Destaque: Comitê Internacional do Mico-leão

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1 INFORMATIVO OFICIAL DA FUNDAÇÃO HERMANN WEEGE ZOOLÓGICO POMERODE ANO 2 7ª EDIÇÃO: JUL/AGO/SET 2015 Destaque: Comitê Internacional do Mico-leão O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) todo mundo sabe quem é, devido ao emblemático projeto de conservação que salvou a espécie da extinção, e também pelo fato de sua imagem estar impressa na nota de vinte reais. Agora, todos podem conhecê-lo no Zoo Pomerode, o 1º zoológico do sul do Brasil a apresentar esta espécie aos seus visitantes. A fêmea que está em Pomerode veio da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte e já recebeu um nome, "Sol", escolhido em votação pelo público. O macho chegará em breve vindo de Limeira, para a formação do casal. Essas transferências entre os zoológicos foram recomendadas pelo Comitê Internacional de Conservação e Manejo dos Micos-leões, do qual o Zoo Pomerode é agora membro. Este comitê, criado em 2004 pelo IBAMA, é uma rede de cooperação internacional que estabelece estratégias para conservação das espécies e de seus habitats, e também designa a melhor forma de manejar as populações sob cuidados humanos, objetivando alcançar o estabelecimento de populações viáveis na natureza. Afinal, esforços de conservação para proteger as espécies de micos-leões fazem-se necessários já que as 4 espécies existentes, todas brasileiras, estão ameaçadas de extinção. As maiores ameaças para estes animais são a destruição de seus habitats e a invasão de espécies exóticas, que provocam a competição por recursos em ecossistemas cada vez mais degradados. O Zoo Pomerode também mantém uma família de mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas), desde 2012, que também faz parte deste comitê. Além da conservação ex situ, o zoológico também trabalha a conscientização de seus visitantes, informando o importante papel ecológico destas espécies e de que forma cada pessoa pode contribuir para sua proteção. Mico-leão-dourado. Fonte: Arquivo Zoo Pomerode Mico-leão-de-cara-dourada. Fonte: Arquivo Zoo Pomerode

2 Marreca-irerê Esta espécie possui ampla distribuição, ocorre da Argentina até a América Central e está presente em todo o Brasil. Também tem ocorrência na África-subsaariana, incluindo Madagascar e as Ilhas Comores. Habita lagos e corpos d'água doce, com vegetação abundante, pois alimenta-se basicamente de plantas aquáticas e gramíneas das margens. Ocasionalmente consome pequenos peixes, girinos e invertebrados aquáticos. Medindo aproximadamente 45 cm de comprimento e pesando entre 500 e 800 gramas, as características marcantes destes animais são a face branca contrastando com o pescoço negro, a plumagem peitoral castanha e o corpo com finas listras brancas e pretas. O macho e a fêmea são similares na aparência, porém a fêmea possui cores menos vibrantes. Os jovens possuem coloração mais acinzentada. Seu ninho é uma depressão no solo próximo à água e entre a vegetação, ou fendas em árvores. São postos de 4 a 14 ovos que são incubados entre 26 e 28 dias. O macho, em alguns momentos, pode ajudar na incubação. E após o nascimento, ambos os pais cuidam dos filhotes. Este é provavelmente o anatídeo mais conhecido pela população, tanto por sua beleza, quanto pela proximidade com as áreas urbanas. Podem formar bandos com milhares de indivíduos, principalmente durante as migrações sazonais que realizam pelo sul do Brasil, quando deslocam-se por centenas de quilômetros. Possui uma vocalização bem característica, por isso o nome "irerê", ou seja, uma onomatopeia em referência ao som de seu piado, caracterizado por 3 assobios agudos, lembrando alguns apitos. Em outros locais é conhecida também como marreca-viúva ou viuvinha, devido a sua cor predominantemente negra de sua cabeça e pescoço. Este também foi o motivo de seu nome científico "viduata", que significa "viúva" em latim. Marreca-irerê. Fonte: Arquivo Zoo Pomerode Espaço Verde: ENRIQUECIMENTO DOS AMBIENTES Uma das grandes preocupações de um zoológico é o bem-estar dos animais abrigados. Para cumprir este objetivo são realizadas várias ações, sendo uma delas a constante arborização dos ambientes. Esta atividade, além de deixar os ambientes mais bonitos, enriquece o espaço favorecendo novas interações entre os animais e as plantas, e proporciona conforto térmico para os animais. Alguns brincam de destruir enquanto outros as aproveitam para dormir e descansar, mas todos ganham com estas novas estruturas. Os espaços que recentemente passaram por essa repaginação foram dos rapinantes (águias e corujas) e urubus, inclusive com a criação de um novo espaço, dentro deste conceito, para as corujas-buraqueiras (Athene cunicularia). Recinto das corujas-buraqueiras. Fonte: Arquivo Zoo Pomerode

