casa atacada por peça adversária. O roque entre o rei e a torre da ala rainha é chamado roque grande e o roque que envolve a torre da ala do rei é chamado roque pequeno. Figura 10: Movimento da torre. Fonte: Sá et al (2005, p. 143).

38 38 Figura 11: O roque. Fonte: Sá et al (2005, p. 148). Já o bispo poderá ser deslocado em diagonal por número livre de casas. O cavalo tem um movimento mais complexo, ele faz um L envolvendo quatro casas, podendo fazê-lo em qualquer direção. Ele é a única peça que pode saltar outras peças, suas ou do adversário. Figura 12: Movimento do bispo. Fonte: Sá et al (2005, p. 144). Figura 13: Movimento do cavalo. Fonte: Sá et al (2005, p. 144).

39 39 O rei é a peça principal do jogo, apesar de ter sua movimentação limitada a uma casa por vez, em qualquer direção. Ele não poderá ser capturado nem ser colocado em casa atacada por peça adversária (xeque). Quando o rei sofre ameaça de captura o xeque ele deverá ser defendido (capturando a peça adversária; colocando uma peça entre o rei e a peça que o ataca ou movendo o rei para uma casa livre de ataque). Se ele sofrer um ataque sem defesa possível o xeque-mate o jogo termina com a vitória de quem armou o mesmo. Figura 14: Movimento do rei. Fonte: Sá et al (2005, p. 143). Figura 15: O xeque. Fonte: Sá et al (2005, p. 147).

40 40 Figura 16: O xeque-mate. Fonte: Sá et al (2005, p. 147). Existem várias modalidades do jogo de Xadrez como, por exemplo: presencial (na qual os enxadristas estão presentes fisicamente); virtual (os enxadristas disputam as partidas por meio de computadores conectados pela internet ou uma rede local); o rápido, relâmpago e blitz (onde o tempo para jogar é muito reduzido); simultânea (quando um enxadrista enfrenta vários adversários ao mesmo tempo); às cegas (o jogador não tem visão do tabuleiro, ou utiliza uma venda nos olhos, ou fica de costas para o tabuleiro, ou fica em sala separada - necessita guardar as posições de memória); postal (os lances são enviados por correspondência - normalmente por cartão postal. O enxadrista recebe o lance do seu adversário, reproduz no tabuleiro, faz o seu lance e o envia pelos correios; o adversário faz a mesma coisa, até a partida ser concluída. Essa modalidade está caindo em desuso a partir do advento da internet). Silva (2010) destaca que o jogo de Xadrez é uma atividade que envolve a resolução de problemas. As possibilidades de resposta, devido à complexidade do jogo, são enormes. Basta observar o número de lances possíveis numa partida: no primeiro existem 20 possibilidades, que se multiplicam para 400 no segundo e chegam a no terceiro lance. Shanon, apud Silva (2011b) concluiu que o número total de posições legais e ilegais de uma partida chega ao número Este ficou conhecido como número de Shannon, que o calculou conforme a seguinte citação: Com o xadrez é possível, em princípio, para jogar uma partida perfeita ou construir uma máquina para fazer o seguinte: Considera-se em uma determinada posição todos os movimentos possíveis, então todos os lances para o adversário, etc, até o fim do jogo (em cada variação). O término deve ocorrer, pela regra dos jogo, após um número finito de movimentos (lembrar a regra dos 50 lances). Cada uma dessas variações termina em perda, vitória, ou empate. Ao trabalhar para trás a partir do final pode-se determinar se existe uma vitória forçada, se a posição é um empate ou se é

41 41 derrota. É fácil ;demonstrar, no entanto, mesmo com a computação de alta velocidade disponível em calculadoras eletrônicas, que esse cálculo é impraticável. Em posições típicas de xadrez há da ordem de 30 lances legais. O número mantém relativamente constante até que o jogo está quase concluído, conforme mostrado (...) por De Groot (...). Assim, uma jogada para as brancas e uma para as pretas dá cerca de 103 possibilidades. Uma partida típica dura cerca de 40 movimentos até o abandono por um dos jogadores. Isso é moderado para o nosso cálculo, já que a máquina deveria calcular até dar xeque-mate, sem considerar o abandono. No entanto, mesmo com este número, haverá variações a serem calculadas a partir da posição inicial. A operação da máquina, à taxa de uma variação por micro-segundo exigiria mais de 1090 anos para calcular o primeiro lance! (SHANON, apud SILVA, 2011b, p. 51). No jogo de Xadrez a estratégia, a tática e a análise são elementos fundamentais para o bom desempenho. Silva (2004) define a estratégia como a capacidade de estabelecer objetivos e desenvolver planos que ajudem a alcançar os objetivos desejados. A tática é definida como a ação do plano estratégico, é a capacidade do jogador calcular suas jogadas para conseguir o êxito. Ele considera, ainda, duas maneiras de análise, dependendo da direção do pensamento do jogador, aquele que baseia o jogo na tática pensa para frente, começa a partir de uma posição e ensaia mentalmente as jogadas que levará seu adversário a fazer; o jogador estratégico pensa a partir do fim que almeja (uma posição, o xeque, uma captura) e consegue visualizar as etapas da partida inversamente. Um estudo relatado por Silva (2010) é o que foi realizado por Cleveland (1907), que fez uma análise psicológica do jogo de Xadrez e a aprendizagem do mesmo. Segundo Cleveland, o desenvolvimento das habilidades no Xadrez passa por cinco fases. Num primeiro momento se aprende o nome e o movimento das peças, o que é essencial para que o aprendiz comece. No segundo momento, a jogar e planejar movimentos de ataque e defesa, visando à captura das peças do adversário. No terceiro momento o jogador passa a compreender a relação entre as peças, seu valor individual e dentro do grupo para, no quarto momento, montar sua estratégia, ou seja, planejar o movimento de suas peças. No quinto momento o jogador passa a compreender o valor da posição das peças, é o auge da aprendizagem do Xadrez, o resultado da experiência no jogo. Estas fases são apresentadas no quadro a seguir.

42 42 Estágio Descrição 1 Fase inicial O iniciante aprende o nome e movimento das peças 2 Movimentos individuais Visam o ataque e defesa sem um objetivo definido, a não ser capturar as peças do seu adversário. 3 Relação entre as peças O valor dos grupos e o valor de peças individuais como parte de grupos particulares. 4 Desenvolvimento sistemático Capacidade de planejar conscientemente o desenvolvimento sistemático das suas peças. 5 Sentido posicional Desenvolvimento enxadrístico homogêneo, resultado da experiência em valorar diferentes posições. Quadro 3: Fases na aprendizagem do Xadrez. Fonte: Adaptado de Cleveland (apud SILVA, 2010, p. 16). De Groot (apud SILVA, 2010) realizou um experimento que, além de lançar pistas sobre o funcionamento da memória para assuntos específicos, trouxe dados para a explicação dos fatores de talento dos jogadores de Xadrez, conforme mostra o quadro a seguir: FATOR Pensamento esquemático Pensamento não-verbal Memória Abstração e Generalização As hipóteses geradas devem ser testadas Afinidade para Investigação ativa Fatores Motivacionais Enorme concentração sobre um objetivo a DESCRIÇÃO É baseado em possibilidades espaciais (bidimensional) no que tange aos movimentos. Portanto os mestres de xadrez deveriam conseguir altos resultados em testes onde o fator espacial é preponderante. O jogador se ocupa com movimentos e manobras no tabuleiro, com a dinâmica de capturas, ameaças e controle, sem qualquer dependência sobre formulações verbais. Capacidade de memória, entendida como conhecimento e experiência. O enxadrista deve ser capaz de aprender progressivamente pela experiência, ou seja, de refinar suas regras de operação constantemente, fazendo novas regras baseadas nas antigas. A habilidade de abandonar rapidamente uma hipótese de evidência incompatível a fim de reajustá-la, modificála ou trocá-la por outra. Além de ser capaz de continuamente gerar e modificar hipóteses, idéias, regras, sistemas (no tabuleiro) e planos, o enxadrista deve estar amplamente motivado para fazê-lo. São bastante específicos, como é o caso do temperamento no xadrez, definido como uma fusão entre pensamento, jogo e paixão pelo combate. Estudo das fraquezas do adversário. Regulação dos hábitos de vida de acordo com a manutenção de

43 43 vencer juntamente com as estratégias envolvidas Quadro 4: Fatores do talento no Xadrez. Fonte: Adaptado de De Groot (apud SILVA, 2010, p. 24). condições ótimas. Nunca concordar com qualquer arranjo que diminua suas chances de vitória. Em outras palavras: os mestres são lutadores. As habilidades que são desenvolvidas pelos praticantes de Xadrez fizeram deste jogo um campo propício para estudos na área da psicologia cognitiva e também no campo escolar como podemos ver na citação destacada por Silva (2011): ( ) como a genética necessita de organismos como modelo, a Drosophila e Neurospora, a psicologia também necessita de um ambiente padrão onde o conhecimento e o entendimento possam ser acumulados. O xadrez provou ser um excelente modelo para esta finalidade (SIMON; CHASE, apud SILVA, 2011, p. 24). Todas as nuances que o Xadrez apresenta fazem dele mais que um simples jogo, uma atividade de lazer ou um esporte. È um jogo para pessoas de todas as idades, é um esporte que homens e mulheres podem disputar em igualdade de condições, é uma atividade de baixo custo, se renova a cada partida porque difilcilmente uma partida se repetirá integralmente. Enfim, lembrando Benjamim Franklin: O Xadrez não é uma fútil distração; permite desenvolver em nós as qualidades do espírito mais necessárias na vida.