3 Educação para Conservação: ÁRVORE DO LOBO O Zoo Pomerode aderiu a campanha o "Ano do Lobo-guará", proposta pela SZB (Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil), ao seu programa de Educação para Conservação, que visa integrar os esforços com o Projeto Lobos da Canastra. E como parte de nossas ações montamos uma "lobeira", árvore preferida do lobo-guará. Em cada uma de suas folhas há uma frase explicativa sobre os hábitos, características, importância e as ameças que este animal enfrenta e também sobre o cerrado, principal bioma de ocorrência da espécie. Lobeira educativa. Fonte: Arquivo Zoo Pomerode Esta lobeira educativa está acessível para todos os visitantes do Zoo, levando informação à todas as pessoas. Além disso, há um painel com o lobo-guará em tamanho real, onde os visitantes podem tirar fotos. Assim, sempre se lembrarão desse animal e dos conhecimentos adquiridos aqui, multiplicando a sua experiência no Zoo Pomerode e divulgando a campanha, atraindo e motivando mais parceiros para a conservação do lobo-guará. Bastidores: CURSOS MELHORANDO A ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS O papel do médico veterinário, dentro de um zoológico, vai muito além de instituir tratamentos aos animais. E uma das atividades que eles podem realizar é o condicionamento dos animais. O condicionamento faz parte de um programa de medicina preventiva e visa a cooperação do animal mediante procedimentos veterinários. No caso de um elefante, por exemplo, o condicionamento permite que o profissional possa limpar suas unhas, evitando rachaduras e ferimentos, e administrar medicamentos via oral, sem que haja necessidade de anestesiá-lo para isso, sendo um procedimento mais seguro e prazeroso para o animal. Para se aperfeiçoar, a veterinária do Zoo Pomerode, Renata Ardanaz, participou do workshop "Bem-estar e manejo de animais sob cuidados humanos: técnica de condicionamento operante", promovido pela Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB) e realizado pela Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte. Outra atuação da equipe técnica refere-se aos procedimentos a serem adotados em uma emergência, como quedas, afogamentos e fugas. Afinal, saber como proceder mediante situações de risco e estresse faz toda a diferença para salvar vidas, tanto humanas quanto de animais. O responsável técnico do Zoo Pomerode, Rafael Pagani, também participou da 10ª edição do curso sobre "Manejo de Crises", igualmente promovido pela SZB, realizado pelo Parque Zoológico Municipal de Bauru e ministrado por membros do Africam Safari, do México. Ambas as capacitações tornam-se um diferencial em nossa instituição e são partilhadas com toda a equipe, possibilitando a atualização e otimização das práticas, sendo de suma importância para o crescimento do Zoo Pomerode. Curso Manejo de Crises. Fonte: SZB Curso de Condicionamento. Fonte: SZB

4 Pelo Mundo: Que os seres humanos impactam o meio ambiente todos sabem. Mas, que este impacto pode ser calculado é novidade para muitos. A Global Footprint Network, instituição conhecida por fornecer o cálculo da pegada ecológica determina todos os anos o "Earth Overshoot Day". Esta data marca o dia em que a humanidade já consumiu todos os recursos e serviços ecológicos disponíveis para o ano todo. Desde alimentos, insumos, madeira e até a absorção de dióxido de carbono. Após esta data, tudo que consumimos vai além da capacidade da Terra de renovar os recursos, deixando uma dívida em nosso planeta. Comprovando que consumimos muito mais do que a Terra pode produzir. Esta superação leva a um esgotamento dos recursos naturais e ao acúmulo de resíduos, principalmente Logo. Fonte: dióxido de carbono na atmosfera, provocando o aquecimento global. O conceito do "Earth Overshoot Day" foi concebido por Andrew Simms, do Reino Unido, e desde 2006 existe a parceria com a Global Footprint Network. Eles inclusive fizeram os cálculos retroativos para avaliar o consumo da humanidade desde Em 2006, a data caiu em outubro, e como já era de se esperar a data vem se antecipando a cada ano, em 2015 foi em 13 de agosto. Mas, se você quer melhorar a sua pegada ecológica para não sobrecarregar nosso planeta você pode acessar o site da instituição: e descobrir ferramentas e atitudes que nos ajudam a operar dentro dos limites ecológicos da Terra. Além disso, eles fornecem as pegadas ecológicas de vários países e cidades, auxiliando governantes em suas decisões. Cantinho da Criança Assinale com o número correspondente para cada espécie de Mico-leão: 1 Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) 1 4 Mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) 4 4 Mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) Mico-leão-da-cara-preta (Leontopithecus caissara) 3

5 Projeto Arca de Noé: EMPRESAS PARCEIRAS DO ZOO A Fundação Hermann Weege Zoo Pomerode é uma Instituição Pública de caráter privado, sem fins lucrativos, onde toda a renda adquirida é revertida integralmente na manutenção dos animais, conservação das espécies, educação para conservação e pesquisa. Com o intuito de adquirir parceiros foi criado o Projeto Arca de Noé, onde as empresas podem tornar-se parceiras de uma espécie ou divulgar mensagens educativas em placas, repassando mensalmente um valor ao Zoo. Além de agregar valor à sua marca com a logotipo da empresa veiculada nas mídias utilizadas pelo Zoo, a empresa demonstra comprometimento socioambiental, auxiliando na manutenção e conservação da fauna nativa e exótica, muitas delas em perigo extremo de extinção. DISTRIBUIDORA Distribuidora

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7 UPERMERCADO EXPEDIENTE Boletim Animal Informativo Oficial da Fundação Hermann Weege Desenvolvimento: Setor Técnico e Educação para Conservação Design gráfico: MED Design Periodicidade: Trimestral