44 44 6 O JOGO DE XADREZ E A EDUCAÇÃO O xadrez, esporte para uns arte e ciência para outros constitui-se em um dos recursos pedagógicos com mais qualidade em uma única atividade, incrementa várias potencialidades intelectuais como imaginação, concentração, o espírito de investigação, a criatividade e a memória (SÁ, 2005, p. 3). Após considerar as diversas habilidades desenvolvidas com o jogo de Xadrez ficam abertas várias questões: Estas habilidades serão transferidas para outras áreas? O Jogo de Xadrez realmente poderá ser um colaborador no contexto escolar? Como utilizar o jogo de Xadrez como instrumento de ensino? Silva (2002) faz uma relação entre as características do jogador de Xadrez e suas implicações no ambiente Características do xadrez Concentração enquanto imóvel na cadeira Fornecer um número de movimentos num determinado tempo Movimentar peças após exaustiva análise de lances seguintes Encontrado um lance, a procura de outro melhor De uma posição a princípio igual, direcionar a uma conclusão brilhante (combinação) O resultado indica quem tinha o melhor plano Entre várias possibilidades, escolher uma única, sem ajuda externa Um movimento deve ser consequência lógica do anterior devendo apresentar o seguinte. escolar, assim como podemos ver no quadro abaixo: Implicações nos aspectos educacionais e de formação do caráter Desenvolvimento do autocontrole psicofísico Avaliação da hierarquia do problema e a locação do tempo disponível Desenvolvimento da capacidade para pensamento abrangente e profundo Empenho no progresso contínuo Criatividade e imaginação Respeito à opinião do interlocutor Capacidade para o processo de tomar decisões com autonomia Capacidade para o pensamento e execução lógicos, auto-consistência e fluidez de raciocínio. Quadro 5: Implicações do Xadrez nos aspectos educacionais. Fonte: Silva (2002, p. 23). Sá et al (2005, p. 2) ressaltam as inúmeras possibilidades de utilização do jogo de Xadrez nas escolas: [...] pesquisas em Psicopedagogia demonstram que o Xadrez é um precioso coadjuvante escolar e até psicológico. Assim, você pode utilizar inicialmente

45 45 a motivação quase espontânea do aluno em relação ao Xadrez visando provocar ou facilitar a sua compreensão em outras disciplinas. Em uma segunda etapa, extrapole o universo artificial criado pelas regras do jogo como modelo de estudos de situações concretas. Isso se aplica a todos os campos do conhecimento História, Geografia, Artes, trabalhos manuais, Ciências Naturais, Matemática, Informática, Língua Portuguesa, Línguas estrangeiras, Educação Física, entre outros. É essencial considerar o valor pedagógico do Xadrez de forma mais ampla: sua introdução no ensino fundamental e no ensino médio não deveria se limitar ao currículo de Educação Física, com o argumento de que se trataria de uma prática desportiva. A bem da verdade, a modalidade enxadrística extrapola o campo do esporte. Professores de todas as disciplinas podem empregá-la em suas respectivas áreas, desde que obtenham a formação adequada. Sá et al (2005) ainda detalham como o jogo de Xadrez poderá ser trabalhado através de projetos interdisciplinares, permeando as diversas áreas de conhecimento: Na matemática como forma de facilitar o entendimento de conteúdos como a aritmética (noções de troca, valor comparado de peças, controle de casas, enquanto exemplo de operações matemáticas elementares), álgebra (cálculo do índice de desempenho dos jogadores, que é assimilável a um sistema de equações com incógnitas), geometria (o movimento das peças é uma introdução a noções de horizontalidade e verticalidade, a representação do tabuleiro é estabelecida como um sistema cartesiano). E não se limita somente à matemática elementar, pois pode abranger a análise combinatória, a estatística, a informática na gestão de torneios e na programação do jogo, a teoria dos jogos de estratégia, o cálculo, a lógica e a topologia. Em geografia poderá ajudar no aprendizado da orientação e localização no espaço, coordenadas geográficas, escala, espaço e território. Em artes poderá se construir as peças e o tabuleiro (com argila, pintura, materiais reciclados). Pode-se também montar e apresentar peças teatrais, reproduzir partidas com Xadrez humano. Em história pode-se explorar a origem do Xadrez, a cultura dos povos que o praticaram e praticam e a relação entre aspectos sociais e políticos. Em educação física trabalhar a ética quanto à importância das regras e o respeito que deve existir para com o parceiro de jogo. Oferecer a prática de um desporto ainda pouco difundido no Brasil, como atividade lúdica, esporte, ferramenta pedagógica ou lazer.

46 46 Garrido (apud SILVA, 2010, p. 220) considera como o Xadrez traz benefícios à socialização das crianças: No aspecto de socialização, deve-se ter em mente que não se pratica o jogo sozinho, e assim é necessário respeitar o silêncio e a sua vez de jogar. Ao final da partida, o aluno aprende a analisar a partida em conjunto, o que foi e o que deveria ter sido jogado (post-mortem). O aluno também aprende que deve manter a cordialidade com todos os participantes, e que é necessário cumprimentar o adversário no início e no final da partida. No aspecto de aquisição de regras, deve-se ter em mente que as regras do jogo são inalteráveis para todos, e que ninguém pode estabelecer suas próprias normas nem impor condições diferentes. Horiguti (apud FILGUTH, 2007, p. 41) entende que os principais objetivos que justificam a utilização do Jogo de Xadrez na escola são: Desenvolver uma forma de operação da inteligência de modo a organizar a capacidade criativa estimulando o raciocínio lógico e contribuindo para a educação voltada à interação social na busca pela formação integral do cidadão, por meio de uma atividade lúdica, proporcionando prazer ao praticante. Estimular, despertar, ampliar e desenvolver habilidades cognitivas, espírito reflexivo e crítico, capacidade para tomada de decisões, raciocínio lógico, segurança pessoal e auto-estima, atenção e capacidade de concentração, inteligência espacial, disciplina na execução de uma tarefa, entre outros. Algumas ações vêm sendo difundidas e democratizando a utilização do Xadrez em escolas de todo o mundo, inclusive do Brasil, como por exemplo: em 1986, a FIDE e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) criaram, em Paris, a Commission For Chess in Schools. Já no Brasil, em 1993, o Ministério da Educação e do Desporto (MEC) financiou a confecção e distribuição de 15 mil cartilhas de Xadrez que foram elaboradas por Sá, Trindade, Lima Filho e Valle. Em 2007 foram distribuídos mais duzentos mil exemplares e, em 2008, mais duzentos e quarenta mil. Segundo Sá et al (2005) as primeiras ações em favor da prática de Xadrez nas escolas brasileiras datam de1935. O primeiro curso de Xadrez escolar no País foi implantado em 1967, na cidade paulista de Araraquara, por Taya Efremoff, uma enxadrista duplamente pioneira foi a primeira mulher no Brasil a atingir a condição de mestre nacional. Projetos de algumas escolas brasileiras foram mostrados em noticiários regionais e nacionais em 2012 e 2013, relatando o sucesso que estes têm alcançado na

47 47 melhora do rendimento escolar dos alunos. Destacamos alguns destes projetos (G1.COM, acesso em 21 abr. 2013): Escola do Distrito Federal, Centro Educacional Taquara, na região de Planaltina, estava com a pior nota no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e investiu no Xadrez para melhorar desempenho dos alunos. Conseguiu melhoras na disciplina, no raciocínio e na concentração dos alunos do Primeiro ao Quinto Anos com a inclusão da modalidade. Escola Rodrigo Otávio, no Rio de Janeiro, utiliza o Xadrez nas aulas de educação física. Além do tabuleiro é praticado o Xadrez humano. Professores das escolas do Vale do Aço em Minas Gerais (MG) são treinados para trabalhar com o jogo de Xadrez. Por iniciativa de um professor de matemática, há doze anos, a Escola municipal Carlos Pascoal, do município de São Paulo, utiliza o Xadrez e conseguiu melhora no desempenho dos alunos, principalmente na matemática. Escola Estadual Francisco Peres, em Montes Claros (MG), é uma escola de tempo integral, que há quatro anos vêm dando espaço ao jogo de Xadrez com resultados positivos no rendimento escolar dos alunos. Cubano mestre em Xadrez percorre escolas capixabas, dentre elas a de Venda Nova do Imigrante, que incluiu a prática do Xadrez nas escolas há três anos, por adesão a esta modalidade no Projeto Campeões do Futuro. 6.1 O JOGO DE XADREZ E A EDUCAÇÃO NO ESPÍRITO SANTO No Espírito Santo alguns municípios têm adotado a prática do Xadrez nas escolas municipais como Guarapari, Venda Nova do Imigrante, Santa Maria do Jetibá, Santa Tereza, entre outros. Em Santa Maria do Jetibá, município sede da CBX, o jogo de Xadrez foi incluído na grade curricular das escolas municipais, através do Projeto de Xadrez Pedagógico (PRÓ-CHESS), desde o ano de Há também o Projeto de Lei n º 234/2011do deputado Atayde Armani que institui o Programa Estadual de Ensino e Aprendizagem do Xadrez (PROEAX), vinculado a

48 48 Secretaria da Educação (SEDU), a Secretaria Estadual de Esportes (SESPORT) e a Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS). Os objetivos deste programa são promover o ensino e estimular a prática do Xadrez no estado do Espírito Santo; promover ampla divulgação dos benefícios do Xadrez para o desenvolvimento de habilidades cognitivas de seus praticantes e integrar os programas esportivos e educacionais municipais, estaduais e federais relativos ao Xadrez. A SESPORT também disponibiliza, pelo Projeto Campeões do Futuro, a criação de núcleos para prática de Xadrez através das secretarias de esporte municipais. O Estado fornece os recursos materiais necessários e dois estagiários, enquanto o município cede o professor que coordenará o núcleo. Através de oficinas, de projetos extraclasses ou com objetivos desportivos e até mesmo como disciplina da grade curricular pode-se ver a prática do jogo de Xadrez chegando às escolas brasileiras. Aos poucos, de forma até mesmo tímida, tem conquistado o interesse de nossas crianças por uma opção diferente de competição, diversão e lazer que, ainda, melhora sua vida escolar e social. 6.2 O PROJETO XADREZ NO DORA Em março 2010 iniciaram-se as aulas de Xadrez na EMEF Dora Arnizaut Silvares com objetivo de atender alunos que apresentassem habilidade em jogar e treinandoos com o propósito de prepará-los para participar das Olimpíadas Escolares. Como professora de Educação Física da escola, apresentei à Secretaria Municipal de Educação (SME) uma proposta, que foi elaborada dentro do projeto de treinamento esportivo, para liberar dez horas-aula por semana, nas quais eu atenderia em aulas de Xadrez a vinte alunos (dez de cada turno) em dois encontros semanais de 2,5 horas-aulas cada um. Apesar da preferência dos alunos pelos treinos de futsal e de handebol, o interesse pelas oficinas de Xadrez foi crescendo gradualmente e a procura pelas aulas foi aumentando. Uma das pedagogas da escola, que já havia trabalhado em outra escola onde um professor ministrava aulas da modalidade, solicitou vagas para

49 49 encaminhar alunos aos quais julgava que a prática do jogo do Xadrez poderia contribuir para a melhora do desempenho escolar. Assim transcorreu o primeiro ano, com o crescente interesse pelas oficinas e com um bom desenvolvimento dos alunos, mesmo aqueles que começaram as aulas sem saber jogar, rapidamente aprendiam o Xadrez. Porém, não se concretizou o primeiro objetivo das aulas, que era o de levar os alunos que se destacaram no jogo para concorrer nas Olimpíadas Escolares, porque houve uma greve dos funcionários públicos municipais o que impossibilitou a inscrição e participação na competição que aconteceu em Vitória. Com os bons resultados das aulas de Xadrez durante o ano de 2010, encaminhei à SME uma proposta de aumentar o número de aulas de Xadrez ofertadas aos alunos, através de um projeto em que eu atenderia, como professora, com quarenta horasaula disponíveis para tal fim. Este teria como principal objetivo proporcionar aos alunos da EMEF Dora Arnizaut Silvares a oportunidade de conhecer e aprender o jogo de Xadrez e, a partir da prática deste, estimular o desenvolvimento cognitivo e psicossocial das crianças melhorando seu desempenho escolar. Fotografia 1: Aulas ao ar livre. Fonte: Acervo pessoal.

50 50 Em 2011 as aulas foram ofertadas com maior frequência (havia turmas com dois e outras com três encontros semanais, conforme a disponibilidade dos alunos) e o número de vagas passou para noventa, divididas em seis turmas de quinze alunos cada. Neste ano, a pedido da coordenadora pedagógica da SME, organizei e realizei formação para quarenta professores da rede municipal de São Mateus das áreas de Educação Física, Matemática e Núcleo Comum com o objetivo de ensinar o Jogo de Xadrez e apresentar algumas formas de utilizá-lo com fins pedagógicos. No mês de setembro houve um torneio entre os alunos destaques da EMEF Dora Arnizaut Silvares e outra escola da rede municipal, que também aderiu ao projeto de aulas de Xadrez com um professor de Matemática que participou da formação promovida pela SME. A partir do referido mês me afastei do projeto devido ao período de licença-maternidade, porém os encontros aconteceram até o fim do ano, uma vez que dois professores foram treinados no Curso de Formação em Xadrez e designados para cumprir o período da minha licença. Fotografia 2: Refeitório utilizado para as aulas de Xadrez. Fonte: Acervo pessoal. Com o meu retorno do período de licença-maternidade, em maio 2012, os encontros recomeçaram passando a acontecer duas vezes por semana terças e quintasfeiras com sessenta vagas disponibilizadas para quatro turmas de quinze alunos, sendo duas turmas no turno vespertino e duas no turno matutino. Em julho e em dezembro promovi torneios internos entre os alunos da escola.

51 51 Fotografia 3: Torneio Julho/2012. Fonte: Acervo pessoal. Fotografia 4: Jogo Final Torneio Julho/2012. Fonte: Acervo pessoal. Em outubro organizei uma viagem de intercâmbio à Santa Maria de Jetibá, quando alguns alunos conheceram o PRÓ-CHESS que acontece naquela cidade desde 2006, e também tiveram a oportunidade de jogar com enxadristas do município.

52 52 Fotografia 5: Visita à Santa Maria de Jetibá. Fonte: Acervo pessoal. Fotografia 6: Clube de Xadrez em Santa Maria do Jetibá. Fonte: Acervo pessoal. A diretora da EMEF Dora Arnizaut Silvares respondeu a pergunta: Quando foi implantado o Projeto de Xadrez nesta Escola houve aceitação por toda a comunidade escolar? da seguinte maneira: Sim, a aceitação foi surpreendente pela comunidade escolar e pelos pais, inclusive os pedagogos foram procurados por eles para que conseguissem vagas para os filhos".

53 A PRÁTICA DO JOGO DE XADREZ E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO "O jogo de Xadrez prende a alma toda, mas, perdido pouco pesa, pois não é nada". Fernando Pessoa Sá et al (2005) ressaltam que o jogo de Xadrez concede ao aluno a liberdade de errar sem temer as consequências. Isto lhe dá uma função privilegiada no mundo de hoje, onde se tem poucas oportunidades de tomar decisões. Cada lance de uma partida de Xadrez é precedido de análise e tomada de decisão, o que proporciona à criança oportunidades de treinar essas habilidades que são fundamentais para seu desenvolvimento cognitivo. Para falar em desenvolvimento cognitivo é necessário conceituar primeiro o que é cognição. Segundo Bock et al (1999, p. 117), cognição é: O processo através do qual o mundo de significados tem origem. A medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à realidade em que se encontra.esses significados não são entidades estáticas, mas pontos de partida para a atribuição de outros significados. Tem origem, então, a estrutura cognitiva (os primeiros significados), constituindo-se nos pontos básicos de ancoragem dos quais derivam outros significados. Podemos utilizar também o conceito de cognição (WIKIPÉDIA, acesso em 29 abr. 2013): "[...] é o ato ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem [...]. Todas estas habilidades são desenvolvidas nos jogadores de Xadrez. Então, podemos dizer que o jogo de Xadrez estimula fortemente o desenvolvimento cognitivo, além de ser um jogo que promove interação entre as pessoas, o que só tem a acrescentar aos beneficíos promovidos por este quando utilizados com fins pedagógicos. Bock et al (1999, p. 125) consideram que o desenvolvimento cognitivo depende da interação, do contato com o outro que divide o conhecimento, a experiência, como podemos ver na citação: A criança não possui instrumentos endógenos para o seu desenvolvimento. Os mecanismos de desenvolvimento são dependentes dos processos de aprendizagem, estes, sim, responsáveis pela emergência de características psicológicas tipicamente humanas, que transcendem à programação biológica da espécie. O contato e o aprendizado da escrita e das operações matemáticas fornecem a base para o desenvolvimento de processos internos altamente complexos no pensamento da criança. O aprendizado,

54 54 quando adequadamente organizado, resulta em desenvolvimento mental, pondo em movimento processos que seriam impossíveis de acontecer. Esses princípios diferenciam-se de visões que pensam o desenvolvimento como um processo que antecede à aprendizagem, ou como um processo já completo, que a viabiliza. Vigotski (apud BOCK et al, 1999) traz o conceito de zona de desenvolvimento proximal. Para ele existe uma diferença entre o que a criança já aprendeu e as situações-problema em que ela é autônoma na solução; o que chama de desenvolvimento real e as potencialidades da criança; o que ela está prestes a aprender; situações-problema que ela saberá resolver com o auxilio de um adulto ou companheiro. O jogo de Xadrez cria um ambiente propício à atuação na zona de desenvolvimento proximal, pois a cada lance há a resolução de uma situação-problema (qual a melhor jogada). Quando uma criança joga com o colega que analisa o jogo, ela planeja a jogada e cria sua estratégia. Então, ela vai aprender a analisar também suas jogadas tentando encontrar os melhores lances, desenvolvendo habilidades que serão úteis em outras situações de sua vida. 6.4 BENEFÍCIOS PSICOSSOCIAIS OBTIDOS A PARTIR DA PRÁTICA DO JOGO DE XADREZ "[...] no grande tabuleiro de xadrez da sociedade humana, cada peça tem por si mesma um princípio de movimento que lhe é próprio [...]". Adam Smith, 1759 Bock et al (1999) sintetizam a concepção de homem na psicologia sócio-histórica como um ser ativo, social e histórico. A partir de sua ação sobre a realidade, ele satisfaz suas necessidades que têm uma característica fundamental: são sociais e produzidas historicamente em sociedade. Quando o indivíduo vive relações sociais e experiências em uma cultura com ideias e valores próprios, constrói sentido para as suas experiências, temos, então, a subjetividade individual. Sendo o homem um ser social, de relações sociais, ele se transforma constantemente porque se alimenta dos conteúdos do mundo externo e sua relação com ele não para. A formação do conjunto de crenças, valores e significações dá-se

55 55 o nome de socialização, que é quando um indivíduo torna-se membro de um grupo social, aprendendo seus códigos, normas e regras básicas de relacionamento, adotando ao conjunto de conhecimento acumulado e sistematizado pelo grupo. Sendo assim, O termo habilidades sociais refere-se ao conjunto de classes e subclasses comportamentais que o indivíduo apresenta para atender às diversas demandas das situações interpessoais; já a competência social deve ser entendida como a capacidade de o indivíduo organizar pensamentos, sentimentos e comportamentos e um desempenho que atenda adequadamente às demandas do ambiente social, supondo os seguintes critérios de avaliação: consecução dos objetivos, manutenção ou melhora da auto-estima e da qualidade da relação, equilíbrio de ganhos e perdas entre os parceiros da interação, respeito e ampliação dos direitos humanos" (DEL PRETTE et al, apud CIA & BARHAM, 2009, p.45-55). Heisman (apud FILGUTH, 2007) propõe que a prática do jogo de Xadrez oferece vários benefícios indiretos, como por exemplo: lidar com o sucesso e as adversidades, o trabalho em equipe, a socialização, a organização, a integridade e recebimento da justa recompensa pelo esforço despendido, a como lidar com os outros, o respeito às regras, a paciência, a jogar silenciosamente, a liderança e a cooperação. Estes benefícios irão refletir na vida social da criança, como se pode ver nas respostas da comunidade escolar que participou da pesquisa e que são analisadas no capítulo 7 deste estudo. 6.5 O REFLEXO DA PRÁTICA DO XADREZ NO DESEMPENHO ESCOLAR A aprendizagem é, portanto, um processo essencialmente social, que ocorre na interação com os adultos e os colegas. O desenvolvimento é resultado desse processo, e a escola, o lugar privilegiado para essa estimulação. A Educação passa, então, a ser vista como processo social sistemático de construção da humanidade (BOCK et al, 1999, p. 126). Para Vigotski (apud BOCK et al, 1999) não se pode separar a aprendizagem do desenvolvimento (social, cognitivo, afetivo), pois o homem está inserido em um contexto cultural e seu desenvolvimento é estimulado por fatores externos. Os homens constroem o conhecimento ou suprem suas necessidades a partir do desenvolvimento consolidado, até aquele momento, pela geração passada, criando assim novos instrumentos que atendam a novas necessidades. A escola passa a ser um local que deve privilegiar o contato social entre a comunidade escolar e assim torná-los mediadores da cultura. Para aprender é preciso estar com o outro que

56 56 media a cultura e isto faz da escola um local imprescindível para construção humana. Ferrão et al (apud LAROS E ANDRADE, 2001) consideraram que o desempenho escolar é determinado por vários fatores e depende do que o aluno traz consigo, bem como do que é oferecido pela escola. A interação entre esses diversos fatores que atuam em vários níveis de inserção social vai influenciar no desempenho escolar da criança. Esses fatores, que estão relacionados ao desempenho escolar, são formados a partir dos grupos nos quais as crianças estão inseridas como famílias, escolas, grupos de amigos, comunidade, entre outros. Corroborando a isto, Todas as expressões do homem são carregadas de elementos psíquicos, decorrentes de sua capacidade cognitiva, afetiva, corporal. E os atos, que são adjetivados como inteligentes, não estão isentos de componentes afetivos, além dos cognitivos. Nesta abordagem dinâmica, supõe-se que o indivíduo, quando está bem do ponto de vista da vida psíquica, conseguindo lidar adequadamente com seus conflitos, tem todas as condições para enfrentar o mundo, realizando atos inteligentes, ou seja, resolvendo adequadamente problemas que se apresentam, sendo criativo, verbalizando bem suas idéias etc. E aqui é fácil dar um exemplo: quando você tem alguma preocupação ou algum conflito que toma grande parte de seu pensamento, você apresenta maior dificuldade para aprender um conteúdo novo ou resolver problemas ou, mesmo, para expressar seus pensamentos (BOCK et al, 1999, p. 184). O aluno que é conhecido no grupo ou escola em que está inserido por praticar um jogo difícil ou de pessoas inteligentes vai se sentir mais seguro para desempenhar as atividades do currículo escolar. Então, como pode se observar nas respostas dadas pela comunidade escolar, que foram retratadas nos gráficos, se tem melhora na aprendizagem, no raciocínio, na concentração, na atenção, no comportamento, na disciplina, na autoestima, na criatividade, na interpretação e na solução de problemas, dentre outras habilidades, o que seguramente irá refletir com uma melhora no desempenho escolar dos praticantes da modalidade. 6.6 O QUE MOTIVA OS ALUNOS A PRATICAR O XADREZ Segundo Oliveira & Carvalho (2011), o jogo de Xadrez poderá ser estimulado a partir dos três anos de idade, podendo ser praticado até a idade em que a pessoa tenha um raciocínio lógico sobre o jogo. A motivação dos alunos para a prática do Xadrez

57 57 depende de fatores culturais, sociais e do nível de concentração e habilidades psicomotoras desenvolvidas antes de praticar o jogo. A palavra motivação pode ser definida como motivo para a ação, como podemos verificar na citação que se segue: A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. Na motivação está também incluído o ambiente que estimula o organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece como a possibilidade de satisfação da necessidade (BOCK et al, 2001, p.120). É necessário conhecer os motivos que incentivam as crianças a praticar o jogo de Xadrez, para ampliar sua prática no ambiente escolar, podendo proporcionar grandes benefícios. Esses motivos serão relevantes no momento de levar o esporte às escolas. Para o sucesso do programa de Xadrez nas escolas é importante, além de incentivar os alunos a tal prática, motivar os professores para que eles trabalhem a modalidade, como aconteceu na escola pesquisada.

58 58 7 ANÁLISE DOS DADOS A tabulação dos dados, conforme descrito na metodologia, foram agrupados em categorias como segue: A prática do jogo de Xadrez e o desenvolvimento cognitivo; Benefícios psicossociais obtidos a partir da prática do jogo de Xadrez; O que motiva os alunos à prática do jogo de Xadrez; Sugestões para o projeto de aulas de Xadrez. Para melhor compreensão da análise dos dados, optei por trazer para o texto a voz dos "atores" do processo, categorização acima: 7.1 QUANTO AOS ASPECTOS COGNITIVOS Para a pergunta Que contribuições você considera que a prática do Xadrez pode trazer para você?" as respostas foram divididas em dois grupos, o primeiro relacionado ao desenvolvimento cognitivo demonstrado no gráfico 1 e o segundo refere- se aos benefícios psicossociais da prática do Xadrez, no gráfico 7. As respostas mais frequentes em relação ao desenvolvimento cognitivo apontam para melhora na aprendizagem, no raciocínio, nas notas escolares, na matemática e na concentração. Os alunos responderam: A aprendizagem, porque eu aprendo mais brincando ; Aumentar meu conhecimento ; Mais capacidade de pensar e raciocinar ; Ser mais atento nas aulas e prestar atenção no que está fazendo"; Aprender mais em matemática e não ficar mais em casa sem fazer nada ; Muita concentração e pensamento ; Pensamentos lógicos e rápidos ; Prestar atenção nas coisas ; Ajuda na matemática ; Até agora só fiquei bom em matemática ;

59 59 Aprender muito ; Para ajudar a desenvolver mais ; Me ajuda na aprendizagem ; O seu pensamento fica mais rápido e pode gerar frutos frutíferos ; As notas, o comportamento e a matemática ; Melhora a atenção, a concentração, a criatividade e outras ; Muito ensino e educação ; Mais desenvolvimento para a mente ; Pode nos ajudar nos estudos porque é um jogo que se precisa pensar muito ; Incentivo nos estudos, melhor aprendizagem. Gráfico 1: Desenvolvimento cognitivo resposta dos alunos. Aos pais foi dirigida a pergunta Quais os benefícios a prática do Xadrez tem trazido para seu filho. As respostas foram divididas nos grupos "A prática do Xadrez e o Desenvolvimento Cognitivo" apresentadas no gráfico 2 e "Os Benefícios Psicossociais da prática do Xadrez", no gráfico 9. Quanto ao desenvolvimento cognitivo os pais perceberam melhora nas aulas de matemática, na concentração, na aprendizagem, no rendimento escolar e principalmente no raciocínio como constatamos com as seguintes respostas: Traz tranquilidade para poder pensar e raciocinar melhor ; Melhorou na disciplina de matemática, porque não conseguia raciocinar ;

60 60 Melhorou o raciocínio, tem facilidade na matemática, ele se diverte brincando com o xadrez ; Concentração, sai da televisão e do computador e se desenvolve melhor no raciocínio ; Ela melhorou o raciocínio. Gráfico 2: Desenvolvimento cognitivo respostas dos pais. As respostas do corpo docente da escola professores, coordenadores e supervisores à pergunta Você acredita que a prática do jogo de Xadrez tem ajudado os alunos a melhorar a concentração, a atenção, o raciocínio? Em que aspecto? foram agrupadas e descritas no gráfico 3. Dos vinte entrevistados 95% acreditam que a prática do Xadrez tem ajudado aos alunos nesses aspectos. Os professores registraram suas respostas da seguinte forma: Sim eu acredito, pois alguns alunos que passaram a participar deste projeto estão mais concentrados em suas atividades e também mais calmos ; Sim, pois brincando c/ o xadrez a criança precisa se concentrar p/ armar as jogadas ; Sim, estimula o aluno para que pense, raciocine, relacione a ideias tendo autonomia do pensamento ; Sim. O jogo de xadrez exige, o desenvolvimento de estratégia, logo todos os itens citados são importantes ; Não consegui enxergar isso nos alunos na minha disciplina ;

61 61 Tem ajudado porque é um excelente exercício mental. Ajuda a desenvolver novas habilidades ; O jogo de xadrez é um jogo de concentração e se o aluno leva a sério o que faz ajuda sim a melhorar a concentração ; Sim, sem dúvida ; Com certeza. Os alunos passam a ter mais concentração nas aulas, ajudando na interpretação dos conteúdos ; Todos os alunos encaminhados para intervenção com o Xadrez apresentaram bons resultados. Gráfico 3: Desenvolvimento cognitivo respostas dos professores. A pergunta Você acredita que o Xadrez possa ajudar ou tenha ajudado na aprendizagem de seus alunos? Como?" foi respondida pelos professores com as seguintes falas: Sim através dessa concentração surge também o interesse em aprender ; Sim, ajuda e muito. Alunos com comportamentos ruins evoluíram muito na concentração e atenção ; Sim, pois amplia a visão do aluno em relação a determinados assuntos, a concentração e a disciplina ; Não consegui ver mudanças na minha disciplina ; Ajuda na aprendizagem porque desenvolve a concentração, raciocínio lógico e a paciência ; Sim. No raciocínio logo / concentração interpretação etc... ;

62 62 Ajuda sim, fazendo com que o aluno construa o conhecimento, compreendendo e aceitando regras, interagindo um com o outro criando novas regras e tomando decisões. Entre os professores que participaram da pesquisa 90% deles acredita que a prática do jogo de Xadrez tem contribuído na aprendizagem dos alunos, com destaque para melhora na concentração dos mesmos, apareceu oito vezes nas repostas, conforme se pode ver no gráfico 4: Gráfico 4: Desenvolvimento cognitivo respostas dos professores. 7.2 QUANTO AOS BENEFÍCIOS PSICOSSOCIAIS Numa comunidade de risco social, um dos problemas mais sérios diz respeito às crianças que ficam horas na rua sem os pais e a mercê de contato com drogas e criminalidade. Quando se oferece a estas crianças uma opção de atividade saudável, que ocupe seu tempo, os benefícios a curto, médio e longo prazo para a comunidade são enormes. Este foi um dos resultados encontrados com projeto de Xadrez na EMEF Dora Arnizaut Silvares, quando os alunos responderam a pergunta Quais eram as suas atividades antes de entrar nas aulas de Xadrez?" dezenove crianças relatam que brincavam na rua, o que representa 48,71% dos alunos entrevistados.

63 63 Então, se pode afirmar que um dos grandes benefícios, dentre outros, que a prática de Xadrez trouxe à comunidade local, foi tirar da rua as crianças que participam do projeto. Além disso, estas crianças passaram a jogar Xadrez também em casa, 82% das crianças que responderam ao questionário, isto amplia o tempo com uma atividade saudável para além do tempo dos encontros, bem como promove momentos de interação entre os membros da família, ou apenas dá uma opção inteligente de jogos no computador, pois raramente se joga Xadrez sozinho. As respostas para as perguntas Quais eram suas atividades antes de entrar para o Projeto e Quantas horas por semana (em média) você joga Xadrez em casa? estão contabilizadas nos gráficos 5 e 6. Gráfico 5: Benefícios psicossociais respostas dos alunos. Gráfico 6: Benefícios psicossociais respostas dos alunos. A segunda categorização para a pergunta Que contribuições você considera que a prática do Xadrez pode trazer para você? traz os benefícios demonstrados no gráfico 7. Encontramos as seguintes falas nas respostas dadas pelos alunos:

64 64 Aprender mais matemática e não ficar em casa fazendo nada ; Me deu paciência ; Trouxe calma e alegria ; Vai chegar um dia que eu vou ganhar dinheiro sendo professor de xadrez ; Ajuda na escola e a ser um profissional melhor no mundo ; Em vez de ficar em casa fazendo nada, venho para a escola jogar xadrez e minhas notas melhoraram ; Tenho calma e paciência para jogar. Gráfico 7: Benefícios psicossociais respostas dos alunos. A maioria dos pais que responderam ao questionário considera que o comportamento dos filhos em casa é bom ou ótimo, 92,30% (gráfico 8). E na pergunta Quais benefícios a prática de Xadrez pode trazer para seu filho? Os pais fizeram as seguintes declarações: Ele ficou mais calmo em casa, pois é muito espivitado ; Gostaria que fosse todas as tardes assim saberia que está em um lugar que não seja a rua, ele gosta ; Melhorou a autoestima dele ; No desenvolvimento na escola e na vida social, melhor comunicação e raciocínio mais amplo. Os resultados estão contabilizados no gráfico 9.

65 65 Gráfico 8: Benefícios psicossociais respostas dos pais. Gráfico 9: Benefícios psicossociais respostas dos pais. O corpo docente respondeu a pergunta Você observou alguma mudança no comportamento dos alunos que praticam o jogo de Xadrez? 80% responderam que sim, 10% consideram que a mudança ocorreu moderadamente, 5% considera que não houve mudança e 5% não opinou. Eles relataram que a mudança aconteceu nos aspectos constantes no gráfico 10 e entre as respostas podemos destacar: Eles têm melhorado moderadamente seu comportamento, pois são alunos em grande quantidade com hiperatividade ; Não chega a ser unânime, mas é perceptível a mudança comportamental ; Calmos os que fazem e/ou ficam mais atentos ; Muita. Geralmente os praticantes são mais atentos e confiantes ; Sim, os alunos mantêm-se concentrados por mais tempo e desenvolvem o raciocínio mais rápido ; Sim, estão mais disciplinados ;

66 66 Os alunos indisciplinados após serem inseridos no projeto não aprendem apenas um jogo, passam a pensar mais e a se concentrar nas atividades do dia a dia ; Com o aumento da autoestima e ajudam os alunos na tomada de decisões Sim o aluno passa a raciocinar, é mais comprometido tendo maior responsabilidade, interesse e passa a obedecer. Gráfico 10: Benefícios psicossociais respostas dos professores. 7.3 QUANTO A MOTIVAÇÃO Num contexto onde o futebol/futsal reinava no espaço escolar é imprescindível que se conheça quais elementos desperta nos alunos o interesse pelo jogo de Xadrez, principalmente para nortear ações do projeto em estudo com o objetivo de levá-lo para outras escolas do município, ou também ajudar no planejamento de outros projetos. Com base na observação dos alunos, verifiquei que um dos elementos que mais os motiva a frequentar os encontros são os torneios, durante os quais o número de faltas reduz consideravelmente e a procura por novas inscrições aumenta. Quando perguntados em Por que entrou no projeto? as respostas mais frequentes foram: Eu gosto de jogar Xadrez e Eu queria aprender a jogar xadrez, o que mostra que o jogo de Xadrez em si atrai as crianças que passam a ter contato com este esporte. Os alunos fizeram as seguintes declarações dentre outras nas respostas:

67 67 Porque eu achei interessante e me ajuda nas aulas de matemática, pois é preciso calcular bem para ganhar ; Porque é legal e trabalha com os olhos e a mente ; Porque é um jogo muito bom para o desenvolvimento da mente ; Porque meu pai me colocou e minhas notas melhoraram ; Porque eu achei muito interessante, via outras pessoas jogando resolvi aprender também ; Porque o xadrez desenvolve muito na matemática e na inteligência ; Porque eu vi na televisão e me deu vontade ser igual aqueles jogadores ; Para ter um pensamento mais rápido e porque eu gosto do jogo ; Porque é legal para passar o tempo ; Porque auxilia na memória e calma e ajuda a pensar mais ; Porque eu achei muito interessante e via outras pessoas aprendendo resolvi aprender também. As respostas estão agrupadas no gráfico 11. Gráfico 11: Motivação respostas dos alunos. Para a pergunta O que você acha do projeto de Xadrez? os alunos responderam que É ótimo", 23,1%; É legal, 35,8%; e É bom, 41,1%. O porquê desta resposta foi retratado no gráfico 12, com destaque para as respostas: É uma coisa que a gente tem que dar valor ;

68 68 Porque desenvolve a mente ou raciocínio ; Bom, porque nos ensina a focar no que está fazendo ; Porque eu achei interessante e me ajuda nas aulas de matemática, pois é preciso calcular bem para ganhar ; É legal porque é de graça e é para qualquer pessoa ; É mais uma opção para não ficar sem fazer nada em casa ; Ajuda as pessoas a usar a cabeça e pensar mais rápido ; Eu acho ótimo, você não fica na rua nem em casa ; Porque passei a gostar de xadrez ; Por que estimula muitas coisas durante o jogo. Por quê? Desenvolve a mente/raciocínio Ajuda na aprendizagem Gosto de jogar xadrez Tira as crianças da rua Melhora a concentração Tira as crianças das tarefas domésticas Porque é de graça Permite jogar com outros colegas Frequência Gráfico 12: Motivação respostas dos alunos. Com relação à frequência às oficinas, os alunos responderam a pergunta O que o impede de ir aos encontros? 30,7% dos alunos responderam que nada os impede, eles não faltam com frequência; 17,9% apresentaram o sono/preguiça como um dos maiores empecilho para ir aos encontros; os motivos estão representados no gráfico13. Observei os relatórios de frequência, e em conversa com os alunos constatei que os do turno matutino realmente apresentam mais faltas nos primeiros horários (7h00 ou 8h00). Considerei pertinente registrar as seguintes declarações: Às vezes os estudos e as atividades de casa ; Perder a hora vendo TV ; Só quando estou doente, e às vezes a preguiça ; Jogar bola na rua e mexer no computador ;

69 69 Nada além do sono depois do almoço ; Nada, eu venho a todos ; Quando eu estou de castigo, aí minha mãe não deixa ; A chuva e situação das ruas do meu bairro. Gráfico 13: Motivação respostas dos alunos. Os pais responderam duas perguntas relacionadas à motivação dos filhos em praticar o jogo de Xadrez. Ele comenta sobre as aulas de Xadrez em casa?" "O que ele acha das aulas? e Quais as razões fazem seu filho participar das aulas de Xadrez?. Todos os pais que responderam ao questionário disseram que os filhos falam das oficinas em casa. Eles dizem gostar dos encontros e de jogar Xadrez os motivos que os levam a participar dos encontros, estão retratados nos gráficos 14 e 15. Os pais relatam que: Ela achou muito boa e resolveu participar isso influenciou ela a ensinar aos irmãos ; Pelo que ele diz, ele acha que o xadrez a o proporciona mais abilidade dentro da área escolar garantindo assim um aprendizado favorável ; Sim. Ele acha o máximo porque participou do 2 o torneio de xadrez e ficou em 1 o lugar ; Ela fala que gosta, até o momento acha legal.

70 70 Gráfico 14: Motivação respostas dos pais. Gráfico 15: Motivação respostas dos pais. 7.4 SUGESTÕES PARA O PROJETO Para avaliar como as crianças veem o desenvolvimento do projeto, foram direcionadas duas perguntas, uma com relação ao espaço físico e materiais utilizados, 61,5% dos alunos consideram bons, 25,7% consideram ótimos e 12,8% consideraram que é regular. Os alunos destacam que: Os jogos são bons, mais o lugar que a gente frequenta não é bom, pois temos que praticar no refeitório da escola ; Bom mais o problema é na hora do recreio atrapalha muito ; Eu acho bom porque é espaçoso várias cadeiras e mesas e não é muito barulhento ;

71 71 Para mim está ótimo não sei para outras pessoas ; Mais ou menos, poderia ser ao ar livre. As crianças, na maioria, gostam do material disponível. A observação mais constante é em relação ao local, que é o refeitório. Muitos deles apontam a necessidade de um local específico para as aulas de Xadrez. As respostas estão retratadas no gráfico16. Gráfico 16: Avaliação do projeto respostas dos alunos. Na outra pergunta solicitamos sugestões para as aulas, 30,7% dos alunos não fizeram nenhuma sugestão e 23% gostaria que houvesse uma sala específica para as aulas de Xadrez, 7,7% dos alunos, um número maior de encontros por semana e 7,7%, mais torneios. Entre as falas dos alunos encontramos: Não daria nenhuma sugestão, pois já está em ótima qualidade nas aulas ; Que tivesse mais aulas de xadrez durante 1 semana ; A escola poderia transformar o xadrez em uma matéria ; Mais campeonatos ; Salas adequadas para praticar os jogos ; Para que o xadrez tenha todo ano porque ajuda o desenvolvimento dos alunos ; Que nós vizessemos mais competições que valem prêmios, assim aumentaria a vontade de jogar ; Ir ao liede mais veze. Estas e outras sugestões estão descritas no gráfico 17.

72 72 Gráfico 17: Sugestões para o projeto respostas dos alunos. A pergunta Qual sua opinião sobre a inclusão de projetos de Xadrez nas escolas? foi direcionada a todos os setenta e seis participantes da pesquisa, destes, sessenta e sete, ou seja, 88% acreditam que é importante que as aulas de Xadrez estejam disponibilizadas em todas as escolas da rede municipal. Justificando as respostas dos alunos encontramos, dentre outras, as seguintes pontuações: Porque vai permitir a interação entre as crianças de várias escolas ; "Vai ajudar as pessoas jovens a não ficar nas ruas"; Será bom não só para os alunos como para a escola também ; Irá contribuir muito para a aprendizagem dos alunos, pois contribui com o desenvolvimento do raciocínio lógico ; Bons, pois acontecem campeonatos e a gente interage com pessoas de outras escolas ; Sim, para as crianças aprenderem mais e esfriar suas consiênssias ; Ótima assim alunos ficam fora das ruas. Os pais relatam o seguinte: É uma ótima ideia, porque as crianças aprende e ocupa a mente ; Eu acho bom pq ajuda muito na matemática para quem tem dificuldade em aprender ;

73 73 É de suma importância, pois e um meio que as crianças tenham a oportunidade de se integrar; e poder aprender algo novo ; Muito bom ajuda muito o aluno deve continuar ; Muito bom e que venha muitos outros ; É muito bom para o meu filho ; Ótima, os pais deveria de incentivar seus filhos a participar dos projetos de xadrez ; Eu acho que é um projeto que ajuda as crianças a se desenvolver melhor, que tem tudo a ver com a escola. Entre as respostas dos professores, coordenadores e supervisores encontramos as seguintes declarações: É de grande importância com jogo, estimulador do pensamento, ensina os alunos a trabalhar em grupo e se socializarem ; É um projeto de extrema importância nas escolas e como já escrito nas perguntas acima, ajuda ao desenvolvimento escolar ; "Extremamente positivo. Será ainda melhor se o projeto abranger todas as áreas de conhecimento ; Penso que é uma prática que merece mais atenção da SME, pois os benefícios são inúmeros e infelizmente ainda são poucos os que podem ser beneficiados ; Deveria fazer parte do currículo ou pelo menos como um projeto permanente no currículo escolar ; Excelente iniciativa ; É válida, mas ainda é preciso criar um espaço adequado avançando um pouco mais e dar oportunidade a mais alunos ; Muito importante para o despertar do aluno no tocante ao raciocínio, concentração e autocontrole ; O projeto de xadrez na escola é uma ferramenta que está resgatando o prazer em estudar nos alunos. Ocupa o seu tempo de forma saudável e agradável, resultando em alunos mais concentrados e participativos.

74 74 A diretora da Escola responde: Será uma iniciativa muito boa, pois ele irá contribuir muito para a aprendizagem dos alunos, visando o desenvolvimento do raciocínio lógico. Considerando estes resultados é possível entender que a prática do Xadrez é um instrumento valioso para a educação, uma vez que tem características lúdicas e de desporto o que atrai as crianças, como também é um jogo extremamente pedagógico, pois faz a criança pensar, analisar, decidir, criticar, se concentrar, por conseguinte podendo ser amplamente utilizado para a melhora do rendimento escolar. Apesar do número significativo de estudos que demonstram o valor do Xadrez no contexto educacional, ainda existem muitas dúvidas acerca da transferência das habilidades desenvolvidas com sua prática para outras áreas. Isto acaba por atrapalhar sua ampla utilização no processo educacional. È importante um olhar mais atento para esta atividade de baixo custo que promove o desenvolvimento de habilidades mentais, além de auxiliar na aquisição de atitudes de respeito. Se a escola fizer o uso do jogo de Xadrez de forma interdisciplinar, grandes benefícios serão alcançados na melhoria da qualidade da educação, o que é uma prioridade nos dias atuais. O jogo de Xadrez pode ser considerado por si só um elemento motivador para se atrair as crianças e envolvê-las no processo de ensino-aprendizagem, como foi constatado nas respostas dos questionários. Crianças que, normalmente, não param quietas cinco minutos em salas de aula se concentram e ficam atentas durante as partidas de Xadrez. Nesse momento em que ele para, consegue-se ouvir o que o outro ou o professor fala, abre um canal de comunicação professor-aluno, o que é precioso. Com os resultados obtidos nesta pesquisa podemos confirmar que o Xadrez não é um simples jogo, ele é esporte, é ciência e é arte. Está impregnado de estratégia, percepção, raciocínio lógico, intelectualidade, criatividade, imaginação, solução de problemas entre outras habilidades. É um colaborador para a melhora do comportamento no ambiente escolar, familiar e social o que comprova o meu objeto de estudo.

75 75 No caso da EMEF Dora Arnizaut Silvares, os resultados da pesquisa deixam evidenciados, sejam nas respostas dos alunos, dos pais, dos professores e dos gestores, que o Xadrez é uma atividade agregadora, transformadora e contributiva a formação e ao desenvolvimento geral de seus praticantes. A pesquisa veio corroborar com o sentimento inicial que eu tinha acerca dos benefícios do Xadrez no processo de ensino. A participação e as respostas dos pais e gestores só vieram reforçá-lo. Nesses tempos de violência, desajustes familiares, facilidade de contato com drogas, nada mais assertivo do que as crianças terem um complemento e ou reforço em sua formação, especialmente, quando eles se juntam aos conteúdos. É pertinente que o Projeto Xadrez no Dora possa receber a atenção e análise, não somente da Prefeitura Municipal de São Mateus, como da SEDU e das demais prefeituras municipais do estado do Espírito Santo. Afinal, está em "jogo" o futuro que precisa ser jogado com responsabilidade por todos os atores envolvidos no processo educacional.

76 76 8 CONCLUSÃO A partir da análise da pesquisa, acreditamos que a utilização do jogo de Xadrez não deve ser restrita às aulas de educação física. Ele pode e deve permear por todas as disciplinas curriculares, bem como devemos estimular nos alunos a curiosidade pelas inúmeras combinações, possibilidades e problemas que este jogo oferece. Começando pelo número impagável de grãos de trigo que o brâmane pediu ao rei, na mais divulgada lenda sobre a origem do Xadrez, passando pelo desafio da rainha (colocar oito rainhas no tabuleiro de forma que nenhuma esteja atacando a outra) e pelo desafio do cavalo (percorrer todo o tabuleiro do jogo sem repetir as casas) que têm mais de muitas soluções possíveis e entre elas existem mais de 26 trilhões de possibilidades em que o cavalo termina na casa onde iniciou o desafio. Porém, não devemos esquecer que, segundo Huizinga (2008), um dos elementos do jogo é que ele é livre e se deixar de ser não é mais jogo. Então, um dos papéis fundamentais do professor de Xadrez é motivar as crianças na prática do esporte, criando metodologias atuais e dinâmicas. As aulas devem priorizar o espírito lúdico, o desafio, a alegria de jogar. Para que o objetivo educacional do Xadrez seja alcançado, as crianças não podem ser obrigadas à sua prática, mas sim motivadas. O professor não pode perder este foco quando se fala em incluir o Xadrez como uma disciplina da grade curricular. Posto isto, torna-se importante capacitar profissionais para que todas as possibilidades do jogo de Xadrez possam ser exploradas e utilizadas nas escolas. Silva (2010, p. 224) acrescenta: [...] para que o ensino do xadrez nas escolas seja potencializado, faz-se necessário que os professores sejam capacitados adequadamente para exercer tal atividade. As capacitações, que normalmente são organizadas pelas federações de xadrez, muitas vezes são ministradas por bons jogadores, mas com pouca ou nenhuma experiência pedagógica, o que ocasiona uma exploração superficial do potencial educativo do jogo. Também é necessário desenvolver metodologias que sejam adequadas para o xadrez escolar, pois a maioria destas metodologias volta-se mais para o ensino em clubes e academias do que efetivamente para o ensino nas escolas, e ensinar xadrez em uma sala de aula com muitos alunos (nem sempre motivados a aprender), não é a mesma coisa que ensinar em um clube, onde geralmente as aulas são particulares, de forma individual ou em pequenos grupos, e todos estão interessados em aprender. Estes são alguns dos desafios que devem ser superados ao se propor aulas de xadrez nas escolas, para que o ensino deste jogo não fique restrito apenas aos dias de chuva, nas escolas que não tem quadra coberta.

77 77 Considerando que o Espírito Santo sedia a CBX, que há um projeto em tramitação na assembleia que versa sobre o ensino e a prática do Xadrez no sistema de ensino do estado do Espírito Santo. Registramos aqui as seguintes sugestões: a) Reconhecer o jogo de Xadrez como uma importante ferramenta de auxílio no processo ensino-aprendizagem; b) Estudos em vistas de incluir nos cursos de licenciatura uma disciplina que ensine o jogo de Xadrez e a como utilizá-lo com objetivos pedagógicos nas diversas áreas de conhecimento; c) Priorizar a aprovação do Projeto de Lei número 234/2011, do deputado estadual Atayde Armani, que institui o PROEAX; d) Treinar e qualificar professores de todo o sistema de ensino do estado do Espírito Santo, com esse fim. Por enquanto, as ações mais frequentes na tentativa de divulgar o jogo de Xadrez nas escolas foi a de distribuir tabuleiros e cartilhas. Porém, em várias escolas este material está estocado, ou é mal utilizado. Para ensinar ou utilizar o Xadrez nas escolas não é necessário que o professor seja um campeão ou um excelente jogador, basta que ele conheça o jogo, suas regras e que tenha a visão de como relacionar o jogo com os conteúdos trabalhados, o que é diferente de quando o jogo é praticado com o objetivo de competição, o qual é necessário a busca de bom desempenho em campeonatos.

78 78 9 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Marlucia Ferreira Lucena de. O xadrez no ensino e aprendizagem em escolas de tempo integral: um estudo exploratório f. Dissertação (Mestrado em Educação) Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade de Brasília, Brasília. Disponível em: < 482/8563>. Acesso em: 20 jul BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13. ed. rev. e ampl. São Paulo: Saraiva, BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Tradução de Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. 4. ed. Lisboa: Edições 70, LDA, BRASIL. [Lei de Diretrizes e Bases Nacional (1996)]. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394/1996. ed. atualizada. Brasília: Edições Câmara, BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, Disponível em: < Acesso em: 09 jun CIA, Fabiana; BARHAM, Elizabeth Joan. Repertório de habilidades sociais, problemas de comportamento, autoconceito e desempenho acadêmico de crianças no início da escolarização. Estudos de Psicologia. Campinas, jan./mar p COGNIÇÃO. Disponível em: < Acesso em: 29 abr DENCKER, A. F. M. Métodos e técnicas em pesquisa em turismo. São Paulo: Futura, FERRÃO, Maria Eugenia et al. Introdução aos modelos de regressão multinível em educação. In: LAROS, Jacob A; ANDRADE, Josemberg M. de. Fatores Associados ao Desempenho Escolar: Estudo Multinível com Dados do SAEB/2001. Brasília, v. 23, n. 1, p , jan./mar Disponível em: < Acesso em: 01 maio 2013.

79 79 FILGUTH, Rubens (org.). A importância do xadrez. Porto Alegre: Artmed, FRANCO, Maria Laura P. B. Análise de Conteúdo. 3. ed. Brasília: Liber Livro, v Série Pesquisa. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, HISTÓRIA do Xadrez. Disponível em: < do _xadrez>. Acesso em: 20 jul HUIZINGA, Johan. Homo ludens. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, KISHIMOTO, Tizuko Mochida (org). Jogos, brinquedos, brincadeiras e a educação. 4. ed. São Paulo: Cortez, OLIVEIRA, Vanessa Duarte; CARVALHO, João Eloir. Xadrez nas escolas: esporte, ciência ou arte. In: X CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (EDUCERE). I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, SUBJETIVIDADE E EDUCAÇÃO (SIRSSE). p , 2011, Curitiba. Anais eletrônicos... Disponível em: < Acesso em: 30 maio REGO, Tereza Cristina. Vygostsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 18. ed. Petrópolis: Vozes, p REZENDE, Sylvio Luiz Soares de. O xadrez como instrumento de educação f. Monografia (Especialização em Psicopedagogia) Programa de Pós- Graduação em Psicopedagogia, Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro.. Xadrez na escola: Uma abordagem didática para principiantes. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, SÁ et al. Xadrez. In: FREIRE, João Batista et al. Iniciação esportiva. 1. ed. Brasília: Universidade de Brasília, Centro de Educação a Distância, SÁ, Antonio Villar Marques de; ROCHA, Wesley Rodrigues. Iniciação ao xadrez escolar. 2. ed. Brasília: GEP, 1997.

80 80 SILVA, Rosângela Ramos Veloso. Práticas Pedagógicas no ensino-aprendizado do jogo de xadrez em escolas f. Dissertação (Mestrado em Educação) Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade de Brasília, Brasília. Disponível em: < Arquivo=5894>. Acesso em: 18 abr SILVA, Wilson da. Xadrez para Todos: A Ginástica da Mente Xadrez e Educação. Curitiba: Bolsa do Livro, 2011a.. Xadrez para Todos: A Ginástica da Mente A História do Xadrez. Curitiba: Bolsa do Livro, 2011b.. Raciocínio lógico e o jogo de xadrez: em busca de relações f. Tese de doutorado (Doutorado em Educação) Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Disponível em: < Acesso em: 20 jul Processos cognitivos no jogo de xadrez f. Dissertação (Mestrado em Educação) Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. Disponível em: < com.br/produçao_wilson/processos_cognitivos_no_jogo_de _xadrez.pdf>. Acesso em: 04 dez Apostila do curso de xadrez básico. Curitiba: Secretaria do Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, Disponível em: < Acesso em: 17 abr TAHAN, Malba. O homem que calculava. 79. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.

81 81 SUGESTÕES DE LEITURA A HISTÓRIA do Xadrez no Brasil. Disponível em: < Acesso em: 20 jul ANGÉLICO, Lays Pedro; PORFÍRIO, Luciana Cristina. O jogo de xadrez modifica a escola: Por que se deve aprender xadrez e tê-lo como eixo integrador no currículo escolar? Diálogos Acadêmicos. Revista Eletrônica da faculdade Semar/Unicastelo. Publicação Quadrimestral, v. 1, n. 1, out./jan Disponível em: < >. Acesso em: 08 dez BAGGIO, Rejane Cristina. Desempenho escolar e variáveis do contexto familiar f. Dissertação (Mestrado Educação) Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Disponível em: < Acesso em: 02 maio CHRISTOFOLETTI, Danielle Ferreira Auriemo. O xadrez nos contextos do lazer, da escola e profissional: aspectos psicológicos e didáticos f. Dissertação (Mestrado Ciências da Motricidade) Programa de Pós-Graduação em Ciências da Motricidade, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro. Disponível em: < Acesso em: 18 abr NEVES, Dulce Amélia. Ciência da informação e cognição humana: uma abordagem do processamento da informação. Ci. Inf., Brasília, v. 35, n. 1, p , jan./abr Disponível em: < >. Acesso em: 29 abr NOTÍCIAS diversas sobre projetos de Xadrez nas escolas brasileiras. Disponível em: < Acesso em: 21 abr TEIXEIRA, Luciano Bertol. Freqüência cardíaca, variabilidade da freqüência cardíaca e o desempenho em uma partida de xadrez p. Dissertação (Mestrado Psicologia) Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: < Acesso em: 18 abr

82 TIRADO, Augusto C. S. B; SILVA, Wilson da. Meu primeiro livro de xadrez: curso para escolares. Curitiba: Expoente,

83 APÊNDICES 83

84 84 APÊNDICE A Questionário com aluno do Projeto Xadrez no Dora UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Olá, você está sendo convidado (a) a colaborar com uma pesquisa sobre a Prática de Xadrez e o Desempenho Escolar na EMEF Dora Arnizaut Silvares. Não é necessário que você se identifique, contudo todas as suas respostas são muito importantes. Agradeço sua colaboração e participação. PROJETO XADREZ NO DORA QUESTIONÁRIO COM ALUNO DO PROJETO XADREZ NO DORA INFORMAÇÕES PESSOAIS Que série você estuda? Data de nascimento Sexo SOBRE O XADREZ 1. Com quantos anos você aprendeu a jogar Xadrez? 2. Onde e com quem? 3. Se você aprendeu na escola, citar a escola e o município. 4. Desde quando você participa do projeto de Xadrez aqui na escola? 5. Por que resolveu entrar no projeto de Xadrez? 6. Antes de entrar no projeto quais eram suas atividades quando não estava na escola? 7. Quantas horas por semana (em média) você estudou Xadrez sozinho durante este ano?

85 85 8. O que você acha do projeto de Xadrez na Escola? Por quê? 9. O que o impede de frequentar os encontros do projeto? 10. Que contribuições você considera que a prática do Xadrez pode trazer para você? 11. O que você acha do espaço físico e do material (jogos, mesas, cadeiras) que a escola disponibiliza para o ensino do Xadrez? 12. Que sugestões você daria para as aulas de Xadrez na sua escola? 13. Você acha importante/necessário que existam projetos com atividades extraclasses oferecidos para os alunos? 14. Qual sua opinião sobre a inclusão de projetos de Xadrez nas escolas?

86 86 APÊNDICE B Questionário pais/responsável dos alunos UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Olá, você está sendo convidado (a) a colaborar com uma pesquisa sobre a Prática de Xadrez e o Desempenho Escolar na EMEF Dora Arnizaut Silvares. Não é necessário que você se identifique, contudo todas as suas respostas são muito importantes. Agradeço sua colaboração e participação. PROJETO XADREZ NO DORA QUESTIONÁRIO COM OS PAIS/RESPONSÁVEL DOS ALUNOS 1) Há quanto tempo seu filho está na EMEF Dora Arnizaut Silvares? Ele já estudou em outra escola? Lá ele praticava o Xadrez? Nas aulas ou em projeto? 2) Ele comenta sobre as aulas de Xadrez em casa? O que ele acha das aulas? 3) Quais as razões fazem seu filho participar das aulas de Xadrez? 4) Como é o comportamento do seu filho no ambiente familiar? E no escolar? 5) Quais benefícios a prática do Xadrez tem trazido para seu filho? 6) Qual sua opinião sobre a inclusão de projetos de Xadrez nas escolas?

87 87 APÊNDICE C Questionário professores de turma UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Olá, você está sendo convidado (a) a colaborar com uma pesquisa sobre a Prática de Xadrez e o Desempenho Escolar na EMEF Dora Arnizaut Silvares. Não é necessário que você se identifique, contudo todas as suas respostas são muito importantes. Agradeço sua colaboração e participação. PROJETO XADREZ NO DORA QUESTIONÁRIO COM OS PROFESSORES DE TURMA 1) Há quanto tempo trabalha nesta escola? Qual a sua formação? 2) Com qual (is) disciplina (s) você trabalha? 3) Você acredita que a prática do jogo de Xadrez tem ajudado os alunos a melhorar a concentração, a atenção, o raciocínio? Em que aspecto? 4) Você acredita que o Xadrez possa ajudar ou tenha ajudado na aprendizagem de seus alunos? Como? 5) Você observa alguma melhora no comportamento dos alunos que praticam o jogo de Xadrez? De que forma? 6) Você acha importante/necessário que existam projetos com atividades extraclasses a serem oferecidos para os alunos? Por quê? 7) Qual sua opinião sobre a inclusão de projetos de Xadrez nas escolas?

88 88 APÊNDICE D Questionário coordenadores e supervisores UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Olá, você está sendo convidado (a) a colaborar com uma pesquisa sobre a Prática de Xadrez e o Desempenho Escolar na EMEF Dora Arnizaut Silvares. Não é necessário que você se identifique, contudo todas as suas respostas são muito importantes. Agradeço sua colaboração e participação. PROJETO XADREZ NO DORA QUESTIONÁRIO COM OS COORDENADORES E SUPERVISORES 1) Há quanto tempo trabalha nesta escola? 2) Qual a sua formação? 3) Em outra Escola que trabalhou havia aulas de Xadrez? Fazia parte da grade curricular ou era ofertada opcionalmente para os alunos? 4) Você acredita que a prática do jogo de Xadrez tem ajudado os alunos a melhorar a concentração, a atenção, o raciocínio. Em que aspecto? 5) Você observa alguma diferença no comportamento entre os alunos que praticam o jogo de Xadrez e os que não praticam? 6) Você acha importante/necessário que existam projetos com atividades extraclasses a serem oferecidos para os alunos? Por quê? 7) Qual sua opinião sobre a inclusão de projetos de Xadrez nas escolas?

89 89 APÊNDICE E Questionário com a diretora da escola UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Olá, você está sendo convidado (a) a colaborar com uma pesquisa sobre a Prática de Xadrez e o Desempenho Escolar na EMEF Dora Arnizaut Silvares. Não é necessário que você se identifique, contudo todas as suas respostas são muito importantes. Agradeço sua colaboração e participação. PROJETO XADREZ NO DORA QUESTIONÁRIO COM A DIRETORA DA ESCOLA 1) Há quanto tempo trabalha nesta escola? 2) Há quanto tempo está na direção da escola? 3) Qual a sua formação? 4) Em outra escola que trabalhou havia aulas de Xadrez? Fazia parte da grade curricular ou era ofertada opcionalmente para os alunos? 5) Você sabe informar se o projeto de Xadrez está no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola? 6) Quantos alunos têm na escola e quantos participam do Xadrez? 7) Quando foi implantado o Projeto de Xadrez nesta escola houve aceitação por toda a comunidade escolar e pelos pais?

90 90 8) Você acredita que a prática do Xadrez tem ajudado os alunos de alguma forma? Em quê? 9) Você observa alguma diferença no comportamento entre os alunos que praticam o jogo de Xadrez e os que não praticam? 10) Qual é o nível de aceitação / envolvimento dos alunos nas aulas de Xadrez? 11) Você acha que as aulas de Xadrez têm alcançado os objetivos propostos no início do projeto? 12) Qual sua opinião sobre a inclusão de projetos de Xadrez nas escolas?

91 APÊNDICE F Solicitação de permissão para pesquisa à diretora 91

92 APÊNDICE G Caracterização do corpo docente que participou da pesquisa 92

93 93

94 APÊNDICE H Caracterização dos alunos do projeto que participaram da pesquisa 94

95 95

96 96

PROFESSORA: GEÓRGIA SOARES DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA CONTEÚDO: XADREZ AULA 2

PROFESSORA: GEÓRGIA SOARES DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA CONTEÚDO: XADREZ AULA 2 PROFESSORA: GEÓRGIA SOARES DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA CONTEÚDO: XADREZ AULA 2 Questões 1. Como você conceituaria Jogo? 2. Quais as vantagens dos Jogos? 3. Classifique os tipos de Jogo. 4. Qual a diferença

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